Powered By Blogger

Dentro de nossos objetivos, o que você gostaria que seja desenvolvido mais em"MARABÔ"?

Pesquisar este blog

A CASA DO APRENDIZ

"MARABÔ" Centro de Cultura, Documentação, Pesquisa e Estudos das Ciências Esotéricas.

"MARABÔ" Centro de Cultura, Documentação, Pesquisa e Estudos das Ciências Esotéricas, mantém encontros periódicos para o treinamento, exercícios, troca de experiências, comemoração dos Sabbáths e Esbbáths, além de trabalhar juntos em outros rituais. A disciplina é essencial na formação de uma consciência mágica comum ao grupo e de uma Egrégora (que é, para simplificar, a força mágica do grupo e sua repercussão no Astral). "MARABÔ" Centro de Cultura, Documentação, Pesquisa e Estudos das Ciências Esotéricas tem seu próprio símbolo e nome, suas regras, suas características, seu método de estudo e "carisma mágico próprio". "MARABÔ" Centro de Cultura, Documentação, Pesquisa e Estudos das Ciências Esotéricas pode e deve trocar influências, porém sempre respeitando a individualidade de cada membro. Mais que tudo,"MARABÔ" Centro de Cultura, Documentação, Pesquisa e Estudos das Ciências Esotéricas é um organismo vivo, pulsante, que responde segundo seus membros. Se alguém está doente, mal-intencionado, desequilibrado, angustiado, isso tudo se reflete no desempenho do grupo, nos resultados dos rituais. Por outro lado se há alguém extremamente bem, feliz, disposto, energizado, isso também é dividido com os membros que sentem a energia desta Comunhão com "O ABSOLUTO". "MARABÔ" é o Local para o Culto a Sabedoria, ao Conhecimento, das Diversas Culturas Étnicas e Correntes Filosóficas, a Teosofia, a kaabalah, entre outras, Ciências Esotércas. "MARABÔ" dá início à caminhada espiritual. Indica sempre que algo novo está a começar. Tem uma mesa à sua frente, onde se podem ver quatro objetos simbólicos: uma taça, um punhal, um pergaminho e uma moeda, que pode ter a imagem do pentagrama. Parece que precisa de ajuda superior para tomar uma decisão e por isso ergue um pequeno bastão para o alto, captando energia e dirigindo-a para baixo, com a outra mão. É como se ele fosse o elo entre as energias divinas e o mundo material, mas precisa de ajuda porque ainda é um aprendiz. O punhal é o simbolo da luta, da energia sexual, do poder e da vitória. A moeda é o simbolo do mundo material, dos bens e do dinheiro. O pergaminho é a inteligência, o estudo, a espiritualidade. A taça, por sua vez, simboliza as emoções, o amor, o coração, a sensibilidade. O bastão é o simbolo da vontade e da sabedoria. Na caminhada espiritual, o "MARABÔ" representa o ponto de partida e a necessidade de fazer uma canalização de vibrações superiores para poder realizar uma evolução. "MARABÔ" representa o poder da mente em direcionar um projeto com maestria, concentrando esforços e inteligência para um determinado fim. Representa também a concentração sem esforço, pois trabalha e cria com naturalidade e espontaneidade. Pode representar ainda como uma necessidade de tomar uma iniciativa imediatamente, de ousar mais. Realização, perseverança, conquista. "MARABÔ" gosta de planejar, colocar em prática seus mais audaciosas planos, depois os controla e comanda pessoas para as suas conquistas materiais. Com "MARABÔ", temos a certeza de possuir condições para concretizarmos tudo o que queremos, pois temos as condições materiais, estruturais e financeira para a concretização. Além do mais, este período será de segurança e estabilidade com isso nos proporcionando uma satisfação interior muito grande. "MARABÔ" é o Avanço, progresso, início de algo novo. "MARABÔ" simboliza a vitória, direção, controle, esforço, confiança, o caminho. Com o "MARABÔ" há progresso, há projetos em andamento. Simboliza a ação, que se toma a seguir a uma decisão. Aquilo que foi resolvido está a ser executado, é a realização de projetos. A pessoa deve ter força e liderança suficientes para evitar que um anule o outro. Deve ter controle firme para manter o equilíbrio. Na caminhada espiritual,o"MARABÔ" representa o momento em que o viajante passou pela encruzilhada, tomou um rumo firme e está determinado a cumprir mais etapas evolutivas. Olha para o horizonte, sem qualquer expressão. Não há sensualidade, nem agressividade. Parece calma, equilibrado, limpa, ordenada. "MARABÔ" é o equilíbrio, processos judiciais (julgamento), leis, limites. Ele traz o equilíbrio, a isenção, a análise do passado. "MARABÔ" cumpre um papel, representa uma instituição. Também simboliza a colheita - "Cada um colhe aquilo que plantou". "MARABÔ" simboliza o plano material e o plano emocional, ou seja, os dois devem estar equilibrados, Ele representa a punição que pode distribuir a quem a merece. Na caminhada espiritual, "MARABÔ" representa um momento de equilíbrio, no qual se recebem as recompensas (ou punições) materiais e emocionais pelo caminho já percorrido. É inevitável, o Refletir sempre antes de tomar decisões, pois devem ser justas. Muitas vezes ele também simboliza o isolamento, restrição, afastamento. Algumas vezes "MARABÔ" isola-se para descobrir o conhecimento que o rodeia, na natureza, por exemplo, e também para se autoconhecer. O aspecto fundamental é que necessita de cortar os laços (temporariamente ou não) com a sociedade que o rodeia. "MARABÔ" é Fiel a si mesmo e sabedoria, representa o conhecimento da ciência oculta. Ele sé a prudência, que o acompanha em sua busca de orientar melhor, mostrando a luz da inteligência e da sabedoria, (a luz da verdade). Significa também que a luz atinge o passado, o presente e o futuro. E Nele existe austeridade. Ele segue sua viagem através do tempo com a sabedoria. "MARABÔ" se refere à acumulação de conhecimentos e está disposto a ouvir e ajudar os que o procuram. Representa o valor do conhecimento adquirido à custa de trabalho ininterrupto, que apenas mentes privilegiadas conseguem desenvolver."MARABÔ" está relacionado ao elemento terra, portanto à vida material, às conquistas financeiras, profissionais e a tudo que, enfim, representa aquilo que pode ser tangível em termos materiais, para ele a possibilidade de se conseguir conquistar a segurança material com trabalho, disciplina e esforço. O ser humano é ambicioso e a ambição tem relação como o naipe de ouros. "MARABÔ" é representa a dedicação, o esforço, o empenho dedicados aos estudos e ao trabalho; ligado ao elemento ar e está relacionado ao poder ambivalente da mente e do pensamento; ligado ao elemento água e ao mundo dos sentimentos, sendo o símbolo da taça relacionado ao coração, como receptáculo das nossas emoções. Ele corresponde ao elemento fogo que a tudo transforma sem ser alterado. Está ligado ao fazer e à criatividade.

DANÇA DO VENTRE

http://www.youtube.com/watch?v=Ny8cnoruN7Y

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

ANO DE OXOGUIÃ, SEU NOME VERDADEIRO É BÀBÁ AKINJOLÉ E OXUM















ANTES DE TOMAR QUALQUER ATITUDE CONSULTE O BARALHO CIGANO!!!

Olá cara amigo, obrigado por aceitar-nos como seu amigo.
Enviamos outros endereços onde você poderá nos encontrar e contatar-nos.
Um abraço caloroso e um feliz 2010.


http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=79111357



http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=4520408




http://kumpaniabuenadicha.spaces.live.com/



Site da Kumpañia Buena Dicha:



http://kumpaniabuenadicha.ning.com/



http://www.myspace.com/kumpaniabuenadicha


Comunidade no Orkut da kumpañia Buena Dicha:



http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=2593175711137714143


Comunidade Blogger “Marabô”:


http://baramarabo.blogspot.com/


Perfil no Facebook:

http://www.facebook.com/profile.php?ref=profile&id=100000582151129


E-mail Contato:


kumpaniabuenadicha@hotmail.com



kumpaniabuenadicha@gmail.com



Telefone Contato:
(13) 30216100 c/Rafael

ANO DE OXOGUIÃ, SEU NOME VERDADEIRO É BÀBÁ AKINJOLÉ E OXUM:

Ano com muito conflito, hostilidade, conflagração . Se tentarão abusca de harmonia entendimento paz .
Muitas lutas à mão armada entre duas ou mais nações; combatendo-se. A guerra ainda fará mais tragédias para a humanidade.
A violência hoje mudou de cara: atentados terroristas que atingem o coração das grandes cidades do mundo ocidental, “intervenções “ militares de altíssima tecnologia, decididas e coordenadas por grandes potências em lugares longínquos, massacres e predações praticados por “senhores da guerra” nos países dilacerados à beira do Golfo... Novos personagens surgiram: a criança-soldado, o terrorista, o engenheiro calculando o trajeto de mísseis teleguiados... Estas grandes violências coletivas e armadas aparecem sempre mais irredutíveis ao modelo clássico da guerra. Fala-se sempre de reviravoltas políticas e econômicas resultantes da “mundialização”. Mas, poder-se-ia questionar também sobre a mudança profunda dos regimes de violência em nosso mundo “global”.
Para refletir esta mutação em toda a sua amplitude, é necessário retornar, num primeiro momento, ao que a cultura ocidental construiu sob o nome de “guerra”, como forma ética, política e jurídica da violência, como invenção cultural.
A filosofia moral sempre encontrou na guerra um lugar privilegiado de exemplos. Numerosas virtudes éticas, de Platão a Hegel, foram construídas a partir de uma idealização da figura do guerreiro. Porque o modelo clássico da guerra supunha, para o soldado, um confronto com o inimigo em que se teria de manter-se firme diante de uma ameaça de morte. Ora, a ética foi definida por muito tempo como a capacidade de afirmar valores superiores à vida simplesmente imanente. É assim que a coragem em Platão, o sacrifício em Hegel, a obediência em Maquiavel, a superação de si em Nietzsche problematizam-se a partir da experiência de guerra como troca regulada pela morte.
A Europa moderna por outro lado foi construída, depois do fim da Idade Média e do desaparecimento do sonho do Império, como um espaço político constituído por uma pluralidade de Estados soberanos. Cada Estado devia definir seu lugar numa relação de forças permanentemente em movimento. A guerra foi então amplamente definida na filosofia política (de Bodin a Spinoza, de Hobbes a Schmitt) como uma necessidade: ela era o que deveria permitir aos Estados sobreviverem uns perante os outros. Só um estado de guerra permanente em suas fronteiras permitiria a um Estado assegurar a paz civil interna. Além disso, a ameaça de um inimigo comum permitia ao Estado consolidar sua unidade interna.
Enfim, a guerra construiu-se amplamente como uma relação de violência permeada por uma dimensão jurídica. Em uma concepção arcaica, a guerra é concebida como julgamento de Deus: ela dita o direito, separando o vencedor do vencido. Os teólogos, de Santo Tomás a Vitória, tentaram mais tarde definir as justas razões que podiam permitir a um príncipe declarar guerra. Enfim, os teóricos dos direitos humanos quiseram editar, em nome dos Estados, regras que os beligerantes deviam respeitar em momentos de conflito (necessidade de uma declaração, respeito aos prisioneiros e às populações civis, etc).
A guerra definiu-se pois amplamente, na tradição ocidental, como uma reação de violência permeada por uma tensão ética (os valores marciais), uma afirmação política (manter a soberania do Estadonação) e um quadro jurídico (o modelo das guerras justas). Podese encontrar aqui a estrutura de uma das mais antigas definições da guerra, a de A. Gentilis: “A guerra é um conflito armado, público e justo”.
Mas hoje tudo se transformou. A introdução da bomba nuclear tornou, há mais de 50 anos, improvável um conflito clássico entre as grandes potências. Para tanto, ao longo da Guerra Fria, a ameaça nuclear simplesmente favoreceu as guerras de baixa intensidade. Mas depois da queda do Muro de Berlim é a forma da própria violência que se transformou. É quase impossível hoje em dia falar de “guerra” para designar as novas formas que não se enquadram mais no conceito clássico.
O que é de fato uma guerra, em que o comando de mísseis teleguiados é feito a partir da tela de computador? Onde o homem se faz explodir no meio de uma multidão de passantes desarmados? E sobretudo: o que é uma guerra sem exércitos confrontando-se para batalhas decisivas, sem vitória nem derrota, sem começo nem fim, sem separação entre o criminoso e o inimigo, o interior e o exterior? Nós entramos na idade dos “estados de violência”. O que pode haver de comum entre um ato terrorista no coração de uma capital do mundo ocidental, uma intervenção decidida por grandes nações visando estabelecer a ordem em um país longínquo, e operações selvagens conduzidas por bandos armados contra populações civis desarmadas? É que são todas elas irredutíveis ao modelo clássico da guerra, com seus exércitos convencionais e suas batalhas decisivas, nascidas de um novo regime: o dos “estados de violência”. Estes estados de violência estruturam-se segundo as novas linhas de força que desenham a nervura de nosso mundo contemporâneo: reino da imagem, ‘aparição’ das vítimas, fluxo mundializado das riquezas e das populações, multiplicação das violências unívocas e unilaterais. Eis o que é preciso pensar atualmente: o fim da guerra não significa a instituição de uma era eterna de paz, mas o advento do tempo indefinido da segurança.
A guerra como ‘conflito armado, público e justo’ apaga-se lentamente, com suas mentiras e gentilezas, suas atrocidades e reconfortos. O futuro dos estados de violência, regulados por processos de segurança permitindo diminuir os riscos, abre-se diante de nós, exigindo que o pensamento inspire novos vigilantes e invente novas esperanças.
As crises de dores abdominais são uma das principais manifestações da Doença de Crohn. Contudo, pessoas que sofrem de Crohn podem apresentar cólicas no abdome relacionadas a outros distúrbios – muitos tão graves quanto o Crohn.
Digamos que você seja portador de Crohn e está apresentando dores no abdome há várias horas, e não conseguiu alívio algum após adotar as medidas de sempre. Você pode esperar um pouco mais ou deve sair e procurar atendimento médico de urgência?
As cólicas abdominais podem ser causadas por excessos alimentares, infecções intestinais ou doenças mais sérias. Para descobrir o que está acontecendo, o primeiro passo é ver onde está doendo.
O abdome possui muitos órgãos complexos, mas alguns deles possuem pontos dolorosos razoavelmente específicos.
Dor na região do umbigo
As cólicas localizadas nesta região costumam significar problemas no intestino delgado, hérnias ou inflamação no apêndice (apendicite).
O apêndice é uma pequena bolsa com a aparência de um "dedo" que se projeta a partir da porção inicial do intestino grosso, do lado direito do abdome. Se obstruído, o apêndice inflama e pode ficar cheio de pus. Sem tratamento adequado, a apendicite pode se transformar em uma infecção grave, acometendo toda a cavidade abdominal – uma situação chamada Peritonite.
Além das dores abdominais, a apendicite também pode causar náuseas, vômitos, perda do apetite, febre e sensação de precisar evacuar a todo o momento.
Parte superior do abdome
A região localizada no meio e logo acima do umbigo é chamada Epigástrio e corresponde ao local onde percebemos as alterações relacionadas principalmente a problemas no estômago, tais como azia, úlcera ou gastrite. Dores no epigástrio também podem significar problemas na vesícula biliar ou no pâncreas.
A dor localizada na parte superior esquerda do abdome é pouco frequente e pode sugerir distúrbios no estomago, no intestino grosso, no baço ou no pâncreas.
Por outro lado, a dor localizada na parte superior direita do abdome é um problema comum, podendo estar relacionada a inflamações no intestino grosso, no pâncreas, no duodeno, no fígado ou na vesícula biliar. A cólica biliar, em geral decorrente da presença de pedras no interior da vesícula biliar, pode se manifestar como uma dor tipo pontada profunda nesta região.
Parte inferior do abdome
A dor localizada na região central e logo abaixo do umbigo costuma significar problemas no intestino grosso, inflamações pélvicas ou infecções urinárias.
A dor localizada na parte inferior, porém um pouco para a esquerda, sugere distúrbios no intestino grosso (p.ex.: diverticulite, doença inflamatória intestinal, etc) ou hérnias.
A dor localizada à direita, na parte inferior do abdome, é relativamente comum em pessoas que sofrem de Crohn, mas também pode estar relacionada à apendicite, hérnias e gestações problemáticas.
Dor Referida
As dores abdominais possuem a capacidade de "viajar" através das vias nervosas e surgir nos locais mais improváveis, distantes da fonte do problema.
Por exemplo, a dor relacionada à inflamação da vesícula biliar pode irradiar para o tórax e o ombro direito.
A dor do pâncreas inflamado pode migrar e se localizar entre os ombros.
Este tipo de dor é chamada Dor Referida.
Em algumas pessoas, ataques cardíacos e pneumonias também podem se manifestar como dores abdominais.
O que fazer no caso de dores no abdome?
Nos casos leves, onde é possível perceber que a dor foi causada por algo que comeu, você pode mastigar ou chupar pequenas cubos de gelo. Assim que se sentir melhor, reintroduza a alimentação comendo biscoitos de água e sal, sucos naturais de fruta ou bananas.
Quando procurar um médico?
Apesar da maioria dos casos de dores abdominais não ser séria, este é um problema que pode causar grande preocupação em pessoas que sofrem de Crohn. É recomendável que você procure seu médico com maior rapidez se:
A dor for intensa, súbita recorrente, persistente ou progressiva
Você não estiver conseguindo se alimentar por causa da dor
Você estiver tendo febres e calafrios
A dor vier acompanhada de dificuldade para respirar, vertigens, sangramentos ou vômitos
A dor irradiar para o tórax, pescoço ou ombros
Você perceber a presença de sangue na urina ou nas fezes, ou se as fezes se tornarem escuras e espessas, como uma "graxa", com odor muito fétido
Seu abdome se tornar inchado e doloroso
Dor abdominal e suas informações gerais:
Nomes alternativos:
Cólicas abdominais; dor na barriga; dor no abdome; dor de estômago.
Definição:
Dor abdominal localizada (geralmente chamada de dor de estômago) ou difusa.
Considerações gerais:
A dor abdominal é um sintoma inespecífico que pode estar associado a uma variedade de quadros clínicos. Algumas dores não ocorrem propriamente no abdome, mas causam desconforto abdominal. Um exemplo seria a dor abdominal associada a infecção estreptocócica da garganta. Outras, como a dilatação aneurismática da aorta, se originam no abdome, mas não estão relacionadas ao trato gastrintestinal. Algumas dores estão diretamente relacionadas com o trato gastrointestinal.
A intensidade da dor nem sempre reflete a severidade do quadro causador. Dores abdominais severas podem estar associadas a quadros não-graves, como gases ou cólicas por uma gastroenterite viral, enquanto dores relativamente leves (ou ausente) podem estar relacionadas a quadros graves, com risco de vida, como câncer de cólon ou fase inicial de uma apendicite.
A dor abdominal pode ser causada por toxinas, infecção, doença do trato biliar, doença hepática, doença renal, infecção urinária, menstruação, ovulação, doença do sistema genitor urinário masculino e feminino, problemas vasculares, neoplasias, úlceras, perfurações, doença pancreática, hérnias, trauma e doenças metabólicas. A relação é tão extensa que seria impossível nomear todas as doenças de cada um dos grupos acima.
Como a dor abdominal é inespecífica, o médico necessitará de informações detalhadas referentes ao início da dor, duração da dor (minutos, horas, dias, ou mesmo meses), local da dor, natureza da dor ( insidiosa, aguda, contínua, em cólica, intermitente), severidade da dor e a relação da dor com as funções normais, como a menstruação e a ovulação.
A localização e a evolução da dor podem ajudar na identificação da causa. Durante o exame físico, o médico irá tentar determinar se a dor é restrita a uma área (ponto de maior sensibilidade) ou difusa, e se está relacionada com a inflamação do peritôneo ou do abdome. Se o médico encontrar evidências de inflamação peritoneal, a dor abdominal poderá ser classificada como "abdome agudo", o que geralmente requer intervenção cirúrgica imediata.
O médico também irá tentar relacionar o desconforto abdominal com outros sintomas gerais como febre, fadiga, mal-estar geral (astenia), náusea, vômito ou alterações nas fezes. O médico, então, fará perguntas cada vez mais específicas sobre os sintomas à medida que se aproxima do diagnóstico.
Nos bebês, os choros prolongados sem motivos aparentes (geralmente chamados de "cólicas") podem ser causados por dor abdominal que sempre desaparece após a eliminação de gases ou fezes. Geralmente, as cólicas se iniciam na terceira semana de vida e pioram por volta do terceiro ou quarto mês. As cólicas sempre pioram à noite. Afagar e embalar a criança podem trazer algum alívio.
Dores abdominais severas que ocorrem durante a menstruação podem sugerir um problema no sistema reprodutivo. Isto inclui doenças como endometriose, mioma uterino, cisto ovariano, câncer de ovário (raro) ou doença inflamatória pélvica.
As dores abdominais que podem indicar uma potencial situação de emergência são:
dor abdominal severa com náusea e febre
pode indicar apendicite ou complicações de diverticulite
dor abdominal, náusea, febre, distensão ou constipação
pode indicar obstrução intestinal
dor abdominal acompanhada de rigidez abdominal ("abdome em tábua")
pode indicar peritonite
dor abdominal acompanhada de fezes sanguinolentas ou vômitos com sangue
o sangramento gastrointestinal pode ser perigoso em qualquer situação
Causas comuns:
Abaixo estão relacionadas as causas mais comuns de dor abdominal. É importante ressaltar que nesta relação aparecem relativamente poucas doenças graves.
infecção vesical
colecistite e/ou cálculos biliares
cólicas nos bebês (bebês até 4 meses)
excesso de gases
endometriose
alergia alimentar
intoxicação alimentar (salmonella, shigella)
hérnia
indigestão
cálculos renais
intolerância à lactose (intolerância ao leite)
cólica menstrual
cistos ovarianos
doença inflamatória pélvica (DIP)
pneumonia (em crianças)
dor abdominal recorrente (geralmente em crianças e adolescentes; um tipo de distúrbio de somatização em que alterações emocionais se refletem em desconforto físico)
faringite estreptocócica (infecção de garganta por estreptococos, pode causar dor abdominal em crianças)
úlceras
mioma uterino
gastroenterite viral (diarréia viral)
As causas menos comuns, porém mais sérias, são:
câncer ovariano
câncer de cólon ou outro câncer abdominal
apendicite
diverticulite
obstrução intestinal
peritonite
Obs.: Esse problema pode ter outras causas. Esta lista não menciona todas as causas, nem as cita em ordem de probabilidade. As causas desse sintoma podem incluir doenças e medicamentos improváveis. Além disso, as causas podem variar, dependendo da idade e sexo da pessoa afetada, assim como dos seguintes aspectos específicos dos sintomas: características, evolução, fatores agravantes, fatores atenuantes e queixas associadas. Utilize a opção Análise de Sintomas para explorar as explicações possíveis para a ocorrência deste distúrbio, seja isolado ou combinado com outros problemas.

Acentuação das Doenças Venéreas:
"Doenças sexualmente transmissíveis são infecções transmitidas através de uma relação sexual com alguém que já seja portador da infecção".
Estas infecções são geralmente transmitidas através do coito, mas podem ainda ocorrer através de outros tipos de contato sexual, como a relação sexual anal e oral. Elas podem ser causadas por parasitas, bactérias ou vírus. A importância destas doenças está no fato de, além do alto risco de disseminação, poderem ocasionar graves danos à saúde do indivíduo acometido. As consequências podem ser desde distúrbios emocionais, doença inflamatória pélvica (DIP), infertilidade, lesões fetais, até câncer, além de facilitar a transmissão do vírus da AIDS (HIV)".
A incidência das DST vem aumentando nos últimos anos, sendo considerada como um problema de Saúde Pública. Este aumento ocorre em consequência das baixas condições socioeconômicas e culturais, das péssimas atuações dos serviços de saúde, do despreparo dos profissionais de saúde e de educação, e da falta de uma educação sexual adequada, principalmente voltada para os jovens. Hoje, as DST estão entre as doenças mais comuns em todo o mundo. As mais comuns são a AIDS, sífilis, gonorréia e clamídia.

Quem pode pegar uma DST?
Qualquer pessoa que tenham atividade sexual tem risco de contrair uma DST. O risco maior ocorre quando a pessoa tem relação com vários parceiros, ou quando o parceiro teve ou tem parceiros múltiplos. Ainda, quando a relação sexual foi realizada (ou costuma ser) sem a utilização de preservativo (camisinha).

Os principais sintomas das DSTs são:
- Coceira ao redor da vagina e/ou corrimento vaginal
- Corrimento/secreção na uretra peniana no homem
- Dor durante o sexo, ao urinar, ou na região da pelve
- Dores de garganta após sexo oral
- Dores no ânus após sexo anal
- Lesões de tipo cancro, não dolorosas na área genital, ânus, língua e/ou garganta
- Urina escura; urinar a todo momento; fezes mais claras
- Pequenas vesículas ou nódulos que se rompem na área genital
- Febre, dor no corpo, gânglios linfáticos aumentados
- Perda de peso, suores noturnos, cansaço inexplicável, infecções raras acontecendo
- Verrugas cor da pele na área genital

Diagnóstico
A maioria das DST responde ser diagnosticada por um exame local pelo médico. Exames de sangue e culturas de secreções retiradas das áreas genitais podem também identificar o agente causador da doença.

Prevenindo as DSTs
Todas as pessoas que tem relações sexuais estão sob risco para as DST. Assim, alguns cuidados são importantes ao escolher o parceiro sexual, e no ato sexual propriamente dito. As principais recomendações são:
1. Escolha do parceiro(a) sexual - O ideal é que as relações sejam monogâmicas estritamente
2. Se isso não for possível, evite relações com pessoas portadoras de DSTs
3. Limite o número de parceiros(as) sexuais - quanto maior o número, maior o risco que você se contaminar, ou de disseminar uma infecção da qual você seja o portador
4. Procure por sinais de DSTs em seu parceiro(a) - verrugas, secreções, lesões de pele, etc.
5. Não tenha relações sexuais se você está em tratamento para uma DST
6. Use sempre a camisinha, inclusive para sexo oral e anal - lembre-se, estas também são formas de relação sexual e través das quais uma doença pode ser transmitida
7. Use espermicida (nonoxinol-9) juntamente com as camisinhas - o espermicida pode ajudar a matar alguns dos germes que causam as DSTs
8. Lave os genitais com água e sabão e urine logo após a relação sexual - isso pode ajudar a limpar germes (caso existam), antes que eles tenham a chance de infectá-lo(a)

Preservativos Masculinos (camisinha)
Os preservativos de látex masculinos reduzem o risco de pegar uma DST. Eles devem ser usados corretamente, todas as vezes que houver uma relação sexual, e durante todos os tipos de relação. Os preservativos femininos não são tão eficazes como os masculinos, mas se o parceiro masculino se recusar a usa-lo, e se a mulher ainda assim quiser ter a relação sexual, o preservativo feminino deveria ser usado por ela.
Os preservativos não têm 100% de segurança, e não irão preveni-lo de ter contato com lesões que estão próximas da área genital, como as verrugas que surgem na infecção pelo HPV.

O uso da Camisinha
- Use um preservativo todas as vezes que tiver uma relação sexual, ou que haja algum tipo envolvimento com o pênis do parceiro
- Coloque a camisinha com o pênis ereto antes do contato íntimo
- Comece a inserção desde a ponta do pênis e insira até a base
- Deixe um espaço vazio sem ar na ponta da camisinha para coletar o sêmen (o ar na ponta do preservativo dede ser removido antes da relação)
- Não use lubrificantes à base de óleo mineral ou vegetal ou de petróleo - podem danificar o preservativo.
- Após a ejaculação, remova o pênis e retire o preservativo cuidadosamente, para não espalhar o sêmen.
- Use o preservativo apenas uma vez
- Se achar que a camisinha esteja danificada, ou sua coloração ou a textura esteja modificada, NÃO A USE.
- Geléias espermicidas podem ser usadas com uma camisinha e diminuem ainda mais a chance de transmissão do vírus

Principais causadores das DSTs
A classificação abaixo procura relacionar as principais DSTs com o agente etiológico.

Vírus
Herpes simples: herpes genital primário/recorrente, meningite asséptica, herpes neonatal, aborto espontâneo, parto prematuro.
Vírus da hepatite B: hepatite aguda /crônica /fulminante, carcinoma hepatocelular primário.
Vírus da hepatite A: hepatite A.
Papovavírus: condiloma acuminado, papiloma laríngeo, neoplasia intraepitelial cervical, carcinoma do colo uterino.
Vírus do molusco contagioso: molusco contagioso genital.
Citomegalovírus: infecção congênita, mononucleose infecciosa.
HIV - AIDS.

Bactérias
Mycoplasma homínis: febre pós-parto, salpingite.
Ureaplasma urealiticum: uretrite, corioamniotite, baixo peso ao nascer.
Neisseria gonorrhoeae: uretrite, epidimite, cervicite, proctite, faringite, conjuntivite, endometrite, peri-hepatite, bartholinite, infecção gonocócica disseminada, salpingite, DIP, infertilidade, gravidez ectópica.
Chlamydia trachomatis: uretrite, cervicite, endometrite, salpingite, DIP, infecções neonatais etc.
Treponema pallidum: sífilis.
Gardnerella vaginallis: bacteriose vaginal.
Haemophilus ducreyi: cancro mole.
Calymmatobacterium granulomatis: donovanose.
Shigella sp: shigelose.
Salmonella sp: salmonelose.
Campylobacter foetus: enterite e proctite.
Streptococcus do grupo B: septicemia e meningite neonatal.

Fungos
Candida albicans: vulvovaginite, balanite e balanopostite.

Protozoários
Trichomonas vaginallis: vaginite, uretrite.
Entamoeba kystolitica: amebíase.
Giardia lamblia: giardíase.

Ectoparasitas
Phthirus pubis: pediculose do púbis.
Sarcoptes scabiei: escabiose.

FENÔMENOS NATURAIS QUE SE ASSENTUARÃO NESTE ANO 2010 COM MAIS EVIDENCIA E SUA DEFINIÇÕES

CICLONE

Definição: Ciclone é um fenômeno atmosférico em que os ventos giram em sentido circular, tendo no centro uma área de baixa pressão. No hemisfério sul, o vento gira em sentido horário e no norte, no sentido anti-horário.
Os ventos de um ciclone podem chegar a 200 km/h e, geralmente, apresentam-se acompanhados de fortes chuvas (tempestades). Estas precipitações ocorrem, pois o ar quente se eleva, formando assim as nuvens.
Os ciclones formam-se, geralmente, em regiões de clima tropical e equatorial, em áreas do oceano com águas quentes.
Quando um ciclone nasce e se desenvolve no Oceano Atlântico ele é chamado de furacão. Quando o ciclone é formado sobre as águas do Oceano Pacífico, então é chamado de tufão.


CHUVA

Introdução: Embora muitas pessoas não gostem das chuvas, elas são fundamentais para o nosso planeta, pois contribuem para o desenvolvimento das diversas formas de vida (animal e vegetal).
A chuva é um fenômeno climático que ocorre da seguinte forma:
1º - A água, quando é aquecida (pelo Sol ou outro processo de aquecimento), evapora e se transforma em vapor de água;
2º - Este vapor de água se mistura com o ar e, como é mais leve, começa a subir;
3º - Formam-se as nuvens carregadas de vapor de água (quando mais escura é a nuvem mais carregada de vapor de água condensado)
4º - Ao atingir altitudes elevadas ou encontrar massas de ar frias, o vapor de água condensa, transformando-se novamente em água;
5º - Como é pesada e não consegue sustentar-se no ar, a água acaba caindo em forma de chuva.
Existem regiões do mundo em que ocorrem poucas chuvas. Nos desertos (Saara, Atacama, Arábia), por exemplo, o índice de umidade é baixíssimo. Isto dificulta a formação de nuvens e das chuvas. Já em regiões como a Floresta Amazônica, as chuvas ocorrem em grande quantidade em função do alto índice de evaporação da água.
Índice Pluviométrico: Para poder acompanhar a quantidade de chuvas numa determinada região, os pesquisadores climáticos criaram o índice pluviométrico (medido em milímetros). Este é calculado da seguinte forma: as estações meteorológicas marcam um espaço no terreno de uma determinada região. Medem e acompanham a quantidade de chuva que cai ali durante o ano. Este índice é uma boa referência para se conhecer o clima de uma região.
Temporais: Muitas vezes as chuvas ocorrem em forma de temporais. Estas se caracterizam pelos ventos fortes, trovoadas e relâmpagos. Os relâmpagos são descargas elétricas provocadas pelo choque entre nuvens carregadas com muita água e energia. Já o trovão, é o som provocado por este choque.
Previsão de Chuvas: As estações meteorológicas conseguem prever as chuvas, pois observam as imagens de satélites que mostram a posição e o deslocamento das massas de ar. Com dados de outros fatores (umidade, ventos, temperaturas) conseguem prever, com elevado índice de precisão, o horário e quantidade de chuvas.
Chuva Ácida: Típica dos grandes centros urbanos, onde a poluição do ar é comum, é um tipo de chuva que possui grande quantidade de poluentes.Causa danos à agricultura, às árvores e até mesmo aos monumentos históricos e arquitetônicos.


FURACÃO

Introdução: A palavra “furacão” tem origem entre os maias (povo que habitava a América Central antes da chegada dos conquistadores espanhóis, no final do século XV). De acordo com a mitologia maia, Huracan era o deus responsável pelas tempestades. Os espanhóis absorveram a palavra, transformando-a no que ela é hoje.
Conhecendo os furacões: Os furacões são fenômenos climáticos (ciclones) caracterizados pela formação de um sistema de baixa-pressão. Formam-se, geralmente, em regiões tropicais do planeta. São eles os responsáveis pelo transporte do calor da região equatorial para as latitudes mais altas.
São classificados numa escala de 1 a 5 de acordo com a força dos ventos. Esta escala é denominada Saffir-Simpson. Aquele que atinge a escala 1 possui ventos de baixa velocidade, enquanto o de escala 5 apresenta ventos muito fortes.
Quando ganham muita força, transformam-se em catástrofes naturais, podendo destruir cidades inteiras. Há casos em que os ventos podem ultrapassar 200 km/h. Eles percorrem determinados caminhos, carregando casas, automóveis e quase tudo que encontram pela frente. Existem estações meteorológicas que monitoram constantemente este tipo de fenômeno climático, avisando a população local em caso de evidências de desastre.
Veja abaixo uma relação das áreas de maior incidência:
- Oceano Pacífico Norte Ocidental
- Oceano Pacífico Norte Oriental
- Oceano Pacífico Ocidental Sul
- Oceano Índico Norte
- Oceano Índico sudeste
- Oceano Índico sudoeste
- Bacia Atlântico norte (região do Golfo do México).


MAREMOTO

Definição: O maremoto é uma espécie de terremoto que ocorre na superfície da terra coberta pelas águas de mares e oceanos.
O maremoto pode ser provocado por um deslocamento de placas tectônicas ou outro tipo de abalo sísmico. A energia liberada neste abalo sísmico forma ondas gigantes (até 30 metros) e até tsunamis.
Os maremotos são extremamente perigosos para embarcações em função da alta agitação que ocorre nas águas dos mares ou oceanos afetados. Também podem provocar destruição em cidades litorâneas situadas próximas ao epicentro do abalo sísmico.


TERREMOTO

Definição: Também conhecido como sismo, o terremoto é um fenômeno geológico caracterizado por uma forte e rápida vibração da superfície terrestre.
Um terremoto pode ter como causa o choque entre placas tectônicas subterrâneas, a erupção de vulcão ou deslocamento de gases no interior do planeta Terra (situação mais rara). Num terremoto ocorrem aberturas de falhas na superfície terrestre e deslizamentos de terras. Quando ocorrem no mar, podem provocar tsunamis (ondas marítimas gigantes).
Um terremoto libera uma quantidade muito grande de energia, podendo provocar estragos e muita destruição quando atingem regiões habitadas.
De acordo com sua intensidade (magnitude sísmica) podem ser classificados através da Escala Richter (de 0 a 9). Quanto mais alto o grau, mais forte é o terremoto. Terremotos que atingem grau 7 ou mais, com epicentro próximo à superfície terrestre, podem provocar danos catastróficos.
O Brasil não está localizado em região favorável a ocorrências de terremotos, pois não há vulcões em atividade em nosso território e não estamos sob placas tectônicas. Mesmo assim, ocorrem terremotos de baixa intensidade (de 1 a 3 graus na Escala Richter), provocados, principalmente, pela acomodação de terra no subsolo.
A área do conhecimento que identifica e analisa os terremotos é chamada de sismologia

SISMOLOGIA (Curiosidade)

Definição: A Sismologia é um ramo da Geologia que estuda os terremotos e a propagação das ondas sísmicas pela crosta terrestre.
A Sismologia também estuda outros fenômenos como, por exemplo, vibrações provocadas por erupções de vulcões, tsunamis (ondas gigantes provocadas por terremotos abaixo dos oceanos) e maremotos.
Os sismólogos (profissionais de sismologia) utilizam o sismógrafo, aparelho muito útil para registrar e analisar os abalos sísmicos que ocorrem no interior da Terra.


TSUNAMI

Definição: As tsunamis são ondas gigantes com grande concentração de energia, que podem ocorrer nos oceanos. Elas são provocadas por um grande deslocamento de água que ocorre após uma movimentação de placas tectônicas abaixo dos oceanos.
Estes terremotos marítimos, conhecidos como maremotos, deslocam uma grande quantidade de energia formando uma ou mais ondas (tsunamis) que podem atingir as costas dos oceanos, podendo provocar catástrofes.
Atualmente, vários países possuem equipamentos capazes de identificar a formação e propagação de tsunamis. Com dados destes tipos, os governos podem adotar planos para deslocar populações de áreas de risco, que possam ser atingidas por estas ondas gigantes.


VENTO

Definição: O vento é um fenômeno meteorológico formado pelo movimento do ar na atmosfera. O vento é gerado através de fenômenos naturais como, por exemplo, os movimentos de rotação e translação do Planeta Terra.
Existem vários fatores que podem influenciar na formação do vento, fazendo com que este possa ser mais forte (ventania) ou suave (brisa). Pressão atmosférica, radiação solar, umidade do ar e evaporação influenciam diretamente nas características do vento.
Em regiões mais altas, como no alto de montanhas por exemplo, o vento costuma ser mais forte, pois não há interferências das construções.
O vento é muito importante para o ser humano, pois facilita a dispersão dos poluentes e também pode gerar energia (energia eólica).


VULCÃO

Definição: Vulcão é uma abertura na crosta terrestre, de formato montanhoso, por onde saem magma, cinzas, gases e poeira. Esta estrutura geológica é formada, geralmente, a partir do encontro entre placas tectônicas.
Quando um vulcão entra em erupção (em atividade) pode provocar terremotos e lançar na atmosfera grande quantidade de materiais magmáticos, gerando uma ameaça para as populações que moram próximas.
Os principais vulcões do mundo são: Etna (Sicilia), Monte Fuji (Japão), Kilauea (Havai), Krakatoa (Indonésia), Monte Pinatubo (Filipinas), Vesúvio (Itália) e El Chichon (México).

