sábado, 9 de janeiro de 2010
POVO CIGANO E SUA HISTÓRIA
POVO CIGANO E SUA HISTÓRIA
Onde todo mês tem algo de novo para você.
Aqui você encontra ; Vestuário cigano, Cigana use sua saia, Talismas, Palestra em BRASILIA, Dança, O homem dança; EL ARTE FLAMENCA; Povo Cigano e sua história; Noivado e Casamento; Dialeto KALO.
Cigano Romani Do Brasil
Os ciganos brasileiros se dividem em dois grupos: kalon e rhom.
Os romanis ou 'rhomá' (plural de rhom) se concentram em São Paulo (particularmente nos arredores de Campinas) Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Eles vieram de outros países: Romênia Pérsia (Irã) Grécia Alemanha Rússia Itália e aqui chegaram com o propósito de exercer seu meio-de-vida: caldeireiros serralheiros artes circenses músicos ou simplesmente para comercializar; as mulheres lendo a sorte.
Os ciganos romanis são tradicionalmente mais cultos conservam suas tradições de pais para filhos falam um idioma (rhomanô ou rhomanês) e usam automóveis para transporte. Atualmente muitos já são sedentários residindo em belas e confortáveis mansões.
Estatísticas
O POVO
Nome do Povo: Cigano Romani
País: Brasil
Sua língua: Romani Vlach
População: 16508
Maior Religião:
Cristãos: 80%
Escrituras disponíveis em sua Língua: Porções Bíbl
SEU PAÍS
País: Brasil
População : 157644000
Religião Principal: Catolicismo
Evangélicos no País: 22140254 (14.6%)
Número de Igrejas no País: 42000
Número de Missionários no País: 3381
Liberdade de Pregação: Sim
Pode parecer incrível, mas ciganos kalons, além da discriminação sofrida pela sociedade em geral, o são, também, por alguns de seus irmãos rons. Ainda bem que não por todos...rs. O documento em anexo foi escrito pelo Prof. Frans Moonen, um dos integrantes do GT Cigano
- Ministério da Cultura, em Brasília
OS KALDERASH E OS “OUTROS CIGANOS”; REIS E RAINHAS KALDERASH; CIGANOLOGIA OU ROMOLOGIA?; TEORIA DA CULTURA E A PRÁTICA DA CULTURA KALDERASH.
Frans Moonen
Antropólogo e Ciganólogo
1. OS KALDERASH E OS “OUTROS CIGANOS”.
Logo na “Introdução” do meu livro sobre ciganos na Europa escrevo que: “Muitos ciganólogos têm observado que os Ciganos Rom, e entre eles em especial os Lovara e os Kalderash, costumam auto-classificar-se como autênticos, verdadeiros, nobres, aristocratas, de primeira categoria, sendo todos os outros apenas ciganos espúrios ou falsos ciganos. Infelizmente, esta atitude discriminatória (dos próprios ciganos) é assumida também por muitos gadjé (não-ciganos) que realizam estudos ou trabalhos práticos entre os ciganos, ou por legisladores ou membros de organizações ciganas e pró-ciganas”, ou, como acrescentaria hoje, em GT´s sobre Culturas Ciganas. E mais adiante concluo: “Quanto à suposta autenticidade e aristocracia dos Kalderash ou Lovara, subscrevo a afirmação de Williams que considera inadmissível a distinção entre “verdadeiros” ciganos, aos quais se atribue uma origem exôtica e riqueza cultural, e “os outros”, que seriam apenas marginais no mundo cigano. Ou seja: não existem ciganos autênticos e ciganos espúrios: os Rom, Sinti e Calon possuem inúmeras auto-denominações, falam centenas de línguas ou dialetos, têm os mais variados costumes e valores culturais, são diferentes uns dos outros, mas nem por isso são superiores ou inferiores uns aos outros”.
No Brasil, os Kalderash chegam até a negar a ciganidade dos Calon. Carlos Hoffman, na sua dissertação “A alma roubada”, de 1992, informa que teve contato com Kalderash no sul do país, e um deles lhe disse: “Nós somos Kalderash .... Nos Mordovais e nos Korashano os homens são vadios e somente as mulheres trabalham com quiromancia. E os Calons não são ciganos”. Ao que Hoffman acrescenta: “Penso que os ciganos (Kalderash) são mais que etnocêntricos, eles são etno-egocêntricos. Isto porque, nos diversos momentos em que os observei, são suas idéias ou intenções que devem prevalecer sempre, não importando as do “outro”” (p.32).
Lamentavelmente, no dia 21 de fevereiro de 2006, dia do lançamento oficial do GT Culturas Ciganas, pelo Ministério da Cultura, em Brasília, pude observar pessoalmente que esta atitude abominável também existe em outras partes do Brasil. À noite, quando cerca de dez participantes estavam jantando no restaurante do seu hotel (com a presença inclusive da Sra. Oraida Abreu, da SEPPIR), a rom-kalderash Mirian Stanescon chegou a propor ao rom-matchuwaia Claudio Iovanovitch que os Calon fossem excluídos do GT Culturas Ciganas, porque estes não são, ou não seriam mais, ciganos. Seriam apenas uns vagabundos se dizendo “ciganos”. E isto na presença de vários Calon. A idéia foi imediatamente rejeitada por Claudio Iovanovitch que afirmou que também os Calon são ciganos e em hipótese alguma poderiam ser excluídos.
Sei, pelo experiência própria, que em Curitiba o Claudio Iovanovitch, meu amigo há mais de dez anos, sempre defendeu também os Calon. Mas a auto-proclamada “princesa cigana kalderash” e futura “Rainha dos ciganos do Brasil”, Mirian Stanescon continuou exigindo a exclusão dos Calon. Ou seja, queria excluir os já excluídos brasileiros ciganos calon. A suposta “realeza” de Mirian Stanescon explicarei daqui a pouco, mas também contarei que, além de “princesa”, também já foi outras coisas na vida.
Esperava que no dia 16 de março, logo no início da 1ª Reunião do GT Culturas Ciganas, este fato fosse denunciado por algum dos ciganos presentes, mas isto não aconteceu. E neste GT sou apenas um humilde e insignificante “colaborador eventual” não-cigano, que a qualquer momento pode ser descartado, e certamente logo será descartado após o que vou falar hoje. Na tarde do dia 16 de março não tinha mais sentido eu, pessoalmente, falar do assunto, porque a reunião se esvaziou cedo, inclusive com a retirada de Claudio Iovanovitch. Por isso o faço hoje, porque considero o fato de extrema gravidade. Porque se, algum dia, os Calon forem excluídos, será o fim deste GT.
Os Kalderash são tão arrogantes, e tão pedantes e etno-egocêntricos, que somente entre eles surgiram alguns indivíduos se auto-proclamando “Rei dos Ciganos” e, imaginem só, até um “Imperador de todos os Ciganos”, e até uma “Rainha dos ciganos do Brasil”.
2. REIS E RAINHAS KALDERASH.
Mas será que realmente existem reis ciganos? Todos os ciganólogos ciganos e não-ciganos são unânimes em dizer que não, e que na organização social e política dos ciganos não há espaço para estas figuras ridículas.
Em 2002 publiquei um artigo no nº 18 da revista Insight/Inteligência, com o título “Dos reis ciganos aos presidentes da Nação Romani” (pp.123-130). Neste artigo cito alguns indivíduos que, nos anos 1930/40, se auto-proclamaram “rei cigano”, sendo que o Rei Miguel II queria criar um estado cigano na Índia; o Rei José pretendia obter um território cigano no sul da África, e o Rei Janusz pediu a Mussolini um território na Abissínia. Obviamente não conseguiram nada. O Rei Janusz virou cinza no campo de concentração de Auschwitz. Todos eles pertenciam à família kalderash Kwiek. O estranho fenômeno foi estudado por Ficowski e parece que suas conclusões são válidas ainda hoje, inclusive no Brasil. Afirma ele: “Cada aspirante ao trono cigano agia não somente nos seus próprios interesses, mas também para consolidar e reforçar a posição de seu grupo familiar. (...) Com isto abriam-se para estes pretensos reis kalderash muitas oportunidades para oprimir e explorar seus súditos ....O trono cigano tornou-se extremamente lucrativo”.
