sábado, 9 de janeiro de 2010
Runas
Runas
A origem das Runas data de tempos imemoriais, oriundas do norte da Europa, muito antes do aparecimento do cristianismo. Os mestres rúnicos da antigüidade riscavam os seus símbolos sagrados em seixos ou em gravetos de uma árvore frutífera, utilizando até o próprio sangue para dar-lhes a força mágica espiritual que almejavam. As Runas não representam um simples alfabeto de uma escrita antiga, mas sim, cada letra é um símbolo sagrado e autônomo. Cada Runa representa um arcano ligado a entidades representativas de Deuses da mitologia nórdica. Os símbolos por sua vez, tem uma energia individual e uma vibração característica que se expressa na força específica de cada Runa. O campo vibratório se altera na medida em que vários símbolos são conjugados para um trabalho em grupo. É essa força que estimula a intuição do "runamal" (cujo significado é a Runa falada ou os intérpretes que faziam as Runas falarem, o que recebiam esse cognome). Na antigüidade, o profundo conhecimento acumulado era transmitido de geração a geração a um círculo de homens sábios e mulheres de conhecimento que haviam sido iniciados para isso, mas mesmo assim, ele jamais foi monopolizado e concentrado na mão de um grupo restrito como freqüentemente acontece quando o poder é manipulado. Muitos mestres adicionavam novas revelações recebidas durante a convivência intensiva com o oráculo mantendo assim a chama das Runas acesa durante milênios. Mesmo no mundo material da atualidade, os símbolos rúnicos continuam vivos e alcançáveis por quem quer que se interesse por eles. O convívio estreito com o oráculo faz com que o "runamal" ou mesmo o próprio consulente, ganhe uma intuição quase infalível. Embora as Runas representem o oráculo europeu mais antigo não quer dizer que elas não se adaptem a jogos da modernidade. Elas funcionam em forma de baralho, ou em jogos eletrônicos, com a mesma presteza. A resposta do oráculo será tão precisa como seria se pintássemos os seus símbolos em seixos com o próprio sangue. Todavia, seja qual for o meio de adivinhação rúnica aplicada, sempre deverá ser precedido por um momento de introspeção e concentração para que a sintonia do interlocutor em relação ao campo rúnico possa se estabelecer e que a energia flua corretamente entre os dois pólos estabelecidos. A simbologia rúnica é o portal que se abre para nos conceder acesso ao subconsciente. A pergunta formulada pelo consulente deverá ser clara e objetiva, como : A QUESTÃO É O MEU CASAMENTO. - ou A QUESTÃO É A SAÚDE. etc. A resposta do oráculo sempre será uma revelação direta, porém envolta em sutilezas que farão com que o interlocutor se auto-analise e mergulhe no fundo de seu ser. A própria raiz da palavra Runa, o "ru", em língua germânica arcaica, é sempre ligado a segredos e mistérios ou a algo muito confidencial. Runwita era um sábio ou conselheiro do rei, conhecedor de todos os "segredos". Runa em alemão arcaico tem o mesmo significado que "raunen" em linguagem atual e quer dizer sussurrar ou confidenciar. O "roun" dos escoceses antigos e o "rún" da Islândia tem a mesma conotação, sempre associado a mistérios e segredos.
Na ocasião em que a atual Grã-Bretanha foi colonizada pelo anglo-saxãos, existiram alfabetos rúnicos com o número de símbolos diferenciados (28 letras e posteriormente 29.) Na região norte da Inglaterra, acima do rio Humber, um pouco mais tarde haviam 33 símbolos. - O verdadeiro alfabeto, que além de ser a base para as escritas nórdicas e teve seu uso em magias, rituais e oráculo é o F U TH A R K , composto de 24 símbolos, agrupados em 3 "aetts", ou seja, conjuntos de 8 letras cada, lidas da direita para a esquerda.
O primeiro "aett" corresponde às Runas Fehu, Uruz, Thurisaz, Ansuz, Raido, Kano, Gebo e Wunjo e a sua regência é de Freyr e Freyja, divindades da fertilidade e da criatividade.
O 2º grupo de "aetts" é composto de Hagalaz, Nauthiz, Isa, Jera, Eihwaz, Perth, Algiz e Sowelu. regidas por Hemdal e Mordgud , respectivamente o Deus da proteção pessoal e a Deusa, guardiã das entradas para os mundos subterrâneos.