O ANO QUE VALORIZARÁ MUITO O DESIGN:
O termo “design” pode ser usado em, pelo menos, três sentidos: um processo específico de projeto, o resultado do processo e um conhecimento sobre o processo.
No mercado de produtos industrializados, design é utilizado como um atributo. O produto que tem design é um produto diferenciado, de qualidade, especial. A qualidade enfatizada se restringe ao nível formal do produto: ou é um design moderno - denotando uma referência estética específica, ou é um design ergonômico – denotando uma forma que proporciona melhor conforto ao corpo humano. Especificações técnicas e praticidade de uso são colocados como equivalentes ao termo design, ou seja, o processo de design é desconhecido.
Nos serviços, a noção é um pouco mais abrangente. O resultado não é por acaso; ele é fruto de um processo específico que o anteviu e procurou controlar. Por isso, são considerados aspectos que interferem no resultado, mas que estão além dos atributos do produto, como as culturas, as normas sociais, as referências estéticas, as linguagens e etc. A partir do conhecimento sobre a situação, são criadas propostas para a mudança da situação no sentido almejado. Design é visto, portanto, como meio para atingir um fim.
Porém, existe algo além da abordagem instrumental para o design. Design também é uma forma particular de ver o mundo. A sociedade em que vivemos só é possível pela mediação que os artefatos proporcionam entre as pessoas. O ambiente é projetado, os objetos são projetados, as ideias são projetadas, a vida é projetada, tudo é projetado. Visto assim, podemos tratar tudo como projeto e aplicar as competências do design para recriar o mundo. Segundo Victor Lombardi, são características do design: 1) a colaboração com múltiplos interessados no projeto; 2) a criação de novas possibilidades através do método abdutivo (tentativa e erro); 3) a experimentação crítica com protótipos; 4) a atenção para a particularidade; 5) a percepção dos sistemas sócio-técnicos; 6) a interpretação da situação através de um ponto de vista pró-ativo. Sendo assim, design não é só processo, mas também estratégia, política e metodologia.
Se as pessoas dizem que design é tudo isso, porque dizer que design é menos do que isso? Porque restringir a um tipo específico de design, se podemos perceber similitudes entre tais diferentes interpretações do termo? Talvez o termo “design” esteja se alargando porque o próprio Design como área do conhecimento humano esteja também se alargando. A presença do design na sociedade está sendo cada vez mais percebida e repensada por outras áreas; design está sendo visto como uma das poucas áreas capazes de lidar com a complexidade da vida moderna; a unidade na diversidade de fundamentos que alicerçam o design tornam-o plenamente inclusivo e ao mesmo tempo coerente. Precisamos, portanto, de uma definição elástica de design; tão abrangente e, ao mesmo tempo, específica como a definição do concreto em Karl Marx, em O MÉTODO DA ECONOMIA POLÍTICA
Quando estudamos um dado país do ponto de vista da Economia Política, começamos por sua população, sua divisão em classes, sua repartição entre cidades e campo, na orla marítima; os diferentes ramos da produção, a exportação e a importação, a produção e o consumo anuais, os preços das mercadorias etc. Parece que o correto é começar pelo real e pelo concreto, que são a pressuposição prévia e efetiva; assim, em Economia, por exemplo, começar-se-ia pela população, que é a base e o sujeito do ato social de produção como um todo. No entanto, graças a uma observação mais atenta, tomamos conhecimento de que isso é falso. A população é uma abstração, se desprezarmos, por exemplo, as classes que a compõem. Por seu lado, essas classes são uma palavra vazia de sentido se ignorarmos os elementos em que repousam, por exemplo: o trabalho assalariado, o capital etc. Estes supõem a troca, a divisão do trabalho, os preços etc. O capital, por exemplo, sem o trabalho assalariado, sem o valor, sem o dinheiro, sem o preço etc., não é nada. Assim, se começássemos pela população, teríamos uma representação caótica do todo, e através de uma determinação mais precisa, através de uma análise, chegaríamos a conceitos cada vez mais simples; do concreto idealizado passaríamos a abstrações cada vez mais tênues até atingirmos determinações as mais simples. Chegados a esse ponto, teríamos que voltar a fazer a viagem de modo inverso, até dar de novo com a população, mas desta vez não com uma representação caótica de um todo, porém com uma rica totalidade de determinações e relações diversas. O primeiro constitui o caminho que foi historicamente seguido pela nascente economia. Os economistas do século XVII, por exemplo, começam sempre pelo todo vivo: a população, a nação, o Estado, vários Estados etc.; mas terminam sempre por descobrir, por meio da análise, certo número de relações gerais abstratas que são determinantes, tais como a divisão do trabalho, o dinheiro, o valor etc. Esses elementos isolados, uma vez mais ou menos fixados e abstraídos, dão origem aos sistemas econômicos, que se elevam do simples, tal como trabalho, divisão do trabalho, necessidade, valor de troca, até o Estado, a troca entre as nações e o mercado mundial. O último método é manifestamente o método cientificamente exato. O concreto é concreto porque é a síntese de muitas determinações, isto é, unidade do diverso. Por isso o concreto aparece no pensamento como o processo da síntese, como resultado, não como ponto de partida, ainda que seja o ponto de partida efetivo e, portanto, o ponto de partida também, da intuição e da representação. No primeiro método, a representação plena volatiliza-se em determinações abstratas, no segundo, as determinações abstratas conduzem à reprodução do concreto por meio do pensamento. Por isso é que Hegel caiu na ilusão de conceber o real como resultado do pensamento que se sintetiza em si, se aprofunda em si, e se move por si mesmo; enquanto o método que consiste em elevar-se do abstrato ao concreto não é senão a maneira de proceder do pensamento para se apropriar do concreto, para reproduzi-lo como concreto pensado. Mas este não é de modo nenhum o processo da gênese do próprio concreto. A mais simples categoria econômica, suponhamos, por exemplo, o valor de troca, pressupõe a população, uma população produzindo em determinadas condições e também certos tipos de famílias, de comunidades ou Estados. O valor de troca nunca poderia existir de outro modo senão como relação unilateral, abstrata de um todo vivo e concreto já dado.
Como categoria, ao contrário, o valor de troca leva consigo um modo de ser antediluviano. Para a consciência – e a consciência filosófica é determinada de tal modo que, para ela, o pensamento que concebe é o homem efetivo, e o mundo concebido é como tal o único efetivo. Para a consciência, pois, o movimento das categorias aparece como o ato de produção efetivo – que recebe infelizmente apenas um impulso do exterior -, cujo resultado é o mundo, e isso é certo (aqui temos de novo uma tautologia) na medida em que a totalidade concreta, como totalidade de pensamentos, como um concreto de pensamentos, é de fato um produto do pensar, do conceber; não é de modo nenhum o produto do conceito que pensa separado e acima da intuição e da representação, e que se engendra a si mesmo, mas da elaboração da intuição e da representação em conceitos. O todo, tal como aparece no cérebro, como um todo de pensamento, é um produto do cérebro pensante que se apropria do mundo do único modo que lhe é possível, modo que difere do modo artístico, religioso e prático-mental de se apropriar dele. O sujeito real permanece subsistindo, agora como antes, em sua autonomia fora do cérebro, isto é, na medida em que o cérebro não se comporta senão especulativamente, teoricamente. Por isso também, no método teórico [da economia política}, o sujeito – a sociedade – deve figurar sempre na representação como pressuposição.
No entanto, esses categorias simples não possuem também uma existência independente histórica ou natural anterior às categorias mais concretas? Ça déprend (Depende). Hegel, por exemplo, começa corretamente sua Filosofia do Direito com a posse como a mais simples relação jurídica do sujeito. Todavia, não existe posse anterior à família e às relações de senhor e servo, que são relações muito mais concretas ainda. Ao contrário, seria justo dizer que existem famílias, tribos, que se limitam a possuir, mas não têm propriedade. A categoria mais simples aparece, pois, como relação de comunidades mais simples de famílias ou tribos, em comparação com a propriedade. Na sociedade mais desenvolvida aparece como a relação mais simples de um organismo mais desenvolvido, mas é sempre pressuposto o substrato mais concreto, cuja relação é posse. Pode-se imaginar um selvagem isolado possuindo coisas. Mas nesse caso a posse não é uma relação jurídica.
Não é correto que a posse evolui historicamente até a família. A posse sempre pressupõe essa “categoria jurídica mais concreta”. Entretanto, restaria sempre o seguinte: as categorias simples são a expressão de relações nas quais o concreto pouco desenvolvido pode ter se realizado sem haver estabelecido ainda a relação ou o relacionamento mais complexo, que se acha expresso mentalmente na categoria mais concreta, enquanto o concreto mais desenvolvido conserva a mesma categoria como uma relação subordinada. O dinheiro pode existir, e existiu historicamente, antes que existisse o capital, antes que existissem os Bancos, antes que existisse o trabalho assalariado. Desse ponto de vista, pode-se dizer que a categoria mais simples pode exprimir relações dominantes de um todo menos desenvolvido, ou relações subordinadas de um todo mais desenvolvido, relações que já existiam antes que o todo tivesses se desenvolvido, no sentido que se expressa em uma categoria mais concreta. Nessa medida, o curso do pensamento abstrato que se eleva do mais simples ao complexo corresponde ao processo histórico efetivo.
De outro lado, pode-se dizer que há formas de sociedades muito desenvolvidas, embora historicamente não tenham atingido ainda sua maturidade, nas quais se encontram as formas mais elevadas da Economia, tais como a cooperação, uma divisão do trabalho desenvolvida, sem que exista nelas o dinheiro; o Peru é um exemplo. Também nas comunidades eslavas, o dinheiro e a troca, que o condiciona, desempenham um papel insignificante ou nulo, mas aparecem em suas fronteiras, nas suas relações com as outras comunidades. É, pois, um erro situar o intercâmbio no interior das comunidades como elemento que as constitui originariamente. A princípio surge antes nas relações recíprocas entre as distintas comunidades, que nas relações entre os membros de uma mesma e única comunidade.
Além disso, embora o dinheiro tenha, muito cedo e por toda parte, desempenhado um papel, não assume papel de elemento dominante na Antigüidade, senão de modo unilateral e em determinadas nações – as nações comerciais. E mesmo na Antiguidade mais culta, entre os gregos e os romanos, não atinge seu completo desenvolvimento, que se pressupõe existir na moderna sociedade burguesa, a não ser no período de sua dissolução. Essa categoria, que é no entanto bem simples, só aparece portanto historicamente com todo o seu vigor nos Estados mais desenvolvidos da sociedade. E o dinheiro não entrava de modo nenhum em todas as relações econômicas; assim, no Império Romano, na época de seu perfeito desenvolvimento, permaneceram como fundamentais o imposto e as entregas em produtos. O sistema do dinheiro, propriamente dito, encontrava-se completamente desenvolvido apenas no exército, e jamais atingiu a totalidade do trabalho. De modo que, embora a categoria mais simples possa ter existido historicamente antes da mais concreta, pode precisamente pertencer em seu pleno desenvolvimento, intensivo e extensivo, a formas complexas de sociedade, enquanto a categoria mais concreta já se achava plenamente desenvolvida em uma forma de sociedade menos avançada.
O trabalho parece ser uma categoria muito simples. E também a representação do trabalho nesse sentido geral – como trabalho em geral – é muito antiga. Entretanto, concebido economicamente nessa simplicidade, o “trabalho” é uma categoria tão moderna como o são as relações que engendram essa abstração. Por exemplo, o sistema monetário situa a riqueza de forma ainda mais objetiva, como coisa exterior a si, no dinheiro. Desse ponto de vista, houve um grande progresso quando o sistema manufatureiro ou comercial colocou a fonte da riqueza não nesse objeto, mas na atividade subjetiva – no trabalho comercial e manufatureiro. Contudo concebia apenas essa atividade, limitadamente, como produto de dinheiro. Em face desse sistema, o sistema dos fisiocratas admite uma forma determinada de trabalho – a agricultura – como criadora de riqueza, e admite o próprio objeto não sob a forma dissimulada do dinheiro, mas como produto em geral, como resultado geral do trabalho. Esse produto, em virtude do caráter limitado da atividade, continua a ser ainda um produto determinado pela natureza, produto da agricultura, o produto da terra par excellence ( por excelência).
Um enorme progresso se deve a Adam Smith, que rejeitou toda determinação particular da atividade criadora de riqueza, considerando apenas o trabalho puro e simples, isto é, nem o trabalho industrial, nem o trabalho comercial, nem o trabalho agrícola, mas todas essas formas de trabalho. Com a generalidade abstrata da atividade criadora de riqueza, igualmente se manifesta então a generalidade do objeto determinador da riqueza, o produto em absoluto, ou ainda, o trabalho em geral, mas enquanto trabalho passado, trabalho objetivado. A dificuldade e importância dessa transição provam o fato de que o próprio Adam Smith torna a cair de quando em quando no sistema fisiocrático. Poderia parecer agora que, desse modo, se teria encontrado unicamente a relação abstrata mais simples e mais antiga em que entram os homens em qualquer forma de sociedade – enquanto são produtores. Isso é certo em um sentido. Mas não em outro.
A indiferença em relação ao gênero de trabalho determinado pressupõe uma totalidade muito desenvolvida de gênero de trabalho efetivos, nenhum dos quais domina os demais. Tampouco se produzem as abstrações mais gerais senão onde existe o desenvolvimento concreto mais rico, onde um aparece como comum a muitos, comum a todos. Então já não pode ser pensado somente sob uma forma particular. Por outro lado, essa abstração do trabalho em geral não é apenas o resultado intelectual de uma totalidade concreta de trabalhos. A indiferença em relação ao trabalho determinado corresponde a uma forma de sociedade na qual os indivíduos podem passar com facilidade de um trabalho a outro e na qual o gênero determinado de trabalho é fortuito, e, portanto, é-lhes indiferente. Nesse caso o trabalho se converteu não só como categoria, mas na efetividade em um meio de produzir riqueza em geral, deixando, como determinação, de se confundir com o indivíduo em sua particularidade. Esse estado de coisas se encontra mais desenvolvido na forma de existência mais moderna da sociedade burguesa – nos Estados Unidos. Aí, pois, a abstração da categoria “trabalho”, “trabalho em geral”, trabalho sans phrase (sem rodeios), ponto de partida da Economia moderna, torna-se pela primeira vez praticamente verdadeira. Assim, a abstração mais simples, que a Economia moderna situa em primeiro lugar e que exprime uma relação muito antiga e válida para todas as formas de sociedade, só aparece no entanto nessa abstração praticamente verdadeira como categoria da sociedade mais moderna. Poder-se-ia dizer que essa indiferença em relação a uma forma determinada de trabalho, que se apresenta nos Estados Unidos como produto histórico, se manifesta na Rússia, por exemplo, como uma disposição natural. Mas, por um lado, que diferença danada entre bárbaros que têm uma tendência natural para se deixar empregar em todos os trabalhos, e os civilizados que se empregam a si próprios. E, por outro lado, a essa indiferença para um trabalho determinado corresponde, na prática, entre os russos, a sua sujeição tradicional a um trabalho bem determinado, do qual só influências exteriores podem arrancá-los.
Esse exemplo mostra de maneira muito clara como até as categorias mais abstratas – precisamente por causa de sua natureza abstrata – , apesar de sua validade para todas as épocas, são, contudo, na determinidade dessa abstração, igualmente produto de condições históricas, e não possuem plena validez senão para essas condições e dentro dos limites destas.
A sociedade burguesa é a organização histórica mais desenvolvida, mais diferenciada da produção. As categorias que exprimem suas relações, a compreensão de sua própria articulação, permitem penetrar na articulação e nas relações de produção de todas as formas de sociedade desaparecidas, sobre cujas ruínas e elementos se acha edificada, e cujos vestígios, não ultrapassados ainda, leva de arrastão desenvolvendo tudo que fora antes apenas indicado que toma assim toda a sua significação etc. A anatomia do homem é a chave da anatomia do macaco. O que nas espécies animais inferiores indica uma forma superior não pode, ao contrário, ser compreendido senão quando se conhece a forma superior. A Economia burguesa fornece a chave da Economia da Antigüidade etc. Porém, não conforme o método dos economistas que fazem desaparecer todas as diferenças históricas e vê-em a forma burguesa em todas as formas de sociedade. Pode-se compreender o tributo, o dízimo, quando se compreende a renda da terra. Mas não se deve identificá-los.
Como, além disso, a própria sociedade burguesa é apenas uma forma opositiva do desenvolvimento, certas relações pertencentes a formas anteriores nela só poderão ser novamente encontradas quando completamente atrofiadas, ou mesmo disfarçadas; por exemplo, a propriedade comunal. Se é certo, portanto, que as categorias da Economia burguesa possuem [o caráter de] verdade para todas as demais formas de sociedade, não se deve tornar isso senão cum grano salis. Podem ser desenvolvidas, atrofiadas, caricaturadas, mas sempre essencialmente distintas. O chamado desenvolvimento histórico repousa em geral sobre o fato de a última forma considerar as formas passadas como etapas que levam a seu próprio grau de desenvolvimento, e dado que ela raramente é capaz de fazer a sua própria crítica, e isso em condições bem determinadas – concebe-os sempre sob um aspecto unilateral. A religião cristã só pôde ajudar a compreender objetivamente as mitologias anteriores depois de ter feito, até certo grau, por assim dizer dynamei, a sua própria crítica. Igualmente, a Economia burguesa só conseguiu compreender as sociedades feudal, antiga, oriental, quando começou a autocrítica da sociedade burguesa. Na medida em que a Economia burguesa, criando uma nova mitologia, não se identificou pura e simplesmente com o passado, a crítica que fez às sociedades anteriores, em particular, à sociedade feudal, contra a qual tinha ainda que lutar diretamente, assemelhou-se à crítica do paganismo feita pelo cristianismo, ou à do catolicismo feita pela religião protestante.
Do mesmo modo que em toda ciência histórica e social em geral é preciso ter sempre em conta, a propósito do curso das categorias econômicas, que o sujeito, nesse caso, a sociedade burguesa moderna, está dado tanto na realidade efetiva como no cérebro; que as categorias exprimem portanto formas de modos de ser, determinações de existência, frequentemente aspectos isolados dessa sociedade determinada, desse sujeito, e que, por conseguinte, essa sociedade de maneira nenhuma se inicia, inclusive do ponto de vista científico, somente a partir do momento em que se trata dela como tal. Isso deve ser fixado porque dá imediatamente uma direção decisiva às seções que precisam ser estabelecidas. Nada parece mais natural, por exemplo, do que começar pela renda da terra, pela propriedade fundiária, dado que está ligada à terra, fonte de toda a produção e de todo modo de ser, e por ela ligada à primeira forma de produção de qualquer sociedade que atingiu um certo grau de estabilidade – à agricultura. Ora, nada seria mais errado. Em todas as formas de sociedade se encontra uma produção determinada, superior a todas as demais, e cuja situação aponta sua posição e influência sobre as outras. É uma luz universal de que se embebem todas as cores, e que as modifica em sua particularidade. É um éter especial, que determina o peso específico de todas as coisas emprestando relevo a seu modo de ser.
Consideremos, por exemplo, os povos pastores (os simples povos caçadores ou pescadores não chegaram ao ponto em que começa o verdadeiro desenvolvimento). Neles existe certa forma esporádica de lavoura. A propriedade de terra encontra-se determinada por ela. Essa propriedade é comum e conserva mais ou menos essa forma, conforme aqueles povos se aferrem mais ou menos a suas tradições; por exemplo, a propriedade comunal dos eslavos. Onde predomina a agricultura, praticada por povos estabelecidos – e isso já constituiu um grande progresso –, como na sociedade antiga e feudal, mesmo a indústria, com sua organização e formas da propriedade que lhe correspondem, tem em maior ou menor medida um caráter específico de propriedade rural. A [sociedade] ou bem está marcada inteiramente por esse caráter, como entre os antigos romanos, ou a organização da cidade imita, como na Idade Média, a organização do campo. O próprio capital – enquanto não seja simples capital-dinheiro – possui na Idade Média, como instrumento tradicional, por exemplo, esse caráter de propriedade fundiária.
Na sociedade burguesa acontece o contrário. A agricultura transforma-se mais e mais em simples ramos da indústria e é dominada completamente pelo capital. A mesma coisa ocorre com a renda da terra. Em todas as formas em que domina a propriedade fundiária, a relação com a natureza é ainda preponderante. Naquelas em que domina o capital, o que prevalece é o elemento produzido social e historicamente. Não se compreende a renda da terra sem o capital, entretanto compreende-se o capital sem a renda da terra. O capital é a potência econômica da sociedade burguesa, que domina tudo. Deve constituir o ponto inicial e o ponto final e ser desenvolvido antes da propriedade da terra. Depois de considerar particularmente um e outro deve-se estudar sua relação recíproca.
Seria, pois, impraticável e errôneo colocar as categorias econômicas na ordem segundo a qual tiveram historicamente uma ação determinante. A ordem em que se sucedem se acha determinada, ao contrário, pelo relacionamento que têm umas com as outras na sociedade burguesa moderna, e que é precisamente o inverso do que parece ser uma relação natural, ou do que corresponde à série do desenvolvimento histórico. Não se trata da relação que as relações econômicas assumem historicamente na sucessão das diferentes formas da sociedade. Muito menos sua ordem de sucessão “na ideia” (Proudhon) (representação nebulosa do movimento histórico). Trata-se da sua hierarquia no interior da moderna sociedade burguesa.
A pureza (determinidade abstrata) com que aparecem no mundo antigo os povos comerciantes – fenícios, cartagineses – é dada pela própria predominância dos povos agricultores. O capital, enquanto capital comercial ou capital de dinheiro, aparece precisamente sob essa forma abstrata sempre que o capital não é ainda o elemento dominante das sociedades. Lombardos e judeus ocupam a mesma situação diante das sociedades medievais que praticam a agricultura.
Outro exemplo de situação diferente ocupada por essas mesmas categorias em diferentes estádios da sociedade: uma das últimas formas da sociedade burguesa são as joint-stock-companies (sociedades por ações). Mas aparecem também no princípio da sociedade burguesa nas grandes companhias privilegiadas de comércio, que gozavam de um monopólio.
O próprio conceito de riqueza nacional se insinua entre os economistas do século XVII – a representação subsiste ainda em parte nos do século XVIII – desta forma: a riqueza é criada unicamente para o Estado, e o poder deste mede-se por essa riqueza. Esta era a forma ainda inconscientemente hipócrita em que a riqueza anuncia sua própria produção com a finalidade dos Estados modernos, tidos a partir de então unicamente como meio para a produção da riqueza.
As seções a adotar devem evidentemente ser as seguintes: 1 – as determinações abstratas gerais, que convêm portanto mais ou menos a todas as formas de sociedade, mas consideradas no sentido acima discutido; 2 – as categorias que constituem a articulação interna da sociedade burguesa e sobre as quais assentam as classes fundamentais. Capital, trabalho assalariado, propriedade fundiária. Os seus relacionamentos recíprocos. Cidade e campo. As três grandes classes sociais. A troca entre estas. A circulação. O sistema de crédito (privado); 3 – síntese da sociedade burguesa na forma do Estado. Considerado no seu relacionamento consigo próprio. As classes “improdutivas”. Os impostos. A dívida pública. O crédito público. A população. As colônias. A imigração; 4 – relações internacionais de produção. A divisão internacional do trabalho. A troca internacional. A exportação e a importação. A cotação do câmbio; 5 – o mercado mundial e as crises.
Alguns profissionais dão mais atenção para um ou outro elemento, mas mesmo que não sejam considerados os demais, eles acabarão sendo definidos pelo design.
Não se pode ter controle absoluto sobre todos esses elementos, mesmo os que partem do sistema, pois todos dependem do comportamento do usuário, que é variável. Entretanto, o design impõe limites e induções ao comportamento do usuário, ou seja, define-o indiretamente.
Observando os elementos da esquerda para à direita, é possível notar uma diminuição na variabilidade e consequente aumento do controle pelo design. Por esse motivo, a maioria dos designers se atém somente aos elementos que estão mais à direita. No entanto, da direita para a esquerda, o impacto sobre a vida do usuário é maior. Se queremos projetar produtos realmente úteis, devemos enfrentar a variabilidade do comportamento humano.
na prática
Para entender melhor esses elementos, eis alguns dos métodos de pesquisa que indico:
Comportamento Atividades Tarefas Ações
Entrevistas; Etnografia; Grupos de Foco; Perfil Semiótico Etnografia; Investigação Contextual; Observação Participante; Método KJ The Bridge; Análise da Tarefa; Teste de Usabilidade Teste de Usabilidade; Avaliação de Especialista; Avaliação Heurística
Se o designer conhece as características dos elementos que partem do usuário, fica fácil especificar os elementos correspondentes no sistema. Eis alguns documentos úteis:
Adaptação Ambientes Fluxos Ações
Personas; Algoritmos de Adaptação ou Personalização Cenários; Histórias em Quadrinhos Fluxogramas Storyboards e Wireframes
Cada projeto tem peculiaridades, mas em geral adoto uma metodologia que parte dos elementos mais abrangentes (esquerda) em direção aos mais específicos.
definições
Para que fique claro o esquema, eis o que entendo por cada um dos elementos:
Comportamento
Comportamento é o conjunto de padrões de reações e atitudes de uma pessoa sobre sua realidade externa. Como esses padrões são socialmente construídos, pessoas dentro de realidades sociais similares compartilham entre si alguns padrões.
Atividade
Atividade é fazer algo considerando normas socialmente acordadas. Existem atividades internas (processos mentais como planejar) e atividades externas (processos sociais como uma brincadeira) e, consequentemente, atividades individuais ou compartilhadas.
Tarefa
Tarefa é uma atribuição dentro de uma atividade que uma pessoa se incumbe de fazer. A execução de uma tarefa geralmente inclui uma sequência ordenada de ações visando um mesmo objetivo.
Ação
Ação é o esforço de transformar um objeto. Pode ser intencional (quando estiver vinculado à uma tarefa) ou não-intencional (quando acontecer por acidente ou sem uma previsão de resultado).
Adaptação
Adaptação é a transformação do ambiente em que as pessoas realizam atividades para se adequar melhor ao comportamento dessas pessoas. A adaptação pode ser feita por pessoas manualmente (customização) ou por softwares automaticamente (personalização).
Ambiente
Ambiente é o local físico ou virtual onde são realizadas atividades. O ambiente é caracterizado pelos fatores externos que possibilitam e restringem as atividades.
Fluxos
Fluxo é uma sequência de alterações de estado do sistema que permitem a realização de uma tarefa.
Controle
Controles são os elementos da interface que podem ser utilizados para alterar o estado do sistema: botões, alavancas, potenciômetros, checkboxs, barras de rolagem e etc.
o que fazer?
Se você está se perguntando o que fazer com tudo isso, continue assim. O objetivo desse texto não é dizer como fazer Design de Interação, mas sim incentivar o pensar sobre ele.

Ano da Moda:
Moda é a tendência de consumo da atualidade. A moda é composta de diversos estilos que podem ter sido influenciados sob diversos aspectos. Acompanha o vestuário e o tempo, que se integra ao simples uso das roupas no dia-a-dia. É uma forma passageira e facilmente mutável de se comportar e sobretudo de se vestir ou pentear.
Lady Diana foi um ícone da moda do século XX.
Para criar estilo, os figurinistas utilizaram-se de cinco elementos básicos: a cor, a silhueta, o caimento, a textura e a harmonia.
A moda é abordada como um fenômeno sociocultural que expressa os valores da sociedade - usos, hábitos e costumes - em um determinado momento. Já o estilismo e o design são elementos integrantes do conceito moda, cada qual com os seus papéis bem definidos.
A moda é um sistema que acompanha o vestuário e o tempo, que integra o simples uso das roupas no dia-a-dia a um contexto maior, político, social, sociológico. Pode-se ver a moda naquilo que se escolhe de manhã para vestir, no look de um punk, de um skatista e de um pop star, nas passarela A cada dia que passa o mundo da moda vem surpreendendo e superando as pessoas, com cores vivas, tendências novas,cortes inusitados e inovadores. A moda proporciona aos que seguem um tendência sempre inovadora e ousada.Ela e abordada sempre,encaixa em qualquer assuntos e e sempre um meio de inspirarão aos que sequem.

O Belo,a Arte, a Medicina , a Filosofia , e a Mulher
O que é o Belo? - Platão já reconhecia a existência de coisas que são belas por si mesmas e que fornecem um prazer puro que não aquele da cessação da dor ou aflição. Sócrates achava que o Belo era uma concordância observada pelos olhos e ouvidos. Kant achava belo sobretudo o natural, as aves, as plantas. E as definições do Belo e do que é Estética, sempre estiveram presentes e foram ampliadas nas discussões filosóficas e artísticas. A beleza feminina, também uma manifestação do Belo, às vezes é pouco compreendida por ser associada a um comportamento fútil. Grosseiro engano, trabalhar, praticar esportes, estudar, freqüentar as clínicas de estética não é tarefa para fúteis e pobres de espírito. Mulheres inteligentes, cultas, que trabalham em casa e tem a sua profissão e que são sobretudo fortes, são as que tem entusiasmo para cuidar da beleza e da saúde.
A beleza feminina pura ocupa um lugar no Cosmos, assim como as outras belezas naturais e não naturais. Um belo pássaro ou animal são bonitos, assim como um quadro, uma cidade, uma floresta, uma estrela, ou uma poesia. A beleza se manifesta em coisas livres do sentimento e pensamento humanos e deles não depende. Não há mal em se cultuar o Belo. Não há mal em se cultuar a Beleza Feminina. Admirar o Belo não significa desprezar o que não é belo. Também é belo a mulher idosa, saudável e feliz, assim como o homem ativo em todas as etapas de sua vida. É também belo a criança brincando, a obra de arte, a natureza, é belo a sabedoria. Claro, não há beleza na doença, na tristeza, na morte, na fome, na destruição. O harmônico, qualidade do Belo, está nítido e se manifesta na vida , na saúde, na alegria e no amor. A mulher, dos humanos a parte mais bela, só poderia ter sido a maior inspiradora da arte e dos artistas, desde os tempos antigos. A Vitória de Samothrace, a Vênus de Milo, as pinturas egípcias, a surrealista Gala de Dali, a beleza suave da mulher na Primavera de Botticcelli, a mulher na poesia de Vinícius de Moraes, de Drummond, obras maravilhosas inspiradas por elas.
E é claro, a beleza mudou através dos tempos. No passado a beleza feminina era só um rosto, privilégio de poucas que tinham a coincidência genética de ter um rosto com linhas harmônicas. Os costumes então não permitiam revelar o corpo. Nos tempos atuais todas as formas femininas são expostas, e essa agradável liberação de costumes deu às mulheres a possibilidade de outras manifestações de beleza, a beleza do corpo, que é muito mais "democrática", porque acessível à maioria das mulheres. A nutrição, os esportes, e também a medicina passaram a ajudar na promoção da beleza feminina.
A Estética Humana na Medicina se propõe então à utilizar as técnicas, a pesquisa e os conhecimentos médicos para a promoção da beleza feminina da face e do corpo. É a Arte Médica do Belo, e como as outras artes, que produzem um prazer, uma felicidade subjetiva, não pode ser submetida à um juízo de valor. O seu valor é determinado pelo bem estar que causa à quem recebe os seus benefícios. O gosto, a capacidade de julgar o que é belo, é que faz a obra de arte ser maravilhosa para uns e horrível para outros, é influenciado pela cultura, pelas condições sócio econômicas, pela moda, pelos costumes de cada povo. Então, não é a Medicina aplicada a Estética que como ciência cria esse aspectos básicos que são o gosto e a estética. Cabe à ela apenas atender os anseios do inconsciente coletivo e como uma manifestação artística, criar , manter e melhorar a Beleza Humana.