Em 1992 surgiu um outro kalderash – sempre kalderash – com pretensões reais, o romeno Ion Cioabha. O Ion auto-proclamou-se Rei dos ciganos da Romênia, mandou fazer uma corôa de ouro (outros dizem que ele alugou uma corôa, um cetro, um trono e uma indumentária de rei estilo Luis XIV na ópera local) e alugou a igreja ortodoxa de Sibiu para uma elaborada cerimônia de coroação. Mas um primo dele, Iulian Radulescu, não gostou e auto-proclamou-se Imperador de todos os Ciganos. Conforme se vê, tantos reis e imperadores ciganos kalderash, e sempre apenas kalderash, dariam para lotar uma ala inteira de um hospício, junto com os “Napoleões Bonapartes” não-ciganos. No final desta parte do artigo informo ainda:
“Apesar de não ter a mínima relevância ou utilidade prática para os ciganos brasileiros, não posso deixar de mencionar pelo menos uma dinastia com utópicas pretensões “reais” também no Brasil. A revista avulsa “Magia Cigana”, de 1992, apresenta um retrato multicolorido da “família real por herança” Stanescon, obviamente kalderash, e aparentemente com pretensões de perpetuar esta sua “realeza” dourada:
“No final do século passado, o Rio de Janeiro recebia um cigano da tribo kalderash chamado Nicolas Stanescon (ou Rhitsa). Ele vinha chefiando cerca de sessenta famílias e mais tarde, na época da II Guerra, trouxe outras 35. Respeitado por seu povo, tornou-se uma espécie de rei – um prestígio que, ao morrer, transferiu à esposa, Yordana. Dessa forma começava uma fase de lideranças femininas no clã comandado pelos Stanescon, que perdura até hoje. Com a morte de Yordana, considerada uma rainha, o “poder” passou para a sua filha mais velha, Lhuba Stanescon, que ainda o exerce. Mas já tem herdeira certa: a filha mais velha, Mirian Stanescon Batuki Siqueira ......... “ .
“Já vimos que na Europa existiram autoproclamados “reis ciganos”, que todos tiveram um fim melancôlico, mas nunca uma “rainha”, algo inconcebível numa sociedade patriarcal e machista como é a sociedade cigana .... Falar de “rainhas ciganas” é como falar de cachaça sem álcool.
“Não há registro de que estes auto-proclamados reis e rainhas do clã Stanescon tenham proposto ou feito algo em benefício de todos os ciganos brasileiros, a quase totalidade dos quais ignora por completo a existência desta “realeza” brasileira, que existe apenas na fantasia da própria “rainha” e de seus familiares”.
Termina aqui a parte do meu artigo que trata de reis e rainhas kalderash, publicado pela revista Insight/Inteligência que se auto-intitula “a melhor e menos conhecida revista do Brasil”. Mas certamente é conhecida no Ministério da Cultura. Pouca gente, apenas algumas mil pessoas, devem ter lido este meu artigo, que também está disponível na internet.
Lembro que na capa de um livro publicado pela Mirian Stanescon, em 1999, ela se auto-intitula “princesa cigana kalderash”, ou seja, filha de um rei ou de uma rainha kalderash. Freud explica.
Do etno-egocentrismo à ego-idolatria é apenas um pequeno passo e Mirian Stanescon chega a um ponto que até Freud teria dificuldade de explicar. Por achar que todos os baralhos ciganos hoje existentes são uma porcaria, ela inventou um novo baralho, Lila Romaí, “o verdadeiro oráculo cigano”. Ou seja, todos os outros não são verdadeiros. Neste “verdadeiro”, e obviamente único verdadeiro, oráculo cigano, publicado no seu livro de 1999, a primeira carta apresentada é a de “Chaule Dieuleske – O Filho de Deus”, que vem a ser “a mais importante das cartas do baralho cigano”. E quem está representado nesta carta? Jesus e ela mesma, a Mirian! Ela informa: “Retratei a imagem de Jesus Cristo de acordo com a visão que tive aos quatorze anos: a menina ajoelhada aos seus pés sou eu com uniforme do Colégio Afrânio Peixoto, onde eu estudava. Confesso que na época não entendi direito o que Ele queria dizer ao mostrar-me Seu coração apontando a pomba branca no vitrô da Igreja de Santo Antônio, em Nova Iguaçú”. Ou seja, a Mirian teve contato pessoal com Jesus. Bem, o significado da tal pomba, Freud saberia explicar muito bem.
Não sei por que Nova Iguaçú não se transformou então numa nova Fátima, ou numa nova Lourdes, com a santa cigana Mirian falando diretamente com Jesus, em não sei quantas outras visões, e com altos lucros para seus familiares: fotografias, estatuetas da Mirian em gêsso (diversos tamanhos, em branco ou coloridas), medalhinhas, camisetas, bonés, velas, e não sei o que mais, tudo abençoado pela santa Mirian. Além de cobrando caríssimo por entrevistas ou para pessoas que pessoalmente quisessem tocar a santa Mirian. Infelizmente, o milagre não aconteceu. Talvez faltasse uma virgem Maria no baralho da santa cigana Mirian. Um erro imperdoável, até para Jesus.
3. CIGANOLOGIA OU ROMOLOGIA?
Ainda na Introdução do meu livro escrevo: “De todos os ciganos, os Rom são os mais estudados e descritos. Isto porque estes ciganos, e entre eles principalmente os Kalderash – inclusive no Brasil - , costumam considerar-se a si próprios “ciganos autênticos”, “ciganos nobres”, e classificar os outros apenas como “ciganos espúrios”, de segunda ou terceira categoria. Como antropólogos e linguistas tendem a estudar de preferência povos “autênticos”, que ainda conservam sua cultura e língua tradicional, a quase totalidade dos estudos ciganos trata de ciganos Rom e praticamente nada se sabe dos outros grupos. (...)
“Este “rom-centrismo”, dos próprios ciganos e dos ciganólogos, faz Acton falar até de “romólogos” que, em lugar de analisarem as diferenças culturais entre os grupos ciganos, apresentam um modelo ideal como se os ciganos formassem uma totalidade homogênea. Segundo este sociólogo, “A grande falha da literatura sobre ciganos, oficial e acadêmica, é a supergeneralização; observadores têm sido levados a acreditar que práticas de grupos particulares são universais, com a concomitante sugestão que [os membros de] qualquer grupo que não têm estas práticas não são “verdadeiros ciganos”.
“Ou seja, a cultura rom passa a ser considerada a “autêntica” cultura cigana, a cultura “modelo”. E quem não falar a língua como eles, quem não tiver os mesmos costumes e valores ..... bem, estes só podem ser ciganos de segunda ou terceira categoria ....... Entende-se assim porque a quase totalidade dos livros de ciganólogos que tratam genericamente da suposta “Cultura Cigana”, na realidade descrevem apenas ou quase exclusivamente a cultura dos ciganos Kalderash que durante séculos viveram nos Balcãs – na atual Romênia na qualidade de escravos, libertos somente na segunda metade do Século XIX – onde desenvolveram uma cultura fortemente influenciada pelas diversas culturas nacionais, em especial a romena”.
A pomana (rituais fúnebres), a kris (espécie de tribunal de justiça local) e o conceito de marimhé (sobre pureza/impureza das mulheres), por exemplo, são comprovadamente de origem da zona rural romena.
“Nas palavras de Acton: “[Os ciganos] são um povo extremamente desunido e mal-definido, possuindo uma continuidade, em vez de uma comunidade, de cultura. Indivíduos que compartilham a ascendência e a reputação de “cigano” podem ter quase nada em comum no seu modo de viver, na cultura visível ou na língua. Os ciganos provavelmente nunca foram um povo unido”.
Por este, e vários outros motivos, que não analisarei agora, pouca coisa se sabe sobre as culturas ciganas, inclusive no Brasil. E principalmente por causa dos próprios ciganos, muitos dos quais se recusam a dar informações sobre a sua cultura. A cigana brasileira Jordana Aristicht, p.ex., declara: “É inadmissível que um não-cigano venha a conhecer mais as nossas tradições, hábitos e costumes do que nós mesmos”. Ou então acham que os antropólogos e ciganólogos não-ciganos são incapazes de estudar e entender a sua cultura, são uns alienados ignorantes que só dizem inverdades quando não mentiras propositais, como tem várias vezes aqui dito a Mirian Stanescon que se considera a única e verdadeira conhecedora da cultura cigana no Brasil, porque a cultura Stanescon, obviamente, deve ou deveria ser a cultura de todos os ciganos no Brasil.
Acontece apenas que a Mirian Stanescon é o que os ingleses, numa palavra bem curta e intraduzivel, chamam de uma “un-rom”. E durante toda sua vida a Mirian se comportou como uma “un-rom”. Acredito que daqui a pouco quando falarei da cultura ideal e da cultura real, da cultura teórica e da cultura prática, este “un-rom” ficará mais claro. Significa, mais ou menos, que alguém de fato é e se diz cigano, mas não age como cigano e até contraria quase todos os valores culturais ciganos. Como, comprovadamente, a princesa e futura rainha cigana Mirian Stanescon tem feito durante toda sua vida, e provavelmente ainda faz. Até o fato de auto-denominar-se “princesa cigana kalderash” é “un-rom”. E é por causa disto que, conforme informações que recebi de vários ciganos, a quase totalidade dos ciganos do Rio de Janeiro não a considera mais uma cigana. De “um-rom” virou “não-rom”.