O 3º "aett", tem a proteção do Deus Tyr e de sua companheira Zisa. São entidades guerreiras que em especial, resguardam a autodefesa do individuo. As Runas são: Teiwaz, Berkana, Ehwaz, Mannaz, Laguz, Inguz, Othila e Dagaz.
Taro
Em geral, para quem é chamado a se embrenhar pelo fascinante simbolismo do Tarô, pouco importa sua origem. Mas não deixa de ser curioso compreender que a profusão de baralhos hoje disponível em qualquer livraria pode, na realidade, ser fruto de um baralho criado no início do século XV, no norte da Itália, usado unicamente para um jogo semelhante ao Bridge, conhecido como Jogo de Triunfos. De acordo com Ana Correa, também há registros que as cartas eram usadas para o ensino de virtudes para as crianças.
Nessa época, os baralhos de cartas de jogar já eram comuns na Europa. Há documentos que atestam a existência, por volta de 1440, de um baralho de “cartas de triunfos”, com pinturas alegóricas de animais. Em 1450, o recém-instalado duque de Milão, Francesco Sforza, escreveu uma carta a um de seus subalternos requerendo que ele comprasse vários pacotes de cartas de triunfos para serem usadas na corte. Esta mensagem é interessante porque o duque menciona as cartas de triunfo e as cartas de jogar, distinguindo-as claramente, pois este último baralho seria sua segunda opção de compra. De acordo com registros históricos, as primeiras cartas datariam do reinado de Filippo Maria Visconti, duque de Milão, no período de 1416 a 1447.
Mapa da Itália na Renascença
Naquela época a Itália era uma colcha de retalhos de cidades-estado. O Vaticano controlava a maior parte do centro do país, e o reino da França fazia fronteira com o reino de Savoya. Rapidamente, as cartas de triunfo se espalharam pela França. Foi por volta de 1530 que a palavra tarochi (ancestral da francesa tarô) apareceu pela primeira vez. Aparentemente, a razão para a mudança de nome foi uma inovação feita pelos jogadores, que descobriram que o jogo de triunfos poderia ser jogado com um baralho de cartas comum, se eles simplesmente declarassem que um determinado naipe servia como “triunfos”, no início do jogo. Logo, “triunfo” se tornou um termo ambíguo e uma nova palavra era necessária para se referir ao tradicional jogo que usava as cartas com figuras como trunfos permanentes e que havia se tornado tremendamente popular, particularmente entre a nobreza italiana e francesa da época. Foi assim que a palavra tarochi começou a ser usada, embora sua etimologia permaneça sujeita a conjecturas.
Embora evidências históricas documentem que as cartas de triunfos nasceram como cartas de jogo, existe a possibilidade de que as 22 cartas que formam os arcanos maiores do Tarô tenham sido criadas com outros propósitos. Embora nenhum documento tenha sobrevivido para corroborar esta hipótese, o fato é que os símbolos e imagens deste baralho não parecem ter sido selecionados arbitrariamente.
Um dos possíveis criadores desse inventivo jogo de cartas pode ter sido o sábio Marziano de Tortona, que foi tutor do duque Filippo Maria Visconte. Ele era especialista em astrologia (ou astronomia, pois nessa época essas duas disciplinas ainda caminhavam juntas) e lhe servia como secretário.
Sabe-se com certeza que em algum momento em torno de 1515, o duque ordenou que Marziano inventasse um jogo de cartas de acordo com suas instruções. Ao invés dos naipes comuns, o novo baralho representava virtude, riqueza, pureza e prazer, simbolizados por figuras de pássaros: águias, fênix, rolas e pombas. A cada naipe também havia quatro cartas maiores retratando divindades clássicas. Essa concepção de baralho é um antecedente da idéia de “triunfos”, mas embora essas não sejam as cartas que hoje conhecemos como Tarô, Marziano chegou a escrever um livro para acompanhar esse baralho de cartas. Seu livro não fornecia significados divinatório nem regras para um jogo de cartas, seu foco era o significado alegórico das figuras e sua hierarquia. Talvez não seja exagerado supor que algum tempo mais tarde, o duque Filippo tenha instruído seu secretário a conceber outro baralho com cartas alegóricas que, desta vez, significavam as forças que controlam o destino humano.