NUMEROLOGIA: Ano 2+0+1+0= ANO 3 – Ano benéfico ao Brasil pois começará a aparecer os primeiros frutos. Ano social, saudável, com boas chances para o romance. Aproveite a vida e se divirta. Viaje. Seja visto e ouvido. Mas evite gastar muito dinheiro para não ter dificuldades no ano que vem. Use o Amarelo é a cor símbolo da criatividade, pois estimula a capacidade mental. Também elimina as impurezas físicas e mentais. Por essas características é a cor do intelecto e do estudo.
ODÚ (DESTINO) DO PRESIDENTE LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA NASCEU EM CAETÉS, INTERIOR DE PERNAMBUCO EM 27 DE OUTUBRO DE 1945, para o ANO de 2010 - 8. EJONILÊ MEJI - a impaciência e a agitação
Regente: Oxaguiã com influências de Xangô, Oxum e Oxossi
Elemento: Ar
Pessoas com esse ODU são dedicadas e honestas e levam uma vida quase sem sofrimentos. Mas estão sujeitas a acidentes graves. Amam com intensidade e têm amizades sinceras. Quando são repudiadas ou sofrem uma traição, podem se tornar vingativas. Devem evitar o consumo de álcool e de carne vermelha e se vestir de branco nas sextas-feiras. Seu ponto vulnerável é o sistema nervoso central.
Naquele tempo, mandaram todas as árvores fazerem oferendas a olorum (deus) mas nenhuma deu importância ao conselho. Somente a cajazeira fez a oferenda. Daí por diante, todas as árvores morreram sem delongas quando estavam deitadas, exceto a cajazeira, que mesmo deitada, caída ao chão, sempre grela e renasce.
ODÚ (DESTINO)DO BRASIL 22/04/1500, SÃO VICENTE 22/01/1502,ODÚ(DESTINO) DE SANTOS: Santos foi elevada à categoria de cidade em 26 de janeiro de 1839 PARA 2010 : 9. OSSÁ MEJI - a desconcentração.
Regente: Iemanjá com influências de Xangô, Ossaniyn, Oxossi e Iansã
Elemento: Água
Pessoas com esse ODU são líderes natas, mas seu autoritarismo lhes cria sérios problemas, inclusive conjugais. O instinto protetor e a religiosidade também as caracterizam. Seus pontos vulneráveis são os conflitos psicológicos e, no caso das mulheres, os problemas ginecológicos.
Conta-se que no princípio mandaram orumilá fazer uma oferenda citada, porém, ele não o fez. Orixalá, sim, fez tudo conforme havia sido determinado. Num certo dia, veio muita gente que fugia apavorada, mas o chefe e maioral do lugar, como deveria ser, recebeu todos e os salvou das perseguições e eles, em gratidão, entregaram-lhe tudo de valor que cada um trazia consigo, assim orixalá ficou muito próspero no devido tempo. Ou quando chegara sua vez de ter tal fortuna.
SÃO PAULO -Dia da Fundação da Cidade de São Paulo. “A 25 de janeiro do Ano do Senhor de 1554, PARA 2010: PARA 2010 : 8. EJONILÊ MEJI - a impaciência e a agitação
Regente: Oxaguiã com influências de Xangô, Oxum e Oxossi. Elemento: Ar; Pessoas com esse ODU são dedicadas e honestas e levam uma vida quase sem sofrimentos. Mas estão sujeitas a acidentes graves. Amam com intensidade e têm amizades sinceras. Quando são repudiadas ou sofrem uma traição, podem se tornar vingativas. Devem evitar o consumo de álcool e de carne vermelha e se vestir de branco nas sextas-feiras. Seu ponto vulnerável é o sistema nervoso central.
Naquele tempo, mandaram todas as árvores fazerem oferendas a olorum (deus) mas nenhuma deu importância ao conselho. Somente a cajazeira fez a oferenda. Daí por diante, todas as árvores morreram sem delongas quando estavam deitadas, exceto a cajazeira, que mesmo deitada, caída ao chão, sempre grela e renasce.
Governador José Serra, nascido em19/08/1942. O odú (destino) para o ano de 2010, dando-lhe um bom destino é o ODU IKÁ14, Fala na décima quarta casa do Oráculo de Ifá. É representado por quatorze búzios abertos e dois búzios fechados. É o principal caminho do Orixá Oxumarê, sendo que o Orixá Ossayin também pode responder nesta caída. O Vodun(òrìxà) Nanã, em razão de ser oriunda do território de Mahi, local de surgimento do culto à Oxumarê e ainda por ser mitologicamente mãe do Orixá Ossayin, Deus das Folhas, acompanha esta caída podendo inclusive responder sozinha no caminho deste Odu. O Odu Iká, segundo as razões dos mitos, é considerado o Odu dos caminhos das maiores riquezas, sendo que, quando corretamente cultuado, torna-se muito promissor para os seus nativos. A caída deste Odu, significa novidades que estão por vir, podendo ser boas ou más. Indica também coisas pendentes com necessidade urgente de resolução, bem como oportunidades que foram perdidas, das quais muito se arrependem. Representa grandes paixões, início de uma nova vida para mulher, romance que pode ser iniciado e poderá trazer grandes alegrias e prosperidade na vida material. Fecundação: A fecundação histórica deste Odu fala que seu aparecimento foi para destruir Iselé. Iká significa a destruição do homem ou sua ascensão. Iselé, achou-se muito importante perante à Orunmilá, motivo pelo qual foi destruído por Iká.
Personalidade: Seus eleitos estão sempre exuberantes e em grande estado de pujança, pois costumam adaptar-se e tirar vantagens dos ambientes em que estiverem. As pessoas que possuem o Odu Iká são difíceis de se lidar, pois estão sempre armados, em estado de defesa permanente, em virtude deste estado permanente de alerta, as pessoas que tiverem necessidade de envolvimento com este Odu, deverão ter muita cautela, haja vista, os mesmos estarem sempre prontos a dar um bote certeiro, desferido a qualquer momento, tornando-se senhores da situação, tirando grande proveito da surpresa causada pela rapidez de raciocínio e a malícia sedutora que transmitem, pois os mesmos têm o vício da juventude eterna, e o carisma de um olhar malicioso, penetrante perigoso que deixa transparecer pensamentos intensos e absorventes, razão pela qual deve ser evitado encarar as pessoas do
Odu Iká, não devendo fixar os olhos dos mesmos. O Odú Iká é o Odú nº 14, sendo que, 1+4 = ao Odú nº5, Fala na quinta casa do Oráculo de Ifá. É representado por cinco búzios abertos e onze búzios fechados. É o principal Odu do Orixá Oxum, embora Omulu e Iemanjá também respondam nele. Traz ainda caminhos de Ifá, Xangô, Ogun e Exu. Fecundação: Este Odu foi gerado de cinco espelhos e um pano bem alvo na beira de um rio. Foi concebido sem pecado original. Desta concepção nasceu Oxum Gimun, a mais velha das Oxuns. Personalidade: Este Odu, geralmente são vaidosos, interessam-se pelos mistérios do ocultismo. Costumam possuir o poder da mágia, pelo fato de terem grande força espiritual; entretanto estão sempre sonhando com tudo e com grandes oportunidades que esperam surgir. Este Odu tem a propriedade de atrair muita falsidade, que quase sempre os faz sofrer, envolvendo tanto amizades que acham ser sinceras, como também problemas dentro da própria família. Costumam sofrer traições amorosas, e, quando precisam dos amigos, estes inexplicavelmente lhes viram as costas. Oxê indica grau sacerdotal já iniciado ou com necessidade de iniciação, ou ascensão social. É representado pela estrela de cinco pontas, o pentagrama tetragramaton. Este é um Odu que trata de grandes causas e está pronto a defender no que for possível. Revela fim de sofrimento e tendência a um grande triunfo. Fala em grandes pessoas, mistério, caráter, mediunidade,“cargo de santo”e grandes líderes. Traz fracasso no amor, a pessoa pensa em grandes lucros, mas por não saber agir, perde grandes oportunidades; têm inimigos ocultos impedindo que seus esforços sejam bem recompensados, contudo, espera vencer; terá lucros e realizará o que pretende; teve uma doença e a venceu; é capaz de destruir seu inimigo. Significa: ilusão, notícia, vingança, questões amorosas e problemas de barriga, enfim, Oxê é um Odu muito rico.
PREFEITO DA CIDADE DE SANTOS JOÃO PAULO TAVARES PAPA NASCEU NO DIA 28 DE JULHO DE 1958. O ODÚ(DESTINO) QUE FAVORECERÁ NO ANO DE 2010 É O ODU ETAOGUNDÁ 3, Fala na terceira casa do Oráculo de Ifá. É representado por três búzios abertos e treze búzios fechados. É o principal caminho de resposta do Orixá Ogun. Neste Odu responde o Orixá Obaluayê, podendo Xangô responder esporadicamente nesta caída. Quando Xangô falar neste Odu como Orixá principal da cabeça do consulente, indica sérios problemas de ordem material e espiritual para seus filhos, pois este Orixá quando fala nos caminhos deste Odu, costuma trazer aborrecimentos, dificuldade de progresso e até mesmo verdadeiras batalhas, relacionadas ao campo profissional, sentimental, familiar e também com relação às suas próprias obrigações de ordem espiritual. O Odu Etaogundá representa principalmente o Orixá Ogun com sua espada da lei, o grande Senhor das Batalhas, o Rei da Cidade de Irê (Onirê), na Nigéria. Quando este Odu responder na 1ª caída , indica que o consulente não só é eleito do Orixá Ogun, bem como está sob as vistas e proteção deste poderoso Orixá. Também indica que o consulente lida com grandes dificuldades para a realização de um projeto e enfrentará sérias consequências e prejuízos se não agir com o devido equilíbrio emocional. História da Fecundação: Este Odu foi fecundado na areia da praia, com um pano branco, três chaves de ferro, três acaçás brancos, três acaçás vermelhos, três pedras de minério de ferro, três peixes corvina, três cavalos marinhos, três cocos secos e três cabaças. O seu surgimento simboliza a abertura dos caminhos e exerce nos seres humanos grande influência nos rins, pernas e braços. Personalidade: Os protegidos deste Odu deverão sempre adotar um procedimento em conformidade com a retidão da justiça, pois, caso contrário, acabarão recebendo o peso do prejuízo em todos os campos, produzidos pelos atos repentinos, impulsivos e as vezes até agressivos, que são características quase que constantes dos filhos deste Odu, principalmente quando o Orixá Ogun for responsável pelo ori da pessoa. Têm tendências a traições, não podendo confiar nos amigos e em certas ocasiões, nem mesmo em parentes, principalmente quando se tratar de divisão de herança ou sociedade nas quais, geralmente são roubados. São pessoas que só conseguem lucros através de seus próprios esforços, pois ajuda exterior raramente acontece. Poderão vencer os maiores obstáculos de seus caminhos agindo com razão, calma e inteligência – únicas formas de obterem benefícios. Etaogundá fala também de dúvidas na realização de projetos , perseguição de homem mau, falta de sorte no amor, trabalhos feitos em cemitério, pessoa que vive perturbada, embora acabe vencendo as dificuldades. Outrossim, poderá indicar também golpe rude, paixão profunda, amor impossível, sonhos que nunca se realizarão. Pode indicar ainda a necessidade da realização urgente de um obori. Este Odu traz para seus filhos muitos problemas de doenças, problemas relacionados à circulação sanguínea nas pernas, região onde exerce grande domínio, trazendo em certas ocasiões dores musculares ou reumáticas. Indica guerra em ambiente familiar, amoroso ou profissional; perigo de separação na vida sentimental; traições e aborrecimentos. Também significa tendência à viuvez, morte e calúnia. É o Odu da perseverança. Se ele responder no jogo, a pessoa não pode “queimar” ninguém. É o Odu da sabedoria, da competição. A Criação. A natureza tríplice de Deus (criação-conservação-destruição). Símbolo sexual masculino completo (pênis mais testículos). O sexo em função procriativa. O desenvolvimento ordenado e harmonioso do Universo. A síntese espiritual. A solução do dualismo. A fórmula da criação de cada um dos mundos. Os três ciclos de vida: nascimento, apogeu, morte. O conhecimento (Música, Geometria, Astronomia), segundo Pitágoras. A composição do homem (corpo, alma, espírito). As três esferas concêntricas do Universo: natural, humano e divino. Este Odú associa-se com a sociabilidade e a comunicação. Pessoa muito romântica e sedutora. São alegres e extrovertidas. A expressão, a expansão e a criatividade traz oportunidades inesperadas no trabalho, e o sucesso vem através de seus pensamentos rápidos para achar soluções. Se ficam doentes, necessitam de muita atenção. Transmitem muita confiança no amor e na vida. POSITIVO: sociabilidade, comunicação, expressão, entusiasmo, criatividade. Favorece a concretização de projetos, seja de um empreendimento, de uma viagem, enfim, período de realização. Foco e direção é a mensagem do número quatro. Não se disperse dos seus objetivos. Porém, fique atento, com a inflexibilidade de seus sentimentos e emoções, pois pode ganhar pelo lado material e perder pelo emocional. Vulnerabilidade ao estresse e a dores musculares. Cuide-se para não comprometer a saúde. A conquista prevalece no relacionamento. Criatividade Pessoal, Ação, Poder de Persuasão,Iniciativa, Prestação de Serviço. Simbolicamente o n.º 3 é a soma do 1 com o 2. A fórmula aritmética «1+2=3» é também o resultado harmonioso do efeito de união do 1 sobre o aspecto de dualidade do 2. O ato criativo resolve o conflito da dualidade. Posto que o 1 indica «ser» e o 2 representa «ser ou não ser», o n.º 3 simboliza «fazer», quer se trate de criatividade pessoal, de ação, de iniciativa ou de prestação de serviço. Há sempre um sentido de completude no n.º 3, onde quer que seja encontrado. Nas principais religiões mundiais, podemos encontrar Deus descrito de três maneiras diferentes. Por exemplo, no cristianismo, o Pai, o Filho e o Espírito Santo - no hinduísmo, o Brama (o Criador), Vixnu (o Defensor) e shiva (o Destruidor). A criatividade pessoal é simbolizada pelo n.º 3, e, quando existe um forte elemento deste número no nome de uma pessoa, pode esperar-se que ela realize mais do que a média das pessoas. Como o n.º 3 simboliza a actividade em si, quando existe um forte elemento deste número bem integrado, encontramos pessoas que actuam em diversos campos. Uma pessoa com um forte elemento do 3 tem dificuldade em exprimir-se harmoniosamente, e pode esperar-se dela uma agressividade negativa e uma atitude destrutiva. Também se pode verificar o oposto. A dinâmica da ação é promovida pelo n.º 3 e inibida pela sua ausência. No entanto a ausência do n.º 3 no nome da pessoa, não significa necessariamente incapacidade de agir. Indica apenas que essa pessoa não tem consciência das suas ações. Há outro Odú que paira sobre o PREFEITO DE SANTOS, Odú nº5, Fala na quinta casa do Oráculo de Ifá. É representado por cinco búzios abertos e onze búzios fechados. É o principal Odu do Orixá Oxum, embora Omulu e Iemanjá também respondam nele. Traz ainda caminhos de Ifá, Xangô, Ogun e Exu. Fecundação: Este Odu foi gerado de cinco espelhos e um pano bem alvo na beira de um rio. Foi concebido sem pecado original. Desta concepção nasceu Oxum Gimun, a mais velha das Oxuns. Personalidade: Este Odu, geralmente são vaidosos, interessam-se pelos mistérios do ocultismo. Costumam possuir o poder da mágia, pelo fato de terem grande força espiritual; entretanto estão sempre sonhando com tudo e com grandes oportunidades que esperam surgir. Este Odu tem a propriedade de atrair muita falsidade, que quase sempre os faz sofrer, envolvendo tanto amizades que acham ser sinceras, como também problemas dentro da própria família. Costumam sofrer traições amorosas, e, quando precisam dos amigos, estes inexplicavelmente lhes viram as costas. Oxê indica grau sacerdotal já iniciado ou com necessidade de iniciação, ou ascensão social. É representado pela estrela de cinco pontas, o pentagrama tetragramaton. Este é um Odu que trata de grandes causas e está pronto a defender no que for possível. Revela fim de sofrimento e tendência a um grande triunfo. Fala em grandes pessoas, mistério, caráter, mediunidade,“cargo de santo”e grandes líderes. Traz fracasso no amor, a pessoa pensa em grandes lucros, mas por não saber agir, perde grandes oportunidades; têm inimigos ocultos impedindo que seus esforços sejam bem recompensados, contudo, espera vencer; terá lucros e realizará o que pretende; teve uma doença e a venceu; é capaz de destruir seu inimigo. Significa: ilusão, notícia, vingança, questões amorosas e problemas de barriga, enfim, Oxê é um Odu muito rico.
JOSÉ EUGÊNIO SOARES – JÔ SOARES (Rio de Janeiro, 16 de janeiro de 1938), O Odú que o favorecerá em 2010 é Odú nº5. OXÊ MEJI - a fama, os Òrìxàs que lhe trerão boa sorte são: Oxum com influências de Iemanjá e Omulu. Elemento: Água. Pessoas com esse ODU têm mão de magia, força e proteção espirituais, religiosidade e uma inclinação especial para o misticismo e as ciências ocultas. São ótimos professores e se destacam em qualquer atividade que exija liderança, mas precisam aprender a controlar sua vaidade e seu egocentrismo. Outro aspecto negativo é a tendência a se vingar quando estão com raiva. Seus pontos vulneráveis são o aparelho digestivo e o sistema hormonal. Conta-se que um filho de orixalá que se chamava dinheiro, que se dizia ser tão poderoso que poderia dominar até mesmo a morte. Este, fez uma oferenda indicada pelo babalaô e saiu maquinando como poderia trazer preza a morte, conforme prometera diante de todos. Deitou-se na encruzilhada e as pessoas que passavam na estrada deparavam com um homem espichado no meio do caminho. Diziam uns: -xi ! Está este homem esticado com a cabeça para a casa da morte, e os pés para a banda da moléstia e os lados do corpo para o lugar da desavença. Ouvindo tais palavras dos transeuntes, levantou-se o homem e disse, então, com ironia: -já sei tudo o que era preciso conhecer. Estou com os meus planos já feitos. E lá de foi ele direto para a fazenda da morte. Chegando no local, começou a bater os tambores fúnebres de que a dona da casa(sra. Morte) fazia uso quando queria matar as pessoas indicadas para morrer. Ela tinha uma rede preparada e, quando a morte aproximou-se, apressada , afim de saber quem estava tocando os seus tambores, o homem envolveu-se na rede e levou logo ao maioral orixalá. Dizendo-lhe estas palavras: Aqui está a morte que eu lhe prometi trazer em pessoa à vossa presença. Orixalá, então lhe disse essas palavras: -vai-te embora com a morte e tudo de melhor e de pior que possa haver no mundo, pois tu és o causador de tudo o que há de bem e de mal. Some-te daqui e a leva embora e, então, poderás possuir tudo e conquistar o universo inteiro. Um outro Odú também que lhe trará boa sorte é o Odú EGIOKO (2); Fala na segunda casa do Oráculo de Ifá. É representado por dois búzios abertos e quatorze búzios fechados. Neste Odu respondem Obatalá, Ibeji e Ogun, podendo esporadicamente responder Oxumaré. O Orixá Ogun costuma frequentemente seguir os caminhos deste Odu. História da Fecundação: Olodumare (Deus) se achava em dificuldades na manutenção do equilíbrio entre o ÓRUN e o AIYÊ, em razão da sucessão de mentiras e falsidades que acabaram entrando em choque com a honestidade e firmeza de caráter de outros seres, tendo em consequência uma série de desavenças, guerras e até mesmo pequenos conflitos que passaram a ameaçar não só a paz e a harmonia dos dois mundos, mas também a própria existência do mundo material. Resolveu então Olodumare consultar seu irmão e grande amigo, Babá Orunmilá Ifá, que o aconselhou a arriar uma oferenda na beira de um rio de água limpa, sobre um pedaço de pano branco, onde deveria colocar um acaçá vermelho para o Odu Oxê e um acaçá branco para o Odu Egionilê, duas cabaças com água no meio e duas lanças de ferro. Assim fez Olodumare, e, no outro dia, ao retornar ao local da oferenda, encontrou um jovem garboso que dizia chamar-se Odu Egioko, tendo sido enviado por Olorum, o Deus da Criação, para destruir o mal que afligia a terra, destruindo os falsos e mentirosos. Este Odu foi gerado por Oxê e Egionilê, não trazendo consigo qualquer espécie de pecado. Personalidade: Os eleitos do Odu Egioko possuem geralmente personalidade forte, bem marcante, com objetivos e ideais firmes, sinceridade, franqueza, não aceitam falsidade, têm muito ciúme de suas coisas e um espírito de luta de grande intensidade. Geralmente são criaturas tensas, nervosas, sempre em busca de vitórias, sem se importarem com as lutas e sacrifícios que terão de enfrentar para suas conquistas. Os filhos deste Odu têm tendência à bebida e jogo. Quando homens são muito volúveis e mulherengos; quando mulheres, obstinadas, terríveis. Quando amigos são muito sinceros; quando inimigos, todo cuidado com eles é pouco, já que na sua ira, podem querer destruir seu opositor. Positivamente este Odu traz grandes triunfos com guerras. São pessoas alegres e felizes. Têm tendência à sorte, mas não chegam a ficar ricos. Não são ambiciosos. São geniosos, prepotentes e exigentes. Tentam impor a própria vontade, de modo que chegam a atrair inimigos. Provocam inveja. Este Odu fala em união, amizade, casamento, festas, surpresas, amigação, boas notícias, gravidez, brigas, demandas, indecisão, fim de sofrimento, tendência a grande triunfo, inimigos ocultos impedindo o progresso e a realização do intento desejado, guerras, cortes, confusão. Indica ainda casos e perigo de prisão. Quando a pessoa está sofrendo, a tendência é terminar.
ANA MARIA BRAGA( 01/04/1949), o Odú que a favorecerá no ano de 2010, é o Odú nº2. EJIOKO MEJI - a incerteza e a indecisão. Regente: Ogum com influências dos Ibejis e de Obatalá, Elemento: Ar, Pessoas com esse ODU são intuitivas, joviais, sinceras e honestas. Revelam grande combatividade, mas não sabem conviver com derrota. Apesar de volúveis no amor, são muito ciumentas. Devem controlar obstinação e ter cuidado com a vesícula e com o fígado, seus pontos vulneráveis. Dizem as histórias que havia diversos príncipes que disputavam o poder. Também havia outros fidalgos oriundos de diversas cidades. Entre estes, havia tela-okô, que era desprovido de todos os meios de subsistência. E lá um dia, enquanto roçava, bem no lugar onde havia colocado o ebó que ele tinha feito conforme a maneira decretada, tela-okô bateu com a enxada num forno enorme, que se abriu, causando-lhe grande espanto. Chamou os companheiros que estavam mais afastados, dizendo que tinha afundado no buraco da riqueza. Mas, em seguida, tendo ele reconhecido ser deveras um verdadeiro tesouro da fortuna o que encontrara, mudou repentinamente, dizendo que o que tinha encontrado era apenas um buraco cheio de orobôs, e que estes eram tão alvos que pareciam tratar-se de moedas. Claro que através deste caminho de odú, entende-se que jamais devemos revelar de onde provem nossas riquezas e não o tanto o que temos, afim de evitar invejosos, perseguidores e ladrões. Há outro Odú que devemos prestar atenção a ela, ODU OWARIN (11), Fala na décima primeira casa do Oráculo de Ifá. É representado por onze búzios abertos e cinco búzios fechados. É o Odu principal de Oyá, mas Exu também responde. Fecundação: Olodumare precisava de um empregado. Depois de tanto procurar e não encontrar, resolveu gerá-lo para dispor de seus serviços. Numa encruzilhada aberta, colocou pedaços de pano preto, vermelho e branco, e sobre os panos, onze cabacinhas abertas, cheias de mel, uma corrente de ferro com onze elos, uma garrafa de aguardente e onze búzios abertos. No dia seguinte surgiu o Odu Owarin, que pariu Exu Òla (RIQUEZA), rei dos Exus, que passou a servir Olodumare em seus desejos. Personalidade:Têm tendência a se envolver com pessoas volúveis, principalmente os homens, são sujeitos a doenças, perseguição, falação, injustiças, problemas com egun. Traz sucesso no comércio, traz grandes paixões. A felicidade parece sempre oculta e difícil. São pessoas extremamente melindrosas. São no geral muito boas ou muito ruins. São influentes. Lutam com dificuldade para a realização de qualquer projeto. Gostam de luta. As mulheres comumente separam-se no primeiro casamento, podendo casar outras vezes. Este Odu fala de calúnias, inclusive emprego, doença passageira, carrego de egun nos caminhos. Só vencem os obstáculos da vida com muita razão, após sofrerem agruras e grandes sacrifícios. Representa surpresa, forte imaginação, dúvidas constantes - o que atrapalha o êxito das conquistas, ingratidões, vinganças, perturbações para pessoa, muita dificuldade na realização dos desejos. Quando reponde significa que a pessoa tem que fazer ebó, pois poderá ter algumas dificuldade. Se tiver que viajar ou fazer cirurgia e este Odu responder, é aconselhável não fazer. Quando cultuado e tratado, acaba trazendo para seus filhos satisfação e êxito no atendimento de seus desejos, podendo descortinar o ocultismo da felicidade para seus nativos.
XUXA (NASCIDA MARIA DA GRAÇA MENEGHEL, Santa Rosa, 27 de março de 1963), O ODÚ QUE REGERÁ O ANO DE 2010 É ODÚ Nº7. ODI MEJI - o rancor e a violência. Regente: Obaluaê com influências de Exu, Oxalufam e Oxumarê. Elemento: Terra. Pessoas com esse ODU são ambiciosas e costumam ser bem sucedidas na sua profissão, mas a indecisão as leva a não concluir muitos dos seus projetos. Quando a fé as impulsiona, porém, ultrapassam todas as barreiras. Sonham com o poder e adoram se divertir, às vezes, provocam enormes confusões. Não têm sorte no amor. Seus pontos vulneráveis são os rins, a coluna e as pernas. Conta-se a história de um homem que era escravo e um dia se viu abraçado em um eminente perigo. Este homem foi amarrado por dele terem dito que cometera um crime. Segundo as leis daquela terra, botaram o homem num caixão grande todo pregado e deitaram a caixa rio abaixo. Por uma dessas coincidências que sempre acontecem no destino* das criaturas, a correnteza lançou o caixão na praia duma cidade cujo o rei estava morto e enterrado, e onde os súditos ainda estavam guardando luto. Acontece que ali haviam muitos príncipes com direito a sucessão imediata, mas sobre todos pesava alguma grave acusação, de forma que não se sabia como haviam de decidir o complicadíssimo problema da sucessão do rei morto, como nunca jamais acontecera na história do dito povo. Depois de muito cogitar do assunto, foi decidido que marcassem um prazo para surgisse uma pessoa estranha àquela nação que assumiria o governo e seria o rei daquela terra daí em diante.
Dito e feito, esse homem, que tinha antes do cativeiro feito uma oferenda que o babalaô determinara, veio ele se esbarrar, dentro do caixão, na praia de ibim, onde o acolheram e imediatamente o elegeram rei daquele povo. Assim ficou ele sendo o venturoso rei de uma nação . Onde só o destino (odú) poderia dar tamanha sorte. Um outro Odú que chama-se IOROSSUM (4). Fala na quarta casa do Oráculo de Ifá. É representado por quatro búzios abertos e doze búzios fechados. Este Odu traz o principal caminho do Orixá Odé (O CAÇADOR), entretanto Xangô, Iemanjá e Oyá também falam nesta caída. Representa ainda um forte caminho de egungun (ANTEPASSADOS) na vida do consulente, que acaba tendo uma relação amistosa com os mesmos. Fecundação: Obatalá chamou por mais uma vez Iselé e mandou que raspasse uma madeira de cor vermelha para extrair um pó de nome ossum. Determinou que cravasse em um brejo quatro lanças de madeira, com uma cabaça amarrada na ponta de cada lança, e colocasse no interior de cada uma das cabaças um pouco daquele pó, pedaços de pano vermelho e quatro argolas de cobre. Deste fato surgiu o Odu Iorossum, nascido sem pecado. Personalidade: São gratos, gostam de ajudar as pessoas, são um pouco espalhafatosos, tendo forte atração pelos mistérios do ocultismo e do misticismo, sendo um pouco indecisos. Independente de seus Orixás, recebem grande proteção de Xangô e Oxalá, que sempre os socorrem em suas aflições, com muita rapidez na forma de ajudar. Entre suas fortes características, indica para o consulente problemas com calúnias sofridas ou forte risco de sofrê-las, difamação envolvendo inclusive a própria moral, traição, perigos de cair em ciladas e ardis de inimigos que sempre são muitos, pois este Odu sofrem sempre perseguições, em certas ocasiões até mesmo de inimigos ocultos e gratuitos. Quando aparece, fala que a pessoa vive cercada de falsos amigos, passa por perigos. .
ODÚ (DESTINO) DE CATIA CILENE DE MIRANDA E FONSECA (São Paulo, 1 de fevereiro de 1969), mais conhecida como CATIA FONSECA, para o ano de 2010, é o Odú nº4. IROSSUN MEJI – a tranquilidade. Regente: Oxossi com influência de Xangô, Iemanjá, Iansã e Egum. Elemento: Terra. Pessoas com esse ODU são generosas, sinceras, sensíveis, intuitivas e místicas. Têm grande habilidade manual e podem alcançar sucesso na área de vendas. Entre os aspectos negativos estão a tendência a sofrer traições amorosas e a propensão a acidentes. Muitas vezes são vítimas de calúnias e da perseguição dos seus inimigos. Também precisam cuidar da alimentação, pois seu ponto vulnerável é o estomago.Em um certo tempo um homem que se achava em situação tão precária e em tal aperto, que não via de lado algum qualquer milagre que pudesse salvá-lo.
Ele resolveu ir até a casa de um oluô fazer o ebó (oferenda) indicado.Feito tudo...lá se foi ele para um lugar reservado, acendeu o fogo, em seguida colocou as pimentas maduras no lume e pôs-se a receber fumaça nos olhos.Em um dado momento, ia passando um príncipe reinante e herdeiro do trono. Observando aquela cena de sofrimento espontâneo, admirou-se do tal sujeito,que, no dizer dele, estava procurando o meio mais curto possível para pôr termo à existência. O príncipe, condoído com aquilo, o fez chegar aos seus pés e indagou dele o que havia ou o que queria dizer aquilo. Sem demora, o homem historiou a razão daquele ato de castigar a si próprio. Tratava-se de compromissos inadiáveis, que ele não podia cumprir. Disse o príncipe que, tendo pena dele, não consentiria tal cena. Também sem hesitação, o príncipe mandou-lhe uma verdadeira fortuna, com o qual o homem poderia viver toda a sua vida, sem o menor vexame. Um outro Odú que a favorecerá é o Odú Etaogundá (3). Fala na terceira casa do Oráculo de Ifá. É representado por três búzios abertos e treze búzios fechados. É o principal caminho de resposta do Orixá Ogun. Neste Odu responde o Orixá Obaluayê, podendo Xangô responder esporadicamente nesta caída. Quando Xangô falar neste Odu como Orixá principal da cabeça do consulente, indica sérios problemas de ordem material e espiritual para seus filhos, pois este Orixá quando fala nos caminhos deste Odu, costuma trazer aborrecimentos, dificuldade de progresso e até mesmo verdadeiras batalhas, relacionadas ao campo profissional, sentimental, familiar e também com relação às suas próprias obrigações de ordem espiritual. O Odu Etaogundá representa principalmente o Orixá Ogun com sua espada da lei, o grande Senhor das Batalhas, o Rei da Cidade de Irê (Onirê), na Nigéria. Indica que o consulente não só é eleito do Orixá Ogun, bem como está sob as vistas e proteção deste poderoso Orixá. Também indica que o consulente lida com grandes dificuldades para a realização de um projeto e enfrentará sérias consequências e prejuízos se não agir com o devido equilíbrio emocional. História da Fecundação: Este Odu foi fecundado na areia da praia, com um pano branco, três chaves de ferro, três acaçás brancos, três acaçás vermelhos, três pedras de minério de ferro, três peixes corvina, três cavalos marinhos, três cocos secos e três cabaças. O seu surgimento simboliza a abertura dos caminhos e exerce nos seres humanos grande influência nos rins, pernas e braços. Personalidade: Neste Odu as pessoas deverão sempre adotar um procedimento em conformidade com a retidão da justiça, pois, caso contrário, acabarão recebendo o peso do prejuízo em todos os campos, produzidos pelos atos repentinos, impulsivos e as vezes até agressivos, que são características quase que constantes dos filhos deste Odu, principalmente quando o Orixá Ogun for responsável pelo ori (CABEÇA) da pessoa. Têm tendências a traições, não podendo confiar nos amigos e em certas ocasiões, nem mesmo em parentes, principalmente quando se tratar de divisão de herança ou sociedade nas quais, geralmente são roubados. São pessoas que só conseguem lucros através de seus próprios esforços, pois ajuda exterior raramente acontece. Poderão vencer os maiores obstáculos de seus caminhos agindo com razão, calma e inteligência – únicas formas de obterem benefícios. Etaogundá fala também de invejosos, dúvidas na realização de projetos de vida, perseguição de homem mau, falta de sorte no amor, trabalhos feitos em cemitério, pessoa que vive perturbada, embora acabe vencendo as dificuldades. Outrossim, poderá indicar também golpe rude, paixão profunda, amor impossível, sonhos que nunca se realizarão. Pode indicar ainda a necessidade da realização urgente de um obori. Este Odu traz para seus filhos muitos problemas de doenças, problemas relacionados à circulação sanguínea nas pernas, região onde exerce grande domínio, trazendo em certas ocasiões dores musculares ou reumáticas. Indica guerra em onde se relaciona, mas sempre com vitória. É o Odu da perseverança. .É o Odu da sabedoria, da competição.
ODÚ (DESTINO) DE HEBE CAMARGO (08 de março de 1929) para o ano de 2010 o Odú que a favorecerá é o ODU OFUN pertence a Oxalufã com influências de Xangô e Oxum. Elemento: Ar; As pessoas com este Odú são inteligentes, fiéis e honestas, capazes de dedicar atenção total ao seu amor. Têm amigos sinceros e elevada espiritualidade. Em contrapartida, mostram-se muito teimosas e tendem a sofrer perseguições e desilusões amorosas. Os seus pontos vulneráveis são o estômago e a pressão arterial. Sempre permite a entrada da luz, da resolução dos problemas, da bondade e de toda a realização que esteja em comum acordo com estes propósitos. Não adianta querer enganar ou “montar” um outro caminho. Sugere ao consulente permanecer onde está. Sensibilidade na região do rosto, garganta, nariz e olhos. Relacionamentos pessoais e profissionais tranquilos e sem interferências. Odu da teimosia, porém, munida de sorte. Seja paciente, pois este é um tempo de espera. É como se estivesse dando um passo para frente e dois para trás. A sociedade e companheirismo fazem parte de suas ideias. Use tato e diplomacia, coopere com as pessoas, seja sensível com os sentimentos alheios e não leve tudo para o lado pessoal. Estude um assunto que desperte o seu interesse. Não tome decisões apressadas e preste atenção aos detalhes e minúcias; examine os fatos e considere tudo cuidadosamente.
ODÚ (DESTINO) DE WILLIAM BONEMER JÚNIOR, CONHECIDO COMO WILLIAM BONNER, (RIBEIRÃO PRETO, 16 DE NOVEMBRO DE 1963)para o ano de 2010:ODU: OGBEOGUNDÁ MEJI; Regente: Obá com influências de Ewá; Elemento: Água; As pessoas com este Odú são valorosas, combativas e imparciais, mas costumam sofrer desilusões amorosas, o que acentua a sua a agressividade e o seu sentimento de rejeição. Têm saúde frágil: estão sujeitas a problemas nos olhos, ouvidos e pernas e a distúrbios do sistema neurovegetativo. As pessoas com este Odú são dedicadas e honestas e levam uma vida quase sem sofrimentos. Mas estão sujeitas a acidentes graves. Amam com intensidade e têm amizades sinceras. Quando são repudiadas ou sofrem uma traição, podem-se tornar vingativas. Devem evitar o consumo de álcool e de carne vermelha e vestir-se de branco nas sextas-feiras. O seu ponto vulnerável é o sistema nervoso central.
ODÚ (DESTINO) DE Fátima Gomes Bernardes Bonemer 17 de setembro de 1962 para o ano de 2010:8. EJONILÊ MEJI;Regente: Oxaguiã com influências de Xangô, Oxum e Oxóssi; Elemento: Ar;As pessoas com este Odú são dedicadas e honestas e levam uma vida quase sem sofrimentos. Mas estão sujeitas a acidentes graves. Amam com intensidade e têm amizades sinceras. Quando são repudiadas ou sofrem uma traição, podem-se tornar vingativas. Devem evitar o consumo de álcool e de carne vermelha e vestir-se de branco nas sextas-feiras. O seu ponto vulnerável é o sistema nervoso central. As pessoas com este Odú têm mão de magia, força e proteção espirituais, religiosidade e uma inclinação especial para o misticismo e as ciências ocultas. São ótimos professores e destacam-se em qualquer atividade que exija liderança, mas precisam aprender a controlar a sua vaidade e seu egocentrismo. Outro aspecto negativo é a tendência de se vingarem quando estão com raiva. Seus pontos vulneráveis são o aparelho digestivo e o sistema hormonal.
ÒRÌXÀS DE 2010 IYEU IYEU OXUN, BÀBÁ OXOGUIÃ, OGUN, ODÉ (=CAÇADOR / OXOSSI), OBÁLÙÁYÌÊ. O ANO INICIA-SE EM UMA SEXTA-FEIRA CUJO ÒRÌXÀ DO ANO 2010 IYEU IYEU OXUN, BÀBÁ OXOGUIÃ (BÀBÁ AKINJOLÉ, ou BÀBÁ AJAGUNAN *Nomes desta qualidade de Òxàlà).
PORQUE CONSULTAR?
É por meio de Orunmilá-Ifá que as pessoas podem saber como agradar a seus Orixás, ODÚ (DESTINO). Ele é o conhecedor do destino de tudo o que ODÚ (DESTINO) há de vivente na Terra – passado, presente e futuro, pois Orunmilá estava presente no momento da criação do mundo; quando é consultado, é capaz de saber qual o destino e o caminho de cada ser humano.
Os yorubás consultam Orunmilá-Ifá antes de tomar qualquer decisão; um casamento, um noivado, ou o momento de escolher o nome de um filho.
Por meio do Jogo de Ifá, podemos traçar nossos destinos pelo melhor caminho, pois Orunmilá é o mais atuante e mais próximo de Olorun. A ele é dado o poder de conhecer nosso destino.
Entre em contato com o PROFESSOR RODOLFO REIS, TELEFONE: (13) 30216100 com Rafael para uma consulta.
Atendimento particular, somente com hora marcada.

O DESTINO PARA 2010 ATRAVÉ DE BÀBÁ IFÁ-ORUNMÍLÁ:
01/01/2010 - OXÊ MEJI ODU REGIDO POR ÒXÚN. SENSÍVEL E SEMPRE ATENTO, O BRASL ESTARÁ SEMPRE DISPOSTO A PROPORCIONAR ALEGRIA AOS OUTROS PAISES. MAS HÁ MOMENTOS NOS QUAIS O BRASL PRECISA DE ISOLAMENTO PARA PODER REFLETIR, POIS PREZA MUITO SUA LIBERDADE E, SOBRETUDO, SEU CRESCIMENTO. OUTROS PAISES TORNARAM-SE IMPLICANDO A FALSIDADE, PROMESSA COM OUTRAS POTÊNCIAS INFLUENTES MAS DARÃO DESFECHOS INFELIZES, AMBIÇIONANDO O QUE TEMOS, NOS TRAZENDO CASO NÃO CUIDARMOS DIREITO OS FRACASSOS EM VÁRIOS SETORES E A ILUSÃO DE VIVER SITUAÇÕES FANTASIOSAS.
SENTENÇA: É SANGUE O QUE CORRE EM NOSSAS VEIAS.

NO BARALHO CIGANO O ANO SERÁ GOVERNADO PELAS LÂMINAS:
3 – O Navio / O Mar
Representa mudanças para melhor.
Significa boa saúde e viagem.
Esta carta é revolucionária, mostra mudança positiva a curto prazo.
Possibilidade de aumento de salário ou promoções.
Carta Positiva
5 - A Árvore
Representa a família, aproximação de alguém que se encontra distante, notícias de entes queridos que se encontram afastados.
Significa também compartilhar momentos agradáveis junto dos familiares, bem como da pessoa amada.
Na parte amorosa indica boas intenções. Carta Positiva
NO TARÔT O ANO SERÁ GOVERNADO PELA LÂMINA (ARCANOS MAIORES):
III. A IMPERATRIZ O ARCANO DA MAGIA SAGRADA, DA FORÇA MEDIADORA, DA MÃE:
Tarô de Marselha-Camoin:
Uma mulher coroada, sentada num trono, mantém contra si, com sua mão direita, um escudo ornado com uma águia amarela, enquanto que com a esquerda sustenta um cetro que termina por um globo encimado pela cruz.
Está representada de frente, com os joelhos separados e com os pés ocultos nas dobras da túnica. A cintura da Imperatriz está marcada por um cinto, que se une a uma gola dourada. A coroa leva florões amarelos e permite que os cabelos da figura se derramem sobre os ombros.
O trono está bem visível e seu espaldar sobressai à altura da cabeça da Imperatriz. No ângulo inferior esquerdo da estampa cresce uma planta. A águia desenhada no escudo olha para a direita.
Significados simbólicos:
O verbo, o ternário, a plenitude, a natureza, a fecundidade, a geração nos três mundos.
Sabedoria. Discernimento. Idealismo. Influência solar intelectual. É o arcano da Magia Sagrada, instrumento do poder divino.
Interpretações usuais na cartomancia:
Gravidez, criatividade, sucesso. Compreensão, inteligência, instrução, encanto, amabilidade. Elegância, distinção, cortesia. Domínio do espírito, abundância, riqueza.
Mental: Penetração na matéria por meio do conhecimento das coisas práticas. Os problemas vêem à tona e podem ser reconhecidos.
Emocional: Capacidade para penetrar na alma dos seres. Pensamento fecundo e criador.
Físico: Esperança, equilíbrio. Soluciona os problemas. Renova e melhora as situações. Poder continuo e irresistível nas ações.
Sentido negativo: Desavenças, discussões em todos os planos. As coisas se embaralham e ficam confusas. Atraso na realização de um acontecimento que, no entanto, ocorrerá.
Afetação, pose, coqueteria. Vaidade, presunção, desdém. Futilidade, luxo, prodigalidade. Deixa-se levar pelas adulações, falta de refinamento, modos de novo-rico.
Tarô de Marselha-Kris:
História e iconografia
A Imperatriz, adornada dos símbolos atribuídos à feminilidade triunfante, pode ser relacionada a um repertório interminável: a Madona cristã, a esposa do rei ou mãe do herói; a deusa primordial de todos os ritos matriarcais, as quatro damas do baralho.
Tarô de Oswald Wirth:
Sobre a figura da Imperatriz parece ser mais importante considerar a sua localização no Tarô (como a terceira da série) e à sua relação com outras figuras do que o seu simbolismo individual, já que o caráter difuso da carta torna sua amplitude inesgotável. Assim, será interessante recapitular tudo que foi escrito sobre o simbolismo do três e a ordem do ternário, bem como às variadas significações atribuídas às damas dos Arcanos Menores.
Na versão de Wirth, a Imperatriz aparece aureolada por doze estrelas, das quais somente nove são visíveis: é evidente o duplo sentido alegórico desta representação, que se refere simultaneamente aos signos do Zodíaco e ao período da gestação. Como o 9 é também representação da inteligência, no momento da sua maturidade, é possível associar os atributos centrais do Arcano III: feminilidade-experiência-sabedoria.
Relacionada em todas as cosmogonias ao simbolismo lunar e à face oculta do conhecimento (Sacerdotisa), a mulher admite também um período solar (Imperatriz), do qual há correspondências nas organizações culturais mais remotas da humanidade.
Do ponto de vista matriarcal, a Imperatriz não é ainda a Eva protagonista do pecado e da queda, mas a que aparece em certas tradições talmúdicas: a fundadora, que reencontra Adão depois de trezentos anos de separação; a que aniquila Lilit – a rival estéril e luxuriosa – para organizar junto ao primeiro pai a família dos homens.
Alguns comentaristas do Islã vê-em nesta Eva triunfante do adultério a representação da passagem das sociedades anárquicas ao princípio de ordem dos tempos históricos. Seu túmulo mítico se localiza em Djeda ou Djidda, às margens do mar Vermelho e próximo da montanha sagrada de Arafat, onde o teria ocorrido seu reencontro com Adão, para formar o casal primordial.
A Imperatriz, finalmente, é símbolo da palavra e representa o envoltório material do corpo, seus órgãos e suas funções. Ouspensky a imagina repousando sobre um trono de luz, bela e fecunda, em meio à interminável primavera.

V. O Papa (O Pontífice ou o Hierofante) O Arcano da Transcendência, da Iluminação, da Pobreza
Tarô de Marselha:
Um grupo de três personagens em que um deles é visto de frente, sentado, com a mão direita levantada no sinal da benção, tendo em sua mão esquerda o eixo de uma cruz de seis braços; sua cabeça está coroada por uma tiara. Os outros dois personagens que se encontram em primeiro plano, de costas para quem contempla a imagem, têm os rostos voltados para o primeiro personagem.
Este, protagonista da figura, tem veste azul, capa vermelha ornada de amarelo. Sua mão esquerda está fechada e coberta por uma luva que tem impressa uma cruz dos templários. A barba e o cabelo do Pontífice são brancos.
Percebe-se apenas vagamente a cadeira em que o personagem central está sentado, com duas colunas ao fundo.
Os dois personagens que estão de costas mostram a tonsura. O da esquerda aponta sua mão direita para o solo, com os dedos separados. O homem da direita aponta para o alto com sua mão esquerda, com os dedos juntos.
Significados simbólicos:
É o arcano do ato da bênção, da iniciação, da demonstração, do ensino. Lei, simbolismo, filosofia, religião.
Dever. Moral. Consciência. O Santo.
Interpretações usuais na cartomancia Autoridade moral, sacerdócio. Proteção, lealdade. Observância das convenções, respeitabilidade. Ensino, conselhos equilibrados. Benevolência, generosidade indulgente,
perdão. Mansidão.
Busca de sentido, revelação, hora da verdade, confiança, indicações do caminho da salvação.
Mental: O Pontífice representa a forma ativa da inteligência humana, que traz principalmente as soluções lógicas. Significa também os pensamentos inspirados por um nível mais alto de consciência.
Emocional: Sentimentos poderosos, afetos sólidos, solicitude, sem cair em sentimentalismos. O Pontífice indica os sentimentos normais, tal como devem ser manifestados na vida, de acordo com as circunstâncias.
Físico: Equilíbrio, segurança na situação e na saúde. Segredo revelado. Vocação religiosa ou cientifica.
Sentido negativo: Indica um ser desprovido de sua razão e seus instintos, na obscuridade, carente de apoio espiritual. Projeto retardado.
Chefe sentencioso, moralista estreito, rígido, prisioneiro das formalidades, metafísico dogmático, professor autoritário, teórico limitado, pregador da “boca pra fora”.
Conselheiro desprovido de sentido prático.
Problemas com saúde, indecisão, negligência.
História e iconografia:
O Arcano V é uma das figuras que permitiram precisar com maior exatidão a antiguidade do Tarô. Em primeiro lugar, é preciso destacar que o Pontífice do Tarô de Marselha é barbudo, enquanto seus precursores renascentistas e medievais não o são. Há estudos que estabelecem uma curiosa cronologia da moda papal neste aspecto. Torna-se assim evidente que o tarô clássico copia um modelo mais antigo que não chegou até nós, mas que assegura a continuidade evolutiva do Tarô desde os imagiers du moyen age até a atualidade.
Outro detalhe interessante é o da evolução da tiara papal na iconografia do Tarô. A tiara (com seu simbolismo sobre a existência dos três reinos ou mundos) não é um elemento litúrgico que permaneceu invariável ao longo da História. Boa parte dos estudiosos tende a concluir que as composições das tiaras representadas no Tarô clássico foram inspiradas em
Tarô de Oswald Wirth gravações bem anteriores ao final do século XV, possivelmente dos fins do primeiro milênio.
A luva papal ornada com a cruz-de-malta indica também a origem remota da imagem, já que desde os tempos de Inocêncio III (1197-1216) a cruz havia sido substituída por uma plaqueta circular.
Arcano da capacidade adivinhatória, da intuição filosófica, do conhecimento espontâneo, o Pontífice simboliza também (por seu número) o homem como intermediário entre a divindade e o plano das coisas criadas.
A soma destes simbolismos permite associá-lo ao mediador por excelência, o pacifista, o construtor de pontes, o que encontra a saída para situações aparentemente insolúveis, mediante um luminoso clarão intuitivo.
O Papa também é visto como representante da lei moral, não escrita, que domina a consciência e, no setenário que as pontas da sua cruz organizam, as virtudes necessárias para vencer os sete pecados capitais:
- orgulho (Sol), preguiça (Lua),
- inveja (Mercúrio), cólera (Marte), luxúria (Vênus), gula (Júpiter) e avareza (Saturno).
Wirth o imagina um ancião pleno de indulgência para com as debilidades humanas, pontificando ante duas categorias de fiéis: aqueles que compreendem (representados pelo personagem com a mão para o alto); e os que formam o rebanho cego e inconsciente que obedece por temor ao castigo, e não por autodeterminação (representados pelo personagem que aponta a mão para o chão). Estas combinações (alto e baixo, direita e esquerda) voltam a colocar a ordem do quaternário como modelo de organização. Considerado do ponto de vista do quaternário formado pelos arcanos anteriores, o Pontífice representaria o conteúdo da forma, a quintessência concebível (se bem que imperceptível), o domínio da quarta dimensão.
NO TARÔT O ANO SERÁ GOVERNADO PELA LÂMINA (ARCANOS MENORES):
3 de Espadas:
Significados gerais :
O trabalho da consciência ativa determinando ações precisas.
Mental: Decisão, afastamento da hesitações.
Anímico: Desprendimento, nitidez nos sentimentos, clara perspectiva das coisas.
Físico: Apoio, aporte de energia. Evolução clara e direta nos negócios. Saúde muito boa.
(–): Em caso de doença, pode indicar obstáculos, demora na cura.
Interpretações usuais na Cartomancia
Remoção, ausência, demora, divisão, rompimento, dispersão.
(-): Alienação mental, erro, perda, distração, desordem, confusão.
Afastamento, partida, ausência, incidente, atraso, horror, desprezo, aversão, antipatia. Luta, controvérsia, desgosto, situações embaraçosas.
5 de Espadas:
Significados gerais
Decisão tomada pelo homem para acabar com as dificuldades trazidas por sua estagnação no mundo material.
Mental: Pensamento instintivo, claro. Decisão. Percepção compreensiva dos acontecimentos.
Anímico: Tende a ver o lado intelectual dos problemas psicológicos. Por exemplo, casamento por conveniência e não por amor. Pede esforço sobre a passividade que leva a um sacrifício da parte psíquica.
Físico: Rumo ao sucesso. Orientação para um desfecho. Domínio sobre os acontecimentos.
(–): Teimosia, lentidão, obstáculo. Negócios difíceis de gerenciar. Interrupções muito sérias.
Interpretações usuais na Cartomancia:
Degradação, destruição, revogação, infâmia, desonra, perda. Enterro e funerais.
Roubo, perda, engano, falsidade, desperdício, destruição, detrimento, diminuição, infelicidade, desonra, infância, sedução. Idéias fixas, vinganças, perigo de ruína por uma idéia má.
3 de Copas:
Significados gerais:
Representa a sublimação de uma receptividade instintiva em riquezas dos sentimentos superiores.
Mental: Penetração espiritual para organizar assuntos materiais.
Anímico: Realização psíquica.
Físico: Aporte espiritual. Encarnação do espírito na matéria.
(–): Materialismo. Superficialidade. Apego excessivo à matéria.
Interpretações usuais na Cartomancia:
A conclusão de algo com plenitude, perfeição e deleite; desfecho feliz, vitória, consecução, alívio, saúde. Expedição, despacho, consumação, fim. Também significa o lado do excesso no gozo físico e os prazeres dos sentidos.
Êxito, ciência, vitória, cura, alívio, realização, expedição, despacho, conclusão, descoberta, achado. Novas afeições, ternura, poesia, realização de esperanças, amor delicado por uma moça de grandes qualidades.
5 de Copas:
Significados gerais
Representa, por parte do homem, a organização das percepções e da sensibilidade absorvidas nos níveis mais profundos, para dar impulso aos sentimentos materiais e atingir o plano espiritual.
Mental: Clareza de concepção. Domínio sobre os elementos presentes.
Anímico: Impulso místico, ternura maternal, sacrifício por amor, impregnação pelo amor universal.
Físico: Nos negócios traz segurança para orientar os acontecimentos ou para dirigir os assuntos com sutileza. Na saúde indica vitalidade delicada, saúde frágil sustentada por uma grande força de espírito e pelo equilíbrio nervoso.
(–): Interrupção na evolução, efeitos graves, tristeza, desânimo, angústia, desespero.
Interpretações usuais na Cartomancia
É considerada uma carta de perda, mas algo permanece; é uma carta de herança, patrimônio, transmissão, mas que não corresponde às expectativas. Também é vista como uma carta de matrimônio, mas não sem amargura ou frustração. Notícias, alianças, afinidade, consangüinidade, ancestralidade, regresso, falsos projetos.
Legados, heranças, donativos, patrimônio, testamento. Em assuntos de amor, este Arcano denota contrariedades e questões. Para um homem: perigos por uma mulher. Para uma mulher solteira: perigo de sedução.
3 de Paus:
Significados gerais :
Indica o emprego da energia necessária para tomar consciência de suas próprias resistências a fim de as disciplinar, coordenar, para que sirvam de apoio aos trabalhos futuros.
Mental: Discernimento; desvendamento de segredos ou de assuntos incompreensíveis. Intuição das coisas ocultas.
Anímico: Demasiado ativo para ser sensível; a pessoa se afasta do lado afetivo, evita as sutilezas.
Físico: Negócios ativos, direção exercida com autoridade. Saúde boa, nervosa, ativa.
(–): Atividade sem descanso.
Interpretações usuais na Cartomancia :
Simboliza a força estabelecida, o empreendimento, o esforço, as transações, o comércio, o transporte de mercadorias. Também significa cooperação eficaz em negócios, como se o bem-sucedido príncipe olhasse para o nosso lado com a finalidade de nos ajudar. Fim de perturbações, suspensão ou cessação de adversidade, fadigas e decepções.
Significa empreendimento, começo, descoberta, esforço, achado. Denota começo de êxito nos empreendimentos, inovações felizes, espírito de invenção.
5 de Paus:
Significados gerais:
Afirmação do livre arbítrio do ser humano para não se estagnar nas energias opressoras do mundo material e elevar-se a planos vibratórios mais sutis.
Mental: Espírito de decisão, podendo voltar-se para a dominação, para o autoritarismo.
Anímico: Sentimento dominador, protetor; vontade individualista.
Físico: Sucesso que repousa em bases sólidas. Negócios de grande alcance; transportes, importação e exportação. Boa saúde, com excesso de energia vital.
Interpretações usuais na Cartomancia:
Imitação, como, por exemplo, um combate simulado, mas também competição encarniçada e luta na busca de riquezas e fortuna. Nesse sentido, relaciona-se com a batalha da vida.
(-) Litígio, disputas, impostura, contradição.
Significa ouro, riqueza, opulência, luxo, abundância. Pressagia a ajuda de circunstâncias favoráveis ao êxito dos empreendimentos, se o consulente não exceder o fim a que se propõe. Deve evitar a cólera, o orgulho e as paixões brutais
3 de Ouros:
Significados gerais :
Indica uma expansão mental através de um trabalho construtivo e regenerador.
Mental: Relação com grandes intuições, com revelações do conhecimento. É a inteligência que acompanha o amor em seu sentido mais elevado.
Anímico: Aporte de confiança, proselitismo, misticismo ativo, ação animada e envolvida.
Físico: Confiança em si para os empreendimentos, intuição do que é necessário fazer. Saúde normal, sem excesso de vitalidade. Eventuais instabilidades e alterações nervosas.
(–): Abatimento, adiamentos.
Interpretações usuais na Cartomancia:
Profissão, trabalho especializado. Também é considerada uma carta de nobreza, aristocracia, renome, glória.
(-) Mediocridade, no trabalho e em outras atividades ou expressões, imaturidade, mesquinhez, fraqueza.
Representa nascimento, grandeza de alma, nobreza, celebridade, renome. Indica fortuna por empreeendimentos habilmente dirigidos, pelo trabalho e pela genialidade.
5 de Ouros:
Significados gerais
Significa o homem quanto às solicitações de sua consciência ativa em todos os domínios, utilizando sua capacidade construtiva com uma atividade harmoniosa e equilibrada.
Mental: Ganhos em movimento. Projetos que tomam corpo.
Anímico: Afinidades que podem levar às parcerias e casamento. Afeições fortalecidas.
Físico: Lucro assegurado, aumento de clientela. Segurança quanto à saúde.
(–): Diminuição do impulso, mas sem impedir a realização dos propósitos.
Interpretações usuais na Cartomancia :
A carta prediz acima de tudo contratempos materiais. Para alguns cartomantes, é uma carta de amor e amantes – esposa, marido, amigo, amantes; também concordância, afinidade.
(-) Desordem, caos, ruína, discórdia, devassidão.
Significa pensamentos, inspiração, ideia. Dissipação, prodigalidade, ideias variáveis.
Significados simbólico-divinatórios
Três:
Trindade. Ordem do ternário. Resolução harmoniosa do conflito da queda. Incorporação do espírito ao binário. No âmbito do casal representa o filho.
Síntese espiritual. Fórmula de cada um dos mundos criados. Refere-se ao número de princípios e expressa o suficiente, o desenvolvimento da unidade em seu próprio interior. Número da ideia do Céu.
Síntese biológica (o indivíduo com seu pai e sua mãe; com sua mulher e seu filho; com seu pai e seu filho).
Representa a totalidade harmoniosa do homem, de acordo com a
teoria esotérica da composição trinitária (espírito –> alma ou psique –> corpo).
Cinco:
Número da virilidade e do amor. Harmonia do corpo (cabeça e extremidades; sexo; os dedos da mão com o polegar oposto).
Erotismo, saúde. Número da primavera.
A quintessência atuando sobre a matéria. Os quatro pontos cardeais e seu centro. União do Céu (três) e da Terra (dois). Princípio da simetria pentagonal, frequente na natureza orgânica. Secção áurea, proporção divina.
Os cinco sentidos, as formas sensíveis da matéria. Caracteriza a plenitude orgânica da vida, em oposição à rigidez da morte.
Pêntada, ou metade exata de Década pitagórica. Emblema do Microcosmo. Amor, como princípio da fecundidade e da geração.
CASA ZODIACA QUE REINARÁ EM 2010, SÃO:
CASA III - COMUNICAÇÃO. EXPRESSÃO. PRIMEIROS ESTUDOS, O COMO SE APRENDE. IRMÃOS E PARENTES. VIZINHANÇA. CONDUÇÃO PESSOAL. EXPERIÊNCIA DA TROCA.
O transito do Sol pela casa III, ativa a expressão e comunicação pessoal. Facilita cursos de aprimoramento, viagens e contatos. Ilumina relacionamentos com irmãos, parentes e vizinhos. É um momento ideal para desenvolver a expressão e comunicação pessoal, mexer com documentos, fazer pequenas viagens. É um bom momento para melhorar seu carro ou aparelhos de comunicação tipo telefone e computador.
O SOL EM TRÂNSITO PELA CASA III SUGERE:
Bom momento para cursos de aprimoramentos (um mês), estudos, leitura, ou escrever.
Momento especial para aprumara a expressão e comunicação pessoal.
Bom momento para dar palestras, cursos, entrevistas.
Período bom para pequenas viagens e passeios.
Bom momento para comprar um carro.
Oportunidade para tratar assuntos com irmãos, vizinhos, parentes. Bom momento para curtir o melhor lado do relacionamento com irmãos.
Procure conversar com os outros, ler e expressar-se, prestando atenção no que precisa aprender para seguir seu percurso com mais agilidade e flexibilidade de pensamento. Invista na sua informação, expressão e comunicação pessoal.
Casa V - Criatividade. Filhos. Experiência da produção. Poder pessoal. Diversão. Amantes. Magnetismo pessoal .
O Sol transitando por está casa está domiciliado, quer dizer, está totalmente a vontade e assim pode agir com esplendor e plenitude. A pessoa durante este trânsito deverá sentir-se energetizada, disposta e com muita energia para viver.
Neste período, o Sol em trânsito está iluminando os assuntos ligados à sua vontade de ser autêntico, criar, intensificar a sua alegria de viver, brincar e deixar que o seu lado criança; venha à tona. Quer prazer para o seu cotidiano e ir atrás de suas conquistas. Favorável para curtir o relacionamento com filhos ou crianças. Tempo também de curtir a vida, fazer esportes e se divertir.
O SOL EM TRÂNSITO PELA CASA V SUGERE:
É um bom período para passar com os filhos e crianças, para engravidar. Conheço muitas pessoas que engravidaram com este trânsito.
Bom momento também para esportes ou atividades artísticas e de recreação.
Pode acordar também a vontade de namorar e se divertir.
A pessoa poderá se sentir mais vital, tesuda, energetizada e magnética, com vontade de criar, realizar, fazer acontecer.
Neste período a pessoa poderá ganhar presentes, e ter sorte para jogos de azar e competições em geral.
Bom momento para praticar esportes, participar de festas e celebrações.
Bom momento para se mostrar em público, atuar, dançar, cantar, ser.
COMO SERÁ 2010?
O ANO DE 2010 SERÁ REGIDO POR VÊNUS QUE EM SEU GOVERNADO TRANSMITIRÁ AMOR E HARMONIA.VÉNUS E A DIVINDADE FEMININA, O SAGRADO FEMININO. VÊNUS REPRESENTA A SUA SENSIBILIDADE, O SENTIDO DE BELO E O AFETO COM QUE VOCÊ LIDA COM AS PESSOAS E SITUAÇÕES. A CASA DO MAPA ONDE ESTIVER VÊNUS É ONDE VOCÊ PRECISA AGIR COM DELICADEZA E SUAVIDADE. ASSIM, PODEREMOS ACESSAR NOSSA MELHOR PARTE, DESPERTANDO NOSSO LADO GENTIL, SENSÍVEL, BONITO E ATÉ ARTÍSTICO... PORQUE O AMOR É UMA ARTE!
QUANDO VOCÊ AFASTA-SE DELA, SURGE ENTÃO A FEIÚRA, A INSENSIBILIDADE, O MELINDRE. VÊNUS É O PLANETA REGENTE DE TOURO, NA MITOLOGIA ESTÁ ASSOCIADA A DEUSA DO AMOR, AFRODITE, NASCIDA DAS ESPUMAS DO MAR COM O SÊMEN DE OURANUS (O CÉU), AO SER CASTRADO POR SATURNO.
O AMOR É A ÚNICA PORTA DE ACESSO AO INFINITO QUE HABITA EM NÓS, PORTANTO, A BELEZA DEVERÁ SER SEMPRE O REFLEXO DE UMA BELEZA MAIOR. POR EXEMPLO, QUANDO OBSERVAMOS UM PÔR DO SOL, NOSSA ALMA É TOCADA PELA INFINITUDE QUE ESTA BELEZA ESPELHA EM NÓS. APRIMEIRA CASA ASTROLÓGICA TRAZ O SENTIMENTO BÁSICO DO "EU EXISTO" E O DESEJO DE ENTRAR NA VIDA COM O IMPULSO DE CONQUISTAR, COM AUTO-AFIRMAÇÃO E INICIATIVA. É AQUI QUE PODEMOS LER OS SÍMBOLOS RELACIONADOS À NATUREZA DA ALMA DE UMA PESSOA, REPRESENTADOS PELOS PLANETAS E PELO SIGNO QUE ESTÃO NESTA CASA.
TRATANDO DA SUA IDENTIDADE, A CASA 1 ESTÁ LIGADA AO "EU SOU " E AO SENTIMENTO INTERNO DA EXISTÊNCIA. ELA REPRESENTA A AVENTURA QUE TRAVAMOS EM BUSCA DE NÓS MESMOS E DA NOSSA PRÓPRIA VIDA, NO MOMENTO EM QUE PASSAMOS A NOS ENTENDER ENQUANTO SERES INDEPENDENTES.SE A SUA RELAÇÃO COM VOCÊ MESMO E A SUA AUTO-ESTIMA NÃO ESTIVEREM BEM, POR EXEMPLO, O PROBLEMA PODE SER IDENTIFICADO EM SEU MAPA ASTROLÓGICO DENTRO DESTE SETOR PRÁTICO, ATRAVÉS DA POSIÇÃO DE ALGUM PLANETA OU DE UM ASPECTO VINDO DE OUTROS SETORES DA CARTA CELESTE. O TRABALHO DA ASTROLOGIA É ORIENTAR EM RELAÇÃO ÀS FORMAS DE VOCÊ AUMENTAR OS POTENCIAIS DO SEU TEMPERAMENTO, QUE ESTÃO SIMBOLIZADOS NESTA CASA, E SUPERAR AS DIFICULDADES. COMO CADA PESSOA E ÚNICA, A RESPOSTA PARA ESTAS QUESTÕES NÃO PODE SER GENERALIZADA.PARA VOCÊ SABER QUAIS OS PLANOS EMOCIONAIS ENVOLVIDOS EM SEU TEMPERAMENTO, OLHE EM SEU MAPA ASTROLÓGICO, VEJA QUAIS PLANETAS ESTÃO DENTRO DA CASA 1 E LEIA SOBRE O QUE ELES SIMBOLIZAM. SE VOCÊ NÃO TEM NENHUM PLANETA NESTE SETOR PARA SABER O QUE ISTO SIGNIFICA. O SIGNO ASCENDENTE É O INÍCIO DA CASA 1. PARA SABER QUAL O SIGNIFICADO DO SEU