Pergunto então: se a etno-egocêntrica e ego-idólatra Mirian Stanescon não é nem mais considerada cigana pelos próprios ciganos kalderash (a não ser pelos membros de sua própria família nuclear ou extensa), o que justifica ainda a sua presença aqui, neste GT Culturas Ciganas?
Para ela, o que os outros – inclusive ciganos, mas principalmente não-ciganos como eu - escrevem ou dizem, é apenas lixo, mentira, inverdade, fantasia, invenção. Para ela os ciganos, imaginem só, são originários do Egito; para ela os ciganos brasileiros nunca foram traficantes de escravos; para ela é impossível no Brasil existirem prostitutas ciganas ou cafetinas ciganas que prostituem crianças e adolescentes ciganas. Inclusive deve ser mentira tudo que já escreveram muitos ciganos dos Estados Unidos (como o professor universitário Ian Hancock e outros) ou da Europa (o deputado cigano Juan de Dios Ramirez-Herédia, o antropólogo cigano Antônio Torres e outros), ou aqui no Brasil, a bela ex-modelo Jordana Aristicth, a primeira cigana brasileira a escrever um livro sobre seu povo, em 1995 [Ciganos: a verdade sobre nossas tradições], ou ciganos como o já falecido médico Oswaldo Macêdo [Ciganos: natureza e cultura], o kalderash mineiro Hugo Caldeira [A bíblia e os ciganos], Sally Esmeralda Liechocki [Ciganos: a realidade]. A Mirian Stanescon certamente tentará reduzir a pó a ciganidade ou a credibilidade dos ciganos brasileiros citados, mas nunca saberá reduzir à pó a ciganidade de famosos escritores, professores ou deputados ciganos europeus ou americanos.
4. TEORIA DA CULTURA E A PRÁTICA DA CULTURA KALDERASH.
No GT Culturas Ciganas até agora nunca foi discutido e definido o conceito de cultura a ser usado pelo GT. Obviamente todos, ciganos e não-ciganos, sabem de que se trata. Mas será que sabem mesmo? Quando professor na UFPB em João Pessoa falava sobre o conceito de cultura, as teorias da cultura, dinâmica cultural, etnocentrismo e relativismo cultural durante várias semanas. Não posso fazer isto hoje em apenas meia hora. Por isso vou me limitar ao mínimo póssível.
A primeira definição de cultura é a de Tylor (1871): “aquele todo complexo que compreende o saber, a crença, a arte, a moral, o direito, o cos tume e quaisquer outras qualidades e hábitos adquiridos pelo homem na sociedade”. Depois surgiram centenas de outras definições de cultura, mas que aqui não pretendo nem posso reproduzir, a não ser a definição mínima de Herskovitch: cultura é “as coisas que a gente tem, faz e pensa” (1948).
Das inúmeras teorias sobre cultura quero destacar apenas quatro:
a) a cultura é dinâmica; nenhuma cultura é completamente está tica. A mudança é o resultado, principalmente, do contato entre sociedades com culturas diferentes.
Portanto, não é possível, nem desejável, impedir mudanças nas culturas ciganas e exigir que continuem fiéis a antigas e ultrapassadas tradições e costumes. Cigano hoje em dia tem computador com internet e email, viaja de avião, se hospede em hotel, paga suas contas com cartão de crédito, tem celular, etc. É uma questão de sobrevivência. E os brasileiros, graças a deus, hoje não têm mais a mesma cultura que tinham seus antepassados nos séculos 16 e 17. Da mesma forma, também as culturas ciganas mudam, se transformam, se atualizam, mas nem por isso deixam de ser culturas ciganas. Serão apenas culturas ciganas diferentes das culturas ciganas de antigamente.
b) ninguém conhece todas as particularidades de sua cultura (e menos ainda das culturas alheias). Em cada cultura encontramos universais, alternativas e especialidades. - universais: os elementos culturais comuns a todos os membros adultos normais da socie dade; - especialidades: os elementos culturais compartilhados por membros de certas categorias socialmente reconhecidas de indivíduos, mas não compartilhados pela população total, p.ex. militares, religiosos, políticos, juristas, operários, camponeses etc. Ou, no nosso caso, índios, afro-brasileiros ou ciganos; - alternativas: padrões culturais que podemos escolher numa determinada situação (p. ex. te mos que nos vestir, mas o tipo, a cor da roupa é nossa escolha). Quanto mais desenvol vida a cultura, maior o número de alternativas. Nas sociedades simples, o número de alterna tivas é limitado. Não é mais o caso nas sociedades ciganas.
Ou seja: nenhum cigano e nenhuma cigana conhece toda a sua cultura, e menos ainda a cultura dos outros grupos e sub-grupos ciganos. O que então fazer para conhecer melhor a sua própria cultura cigana e as culturas de outros grupos ciganos? Simples: contrate alguns especialistas em estudar outras culturas, e estes especialistas se chamam “antropólogos”, que receberam (ou deveriam ter recebido, mas no Brasil quase nunca recebem) um treinamento especial, no qual aprenderam métodos e técnicas de pesquisa que lhes habilitam executar esta tarefa. Obviamente existem antropólogos que são bons pesquisadores, e outros nem tanto. Nem todo antropólogo tem vocação para a pesquisa de campo em sociedades com culturas diferentes, inclusive em sociedades ciganas. E sabemos que vários não-antropólogos – por exemplo: jornalistas e literatos – mostraram uma excecelente capacidade de pesquisar ciganos.
Nas ofertas de emprego quase sempre exige-se “experiência anterior de 2 anos” ou até mais. Portanto, recomendo aos ciganos e ao GT Culturas Ciganas contratar somente antropólogos com comprovada experiência em pesquisa de campo, não importa que seja entre índios, em quilombolas, ou em favelas, ou que sejam peritos em pesquisar prostitutas, michês, gays, lésbicas e simpatizantes. Conforme se vê, os antropólogos (e as antropólogas) são plurivalentes! A experiência é comprovada pelas publicações do antropólogo sobre o povo/ comunidade/ minoria étnica, social ou sexual por ele ou por ela pesquisado. Se o antropólogo nunca publicou coisa alguma, ou se nem sequer pode apresentar ensaios inéditos, não o contrate.
c) devemos distinguir a cultura ideal da cultura real: ou seja, a teoria/a ideologia, aquilo que se pensa, aquilo que se deve fazer, e a prática, aquilo que na realidade se faz. Nem sempre (quase nunca) se segue as regras, as normas ideais. Poderia agora citar inúmeros exemplos PTistas, mas estes todo mundo já conhece. Portanto, permitam apenas alguns exemplos ciganos.
- os ciganos afirmam que “os ciganos só casam entre si”, geralmente alegando que é para preservar a pureza da “raça”. Mas na realidade, principalmente entre os Rom, inúmeros ciganos são casados com não-ciganas, e inúmeras ciganas são casadas com não-ciganos. Até sua Alteza Mirian Stanescon é casada com um não cigano, com o qual pariu quatro filhos/filhas que, pela tradição cigana ainda hoje existente, são classificados(as) como bastardos(as) não ciganos(as), já que o pai é um não-cigano. A descendência dos filhos ciganos se dá pela linha paterna. Ou seja, só é cigano quem tiver um pai cigano. Ou seja, após a morte da Mirian a suposta e fajuta dinastia real Stanescon deixará de existir, porque nenhum filho ou nenhuma filha lhe poderá suceder. Porque ela não pensou neste problema antes de casar com um não-cigano?
- os ciganos afirmam que as ciganas casam cedo, por volta dos 15 anos, quando fazem, obrigatoriamente, o teste da virgindade, cujo resultado é exibido em público. A sua Alteza Mirian Stanescon casou aos 32 anos de idade, com um não-cigano. Confesso não saber se a Mirian Stanescon, segundo a tradição cigana kalderash, também aceitou submeter-se ao teste de virgindade, e qual o resultado. É possível que se trate de um teste obrigatório apenas para as jovens súditas ciganas plebéias, mas em hipótese alguma para velhas princesas da realeza cigana. Também nunca saberemos porque sua Alteza Mirian Stanescon, antes dos 32 anos, nunca encontrou um cigano que quisesse ou pudesse casar com ela, até ela finalmente encontrar um não-cigano. Tenho algumas teorias sobre este fato, mas prefiro não falar disto hoje, porque ela já sofreu e ainda vai sofrer demais. O pior ainda virá daqui a pouco.
- por causa deste “teste de virgindade”, os ciganos afirmam que não existe prostituição de crianças, adolescentes e mulheres ciganas, nem existem cafetinas ciganas. Mas já foi comprovado que em Sousa, Paraíba, esta prostituição existe, e deve existir em não sei quantos outros ranchos ciganos, do Norte ao Sul, e também deve existir, e como deve existir, inclusive entre os Kalderash no Rio de Janeiro, onde também devem existir cafetinas que prostituem crianças e adolescentes ciganas. A Mirian Stanescon deve entender muito deste assunto já que nega sistematicamente a existência de cafetinas ciganas que prostituem crianças, adolescentes e mulheres ciganas. Será que também a Mirian ..... não isto é algo impossível!