Outras versões atestam que os Tarocchi de Veneza teriam sido os primeiros a conter a fórmula dos baralhos de tarô conhecidos hoje: 78 lâminas, subdivididas em 22 arcanos maiores e 56 menores. Estes últimos tinham quatro naipes – Denari (dinheiros), Coppe (cálices ou copas), Spade (espadas) e Bastoni (bastos ou bastões) -, cada um deles integrado por um rei, uma rainha, um cavalheiro e dez cartas numeradas.
Tarô e o ocultismo
O interesse moderno do Tarô como um instrumento divinatório teria se originado no séc. XVIII, a partir do movimento ocultista francês e, mais tarde, inglês.
Formado em teologia e pastor da Igreja Reformada, Antoine Court Gebelin (1725-1784) devotou 20 anos à pesquisa que resultou em nove volumes publicados sob o nome de Le Monde Primitif, analysé et compare avec leê monde moderne. No primeiro volume de sua obra, Gebelin apresenta a teoria de que as cartas de Tarô nasceram das páginas do Livro de Thot salvo das ruínas dos templos egípcios. Conta-se que tal livro possuiria as respostas para todos os problemas da humanidade e foi concebido por sacerdotes após consultas com o deus da magia, Thot, que também seria o Mercúrio egípcio. Esses sacerdotes teriam ocultado esse conhecimento secreto no baralho de tarô.
Gebelin também acreditava que os ciganos eram na verdade egípcios que se dispersaram pela Europa, e teria sido deles que se originou o costume de ler a sorte nas cartas. Entretanto há inúmeras evidências que demonstram que os ciganos, forçados a sair da Índia no começo do século XV, só estenderam suas peregrinações pela Europa quando as cartas - que devem ter sido introduzidas na continente pelos árabes - já eram conhecidas há algum tempo.
Gebelin deixou inúmeros seguidores. Muitos ocultistas dizem reconhecer nas cartas do tarô as páginas de livros hieroglíficos que contêm os princípios da filosofia mística dos egípcios numa série de símbolos e figuras emblemáticas.
Um de seus maiores seguidores, o peruqueiro Alliete, inverteu a ordem de seu nome, e como Etteilla publicou muitos livros, entre eles, seu famoso trabalho Manière de se récréer avec lê Jeu de Cartes nommés Tarot.
Etteile sabia como arrebatar a imaginação e a mente do povo da sua época. Adaptou o baralho do tarô ao seu próprio sistema e promoveu ao máximo a cartomancia. Desse modo, Alliette transformou-se no grande adivinho Etteilla e, instalado no Hotel De Crillon, em Paris, pressagiou o destino de muitos franceses que seriam vitimados pelos acontecimentos de 1789.
Enquanto Gebelin e Etteilla procuraram, zelosamente, provar a origem egípcia das cartas do tarô, Eliphas Levi acreditou que elas fossem um alfabeto sagrado e oculto, atribuído, pelos hebreus, a Enoch, filho mais velho de Caim; pelos egípcios, a Hermes Trimegistus, ao deus egípcio Thoth; e, pelos gregos, a Cadmus, que fundou a cidade de Tebas.
Eliphas Levi foi um filósofo e um simbolista profundo. Padre da Igreja Romana, seu verdadeiro nome era Alphonse Louis Constant. Mas por causa de suas obras filosóficas e ocultistas, traduziu seu nome para o hebreu – Eliphas Levi Zahed.
Levi encontrou no tarô uma síntese da ciência e a chave universal da Cabala, pois as dez esferas ou emanações que formam o diagrama cabalístico conhecido como Sephiroth, ou Árvore da Vida, são interligadas por 22 caminhos, cada qual representado por uma das 22 letras do alfabeto hebraico.
Levi, portanto, proclamou que as 22 cartas dos Arcanos Maiores poderiam ser corretamente atribuídas a cada uma das letras do alfabeto hebraico, constituindo, assim, uma unidade completa de letras, cartas e caminhos.
Outro autor que contribuiu significativamente para o ocultismo do Tarô e para a adaptação das 22 cartas-trunfo do baralho às 22 letras do alfabeto hebraico foi Gerard Encausse (1865-1917), médico francês que escreveu sob o nome de Papus. Fundador e líder da Ordem espiritual e maçônica dos Martinistas e membro da Ordem Cabalística da Rosa Cruz, Papus baseou a sua filosofia ocultista na doutrina teosófica concernente ao nome divino YHVH. Os conceitos e aplicações dos códigos e dos diagramas de Papus são apresentados no seu famoso trabalho The Tarot of the Bohemians - Absolute Key to Occult Science.