É um tema em foco no best seller de Dan Brown, "O Código da Vinci". Segundo este autor e outras leituras que fiz, muitoANTES DA INFLUÊNCIA DA IGREJA CATÓLICA SER DOMINANTE NA EUROPA E NO RESTO DO MUNDO, OS PAGÃOS (DO LATIM PAGANUS, QUE SIGNIFICA "HABITANTES DO CAMPO") TINHAM AS SUAS ANTIGAS RELIGIÕES, BASEADAS NO CULTO À NATUREZA. O PLANETA VÉNUS ERA JÁ CONHECIDO DESDE OS TEMPOS PRÉ-HISTÓRICOS, POR SER UM DOS DOIS ÚNICOS CORPOS CELESTES (O OUTRO A LUA) QUE PODIAM SER VISTOS TANTO DE DIA COMO DE NOITE. PODE SER OBSERVADO POUCAS HORAS ANTES DO AMANHECER OU POUCO DEPOIS DO ANOITECER. É POR ISSO QUE FICOU TAMBÉM CONHECIDO POR "ESTRELA DA MANHÃ" OU "ESTRELA D'ALVA" E "ESTRELA DA TARDE".
NOS ANTIGOS CULTOS PAGÃOS O PLANETA E VÉNUS, DEUSA DO AMOR E DA BELEZA FEMININOS, ERAM "UMA E A MESMA COISA". A DEUSA TINHA ASSIM O SEU LUGAR PRÓPRIO NO FIRMAMENTO. OS SEUS MOVIMENTOS NO CÉU ERAM CONHECIDOS PELA MAIORIA DAS ANTIGAS CIVILIZAÇÕES, ADQUIRINDO IMPORTÂNCIA EM QUASE TODAS AS INTERPRETAÇÕES ASTROLÓGICAS DO MOVIMENTO PLANETÁRIO. QUANDO SE APERCEBERAM QUE O PLANETA DESCREVIA, NA SUA ÓRBITA, UM PENTÁCULO PERFEITO, DE 8 EM 8 ANOS, OS ANTIGOS TERÃO ENTÃO ASSOCIADO A ESTRELA DE 5 PONTAS E VÉNUS À IDEIA DE PERFEIÇÃO, BELEZA E QUALIDADES CÍCLICAS DO AMOR SEXUAL. A CIVILIZAÇÃO MAIA ELABOROU MESMO UM CALENDÁRIO RELIGIOSO BASEADO NOS CICLOS DE VÉNUS, A QUEM CHAMAVAM CHAK EK (A GRANDE ESTRELA).


Orações à Nossa Senhora
• Oração à Nossa Senhora Aparecida - Padroeira do Brasil - (12 de outubro)
Ó incomparável Senhora da Conceição Aparecida. Mãe de meu Deus, Rainha dos Anjos, Advogada dos pecadores, Refúgio e Consolação dos aflitos e atribulados, ó Virgem Santíssima; cheia de poder e bondade, lançai sobre nós um olhar favorável, para que sejamos socorridos em todas as necessidades.
Lembrai-vos, clementíssima Mãe Aparecida, que não se consta que de todos os que têm a vós recorrido, invocado vosso santíssimo nome e implorado vossa singular proteção, fosse por vós algum abandonado.
Animado com esta confiança a vós recorro: tomo-vos de hoje para sempre por minha mãe, minha protetora, minha consolação e guia, minha esperança e minha luz na hora da morte.
Assim pois, Senhora, livrai-me de tudo o que possa ofender-vos e a vosso Filho meu Redentor e Senhor Jesus Cristo. Virgem bendita, preservai este vosso indigno servo, esta casa e seus habitantes, da peste, fome, guerra, raios, tempestades e outros perigos e males que nos possam flagelar. Soberana Senhora, dignai-vos dirigir-nos em todos os negócios espirituais e temporais; livrai-nos da tentação do demônio, para que, trilhando o caminho da virtude, pelos merecimentos da vossa puríssima Virgindade e do preciosíssimo Sangue de vosso Filho, vos possamos ver, amar e gozar na eterna glória, por todos os séculos dos séculos.
Amém.

• Oração à Nossa Senhora da Abadia
Senhora dos Navegantes, Filha dileta de Deus Pai, Mãe de Jesus, nosso Salvador. Esposa do Espírito Santo, eis-me aqui diante de vossa Imagem, para consagrar-me inteiramente a vós.
Trago-vos, Senhora, minha vida, meu trabalho, os sofrimentos e as alegrias, as lutas e as esperanças, tudo que tenho e sou, para oferecer a vosso Filho, ó Maria.
Peço vossa proteção para nunca abandonar a fé Católica sempre fiel a Jesus.
Dai-me força para viver de verdade o amor fraterno e assumir minha responsabilidade de cristão no mundo. Ó Senhora da Abadia, aceitai-me como filho e guardai-me sob o vosso manto protetor.
Amém.


• Oração à Nossa Senhora de Achiropita
Virgem Santíssima, Mãe de Deus e nossa Mãe Achiropita, volvei o vosso olhar piedoso para nós e para as nossas famílias. Através dos séculos, pelos milagres e pelas aparições, mostrastes ser Medianeira perene de graças. Tende compaixão das dificuldades em que nos encontramos e das tristezas que amarguram a nossa vida. Vós, coroada Rainha, à direita do Vosso Filho, cheia de glória imortal, podeis auxiliar-nos. Tudo o que está em nós e em volta de nós, receba as vossas bênçãos maternais. Ó Rainha Achiropita, prometemos dedicar-vos toda a nossa vida para a honra do vosso culto e a serviço de nossos irmãos. Solicitamos de vossa maternal bondade os auxílios em nossas necessidades e a graça de viver sob a vossa constante proteção, consolados em nossas aflições e livres das presentes angústias. Com confiança podemos repetir que, não recorre a vós inutilmente aquele que Vos invoca sob o título de "Achiropita". Amém.


• Oração à Nossa Senhora do Amparo
Ó dulcíssima Soberana do Amparo, bem sabemos que, miseráveis pecadores, não éramos dignos de vos possuir neste vale de lágrimas, mas sabemos também que a vossa grandeza não vos faz esquecer a nossa miséria e no meio de tanta glória, a vossa compaixão, longe de diminuir, aumenta cada vez mais para conosco.
Do alto do trono em que reinais sobre todos os Anjos e Santos, volvei para nós os vossos olhos misericordiosos! Vêde a quantas tempestades e mil perigos estaremos, sem cessar, expostos, até o fim da nossa vida. Pelos merecimentos da fé, da confiança e da santa perseverança na amizade de Deus, pedimos que possamos um dia ir beijar os vossos pés e unir as nossas vozes às dos Espíritos celestes, para vos louvar e cantar as vossas glórias eternamente no Céu.
Assim seja.
Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós.
Amém.

• Oração à Nossa Senhora da Anunciação
Todas as gerações vos proclamem bem-aventurada, ó Maria! Crestes na mensagem divina e em vós se cumpriram grandes coisas, como vos fora anunciado. Maria, eu vos louvo! Crestes na encarnação o Filho de Deus no vosso seio virginal e vos tornastes Mãe de Deus. Raiou, então, o dia mais feliz da história da humanidade e Jesus veio habitar entre nós. A fé é dom de Deus e fonte de todo bem, por isso, ó mãe, alcançai-nos a graça de uma fé viva, forte e atuante que nos santifica cada dia mais. Que possamos comunicar com a vossa vida a mensagem de Jesus que é o Caminho, a Verdade e a Vida da humanidade..
Amém.


• Oração à Maria, Aquela que desata os nós
Santa Maria, cheia da Presença de Deus, durante os dias de tua vida, aceitastes com toda a humildade a vontade do Pai, e o Maligno nunca foi capaz de envolver-lhe com suas confusões. Junto a Teu Filho intercedestes por nossas dificuldades e, com toda paciência, nos destes exemplo de como desenrolar as linhas de nossa vida. E ao se dar para sempre como nossa Mãe, pões em ordem e fazes mais claros os laços que nos unem ao Senhor.
Santa Maria, mãe de Deus e nossa Mãe, Tu que com coração materno desatas os nós que entorpecem nossa vida, te pedimos que recebas em tuas mãos o(a) (intenção) e que o(a) livres das amarras e confusões com que o(a) castiga aquele que é nosso inimigo. Por tua graça, por tua intercessão, com teu exemplo, livra-nos de todo mal, Senhora Nossa, e desata os nós que impedem de nos unirmos a Deus para que, livres de toda confusão e erros, O louvemos em todas as coisas, coloquemos NELE nossos corações e possamos servi-lo sempre através dos nossos irmãos.
• Oração à Nossa Senhora Assunção
Ó dulcíssima soberana, Rainha dos Anjos, bem sabemos que, miseráveis pecadores, não éramos dignos de vos possuir neste vale de lágrimas, mas sabemos também que a vossa grandeza não vos faz esquecer a nossa miséria e, no meio de tanta glória, a vossa compaixão, longe de diminuir, aumenta cada vez mais para conosco. Do alto desse trono em que reinas sobre todos os anjos e santos, volvei para nós os vossos olhos misericordiosos; vede a quantas tempestades e mil perigos estaremos, sem cessar, expostos até o fim de nossa vida! Pelos merecimentos de vossa bendita morte obtende-nos o aumento da fé, da confiança e da santa perseverança na amizade de Deus, para que possamos, um dia, ir beijar os vossos pés e unir as nossas vozes às dos espíritos celestes, para louvar e cantar as vossas glórias eternamente no céu.
Assim seja.

• Oração à Nossa Senhora Auxiliadora - (24 de maio)
Santíssima Virgem Maria, a quem Deus constituiu Auxiliadora dos Cristãos, nós Vos escolhemos como Senhora e Protetora desta casa. Dignai-vos mostrar aqui Vosso auxílio poderoso: do incêndio,da inundação, do raio, das tempestades, dos ladrões, dos malfeitores, da guerra e de todas as outras calamidades que conheceis. Abençoai, protegei, defendei, guardai como coisa vossa as pessoas que vivem nesta casa. Sobretudo concedei-lhes a graça mais importante: a de viverem sempre na amizade de Deus, evitando o pecado.
Dai-lhes a fé que tivestes na Palavra de Deus e o amor que nutristes para com o Vosso Filho Jesus e para com todos aqueles pelos quais Ele morreu na Cruz. Maria, Auxílio dos Cristãos, rogai por todos os que moram nesta casa que Vos foi consagrada.
Assim seja.



• Oração à Nossa Senhora do Bom Conselho - (26 de abril)
Ó virgem gloriosa, escolhida por decreto eterno para Mãe do Verbo eterno humanado, tesoureira das graças divinas e advogada dos pecadores! Eu, vosso indigno servo, recorro a vós para que me sejais guia e conselheira neste vale de lágrimas. Alcançai-me, pelo preciosíssimo sangue de vosso divino filho, o perdão de meus pecados, a salvação de minha alma e os meios necessários para obtê-la. Alcançai também para a santa Igreja a propagação do reino de Jesus Cristo em todo o mundo.
Amém.




• Oração à Nossa Senhora do Bom Parto - (18 de dezembro)
Ó Maria Santíssima, vós, por um privilégio especial de Deus, fostes isenta da mancha do pecado original, e devido a este privilégio não sofrestes os incômodos da maternidade, nem ao tempo da gravidez e nem no parto; mas compreendeis perfeitamente as angústias e aflições das pobres mães que esperam um filho, especialmente nas incertezas do sucesso ou insucesso do parto. Olhai por mim, vossa serva, que na aproximação do parto, sofro angústias e incertezas. Dai-me a graça de ter um parto feliz. Fazei que meu bebê nasça com saúde, forte e perfeito. Eu vos prometo orientar meu filho, sempre pelo caminho certo, o caminho que vosso Filho, Jesus, traçou para todos os homens, o caminho do bem.
Virgem, Mãe do Menino Jesus, agora me sinto mais calma e mais tranqüila porque já sinto a vossa maternal proteção.
Nossa Senhora do Bom Parto, rogai por mim!

• Oração à Nossa Senhora da Cabeça - (1 de agosto)
Eis-me aqui, prostrado aos vossos pés, ó mãe do céu e Senhora Nossa! Tocai o meu coração a fim que deteste sempre o pecado e ame a vida austera e cristã que exigis dos vossos devotos.
Tende piedade das minhas misérias espirituais! E, ó Mãe terníssima, não vos esqueçais também das misérias que afligem o meu corpo e enchem de amargura a minha vida terrena. Dai-me saúde e forças para vencer todas as dificuldades que me opõe o mundo.
Não permitais que a minha pobre cabeça seja atormentada por males que me perturbem a tranqüilidade da vida.
Pelos merecimentos de vosso divino Filho, Jesus Cristo, e pelo amor que a ele consagrais, alcançai-me a graça que agora vos peço (pedido).
Aí tendes, ó Mãe poderosa, a minha humilde súplica.
Se quiserdes, ela será atendida.
Nossa Senhora da Cabeça, rogai por nós.
• Oração à Nossa Senhora do Caravagio - (26 de maio)
Lembrai-vos, ó puríssima Virgem Maria, que jamais se tem ouvido que deixásseis de socorrer e consolar a quem vos invocou e visitou no vosso Santuário, implorando a vossa proteção e assistência.
Assim, pois, animado com igual confiança, como a mãe amantíssima, ó Virgem das virgens, a vós recorro, de vós me valho, gemendo sob o peso de meus pecados humildemente me prostro a vossos pés.
Não rejeiteis as minhas súplicas, ó Virgem do Caravaggio, mas dignai-vos de as ouvir propícia e de me alcançar a graça que vos peço.
Amém

• Oração à Nossa Senhora do Carmo - (16 de julho)
Ó bendita e imaculada Virgem Maria, honra e esplendor do Carmelo! Vós que olhais com especial bondade para quem trás o vosso bendito escapulário, olhai para mim benignamente e cobri-me com o manto de vossa fraqueza com o vosso poder, iluminai as trevas do meu espírito com a vossa sabedoria, aumentai em mim a fé, a esperança e a caridade. Ornai minha alma com a graça e as virtudes que a tornem agradável ao vosso divino Filho. Assisti-me durante a vida, consolai-me na hora da morte com a vossa amável presença e apresentai-me à Santíssima Trindade como vosso filho e servo dedicado; e lá do céu, eu quero louvar-vos e bendizer-vos por toda a eternidade.
Nossa Senhora do Carmo libertai as benditas almas do purgatório.
Amém.

• Oração à Nossa Senhora da Conceição - (8 de dezembro)
Santíssima Virgem, eu creio e confesso vossa santa e imaculada Conceição pura e sem mancha.
Ó puríssima Virgem Maria, por vossa Conceição imaculada e gloriosa prerrogativa de Mãe de Deus alcançai-me de vosso amado filho e humildade, a caridade, a obediência, a castidade, a santa pureza do coração, de corpo e alma, a perseverança na prática do bem, uma santa vida e uma boa morte, Amém.

• Oração à Nossa Senhora da Consolação
Lembrai-vos, ó puríssima Virgem Maria da Consolação, do poder ilimitado que vos deu nosso divino Filho, Jesus, sobre o seu Coração adorável. Cheio de confiança na onipotência de vossa intercessão, venho implorar o vosso auxílio. Tendes em vossas mãos a fonte de todas as graças que brotam do Coração amabilíssimo de Jesus Cristo; abrí-a em meu favor; concedendo-me a graça que ardentemente vos peço.
Não quero ser o único por vós rejeitado; sois minha Mãe; sois a soberana do Coração de vosso divino Filho. Atendei, pois, benignamente a minha súplica; volvei sobre mim vossos olhos misericordiosos e alcançai-me a graça... (pedido) que agora fevorosamente vos imploro.

• Oração à Nossa Senhora da Defesa
Oh! Nossa Senhora da Defesa, virgem poderosa, recorro a vossa proteção contra todos os assaltos do inimigo, pois vós sois o terror das forças malignas. Eu seguro no vosso manto santo e me refugio debaixo dele para estar guardado, seguro e protegido de todo o mal.
Mãe Santíssima, Refúgio dos pecadores, vós recebestes de Deus o poder para esmagar a cabeça da serpente infernal e com a espada levantada afugentar os demônios que querem acorrentar os filhos de Deus.
Curvado sobre o peso dos meus pecados venho pedir a vossa proteção hoje e em cada dia da minha vida, para que vivendo na luz do vosso filho, nosso Senhor Jesus Cristo eu possa depois desta caminhada terrena, entrar na pátria celeste.
Amém.

• Oração à Nossa Senhora do Desterro
Nossa Senhora do Desterro, olhai para nós, vossos filhos, apreensivos e inseguros, neste vale de lágrimas, a caminho da Pátria definitiva.
Depois deste desterro, ó Mãe carinhosa, mostrai-nos Jesus, bendito fruto do vosso ventre, ó clemente, ó piedosa, ó doce sempre Virgem Maria.
Nossa Senhora do Desterro, acompanhai-nos na travessia do deserto da vida, até alcançarmos o Oásis eterno, o céu.
Amém.

• Oração à Nossa Senhora das Dores - (15 de setembro)
Ó Mãe das Dores. Rainha dos mártires, que tanto chorastes vosso Filho, morto para me salvar, alcançai-me uma verdadeira contrição dos meus pecados e uma sincera mudança de vida.
Mãe pela dor que experimentastes quando vosso divino Filho, no meio de tantos tormentos, inclinando a cabeça expirou à vossa vista sobre a cruz, eu vos suplico que me alcanceis uma boa morte. Por piedade, ó advogada dos pecadores, não deixeis de amparar a minha alma na aflição e no combate da terrível passagem desta vida a eternidade.
E, como é possível que, neste momento, a palavra e a voz me faltem para pronunciar o vosso nome e o de Jesus, rogo-vos, desde já, a vós e a vosso divino Filho, que me socorrais nessa hora extrema e assim direi: Jesus e Maria, entrego-Vos a minha alma.
Amém.


• Oração à Nossa Senhora de Fátima - (13 de maio)
Santíssima Virgem, que nos montes de Fátima vos dignastes revelar aos três pastorinhos os tesouros de graças que podemos alcançar, rezando o santo rosário, ajudai-nos a apreciar sempre mais esta santa oração, a fim de que, meditando os mistérios da nossa redenção, alcancemos as graças que insistentemente vos pedimos (pedido).
Ó meu bom Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno, levai as almas todas para o céu e socorrei principalmente as que mais precisarem.
Nossa Senhora do Rosário de Fátima, rogai por nós.

• Oração à Nossa Senhora das Graças - (27 de novembro)
Santíssima Virgem, eu creio e confesso vossa santa e Imaculada Conceição, pura e sem mancha.
Ó puríssima Virgem Maria, por vossa Conceição Imaculada e gloriosa prerrogativa de mãe de Deus, alcançai-me de vosso amado filho e humildade, a caridade, a obediência, a castidade, a santa pureza de coração, de corpo e espírito a perseverança na prática do bem, uma santa vida e uma boa mortem e a graça (pedido).

• Oração à Nossa Senhora dos Impossíveis
Ó Santa Mãe de Deus e também nossa Mãe, nós vos veneramos com o sugestivo título de Nossa Senhora dos Impossíveis, porque sois Mãe de Deus – Virgem e Mãe – Imaculada Conceição; privilégios estes que não foram concedidos a nenhuma outra criatura mas somente a vós.
Ó Virgem Bendita e bondosa, Mãe de Deus e nossa Mãe, humildelmente vos pedimos: socorrei os que passam fome e vivem na miséria, curai os doentes de corpo e de espírito, fortalecei os fracos, consolai os aflitos, pedi pelas vocações sacerdotais e religiosas e transformai as famílias em santuários vivos de fé e caridade, no seio da Igreja.
Pedi pelo Papa, pelos bispos e por todas as autoridades civis, militares e eclesiásticas, para que governem com justiça e amor.
E agora, ó Senhora dos Impossíveis, olhai para nós que fazemos esta novena e alcançai-nos de Jesus, vosso divino Filho, as graças que agora suplicamos (pedido).
Maria, Mãe de Deus, rogai por nós.
Maria, Virgem e Mãe, rogai por nós.
Maria, concebida sem pecado, rogai por nós.
Maria, Nossa Senhora dos Impossíveis, rogai por nós.


• Oração à Nossa Senhora de Guadalupe – Padroeira da América Latina - (12 de dezembro)
Ó gloriosa Mãe de Deus, Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira da América Latina: Abençoai esta casa e a família que aqui reside.
Protegei nossos filhos, livrando-os das maldades e dos perigos deste mundo. Guardai nosso lar, escondendo-o dos olhos dos maus. Que nesta casa o nome de Deus seja sempre invocado com respeito e amor. Que os seus mandamentos sejam observados com fidelidade. Que vosso bendito nome, ó Mãe querida, seja sempre lembrando com muita devoção. Que a palavra de vosso Filho Jesus seja sempre meditada e seguida todos os dias de nossa vida.
Honra, louvor e glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo: Trindade Santíssima.
Amém.




• Oração à Nossa Senhora da Lampadosa pelas Almas dos Cativos
Ó Maria, doce refúgio e consoladora Esperança dos que sofrem, permiti que com inteira confiança, eu impetre vossa poderosa proteção e me lance em vossos maternais na confortadora certeza de ser atendido.
Permití, ó Mãe dos que sofrem que meus lábios se desatem em vossa esperança para suplicar-Vos pelas benditas almas dos cativos. Sede, Senhora minha esperança nas lides quotidianas minha consolação nas inevitáveis aflições, minha fortaleza nas acabrunhadoras tribulações. E no momento supremo antes do último alento, nessa hora final antes de iniciar a via da eternidade sede minha Mãe, Advogada e Protetora.
Amém.

• Oração à Nossa Senhora de Loreto
Ó Maria, Virgem Imaculada e Mãe nossa Santíssima, prostados em espírito junto de vossa Santa Casa, que os Anjos transportaram sobre a ditosa colina de Loreto, cheios de confiança em vós Mãe Santíssima, humildemente elevamos a nossa prece:
Entre aqueles santos muros vós fostes concebida sem pecado e mais bela que a Aurora viestes à luz; na oração e no amor o mais sublime, passastes os dias de vossa infância e juventude; aí fostes saudada pelo Anjo, Bendita entre as mulheres e vos tornastes Mãe de Deus; por tudo isso, ó Maria, vossos olhos misericordiosos a nós volvei, humildes filhos vossos, peregrinos neste vale de lágrimas e concedei-nos todas as graças que vos pedimos; abençoai nossas famílias, consolai nossos doentes, dirigi os nossos passos para a bem-aventurança eterna onde possamos vos saudar com o Anjo: Ave Maria!.
Nossa Senhora de Loreto, rogai por nós.
Amém.

• Oração à Nossa Senhora de Lourdes - (11 de fevereiro)
Ó Virgem puríssima, Nossa Senhora de Lourdes, que vos dignastes aparecer a Bernadette, no lugar solitário de uma gruta, para nos lembrar que é no sossego e recolhimento que Deus nos fala e nós falamos com ele, ajudai-nos a encontrar o sossego e a paz da alma que nos ajudem a conservar-nos sempre unidos a Deus.
Nossa Senhora da gruta, dai-me a graça que vos peço e tanto preciso (pedido).
Nossa Senhora de Lourdes, rogai por nós.
Amém.

• Oração à Nossa Senhora de Lujan - Padroeira da Argentina - (8 de maio)
Ó Virgem Santíssima de Lujan!
A ti recorremos neste vale de lágrimas, atraídos pela fé e pelo amor que tu mesma infundistes em nosso coração.
Ó Mãe querida! Alivia a nossa dor, consola as nossas angústias, dá-nos o pão material e o alimento espiritual para fortalecer o nosso corpo e a nossa alma.
Faze com que não nos falte um emprego estável e uma justa remuneração.
Elimina o ódio e o egoísmo do coração de todos os homens.
Virgem Santíssima de Lujan! Ilumina o nosso caminho para que, unidos na paz e fraternidade, com todos os irmãos da terra, continuemos a marcha gloriosa para a casa do Pai.
Abençoa, ó Mãe, a Argentina, cujos filhos cantam os teus louvores, agora e pelos séculos dos séculos.
Amém.
Nuestra Señora de Lujan, bendiz a los Argentinos y tambien a nosotros Brasileños!

• Oração à Nossa Senhora Mãe, Rainha e Vencedora
Ó minha Senhora e minha Mãe! Eu me ofereço todo a vós e, em prova de minha devoção para convosco, vos consagro neste dia meus olhos, meus ouvidos, minha boca, meu coração e inteiramente todo o meu ser.
E porque assim sou vosso, ó incomparável Mãe, guardai-me e defendei-me como coisa e propriedade vossa.
Amém.

• Oração à Nossa Senhora Medianeira - (31 de maio)
Senhor Jesus Cristo, Medianeiro nosso junto ao Pai, que vos dignastes constituir vossa Mãe, a Santíssima Virgem Maria, também nossa Mãe e Medianeira junto a vós, concedei benigno que todo aquele que, suplicante, a vós se dirigir, se alegre de ter alcançado, por meio dela, tudo o que pediu.
Vós que viveis e reinais, pelos séculos dos séculos.
Amém.

• Oração à Nossa Senhora do Monte Serrat
Ó clementíssima Virgem Maria, minha soberana e Mãe, augusta Senhora do Monte Serrat, venho lançar-me no seio da vossa misericórdia e ponho, desde agora e para sempre, a minha alma e o meu corpo debaixo da vossa salva-guarda e da vossa bendita proteção.
Confio-vos e entrego nas vossas mãos todas as minhas penas e misérias, bem como o curso e o fim da minha vida, para que, por vossa intercessão e vossos merecimentos, todas as minhas ações se dirijam e se disponham segundo a vontade de vosso divino Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, e que minha alma depois desta vida possa alcançar a salvação eterna.
Ó Mãe, concebida sem pecado, rogai por nós, que recorremos a vós.
Nossa Senhora do Monte Serrat, rogai por nós.
Amém.

• Oração à Nossa Senhora dos Navegantes - (2 de fevereiro)
Senhora dos Navegantes, sois ideal e estímulo para uma vida perseverante de amor a Deus e de bondade para com o próximo. Sois a “a mais alta realização do Evangelho e o modelo perfeito do cristão”. Sois cheia de graça e bendita entre as mulheres.
Todas as gerações vos proclamam bem aventurada porque vos fizestes a serva do Senhor. Dai-nos sempre vontade decidida de melhor buscar, conhecer e seguir Cristo.
Amém.
• Oração à Nossa Senhora de Nazaré - (6 de março)
Ó Virgem Imaculada de Nazaré, fostes na terra criatura tão humilde a ponto de dizer ao Anjo Gabriel: “Eis aqui a escrava do Senhor!” Mas por Deus fostes exaltada e preferida entre todas as mulheres para exercer a sublime missão de Mãe do Verbo Encarnado. Adoro e louvo o Altíssimo que vos elevou a esta excelsa dignidade e vos preservou da culpa original.
Quanto a mim, soberbo e carregado de pecados, sinto-me confundido e envergonhado perante vós. Entretanto confiado na bondade e ternura do vosso coração imaculado e maternal, peço-vos a força de imitar a vossa humildade e participar da vossa caridade, afim de viver unido, pela graça, ao vosso divino Filho, Jesus, assim como vós vivestes no retiro de Nazaré. Para alcançar essa graça, quero com imenso afeto e filial devoção saudar-vos como o Arcanjo São Gabriel: “Ave Maria, cheia de graça...”
Nossa Senhora de Nazaré, rogai por nós.
• Oração à Nossa Senhora da Penha
Ó Maria Santíssima, Senhora da Penha, em cujas mãos Deus depositou is tesouros das suas graças e favores. Eis-me cheio de esperança, solicitando com humildade a graça de que hoje necessito (pedido), pela qual sou-lhe grata desde este momento.
Recordai-vos, ó Senhora da Penha, que nunca se ouviu dizer que algum dos que em vós têm depositado toda a sua esperança tenha deixado de ser atendido, ó boa Mãe. Assisti-nos nas agruras da vida, para que façamos delas sementes para um mundo mais fraterno e mais humano. Enxugai o pranto das pessoas que sofrem e consolai os aflitos em suas necessidades. Tudo isso vos pedimos por Jesus, vosso Filho e nosso irmão.
Amém.

• Oração à Nossa Senhora do Perpétuo Socorro - (27 de junho)
Lembrai-vos, ó puríssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que tem recorrido a vossa proteção, implorado o vosso auxílio e reclamado o vosso socorro fosse por vós desamparado.
Animado eu, pois, com igual confiança, a vós, Virgem das virgens, como à Mãe recorro, em vós me acolho e, gemendo sob o peso dos meus pecados, me prosto a vossos pés.
Não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Filho de Deus humanado, mas dignai-vos de as ouvir propícia, e de me alcançar o que vos rogo.
Amém.

• Oração à Nossa Senhora da Rosa Mística
Rosa Mística, Virgem Imaculada, Mãe da Graça, para honra de Vosso Divino Filho, nos ajoelhamos diante de Vós implorando a misericórdia de Deus: não por nosso méritos mas pelo amor de Vosso Coração Maternal, nós Vos suplicamos que nos concedais proteção e graça com a certeza de que nos haveis de atender. Ave Maria...
Rosa Mística, Mãe de Jesus, Rainha do Santo Rosário e Mãe da Igreja, Corpo Místico de Jesus Cristo, nós Vos pedimos que concedais ao mundo, dilacerado pela discórdia, a unidade e a Paz e todas aquelas graças que podem mudar o coração de tantos de teus filhos. Ave Maria...
Rosa Mística, Rainha dos Apóstolos, fazei florescer à volta dos altares Eucarísticos, muitas vocações sacerdotais, religiosos e religiosas, que difundam, com a santidade de sua vida e com o zelo apostólico pelas almas, o Reino de Vosso Filho Jesus por todo o mundo. E derramai sobre nós também a abundância de Vossas Graças celestiais! Ave Maria... Salve Rainha...
Maria, Rosa Mística, Mãe da Igreja, Rogai por nós!