- os ciganos afirmam que “os ciganos podem até roubar os não-ciganos, mas nunca um cigano rouba outro cigano”. Mas numa reportagem de conhecido jornal carioca, a jornalista Claudia Mattos, em 3 de janeiro de 1996, divulgou a seguinte notícia: “Segundo Jarco Stanescon, primo em segundo grau de Miriam, ela teria participado de um assalto à casa de seus pais em 1979, quando foram roubados US$ 8,5 milhões em ouro, e de ter sequestrado um filho seu por seis dias”.
- Obviamente, Mirian Stanescon negou tudo, alegando que não foi apresentada queixa na delegacia. O que é evidente, porque o Jarco Stanescon tinha um filho sequestrado pela quadrilha da Mirian, não sei com quais ameaças se o pai apresentasse queixa. E além disto na Delegacia a família do Jarco Stanescon teria que explicar a origem deste ouro, e porque nunca foi declarado na relação de bens do imposto de renda, conforme sua Alteza Mirian, talvez já então estudante ou até já formada em direito, bem sabia e deve ter explicado ao querido primo. Portanto, era melhor ele calar a boca. Até prova em contrário, sua Alteza e Princesa Mirian Stanescon desde 1979 é, ou era, membro de uma quadrilha de assaltantes e sequestradores que aqui, provisoriamente, chamarei o 1º CCC – o Primeiro Comando Cigano da Capital. Mas, a verdade deve ser dita, parece que só assaltavam e sequestravam outros membros da própria família Stanescon ou outros kalderash. Ainda bem. Segundo informação de um cigano rom muito amigo meu, e também já bastante careco de saber de tudo isto, existe hoje também o 2º CCC – o Segundo Comando Cigano da Capital - , mas este em São Paulo, especializado em assaltar outros ciganos. Obviamente, os membros são ciganos kalderash – sempre kalderash.
Não pretendo citar outros exemplos ciganos e de sua cultura ideal e real. Mas no mundo cigano a cultura ideal nem sempre, quase nunca, é a cultura real. Como também não é no mundo não-cigano.
Para terminar: francamente, falando como não-cigano, não vejo nenhuma necessidade ou utilidade de ter uma “princesa kalderash” chamada Mirian Stanescon como membro efetivo deste GT Culturas Ciganas, acusada, pelos próprios ciganos e por sua própria família, de ser, ou de ter sido, assaltante e sequestradora, como todos os ciganos do Rio de Janeiro sabem. E no Rio de Janeiro nem sequer é mais considerada cigana pelos próprios ciganos. Mas esta é uma questão que os próprios ciganos terão que resolver. Sem a interferência, e sem os votos, dos membros da SEPPIR ou do Ministério da Cultura, ou de outros não-ciganos, como eu. Sua Alteza Mirian Stanescon já propôs excluir os Calon. Que tal os Calon aqui presentes agora proporem e exigirem a exclusão deste GT, para sempre, da fajuta princesa e futura rainha Mirian Stanescon, que tanto odeia os Calon, a ponto de os declarar não-ciganos? Certamente os Calon, que são ciganos decentes, pacíficos e não etno-egocêntricos, não vão fazê-lo, porque isto não faz parte da cultura deles.
Por isso, como não estou acostumado a conviver em GT´s com membros de quadrilhas criminosas kalderash, anuncio agora, oficialmente, meu desligamento definitivo deste GT Culturas Ciganas. Ao Secretário Sérgio Mamberti e aos outros membros do Ministério da Cultura, como também aos membros da SEPPIR, agradeço a confiança que, por motivos que ignoro, depositaram em mim. Espero que este GT tenha muito êxito no futuro. Aos amigos e às amigas Calon aqui presentes, que só conheci em 2006, e ao há mais de dez anos meu grande amigo matchuwaia Claudio Iovanovitch, um último grande abraço.
VESTUARIO CIGANO
NÃO PODERIAMOS DEIXAR DE CITAR PARTE IMPORTANTISSIMA COMO VESTIMENTO. UM ITEM QUE ESTAMOS A RESSALTAR OS TRAJES NO CASO CARACTERIZAM A IDENTIDADE CIGANA NUM DOS ASPECTOS DE SUA ETNIA. COM UMA OBSERVAÇÃO ESPECIAL PARA NOSSOS DIAS ATUAIS 2006 ALGUMAS MOÇAS CIGANAS ESTÃO TROCANDO O FEITICO DA FEMINILIDADE QUE SUAS SAIAS LONGAS E COLORIDAS LHE DÃO EXPRESSÃO DE SUA VERDADEIRA CULTURA POR CALÇÃS JEANS E TÉNIS SOTISTICADOS. NÃO QUE USAR ISTO SEJA ERRADO, MAS FAZER A SUBSTITUIÇÃO, ESQUECER E NEM LIGAR COMO TANTAS TEM FEITO E ATE FALANDO PARA OUTRAS PARA QUE ESQUEÇÃO SUAS VESTES QUE NOS ACHAMOS LINDAS, USAR ESTES EM FESTAS REGIONAIS –ROMS- AI COMEÇA A NOS PREOCUPAR.. OS POVOS EM GERAL SEMPRE FORAM RECONHECIDOS PELOS HÁBITOS E COSTUMES RESSALTANDO SUAS TRADIÇÕES E VESTURRIOS, ISTO NUM HAMBITO SOCIAL, É DE SUMA IMPORTANCIA QUE O POVO CIGANO MANTENHA SEMPRE VIVA SUA IDENTIDADE, SENDO INTRANSFERIVEL ESTE DIREITO SOCIO-CULTURAL.VEMOS ISTO SE FORMALIZANDO NAS FESTAS SEJÃO AS REGIONAIS,ABERTAS,SLAVAS,FESTAS FECHADAS COM PUBLICO DETERMINADO NESTAS SÃO EXIBIDOS E EXIGIDOS POR ALGUMS O USO DOS TRAJES CIGANOS.E FAZEM VALER AOS SEUS FILHOS O VALOR DOS SEUS MÉTODOS OS CIGANOS DO GRUPO KALDERASH AINDA MANTÉM RIGIDAS EM SUAS FESTAS E EVENTOS SOCIAIS SUAS TRSDIÇOES O QUE NÃO VEM OCORRENDO ULTIMAMENTE COM ALGUNS GRUPOS CIGANOS,
CIGANA USE SUA SAIA
AS CORES PREDOMINANTES NO VESTUÁRIO CIGANAS SÃO;
VERMELHO—QUE REPRESENTA A VIDA E CORTA O MAU OLHADO
- DOURADO—QUE REPRESENTA PROSPERIDADE
- -O ESTAMPADO—QUE REPRESENTA A UNIÃO DA NATUREZA
- OBS IMPORTANTE; AO CONTRARIO QUE MUITA GENTE PENSA, OS CIGANOS DO GRUPO KALON NÃO POSSUEM SUPERSTIÇOES A RESPEITO DO USODA COR PRETA, POIS ALGUMAS VEZES COSTUMAM APRESENTAR-SE COM TRAJES DESTA COR EM ESPETÁCULOS MUSICAIS E DE DANÇA.
- AS CIGANAS NÃO USM TRAJES TOTALMENTE BRANCOS, POIS O BRANCO REPRESENTA A PUREZA NO CASAMENTO,
- ASSIM SENDO SOMENTE NO PRIMEIRO DIA DA CERIMONIA DO CASAMENTO A NOIVA USARÁ BRANCO NO SUGUNDO DIA SEU VESTIDO SERÁ VERMELHO
TALISMAS
A PALAVRA TALISMÃ VEM DO ÁRABE TILSAM E DO GREGO, QUE SIGNIFICA MISTÉRIO TALISMÃ É UM OBJETO QUE SEGUNDO SE ACREDITA AFASTA O PERIGO E DÁ SORTE. E HÁ MUITOS QUE SÃO USADOS DESDE A ANTIGUIDADE TAIS COMO SIGNO DE SALOMÃO A CRUZ E OUTROS ESSES MASCOTES FORTALECIDOS PELA FÉ DO PORTADOR TORNASE UMA FORÇA SEMPRE PRESENTE PELA POSSE CONSTANTE, A EXIBIÇÃO DE UM OBJETO QUE D[A SORTE PODE NÃO TER PODER OCULTO ALGUM, MAS SIMPLESMENTE DAR RESULTADO QUE DÁ SORTE DE QUALQUER MANEIRA DESDE TEMPOS IMEMORAVEIS TEM HAVIDO ALGUNS DESTES TALISMAS DEDICADOS A TODOS QUE OS CIGANOS SABEM MUITO BEM OS SEGREDOS, DOS SEUS USOS E SÃO ELES QUE NOS INTERESSAM, VEJÃO ENTÃO].