Autor de um dos mais famosos baralhos de Tarô, Dr. Arthur Edward Waite (1857-1942) foi membro da Ordem do Golden Dawn e um genuíno estudioso e pesquisador do ocultismo. Entre seus livros está The Key to the Tarot e The Holy Kabbalah. Para ele, a chave do Tarô reside única e exclusivamente no simbolismo das cartas, que formam uma espécie de alfabeto capaz de infinitas combinações que sempre fazem sentido. “O Tarô incorpora as representações simbólicas das idéias universais, por trás das quais estão todos os subentendidos da mente humana”, disse Waite. “É nesse sentido que ele contém a doutrina secreta, que é a percepção, por uns poucos, de verdades encerradas na consciência de todos, muito embora elas não tenham sido claramente reconhecidas pelas pessoas comuns”.
Tipos de baralho :
Tarô de Marselha
Um dos mais velhos desenhos que hoje se encontram a nossa disposição, o Tarô de Marselha surgiu no final do século XV, na França, e tornou-se popular em toda a Europa. Para Ana Correa, é o baralho que tem a simbologia mais próxima da cultura ocidental, e é o que ela costuma introduzir a seus alunos. Embora alguns de seus exemplares sejam vendidos acompanhados de um texto explicativo, originalmente o Tarô de Marselha é vendido só como baralho e seus símbolos e figuras servem de ponte para que a intuição do leitor alce vôo e interprete sua linguagem.
Tarô de Etteilla
As cartas do tarô de Etteilla, conhecidas como as cartas do Grande Etteilla, são um conjunto de cartas emblemáticas baseadas nos desenhos dos tarôs típicos e acompanhadas por uma série numeral, começando com o número 1, Ettelila questionnant (Etteila consultando) e indo até o número 78, Folie (A Loucura). Os desenhos de Etteilla representam um afastamento em relação às figuras simbólicas padrão, encontradas na maioria dos outros baralhos de Tarô. Os desenhos das cartas são quase todos de figuras de corpo inteiro. Os títulos estão em ambas extremidades das cartas e variam levando em consideração os significados invertidos.
Esse conjunto de cartas, desenhado e preparado para fins divinatórios por Etteilla, vinha acompanhado de um livro de explicações e orientações, intitulado Maniére de tirer - Lê Grand Etteilla où tarots Egyptiens.
Tarô Rider-Waite
Famoso baralho criado por Arthur Edward Waite e desenhado, sob a sua supervisão, por Miss Pámela ColmanSmith. O baralho foi editado primeiramente pela Rider&Co., em 1910, e por isso ficou conhecido como baralho Rider. Tornou-se o mais popular em países de língua inglesa. Neste Tarô, Waite presumiu, corretamente, que O Bobo, sendo uma carta sem número e representado por O, não devia ser colocado entre as cartas número 20 e 21, conforme fora sugerido por Levi e por Papus, mas que a suas seqüência natural seria antes do Mago, como um atributo da primeira letra do alfabeto hebraico, o Aleph. Ele também mudou de lugar as cartas da Força e da Justiça. Geralmente mostrada com o número XI, a Força é indicada por Waite com o número VIII, trocando de lugar com a Justiça. Outra inovação de Waite foi trazer figuras simbólicas nas cartas numeradas, ao invés de apenas o símbolo do naipe. Com esta mudança, cada carta do baralho faz uma sugestão psicológica imediata na mente do leitor.
Tarô de Thoth
Outro membro famoso da Ordem do Golden Dawn, o famoso ocultista Aleister Crowley criou o Tarô de Thoth (deus egípcio da magia), pintado por Lady Frieda Harris, em 1940, mas publicado somente em 1966. Esse baralho tem figuras psicologicamente intensas (beirando o psicodelismo) e um desenho bastante abstrato e visceral. Embora as interpretações de Crowley tenham conexões com as de Waite, essa cartas afastam-se completamente dos desenhos usuais de tarô.
Tarô de Wirth
As 22 cartas dos Arcanos maiores que acompanham o livro de Oswald Wirth, Le Taro dês Imagiers du Moyen Age, contêm letras hebraicas desenhadas no canto inferior direito de cada carta. Por exemplo, o Aleph é atribuído à carta número I, Lê Bateleur (O Mago). As cartas de Wirth são impressas em admiráveis cores metálicas e ostentam algarismos romanos na parte de cima.