• Oração à Nossa Senhora do Rosário - (7 de outubro)
Nossa Senhora do Rosário dai a todos os cristãos, a graça de compreender a grandiosidade da devoção do Santo Rosário, na qual, à recitação da Ave Maria se junta a profunda meditação dos Santos mistérios da vida, morte e ressurreição de Jesus, vosso Filho e nosso Redentor.
São Domingos, apóstolo do rosário, acompanhai-nos com a vossa bênção, na recitação do terço, para que por meio desta devoção à Maria, cheguemos mais depressa a Jesus, e como na batalha de Lepanto, Nossa Senhora do Rosário nos leve à vitória em todas as lutas da vida; por seu Filho, Jesus Cristo, na unidade do Pai e do Espírito Santo.
Assim Seja.
Amém.
• Oração à Nossa Senhora da Saúde - (20 de abril)
Virgem Puríssima, que sois a Saúde dos Enfermos, o Refúgio dos Pecadores, a Consoladora dos Aflitos e a Despenseira de todas as graças, na minha fraqueza e no meu desânimo apelo hoje, para os tesouros da vossa divina misericórdia e bondade e atrevo-me a chamar-vos pelo doce nome de Mãe. Sim. ó Mãe, atendei-me em minha enfermidade, dai-me a saúde do corpo para que possa cumprir os meus deveres com ânimo e alegria, e com a mesma disposição sirva a vosso Filho Jesus e agradeça a vós, Saúde dos enfermos.
Nossa Senhora da Saúde, rogai por nós.
Amém.
• Oração à Nossa Senhora da Salette - (19 de setembro)
Lembrai-vos, ó Nossa Senhora da Salette, das lágrimas que derramastes por nós, no Calvário. Lembrai-vos também dos cuidados que, sem cessar, tendes por vosso povo, a fim de que, em nome de Cristo, se deixe reconciliar com Deus. E vede se, depois de tanto terdes feito por vossos filhos, podeis agora abandoná-los.
Reconfortados por vossa ternura, ó Mãe, eis-nos aqui suplicantes, apesar de nossa infidelidade e ingratidão. Não rejeiteis nossa oração, ó Virgem Reconciliadora, mas volvei nosso coração para vosso filho. Alcançai-nos a graça de amar Jesus acima de tudo, e de vos consolar por uma vida de doação, para a alegria de Deus e o amor de nossos irmãos.
Amém.
• Oração à Nossa Senhora do Trabalho
Salve Virgem Maria, nossa querida mãe padroeira! Como filhos, nos dirigimos a vós com toda a confiança, implorando a vossa Bênção, de modo especial pelos nossos trabalhadores, por todos aqueles que labutam no dia-a-dia para conseguir o sustento da própria família.
Concedei-nos, nós vos pedimos, que este labor seja dignificante, de modo a favorecer vossos filhos. Que haja muita consciência da nobreza do trabalho e que nenhum de nossos irmãos seja explorado pela ganância de riquezas.
Abençoai, ó Virgem do Trabalho, nossa comunidade, nossas famílias e a cada um de nós. Intercedei junto ao vosso Filho Jesus, concedendo-nos a graça que vos pedimos (pedido).
Assim seja!
Amém.
Rituais Angélicos
Você poderá contatar Anjos através dos rituais de ancoragem, cartas, solicitações, na canalização através da meditação e em suas preces. Antes de qualquer ritual, meditação ou mesmo quando não se sentir bem, faça exercícios de limpeza interior, não importando o lugar em que esteja.
Preste atenção à sua intuição, ela irá aumentar, pois seu Anjo mandará mensagens para preveni-lo e orientá-lo através do seu Eu Superior. É importante obedecer, a fim de se manifestar a vitória em sua vida. Essa atitude estará encorajando seu Anjo a lhe dar mais dicas e você nunca mais se sentirá só e desamparado.
Saibam que os Anjos não têm memória. Para eles o amor e a felicidade estão aqui, hoje, é esse momento sagrado. O amanhã bem sucedido depende de um hoje bem vivido.
Use os"Salmos" Para entrar em contato com o anjo da guarda, antes de ler o salmo, apoie seu dedo indicador da mão direita sobre o polegar e coloque-os na frente dos lábios e diga o nome de seu anjo bem devagar, sussurrando, pausando cada sílaba. É bom repeti-lo por sete vezes antes de começar a leitura.
SALMOS
FINALIDADE DOS SALMOS
SALMO – 01 – Para o caminho do bem
SALMO – 02 – Para aumentar sua fé
SALMO – 03 – Contra perseguidores conscientes ou inconscientes ou anjos negativos.
SALMO – 04 – Para pedir perdão de seus pecados
SALMO – 05 – Para quando está sendo vítima de uma grande injustiça.
SALMO – 06 – Para sair de uma situação de sofrimento seja ela: Espiritual ou Material.
SALMO – 07 – Para pedir socorro rápido à Deus, em qualquer situação difícil em que estiver vivendo como: Perturbações espirituais ou materiais.
SALMO – 08 – Agradecimento à Deus por uma graça alcançada.
SALMO – 09 – Contra espírito obsessores e perseguições, sejam elas: Encarnados ou desencarnados e também contra as possessões do demônio.
SALMO – 10 – O salmo de confiança em Deus, para que ele castigue os seus perseguidores, contra aqueles que não aceitam o seu sucesso e para aqueles que estão sempre prontos para lhe prejudicar.
SALMO – 11 – Este salmo é para pessoas que estão sendo condenadas pela justiça terrena e sofrendo calúnia por parte de seus perseguidores. É o salmo para pedir justiça a Deus.
SALMO – 12 – Contra indivíduos que humilham as pessoas, principalmente em seus trabalhos, ou trás situações de humilhações.
SALMO – 13 – Contra depressão, tristeza, angústia, desejo de suicídio, mágoas, rancor, motivados por obsessores conscientes ou inconscientes.
SALMO – 14 – Contra obreiros do mal, pessoas perversas de coração, que enganam como se fossem para fazer o bem, mas que, na realidade só fazem o mal para as pessoas.
SALMO – 15 – Este salmo é de agradecimento a Deus, pelos benefícios recebidos das pessoas de bom coração.
SALMO – 16 – É o salmo da fé, para que mude de vida e coloque Deus em primeiro lugar em seu coração, tirando os tipos de vícios como: Drogas, bebidas alcoólicas, cigarros, fanatismo, tiranias, raiva, rancor, desejo de suicídio e tudo que leva ao mau caminho.
SALMO – 17 – Contra todos os tipos de perseguições, seja elas, conscientes ou inconscientes, ganhar causa na justiça quando está sendo injustiçado, e obter vitória ao seu favor.
SALMO – 18 – É o salmo para aumentar a sua fé em Deus, e vencer os obstáculos de sua vida, quando está sendo vítima de inimigos conscientes, “encarnados” ou inconscientes “desencarnados.
SALMO – 19 – É o salmo do perdão, para pedir a Deus o perdão dos seus pecados, cometidos, às vezes inconscientemente.
SALMO – 20 – É o salmo para vencer as batalhas, e realizar os seus desejos, obter grandes vitórias em sua vida, segundo a vontade de Deus, se for merecedor.
SALMO – 21 – É o salmo de agradecimento a Deus, por um desejo realizado ou batalha vencida, também é bom contra aqueles que querem lhes fazer o mal.
SALMO – 22 – Contra todos os tipos de sofrimentos, pedindo a Deus, para que não o abandone, para pedir perdão de seus pecados, contra atribulações, que o levam ao desespero, é bom também para pedir sorte na vida.
SALMO – 23 – É o salmo da fartura, contra miséria, é o salmo da fé em Deus, contra tudo e todos.
SALMO – 24 – Para receber a benção de Deus em todos os sentidos da vida, para que seu coração fique puro servindo unicamente a Deus.
SALMO – 25 – É o salmo que serve para encontrar objetos desaparecidos ou pessoas que desaparecem de sua vida, para descobrir coisas roubadas e encontrá-las.
SALMO – 26 – Para fazer bons negócios em todos os sentidos, tirando os trapaceiros e os malfeitores de seu caminho.
SALMO – 27 – É o salmo de confiança em Deus, contra indecisão, medo de tomar decisões na vida, e para vencer tudo que está sem segurança.
SALMO – 28 – Pedido de socorro a Deus, contra os maldosos que queiram lhe prejudicar em tudo na vida, para pedir a força de Deus e vencer os obstáculos.
SALMO – 29 – É o salmo contra tempestade, furacão, relâmpagos, raios e todos os tipos de fúria da natureza, pedido de proteção.
SALMO – 30 – Contra inimigos conscientes e inconscientes e contra pessoas caluniadoras, afastar este tipo de pessoa de sua vida.
SALMO – 31 – Contra magia negra, perturbações espirituais, contra os encantamentos do demônio, pedido a Deus que o livre de todos estes tipos de mal.
SALMO – 32 – Este salmo serve para melhorar nos estudos ou serviço, no qual esteja tendo dificuldade, para seguir bom caminho sem obstáculos.
SALMO – 33 – Este salmo é para pessoas que ainda não tem uma religião, que não temem a Deus, para escolher uma religião certa e ter Deus em seu coração, para aqueles que estão em dúvida quanto à sua religiosidade.
SALMO – 34 – É o salmo de agradecimento a Deus por uma graça alcançada, também para o seu anjo da guarda.
SALMO – 35 – Este Salmo é contra adversários comerciais, políticos ou em qualquer outra situação, pedindo a Deus a proteção contra os que querem levá-lo à ruína, e também contra invejosos, olho grande e baixa magia.
SALMO – 36 – Este Salmo é para falso amigo ou parente que queira lhe prejudicar, nos negócios, no amor ou em qualquer coisa em sua vida.
SALMO – 37 – Este salmo é para as pessoas que tem inveja de outras pessoas, para aquele que deseja o mal ao seu próximo, pedindo a Deus para tirar-lhe estes sentimentos ruins e negativos que atrasa a evolução e purificação de sua própria alma.
SALMO – 38 – Este salmo é para aquela pessoa que está sendo castigada por Deus, pedido de perdão a Deus por tudo que faz conscientemente ou inconscientemente.
SALMO – 39 – É o salmo para evitar que cometam mais pecados, para ter confiança em Deus, purificar a sua alma e ter mais amor em seu coração.
SALMO – 40 – Este salmo é contra os pecados cometidos no seu dia a dia, pedindo a deus para livrar-lhe de sentimentos ruins ou negativos que o afasta do criador, pedindo para aumentar a sua fé, e para não cometer mais erros.
SALMO – 41 – Este salmo é contra doenças, para pedir saúde, para quando sentir que está abandonado, para ter alívio de dores de doenças incuráveis, pedindo a Deus para curá-lo.
SALMO – 42 – É o salmo que lhe dá proteção, e lhe ensina a colocar Deus em seu coração, em primeiro lugar, sobre todas as coisas.
SALMO – 43 – É o salmo para pedir justiça a Deus, contra os que lhe querem o mal, causando-lhe depressão e angústia.
SALMO – 44 – É o salmo contra os cultos pagãos, para pedir benção a Deus para o seu país, trazendo paz para todos, contra a violência, drogas, desemprego, fome, guerras, descriminação social e racial, ódio, miséria e opressões, subjugações de espíritos malignos que levam as pessoas a cometerem crimes, para os governantes se conscientizarem mais com os seres humanos humilde.
SALMO – 45 – Este salmo serve para manter toda a sorte que Deus lhe deu, na sua profissão, no seu amor, na sua beleza e em tudo que Deus lhe concedeu.
SALMO – 46 – Este salmo é para melhorar financeiramente e para ter sucesso nos negócios e empreendimentos.
SALMO – 47 – Este Salmo lhe ajuda adquirir um pedaço de terra para viver e ter uma vida digna.
SALMO – 48 – Este salmo serve para que Deus guie você para fazer bons negócios e para ter glória em sua vida, enfim, em tudo que fizer.
SALMO – 49 – Este salmo é para pessoa que é muito materialista, pensar menos em bens materiais, para ser menos ambicioso, ajudar mais o seu próximo, os humildes e olhar mais o seu lado espiritual.
SALMO – 50 – É o salmo para fazer uma reflexão sobre o materialismo, sobre o poder, sobre a ganância, contra sede de subir na vida materialmente, contra mentirosos e adúlteros, por que tudo que tem aqui na terra ao morrer deixará.
SALMO – 51 – Este salmo é contra todos os tipos de pecados cometidos contra o seu semelhante, pedido de perdão a Deus, se arrepender de coração e ter mais amor pelo seu próximo.
SALMO – 52 – Este salmo é para que Deus castigue as pessoas lhe querem o mal, que sejas consciente ou inconsciente, contra criminosos que fazem o mal, e contra os ricos que humilham os menos favorecidos.
SALMO – 53 – Este salmo é contra obreiros o mal que o levam as drogas, crimes, prostituição e vícios de qualquer espécie.
SALMO – 54 – Este salmo é para quando está sendo perseguido e injustiçado sendo inocente, pedindo assim a intercessão da justiça divina.
SALMO – 55 – Este salmo é contra todos os tipos de perigos, para quem está sendo traído, perseguido, para descobrir a verdade, contra o medo, pânico, desespero e o desejo de suicídio.
SALMO – 56 – Este salmo é contra as perseguições espirituais hereditárias que o leva a aflição e ao desespero na vida, é o salmo de fé e confiança em Deus.
SALMO – 57 – Este salmo é para pedir proteção a Deus contra os que lhe querem destruir com inveja e a calúnia.
SALMO – 58 – Este salmo é contra juízes e promotores corruptos, que condenam as pessoas por interesse materiais, este salmo é para pedir a justiça de Deus.
SALMO – 59 – Este salmo é para contra ciladas, morte com arma de fogo ou arma branca, perseguições, ameaças, chantagistas e aproveitadores, para pedir a justiça de deus e proteção.
SALMO – 60 – Este salmo é para aceitar as derrotas da vida e depois lutar com fé em Deus e ser vitorioso.
SALMO – 61 – Este salmo serve para aquelas pessoas que estai fugindo de dívidas, acalmar sua angústia e depois vencê-las.
SALMO – 62 – Este salmo é para ter confiança em Deus e vencer todas as dificuldades da vida.
SALMO – 63 – Este salmo é para ter proteção de Deus, em sua casa, empresa, indústria ou emprego.
SALMO – 64 – Este salmo é contra a maldade de seus inimigos, seja eles, conscientes ou inconscientes, e que estas maldades volta contra eles mesmos.
SALMO – 65 – Este salmo serve para ter boas colheitas em suas lavouras e não levar prejuízos.
SALMO – 66 – Este salmo é para ter grandes vitórias em sua vida e também para ter sorte na criação de todos os tipos de animais.
SALMO – 67 – Este salmo é para receber a benção de Deus, em sua casa, sítio ou fazenda.
SALMO – 68 – Este salmo serve para aliviar seu sofrimento na hora da perda de um ente querido.
SALMO – 69 – Este salmo serve para quando alguém lhe acusa de roubo, o qual não cometeu, para que a pessoa que lhe acusa veja a verdade.
SALMO – 70 – Este salmo serve para ter saúde, e livrar-se de todos os tipos de doenças.
SALMO – 71 – Este salmo serve para as pessoas que se encontram desiludida da vida, é o salmo da terceira idade, para lhe dar força, alegria e sentido para sua vida.
SALMO – 72 – Este salmo serve para processos judiciais, que seja resolvido na paz entre ambas às partes.
SALMO – 73 – Este salmo é contra pessoas a reencarnação do próprio mal, não aproximar de você.
SALMO – 74 – Este salmo é contra fanáticos religiosos que acreditam somente em sua religião, para não deixar-se iludir por este tipo de pessoa, porque só existe um só Deus.
SALMO – 75 – Este salmo serve para você ter uma boa iluminação espiritual.
SALMO – 76 – Este salmo é para liberar espíritos desencarnados que se encontram na terra, por terem sido muito materialista.
SALMO – 77 – Este salmo é para pessoas que ficam apegadas ao passado sofrendo sem necessidade e para libertá-las.
SALMO – 78 – Este salmo serve para mulheres que pretende engravidar, receberem um bom espírito para seu filho que vai nascer.
SALMO – 79 – Este salmo serve para sair da miséria, antes que seja destruído pelos seus antepassados.
SALMO – 80 – Este salmo serve para salvar a pessoa de qualquer perigo, acidente rodoviário, aéreo ou marítimo, pedir proteção a Deus antes de viajar.
SALMO – 81 – Este salmo é para que Deus mande o seu anjo da guarda lhe revelar em sonho o que quer saber, para não dar passo errado em sua vida.
SALMO – 82 – Este salmo é para afastar pessoas ruins que estão levando aos vícios membros de sua família.
SALMO – 83 – Este salmo serve para afastar vizinhos que se intrometem em sua vida em geral.
SALMO – 84 – Este salmo é para pessoas que faz peregrinação ou promessas, é o salmo de agradecimento pela graça alcançada.
SALMO – 85 – Este salmo é para pessoas que comete crimes, se arrepender e pedir perdão a Deus, e para quando sair da prisão levar uma vida normal, sem cometer outros crimes, serve também para reduzir penas.
SALMO – 86 – Este salmo serve para receber um grande benefício das mãos de Deus, quando a sua vida está toda atribulada ou sem rumo.
SALMO – 87 – Este salmo serve para ter glória, triunfo e um bom destino em sua vida.

SALMO – 88 – Este salmo serve para ter sorte nos negócios e jogos.
SALMO – 89 – Este salmo é para amar a Deus sobre todas as coisas em primeiro lugar, e vencer todos os tipos de inimigos.
SALMO – 90 – Este salmo serve de proteção contra roubo de qualquer espécie.
SALMO – 91 – Este salmo é o de confiança em Deus, é o salmo mais forte e serve para tudo, também é o principal salmo para receber luzes de todos os superiores da hierarquia celestial.
SALMO – 92 – Este salmo é contra as tentações do demônio, e de todos os obreiros do mal, sendo eles, conscientes ou inconscientes.
SALMO – 93 – Este salmo é serve como apelo para que Deus o realize profissionalmente.
SALMO – 94 – Este salmo é para quando uma pessoa está se sentindo injustiçada, e fica pensando em se matar, é o salmo que dá a força de Deus para vencer estes maus pensamentos.
SALMO – 95 – Este salmo serve para pessoas que são abandonadas descobrirem que são seus verdadeiros pais.

SALMO – 96 – Este salmo serve para as pessoas que querem entrar para a política e fazer um bom governo.
SALMO – 97 – Este salmo é para ter harmonia no lar, e acabar com intrigas e brigas na família.
SALMO – 98 – Este salmo serve para os governantes se conscientizarem e fazer um bom governo, porque eles não são os donos do planeta terra, que governe com mais amor.
SALMO – 99 – Este salmo serve para aumentar a sua fé em Deus, e aprenda a vencer as provações.
SALMO – 100 – Este salmo é para pedir a Deus que lhe abençoe em todos os sentidos de sua vida.
SALMO – 101 – Este salmo é para quando tiver dúvida, quanto ao caminho a seguir, aprender a ouvir o seu coração.
SALMO – 102 – Este salmo é para pessoas que estão sendo caluniadas em seus serviços, para obterem glória e permanecer em seu emprego.
SALMO – 103 – Este salmo é para receberem grandes benefícios de Deus em sua vida como: O financeiro, o amor e o espiritual.
SALMO – 104 – Este salmo é contra peste em animais e insetos nas lavouras.
SALMO – 105 – Este salmo é para pedir benefício à Deus, contra pessoas que maltratam não só as pessoas como os animais.
SALMO – 106 – Este salmo é para quando estiver atravessando um longo período de seca, pedir a deus para chover.
SALMO – 107 – Este salmo é para encontrar um lugar certo para morar.
SALMO – 108 – Este salmo é para agradecer a Deus por uma grande vitória.
SALMO – 109 – Este salmo é para pedir a maldição de Deus contra seus inimigos.
SALMO – 110 – Este salmo é para livrar-se de pessoas que perturbam a sua vida.
SALMO – 111 – Este salmo é de agradecimento a Deus por uma graça alcançada.
SALMO – 112 – Este salmo é para ter sempre prosperidade.
SALMO – 113 – Este salmo serve para mulher que tem bloqueio engravidar.
SALMO – 114 – Este salmo é para encontrar o grande amor que saiu de sua vida ou arrumar um novo amor.
SALMO – 115 – Este salmo é para pessoas que estão em religiões pagãs encontrarem a sua verdadeira religião.
SALMO – 116 – Este salmo serve para evitar qualquer tipo de acidente.
SALMO – 117 – Este salmo é para louvar a Deus ao deitar.
SALMO – 118 – Este salmo serve para quem estiver desempregado arrumar emprego.
SALMO – 119 – Este salmo é para ser recitado em momentos especiais com toda a família reunida, para pedir benção a Deus.
SALMO – 120 – Este salmo serve para ter proteção ao viajar e dirigir com segurança.
SALMO – 121 – Este salmo serve para pedir a guarda de Deus contra o mal.
SALMO – 122 – Este salmo é para ter paz e felicidade.
SALMO – 123 – Este salmo serve para quando estiver com depressão, se aliviar e vencer este obstáculo.
SALMO – 124 – Este salmo serve para pedir e intervenção de Deus para qualquer tipo de negócio.
SALMO – 125 – Este salmo é para ter mais confiança em Deus.
SALMO – 126 – Este salmo é para ter grande sorte na vida.
SALMO – 127 – Este salmo serve para quem quer mudar de emprego.
SALMO – 128 – Este salmo é para a família ter paz e prosperidade em casa.
SALMO – 129 – Este salmo serve para as pessoas que anda em más companhias se livrar destas pessoas.
SALMO – 130 – Este salmo serve para não deixar sua empresa ir à falência, arrumar solução.
SALMO – 131 – Este salmo serve para pedir dinheiro e ter uma vida digna.
SALMO – 132 – Este salmo serve para ser abençoado e comprar sua casa e sair do aluguel.
SALMO – 133 – Este salmo serve para que a família permaneça unida.
SALMO – 134 – Este salmo é para ter proteção ao dormir.
SALMO – 135 – Este salmo é para seu anjo da guarda interceda junto á Deus, os seus pedidos.
SALMO – 136 – Este salmo serve para que os Deuses ou chefe espirituais de seus planos superiores intercedam junto a Deus para que se realizem todos os seus projetos de vida, se for merecedor.
SALMO – 137 – Este salmo serve para quem estiver morando em outro país fazer boas amizades.
SALMO – 138 – Este salmo é para agradecer a Deus por um pedido impossível e alcançado.
SALMO – 139 – Este salmo serve para quando uma pessoa está com maus pensamentos, invertê-los para bons pensamentos.

SALMO – 140 – Este salmo é para pessoas que está sendo perseguido por magia negra.
SALMO – 141 – Este salmo é para pessoas que está sendo perturbada pelos maus espíritos.
SALMO – 142 – Este salmo é para pessoas ter paciência nas suas provações, e para aumentar a sua fé.
SALMO – 143 – Este salmo é para pessoas quando está sentindo muito angústia e aflição.
SALMO – 144 – Este salmo é para pessoas tomar decisão certa em sua vida.
SALMO – 145 – Este salmo é para ter forças e vencer os obstáculos da vida.
SALMO – 146 – Este salmo é para a pessoa órfã encontrar uma boa família.
SALMO – 147 – Este salmo é para ter proteção das quatro forças da natureza, “terra, água, fogo, ar”.
SALMO – 148 – Este salmo é para pedir benção a Deus e para ter paz no planeta terra.
SALMO – 149 – Este salmo é para ter triunfo sobre os governantes corruptos.
SALMO – 150 – Este salmo é para agradecer a Deus por tudo que ele nos deu. “a vida”.

EXERCÍCIOS DE LIMPEZA INTERIOR
Inspire profundamente, trazendo para dentro de você, as energias angelicais, Deus.
Segure um pouco o ar nos pulmões. Exale, soltando todas as negatividades, tensões, preocupações, raiva, ansiedade, pedindo a transmutação.
Segure um pouco e repita quantas vezes achar necessário.
Isole-se no seu canto sagrado, de toda atividade externa. Relaxe o corpo físico e a mente. Visualize-se inteiramente preenchido de Luz. Ame-a e glorifique-a, entregando-se dócil à Presença que a emana.
Em seguida, identificando-se com a Suprema Divindade Interna, decrete:
EU SOU a Presença de Deus em Ação.
EU SOU a Chama Trina deste coração,
que transborda Amor, Sabedoria e Poder.
EU SOU a porta aberta
que ninguém poderá fechar.
EU SOU o que EU SOU.
Visualize em seu coração as cores Rosa, Amarela e Azul (são as cores da Chama Trina), brilhantes.

PROTEGENDO SEU CARRO
Copie num papel os Salmos 91, 90, e 70 e se quiser, também o do seu Anjo.
Dobre, coloque dentro de um saquinho plástico, simplesmente para proteger e guarde-o dentro do porta-luva de seu carro.
O mesmo você poderá fazer para colocar em suas gavetas e armários, o que formará uma egrégora de proteção contra forças negativas, instalando a harmonia.
Você poderá energizar suas mãos e imantar (usando a ponta do dedo indicador, como se estivesse escrevendo) o nome do seu Anjo nas portas, do lado de dentro do carro.

PARA SUA CASA OU EMPRESA
Energize as mãos e imante a nome do Anjo e do Príncipe das pessoas que aí moram, nas portas de entrada e saída, pois fazendo isto, você estará somando as energias de todos os moradores.
Na sua empresa, faça o mesmo ritual chamando apenas pelo seu anjo, e escreva num papel o Salmo 91 e 90 e coloque atrás da porta de entrada.

SALMO PODEROSO
Você poderá fazer uma poderosa proteção, copiando o salmo de seu Anjo num pequeno papel. Acrescente a frase: IN HOC SIGNO VINVES + SOB

ESTE SIGNO EU VENÇO.
Coloque a cópia dentro de um saquinho azul índigo.
Guarde-o junto de você, na bolsa, no bolso da calça ou perto do chakra do umbigo o que impedirá que as energias externas afetem você.
Sempre que estiver em perigo, aperte-o junto ao peito e chame pelo seu Anjo. Ele virá instantaneamente, como num passe de mágica.

Trocar de emprego, fazer dieta, arrumar um namorado, fazer aquele curso, comprar uma casa, reformar o banheiro , passar mais tempo com a família, aproveitar melhor a vida...No final do ano terminar, todo mundo faz uma listinha dos objetivos que deseja alcançar no ano seguinte.
E, para alcançá-los, vale tudo: pular sete ondas, comer uva ou lentilha, colocar sementes de romã na carteira e até apelar para as cores. É tempo de fazer um balanço do ano que se foi e encher o coração e a alma de boas energias, por isso, nunca é demais começar o ano com um ritual ou uma simpatia. Eles sempre ajudam a manter as coisas em harmonia.

Conquiste um novo amor
Material
1 saco pequeno feito de tecido vermelho
Essência de rosas
Pétalas de rosas vermelhas
Coloque as pétalas no saquinho e pingue seis gotas de essência. Coloque apenas seis gotas, porque o número seis é o número do amor.
Durante este processo, mentalize o que você quer para sua vida amorosa. Amarre o saquinho e guarde na sua carteira, mochila, em algum local especial da casa ou embaixo do travesseiro. Depois de realizar seus desejos, jogue o saquinho em algum lugar cheio de natureza. Um parque ou praça, por exemplo.

Caixa dos milagres para o amor
Material
1 caixa em formato de coração ou redonda na cor vermelha ou rosa
2 cristais de quartzo rosa. "O quartzo é o símbolo do signo de Touro e é também o símbolo do amor", explica André.
2 rosas vermelhas (pétalas)
6 gotas de essência de rosas
1 papel branco 1 lápis
Modo de fazer
No papel branco, escreva três pedidos em forma de agradecimento. Ao final escreva a frase: "Para o bem de todos os envolvidos. Amém". Dobre este papel e coloque-o dentro da caixa junto com os demais ingredientes. Feche a caixa e coloque-o num lugar especial de sua casa. Quando seus pedidos forem atendidos, entregue esta caixa num local onde haja natureza.

Bolso cheio o ano inteiro
Material
3 folhas de louro verdes ou secas
3 moedas douradas de qualquer valor
1 prato branco
1 vela amarela de três dias
Coloque tudo no prato. As folhas de louro representam as realizações. As moedas, o dinheiro. Já a vela simboliza a prosperidade e, juntos, os ingredientes trazem a abertura dos caminhos nas finanças e prosperidade para o seu lar. Depois de colocar tudo no prato, deixe a vela queimar até acabar. Quando não houver mais chama, entregue os ingredientes, inclusive as sobras das velas, para a natureza.

Dinheiro no bolso
Material
1 vela vermelha de 3 dias
1 prato branco
3 paus de canela
3 galhos de folha de louro
3 moedas douradas
1 incenso de canela
Modo de fazer
Acenda o incenso de canela enquanto estiver preparando seu ritual. No centro do prato coloque a vela e ao redor coloque as 3 moedas douradas e os 3 pedaços de canela em pau e os 3 galhos de folhas de louro. Acenda a vela e deixe queimar durante os três dias. Coloque num lugar agradável da sua casa.
Quando a vela terminar entregue tudo num local onde haja natureza. Realize esse ritual na noite do dia 31 de dezembro para atrair a prosperidade para o ano que se inicia.

Para vender Saúde
Material
2 litros de água fervente
7 crisântemos de todas as cores. "O crisântemo atua eliminando as bactérias do organismo, reduzindo a inflamação e promovendo a atividade do sistema imunológico", explica.
7 cravos brancos
7 gotas de essência de mirra
Modo de fazer
Ferva a água em uma panela. Desligue o fogo e acrescente os crisântemos e os cravos. Coloque a essência de mirra e espere o banho ficar em temperatura ambiente. Tome um banho normal e, em seguida, jogue esta infusão do pescoço para baixo. Separe as sobras e jogue em um jardim ou embaixo de uma árvore, isso te trará muita saúde.

Ritual de paz para transformar as energias negativas em positivas
Material
1 vela violeta (de três ou sete dias)
1 prato branco "Você pode fazer aqui a oração de sua religião ou crença que te faça bem. O Salmo 91 da Bíblia (salmo mais poderoso que nos fortalece e nos traz proteção divina) é uma boa opção para quem não tem nenhuma crença específica e quer fazer o ritual. Caso não queira usar orações religiosas, faça seus pedidos com força enquanto realiza o ritual", explica o esotérico.
Modo de fazer
Coloque a vela no centro do prato. Acenda-a e leia sete vezes seguidas o Salmo 91 da Bíblia. Mentalize a solução positiva para seu problema ou dificuldade e repita este ritual quantas vezes forem necessárias.
O salmo deve ser lido todos os dias em que a vela permanecer acesa. Ao final do ritual jogue as sobras em um local onde haja natureza. Observações: "Caso a pessoa tenha outra crença, pode fazer a oração de sua preferência", explica André.

Sucesso profissional
Material
1 saquinho de tecido dourado
1 pedaço de papel branco
1 lápis
3 imãs
3 cravos - da- índia
moedas douradas de valor corrente
1 vareta de incenso de acácia
Modo de fazer
Escreva seu nome e data de nascimento no papel branco. Coloque este papel junto aos demais ingredientes dentro do saquinho dourado e feche-o. Passe esse amuleto sobre a fumaça do incenso mentalizando seus pedidos profissionais. Quando já tiver realizado seus desejos ou quando achar necessário jogue-o num local onde haja natureza.

NOTA DE FIM DE FOLHA:

i 0+1+0+1+2+0+1+0= MÊS 5 – Tempo de germinar. Confie nas circunstâncias. O ritmo é acelerado e haverá mudanças súbitas de situação. Dificuldade de concentração. Explore coisas novas. Magnetismo pessoal em alta. O sucesso dependi da capacidade de adaptação. Use o Azul é a cor da harmonia e o estímulo da compreensão. O azul neutraliza as energias negativas e diminui a ansiedade. Simboliza a confiança e o equilíbrio.
0+1+0+2+2+0+1= MÊS 6 – O florescimento. Mês para aceitar responsabilidades e estabelecer acordos. Honre os compromissos. Seja útil aos que estão à sua volta. No entanto, não se intrometa nos assuntos alheios e não dê conselhos não solicitados. Sua felicidade neste ano depende da sua dedicação à família e à comunidade. Use o Anil é a cor da sabedoria e que estimula as faculdades psíquicas. É um poderoso ativador da imaginação e intuição. É a representação da inspiração, concentração e discernimento.
0+1+0+3+2+0+1+0+ MÊS 7 – As plantas dão frutos. Mês para introspecção e atividades intelectuais. Resolva os conflitos emocionais. Afaste-se da superficialidade e da agitação. Evite a busca materialista, pois quanto menor a ambição, maior o ganho, e vice-versa. Não descuide da saúde. Não ligue para as decepções e evite mal-entendidos. Use o Violeta poes representa a espiritualidade, a expansão da consciência. Sua ação purifica a aura e elimina as impurezas astrais. É a cor da intuição, devoção e contemplação.
0+1+0+4+2+0+1+0= MÊS 8 – A hora da colheita. Mês dinâmico; o dinheiro talvez venha de uma fonte inesperada, mas também há despesas a considerar. Os negócios deverão prosperar. Melhora de condição financeira. Neste ano, lute pelo que acha que merece. Bom senso, ambição, eficiência é que lhe trarão sucesso e felicidade. Use o Rosa é a cor que representa a emotividade, o amor e a fidelidade. Sua ação harmoniza a aura, equilibra o chakra cardíaco e elimina as impurezas do sangue.
0+1+0+5+2+0+1+0= MÊS 9 – Tempo de regar a terra depois da colheita e de preparar um novo plantio. Mês de purificação, situado entre o fim de um ciclo e o inicio de outro. Acabe com relacionamentos desgastados, prepare o terreno para o novo. Não é um bom ano para começar coisas novas, mais favorece o aprendizado, o ensino. Conclua seus projetos. O sucesso vira com a solidariedade, o desapego emocional e o abandono de tudo o que já começa a sair da sua vida. A cor é o Branco que representa a paz, a purificação, a calma e a virtude. É a união de todas as cores. Sua ação clareia os pensamentos e equilibra a mente.
0+1+0+6+2+0+1=0= MÊS 1 – Plantando as sementes. Mês para dar início às coisas novas, e tudo o que você começar terá sucesso garantido. Mas faça uma boa avaliação dos fatos. Alcançara sucesso se for independente, criativo, seletivo e se usar sua intuição. Use o Vermelho: é a cor da vitalidade, estimulante da sensualidade, das paixões. Ativa a circulação e o metabolismo e é também a cor das pessoas autoconfiantes, firmes, cheias de auto-estima e coragem.
0+1+0+7+2+0+1+0= MÊS 11 - O Brasil tendêm a inspirar os outros país que estão ao seu redor. Momento sensível e intuitivo e muitas vezes não perceberá esta sua forças interior. Enquando não souber lidar com a sua imensa sensibilidade, inspiração e intuição acabará sofrendo muito. O Brasil neste Mês cujo número é o 11 torna-se verdadeira antena sintonizada na energia ao seu redor. Enquando ele não ter consciência da sua intensa energia, transformarar-se em esponja que absorvem todas as energias, positivas e negativas, dos demais países com quem relaciona-se. Isto pode lhe causar muitos contratempo e também mal estar, como problemas internos.O Brasil precisará aprender a não se envolver nos problemas dos outros países, pois tem a tendência a pegar os problemas deles para si mesmo. O Brasil tem
deve aprender a se beneficiar e não se deixar deprimir com suas poderosas energias.
0+1+0+8+2+01+0= MÊS 3 - Mês benéfico ao Brasil pois começará a aparecer os primeiros frutos. Mês de relações sociais, saudáveis, com boas chances para novas associações. Aproveitando os envestimentos. Viajes que favorecerão ao País. Sendo visto e ouvido. Mas deverá evitar gastar muito dinheiro para não ter dificuldades no ano 2011. Deverá usar e abusar o Amarelo poi a cor símboliza a criatividade, pois estimulará a capacidade mental. O Brasil terá também eliminação das impurezas físicas e mentais. Por essas características é a cor do intelecto e do estudo.
0+1+0+9+2+0+1+0= MÊS 4 – Trabalho com afinco, mês do trabalho, estruturação e limitações. Mês favorável para investir em imóveis, prosperar nos negócios e reformar o País. Sucesso e felicidade virão com a autodisciplina. Não se deve descuidar da saúde do País. Se deve usar o Verde é a cor da esperança, o verde estimula e equilibra as emoções. É um ativador do poder de cura e do crescimento. Representa também o amor altruísta, a jovialidade e a regeneração.
0+1+1+0+2+0+1+0= MÊS 5 – Tempo de germinar, confie nas circunstâncias. O ritmo é acelerado e haverá mudanças súbitas de situação. Dificuldade de concentração. Explore coisas novas. Magnetismo pessoal em alta. O sucesso dependi da capacidade de adaptação. Use o Azul é a cor da harmonia e o estímulo da compreensão. O azul neutraliza as energias negativas e diminui a ansiedade. Simboliza a confiança e o equilíbrio.
0+1+2+0+2+0+1+0= MÊS 6 – O florescimento. Mês para aceitar responsabilidades e estabelecer acordos. Honre os compromissos. Seja útil aos que estão à sua volta. No entanto, não se intrometa nos assuntos alheios e não dê conselhos não solicitados. Sua felicidade neste ano depende da sua dedicação à família e à comunidade. Use o Anil é a cor da sabedoria e que estimula as faculdades psíquicas. É um poderoso ativador da imaginação e intuição. É a representação da inspiração, concentração e discernimento.
ii COMO SURGIU O JOGO DE ORUNMILÁ IFÁ
Como prova de sua indispensabilidade é importante mencionar que, quando Orúnmilá foi enfurecido por um de seus filhos, deixou a terra e foi para o céu. Com a ausência de Orunmila na terra surgiram grandes problemas, a ordem natural de todas as coisas e atividades inverteram-se, quando então, todas as pessoas reclamavam e buscavam alternativas para paz e normalidade.Orunmilá, finalmente, desceu do céu à terra e deixou Ikin (caroço sagrado) a seus filhos, para o representar, servindo também para encontrar soluções para todos os problemas na terra.
“Assim, o Ikin é mais que um simples caroço que as pessoas vêem, ele possui extrema importância na transmissão do conhecimento de Orunmila para homens e deuses”.IFÁ é a forma de adivinhação apresentada por Orunmila Ifá. Existem várias formas de jogo de Ifá, Orúnmila Ifá é uma dessas formas. Orunmila-Ifá é um dos nomes da divindade de Ifá; é certamente o sistema tradicional mais seguro para a confirmação do òrìsà do consulente, isto porque, Orunmilá está presente quando da criação do ser humano, e por este motivo é conhecido como Eléríí Ipín (testemunha a criação). Ele é o segundo braço de Olódúnmaré (Deus criador), é por isso que o babalawo quando joga interpreta as lendas indicadas pelo Odu de Ifa, para dar respostas ao consulente, de acordo com a queda do Opele-Ifá.O jogo de búzios (èrindinlógun) é uma das artes divinatórias das Religiões Afro-brasileiras, que consiste no arremesso de um conjunto de 16 búzios sobre uma mesa previamente preparada, e na análise da configuração que os búzios adoptam ao cair sobre ela. O adivinho, antes reza e saúda todos os Orixás e durante os arremessos, conversa com as divindades e faz-lhes perguntas. Considera-se que as divindades afectam o modo como os búzios se espalham pela mesa, dando assim as respostas às dúvidas que lhes são colocadas.No Brasil os búzios (conchas pequenas de praia), (cawris na África eram usados como dinheiro, foi moeda corrente) são usados pelos Babalorixás e Iyalorixás para comunicação com os Orixás, como adorno em roupas dos Orixás e para confecção de alguns fio-de-contas. Também é usado em outras religiões afro-descendentes em vários países.Merindinlogun é um dos muitos métodos divinatórios utilizado pelos Babalawos, Babalorixás e Iyalorixás que conta com 16 búzios. É um método diferente do jogo de búzios, pois nele ocorre a interpretação das caídas dos búzios de acordo com a mitologia iorubá.No merindilogun, as caídas são dadas conforme a quantidade de búzios abertos e fechados resultante de cada arremesso. Para cada quantidade de búzios abertos e fechados, corresponde um Odù e como ocorre no Opele-Ifá, esse odù deve ser interpretado, transmitindo-se ao consulente tanto o significado da caída, quanto o que deve ser feito para solucionar o problema. Cada odù indica diversas passagens da mitologia iorubá. Odu é um conceito do orixa.No sistema Ifá, que é o sistema de adicinhação iorubá, os 16 odus são os caminhos da vida. Cada pessoa tem o seu odu.O que é EBO? Palavra yorubana que significa oferenda. Dentro do culto aos Òrísà, quando necessário deverá ser feito um Ebo, é assim que o babalawo dizdepois de consultar o jogo de Opele Ifa.Através deste jogo o babalawo pode ver qual é o Odú que rege o consulente e que tipo deenergia está se manifestando no mesmo.Tem pessoas que chegam até o babalawo com energia negativa superior a energia positiva, como sabemos, para que aja um equilíbrio perfeito temos que estar com a energia positiva equivalente a energia negativa. Quando isto não ocorre, o consulente está em desarmonia em sua vida e é aí que entra o pedido do ebo pra equilibrar esta energia. Nos Ebos feitos no culto aos orisás são usados alguns materiais como: fava, ervas, pós e até mesmo eje (sangue) de um determinado animal. Quando do oferecimento destes Ebos, são rezados alguns tipos de Àdurá, para que o òrísà escute o pedido do babalawo e receba o Ebo ali ofertado.Ebo também é feito para agradecimento por graça alcançada pelos Òrísàs e é tão importante como o Ebo de pedido, pois de pedimos alguma coisa e recebemos a graça, temos a obrigação de agradecer, pois da próxima vez o Òrísà se lembrará disto.
01/02/2010 - OBARÁ MEJI Odu regido por Sòngó, Òsóòssi e Lògún Ode. Você luta com unhas e dentes pelo que quer e geralmente consegue muito sucesso material. Mas, no amor precisa entender que não pode exigir demais dos outros. A possibilidade de riqueza e progresso são uma constante neste odu. Seu lado negativo traz a calúnia, roubos, inveja, o que, normalmente, causam nas outras pessoas mesmo sem ter nada. Bem cultuado na vida pode trazer soluções ineperadas e auxílio de onde não se espera o que pode ainda ser o caminho de grande melhora de vida.
Sentença: Rei morto, príncipe coroado.
01/03/2010 - ODI MEJI Odu regido por Obalúwàiyé, Èsú e Òsóòssi . Você realmente está satisfeito com o que consegue. Mas não fica se lamentando. Prefere ir à luta. Caso aprenda com clareza seus objetivos, alacançará grandes êxitos. Seu lado negativo traz o desgosto pela vida, a perda da virgindade precoce, no caso de doentes traz o perigo de morte, perseguição, perda rápida daquilo que se conquista, e dificulade para se fixar em objetivos. Pessoas qu não temem a morte e bons feitiçeiros.
Sentença: Um pequeno buraco é indício de que existe uma saída.
01/04/2010 - EJIONILE Odu regido por Òsóògìnyón. Sua agilidade mental faz de você uma pessoa falante e muito ativa. Além disso, você gosta de poder e prestígio e chega a sentir inveja de quem está em melhor situação. Mas seu senso de justiça o empede de prejudicar quem quer que seja. Seu lado negativo traz a perseguição de pessoas perversas, intrigas, brigas, fofocas, ódio acumulado no íntimo da pessoa e sede por vingança contagiante. Sendo regido pelo deus da "guerra", quando seu lado negativo é tratado terá a pessoa a conquista de grandes vitórias.
Sentença: A cabeça comanda o corpo. Um só rei governa o povo.
01/05/2010 - OSSÁ MEJI Odu regido por Oyá e Yemonja. Você é uma pessoa que gosta de estudar cuidadosamente todas as coisas e sua larga visão de mundo em busca do conhecimento interior. Se quiser alcançar o sucesso, precisa tomar cuidado de manter alguma ordem no seu dia a dia. Seu lado negativo traz grandes desastres, perseguição e situações na vida de perdas onde não se espera acontecer. Quando se vai, seus nativos já estão vindo. Grande espiritualidade o que torna a pessoa muito adequada ao culto de òrìsà. Estas pessoas tem grande satisfação em viver os prazeres da vida.
Sentença: Por vezes a loucura não passa de conveniência.
01/06/2010 - OKANRAN MEJI Odu regido por Èsú. Você parece ser agressivo, mas na verdade está apenas lutando para preservar a independência da qual muito se orgulha. Você não poupa esforços para atingir seus objetivos, mas deve tomar cuidado para não arrumar inimigos à toa. Seu lado negativo implica grandes sustos na vida, grandes perigos, prisão, roubo, ruína, perda de tudo, ambição e intrigas.
Sentença: Para que o mundo exista, tem que haver o bem e o mal.
01/07/2010 - EJIOKO Odu regido por Ibeji e Ògún. Você se mostra calmo no comportamento e seguro nas decisões, mas na sua mente sempre exitem dúvidas. Não tenha medo de externar estas incertezas. Como muitas pessoas o amam, você acabará recebendo bons conselhos. Regidos por este odu têm personalidade marcante. Geralmente são criaturas tensas e nervosas, ávidas de vitória não importando a luta e sacrifício que terão de enfrentar para alcançarem a vitória, pessoas sinceras e que não aceitam a falsidade. Seu lado negativo traz prisões, brigas, casos de justiça, desfechos perigosos na situações da vida e crimes.
Sentença: A guerra começa entre dois irmãos.
01/08/2010 - ETÁOGUNDÁ - Odu regido por Ògún e Obalúwàiyé. A obstinação que se traduz em agitação e inconformismo, é uma das suas principais características. Mas, se usar suas qualidades, como a coragem, criatividade e a perseverança, consiguirá o que mais anseia: o poder e o sucesso. Seu lado negativo traz a inveja, normalmente vecem as situações com dificuldades, falta de sorte no amor, morte com familiar e situações onde possa haver feitiços com a pessoa.
Sentença: A tragédia sempre é ocasionada por alguma coisa.
01/09/2010 - IROSSUN MEJI Odu regido por Yemonja e pelos eguns. Sempre sereno e disposto a ver tudo com muita clareza e objetividade, você sabe resouver situações confusas ou tumultuadas. Tem plena conciência da sua força moral e não hesita em usá-la para atingir todas as suas metas. Pessoas francas, geralmente "mão aberta" pra dinheiro e que não gostam de ver ninguém "chorando" miséria. Pessoas gratas que gostam de ajudar e têm gosto pelo oculto, mistério e misticismo. Seu lado negativo traz a calúnia, a difamação, traições e indecisões. No caso de mulheres em busca de relacionamento difilmente terão hesito.
Sentença: Ninguém conhece os segredos guardados pelo oceano.
01/10/2010 - OXÊ MEJI Odu regido por ÒXÚN. Sensível e sempre atento, você é uma pessoa sempre disposta a proporcionar alegria aos outros. Mas há momentos nos quais você precisa de isolamento para poder refletir, pois preza muito sua liberdade e, sobretudo, seu crescimento. Pessoas vaidosas e que se interessam muito pelo ocultismo além de grande força espiritual. Desenvolvendo a espiritualidade tornam-se grandes feitiçeiros. Normalmente ocupam cargos importantes dentro do culto de òrìsà. Seu lado negativo implica a falsidade, promessa de pessoas influentes com desfecho infeliz, ambição, fracassos amorosos e a ilusão de viver situações fantasiosas.
Sentença: É sangue o que corre em nossas veias.
01/11/2010 - OBARÁ MEJI Odu regido por Sòngó, Òsóòssi e Lògún Ode. Você luta com unhas e dentes pelo que quer e geralmente consegue muito sucesso material. Mas, no amor precisa entender que não pode exigir demais dos outros. A possibilidade de riqueza e progresso são uma constante neste odu. Seu lado negativo traz a calúnia, roubos, inveja, o que, normalmente, causam nas outras pessoas mesmo sem ter nada. Bem cultuado na vida pode trazer soluções ineperadas e auxílio de onde não se espera o que pode ainda ser o caminho de grande melhora de vida.
Sentença: Rei morto, príncipe coroado.
01/12/2010 - ODI MEJI Odu regido por Obalúwàiyé, Èsú e Òsóòssi . Você realmente está satisfeito com o que consegue. Mas não fica se lamentando. Prefere ir à luta. Caso aprenda com clareza seus objetivos, alacançará grandes êxitos. Seu lado negativo traz o desgosto pela vida, a perda da virgindade precoce, no caso de doentes traz o perigo de morte, perseguição, perda rápida daquilo que se conquista, e dificulade para se fixar em objetivos. Pessoas qu não temem a morte e bons feitiçeiros.
Sentença: Um pequeno buraco é indício de que existe uma saída.
HISTÓRIA DA FECUNDAÇÃO DOS ODUS:
HISTÓRIA DA FECUNDAÇÃO DO ODU OKARAN
OLURUM, através de OBATALÁ, fez o homem que era a sua própria imagem e o chamou ISELÉ.
Em razão de ISELÉ viver muito só, sentiu necessidade de uma companheira para poder procriar, procurou então OBATALÁ e narrou o seu pedido. OBATALÁ comovido chamou um EBORÁ dos mais puros e pediu que ajudasse ISELÉ naquilo que precisasse. O EBORÁ ao tomar conhecimento dos fatos não aceitou a determinação de OBATALÁ , revoltando-se. OBATALÁ então, mediante a insubordinação do EBORÁ, fez com que ele descesse para a grande profundeza da terra, arrastando consigo todos os pecados. No interior da terra, o EBORÁ encontrou uma pedra vermelha (laterita) e alimentou-a com um acaçá vermelho. Dali nasceu o ODU OKARAN, parido em consequência da revolta, desobediência e insubordinação.
HISTÓRIA DA FECUNDAÇÃO DO ODU EJIOKO
OLODUMARE se achava em dificuldades na manutenção do equilíbrio entre o ÓRUN e o AIYÊ, em razão da sucessão de mentiras e falsidades que acabaram entrando em choque com a honestidade e firmeza de caráter de outros seres, tendo em conseqüência uma série de desavenças, guerras e até mesmo pequenos conflitos que passaram a ameaçar não só a paz e a harmonia dos dois mundos, mas também a própria existência do mundo material. Resolveu então OLODUMARE consultar seu irmão e grande amigo, BABÁ ORUNMILÁ IFÁ, que o aconselhou a arriar uma oferenda na beira de um rio de água limpa, sobre um pedaço de pano branco, onde deveria colocar um acaçá vermelho para o ODU OXÊ e um acaçá branco para o ODU EGIONILE, duas cabaças com água no meio e duas lanças de ferro. Assim fez OLODUMARE e, no outro dia, ao retornar ao local da oferenda, encontrou um jovem garboso que dizia chamar-se ODU EGIOKO, tendo sido enviado por OLORUM, o DEUS DA CRIAÇÃO, para destruir o mal que afligia a terra, destruindo os falsos e mentirosos.
Este ODU diz ter sido portanto gerado por OXÊ e EGIONILE, não trazendo consigo qualquer espécie de pecado.
Fala na terceira casa do Oráculo de Ifá. Respondem Ogun e Obaluaiyê. É representado por três búzios abertos e treze fechados.
HISTÓRIA DA FECUNDAÇÃO DO ODU ETAOGUNDÁ
Este Odu foi fecundado na areia da praia, com um pano branco, três chaves de ferro, três acaçás brancos, três acaçás vermelhos, três pedras de minério de ferro, três peixes corvina, três cavalos marinhos, três cocos secos, e três cabaças. O seu surgimento simboliza a abertura dos caminhos e exerce nos seres humanos grande influência nos rins, pernas e braços.
HISTÓRIA DA FECUNDAÇÃO DO ODU IOROSSUN
OBATALÁ chamou por mais uma vez ISELÉ e mandou que raspasse uma madeira de cor vermelha para extrair um pó de nome ossum. Determinou que cravasse em um brejo quatro lanças de madeira, amarrada na ponta de cada lança uma cabaça e, colocasse no interior de cada uma das cabaças um pouco daquele pó, pedaços de pano vermelho e quatro argolas de cobre. Deste fato nasceu o Odu IOROSSUM, nascido sem pecado.
Do Odu IOROSSUM, surgiu NANÃ IBAIM, a primeira yabá, a mais velha de todas que se uniu com ÓDÙDÚWÁ. Desta união nasceu OXOSSE OKÉ que juntou-se à OXUM OLOKÉ, que não gera filhos. OXOSSE OKÉ então se une ä IANSAN. Esta gera dezesseis filhos que acabam sendo criados por OXUM OLOKÉ, dando origem à IBEJI. OXOSSE OKÉ, além de caçador, se torna sacerdote.
Da união de NANÃ IBAIM com ÓDÙDÚWÁ, nasce EXU OLÁ (rei de todos os Exus), OMULU, OXUMARÊ, IYEMONJÁ e OSSAYIN ABENEJI. OSSAYIN ABENEJI transforma-se na própria botânica, como SENHOR de todas as ervas.
HISTÓRIA DA FECUNDAÇÃO DO ODU OXÊ
Este Odu foi gerado de cinco espelhos e um pano bem alvo na beira do rio. Foi concebido sem pecado original. Desta concepção nasceu Oxum Gimun, a mais velha das Oxuns.
HISTÓRIA DA FECUNDAÇÃO DO ODU IOROSSUN ODU OBARÁ
Este Odu representa a riqueza, foi gerado de um bloco de ouro. As suas arestas representam as riquezas.
O Odu OBARÁ fez a fecundação com EGILAXEBORÁ, de OBARÁ veio AGÉ, e de EGILAXEBORÁ nasceu ARAIUN, que por sua vez não vem na cabeça de ninguém e gerou doze Xangôs. AGÉ nada gerou.
HISTÓRIA DA FECUNDAÇÃO DO ODU ODI
O Odu ODI se uniu ao Odu ETAOGUNDÁ. Desta união surgiu OMULU ORUEJE. Do Odu Odi nasceu OMULU JAGUM E OXUMARÉ. Do Odu ETAOGUNDÁ surgiu YEMANJÁ e ANIBUN; desses dois nasceu OGUN IOROMINAN ABALAJÚ, que deu origem a OGUN MEJEJÊ AJÁ (OGUN JÁ).
O Odu ODI foi fecundado com farofa d'água, metal branco, metal amarelo, ímã, sete guizos dourados e pedra de minério. Representa dores e embaraços.
HISTÓRIA DA FECUNDAÇÃO DO ODU EJIONILÊ
ISELÉ recebeu de OLODUMARE a ordem de, no alto de um morro gramado, aos pés de uma palmeira, colocar uma grande cabaça aberta, com oito acaçás brancos, oito argolas de chumbo, oito pedras lisas brancas, oito búzios e sacrificar dentro da cabaça um animal de quatro patas, de cor branca. Dessa oferenda foi fecundado o Odu EGIONILÊ, e de sua fecundação nasceu KINAMAN, empregado fiel que sempre o acompanha.
A cor do Odu EGIONILÊ é branca, por este motivo, não se usa azeite de dendê, nem qualquer outra coisa de cores vermelha ou preta em suas obrigações.
HISTÓRIA DA FECUNDAÇÃO DO ODU OSSÁ
OBÁ OLOKUN, rei do mar, consultou sua esposa ILAKUN, rainha do mar, e a mesma falou da necessidade de um guerreiro para chefiar seu exército. O rei então procurou OLODUMARE para se aconselhar a respeito, tendo o mesmo lhe dito que o melhor seria construir um guerreiro com todas as qualidades desejadas, Disse para o rei colocar um pano azul, um pano vermelho, uma estrela do mar, nove barras de ferro e nove acaçás de leite de coco doce na beira do mar. Assim fez OBÁ OLOKUN. Naquela madrugada então foi fecundado um príncipe que surgiu armado com nove lanças, cavalgando um enorme cavalo marinho, dizendo chamar-se ODU OSSÁ MEJI, e nasceu com toda autoridade de um chefe de exército.
HISTÓRIA DA FECUNDAÇÃO DO ODU OFUN
OLORUN chamou ISELÉ para falar da necessidade da criação de um Odu que trouxesse paz e equilíbrio à terra. Mandou então ISELÉ pegar um efun e raspar sobre uma peça de prata numa folha de caapeba junto com um pedaço de cristal de rocha e que misturasse tudo com orvalho e neblina, colocando a mistura sobre um monte de areia no alto de um morro. No outro dia, ao raiar do sol, surgiu o Odu OFUN , gerado puro, sem pecado, trazendo com ele os Orixás OXOLUFAN e ODUDUWÁ.
HISTÓRIA DA FECUNDAÇÃO DO ODU OWARIN
OLODUMARE precisava de um empregado. Depois de tanto procurar e não encontrar, resolveu gerá-lo para dispor de seus serviços
Em uma encruzilhada aberta, colocou pedaços de pano preto, vermelho e branco e sobre os panos, onze cabacinhas abertas cheias de mel e uma corrente de ferro com onze elos, uma garrafa de aguardente e onze búzios abertos. No dia seguinte surgiu o Odu OWARIN, que pariu EXU ÒLA, rei dos Exus, que passou a servir OLODUMARE em seus desejos.
HISTÓRIA DA FECUNDAÇÃO DO ODU EJILAXEBORÁ
O Reino de OYÓ se achava em péssimas condições. As intempéries da natureza fustigavam o local trazendo pânico aos seus habitantes.
Um dos OBÁS de XANGÔ, condoído com a situação do povo, resolveu procurar um BABALAWÓ. Este, consultado, narrou ao OBÁ que a ira de OLODUMARE castigava aquele reinado e que havia necessidade de fazer oferendas. Voltando ao Reino, o OBÁ falou com os outros OBÁS e estes por sua vez resolveram fazer a tal oferenda. Acenderam uma enorme fogueira e próximo a ela colocaram uma gamela de madeira com doze quiabos, doze pedrinhas brancas, um par de chifres de carneiro, doze argolas de cobre, doze xéres, doze OXÊ s, doze ímãs, doze favas de alibé, tudo sobre doze punhados de areia do mar. No dia seguinte, quando a fogueira se apagou, surgiu um belo príncipe que ao ser indagado disse chamar-se EGILA XEBORÁ, nascendo com ele XANGÔ ARAUREM (hoje não mais cultuado) que gerou LOGUN-EDÉ.
HISTÓRIA DA FECUNDAÇÃO DO ODU EJIOLIGBAN
Uma IYAMI AJÉ, Mãe feiticeira, habitante de uma lagoa de água doce, sentindo-se muito só, viu a necessidade de criar para si uma companhia.
Sobre uma pedra no meio da lagoa, forrou um pano azul e um pano vermelho, sobre os panos colocou uma panela de barro, treze cabacinhas, treze pinhas, treze argolas de cobre, um obi, um orobô, treze bandeirolas brancas, treze eguidis, treze ikos, treze vinténs de cobre e treze ímãs, cobrindo tudo com palha da costa.
No amanhecer do outro dia, coberto pelos primeiros raios do sol, surgiu um ser trazendo em suas mãos uma foice de metal e disse chamar-se Odu EGILIOGBAN, filho de IYAMI AJÉ em conseqüência trazendo consigo AJÉ, o que o tornava perigoso, mensageiro das calamidades da morte.
HISTÓRIA DA FECUNDAÇÃO DO ODU IKÁ
A fecundação histórica deste Odu fala que seu aparecimento foi para destruir ISELÉ, ele significa a destruição do homem ou sua ascensão.
ISELÉ, achou-se muito importante perante ORUNMILÁ, motivo pelo qual foi destruído por IKÁ.
HISTÓRIA DA FECUNDAÇÃO DO ODU OBEOGUNDÁ
Este Odu é feminino, foi gerado de acaçás brancos e amarelos, próximo de uma montanha de minério de ferro. Veio pôr fim a uma guerra entre irmãos.
HISTÓRIA DA FECUNDAÇÃO DO ODU ALÁFIA
ALÁFIA significa a parte positiva de cada Odu, quando se faz uma súplica à ORUNMILÁ, quer dizer que se está fazendo pedido a uma força superior. Este Odu foi gerado sem pecado original.