---------- TALISMAS-----------
OLHO DE HÓRUS ( OLHO )- ESTE APARECE GERALMENTE SOB FORMA DO OLHO DE HÓRUS, O DEUS EGÍPCIO QUE CONTROLAVA OS MOVIMENTOS DO SOL E DOS SERES HUMANOS.
FLOR DE LOTUS-NA INDIA OS CIGANOS ASSOCIAVAM A FLOR DE LÓTUS D DEUSA LAKSHIMI, DEUSA DA FORTUNA E DA BELEZA. ALEM DE PROTEÇÃO REPRESENTA A FORTUNA. PUREZA E PERFEIÇÃO E TRAZ SERENIDADE
- SERPENTE - PARA O POVO CIGANO A SERPENTE É UM DOS MAIS CONHECIDOS E FORTES TALISMÃS DA SAUDE REPRESENTA A MANIFESTAÇÃO DA ENERGIA CRIADORA E A CAPACIDADE DE RENOVAÇÃO USADA GERALMENTE COMO ANEL PELAS CIGANAS
- ESCARAVELHO SOLAR - ENTRE OS CIGANOS, COMO OS EGÍPCIOS, OESCARAVELHO ERAM UM SIMBOLO DO SOL E DA MATÉRIA INERTE QUE SE TRANSFORMA EM VIDA. COMO TALISMÃ PROTEGE CONTRA TODOS OS MALEFICIOS, FAVORECE VIDA LONGA E FELIZ.
- TREVO DE QUATRO FOLHAS - PARA OS CIGANOS O TREVO DE QUATRO FOLHAS SIGNIFICAVA BOA SORTE TANTO PARA QUEM O ENCONTRA NA NATUREZA, QUANTO PARA QUEM CARREGA SUA IMAGEM O TREVO DE QUATRO FOLHAS É UM DOS MAIS TRADICIONAIS SIMBOLOS DE BOA SORTE NÃO USADO SOMENTE PELO POVO CIGANO, MAS INTEGRANTES DA SOCIEDADE SEJÃO PODEROSOS OU NÃO QUANDO VOCE ENCONTRAR UM DIZ UM CIGANO AMIGO PODE ESPERAR BOAS NOTICIAS E ENTRADA DE DINHEIRO.
- LUA CRESCENTE - COMO TALISMÃ A LUA TRAZ BOA SORTE NO AMOR E EM OUTRAS ESFERAS ALÉM DE PROTEÇÃO DA GRAVIDEZ, ENTRE OS CIGANOS É UM SIMBOLO USADO PARA AFASTAR OS MAUS ESPIRITOS QUE PROVOCAVAM CRISES DE HISTERIA E LOUCURA.
- YIN-YANG - PARA OS CIGANSO SIMBOLIZA A IMAGEM DO UNIVERSO E A UNIÃO DOS POSTOS E O EQUILIBRIO ENTRE O PRINCIPIO MASCULINO (YANG) E O FEMININO (YIN) É UM PODEROSO INSTRUMENTO DE MEDITAÇÃO
- PIRAMIDE - PARA OS CIGANOS AS PIRÃMIDES SÃO CONSIDERADAS PODEROZAS CANALIZADORAS DE ENERGIA CÓSMICA E PODEM SER FEITAS COM DIFERENTES TAMANHOS E MATERIAIS PEQUENOS PIRÃMIDES DE OURO USADAS NA ALTURA DO CORAÇÃO EVITAM DOENÇAS E VIBRAÇOES MALÉFICAS ALÉM DE FACILITAR OS PROBLEMAS DE RELACIONAMENTO.
- ESTRELA DE CINCO PONTAS — REPRESENTA UMA FIGURA HUMANA (O SER HUMANO PERFEITO) COM A CABEÇA NA PONTA SUPERIOR SIMBOLIZA TAMBEM O DOMINIO DA RAZÃO SOBRE A EMOÇÃO E TEM A CAPACIDADE DE AFASTAR O MAL E ATRAIR O BEM
- CRUZ — SIMBOLO MAXIMO DOS CRISTÃOS A CRUZ REPRESENTA PARA OS CIGANOS A UNIÃO DO ESPIRITO E DA MATÉRIA E DE TODOS OS PLANOS DA EXISTENCIA MAIS QUE UM TALISMÃ É UM CAMINHO PARA A ESPIRITUALIDADE SUPERIOR PROTEGE CONTRA INFLU~ENCIA DE ESPIRITOS OBCESSORES
- OM — SÍLABA SÃNSCRITA QUE EXPRESSA A TRINDADE DIVINA HINDU FORMADA POR BRAHMA, VISHNA, E SHIVA. QUANDO PRONUNCIADO É O SOMDA CRIAÇÃO DO UNIVERSO.
- FIGA — OS CIGANSO COSTUMAVAM FECHAR A MÃO COM O POLEGAR ENTRE O INDICADOR E O DEDO MEDIO CONSTITUINDO UMA FORMA ANTIGUISSIMA DE AFASTAR O MAU OLHADO E A INVEJA E SERVE TAMBEM PARA ATRAIR SORTE,PROSPERIDADE,E VIGOR SEXUAL USADA COMO TALISMÃ A FIGA TRAZ OTIMOS RESULTADOS EM LOTERIAS E JOGO.
- ESTRELA DE DAVI — OS CIGANOS Á CHAMA DE ESTRELA DE SABEDORIA UM DOS MAIS VELHOS E CONSIDERADOS PELOS CIGANOS COMO O MAIS PODEROSO DE TODO OS TALISMAS USADO COMO CORDÃO NA ALTURA DO CORAÇÃO PROTEGE DE TODOS OS MALES E TODOS OS INIMIGOS INCLUSIVE OS INVISIVEIS.
- CHAVES — ESTAS TRABALHADOS NO FOGO E USADOS COMO COLAR AJUDAM A TRAZER RIQUEZA, AMOR, FELICIDADE, E RESOLVER PROBLEMAS NO DIA A DIA.
- CORUJA — SIMBOLO DE BOA SORTE AS CORUJAS DÃO SORTE NOS JOGOS, E TRAZ ALEGRIA E HARMONIA NO LAR.
- PEIXES — O EMBLEMA DO PEIXE ERA UM ANTIGO TALISMÃ EGIPCIO USADO PELOS CIGANOS, PARA TRAZER A FELICIDADE CONJUGAL.
- SOL — SIMBOLO DE FORÇA E DE ENERGIA. O SOL ERA CONSIDERADO PELOS CIGANOS COMO TALISMÃ DA SAÚDE, RIQUEZA, PROSPERIDADE, USADO NA ALTURA DO CORAÇÃO PROMOVE BOA SAÚDE, FAVOREÇE O AMOR E A GRAVIDEZ.
- ELEFANTE — OS CIGANOS USAVAM A IMAGEM DO ELEFANTE NA ENTRADA DE SUAS TENDAS PARA ATRAIR DINHEIRO E BOS SORTE, USADO COMO COLAR FAVORECE A BOA SORTE.
- FERRADURA — ASSOCIADA À LUA CRESCENTE A FERRADURA É UM DOS MAIS POPULARES TALISMAS DE BOA SORTE, POIS CAPTAM DINHEIRO E PROSPERIDADE É CONVINIENTE CONSERVÁ-LA LONGE DOS CURIOSOS, COLOQUE-A NA JANELA DE SUACASA. OS CIGANOS USAM A FERRADURA JUNTAMENTE COM SETE FITAS COLORIDAS PARA ATRAIR BOA SORTE E PARA GARANTIR UM PARTO FELIZ
- CORAÇÃO – VISTO ATUALMENTE COMO UM PROTETOR DA VIDA AFETIVA, UM PROTETOR MULTIMILENAR OS ANTIGOS EGIPCIOS ACREDITAVAM QUE O CORAÇÃO ERA A MORADA DE ALMA. É UM TALISMÃ USADO PARA TRAZER CONSTÃNCIA Á ALEGRIA.
- TARTARUGA – A IMAGEM DA TARTARUGA REPRESENTA UNIÃO HARMONIOSA ENTRE O HOMEN, O CÉU E A TERRA, TRAZ BOA SORTE VIDA LONGA E ESTABILIDADE NO AMOR.
- BORBOLETA – ASSOCIADO À IMORTALIDADE POR SIMBOLIZAR O INCESSANTE CICLO DE VIDA MORTE E RENASCIMENTO ESTE TALISMÃ FAVORECE A GARMONIA CONJUGAL E CONTRIBUI PARA UM RELACIONAMENTO ESTAVEL E FELIZ.