O baralho de Case
Paul Foster Case, em seu livro The Taro, A Key to the Wisdom of the Ages, usa, para as 22 cartas dos Arcanos Maiores, desenhos que em alguns casos são similares aos desenhos de Waite. As cartas de Case trazem um número arábico no canto inferior esquerdo e uma letra hebraica no canto inferior direito. O Aleph, por exemplo, é atribuído ao Bobo, enquanto que Beth é atribuído ao Mago. Os desenhos em branco e preto do baralho Case permite que a pessoa lhes dê o colorido que preferir.
Tarô de C.C. Zain
O baralho do tarô usado por C.C. Zain em seu livro The Sacred Tarot, publicado pela Igreja da Luz, também é em branco e preto e se presta para colorir. Embora as cartas sejam ricas em matéria de simbolismo egípcio, elas se afastam completamente dos símbolos usuais de Tarô.
The Motherpeace Tarot
Este é o primeiro baralho de cartas circulares. Ele promove uma espiritualidade feminista, dentro de um contexto shamanico e de cultura tribal.
Osho Zen Tarot
Embora contenha 78 cartas que podem ser postas em correspondência com as dos baralhos de tarô tradicionais, esse tarô suprimiu totalmente a distinção entre arcanos maiores e menores. Cada carta é uma bela e psicológica imagem em si, pretendendo ser profundamente transformadora.
Tarô Mitológico
Criados por Juliete Charman-Bourke e Liz Greene, todos os arcanos deste tarô são representados por entidades e histórias da mitologia grega. O conjunto de cartas que forma cada naipe dos arcanos menores retrata um mito ou tragédia grega: o de Copas a lenda de Eros e Psiqué; o de Paus, ao mito de Jasão e Os Argonautas em busca do Velocino de Ouro; o de Espadas, a tragédia de Orestes e a maldição da Casa de Atreu, o de Ouros, a história Dédalus, arquieto, escultor e artesão ateniense que construiu o labirinto para o rei Minos de Creta.
Quiromancia
No mundo da magia e do oculto, as mãos são símbolos de individualidade. Não há, no mundo, duas pessoas com mãos iguais. São consideradas verdadeiras tábuas sagradas do destino, um grande livro onde está escrita a história de cada um. A quiromancia é a arte de prever as tendências do futuro e estudar a personalidade de uma pessoa através das linhas e contornos das mãos. Quando um ocultista se prepara para ler a mão, é necessário ser analítico e cada linha, monte, etc., deve ser descrito separadamente, não esquecendo, porém, de interrelacionar todas as características. Cada linha deve ser estudada em conjunção com todas as outras marcas da mão, senão a leitura não terá harmonia. Além disso, cada mão deve ser relacionada com a outra porque a esquerda representa a disposição hereditária da pessoa, enquanto a direita reflete o que faz de sua vida, ou seja, suas reações positivas ou negativas diante de seu destino. Pessoas destras tendem a ser mais lógicas por estarem conectadas ao lógico, lado esquerdo do cérebro. Pessoas canhotas tendem a ser mais criativas por estarem conectadas à intuição, lado direito do cérebro.Quiromancia é a arte sagrada de interpretar as linhas e os sinais da palma das mãos. É uma prática divinatória antiguíssima conhecida por vários povos do oriente, entre eles, os ciganos. Segundo os estudiosos a quiromancia é oriunda da Índia, mais precisamente dos textos sagrados da literatura védica hindu. Através da quiromancia é possível conhecer o destino de uma pessoa, seus desafios, limites e possibilidades de êxito profissional, afetivo e familiar. Os fatos e ventos relevantes de nossas vidas estão desenhados no conjunto de sinais e caminhos traçados pelas linhas de ambas as mãos, sendo que, a esquerda diz respeito aos eventos passados e a direita, ao que está por vir.Aliando conhecimento técnico e intuição, o quirólogo aconselha, faz prognósticos e mostra como o consulente pode lidar melhor com sua vida. Um dos aspectos mais significativos do trabalho com a quiromancia é a sua ligação com a astrologia, assim, os planetas enquanto centros irradiadores de energia, moldam o caráter da pessoa, pois há uma correspondência entre os dedos e montes da mão com a simbologia planetária.As linhas mais representativas do destino de uma pessoa são: a da cabeça, responsável pela vibração mental, a do destino, ou linha da vida, que trata dos assuntos importantes de nossa trajetória de vida e a linha do coração, que retrata os aspectos emocionais, as escolhas afetivas e a maneira como nos relacionamos a dois.A análise pormenorizada das linhas tece boa parte do enredo de nossas vidas, que se completam com o estudo de outros elementos presentes nas mãos, como a própria anatomia (desenho) dos dedos, as saliências, também chamadas de montes, os anéis, ou junções de linhas entre outros sinais característicos.A função da quiromancia é o mapeamento de nossas vidas. Através de uma análise personalizada de nossas mãos podemos alterar nossa rota, minimizando os efeitos de nossos sofrimentos e limitações , adotando novos referenciais de vida. Apesar do estreito vínculo da quiromancia com os processos cármicos (resgates), é possível adquirir uma nova consciência sobre nós mesmo, num único e simples gesto, abrir as mãos.