iii 1º ÒRÌXÀ DO ANO DE 2010 IYEU IYEU OXUN:
Iyeu Iyeu Osun, Oshun, Ochun ou Oxum, na Mitologia Yoruba é um orixá feminino. O seu nome deriva do rio Osun, que corre na Iorubalândia, região nigeriana de Ijexá e Ijebu. Identificada no jogo do merindilogun pelos odu ejioko e Ôxê, representado materialmente e imaterial pelo candomblé, através do assentamento sagrado denominado igba oxum.
É tida como um único Orixá que tomaria o nome de acordo com a cidade por onde corre o rio, ou que seriam dezesseis e o nome se relacionaria a uma profundidade desse rio. As mais velhas ou mais antigas são encontradas nos locais mais profundos (Ibu), enquanto as mais jovens e guerreiras respondem pelos locais mais rasos. Ex. Osun Osogbo, Osun Opara ou Apara, Yeye Iponda, Yeye Kare, Yeye Ipetu...
Em seu livro Notas Sobre o Culto aos Orixás e Voduns, Pierre Fatumbi Verger escreve que os tesouros de Oxum são guardados no palácio do rei Ataojá. O templo situa-se em frente e contém uma série de estátuas esculpidas em madeira, representando diversos Orixás: "Osun Osogbo, que tem as orelhas grandes para melhor ouvir os pedidos, e grandes olhos, para tudo ver. Ela carrega uma espada para defender seu povo."
O Festival de Osun é realizado anualmente na cidade de Osogbo, Nigéria
O Bosque Sagrado de Osun-Osogbo onde se encontra o Templo de Osun é Patrimônio Mundial da UNESCO desde 2005.
Grande desavença;
Oxum, Oyá, Obá eram esposas de Xangô. Obá queria fazer uma comida que agradasse o marido, mas não sabia por onde começar. Era a vez da segunda esposa, Oxum, cozinhar, e confusa, Obá lhe pergunta o que ela irá fazer para o marido em comum. Oxum responde que fará uma sopa que Xangô amava: Sopa de Orelha. Com isso, Oxum disse ter decepado sua orelha e posto na sopa, mas na verdade pôs cogumelos. Xangô comeu feliz e agradeceu a Oxum. Na vez de Obá, a mesma decepou a própria orelha direita e deu para o marido comer na sopa. Xangô ficou irado com ela, neste momento, Oxum tirou um turbante da cabeça revelando as duas orelhas intactas debochando muito da ingênua Obá, que foi expulsa do reino por Xangô. Com ódio mortal de Oxum, Obá se joga nas águas violentas de um rio e morre. Com isso, todo o seu choro antes de morrer se transforma num furioso rio, que arrebenta tudo pela frente. Na África há dois rios cujos nomes se Chama Oxum e Obá e eles batem um de frente com o outro enfurecidamente, arrebentando tudo que chega perto. Muitas mulheres aqui na Terra são filhas de Oxum e Obá tem uma tendência natural e, para elas, estranha tendência de se odiarem e se detestarem quando se verem pela primeira vez. Talvez essas mulheres não sejam de religiões afro-brasileiras e não sabem o que ocorre, e ficam se odiando a vida toda.
Brasil:
Oxum é um Orixá feminino da nação Ijexá adotada e cultuada em todas as religiões afro-brasileiras. É o Orixá das águas doces dos rios e cachoeiras, da riqueza, do amor, da prosperidade e da beleza, em Oxum, os fiéis também buscam auxílio para a solução de problemas no amor, uma vez que ela é a responsável pelas uniões e na vida financeira, tanto que muitas vezes é chamada de Senhora do Ouro que outrora era do Cobre por ser o metal mais valioso da época.
Na natureza, o culto à Oxum costuma ser realizado nos rios e nas cachoeiras e, mais raramente, próximo às fontes de águas minerais. Oxum é símbolo da sensibilidade e muitas vezes derrama lágrimas ao incorporar em alguém, característica que se transfere a seus filhos identificados por chorões.
Candomblé Bantu - a Nkisi Ndandalunda, Senhora da fertilidade, e da Lua, muito confundida com Hongolo e Kisimbi, tem semelhanças com Oxum.
Candomblé Ketu - Divindade das águas doces, Oxum é a padroeira da gestação e da fecundidade, recebendo as preces das mulheres que desejam ter filhos e protegendo-as durante a gravidez. Protege, também, as crianças pequenas até que comecem a falar, sendo carinhosamente chamada de Mamãe por seus devotos.
Qualidades de Oxum
Kare - veste azul e dourado cor do ouro usa um abebé e um ofá dourados
Iyepòndàá ou Ipondá - é a mãe de Logunedé, orixá menino que compartilha dos seus axés. Ambos dançam ao som do ritmo ijexá, toque que recebe o nome de sua região de origem, usa um abebé nas mãos (espelho de metal), uma alfange (adaga)[1] por ser guerreira e um ofá (arco e flecha) por sua ligação com Oxóssi.e as das mais jovem e nunca pode faltar o ofa dourado isso e muito importante
Yeyeòkè
Iya Ominíbú
Ajagura
Ijímú
Ipetú
Èwuji
Abòtò
Ibola
Oparà ou Apará - qualidade de Oxum, em que usa um abebé e um alfange (adaga) ou espada. Caminha com Oya Onira que muitas vezes são confundidas. Diferente das outras Oxuns por ter enredo com muitos Orixás, vem acompanhada de Oyá e Ogum.
Confecção:
Dentro de uma terrina de porcelana ou louça são dispostos vários apetrechos, são encontrados uma média de oito (8) ou dezeseis (16) búzios, cinco (5) pequenas bolas de ouro e cobre, obis, moedas de cobre e ouro, confirmando sua ligação com o odu Ôxê, e o sagrado apetrecho mais importante de todos os orixas, o otá, tudo isso conservado com manteiga de karité chamado de ori ou limo da costa, azeite doce em algus tipos de oxum azeite de dendê e mel de abelha.
A terrina é colocada no centro de uma bacia, também de porcelana, sobre dois (2) pratos que servirá de apoio e mais oito devidamente equilibrados simbolizando os pontos cardeais e pontos colaterais, ornados com búzios de praia, colares de ouro, colheres douradas e muitas jóias a depender da posse do iniciado. Tudo colocado cuidadosamente sobre uma talha de barro ou porcelana cheia de água, geralmente com muito perfume, chamada pelo povo de santo de água de cheiro .
Nota: Todos assentamentos "igba orixá", devem ser preparados e sacralizados em rituais próprios por Babalorixas ou Iyalorixas. Na preparação de qualquer assentamento de orixá os rituais da sasanha, folha sagrada e água sagrada são imprescindíveis.
Efirin: A alfavaca (Ocimum basilicum L.; Lamiaceae), também chamada de manjericão ou manjericão de folha-larga é uma planta cujas folhas são muito utilizadas como temperos; além, disso, é bastante apreciada como planta ornamental devido às suas flores. Costuma-se retirar suas primeiras florações para aumentar o número de folhas e o ciclo da planta.
Na culinária, as suas folhas são utilizadas como um aromático tempero, em alimentos como a tradicional pizza Margherita.
Propriedades medicinais
Na medicina popular, as suas folhas e flores são utilizadas no preparo de chás por suas propriedades tônicas e digestivas. São indicados ainda para problemas respiratórios e reumáticos. Sinonímia botânica: Ocimum pilosum Willd.
Eré tuntún: Mentha L. ( Menta ) é um gênero botânico da família Lamiaceae, espécies com a maioria originárias da América do Norte, Austrália e Ásia.
As mentas são plantas herbáceas vivazes , compreendendo numerosas espécies, das quais muitas são cultivadas visando suas propriedades aromáticas e condimentares, ornamentais ou medicinais.
A planta possui propriedades medicinais. É usada como anti-séptico, aromática, digestivo, estomáquica e expectorante.
Em países lusófonos, e especialmente no Brasil, as espécies desse gênero são popularmente conhecidas como Hortelãs.
Macassá: Hyptis é um gênero botânico da família Lamiaceae . Espécies: Este gênero é composto por 583 espécies:
Teté: Amaranthaceae é uma família de plantas angiospérmicas (plantas com flor - divisão Magnoliophyta), pertencente à ordem Caryophyllales.
A ordem à qual pertence esta família está por sua vez incluída nas Eudicotiledônias: desenvolvem portanto embriões com dois ou mais cotilédones.
São ervas, comumente suculentas, algumas lianas e arbustos. Folhas simples, alternas ou opostas. Inflorescências geralmente muito densas. Flores pequenas bissexuadas (hermafroditas) ou unissexuadas. Ex.: Amaranthus spp. (caruru); Alternanthera (carrapichinho); Beta vulgaris (beterraba); Spanacia oleracea (espinafre); Chenopodium ambrosioides (erva-de-Santa-Maria)
Ejá Omodé :Aguapé é a denominação popular de algumas espécies de plantas aquáticas da família Pontederiaceae. São plantas flutuantes e rizomatosas que tem preferência por rios de fluxo lento ou lagoas de água doce. Reproduzem-se rapidamente por meios vegetativos, mas também produzem frutos e sementes em abundância.
A espécie de aguapé mais conhecida é Eichhornia crassipes (Martius) Solms-Laubach, popularmente conhecida, em alguns locais do Brasil, por gigoga e em Portugal por jacinto-de-água. É considerada uma planta daninha em canais de irrigação, represas, rios e lagoas. Possui uma alta tolerância a poluentes como metais pesados, e por isso também é uma planta infestante de sistemas fluviais e lacunares urbanos. Em seu local de origem, os rios da Amazônia, é predada por peixes e mamíferos aquáticos herbívoros.
Na ausência destes animais, e em corpos de água eutrofizados, o aguapé se reproduz com muita facilidade, entupindo-os rapidamente. Sua introdução nos sistemas de água das cidades brasileiras se deve justamente a sua característica de absorver e acumular poluentes, "filtrando" a água. Porém, quando em abundância, impede a proliferação de algas responsáveis pela oxigenação da água, causando a morte dos organismos aquáticos.
O aguapé também é cultivado como planta ornamental por apresentar repetidas floradas exuberantes e coloridas o ano inteiro.
Wuê mimolé : Pilea é um género botânico pertencente à família Urticaceae: Urticaceae é uma família botânica com sementes escondidas (Angiosperma) pertencente à ordem Rosales. Ela ocorre em quase globalmente menos nas zonas polares.
Descrição:
As plantas que consistem esta familia podem ser anuais ou perenes. Normalmente se trata de ervas algumas poucas vezes lenhosas (nos trópicos, algumas trepadeiras, alguns arbustos e raríssimas arvores.) As suas folhas tem caule visível. As folhas são alternadas ou opostas, em geral simples (mas existem algumas plantas com folhas compostas). Geralmente se acham estípulas.
As plantas da familia Urticaceae costumam ser dióicas ou seja, existem individuos femininos e masculinos. (existem algumas monóicas)
Nas religiões afro-brasileiras é sincretizada com diversas Nossas Senhoras, na Bahia ela é tida como Nossa Senhora das Candeias ou Nossa Senhora dos Prazeres. No Sul do Brasil é muitas vezes sincretizada com Nossa Senhora da Conceição, enquanto no Centro-Oeste e Sudeste é associada ora a esta denominação de Nossa Senhora ora com Nossa Senhora da Conceição Aparecida.
Ipeté, é um dos pratos da culinária baiana e como o acarajé também faz parte da comida ritual do candomblé, oferecida especialmente ao orixa Oxun.
inhame, azeite de dendê, cebola raladas, camarão sêco e defumado, gengibre ralado, camarões frescos inteiros e cozidos para enfeitar e sal.
Também oferecido ao Orixá Oxaguian, substituindo o dendê por azeite doce na festa do Pilão.
Preparo
Tirar a casca do inhame e cortar em pedaços pequenos, cozinhar ao ponto de amassar com um garfo, colocar os temperos e um pouquinho de sal e bater com uma colher de pau até ficar no ponto de um purê.
Colocar em uma tigela e enfeitar com os camarões inteiros.
Omolocum - comida ritual da Orixá Oxum, é feito com feijão fradinho cozido, refogado com cebola ralada, pó de camarão, sal, azeite de dendê ou azeite doce.
Enfeitado com camarões inteiros e ovos cozidos inteiros sem casca, normalmente são colocados 5 ovos ou 8 ovos, mas essa quantidade pode mudar de acordo com a obrigação do candomblé.
Ado - é uma Comida ritual feita de milho vermelho torrado e moído em moinho e temperado com azeite de dendê e mel, é oferecido principalmente à Orixá Oxum.