- MACHADO – SIMBOLO DOS DEUSES DO SOL EM DIVERSAS MITOLOGIAS O MACHADO AJUDA A VENCER TODOS OS OBSTÃCULOS E A RESOLVER PROBLEMAS INCLUSIVE ESFERA JUDICIAL.
A sobrevivência foi a realização mais duradoura, o grande evento da história cigana por isso Angus Franser autor do melhor trabalho historicográfico sobre ciganos.. escreve na primeira pagina de seu livro.
QUANDO SE CONSIDERAM AS VICISSINTUDES QUE ELES OS CIGANOS ENCONTRARAM,PORQUE A HISTÓRIA A SER RELATADA AGORA SERÁ ANTES DE TUDO UMA HISTÓRIA DAQUILO QUE FOI FEITO POR OUTROS PARA DESTRUIR A SUA DIVERSIDADE.DEVE-SE CONCLUIR QUE A SUA PRINCIPAL FAÇANHA FOI A DE TER SOBREVIVIDO..
Os ciganos são chamados de ( povos das estrelas) e dizem que apareceram há mais de 3.000 anos, ao Norte da Índia na região de Gujaratna localizada na margem direita do rio Send. No primeiro milênio d.c deixaram o pais e se dividiram em dois ramos o Pechem que atingiu a Europa através da Grécia; e o Beni que chegou até a Síria O Egito e a palestina
Porém de acordo com a nossa tradição a teoria mais freqüente sobre a origem do povo cigano é que após um período de adaptação neste planeta,os ciganos teriam surgido do interior da Terra e esperam que um dia possam regressar ao seu lar. Nada mais podemos revelar sobre isto.pois trata-se de um dos nossos segredos mais bem preservados. Preste atenção à nossa trajetória e use com sabedoria a sua imaginação
O GRANDE LEMA
O céu é meu teto,a terra é minha pátria e a liberdade é minha religião ou seja traduzindo um espírito essencialmente nômade e livre dos condicionamentos das pessoas normais geralmente cercadas pelos sistemas aos quais estão subjugadas em sua maioria os ciganos são Artistas,Ferreiros,Dançarinos e criadores de muitas artes e a principal a de viver e cuidar de sua família .suaa vida relativamente muito simples, fabricando tachos,consertando panelas,vendendo cavalos hoje vendem carros,fazendo artesanato em diversos materiais especialmente o de cobre na verdade cigano que se preza,antes de ler a mão lê os olhos das pessoas O ESPELHO DA ALMA E TOCAM SEUS PULSOS ´Para sentirem o nível de vibração energética´E só então é que interpretam as linhas das mãos isto se chama Quiromancia
LIDERANÇA
O líder de cada grupo cigano,chama-se Barô/Gagú e é quem preside a DRIS ROMANIS conselho de sentença ou grande tribunal do povo rom.. com suas próprias leis e códigos de ética e justiça.onde são resolvidas todas as contendas e esclarecidas todas as dúvidas entre os ciganos liderados pelos mais velhos o mestre de cura ou xamã cigano é um KAKÚ homem ou mulher que possui dons de grande para-normalidade eles usam ervas,chás e toques curativos
Os ciganos geralmente se reúnem em tribos para festejar os ritos de passagem como
Nascimento
Morte
Casamento
Aniversários
Batizados
Costumam-se reunir em praças,campos praias, casas de parentes quando estes já sitiados ou seja optaram pela vida em um lugar fixo
CRIANÇAS
As crianças ciganas normalmente só frequentamaté o 1 grau nas escolas,aprendem apenas o básico como escrever o próprio nome,fazer as quatro operações, e quando a família tem condições as meninas tem aulas particulares em casa para não estarem se juntando com as outras crianças.isto porem não é um fato consumado pois muitos ciganos são andarilhos e não tem condições de esperar que o filho termine a escola para ele poder continuar sua viajem temos visto muitas famílias ciganas com seus filhos estudados alguns se formando na universidade,outros com a conclusão como advogados,médicos,engenheiros,administradores, e são estes que incentivam a sua coletividade para que estes possam ter um maior ascesso de estudo e conhecimento e lutam para que sua comunidade possam ter sua cidadania própria e reconhecida como os demais cidadãos
CULINARIA
Na culinária cigana são indispensáveis o cravo,canela,louro,manfericão,gengibre,frutos do mar trutas cítricas,frutas secas,vinho,mel,maçãs,pêras,damascos,ameixas,uvas “ que fazem parte inclusive dos segredos de uma cozinha afrodisíaca
DISCRIMINAÇÃO
O povo cigano é também uma raça sofrida pela discriminação,excluída do contexto sócio-politico/econômico ,mas nem por isto alienada; teve este retrato como na inquisição,campos de concentração na Alemanha,muitos forão vendidos como escrevos,racismo alguns queriam e lutaram para sua própria extinção não conseguindo como podemos ver pois nos quatro cantos da terra com diferentes traços,valores,opnioes ou o que quer que seja sempre tem um cigano ou uma cigana por perto.
OBS
TEXTO PARCIALMENTE ESTRAIDO DE PALESTRA REALIZADA PELA NOSSA QUERIDA CIGANA STRRADA DO CLÃ KALON.
DANÇA
Para os ciganos a dança é uma manifestação sublime de Deus, através do corpe e da alma com sentimentos,força de expressão. Os ciganos traduzem em arte o maravilhoso ritual da dança,dançam em diferentes cituaçoes exemplo; por estarem alegres,tristes,para espantar a tristeza,batizados,casamentos,ate funerais existem típicos de danças onde com diferentes performaces são colocados um pouco da historia do falecido,sua família e o seu futuro.também para transmitir suas emoções na dança cigana os primeiros passos começa pela postura,caminhar,ombros,braços,giros,os ciganos também dançam com alguns objetos que tem os seus significados como
LEQUE - revela a sensualidade da mulher,cahrme e muita emoção
PANDEIRO - é uma forma de festejar e passar muita alegria
E- CHARPE - é usada principalmente para celebrar união no casamento
FITAS - retratar a alegria ali presente e nas trocas quando mais de uma cigana celebrando amizade,carinho umas pelas outras também alguns casos celebrando a primavera pelas suas muitas cores
UM POUCO DA HISTÓRIA DA DANÇA CIGANA
Desde tempos medievais,a dança cigana aparece de maneira marcante na história dos povos a dança da mulher cigana tem muita característica como árabe e a hinu, os movimentos do corpo são baseados da cintura para cima meneios de ombros,e inclinação de cabeça para trás o que chama a atenção para os cabelos,geralmente soltos e longos os braços e as mãos trabalham na frente do corpo ou levantados em direção do alto da cabeça e o girar insinuante dos punhos,mãos e dedos aparentemente fáceis,mas na verdade de deficil execução o sorriso e o brilho nos olhos também são apreciados,pois a intenção é levar sempre a alegria,
A cigana não deve dançar por obrigação e sim pelo prazer da dana
A mulher cigana usa a dança como arte e sedução.
Dependendo do pais de origem,as ciganas podem dançar segurando objetos ou não como no caso o uso do pandeiro fitas lenço flores
As mulheres ciganas de maneira alguma não mostram as pernas,nem a barriga na dança,pois as roupas são fartas de panos coloridos,é uma falta de respeito exibir alguma parte do corpo na dança
O HOMEM DANÇA
Basicamente por duas razoes e algumas outras que não iremos comentar
Porque está feliz.e quer festejar brincar se divertir.
Ou prque esta querendo agradar aos deuses para poder contar com seus benefícios e bênçãos . iniciador deste fato o grande rei Davi de Israel que com dança quis agradar a Deus e o próprio Deus punio sua esposa filha do rei Saul e não lhe deu filho
A dança para os ciganos e assim para todo o ser é uma forma de liberar as emoções interiores de dar vazão aos sentimentos e intimas necessidades através de movimentos corporais,podendo ser executada de maneira solitária,em par,grupo este sendo profissional ou amador,clássica ou moderna mas em qualquer dos jeitos de expressa-las o dançarino ou dançarinos envolvidos devem reunir as qualidades,técnicas,preparo físico e alma ou o amor pela dança
Os ciganos tem na dança uma de suas mais vivas e exuberantes formas de expressão tirando dos passos dois volteios do corpo,do radar do meneio de suas cabeças em mãos,uma alegria contagiante e uma vivacidade talves única. O bater das castanholas do som das palmas que espantam a negatividade este ó verdadeiro dançar da alma
Ohomen jquando dança com as mulheres apenas reforçam com a sua presença as figuras femininas,pois é uma proteção para elas dançam separados,não existindo toques ou contatos físicos entre eles na dança em grupos é mantido o respeito entre mulheres e homens,sendo que os homens preferencialmente dançam em grupos somente masculinos,numa dança vibrante máscula com passos marcados que requerem muita agilidade e grande condicionamento físico.Os bailados masculinos lembram as danças gregas com braços estendidos nos ombros e movimento de pernas para as laterais docorpo
Os ciganos residentes na Espanha,e os procedentes deste pais dançam o flamenco uma dança em dupla ou em grupo ou uma so pessoa onde é forte o sapateado,o bater energético das palmas,mãos,e o som seco das castanholas . nas festas são livres dançam como quer tendo os limetes entre homen e mulheres,podem existir movimentos circulares,costumão ser grandes discretos e chamativos
O grande presente que os ciganos deram para seus descedentes foi o flamenco e agora vamos falar um pouco deste numa previa os ciganos tinhão poucos ritimos e ai vindo as cidades como ganha pão dançavam e iam ate em cima das mesas e com gestos impetuozos brilhavão e ganhavão o seu pão ai vierão a segunda geração que aperfeiçoou como em ritmos diferentes entre si como por exemplo o
Fandangos
Boleria
Tamgos
Solear
E tantos outros que poderíamos mencionar mas vamos falar um pouco desta historia
EL ARTE FLAMENCO
El arte flamenco es um arte andaluz, nascido al sur de Espana este arte se manifiesta em três formas, em EL ANTE, EM EL BAILE Y EM LA GUITARRA
Su procedência es bastante incierta,pues al poseer raices muy antiguas y ser a su vez uma manifiestacion popular, no se poseen documentos que nos aclaren muchas dudas .