Tipos de Mãos
Quadrada: Achatada e pequena, revela pessoas organizadas, práticas e meticulosas, com talento para liderar. Por terem uma abordagem burocrática da vida, às vezes perdem espontaneidade e tendem à arrogância.
Cônica: Afilada na base e nas pontas dos dedos, mostra uma pessoa refinada, com forte senso artístico. Seu mal é a inconstância, pois é guiada por impulsos e primeiras impressões. É caprichosa e tende à teimosia.
Espatulada: Indica pessoas enérgicas e autoconfiantes, que agem mais do que pensam. Tendem a ser criativas e extrovertidas e o convívio com elas é divertido. Mas, também podem ser vaidosas, frias e agressivas.
Intuitiva: Rara, está associada a pessoas sensíveis, espiritualizadas e idealistas, dotadas de bom senso e imaginação. Também se impressionam facilmente e têm dificuldade em lidar com as questões práticas da vida.
Elementar: Pessoas com esse tipo de mão vivem basicamente em seu mundo pessoal: família, trabalho, etc., ou seja, não têm grandes aspirações a não ser que satisfaçam suas necessidades mais primárias.
Linhas Principais
Linha da Vida: traços gerais do destino da pessoa e ocorrência de acontecimentos importantes.
Linha da Cabeça: capacidades intelectuais.
Linha do Coração: tudo que diz respeito aos sentimentos.
Linha da Sorte ou Destino: esta precisa ser cuidadosamente comparada com a linha da Vida porque indica o padrão de vida da pessoa.
Linha de Apolo ou Sol: tendências artísticas, oportunidades de sucesso.
Linha da Intuição: discernimento
As Linhas Secundárias
Cinta de Vênus: as paixões
Linha Cruzada: poder para governar
Linhas de União: casamentos, filho, divórcio
Linhas Marcianas: triunfo pessoal
Linhas de Viagem: viagens, descobertas
Linha de Mercúrio ou Saúde: bem-estar físico, mental e espiritual
Linhas da prosperidade (linhas do pulso): riqueza, saúde, felicidade
Características das Linhas
1-Quanto mais forte for uma linha, maior será sua influência.
2-A linha ideal é bem definida, de coloração próxima à da pele.
3-Linhas muito profundas indicam excesso de energia.
4-Linhas muito largas revelam falta de concentração.
5-Abundância de linhas revela hipersensibilidade e nervosismo.
6-Poucas linhas são sinal de pouca sensibilidade.
7-Linhas quebradas: perda de força, desconcentração.
8-Linha bifurcada: equilíbrio ou dissipação de energias básicas.
9-Grelha (semelhante ao "jogo da velha"): energia difusa.
As Regiões das Mãos
Monte de Vênus: amor, instintos, vitalidade, sensualidade, fecundidade, generosidade
Monte de Júpiter: religião, filosofia, ambição, liderança
Monte de Saturno: indiferença, resignação, ceticismo
Monte de Apolo: estrelismo, exibicionismo, sucesso, fantasia
Monte de Mercúrio: finanças, viagens, heranças, agilidade mental
Monte de Marte: agressão, coragem, fidelidade, força física
Monte da Lua: imaginação, instabilidade, clarividência
Dedo de Júpiter: dominação, liderança
Dedo de Saturno: estabilidade, conservadorismo, ciúmes
Dedo de Apolo: gênio artístico, musical, teatral, carinho
Dedo de Mercúrio: egoísmo, avareza, dissimulação, astúcia
Limite de Percussão: sinais relativos a casamentos, filhos, divórcio
Quadrângulo do Coração e da Cabeça: equilíbrio, harmonia, paz
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