iv 2º ÒRÌXÀ DE 2010 BÀBÁ AKINJOLÊ: Oxaguian na mitologia yorubá é um jovem guerreiro, um Oxalá jovem, seria filho de Oxalufon, identificado no jogo do merindilogun pelo odu ejionile e representado materialmente e imaterial pelo candomblé, através do assentamento sagrado denominado igba oxaguian. Seu templo principal é em Ejigbo, estado de ?sun, onde ostenta o título de Eléèjìgbó, ou Rei de Ejigbo.
Em Lendas Africanas dos Orixás, Pierre Fatumbi Verger conta uma das lendas que Oxaguian teria nascido em Ifé, bem antes de seu pai tornar-se o rei de Ifan. Oxaguian, valente guerreiro, desejou, por sua vez, conquistar um reino. Partiu, acompanhado de seu amigo Awoledjê. Oxaguiã não tinha ainda este nome. Chegou num lugar chamado Ejigbô e aí tornou-se Elejigbô (Rei de Ejigbô). Oxaguiã tinha uma grande paixão por inhame pilado, comida que os iorubás chamam iyan. Elejigbô comia deste iyan a todo momento; comia de manhã, ao meio-dia e depois da sesta; comia no jantar e até mesmo durante a noite, se sentisse vazio seu estômago! Ele recusava qualquer outra comida, era sempre iyan que devia ser-lhe servido.
Chegou ao ponto de inventar o pilão para que fosse preparado seu prato predileto! Impressionados pela sua mania, os outros orixás deram-lhe um cognome: Oxaguiã, que significa "Orixá-comedor-de-inhame-pilado", e assim passou a ser chamado.
Awoledjê, seu companheiro, era babalawo, um grande advinho, que o aconselhava no que devia ou não fazer. Certa ocasião, Awoledjê aconselhou a Oxaguiã oferecer: dois ratos de tamanho médio; dois peixes, que nadassem majestosamente; duas galinhas, cujo fígado fosse bem grande; duas cabras, cujo leite fosse abundante; duas cestas de caramujos e muitos panos brancos. Disse-lhe, ainda, que se ele seguisse seus conselhos, Ejigbô, que era então um pequeno vilarejo dentro da floresta, tornar-se-ia, muito em breve, uma cidade grande e poderosa e povoada de muitos habitantes.
Depois disso Awoledjê partiu em viagem a outros lugares. Ejigbô tornou-se uma grande cidade, como previra Awoledjê. Ela era arrodeada de muralhas com fossos profundos, as portas fortificadas e guardas armados vigiavam suas entradas e saídas.
Havia um grande mercado, em frente ao palácio, que atraía, de muito longe, compradores e vendedores de mercadorias e escravos. Elejigbô vivia com pompa entre suas mulheres e servidores. Músicos cantavam seus louvores. Quando falava-se dele, não se usava seu nome jamais, pois seria falta de respeito. Era a expressão Kabiyesi, isto é, Sua Majestade, que deveria ser empregada.
Ao cabo de alguns anos, Awoledjê voltou. Ele desconhecia, ainda, o novo esplendor de seu amigo. Chegando diante dos guardas, na entrada do palácio, Awoledjê pediu, familiarmente, notícias do "Comedor-de-inhame-pilado". Chocados pela insolência do forasteiro, os guardas gritaram: "Que ultraje falar desta maneira de Kabiyesi! Que impertinência! Que falta de respeito!" E caíram sobre ele dando-lhe pauladas e cruelmente jogaram-no na cadeia.
Awoledjê, mortificado pelos maus tratos, decidiu vingar-se, utilizando sua magia. Durante sete anos a chuva não caiu sobre Ejigbô, as mulheres não tiveram mais filhos e os cavalos do rei não tinham pasto. Elejigbô, desesperado, consultou um babalaô para remediar esta triste situação. "Kabiyesi, toda esta infelicidade é consequência da injusta prisão de um dos meus confrades! É preciso soltá-lo, Kabiyesi! É preciso obter o seu perdão!"
Awoledjê foi solto e, cheio de ressentimento, foi-se esconder no fundo da mata. Elejigbô, apesar de rei tão importante, teve que ir suplicar-lhe que esquecesse os maus tratos sofridos e o perdoasse.
"Muito bem! - respondeu-lhe. Eu permito que a chuva caia de novo, Oxaguiã, mas tem uma condição: Cada ano, por ocasião de sua festa, será necessário que você envie muita gente à floresta, cortar trezentos feixes de varetas. Os habitantes de Ejigbô, divididos em dois campos, deverão golpear-se, uns aos outros, até que estas varetas estejam gastas ou quebrem-se".
Desde então, todos os anos, no fim da seca, os habitantes de dois bairros de Ejigbô, aqueles de Ixalê Oxolô e aqueles de Okê Mapô, batem-se todo um dia, em sinal de contrição e na esperança de verem, novamente, a chuva cair.
A lembrança deste costume conservou-se através dos tempos e permanece viva, também, na Bahia.
Por ocasião das cerimônias em louvor a Oxaguiã, as pessoas batem-se umas nas outras, com leves golpes de vareta... e recebem, em seguida, uma porção de inhame pilado, enquanto Oxaguiã vem dançar com energia, trazendo uma mão de pilão, símbolo das preferências gastronômicas do Orixá "Comedor-de-inhame-pilado."
Brasil
Oxaguian é um Oxalá jovem. Sempre de branco. Usa espada, escudo, polvarim e mão de pilão. Guerreiro, seu dia da semana é sexta-feira. Come cabra, e é o dono do inhame.
Seu lugar no Panteão dos Orixás:
Oxaguian ou Oxaguiã: Divindade Yorubá, cultuado no Candomblé afro-brasileiro.
Segundo a mitologia Yorubá, o universo foi criado por Olorum. Os filhos de Olorum são os Orixás, que receberam cada qual atribuições e responsabilidades sobre a criação de seu Pai. O primeiro e mais velhos dos Orixás é Oxalá, a quem se credita a criação do Homem.
Oxaguian é apontado como o aspecto jovem de Oxalá, outras vezes é apontado como filho de Oxalufã, o qual é tido como o aspecto velho de Oxalá. Oxaguian, "o moço", na sua forma "guerreira" de Oxalá, carrega uma espada, cheio de vigor e nobreza.
Oxaguian - escultura de Carybé em madeira, em exposição no Museu Afro-Brasileiro, Salvador, Bahia, Brasil
Na mitologia Yorubá, os Orixás associam-se a cidades ou regiões africanas, que seriam regidas ou favorecidas por seu respectivo Orixá. Seu templo principal é em Ejigbo, onde ostenta o título de Eléèjìgbó, ou Rei de Ejigbo.
Orixá do dinamismo e movimento construtivo, da cultura material. Seu domínio são as lutas diárias por sustento e trabalho e a paz. Oxaguian incentiva o trabalho e a superação. Oxaguian é o provedor, é o guerreiro da paz. Nunca entra numa batalha para perder, sempre ganhando suas lutas e superando quaisquer obstáculos.
É sempre retratado como um guerreiro forte, astuto e conquistador, Oxaguian rege as inovações, a busca pelo aprimoramento, o inconformismo. É um Orixá relacionado com o sustento do dia a dia, gostando de mesa farta. Seu sustento vem do fundo da terra ou da floresta. Ele detém todas as armas e as usa para alcançar seus objetivos, que são: dar para quem tem fome e até tomar de quem tem muito e não tem fome.
Sua comida favorita é o inhame. Sendo orixá das inovações e invenções, criou para si o pilão, de tal forma que pudesse saborear seu prato favorito. Daí inclusive deriva seu nome: Oxaguian significa literalmente “Orixá comedor de Inhame Pilado”.
Diz-se que enquanto Ogum fornece meios (ferramentas e armas) Oxaguian fornece inteligência e vontade para vencer. Representa o início de um movimento. Este orixá tem personalidade violenta e severa.
É com Oxaguian que se encerra o ciclo das festas de Oxalá com a festa do Pilão de Oxaguian (ojó odo)- o dia do pilão.
Características:
Suas armas (Ferramentas símbolos) são: espadas (sabre), Ofá (arco e flecha), Atori (Vara), Polvarim, Escudo e mão de pilão (seu maior símbolo);
Suas Cores: Branco e azul-claro;
Seu dia de devoção: Sextas-feiras;
Sua comida: é a canjica branca com oito bolas de inhame por cima;
Seu Metal: Prata e metais brancos;
Suas contas são: brancas intercaladas de azul claro;
Sua festa: Pilão de Oxaguiã (festa dos inhames novos);
Seus elementos: O Ar e a Atmosfera;
Saudação:Exêu epa bàbá!!!
Arquétipo dos filhos de Oxaguian:
A liderança é uma de suas especialidades. Duas características dividem os filhos de Oxaguian: Uns são amigos das intrigas, são orgulhosos, se acham os melhores , são faladores. Outros são voltados para a família, calmos e guardam segredos para si, mas todos são teimosos ou como eles próprios dizem determinados.
Na verdade são duas faces de Oxaguian, numa delas estão os filhos que carregam a espada e os outros, os mais calmos carregam a mão de pilão.
Os filhos de Oxaguian são valentes, guerreiros, combativos, geniosos, intuitivos , são instáveis, têm caráter romântico e são sensuais. Os filhos de Oxaguian não desprezam o sexo e cultivam o amor livre.
Além destas características, são alegres, gostam profundamente da vida, são faladores e brincalhões. Ao mesmo tempo são idealistas, defensores dos injustiçados, dos fracos e dos oprimidos.
Frequentemente são Orgulhosos, sedentos de feitos gloriosos.
Oxaguian é um jovem guerreiro combativo, seus filhos são habitualmente altos, esguios, eventualmente robustos, mas não são agressivos ou brutais.
Os filhos de Oxaguian são ciumentos e detestam concorrência. São criativos, generosos, inteligentes, sábios e justos. Em seu aspecto negativo porém, são também lentos, mandões, teimosos e podem ser violentos.
Itan do nascimento. Nasceu dentro de uma concha de caramujo. Não tinha mãe. E quando nasceu, não tinha cabeça, por isso perambulava pelo mundo, sem sentido e sem rumo. Um dia encontrou Ori numa estrada e este lhe deu uma cabeça feita de inhame pilado. Apesar de feliz com sua nova cabeça branca, ela esquentava muito, e quando esquentava Oxaguiã criava mais conflitos. E sofria muito. Um dia encontrou a morte (iku), que lhe ofereceu uma cabeça fria. Apesar do medo que sentia, o calor era insuportável, e ele acabou aceitando a cabeça preta que a morte lhe deu.
Mas essa cabeça era dolorida e fria demais. Oxaguiã ficou triste, porque a morte com sua frieza estava o tempo todo com o orixá.
Então Ogum apareceu e deu sua espada para Oxaguiã, que espantou Iku. Ogum também tentou arrancar a cabeça preta de cima da cabeça branca, mas tanto apertou que as duas se fundiram e Oxaguiã ficou com a cabeça azul, agora equilibrada e sem problemas. A partir deste dia ele e Ogum andam juntos transformando o mundo. Oxaguiã depositando o conflito de idéias e valores que mudam o mundo e Ogum fornecendo os meios para a transformação, seja a tecnologia ou a guerra.
Batalha dos Atoris:
Itan(história) Batalha dos Atoris. Na cidade Africana de Eleegibò até hoje por ocasião de sua festa os habitantes são divididos entre dois bairros e trocam golpes de atori (varas), relembrando o mito que diz sobre um Babalaô seu amigo que foi preso pelos guardas de Eleegibò ,por que se referiu o Rei como, Oxaguian (Orixá Comedor de Inhame) tendo sido encontrado no calabouço Oxagüian pediu-lhe perdão só aceito se os moradores da cidade trocasse golpes de varas durante suas festas (sob pena de não haver boa colheita caso isto não acontecesse).
O Castelo de Ogum: Itan(história) O Castelo de Ogum, Oxaguian, jovem filho guerreiro de Oxalá, acompanhava Ogum pela terra em suas guerras. Aproveitava de toda ocasião em que a guerra criava destruição para reconstruir no lugar algo maior e mais próspero. Assim espalhou pelo mundo prosperidade, sem descanso, obrigando todos a trabalhar e progredir. Onde via preguiça, inspirava movimento e crescimento. Um dia, entre uma batalha e outra, Oxaguian foi à cidade de Ogun para buscar provisões e encontrou um castelo que acabava de ser construído pelo povo do lugar em oferecimento a Ogum. Oxaguian perguntou ao povo: “Que vão fazer agora que terminaram de construir o castelo do seu rei?” “Descansar”, eles responderam. Oxaguian retrucou: “O seu rei ainda demora a voltar; vocês devem aproveitar deste tempo de maneira melhor. Construam um castelo ainda melhor e encham de alegria o seu rei.” Sacou da espado e com um toque empurrou a parede do castelo, que ruiu todo.” Oxaguian voltou para a guerra, e o povo pôs-se a construir um castelo ainda melhor.
O tempo passou e Oxaguian voltou à cidade de Ogun em busca de mais provisões. Encontrou lá um castelo ainda maior e melhor do que o que tinha derrubado. Semelhante diálogo se travou. Oxaguian perguntou ao povo: “Que vão fazer agora que terminaram o castelo do seu rei?” “Vamos descansar”, eles responderam. Oxaguian interrogou: “Mais uma vez, o seu rei demora a voltar; vocês que aproveitem ainda deste tempo de maneira melhor. Construam um castelo melhor para o seu rei.” Como tinha feito antes, sacou da espado e com um toque derrubou o castelo.” E partiu para guerra, voltando sempre em busca de novas provisões. Tantas vezes isto aconteceu que o povo do lugar se transformou em um povo de grandes construtores, desenvolvendo engenharia e arquitetura soberba, reconhecida mundialmente. Oxaguian promove o progresso. Não gosta de ver ninguém parado.
Ogum faz instrumentos agrícolas para Oxaguian:
Oxaguian, rei de Ejigbô, o Elejigbô, chamado "Orixá-Comedor-de-inhame-pilado", inventou o pilão para saborear mais facilmente seus prediletos inhames. Todo o povo do seu reino adotou a sua preferência. Todo o povo de Ejigbô comia inhame pilado. E tanto seu comia inhame em Ejigbô que já não se dava conta de plantá-lo. E assim, grande fome se abateu sobre o, povo de Oxalá.
Oxaguian foi consultar Exu, que o mandou fazer sacrifícios e procurar o ferreiro Ogum, que naquele tempo viva nas terras de Ijexá. O que podia fazer Ogum para que o povo de Ejigbô tivesse mais inhame?, consultou Oxaguian. Ogum pediu sacrifícios e logo deu a solução. Em sua forja, Ogum fez ferramentas de ferro.
Fez a enxada e o enxadão, a foice e a pá, fez o ancinho, o rastelo, o arado. "Leve isso para o seu povo, Elejigbô, e o trabalho na plantação vai ser mais fácil. Vão colher muitos inhames, mais do que agora quando plantam com as mãos", disse Ogum. E assim foi feito e nunca se plantou tanto inhame e nunca se colheu tanto inhame. E a fome acabou.
O povo de Ejigbô, agradecido cultuou Ogum e ofereceu a ele banquetes de inhames e cachorros, caracóis, feijão-preto regado com azeite-de-dendê e cebolas. Ogum disse a Oxaguian: "Na casa de seu Pai todos se vestem de branco, por isso também assim me visto para receber as oferendas". E o povo o louvava e Ogum ficou feliz. E o povo cantava: "A kaja lónì fun Ògúnja mojuba". "Hoje fazemos sacrifício de cachorros a Ogum, Ogunjá, Ogum que come cachorro, nós te saudamos". Oxaguian disse a Ogum: "Meu povo nunca há de se esquecer de sua dádiva. Dê-me um laço de seu abadá azul, Ogum, para eu usar com meu axó funfun, minha roupa branca. Vamos sempre nos lembrar de Ogunjá". E, do reino de Ejigbô até as terras de Ijexá, todos cantaram e dançaram.
Os Òrìsà Funfun(do pano branco)
Os "Òrìsà Funfun" são aqueles que vieram com Òbàtálá, seu líder, para Àiyé, ou posteriormente, aderiram ao grupo ou a ele. Praticamente são considerados como um clã ou sua "própria família". Òbàtálá se tornou o mais conhecido e reverenciado de todos os Òrìsà, por toda terra dos Yorubas e por extensão em todo o Mundo.
Òbàtálá e Yemowo, sua única esposa, no templo de Ìdèta-Ilê em Ilê-Ifé, no bairro de Itapa, anteriormente era no bairro de Ìdèta. -
Alguns dos Òrìsà Funfun(do pano branco)* :
Òrìsàála, Òrìsà-nla, Òsàla, ou Òbàtálá : O primeiro Òrìsà a ser criado por Olódùmarè.
Òrìsàteko ou Eteko Oba Dùgbè : Um grande guerreiro associado a Òbàtálá nas longas disputas de liderança com Odùduwà. Como seu principal templo é em Ìjúgbè, é também conhecido por Òrìsà Ìjùgbè. Este Òrìsà também esta relacionado com a agricultura, dizem que foi o primeiro a cultivar o inhame.
Òrìsà Akiré : Um guerreiro poderoso e rico e que tinha muitos escravos, tudo oriundo de espólios de suas conquistas. Seus principais templos são em Ìlàré e em Arùbídì. Dizem uns que Òrìsàkiré é um Òrìsà da paz, da produtividade e da opulência.
Òrìsà Aláse ou Olúorogbo : "Aquele que possui o infinito saber", quem ensinou ao Homem a se comunicar com símbolos e/ou marcas. Dizem que foi ele quem resolveu parte da longa e eterna disputa entre Òbàtálá e Odùduwà.
Òrìsàjiyán ou Ògiyán : também Ewúléèjìgbò na cidade de Èjìgbò.
Òrìsàlufan ou Olufan : também Òsàlufan na cidade de Ifan.
Òrìsà Oko : Òrìsà da agricultura. Da cidade de Ìràwò.
Òrìsà Òkè : Òrìsà das colinas e dos montes.
Òrìsàròwu ou Òrìsà Lòwu : Na cidade de Owu.
Òrìsà Ajagemo : Na cidade de Ede.
Òrìsà Olúwofín : Na cidade de Iwofin.
Òrìsà Pópó : Na cidade de Ògbómòsó.
Òrìsà Eguin : Na cidade de Owú.
Òrìsà Jayé : Na cidade de Ijàyé.
Òrìsàko : Na cidade de Oko.
Òrìsà Olóbà : Na cidade de Òbá.
Òrìsà Obaníjìta : ................
Òrìsà Alajere : ....................
Òrìsà Olójó : .......................
Òrìsà Oníkì : ......................
Òrìsà Onírinjà : .................
Òrìsà Àrówú : ....................
* Òrìsà funfun - divindades que tem como rito comum o uso de elementos e oferendas de cor branca ou derivada, e tabus alimentares ou outros, por vezes também semelhantes. Quando não, são também assim chamados por fazerem parte do processo da criação - que são os casos, principalmente de Odùduwà e Òrúnmìlà.
* O rito e o culto dos Òrìsà funfun, são tão semelhantes ou quase idênticos, que em vários casos é difícil distinguir se se trata de divindades distintas ou são qualidades de Òbàtálá, ou ainda, somente nomes diferentes do mesmo Òbàtálá. Pode, por estes ou outros inúmeros fatores, que o levaram a ser o mais conhecido Òrìsà do panteão, obviamente, sem se esquecer da sua real importância na gênesis yoruba.
- O Onílù, o tocador de tambor, quando é especialista no tipo Ìgbìn, são chamados de Alùgbìn, que é o caso no templo Ìdèta-Ilê de Òbàtálá, em Ilê-Ifé. O ìgbìn é o nome do tambor de Òbàtálá, e do seu ritmo de dança preferido.
INTRODUÇÃO AO CONCEITO DE ODU IFÁ DO ÒRÌXÀ BÀBÁ ÒRÚNMÌLÁ (=ÒRÌXÀ QUE TESTEMUNHA O QUE A CABEÇA DA PESSOA QUE ESTÁ PARA NASCER DETERMINOU DESDA HORA DE SEU NASCIMENTO ATÉ A HORA DE SUA MORTE).
Buzios e Ifá
De acordo com os mitos iorubanos, a adivinhação por meio de búzios foi introduzida pela deusa do rio Oxum. Ela aprendeu com Orunmila (Ifá) no tempo em que viveu com ele, apesar de alguns de seus devotos negarem isso. Numa das versões ela começou a jogar para alguns dos consultantes de Orunmila enquanto ele não estava em casa. Ao ficar sabendo disso ele mandou-a embora, motivo pelo qual ela não aprendeu integralmente a adivinhação de Ifá. Ha outros mitos que contam histórias diferentes.
O jogo de Ifá e o de búzios são distinguidos tanto pelos nomes quanto pelos adivinhos, que também diferem por sexo, pelo aparato usado, pelo numero de configurações envolvidas, pela escolha entre alternativas específicas, e pelas divindades que presidem.
Para os adivinhos de Ifá conhecidos por babaláwo e precisam ser homens, o jogo manipula dezesseis nozes de Kola nas mão do adivinho ou uma corrente divinatória comnhecida como Ifá.
No érìndílógún, os adivinhos são conhecidos como awo olorìsà podendo ser de ambos os sexos. O jogo manipula dezesseis bzios nos quais existem dezessete configurações permitindo-se escolher apenas entre duas altenativas específicas, e a divindade que preside o jogo é Òrìsà Olùfòn, conhecido também por Òrìsalá.
Há todavia uma série de similitudes. Tanto o babaláwo e o awo olorìsà são chamados de awo, ambos são herbalistas bem como adivinhos. Em ambos os sistemas as configurações são conhecidas por odù e os versos como ese.
Os nomes e as configurações assemelham-se. Os versos memorizados constituem o âmgo de ambos sistemas, e também são distintos de outros jogos de adivinhação conhecidos pelos iorubas, tal como os de quatro búzios, os de quatro nozes de kola (obi), os de quatro nozes de kola amarga ( orobô), os de olhar a sorte na água, o de expressar-se através do transe, as marcas na areia do Islã, o jogo de quatro correntes (agigba), sendo que esta ultima possui pequenos versos associados a ela.
Tanto no Ifá quanto nos búzios os versos contem as predições sagradas e os sacrifícios a serem realizados e o cliente escolhe o verso apropriado a seu caso. O propósito dessas adivinhações é a de determinar qual o sacrifício adequado para repelir o mal e assegurar as benção que foram preditas.
Em ambos os jogos de Ifa e de buzios alguns versos são similares.
Há no Brasil uma grande curiosidade das pessoas em conhecer o orixá de cabeça; quem é seu pai ou sua mãe. É compreensível. Creio, porém, que não devemos perder a dimensão de que é mais importante conhecer o odu pessoal que o orixá de cabeça. Vou tentar explicar a razão . Vamos ao primeiro passo.
Odu é uma espécie de signo que rege o nascimento de cada pessoa. A tradição iorubá aponta a existência de dezesseis signos principais, cujas combinações perfazem 256 odus. Cada um de nós é regido por um desses odus. Cada odu é composto de uma infinidade de poemas, relatando a história da criação e o papel que os orixás e uma série de outras espiritualidades exerceram nessa história primordial. O conjunto dos odus forma, então, o texto canônico sobre o qual se sustenta a tradição de Ifá.
Dentro dos odus estão os caminhos e as possibilidades que cada um de nós carregará para o resto das vidas. Nesse sentido, odu é o destino possível de cada um. Meu odu, por exemplo , contém as coisas que devo evitar, os eventos que podem colocar em risco a minha vida, as comidas que me fazem bem, as comidas que me fazem mal, minhas aptidões profissionais, minha relação com meus ancestrais, as folhas que me curam, as folhas que me matam, os ebós que me salvam, os orixás que me acompanham ... O que salva, no meu odu , pode matar, no odu de outra pessoa. Nenhum homem escapa ao seu odu. Vive os caminhos irê (positivos) ou ibi (negativos) , mas não escapa. Odu é o designo de Olorum, o deus maior.
Em cada odu, os poemas relatam as histórias dos orixás e de outros elementos encantados da natureza. Eu, por exemplo, sou filho de Ogum. No meu odu, Ogum não aparece como o guerreiro violento e conquistador. Ogum surge como o inventor do arado; agricultor e mestre ferreiro. A tendência é que a energia de Ogum se manifeste na minha vida dessa forma mais branda.
Tenho irmãos de Ifá filhos de Ogum que, entretanto, possuem odus onde os poemas que envolvem o orixá falam de violência e guerra. É assim que a energia de Ogum pode se manifestar para eles. Não se compreende a natureza do orixá de cabeça sem o conhecimento do odu e dos caminhos em que nele o orixá se apresenta. Para efeito de comparação, quem conhece apenas meu orixá sabe em que cidade eu moro. Já é muita coisa. Quem conhece meu odu pessoal, com seus caminhos, e sabe como a energia do meu orixá se manifesta nele, tem uma cópia da chave da minha casa.
Não se faz - ou não se deveria fazer - santo na cabeça de uma pessoa sem o conhecimento prévio do odu da mesma. Exemplifico. Digamos que o iaô que vai se iniciar seja filho de Xangô. Há um dos 256 odus - daqueles famosos, que todo babalaô conhece - em que Ifá revela que a energia de Xangô é forte demais para ser consagrada na cabeça de alguém. A simples menção do nome deste odu evoca os poderes do fogo. Imaginem raspar Xangô no ori de um noviço que seja desse signo. Não se raspa em nenhuma hipótese. Assim Ifá ensina, assim o sacerdote deve agir. Osa Irosun nos diz em um de seus versos : Só Orunmilá pode revelar o orixá de cabeça de cada pessoa e só Orunmilá pode determinar que orixá deve ser consagrado na cabeça de cada um. É por isso que conheço exemplos louváveis de grandes mães de santo que não fazem orixá na cabeça de ninguém sem antes consultar um babalô, para confirmar se os procedimentos litúrgicos adotados estão de acordo com as ordens do único orixá que pode estabelecer isso : Orunmilá.
Após essa rápida introdução, surge a dúvida : como se revela o odu de cada um ? A resposta envolve a realização de uma cerimônia de iniciação relativamente complexa.
Não se entende a amplitude da religião de Ifá sem uma compreensão do papel que nela representa o Imole Exu. Reconhecer a importância deste orixá é um passo fundamental para uma visão correta sobre o sistema religioso iorubá.
Diz Ifá que Olorum criou Exu a partir da Érupé (lama) e deu a ele o atributo de ser o grande Âgbá (ancestral). Sua função é a de dotar os seres de capacidade de movimento. Exu é a energia que está presente em tudo que existe. Dinamização, transformação e mobilidade são possibilidades inauguradas por esse orixá. A ausência de Exu é, portanto, a negação da vida.
Os iorubás acreditam que o homem tem a possibilidade de conhecer e alterar o seu destino. O conhecimento é revelado pelo oráculo de Ifá, sistema adivinhatório regido pelo orixá Orunmilá, que por determinação de Olodumare é o Eleripin (testemunha do destino) de todos os homens. A partir do conhecimento do destino, a alteração das coisas maléficas pode ser conseguida com a realização de ebós, oferendas e sacrifícios determinados por Orunmilá. A realização do ebó evoca energias dotadas de axé (força) suficiente para transformar o ona buruku (mau caminho) em ona rere (bom caminho).
Neste sistema, Exu é um personagem fundamental. Uma de suas atribuições é a de ser o fiscal de Olorum. É ele, portanto, que fiscaliza o babalaô, sacerdote que consulta o oráculo, para que este não minta ao consulente.
Exu é também o Elebó, senhor das oferendas. É sua função verificar se as oferendas estão sendo feitas conforme a determinação de Ifá e cabe a ele levá-las ao Orum para que sejam aceitas. Caso o ebó seja bem sucedido, Exu cumpre a determinação de trocar os maus caminhos pelos positivos. Se as oferendas não forem feitas conforme o estabelecido, Exu é aquele que, na qualidade de fiscal de Olorum, pune os responsáveis.
É Exu, portanto, que dinamiza um dos pilares fundamentais da religião dos orixás, a consulta oracular como caminho de transformação do destino de cada um. Sendo assim, fica claro que, para o iorubá, destino é sinônimo de possibilidades que se realizam ou não. O porvir, ao ser previamente conhecido, pode ser alterado.
Vale mencionar, e esse é um aspecto fundamental, que o ebó não se destina simplesmente a resolver problemas. Há percalços que são inevitáveis, e estão no odu que rege o nascimento de cada um. A função do ebó é , então , dotar a pessoa de axé para que os problemas possam ser enfrentados com maiores possibilidades de sucesso. O portador do axé é Exu.
É neste sentido que Exu costuma ser representado fumando cachimbo e tocando flauta. Ele fuma o cachimbo como quem absorve e ingere as oferendas, e toca a flauta como quem restitui o axé, a energia vital.
Outra representação famosa de Elegbara é a do falo ereto. O pau duro de Exu, que tanto chocou os pudicos missionários cristãos que foram à África no século XIX, nada mais é que o exemplo maior de dinamismo, movimento e vitalidade, atributos do senhor da transformação.
Foi provavelmente esta última imagem, um Exu teso e viril, que levou os europeus a vinculá-lo ao demônio judaico-cristão. Obcecados pelas noções de culpa e pecado, produziram em seus estudos uma visão que, pelo desejo de dominação, pelo medo, pela desonestidade e, sempre, pela ignorância, distorceu e comprometeu a compreensão do papel primordial desempenhado por Exu no sistema religioso iorubá. Recuperá-lo em sua dimensão legítima é, portanto, função de todos os que professam a religião que Orunmilá ensinou aos homens.
OS PRIMEIROS DEZESSEIS ODUS DE IFÁ PARA INICIANTES NO ESTUDO DA ADIVINHAÇÃO DE IFÁ PELO
AWO OLOWASINA KUTI EGBE IFÁ OGUN TI ODE REMO
Introdução Em 1989 viajei para Ode Remo e fui abençoado com a iniciação na sociedade dos tradicionais adivinhadores, chamada Ifá. Na altura da minha primeira viagem a África, eu considerava-me algo como uma autoridade em Ifá porque eu lia todos os livros que conseguia encontrar sobre este assunto em inglês. Como sou um produto da educação americana, eu falsamente assumia que como tinha lido muito numa área de conhecimento em particular, eu tinha muito conhecimento sobre o assunto. Fiquei chocado e humilhado no meu primeiro dia em Ode Remo. Depressa verifiquei que as crianças da vila sabiam mais sobre Ifá do que o que vinha em todos os livros que eu já havia lido. Isto para mim significa que a idéia dos mais velhos foi a de testar a minha capacidade de avaliação e entendimento por mim próprio.
Alguns americanos vão a África, são iniciados, voltam para os Estados Unidos e assumem que a sua experiência ritual os torna “experts”, sábios sobre o assunto. É claro para mim que a primeira função da Iniciação em Ifá é para receber a autorização para um estudo sério e conscencioso do ritual Yoruba tradicional. Estes estudos envolvem os mecanismos do sistema e o receber directrizes dos meus professores para o desenvolvimento do bom carácter. Ifá é uma tradição oral. Para mim é claro que o método de ensino usado numa tradição oral é para as crianças de 6 anos ensinarem as de quatro e as de oito ensinarem as de seis e assim por diante. Aprender Ifá numa família tradicional Yoruba começa normalmente na idade de 7 anos. Apesar de na altura ter quarenta
anos, compreendi que a única maneira de começar a estudar seriamente Ifá era começar a apreender com as crianças. Na minha primeira viagem a Ode Remo a maior parte da minha instrução veio de um jovem Awo (adivinhador) chamado Wasu. Ele ensinou-me o protocolo apropriado, ele ensinou-me as cantigas e as rezas. Ele giou-me através do processo de desenvolvimento de um Yawô (noviço) e proporcionou-me o conhecimento de parte significativa da minha iniciação. Nessa altura Wasu tinha nove anos de idade. Na minha segunda viagem a África eu estava apto a convencer os adolescentes, aqueles que estavam agora a entrar na fase adulta de suas vidas, que eu era um estudante sério e dedicado. Eles arranjaram tempo para escrever alguma da informação elementar que os anciões exigem que os estudantes adultos memorizem.. este material tornou-se a base dos meus estudos quando eu estava longe dos meus professores, em minha casa nos Estados Unidos. A maior parte da informação que recebi dizia respeito ao estudo das rezas e invocações. Na minha terceira viagem, Awo Sina Kuti escreveu-me os primeiros dezasseis versos do Odu Ifá, texto usado na adivinhação. Os textos completos envolvem duzentos e cinquenta e seis versos de escrita sagrada que são a base para a próxima etapa que é a memorização dos mesmos e a sua transmissão oral. Baba Kuti foi generoso o suficiente para escrever os versos para que assim eu pudesse continuar os meus estudos quando voltasse para casa. Baba Kuti pediu-me para tornar este material acessível para os estudantes sérios de Ifá aqui nos Estados Unidos. Alguns reclamaram de que este material era “secreto” e que não devia ser mostrado para aqueles que não são iniciados. Em Ode Remo as histórias, provérbios e a história sagrada encontrada em Odu Ifá é um conhecimento comum de toda a população, tal como as histórias da Bíblia são conhecidas na maior
parte das comunidades no mundo. O que é segredo é a maneira como estas histórias são usadas num ritual. A utilização destas histórias como parte de um ritual é limitada aqueles que sabem fazer um ritual, como resultado da sua iniciação emIfá. Eu disponibilizo o material que me foi entregue pelo Baba Kuti aos estudantes sérios de Ifá que não têm acesso a professores em África, para que possam começar o processo de memorização, contemplação e análise dos Odu como uma fonte de inspiração e guia. Este material é geralmente aprendido com a idade de 14 anos. Segue-se um período de 10-15 anos para aprender e memorizar os restantes 240 versos. Incluí os nomes dos restantes versos na sequência em que eles são aprendidos em Ode Remo. Também incluí (entre parêntesis) o nome dos Odu tal como eles são chamados no dialecto de Ijebu, falado em Ode Remo. Tenho esperança que este material seja usado, estudado, reproduzido e discutido como base para um maior entendimento e apreciação de uma verdadeira maneira de ver a vida. Porque esta maneira de viver, esta filosofia de vida tem milhares de anos, é claramente do domínio público. Isto quer dizer que ninguém pode reclamar direitos sobre este material , tendo em vista que se o fizesse, atentaria contra a lei e estaria a tentar confiscar uma forma de vida tradicional e a cultura que nos ensina a partilhar o conhecimento do Espírito do Mundo. É minha esperança que os futuros estudantes de Ifá não caiam no erro que eu cometi, acreditando que a vasta cultura de Ifá pode ser capturada pelos escritos e que comecem pelo verdadeiro processo de aprendizagem que só vem com o desenvolvimento de uma disciplina oral. Toda a vez que falei com um adivinhador (Awo) na Nigéria e fiz uma pergunta, a resposta à pergunta vinha sempre antecedida por uma citação da sabedoria de Ifá, dos ancestrais. Este é o elemento chave no
processo de trazer a eterna verdade para o momento presente. A secção dos comentários serve para a interpretação dos versos. Não é uma parte do material que tradicionalmente seja memorizado. O material sugerido para fazer as oferendas pode ser modificado, dependendo das circunstâncias específicas da adivinhação. A chave para efectivamente fazer adivinhação, é a habilidade para ver claramente o objectivo e procurar soluções para alcançar o objectivo em todos os recursos disponíveis do adivinhador. Ase o. Awo Fa’lokun Fatunmbi I I I I I I I I ÈJIOGBÈ Não-há-lugar-na-Terra-onde-não-possa-encontrar-afelicidade, jogou Ifá para Òdùnkún (Batata Doce) no dia em que ele partia para a Terra de Isu (inhame) e Agbàdó (cereal). Ifá aconselhou Òdùnkún a fazer ebo para a sua vida ser tão doce quanto Isu e Agbàdó. Isu e Agbàdó foram saboreados pelas gentes da Terra e eles não são tão doces quanto Òdùnkún. Foi nesse dia que Òdùnkún dançou e cantou dizendo que podia fazer o ebo novamente e repetir vezes sem conta. Ifá avisou: “Não há valor em repetir o ebo. Òdùnkún cantou e dançou em honra do Awo, enquanto o Awo louvava Ifá e enquanto Ifá louvava Olodunmaré. Quando Òdùnkún começou a cantar, Èxú colocou-lhe uma canção na sua boca e Òdùnkún começou a cantar: Ayé Sènrén ti dun, o dun ju oyin lo. Ayé Sènrén ti dun, o dun ju oyin lo. Òrísà je aye mi o dun, Aláyun Gbáláyun. Òrísà je aye mi o dun, Aláyun Gbáláyun. A vida da Batata Doce é tão doce quanto o mel A vida da Batata Doce é tão doce quanto o mel
Imortais, deixem a minha vida ser doce, o Aláyun Gbáláyun Imortais, deixem a minha vida ser doce, o Aláyun Gbáláyun Comentário: Ifá diz que a pessoa está prestes a iniciar uma viagem. Ifá diz que há a benção de uma longa vida, abundância e descendência. Ifá diz que a estrela da pessoa brilhará sobre todos os que encontrar na sua caminhada. Ifá diz que a pessoa deve comer batatas doces como medicina para a boa sorte. Etutu (Oferenda) : 4 eiyelé (pombos), 4 akuko (galos), 1 epo (garrafa de dendê), 1 prato branco, 4 eko (acaçás), áàdùn (farofa de azeite), e muitas coisas doces (mel, açúcar, doces) e 25 nira (moedas), oferecendo tudo a Obàtálá e Ògún. Akogi–l’apa–amarrando–ele–próprio–com–corda lançou Ifá para o Difamador em casa, o Difamador na rua e Òrúnmilà no dia em que todos disseram para fazer ebo dentro de casa e fora de casa, na rua. O Difamador dentro de casa e o Difamador na rua recusaram-se a fazer o ebo. Òrúnmilà fez o ebo e saiu vitorioso sobre os seus inimigos dentro de sua casa e sobre os inimigos fora de casa. Òrùnmilà ficou muito feliz e começou a cantar e a dançar em louvor ao Awo, enquanto o Awo louvava Ifá, enquanto Ifá louvava Olodumare. Quando Òrùnmilà começou a cantar, Èxú colocou-lhe uma canção na boca. Òrùnmilà cantou: Elénìní Ilé, Elénìní òde o. Elénìní Ilé, Elénìní òde o. Kini mo ra lowo yin. Elénìní Ilé, Elénìní òde o. Difamador em casa, Difamador na rua. Difamador em casa, Difamador na rua. O que eu comprei de vocês? Difamador em casa, Difamador na rua. Comentário: Ifá diz que os Imortais insistem na justiça. Ifá diz que esta pessoa irá receber a benção da abundância. Ifá
diz que há muita gente a difamar esta pessoa, tanto em casa como mo trabalho. Ifá diz que esta pessoa ascenderá sobre seus inimigos. Ifá diz que esta pessoa deverá dedicar-se a Ifá. Etutu (Oferenda): 3 eiyelé (pombos), 1 epo (garrafa de dendê), 3 eko (acaçás), 16 nira (moedas), e oferecer tudo a Obàtálá e Ogun. Éèwò (tabu, Interdições) : nozes moídas, cogumelos e roupas pretas. II II II II II II II II ÒYEKÚ MÉJÌ Alegria-recebida-em-casa-não-é-tão-forte-quantoalegria-recebida-na-quinta, jogou Ifá para Onikabidun no dia em que Onikabidum queria aumentar a sua alegria. Ifá aconselhou Onikabidun para receber 5 enxadas tratadas com medicina de Ifá. Onikabidun levou as enxadas para sua casa. As pessoas da casa levaram as enxadas para a quinta, e as pessoas da quinta levaram as suas enxadas para a sua casa. Ambos os grupos se encontraram na estrada entre a casa e a quinta. As pessoas da quinta disseram que as suas enxadas foram usadas para escavar riquezas. As pessoas da casa disseram que as suas enxadas foram usadas para sepultar tristezas. Onikabidun estava muito feliz, ele começou a cantar e a dançar em honra do Awo, enquanto o Awo louvava Ifá, enquanto Ifá louvava Olodunmare. Quando Onikabidun começou a cantar, Èxú colocou-lhe palavras na boca. Assim canta Onikabidun: Ìyòyò ke wa yo fun mi o. Ìyòyò ke wa yo fun mi o. A mi yò nilé, a mi yo lájò. Ìyòyò Aye e, Ìyòyò. Júbilo, deixe as pessoas virem até mim com alegria. Júbilo, deixe as pessoas virem até mim com alegria.
Alegria em casa, alegria na quinta. Júbilo, deixe as pessoas virem até mim com alegria. Comentário: Ifá diz que a pessoa receberá a benção da alegria. Ifá diz que qualquer que seja a alegria na vida desta pessoa, ela será redobrada. Ifá diz que a benção da alegria inclui abundância e crianças. Ifá diz que as coisas não correrão bem na vida desta pessoa enquanto não fizer ebo. Ifá diz que a vida desta pessoa anda em zig zag entre a boa e a má sorte. Ifá diz que esta pessoa tem problemas em aceitar a alegria na sua vida e a sua atitude deve mudar. Etutu (Oferenda): 4 eiyelè (pombos), 4 abo adìe (galinhas), 1 eku (rato), 1 Eja aro (peixe-gato preto), 1 epo (óleo de dendê), 1 prato branco, dinheiro (tal como for determinado pelo Awo), e oferecer tudo aos Ibeji. O Awo deverá marcar este odu com iyerosun em 5 enxadas para serem guardadas dentro de casa e noutras 5 para serem mantidas fora de casa. Minha-mão-direita-Oye-minha-mão-esquerda-Oyedois-Oyes-tornam-se-verdade-em-frente-da-tina jogou Ifá para Ape com Cabeça-de-dendê e Alagoro Opero no dia em que Ape não queria perder tudo o que possuía. Ifá aconselhou Ape a fazer ebo. Ape fez ebo no dia em que ele guardou as coisas que lhe pertenciam. Desde esse dia, quando Ape volteia junto às árvores com o filho ao colo, a criança não cai. Ape está muito feliz, ele começou a cantar e a dançar em louvor do Awo, enquanto o Awo louvava Ifá, enquanto Ifá louvava Olodumaré. Quando Ape começou a cantar, Èxú colocou-lhe palavras na boca. Ape cantou: Mo ru iyán, mo ru iyán o. Ilè edun pa pòjù. Ilè edun pa pòjù Mo ru iyán, mo ru iyán o. Ilè edun pa pòjù. Eu ofereci arráteis de inhame. A casa não tem infortúnio. Eu ofereci arráteis de inhame. A casa não tem infortúnio.
Comentário : Ifá diz que a pessoa deve fazer ebo para assegurar que não perderá o que ganhou até agora. Ifá diz que oferendas de adimu (comida) com úm arrátel de inhame devem ser dadas ao seu Òrisà. Ifá diz que a pessoa deve “vestir” o assentamento do seu Òrisá pessoal. Ifá diz que orações devem ser ofertadas para afastar uma inesperada morte ou infortúnio. Ifá diz que a pessoa tem lutado muito e que receberá a benção da paz. Etutu (Oferenda): 5 eiyelè (pombos), 4 abo adìe (galinhas), 1 prato branco, 1 epo (óleo de palma), iyan (inhame pilado), dinheiro (em quantidade estabelecida pelo Awo), e oferecer aos Ibeji. Éèwò (tabu, Interdições) : ratos cinzentos, não cobrir a cabeça com folhas quando chove. II II I I I I II II ÌWÒRI MÉJÌ O-almofariz-que-usamos-para-pilar-inhame-não-éusado-para-esburacar-o-velho-e-usado-vaso-tapadodurante-meses jogou Ifá para Olu no dia em que ele queria ir para Ilé Olókun (casa do Deus do Oceano) e a Ilé Olosa (casa da Deusa da Lagoa). Ifá aconselhou a fazer ebo para a viagem ser abençoada pelos Deuses. Olu fez o ebo. Chegou à casa de Olókun e ganhou 3 vezes no jogo ayo (jogo de azar). Olókun tinha prometido que daria metade da sua fortuna a quem o vencesse a jogar ayo. Olu foi a casa de Olosa e ganhou-lhe 3 vezes ao jogo ayo. Olosa tinha prometido que daria metade da sua riqueza a quem a ganhasse a jogar ayo. Isto foi no dia em que Olu recebeu a benção da abundância. Olu cantou e dançou em honra do Awo, enquanto o Awo louvava Ifá, enquanto Ifá louvava Olodunmare. Quando Olu começou a cantar, Èxú pôs-lhe na boca uma canção. Olu cantou:
Mo bolu t’ayo mo kan re o. Mo bolu t’ayo mo kan re o. Mo bolu t’ayo lóyìnbó o. Mo bolu t’ayo mo kan re o, o, o, o. Eu joguei ayo com Olu, eu recebi a benção. Eu joguei ayo com Olu, eu recebi a benção. Eu joguei ayo com Olu na casa do estrangeiro. Eu joguei ayo com Olu, recebi a benção. Comentário: Ifá diz que a pessoa deve fazer ebo a pedir a benção que necessita. Ifá diz que a pessoa deve ter prática em jogos de azar. Ifá diz que a pessoa deve oferecer um carneiro ao seu Eleda. Ifá diz que a pessoa encontrará a boa sorte pela mão de um estranho. Etutu (Oferenda): 1 eiyelè (pombo), 1 abo adìe (galinhas), 1 prato branco, eko (acaçás) e dinheiro (em quantidade a ser determinada pelo Awo), e oferecer tudo a Obàtálá. O-que-tu-gostas-eu-não-gosto-qual-ficará-entre-nós jogou Ifá para Onimuti Iwori, filhos daqueles que montam cavalos com arrogância em frente de Olu no dia em que iam começar a ser tratadas como se estivessem mortas. Ifá aconselhou as crianças a fazerem ebo. As crianças fizeram o ebo. O adivinho disse que a imagem da pessoa morta nunca foi sepultada. A partir desse dia as crianças souberam que estavam entre os vivos. Comentário : Ifá diz que a pessoa deve fazer ebo para precaver-se da morte e da doença. Ifá diz que esta pessoa deve fazer ebo de modo a que o mundo não o trate como se estivesse morto ou moribundo. Ifá diz que a pessoa deve receber 2 imagens de Ibeji, uma imagem feminina e outra masculina, para colocar no seu oratório pessoal. Ifá diz que os Ìbeji dar-lhe-ão protecção contra os inimigos, morte e doença. Etutu (Oferenda): 4 eiyelè (pombos), 4 abo adìe (galinhas), 1 prato branco, eko (acaçás), eku
(pequeno rato), 1 epo (óleo de dendê) e 50 nira (moedas) e oferecer tudo a Ìbeji e Obàtálá. Éèwò (tabu, Interdições) : cão e òri (fruta). I I II II II II I I IDÍ MÉJÌ Os-dois-apoios-que-uso-para-me-sentar-sãoconfortáveis jogou Ifá para Onibode Ejiejiemogun no dia em que Onibode Ejiemogun queria ser agraciado com a boa sorte várias vezes ao dia. Ifá aconselhou Onibode Ejiejiemogun a fazer um ebo para que a boa sorte não passasse a seu lado. Onibode Ejiejiemogun fez o ebo. A partir desse dia a boa sorte passou a visitar Onibode Ejiejiemogun várias vezes ao dia. Comentário : Ifá diz que a pessoa receberá benções se o ebo for feito. Ifá diz que esta pessoa acredita que a boa sorte lhe passou ao lado. Ifá diz que quando, no passado, a boa sorte veio até esta pessoa, escapou-se-lhe entre os dedos. Ifá diz que esta pessoa continua optimista sobre o futuro e que deve oferecer orações ao Òrisà pedindo que o ajude a alcançar os seus sonhos. Ifá diz que as constantes orações transformarão os sonhos desta pessoa em realidade. Etutu (Oferenda): 4 eiyelè (pombos), todas as comidas (oferenda de comidas secas), 4 eko (acaçás), 1 epo (óleo de dendê), 1 prato branco e 40 nira (moedas) e oferecer tudo a Èxú. Eetalewa-com-gbagdegbagada-olhos jogou Ifá para Òrunmilá no dia em que Òrunmilá carregava o peso dos seus problemas até aos três lugares de reunião da morte. Ele era o pato a quem chamamos sojiji e o peso dos seus problemas estava sendo carregado para os três lugares de reunião da morte. Ifá aconselhou Òrunmilá a fazer ebo para a morte, doença e toneladas de problemas não o cumprimentassem nos três lugares de reunião da morte. Òrunmilá fez o ebo e
passou sem problemas nos três lugares de reunião da morte com os seus problemas. Ambos fizeram a viagem desarmados. Òrunmilá começou a cantar e a dançar em elogio ao Awo, enquanto o Awo louvava Ifá, enquanto Ifá louvava Olodumare. Comentário : Ifá diz que a pessoa deve fazer ebo para que as pedras jogadas pela morte e doença não o alcancem. Etutu (Oferenda): 3 Ako okuta (pedras duras), 3 eiyelè (pombos), 1 eko (acaçá), 1 àgbo (carneira), 1 prato branco e dinheiro em quantia determinada pelo Awo, oferecendo tudo a Èxú. Éèwò (tabu, Interdições) : Se um inhame se partir quando for removido do seu recipiente, não deve ser comido. Não escavar buracos perto da entrada da cidade.
I I II II I I II II
ÌROSÙN MÉJÌ
Sua-boca-sua-boca jogou Ifá para Apeni no dia em que ele foi ameaçado pelas bocas do mundo. Ifá aconselhou Apeni a fazer ebo para evitar a morte e a destruição provocadas pelas bocas do mundo. Apeni fez o ebo. Apeni foi protegido da morte e da destruição causadas pelas bocas do mundo. Apeni cantava e dançava e louvava o Awo, enquanto o Awo louvava Ifá, enquanto Ifá louvava Olodumare. Quando Apeni começou a cantar, Èxú pôs uma canção em sua boca. Apeni cantou: Enu won, enu won è le pa Àpéni. Enu won, enu won è le pa Àpéni. Sua boca, sua boca não pode matar Apeni. Sua boca, sua boca, não pode matar Apeni. Comentário: Ifá diz que esta pessoa deve fazer ebo para ser protegido dos seus inimigos. Ifádiz que as oferendas devem ser feitas à família Egungun. Etutu (oferenda): 4 eiyelé (pombos), 4 abo adie (galinhas), 1 epo (óleo de dendê), akara (acarajés), moin-moin (bolas de farinha) e 16 nira (moedas), e oferecer tudo a Ori e Egungun. Porogun-de-Igbodu-com-a-base-de-madeira jogou Ifá para Okansusu Irosu no dia em que Okansusu Irosu fez a viagem de casa dos ancestrais para a casa das gentes da terra. Ifá aconselhou Okansusu Irosu a fazer ebo e que quando Okansusu Irosu moesse inhame ele veria a criança a comê-lo, quando Okansusu Irosu preparasse sopa, ele veria a criança a comê-la. Okansusu Irosu fez o ebo e viu a criança a comer tudo o que ele cozinhava. Okansusu Irosu começou a cantar e dançar em honra do Awo, enquanto o Awo louvava Ifá, enquanto Ifá louvava
Olodunmaré. Assim que Okansusu Irosu começou a cantar, Èxú colocou uma canção na sua boca. Okansusu Irosu cantou assim: Baba ma je nikan jé, iyán ti mo gún. Baba ma je nikan jé, Obè ti mo se. Baba ma je nikan jé. Pai, não me deixes comer sozinho, os inhames que eu preparei. Pai, não me deixes comer sozinho, a sopa que eu preparei. Pai, não me deixes comer soxinho. Comentário: Ifá diz que a pessoa ou alguém perto dela procura engravidar. Ifá diz que fazendo o ebo ele trará a benção de filhos. Etutu (Oferenda): iyan (inhame pilado), eba (sopa), coisas doces, 1 eiyelé (pombo), 1 abo adie (galinha), 1 prato branco, 1 epo (óleode dendê) e 35 nira (moedas). Oferecer a Ori e a Egungun. Éèwò (tabu, Interdições) : Cobra, roupa vermelha. II II II II I I I I ÒWÓNRÍN MÉJÌ (OHENREN MÉJÌ) Ladrão-mas-não-o-ladrão-que-fez-o-awo-levar-nossas-coisas-na-nossa-presença jogou Ifá para a Folhagem Owon no dia em que ela queria ter o poder de um chefe do mar. ifá aconselhou a Folhagem Owon a fazer um ebo para assim poder receber a benção da fama. A Folhagem Owon fez o ebo e tornou-se um chefe. A Folhagem Owon começou a cantar e a dançar em honra do Awo, enquanto o Awo louvava Ifá, enquanto Ifá louvava Olodunmaré. Quando a Folhagem Owon começou a cantar, Èxú colocou-lhe uma canção na boca. Folhagem Owon cantou assim: Owon mì jó, Owon mì yò. Owon ti mú ota oye b’odò. Owon mì jó, Owon mì yò. Owon dança de dia, Owon canta de dia. Owon ficou com o poder de um chefe do mar. Owon dança de dia, Owon canta de dia. Comentário:Ifá diz que a pessoa deve fazer ebo para que possa receber um importante título ou posição. Ifá diz que a pessoa tem a cabeça de um líder. Ifá diz que a pessoa deve assumir a posição de responsabilidade dentro da sua família. Ifá diz que a pessoa pode ajudar um familiar a resolver um problema. Etutu (Oferenda): 6 eiyelé (pombos), 6 abo adie (galinhas), 6 eku (ratos pequenos), 6 eja aro (peixe-gato preto), 1 prato branco e 25 nira (moedas), e oferecer a Obàtálá e Èxú. É-a-grande-árvore-que-tem-um-sino-de-latão-escuro-que-debaixo-da-pequenapalmeira-soltou-insultos-dizendo-que-ninguém-devia-puxar-a-cabaçagradualmente-para-além-deles quem jogou Ifá para Ologbo Jigolo (gato preguiçoso), no dia em que Ologbo Jigolo se encontrou atacado por aqueles que atiram pedras. Ifá aconselhou Ologbo Jigolo a fazer ebo. Ologbo Jigolo fez o ebo. A partir desse dia Ologbo Jigolo viajou sem preocupações. Ologbo Jigolo começou a dançar e a cantar em honra do Awo, enquanto o Awo louvava Ifá, enquanto Ifá louvava Olodunmaré. Quando Ologbo Jigolo começou a cantar, Èxú colocou-lhe uma canção na boca. Ologbo Jigolo cantou: Òlógbò dúdú esse, gòòlò ma se lo, gòòlò ma se bo. Gato preto, preguiçoso eu irei, preguiçoso eu voltarei.
Comentário: Ifá diz que se esta pessoa está planeando viajar ela deverá fazer ebo para se prevenir contra as pedradas, os problemas. Ifá diz que depois de fazer o ebo esta pessoa deverá usar ervas Eyonu pata atrair coisas boas enquanto viajar. Etutu (Oferenda): 10 okete (ratazanas), 1 epo (óleo de dendê), 1 prato branco e 50 nira (moedas), oferecer a Obàtálá e a Èxú. I I II II II II II II ÒBÀRÀ MÉJÌ Lavando-a-mão-direita-com-a-mão-esquerda-e-lavando-a-mão-esquerda-com-amão-direita jogouIfá para Awun (madeira branca) no dia em que ele queria ter a sua cabeça limpa. Ifá aconselhou Awun a fazer ebo. Awun fez o ebo. Isto foi no dia em que Awun recebeu uma cabeça boa. Awun cantou e dançou em honra do Awo, enquanto o Awo louvava Ifá, enquanto Ifá louvava Olodunmaré. Quando Awun começou a cantar, Èxú colocou-lhe uma cançao na sua boca. Awun cantou: Awún de na, Awún dèrò. Orí ire l’Awún nwe. Awún de na, Awún dèrò. Orí ire l’Awún nwe. Awun chegou, Awun desembaraçou-se. É a boa sorte que Awun usa no banho. Awun chegou, Awun desembaraçou-se. É a boa sorte que Awun usa no banho. Comentário: Ifá diz que a pessoa deve ter a sua cabeça limpa para que a mão do Awo possa livrá-la da carga. Ifá diz que a pessoa deve adorar Ifá para que a sua carga possa continuar aliviada. Etutu (Oferenda): 4 eiyelé (pombos), 4 abo adie (galinhas), 1 epo (óleo de dendê), 6 iyan funfun (inhame branco), 6 eko (acaçás) e 50 nira (moedas), e oferecer a Èxú. Abarere Awo Odán jogou Ifá para Odán no dia em que ele se preparava para se reestabelecer. Ifáaconselhou Odán a fazer ebo para que a área tivesse sombra. Odán fez o ebo. A área começou a ter sombra. Odán começou a cantar e a dançar em honra do Awo, enquanto o Awo louvava Ifá, enquanto Ifá louvava Olodunmaré. Quando Odán começou a cantar, Èxú colocou-lhe uma canção na boca. Odán cantou: Odán nbi, Odán ti múlè Ibùdó o. Odán nbi, Odán ti múlè Ibùdó o. Odán nasceu, Odán sobreviveu, Odán estabeleceu-se. Odán nasceu, Odán sobreviveu, Odán estabeleceu-se. Comentário: Ifá diz que é uma boa altura para esta pessoa começar um novo projecto. Ifá diz que esta pessoa quer movimentar-se na altura certa. Ifá diz que esta pessoa está prestes a entrar numa relação e que esta relação será boa. Ifá diz que esta pessoa receberá a benção da abundância e a benção de um bom relacionamento. Eturu (Oferenda): 4 eiyelé (pombos), 4 abo adie (galinhas), 1 epo (óleo de dendÊ), 1 prato branco, 4 eko (acaçás) e 100 nira (moedas), e oferecer a Èxú. Éèwò (tabu, Interdições) : Caçar pássaros pequenos. II II II II II II I I ÒKÀNRÀN MÉJÌ
A-madeira-dura-da-floresta-usada-para-fazer-Osunsun-não-dá-sumo-enquanto-aárvore-usada-para-fazer-Atori-faz-desenhos-de-sangue jogou Ifá para Sakoto no dia em que ele viajava para a cidade de Owa. Ifá aconselhou Sakoto a fazer ebo. Sakoto fez o ebo. Quando Sakoto viajava a caminho de Owa encontrou Èxú e deulhe um acaçá. Èxú agarrou no acaçá e transformou-se numa mulher. Èxú transformado numa mulher perguntou a Sakoto o que lhe poderia dar. Sakoto deu à mulher um acaçá. Èxú agarrou no acaçá e transformou-se numa criança pequena. Èxú transformado numa criança pequena perguntou a Sakoto o que é que ele lhe daria. Sakoto deu-lhe um acaçá. Na viagem Sakoto deu 3 acaçás. Èxú perguntou a Sakoto para onde ele ia. Sakoto disse que estava viajando para Owa. Èxú disse a Sakoto que as gentes de Owa sofriam há muito tempo de uma longa seca. Èxú apontou um caminho para o ado (pequena cabaça usada para transportar medicamentos) e disse a Sakoto para ir até lá. Èxú disse que alguém no ado lhe diria: “arranca-me” e os outros ficariam em silêncio. Sakoto foi instruído a apanhar um dos ado enquanto o resto ficaria em silêncio e que devia cortá-lo por cima. Èxú disse a Sakoto que quando se aproximasse da entrada de Owa ele deveria colocar o ado em cima da cabeça e anunciar que trazia chuva. Sakoto fez tal como lhe tinham dito e entrou na cidade dizendo: “Povo de Owa, eu trago chuva.” Imediatamente começou a chover. No dia seguinte o Oba de Owa mandou o mensageiro dozer ao seu povo que queria encontrar-se com o estrangeiro que tinha dito que trazia a chuva. Sakoto foi levado à presença do Oba e o Oba dividiu toda a sua riqueza e pertences, dando metade a Sakoto. Foi no dia em que Sakoto recebeu as bençãos que tinha pedido. Sakoto começou a cantar e dançar em honra do Awo, enquanto o Awo louvava Ifá, enquanto Ifá louvava Olodunmaré. Quando Sakoto começou a cantar, Èxú colocou-lhe uma canção na boca. Sakoto cantou: Sàkòtò mo léwà, awo ire dun bo n’ife. Sàkòtò mo léwà, awo ire dun bo n’ife. Sakoto é belo, boa adivinhação é doce de louvar. Sakoto é belo, boa adivinhação é doce de louvar. Comentário: Ifá diz que a pessoa vai partir em viagem. Ifá diz que a pessoa deve fazer ebo para que a viagem lhe traga fama e abundância. Ifá diz que quando a pessoa chegar ao seu destino será capaz de resolver um problema, o que lhe trará boa sorte. Ifá diz que a pessoa deve oferecer acaçás a Èxú antes de viajar. Ifá diz que quando esta pessoa chegar ao seu destino receberá muitos benefícios. Etutu (Oferenda) : 4 eiyelé (pombos), 4 adie (galos), 1 epo (óleo de dendê), 1 prato branco, 4 eko (acaçás) e 20 nira (moedas), e oferecer a Ògún e Èxú. Há-vários-caminhos-para-encontrar-a-terra-dos-ancestrais jogou Ifá para Igbegbe (rato) no dia em que iam vender ratos no mercado. Ifá aconselhou Igbegbe a fazer ebo para poder ver as coisas claramente. Igbegbe fez o ebo e ficou com uma visão clara. Comentário: Ifá diz que esta pessoa não está vendo as coisas claramente. Ifá diz que esta pessoa deve fazer ebo para se afastar da confusão. Etutu (Oferenda) : 2 4 eiyelé (pombos), 3 adie (galos), 1 epo (óleo de dendê), mariwo (pó de folhas de palmeira), 1 prato branco e 25 nira (moedas), e oferecer a Ògún e Èxú. I I I I I I II II ÒGÚNDÁ MÉJÌ
Pó-de-folhas-de-palmeira jogou Ifá para o Tigre no dia em que o Tigre ia caçar. Ifá aconselhou o Tigre a fazer ebo para ele recolher os frutos dos seus esforços. O Tigre estava relutante em fazer o ebo. O Tigre foi à caça e capturou um veado que colocou debaixo de uma palmeira. Quando estava prestes a comer o veado, pó das folhas de palmeira caíram da árvore e tornaram o veado sagrado. O Tigre continuou a caçada e capturou um antílope que colocou perto de um formigueiro. Quando ele ia comer o antílope, ficou coberto de formigas. O Tigre voltou ao Awo e perguntou o que deveria ser feito para recolher os frutos dos seus esforços. Ifá aconselhou o Tigre a fazer ebo. O Tigre fez o ebo. A partir desse dia, o Tigre come toda a presa que captura na sua caçada. Comentário: Ifá diz que esta pessoa deve fazer ebo para recolher os frutos do seu trabalho. Etutu (Oferenda) : 4 eiyelé (pombos), 4 adie (galos), 1 pedaço de couro, 1 epo (óleo de dendê), 1 prato branco, e 55 nira (moedas), e oferecer a Ògún e Ifá. Eluku-não-tem-Oro-e-não-tem-sino-de-metal jogou Ifá para o povo de IdenaMagbon no dia em que toda a cidade foi suplicar por boa sorte. Ifá aconselhou o povo de Idena-Magbon a fazer ebo para que eles pudessem obter boa sorte e assim colocar um fim ao seu desespero. O povo de Idena-Magbon fez o ebo. Isto foi no dia em que o povo de Idena-Magbon recebeu a benção da boa sorte. Comentário: Ifá diz que a pessoa deve fazer ebo para se assegurar que a boa sorte vem aos seus caminhos. Ifá diz que muitas bençãos estão próximas mas há o risco de serem perdidas se o ebo não for feito. Etutu (Oferenda) : 2 agogo (sinos de metal), 2 eiyelé (pombos), 2 adie (galos), 2 Osunsun (varetas usadas para tocar os agogos) e dinheiro na quantia determinada pelo Awo. Os agogo serão marcados com iyerosun. Um agogo é para o awo e o outro é para a pessoa que recebeu este Odu. Éèwò (tabu, Interdições) : Carregar dinheiro numa bolsa ou carteira abençoada para protecção. II II I I I I I I ÒSÁ MÉJÌ A-roda-dianteira-carrega-o-dinheiro-enquanto-a-roda-traseira-carrega-grãosenquanto-Ògèdègédé-se-mantiver-a-brilhar-no-alto-do-rio jogou Ifá para Òrúnmilà no dia em que ele se preparava para ir para lugares longínquos. Ifá aconselhou Òrúnmilà a fazer ebo antes de começar a viagem. Òrúnmilà fez o ebo. Òrúnmilà ofereceu cachaça a todos os que viajavam com ele. Quando terminaram de beber, olharam-se uns aos outrose disseram que o homem a quem quiseram prejudicar lhes tinha oferecido bebida. Disseram todos que já não queriam prejudicar Òrúnmilà. Desde esse dia Òrúnmilà nunca mais foi prejudicado. Comentário: Ifá diz que esta pessoa vai trabalhar para o estrangeiro e que deve ir em frente e aceitar o trabalho. Ifá diz que esta pessoa deve viajar até à lagoa onde haverá uma brisa (isto é uma referência a um tipo de rompimento numa iniciação). Ifá diz que esta pessoa tem muitos inimigos. Ifá diz que se esta pessoa fizer ebo os seus inimigos dar-lhe-ão uma chance no seu coração.Ifá diz que esta pessoa deve oferecer 2 garrafas de cachaça, uma deve ser dada aos seus inimigos e a outra deve ser dada ao Awo. Ifá diz que antes de dar o cachaça aos seus inimigos, esta pessoa deve tomar uma bebida da garrafa na presença deles.
Etutu (Oferenda) : 4 eiyelé (pombos), 4 adie (galos), 1 epo (óleo de dendÊ), 4 sacos de farofa, 1 prato branco, 2 oti (garrafas de cachaça ou aguardente) e 100 nira (moedas), oferecer tudo a Iyáàmi. Enquanto-fazemos-tudo-bem-ninguém-diz-nada-quando-nos-enganamos-as-máspessoas-começam-logo-a-falar foi quem jogou Ifá para Ejipabileseigi no dia em que ele procurava fama e fortuna. Ifá aconselhou Ejipabileseigi a fazer ebo. Ejipabileseigi fez o ebo. A partir desse dia Ejipabileseigi foi conhecido como um grande homem. Comentário: Ifá diz que a pessoa deve fazer um ebo em nome dos ancestrais. Ifádiz que se a pessoa fizer o ebo não perderá o que já tem. Ifá diz que esta pessoa ajudou muitas outras e que algumas não apreciaram a ajuda. Ifá diz que a pessoa deve ignorar aqueles que não apreciam o seu trabalho e continuar a fazer boas coisas no mundo. Ifá diz que o bom trabalho em breve lhe trará boa fortuna. Etutu (Oferenda) : 4 eiyelé (pombos), 4 adie (galos), obi (noz de kola), orogbo (kola amarga), 1 prato branco, 1 epo (óleo de dendê) e 25 nira (moedas). Éèwò (tabu, Interdições) : Comer sopa directamente da panela. II II I I II II II II
ÌKÁ MÉJÌ
O-pássaro-voa-no-céu-enquanto-o-desconhecido-viaja-no-mar-enquanto-o-cãovem-buscar-seu-nome foi quem jogou Ifápara Erelu do Mar, o filho do barco do mar, o santuário no alto do mar, no dia em que ele procurava por abundância. Ifáaconselhou Erelu do Mar a fazer ebo. Erelu do Mar fez o ebo. A partir desse dia Erelu do Mar recebeu todas as bençãos que pediu. Erelu do Mar começou a cantar e a dançar em honra do Awo, enquanto o Awo louvava Ifá, enquanto Ifá louvava Olodunmaré. Quando Erelu do Mar começou a cantar, Èxú colocou-lhe uma canção na boca. Erelu do Mar cantou assim: Okò mi sí, okò mi gbò. Okò mi sí, okò mi gbò. Èbuté ire 1 oko mi lo. Èbuté ire 1 oko mi lo. O barco do mar vem, barco do mar agitado. O barco do mar vem, barco do mar agitado. É um mar bom onde o barco navega. É um mar bom onde o barco navega. Comentário: Ifá diz que a pessoa deve fazer ebo se vai partir numa viagem. Ifá diz que a pessoa deve fazer ebo se ela ganha a vida com um barco. Ifá diz que a pessoa ficará rica se trabalha com um estranho. Etutu (Oferenda) : 1 prato branco, 1 pequeno barco de madeira (para colocar no prato branco), ògedè wéère (banana), eyin (ovo), 1 epo (óleo de dendê), 1 adie (galo) e dinheiro a ser determinado pelo Awo. Oferecer a Èxú. Tu-és-mau-eu-sou-mau jogou Ifá para Agbadu (cobra) que era maciona barriga, no dia em que Agbadu ia ser coroado chefe. Ifá aconselhou Agbadu a fazer ebo. Agbadu recusou-se a fazer o ebo. A partir desse dia, sempre que alguém vê Agbadu, foge. Comentário: Ifá diz que a pessoa passa por um período difícil no seu relacionamento. Ifá diz que se a pessoa é casada, está a ter problemas no seu casamento. Ifádiz que esta pessoa está demasiado ansiosa e que isso proporciona as condições para que
os seus problemas aumentem. Ifá diz que há pessoas que a querem ajudar mas que ela as afasta do seu caminho. Ifá diz que a pessoa precisa de coragem. Etutu (Oferenda) : 1 ori agbadu (cabeça de cobra), 1 eiyelé (pombo), 1 adie (galo), 1 epo (óleo de dendê) e dinheiro em quantia a ser determinada pelo Awo. Oferecer a Èxú. Éèwò (tabu, Interdições) : Macacos cinzentos. II II II II I I II II ÒTÚRÚPÒN MÉJÌ Cabeça-macia-de-palmeira foi quem jogou Ifá para Ikusigbade (morte esqueceme) no dia em que a morte olhava para ela. Ifá aconselhou Ikusigbade a fazer ebo. Ikusigbade fez o ebo e recebeu a benção de uma longa vida. Comentário: Ifá diz que se esta pessoa está grávida deve fazer ebo para prevenir abiku. Ifá diz que o bébé prometeu aos outros espíritos que voltaria em breve para a terra dos ancestrais. Ifá diz que o ebo deve ser feito para que o bébé mude a sua promessa de voltar para junto dos ancestrais antes de crescer. Etutu (Oferenda) : Mariwo (folhas de palmeira), 1 eiyelé (pombo), 1 adie (galo), 1 epo (óleo de dendê), 1 prato branco e 50 nira (moedas), e oferecer aos Ibeji. Dilui-o-couro-que-cobriu-a-cara-do-Egungun foi quem jogou Ifá para Yaya e Yàyá no dia em que ambos queriam construir uma casa. ifá aconselhou Yaya e Yàyá a fazer um ebo. Yaya recusou-se a fazer o ebo. Yàyá fez o ebo. A casa construída por Yaya ruiu. A casa feita por Yàyá permaneceu de pé o resto da sua vida e ele lá viveu confortavelmente a partir desse dia. Comentário: Ifá diz que esta pessoa está procurando um novo lugar para viver. Ifá diz que esta pessoa deve fazer um ebo para encontrar um lugar confortável para viver. Etutu (Oferenda) : adimu aos ancestrais, oferecendo a Egungun e Ibeji. Éèwò (tabu, Interdições) : Obi com 3 lados. I I II II I I I I
ÒTÙRÁ MÉJÌ
Como-a-água-flui-sobre-o-caminho-o-caminho-flui-sobre-o-rio-Eri foi quem jogou Ifá para Muslim das longas vestes no dia em que Muslim das longas vestes tentava seguir o caminho dos ancestrais. Ifá aconselhou Muslim das longas vestes a fazer ebo. Muslim das longas vestes fez o ebo. A partir desse dia as coisas correram suavemente na vida de Muslim das longas vestes. Comentário: Ifá diz que a pessoa deve levar uma vida devota para receber bençãos. Etutu (Oferenda) : 4 eiyelé (pombos), 4 adie (galos), 2 terços de grãos, 1 epo (óleo de dendê), 1 prato branco e dinheiro em quantia a ser determinada pelo Awo. Oferecer a Obàtálá. É-o-ovo-que-rejeitou-o-espírito-da-criança-é-o-esperma-que-rejeitou-o-espíritoda-criança quem jogou Ifá para Terra e os poderes destrutivos que vivem na terra, no dia em que a Terra queria ir vender no mercado. Ifá aconselhou a Terra a fazer ebo para que a Terra não fosse prejudicada pelos poderes destrutivos que vivem na terra. A Terra fez o ebo. A partir desse dia, o lucro permaneceu com a Terra. Comentário:
Ifá diz que esta pessoa deve fazer um ebo para que os ancestrais destrutivos da sua família não lhe roubem a abundância.Ifá diz que esta pessoa deve fazer uma oferenda ou agrado aos seus companheiros para que eles não se tornem ciumentos, invejosos e destruidores. Etutu (Oferenda) : 1 eiyelé (pombo), 1 adie (galo), 1 prato branco, 1 epo (óleo de dendê) e 100 nira (moedas) e oferecer a Obàtálá. Éèwò (tabu, Interdições) : Óleo cru. I I I I II II I I ÌRETÈ MÉJÌ Àmukíkùtù jogou Ifá para o povo de Ipere Amuyo no dia em que eles iam usar aguardente para adormecer as suas crianças. iFá aconselhou o povo de Ipere Amuyo a fazer ebo. O povo de Ipere Amuyo fez o ebo. A partir desse dia, as crianças de Ipere Amuyo desenvolveram bom carácter. Comentário: Ifá diz que esta pessoa terá muitos filhos. Ifá diz que esta pessoa deve fazer ebo para que eles tenham abundância e bom carácter. Etutu (Oferenda) : 1 adie (galo), 1 eiyelé (pombo), 1 garrafa de óleo de dendÊ, 1 prato brancoeko (acaçás) e 40 nira (moedas). Oferecer a Osun e a Ifá. O-grão-inferior-da-esquerda-e-o-grão-inferior-da-direita-nunca-discutiram-entre-si foi quem jogou Ifá para Imò Omi no dia em que ela ia abortar. Ifá aconselhou Imò Omi a fazer ebo. Imò Omi fez o ebo. Imò Omi recebeu a benção de ter filhos. Imò Omi cantou e dançou em honra do Awo, enquanto o Awo louvava Ifá, enquanto Ifá louvava Olodunmaré. Quando Imò Omi começou a cantar, Èxú colocou-lhe uma canção na boca. Imò Omi cantou: Ko de si omo láte, omo wun ju ileke. Ko de si omo láte, omo wun ju ileke. Não há crianças à venda. Eu amo crianças mais do que amo os grãos. Não há crianças à venda. Eu amo crianças mais do que amo os grãos. Comentário: Ifádiz que a mulher que quer ter filhos deve fazer um ebo com as suas jóias e pedir aos ancestrais a benção de ter crianças. Etutu (Oferenda) : 1 eiyelé (pombo), 1 adie (galo), grãos, eko (acaçás), 1 epo (óleo de dendê), 1 prato branco e 45 nira (moedas), e oferecer a Osun e a Ifá. Éèwò (tabu, Interdições) : Galo, espinafres. I I II II I I II II ÒSÉ MÉJÌ Pòròmìsolè jogou Ifápara Òtú no dia em que Òtú viajava para Ijebu. Ifá aconselhou Òtú a fazer ebo. Òtú fez o ebo. A partir desse dia Òtú foi uma pessoa importante. Comentário: Ifá diz que esta pessoa deve fazer ebo para ser olhada como uma pessoa importante. Etutu (Oferenda) : 1 eiyelé (pombo), 1 adie (galo), acarajés, 1 epo (óleo de dendê), eko (acaçás) e 40 nira (moedas), oferecendo tudo ao Orí. Quando-a-noite-cai-as-folhas-da-floresta-transformam-se-enquanto-as-folhas-doGbòdògi-se-transformam-em-pessoa, foi quem jogou Ifá para Túwase Ihuloko no dia em que Túwase Ihuloko queria que as coisas boas do Orun viessem ter com ele
à terra. Ifá aconselhou Túwase Ihuloko a fazer ebo. Túwase Ihuloko fez o ebo. A partir desse dia, as coisas boas do Orun viajaram para a terra. Comentário: Ifá diz que a boa sorte desta pessoa está dividida entre a parte espiritual e a parte humana. Ifá diz que esta pessoa deve fazer ebo para receber as bençãos dos Espíritos da Terra. Etutu (Oferenda) : 4 eiyelé (pombos), 4 adie (galos), 1 epo (óleo de dendê), 1 prato branco e 30 nira (moedas), oferecidos a Orí. II II I I II II I I ÒFÙN MÉJÌ (ORAGUN MÉJÌ) Ogbe-o-estrangeiro foi quem jogou Ifá para Òrisànlá no dia em que Òrisànlá procurava por abundância. Ifáaconselhou Òrisànlá a fazer ebo. Òrisànlá fez o ebo. A partir desse dia Òrisànlá teve todas as bençãos que precisava. Kiki ire (reza para a boa sorte): Ogbe funfun kenewen o difa fun Òrisànlá won ni ko rúbo, Pe gbogbo nkan to n’to ko ni wó, o rúbó ojo ti gbogbo nkan to N’to ko wo mó niyen. Ase. Ogbe o estrangeiro jogou Ifá para Òrisànlá a quem disse para fazer ebo para que tudo o que ele fizesse corresse bem, ele fez o ebo e todos os dias recebe as bençãos que necessita. Possa assim ser. Comentário: Ifá diz que esta pessoa deve adorar Obàtálá. Ifá diz que esta pessoa é um adorador de Obàtálá e que deve fazer ebo de Obàtálá para pedir abundância. Ifá diz que a oferenda deve ser feita com a recitação deste Odu. Etutu (Oferenda) : adimu de Obàtálá. Todas-as-coisas-aparecem-como-os-espinhos-que-ferem-os-pés foi quem jogou Ifá para Eléjìòràngún no dia em que ele estava no meio dos seus inimigos. Ifá aconselhou Eléjìòràngún a fazer ebo. Eléjìòràngún fez o ebo. A partir daquele dia Eléjìòràngún derrotou os seus inimigos. Comentário : Ifá diz que esta pessoa deve fazer ebo para Oro. Ifá diz que Oro ajudará esta pessoa nos seus esforços para derrotar os seus inimigos. Eturu (Oferenda): 4 eiyelé (pombos), 4 adi e (galos ou galinhas), 1 epo (azeite de dendê), 1 prato branco, eko (acaçás) e dinheiro, determinados pelo adivinho e oferecer tudo a Oro.
ORDEM DE MAIORIDADE DOS OMO ODU
(COM OS NOMES DE INVOCAÇÃO)
OGBE
17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. 32. 33. 34. 35. 36. 37. 38. 39. 40. 41. 42. 43. 44. 45. 46. 47. 48. 49. 50. 51. 52. 53. 54. 55. 56. 57. 58. 59. 60. 61. 62. Ogbe – Oyeku (Ogbe’Yeku) Oyeku – Ogbe (Oyeku l’Ogbe) Ogbe – Iwori (Ogbewehin) Iwori – Ogbe (Woribogbe) Ogbe – Odi (Ogbe’di) Odi – Ogbe (Idigbe) Ogbe – Irosun (Ogbe’rosu) Irosun – Ogbe (Irosu Ogbe) Ogbe – Oworin (Ogbeworin) Oworin – Ogbe (Oworinsogbe) Ogbe – Obara (Ogbe Bara) Obara – Ogbe (Obarabogbe) Ogbe – Okanran (Ogbekoran) Okanran – Ogbe (Okanransode) Ogbe – Ogunda (Ogbedunga) Ogunda – Ogbe (Odundabede) Ogbe – Osa (Ogbesa) Osa – Ogbe (Osagbe) Ogbe – Ika (Ogbe ka) Ika – Ogbe (Ikagbe) Ogbe – Oturupon (Ogbe Turupon) Oturupon – Ogbe (Oturupon’gbe) Ogbe – Otura (Ogbetura) Otura – Ogbe (Otura Oriko) Ogbe – Irete (Ogbe ate) Irete – Ogbe (Irete – agbe) Ogbe – Ose (Ogbe’se) Ose – Ogbe (Osomina) Ogbe – Ofun (Ogbe’fun) Ofun – Ogbe (Pfun’gbe) OYEKU Oyeku – Iwori (Oyeku Wori) Iwori – Oyeku (Iwori’yeku) Oyeku – Odi (Oyeku’di) Odi – Oyeku (Idi’yeku) Oyeku – Irosun (Oyeku’rousu) Irosun – Oyeku (Irosu’yeku) Oyeku – Oworin (Oyeku Wonrin) Oworin – Oyeku (Oworin’yeku) Oyeku – Obara (Oyeku Bara) Obara – Oyeku (Obara’yeku) Oyeku – Okanran (Oyeku lekan) Okanran – Oyeku (Okonron’yeku) Oyeku – Ogunda (Oyeku Eguntan) Ogunda – Oyeku (Ogunda’aiku) Oyeku – Osa (Oyeku Gasa) Osa – Oyeku (Osa’yeku)
63. 64. 65. 66. 67. 68. 69. 70. 71. 72. 73. 74.
Oyeku – Ika (Oyekubeka) Ika – Oyeku (Ika’yeku) Oyeku – Oturupon (Oyekubatutu) Oturupon – Oyeku (Oturupon’yeku) Oyeku – Otura (Oyekubatuye) Otura – Oyeku (Otura – aiku) Oyeku – Irete (Oyeku’rete) Irete – Oyeku (Irete’yeku) Oyeku – Ose (Oyekuse) Ose – Oyeku (Osesaiku) Oyeku – Ofun (Oyeku’fun) Ofun – Oyeku (Ofun’yeku)
IWORI
75. 76. 77. 78. 79. 80. 81. 82. 83. 84. 85. 86. 87. 88. 89. 90. 91. 92. 93. 94. 95. 96. 97. 98. 99. 100. 101. 102. 103. 104. 105. 106. 107. 108. 109. 110. 111. Iwori – Odi (Iwori’di) Odi – Iwori (Idiwori) Iwori – Irosun (Iwori Wosu) Irosun – Iwori (Irosu Wori) Iwori – Owonrin (Iwori Wonrin) Owonrin – Iwori (Owonrin Wori) Iwori – Obara (Iwori Bara) Obara – Iwori (Obara Wori) Iwori – Okanran (Iwori Okanran) Okanran – Iwori (Okanran Wori) Iwori – Ogunda (Iworiwogunda) Ogunda – Iwori (Ogunda Wori) Iwori – Osa (Iworiwosa) Osa – Iwori (Osa Wori) Iwori – Ika (Iworiwoka) Ika – Iwori (Ika Wori) Iwori – Oturupon (Iwori’turupon) Oturupon – Iwori (Oturupon Wori) Iwori – Otura (Iworiwotura) Otura – Iwori (Otura Wori) Iwori – Irete (Iwori – ate) Irete – Iwori (Irete Wori) Iwori – Ose (Iworiwase) Ose – Iwori (Ose Wori) Iwori – Ofun (Iworiwofun) Ofun – Iwori (Ofun Wori) ODI (IDI) Odi – Irosun (Idi osu) Irosun – Odi (Irosu’di) Odi – Owonrin (Ido Owonrin) Owonrin – Odi (Owonrin’di) Odi – Obara (Idi Obara) Obara – Odi (Obara’di) Odi – Okanran (Idi Okanran) Okanran – Odi (Okanran Di) Odi – Ogunda (Idi Ogunda) Ogunda – Odi (Ogunda’di) Odi – Osa (Idi’sa)
112. 113. 114. 115. 116. 117. 118. 119. 120. 121. 122. 123. 124.
Osa – Odi (Osa’di) Odi – Ika (Idika) Ika – Odi (Ika Di) Odi – Oturupon (Idi Turupon) Oturupon – Odi (Oturupon Di) Odi – Otura (Idi Otura) Otura – Odi (Otura Di) Odi – Irete (Idi Irete) Irete – Odi – (Irete Di) Odi – Ose (Idi Ose) Ose – Odi (Ose Di) Odi – Ofun (Idi Ofun) Ofun – Odi (Ofun Di)
IROSUN
125. 126. 127. 128. 129. 130. 131. 132. 133. 134. 135. 136. 137. 138. 139. 140. 141. 142. 143. 144. 145. 146. 147. 148. 149. 150. 151. 152. 153. 154. 155. 156. 157. 158. 159. 160. Irosun – Owonrin (Irosu Wonrin) Owonrin – Irosun (Owonrin’rosu) Irosun – Obara (Irosu Obara) Obara – Irosun (Obara’rosu) Irosun – Okanran (Irosu Okanran) Okanran – Irosun (Okanran’rosu) Irosun – Ogunda (Irosu Ogunda) Ogunda – Irosun (Ogunda Rosu) Irosun – Osa (Irosu Osa) Osa – Irosun (Osa Rosu) Irosun – Ika (Irosu Oka) Ika – Irosun (Ika’rosu) Irosun – Oturupon (Irosu Turupon) Oturupon – Irosun (Oturupon Rosu) Irosun – Otura (Irosu Tura) Otura – Irosun (Otura Rosu) Irosun – Irete (Irosu Rete) Irete – Irosun (Irete Rosu) Irosun – Ose (Irosu Ose) Ose – Irosun (Ose’rosu) Irosun – Ofun (Irosu Ofun) Ofun – Irosun (Ofun’rosu) OWORIN Owonrin – Obara (Owonrin’bara) Obara – Owonrin (Obara wonrin) Owonrin – Okanran (Owonrinkanran) Okanran – Owonrin (Okanran Won) Owonrin – Ogunda (Owonringunda) Ogunda – Owonrin (Ogundawonrin) Owonrin – Osa (Owonrin’sa) Osa – Owonrin (Osa Wonrin) Owonrin – Ika (Owonrin’ka) Ika – Owonrin (Ika Wonrin) Owonrin – Oturupon (Owonrin Turupon) Oturupon – Owonrin (Turupon Wonrin) Owonrin – Otura (Owonrin Otura) Otura – Owonrin (Otura Wonrin)
161. 162. 163. 164. 165. 166. 167. 168. 169. 170. 171. 172. 173. 174. 175. 176. 177. 178. 179. 180. 181. 182. 183. 184. 185. 186. 187. 188. 189. 190. 191. 192. 193. 194. 195. 196. 197. 198. 199. 200. OGUNDA 201. 202. 203. 204. 205. 206. 207. 208.
Owonrin – Irete (Owonrin’rete) Irete – Owonrin (Irete Wonrin) Owonrin – Ose (Owonrin’se) Ose – Owonrin (Ose wonrin) Owonrin – Ofun (Owonrin’fu) Ofun – Owonrin (Ofun wonrin) OBARA Obara – Okanran (Obara Konran) Okanran – Obara (Okanran’bara) Obara – Ogunda (Obara Ogunda) Ogunda – Obara (Ogunda’bara) Obara – Osa (Obara’sa) Osa – Obara (Osa’bara) Obara – Ika (Obara’ka) Ika – Obara (Ika’bara) Obara – Oturupon (Obara Turupon) Oturupon – Obara (Oturupon’bara) Obara – Oura (Obara’tura) Otura – Obara (Otura’bara) Obara – Irete (Obara’rete) Irete – Obara (Irete Obara) Obara – Ose (Obara Ose) Ose – Obara (Ose – Obara) Obara – Ofun (Obara’fu) Ofun – Obara (Ofun’bara) OKANRAN Okanran – Ogunda (Okanran’gunda) Ogunda – Okanran (Ogunda’kanran) Okanran – Osa (Okanran’sa) Osa – Okanran (Osa’karan) Okanran – Ika (Okanran’ka) Ika – Okanran (Ika’karan) Okanran – Oturupon (Okanran Turupon) Oturupon – Okanran (Oturupon’karan) Okanran – Otura (Okanran’tura) Otura – Okanran (Otura’kanran) Okanran – Irete (Okanran-ate) Irete – Okanran (Irete Okanran) Okanran – Ose (Okanran’se) Ose – Okanran (Ose’kanran) Okanran – Ofun (Okanran’fu) Ofun – Okanran (Ofun’kanran)
Ogunda – Osa (Ogunda’sa) Osa – Ogunda (Osa’gunda) Ogunda – Ika (Ogunda’ka) Ika – Ogunda (Ika’gunda) Ogunda – Oturupon Oturupon – Ogunda (Oturupon’gunda) Ogunda – Otura (Ogunda Tura) Otura – Ogunda (Oturagunda)
209. 210. 211. 212. 213. 214. 215. 216. 217. 218. 219. 220. 221. 222. 223. 224. 225. 226.
Ogunda – Irete (Ogunda’rete) Irete – Ogunda (Irete’gunda) Ogunda – Ose (Ogundase) Ose – Ogunda (Ise-Eguntan) Ogunda – Ofun (Ogunda’fu) Ofun – Ogunda (Ofun – Eguntan) OSA Osa – Ika (Osa’ka) Ika – Osa (Ika’sa) Osa- Oturupon (Osa’turupon) Oturupon – Osa (Oturupon’sa) Osa – Otura (Osa’tura) Otura – Osa (Otura’sa) Osa – Irete (Osa’rete) Irete – Osa (Irete’sa) Osa – Ose (Osa’se) Ose – Osa (Ose’sa) Osa – Ofun (Osa’fu) Ofun – Osa (Ofun’sa)
IKA
227. 228. 229. 230. 231. 232. 233. 234. 235. 236. 237. 238. 239. 240. 241. 242. 243. 244. Ika – Oturupon (Ika Turupon) Oturupon – Ika (Oturupon’ka) Ika – Otura (Ika Otura) Otura – Ika (Otura’ka) Ika – Irete (Ika’rete) Irete – Ika (Irete’ka) Ika – Ose (Ika Ose) Ose – Ika (Ose’ka) Ika – Ofun (Ika Ofun) Ofun – Ika (Ofun’ka) OTURUPON Oturupon – Otura (Oturupon’tura) Otura – Oturupon (Otura Turupon) Oturupon – Irete (Oturupon’rete) Irete – Oturupon (Irete Turupon) Oturupon – Ose (Oturupon’se) Ose – Oturupon (Ose’turupon) Oturupon – Ofun (Oturupon’fun) Ofun – Oturupon (Ofun Turupon)
OTURA
245. 246. 247. 248. 249. 250. 251. Otura – Irete (Otura’rete) Irete – Otura (Irete’tura) Otura – Ose (Otura’se) Ose – Otura (Ose’tura) Otura – Ofun (Otura’fu) Ofun – Otura (Ofun’tura) IRETE Irete – Ose (Irete-se)
252. 253. 254.
Ose – Irete (Oseb’Irete) Irete – Ofun (Irete’fu) Ofun – Irete (Ofun’rete)
OSE
255. 256. Ose – Ofun (Ose’fu) Ofun – Ose (Ofun’se)
PARA CONHECER O ODU PESSOAL
Para se conhecer o Odu pessoal só há um caminho - perguntar a Orunmilá . Segundo o conhecimento revelado, Orunmilá é o único orixá que testemunha a escolha do destino de todos os homens. O iorubá acredita que cada um de nós escolheu um destino ( Odu ) no momento de sair do Orum (o invisível ) para vir ao Ayê ( o nosso mundo ). Orunmilá foi o único orixá que recebeu de Olorum o poder de assistir a essa escolha. É ele, portanto, que conhece o Odu de cada um. Basta , para se conhecer o Odu pessoal, perguntar a quem já o conhece - Orunmilá. E como Orunmilá responde ? Conto rapidamente , e de forma resumida, uma bela história de Ifá para que os amigos compreendam :
Orunmilá tinha oito filhos. Um dia , em virtude da realização de um importante ritual , Orunmilá reuniu toda a sua prole. Sete dos seus filhos lhe renderam homenagens, ofereceram-lhe sacrifícios e prostaram-se aos seus pés. Um deles, porém, desrespeitou o pai . Orunmilá, indignado , abandonou o Ayê e foi para o Orum . A desgraça abateu-se sobre a terra. A chuva não vinha, os animais não procriavam e as plantas não cresciam. A terra sofria com a ausência de Orunmilá.
Os filhos de Orunmilá resolveram ir ao Orum procurar o pai e clamar pela sua volta. Não adiantou. Orunmilá não viria mais ao Ayê. Com pena dos filhos, entretanto, Orunmilá os entregou dezesseis nozes de dendê e disse : Esses dezesseis caroços de dendê devem ser consultados todas vez que os homens desejarem falar comigo. Por meio deles eu indicarei , sempre que preciso, os sacrifícios necessários para que todos os problemas sejam resolvidos. Por meio deles eu revelarei os destinos de todos os homens e como eles devem proceder para ter a vida longa e a boa reputação. Quando tiverem problemas, consultem os caroços - eles são a palavra de Ifá.
Esse é um dos caminhos que falam sobre a criação do oráculo. É através da consulta a este oráculo - o ikin Ifá - que Orunmilá fala com os homens e revela a cada um o seu Odu pessoal.
A consulta para se conhecer o Odu da vida de cada um , porém , não é simples. Implica em uma cerimônia mais complexa que , em geral , tem a duração de três dias. Somente no terceiro dia o sacerdote - um Babalawo - consulta os caroços de dendê e revela a palavra de Orunmilá. É uma cerimônia magnífica e uma das mais fortes e simbólicas da religião. É , enfim , a revelação do destino.
Os amigos podem se indagar : Mas em qualquer consulta ao oráculo não há a revelação de um Odu ? Sim. Mas a consulta simples revela um Odu circunstâncial. Fala sobre uma gama de situações que o consulente está vivendo em determinada circunstância. A revelação do Odu de vida demanda cerimônias elaboradas para que o Axé esteja potencializado e o destino - os segredos da vida e da morte - se revele. Não se tira um Odu pessoal , por exemplo , sem procedimentos que prestem contas aos eguns ancestrais do consulente e , sobretudo , sem alimentar a cabeça da pessoa .
A cerimônia de conhecimento do Odu é, inclusive, a única que eu acredito que qualquer pessoa, independentemente da crença ou da religião , deveria fazer. É um mergulho esclarecedor no que há de mais profundo - a essência que cada um escolheu no Orum, diante de Olorum e Orunmilá; os caminhos para a boa vida e , sobretudo , para a boa reputação após a morte. Não há nada melhor que conhecer os caminhos do nosso Odu , para potencializar aqueles que são positivos, evitar aqueles que são negativos e transformar os ibis ( potencialidades negativas como a morte precoce, os inimigos, a miséria , as espiritualidades ruins ) em irês ( potencialidades positivas que o destino de cada um apresenta ) .