Se cree encontrar sus origenes em los cantos y danzas populares que existieron em andalucia hace muchos siglos,ya que estilos propios de flamenco se basan em aires tradicionales de épocas muy remotas sin embargo el paso de diversas civilizaciones,razas y culturas por andalucia,ha aportado tal variedad de influencias,y algunas de ellas tan importantes, que han dicidido sustancialmente la evolucion de sus ritmos y armonias
La primera noticia escrita sobre el flamenco se encuentrn em una de las cartas Marruecas de Cadalso 1774 Em ellas el escritor atribuye su origen a los GITANOS. O al menos especifica que es junto a ellos donde se encuentran sus manifestaciones si bien ello es una realidad parcial, no es menos cierta pues los ritmos no europeos que el flamenco contiene son curiosamente muy cercanos a los complejos ritmos asiáticos que procedem de al india, y no es ninguna coincidencia que los gitanos procedem originariamente de la India. Adicionalmente el pueblo gitano ha sido el primero que ha mantenido el flamenco vivo y oo ha representado com didicacion
Otra influencia muy fuerte del flamenco es la que se remonta a la época de la España musulmana,procedente de los ilamados `moros`diversos grupos étnicos procedentes del norte de Africa que, sobre todo em Andalucia, se asentaron en la antigua edad media esta influencia se puede apreciar claramente en sus armonias el cante flamenco guarda un gran paralelismo con otras manifestaciones musicales del norte de África como por ejemplo la musica marroquí. LA GUITARRA RECUERDA NO POCAS VECES A MANIFESTACIONES musicales no solo norte africans incluso de la Africa negra Y el baile fenenino, sobre todo en el movimento de caderas y manos se asemeja a algunos bailes norte africanos.todas estas influencias que por evidentes no pudemos negar, no sorprenden cuando se sabe que Andalucía estuvo tantos siglos inluida por esta cultura
Adicionalmente en estas tierras convivieron diversas razas, por lo que otras influencias más remotas se pudieran aventurar en los alegres ritmos folcloricosjudios.o sus antiguas músicas liturgicas, si bien en ello no se sabe si es coincidencia o realidad en cualquier caso tan puro como se condidera al arte flamenco tan mestizo es al mismo tiempo contienne elementos sua generis que no comparte con ninfun otro folclore, al mismo tiempo que se disfrutan claramente gran cantidad de influencia que otos pueblos fueron aportando para enriquecerlo aún más
Haciendo um recorrido somero en lo que fuerra la evolución del flamenco tal como lo conocemos hoy diaya documentado yu tratado professionalmente,podemos comenzar por una época mucho más reciente, entre 1765 y 1860 en esta época encontramos tres focos de importancia que crearian escuela. Cadiz,Jerez de la frontera y el barrio de triana en Sevilla. Es a partir de esta época cuando el baile flamenco, empieza a tener un sitío entre los bailes españoles que se desarrollan en las escuelas, representándose frecuentemente en patios,ventas y salones privados cuando se celebraban fiestas
En lo que se refiere a la guitarra al principio no solia acompañar al cante, que normalmente se realzaba sin acompañamiento alguno como se ha dado en llamar o polo seco salvo percusiones con las manos o toque de palmas algunos compositores,como Julian arcas comienzan a componer temas con sonidos flamencos que iniciarian una nueva era
Entre 1860 y 1910 se infresa en una época más prolifica que se ha llegado a llamar la edad de oro del flamenco en esta época florecen lo cafés cantantes desarrollando el flamenco todas sus facetas. La instrumental, la de cante y la de baile hasta fijar definitivamente lo que pudiéramos considerar clasicismo de lo jondo el baile adquiere um esplendor sin precedentes siendo este el mayor atractivo para el público de estos cafés cantantes y se da un gran impulso a la guitarra, como complemento fundamental e indispesable para el cante y para el baile
Entre 1910y 1955 el cante esta marcado por lo que ha llegado a llamarse la etapa de la ópera flamenca donde mandan los cantes más ligeros como los fandangos y cantes de ida y vuelta (estos son los cantes de influencia sudamericana) que trajeron los cantaores que habian sido emigrantes en latino-america este camino nuevo que habia tomado el flamenco no gusta a todo el mundo y em 1922 intelectuales de la generación de 27 falla y otros artistas, crean en Granada un concurso, con la finalidad de buscar nuevos valores que cultiven el cante jondo autentico
Foi a partir de 1915 se produce un ciclo de baile teatral de excepcional calidad, llevando el baile español y flamenco por todos los escenarios de mundo
El renacimento del flamnco surte a partir de 1955 siendo Antonio Mairena su figura principal,con ese rigor interpretativo y su afan investigador y de divulgación de la ortodoxia del cante
El baile en esta época se desarrolla en los tablaos,que son los herederos de los cafés cantantes anteriores esta época cuenta conm verdaderas personalidades del baile que alternan sua actuaciones no sólo en los tablaos, sino en teatros, festivales y otros escenarios, los guitarristas acompanando al cante y al baile adquieren un mayor protagonismo, alcanzando este arte su madurez
El guitarrista es actualmente no sólo acompanamiento, sino solista. Paco de lucia marca el inicio de una etapa de esplendor sin precedentes, realizando una verdadera revolucion estilística en el toque, junto a el habria que citar a otros muchos que son verdaderos virtuosos de este enstrumento, como a manolo sanlucar
EL FLAMENCO SIGUE EVOLUCIONANDO PARA CONVERTIRSE EN UNIVERSAL AH MISMO TIEMPO QUE LA MÚSICA FLAMENCA actual está en gran parte marcada por el mestizaje con otras músicas,como el jazz la salsa, la bossa nova y sones jétnicos de muy diversas genealogías y geografias, podemos asistir hoy en Andalucia a espectáculos del mas autentico purismo y clasicismo flamenco interpretados por una bailaora joponessa o un guitarrista italiano ante el respeto de un gran público de entendidos
EL FLAMENCO ES UNA MÚSICA INTIMA POR ANTONOMASIA, PERO SU AUGE lo empuja a una nueva era donde los grandes medios de comunicación son testigos de su gracia, su fuerza y su duende pero siempre donde mejor se sentira sera en ese circulo pequeño de amigos donde solo se encuentran la guitarra . la voz y ese cuerpo bailando en una madrugada y esto es lo que ilamos UNA JUERGA FLAMENCA
NOIVADO E CASAMENTO
Na tradição antiga quando existia uma grande amizade entre amigos de muitos anos e estes pretendiam que suas famílias se transformassem em uma só com os mesmos netos, era muito comum à realização de compromissos entre os filhos destes. Para que os laços de amizade se perpetuassem tais compromissos eram até mesma firmada na fase gestação das amigas ciganas, entretanto o compromisso para fins matrimoniais permanece ate hoje em muitas famílias, na maioria das vezes sendo manifestado através dos pais dos noivos quando ainda seus filhos são pequeninos.
A criança se desenvolve sabendo do compromisso firmado de maneira livre e espontânea, no entanto na juventude caso não se manifeste o interesse pela escolha feita por seus pais seus sentimentos serão respeitados.Mas o certo e raramente tal recusa acontece de ambas as partes, porque para os ciganos o matrimonio além de ser um ato de consagração divina para a formação de uma família é um dos mais importantes laços para a perpetuação da espécie familiar
Para celebrar o casamento é vital importância que a jovem esteja preparada para isto,portanto cabe á mãe desta tela orientado e preparado esta menina,ensinando-lhe á ser uma verdadeira administradora do lar,o referido preparado lhe facilitará até mesmo a chance de encontrar rapazer que por ela se interessem em construir família caso não esteja comprometida por tratados familiares.
O mais belo dos rituais realizados por nós é a cerimônia do noivado quando celebrada com o uso dos punhais uma semana antes da celebração do mesmo os pais dos noivos compram os punhais o punhal da noiva era todo enfeitado de pedrarias e o do noivo mais simples e sóbrio neste dia na presença dos familiares e amigos mais íntimos é feita a troca e ambos guardavam os punhais ate o dia da celebração do casamento ficando estabelecido o compromisso
O punhal da noiva era guardado em um lenço vermelho de seda lenço que antes envolvia uma garrafa de bebida champanhe, uísque ou vodca que servia para brindar os noivos
Este lenço seria novamente utilizado no dia de cerimônia do casamento quando uniria os pulsos dos noivos num ritual e voltaria a ser guardado agora envolvendo os dois punhais para ó resto de suas vidas
Para que a jovem cigana seja feliz no casamento é preciso que ela respeite o marido e os sogros porque depois de casada eles é que passarão a ser seus verdadeiros pais e senhores ( PROTETORES ) É DEVER DA JOVEM ESPOSA SER GENTIL,ATENCIOSA COM TODOS ATE MESMO COM AS VISITAS SABENDO OFERECER-LHES C´HÁ E OUTROS GESTOS ela deve cuidar para que a casa e os utensilios domésticos estejam sempre em ordem e estar atenta sob todos os aspectos pois os ciganos são excelentes anfitriões Os ciganos tratam muito bem as suas filhas enquanto elas estão em sua companhia pois sabem que estas ao se casarem passarão a fazer parte da família do esposo
A sogra deverá tratar a nora como esta fosse sua verdadeira filha e a nora por sua vez deverá respeitar e cuidar da sogra como sua verdadeira mãe ambas cuidarão uma da outra até o final de seus dias, porque esta é a tradição na ausência da sogra,por viagem ou por outro afastamento temporário a nora sera a representante legal da família no que concerne á mulher dentro de casa por isto é muito importante o equilíbrio afetivo entre as duas partes para que ambas tenham a perspectiva de jamais ficarem desamparadas tanto nos casos de enfermidade como velhice.
Para a cerimônia do casamento na tradição original é necessário o uso dos Punhais,Vinho,do PÃO,este sendo de sal,e de uma taça de cristal que possuem os seguintes significados.
Vinho- é usado para que nunca falte alegria e felicidade para o casal
Pão e o sal – a união quando o pão e o sal perderem o sabor, vocês não terão mais amor um pelo outro
Taça de cristal- para manter a harmonia e a liderança transparente na vida do casal
Os noivos beberão o vinho na taça que será atirada ao chão pelo noivo neste instante os padrinhos pronuciarão
´´ VOCES SO VÃO SE SEPARAR QUANDO ESTES PEDAÇOS DE CRISTAL SE UNIREM´´
È bom deixar claro que todo este ritual não significa a compra da noiva mas sim a perpetuação da continuidade familiar com a proteção da mulher.
CULTURA
Nesse parte iremos falar e comentar um pouco sobre a cultura cigana
iremos colocar curiosidades, informações importantes, etc.
Por enquanto temos poucas informações, mas logo logo estaremos colocando
toda a história e informações sobre o nosso povo, aguardem !
Código de Etica e Religiosidade para a manutenção dos nossos dons
consistem em 12 mandamentos.
1 - Aquário: Amar a Deus acima de tudo e respeitar todos os santos.
2 - Peixes: Respeitar a semana Santa
3 - Aries: Respeitar a todas as religiões e credos que elevem o nome
de Deus.
4 - Touro: Ajudar-se mutuamente.
5 - Gemeos: Amar e não desmerecer as crianças
6 - Cancer: Respeitar os idosos e não desprezar sua sabedoria
7 - Leão: Não mostrar o corpo
8 - Virgem: Não se prostituir
9 - Libra: Manter a fidelidade entre os casais
10 - Escorpião: Não se envergonhar de sua origem
11 - Sagitario: Não deixar de praticar o dom de adivinhação
12 - Capricórnio: Não trair o seu povo
O Dia dos Ciganos
Através do Decreto-lei 2.150. de 26 de maio de 1994. no municipio
do Rio de Janeiro, foi instituto o Dia dos Ciganos a ser comemorado
no dia 12 de outubro
Para nós. ciganos, além de ter sido o maior resgate da nossa cultura
alcançando no Brasil e no Mundo, esta data e duplamente importante,
por ser o Dia da Pradoeira do Brasil. Nossa senhora aparecida a santa
de nossa devoção, e também pela data do dia das crianças, pelo carinho
e ternura que sentimos por todas elas.
DIALETO KALO
A
Aagui- cinza
Acans- olhos
Acardar-aceitar
Acàva – este, esse aquele.
Acinar- avisar
Adial-com variada e variável aplicação sim faz não muito bem
A´gui- fogo sol
Anal- nome
Aquindin- coiza á toa miserável
Arachai- padre, eclesiástico
Aréns- ovos
Aruvinhar- chorar
Assanar- rir
Avinhar- vir
B
Babanão- formoso bem apessoado, bonito
Babanin- formosa
Bajin pouco caso
Bales cabelos
Balivaz - toucinho
Balúnas- calça
Baque - sorte, fortuna, felicidade.
Bar - muito, muitos, infinitamente
Bardeiro-autoridade
Basnão-prato
Bata-mãe
Bato-pai
Bengue-espírito mau/ demônio
Birgúela- instrumento de corda, viola guitarra
Bôque- fome
Bravalão-rico, poderoso,dinheiros
C
Cabénmida, alimento.
Cabipe-mentira,embuste,falsidade
Cabipeiro- mentiroso,embrulheiro,falso
Cachucon- surdo,distraído
Cadéns- dinheiro
Caiar- comer
Caiardin- negra
Caiardõn- negro
Calin- cigana
Calon- cigano
Camba- amásia
D
Dabans- pancadas
Dai- mãe – sinônimo de baba
Dánes- dentes
Daranon- medroso,fraco
E
Estáde- chapéu
Estadar- prender
Estardon- preso
Estongue- uma patada,
G
Gáde- camisa
Gajão- brasileiro
Gajin- brasileira
Garadar- esconder
J
Jalar- ir embora
Jandon- com significação de homem douto, sábio
Janellar- saber
Janhar- chorar
K
Kaycon- amanha
Kachardin- triste, tristeza
Kambulin- amor,amoroso,querido
Kirai- queixo
L
Lachim- boa, gostosa.saborosa
Lachõn- bom gostoso saboroso
Lacrin- rapariga
Lacron- rapaz
M
Macõn ou maxõn- peixe
Manguinha- esmolar, pedirastúci
Maranha- astúcia,esperteza
Mardador -assasino, matador
N
Nabasnão- galo
Nachadão- pobre,
Nachadar- empobrecer perder-se
Nachindoi- fugido
P
Paguerdar- quebrar
Paguicerdar- pagar
Pajudar- assentar
Panin- água
Q
Querdar- fazer
Querdapanin- portugues, colono
Quiligin- chave
Quinar- evacuar,obrar
R
Roe- colher
Rom- homen
Rumin- mulher
Requerdar- falar
S
Sillas- forças
Sunaca- ouro
Suela- só
Suvinhar- dormir
ROMANÊS O IDIOMA DO POVO CIGANO
O Romanês, um idioma muito diferente do português e exclusivo deste povo, é um vocabulário que se originou pela mistura de muitos outros, resultado de suas andanças pelo mundo. É impossível vinculá-lo a um único idioma ou etnia. Conheça algumas palavras e sua tradução:
PEQUENO DICIONÁRIO ROMANÊS
Acans: olhos
Aruvinhar: chorar
Bales: cabelos
Baque: sorte, fortuna, felicidade
Bato: pai
Brichindin: chuva
Cabén: comida
Cabipe: mentira
Cadéns: dinheiro
Calin: cigana
Calon: cigano
Churdar: roubar
Dai (ou Bata): mãe
Dirachin: noite
Duvêl: Deus, Nosso Senhor, Cristo
Estardar: prender
Gadjó: não cigano
Gajão: brasileiro, senhor
Gajin: brasileira, senhora
Jalar: ir embora
Kachardin: triste
Kambulin: amor
Lon: sal
Marrão: pão
Mirinhorôn: viúva
Naçualão: doente
Nazar: flor
Paguicerdar: pagar
Panin: água
Paxivalin: donzela
Querdapanin: português
Quiraz: queijo
Raty: sangue
Remedicinar: casar
Ron: homem
Runin: mulher
Sunacai: ouro
Suvinhar: dormir
Tiráques: sapatos
Trup: corpo
Urai: imperador ou rei
Urdar: vestir
Vázes: dedos ou mão
Xacas: ervas
Xinbire: aguardente
Xôres: barbas
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