Página 1 de 56
A esposa de Orunmila Sacerdote Supremo Ifayemi Elebuibon
Apetebii
O Awise (sábio) de Oshogbo
Athelia Henrietta Editora, Inc.
Brooklyn, N.Y. Direitos autorais © 1994 Ifayenü Elebuibon (Todos os direitos reservados)
Página 2 de 56
Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida por qualquer forma ou meio, à exceção da inclusão de notas em uma revisão, sem permissão escrita do editor. Para informar-se sobre permissão para reproduzir trechos do livro, escreva para Permissões, Editora Athelia Henrietta, 1194 Nostrand Avenue, Brooklyn, New York 11225 Desenhos por Roland Francis Gráficos por David O'Donnell Editado por Betty Goubert ISBN 0-9638787-1-9 Impresso nos Estados Unidos da América. Athelia Henrietta, Press, Inc. Uma divisão da R. Francis ,Inc. Publicado em nome de Orunmila 1194 NOSTRAND AVENUE BROOKLYN, NEW YORK 11225 TELEFONE (718) 493-4500 - (718) 774-5800 FAX(718) 467-0099 - (718) 774-5800
Página 3 de 56
PARA: Yetunde Alake Elebuibon Porque o ontem é hoje O hoje é amanhã Porque hoje cuidamos do amanhã.
Página 4 de 56
ÍNDICE Introdução A função das mulheres A primeira e principal esposa de Orunmila (Ejiogbe) Notas sobre a esposa principal de Orunmila Apetebii a esposa de Orunmila (Obara Eguntan) Notas sobre Apetebii, esposa de Orunmila Iya, a filha de Oluiwo (Ogbeyonu) Notas sobre Iya, a filha de Oluiwo Epo, a filha de Olota Odo (Irete Olota) Notas sobre Epo, a filha de Olota Odo Aworoseju, a filha de Olooyayun (Owonrin Sindin) Notas sobre Aworoseju, a filha de Olooyayun Biojela, a filha de Olofin (Irosun Agbe) Notas sobre Biojela, a filha de Olofin Tefun, a esposa sincera de Orunmila (Obara Kosun) Notas sobre Tefun, a esposa sincera de Orunmila Iwa, a esposa de Orunmila (Ogbe Alara) Notas sobre Iwa, a esposa de Orunmila Ofun Gbadara a filha de Alara (Ofun Nagbe) Notas sobre Ofun Gbadara, a filha de Alara Erelu, a esposa de Orunmila (Idingunda) Notas sobre Erelu, a esposa de Orunmila Aje, a esposa de Orunmila (Ogundaborogbe) Notas sobre Aje, a esposa de Orunmila 44 Orunmila e suas duas esposas (Osedin) Notas sobre Orunmila e suas duas esposas Adi, a esposa negra e bonita de Orunmila (Ogundadir) Notas sobre a esposa negra e bonita de Orunmila Odu, a esposa mítica de Orunmila (Ofunmeji) Notas sobre Odu, a esposa mítica de Orunmila Glossário Sobre o autor Posfácio 8 17 20 21 22 24 25 26 27 28 29 31 32 34 35 37 38 39 40 41 43 45 47 48 48 50 51 53 55 56
18
23
Página 5 de 56
Página 6 de 56
Templo de Ogbeyonu Foto de Linda Randall (Osunyoyin) Osogbo, 1983 - ~ -
Página 7 de 56
Limpando e lavando objetos para o assentamento, com alguns dos filhos de santo do sacerdote Yemi Elebuibon, São Paulo, Brasil. Eles vieram para reativar os Orisha deles. Ao centro, Leopodino, à direita, Awoboye e Sacerdote Yemi Elebuibon. Foto por Linda Randall (Osunyoyin) 1983
Página 8 de 56
INTRODUÇÃO
A cada quinto dia, que marca o dia da semana de Ifa, também conhecido como Ojo Ose, minha mãe tinha que pintar o altar de Ifa, limpar o assoalho e colocar esteiras novas. Banhou as crianças e vestiu-nos com belas roupas. Eu costumava perguntar a minha mãe: “Qual é a cerimônia de hoje?” e ela responderia. “Hoje é o dia da semana de Ose”. Meu pai, quem algumas vezes havia saído para uma inspeção ocasional de sua fazenda, assegurava-nos que voltaria para casa na véspera do dia da semana de Ifa. Nós tínhamos tanto a semana grande quanto a semana pequena, Ojomode. Após a limpeza, minha mãe e todos os membros da família reuniam-se no santuário com suas nozes de cola (Obi Ose). Faziam preces e dava a noz de cola a Ifa à tarde. Preparavam um bom almoço, cuja melhor parte, o Iru era dada ao Ifa. Este cozido é doce. Eu adorava aquilo. Preparei este trabalho para esclarecer às pessoas mais jovens da função e dos objetivos do Iyawo Ifa (a esposa de Ifa e a esposa de Babalawo), como conhecemos atualmente. Apetibii ou Iyawo Ifa, para muitos uma jovem dama, não é para o prazer, porque os Babalawos muitas vezes são homens pobres e velhos. Alguns jovens não querem se tornar Babalawos porque a disciplina é dura, e não é fácil tornar-se Babalawo. É certo que se nasce Babalawos, Babalawos não são feitos. Apesar deste entendimento, a questão ainda permanece: por que a obrigação deve ser tão dura que ninguém gosta de se tornar Babalawo e nenhuma mulher quer se tornar esposa de Babalawo? Iyawo Ifa ou Apetibii não deve mentir, tem que ser honesta com seu marido e não deve incorrer em ato errado, como ter um amante. Se ela fizer isso, Ifa descobrirá. A Iyawo Ifa deve ser capaz de manter o asseio de seu lar, e lembrar o dia da semana de Ifa, Ojo Ose, seja qual for a sua profissão. Ela precisa respeitar seu marido e receber bem os visitantes que vêm a sua casa, mesmo o marido não estando em casa. Ela precisa cuidar dos negócios do marido. Qualquer Babalawo é seu marido por respeito. É muito difícil se divorciar. A união é para o melhor e o pior e qualquer uma que escolha ser Iyawo Ifa ou Apetebii está sob proteção daquele Ifa que a recebeu. Assim, se ela não está com o Babalawo, ela está desprotegida e vulnerável para o mal do qual Ifá poderia a proteger. Uma vez que as pessoas não estão cientes de seus destinos nem o que Ifa irá fazer por elas, elas se recusam a estar vinculados a ele. Isto pode acontecer a um homem que foi escolhido para seguir Ifa. Se ele recusa, pode não viver muito tempo ou não será bem sucedido no que for que faça sem se tornar um Babalawo. E para muitas pessoas tornar-se Babalawo parece um trabalho duro e idiota. Somente aqueles que podem seguir as formigas podem ser seguidores de Ifa (Ehi o tele Ifa lê tele eera) e podem ser bem sucedidos. Ifá não tem pressa, e ele assegurará que tudo seja seguro e bom para seu seguidor. Mas para
Página 9 de 56
aqueles que perderam o caminho, Ifá não está pronto para cuidar destes; ele beneficia aqueles que acreditam nele e que observam seus ensinamentos e devoção. Eis porque um sacerdote tem um nome louvável, tal como “Aquele que faz a má sorte se transformar em boa sorte”, pelo qual Orunmila diz: para aqueles que estão próximos dele apesar da má sorte, ele dedicará um tempo para substituir isto. Além disso, porque ser Babalawo não é uma profissão na qual se enriquece rapidamente, muitos jovens a rejeitam. Mas é uma profissão de dignidade, afinal. É fantástico ser Babalawo. Uma vez que você é bem informado, você terá o respeito da comunidade, do rei, dos chefes, dos homens de negócio, mulheres, homens, de todo o povo. Mas se mentir uma única vez, ninguém mais o respeitará. O Babalawo é o pai do mistério, o pai dos segredos, o médico da vida. Babalawo é aquele que memoriza as 256 fases do Odu Ifa e que pode interpretar Ifa em quatro a seis versos, no mínimo, quando um Odu aparece. O Babalawo é também uma pessoa treinada para curar muitas enfermidades. É um prolongado programa de treinamento que segue pela vida inteira. Outro aspecto da cultura que impede que jovens se interessem em se tornarem Iyawo Ifa é talvez o dote que tem que ser pago aos pais da noiva. O marido não paga um dote, no entanto espera-se que ele saiba cuidar da esposa, provendo alimentação e roupas para ela, e assegurando seu bem-estar. Uma mulher pode se tornar Iyawo Ifa três dias após o nascimento, quando a Estenaye da nova criança é feita. Se for revelado por Odu Ifa que ela deve esposar um Babalawo, isto tem que ser feito de modo que ela tenha uma vida confortável, sem problemas e longa, assim como conceber muitas crianças. Se a criança é pequena, a avó deve realizar as tarefas de sua filha. Ela deve fazer Ose a cada cinco dias na casa do marido da filha dela. No caso de uma mulher que é Abiku, nascida para morrer, o templo de Ifa é limpo e dá-se obi para o Ikin a cada cinco dias de modo a evitar o mal que possa acontecer a ela. Isto diz respeito ao marido, o Babalawo, que prepara remédios especiais de Ifa de vem em quando para que ela tenha uma longa vida. O marido cuidará para que sua esposa esteja em segurança, mas para isso é necessário que ele consulte Ifá. O Ikin Ifa de um Babalawo em especial, aquele Babalawo que é capaz e já recebeu Apatebii. Ifa tem o poder de resolver problemas na vida; por esta razão, o Babalawo tem que ter um bom conhecimento do Ifa. Também ajuda se ele está protegido, apesar de que isto nem sempre é necessário, porque Ifa fornecerá segurança para ele. Existem algumas mulheres que por fim se transformam em Iyawo Ifa depois de terem ignorado os avisos do Ifa nos primeiros anos de suas vidas. Mas no momento em que a mulher cresce, ela começa a ter problemas: seja por erros no casamento ou por ser estéril ou parir crianças abiku. Por não ser capaz de desvendar o que é responsável por suas desgraças na vida, essa mulher deve procurar um sacerdote de Ifa. E este lhe dirá que deve casar-se com um Babalawo e isso vai ajudá-la a alcançar seus objetivos na vida. De outra forma esses problemas podem permanecer sem solução. Tudo isso está
Página 10 de 56
relacionado com o destino de cada pessoa no céu. Ifa é uma testemunha do destino, Elerii-Ipin, que conhece o destino de cada pessoas na terra e é muito difícil ir-se contra o destino, o Ipin. Ayanmo O ju Koole laye (no sentido de estar no mesmo plano) e Ifa está ali para corrigir todos os erros na vida de todas as pessoas. Vai guiá-las e protegê-las, de forma que elas alcancem o que desejam. Deixe-nos ver o que Odu Ifa (Idin Kaa) diz: O abutre não é um pássaro para apaziguar Ifa. Nem a águia é um pássaro para apaziguar Ope. Apenas Osin, um belo pássaro, é dado para acalmar Ifa. Adivinhação por Ifa foi feita por Asoso a quem foi dito para ficar em casa e venerar Ifa. Ele disse que não podia ficar em casa e venerar Ifa. A Morte o levou e o deixou em seu lugar no céu. A adivinhação por Ifa foi também feita por Woso Woso. A ele foi dito para ficar em casa e aprender a honrar Ope. Mas a morte o levou até seu lugar no céu. Awokonikunyungba é a verdadeira descendência de Agbonuiregun. Awokonikunyungba, ninguém que fica com Ikin morre cedo. Ninguém que fica próximo de Ikin tem falta de algo. (Idin Kaa) Estes versos ressaltam que algumas pessoas perdem suas vidas por recusarem–se a fazer o que deveriam para ter vida longa. Acredita-se que se houvessem feito, permaneceriam vivos por muito tempo. Também se acredita que quem quer que seja que se mantenha próximo ao Ikin no cumprimento da veneração, conseguirá tudo o que deseja na vida. Ifa, ou por outro lado, Oke Ipori, está algumas vezes guiando e protegendo em espírito a esposa do Babalawo. Neste período o Babalawo está proibido de tocar em sua esposa. Mas é difícil perceber-se este período, a menos que se consulte Ifa, e é por isso que os Babalawos são separados de suas esposas – de forma a permanecer limpo e honesto. Isto aconteceu ao próprio Orunmila no Odu Ifá Owonrinwofun quando as coisas não estavam calmas, estavam tempestuosas. Orunmila consultou Ifa Owonrinwonfun que apareceu e disse-lhe para dar uma perna de um bode ao seu Ikin ou Oke Ipori para que seu Ifa o perdoasse e lhe abrisse o caminho do sucesso. Não vejo um homem ajoelhado a nos seguir Assim não podemos nos molhar com o orvalho. Adivinnhação por Ifa foi feita por Orunmila que tirou a coxa de Osumilaya e pagou a coxa do bode. Após Orunmila ter executado o sacrifício, tudo acalmou-se outra vez. Ele então chamou a atenção de seu discípulo que ele precisava saber a hora certa de estar com sua esposa, pois Iyawo Ifa ou Apetibii está limitada para seu marido e para Ifa, tal como o
Página 11 de 56
Akapo ou Babalawo está sob controle de Oke Ipori e, portanto, não deve abusar do corpo dela. Apesar de ao Babalawo ser permitido casar de acordo com sua própria capacidade – Ifa não dita o número de esposas que ele pode ter – Orunmila determina diversas condições em vários versos de Ifa. Um exemplo é Oyekumeji, para quem Ifa disse que somente uma esposa é suficiente. Quando elas passam para duas Elas se tornam ciumentas. Quando aumentam a três A casa se arruína. Se aumentam para quatro Elas zombam umas das outras. Se passam a ser cinco Uma acusa a outra de destruir o patrimônio de seu marido Se aumentam para seis Tornam-se perversas Quando são sete Elas se tornam feiticeiras Quando são oito Se acusam mutuamente de ser a mãe daquele cabeçudo Aquele que inicia os problemas Quando elas são nove Elas dizem esta mulher limpou a fazenda de nosso marido Quando aumentam para dez Dizem, todos os dias, esta mulher visita nosso marido. Isto é o que diz Oyekumeji. Mas algumas vezes é difícil para um Babalawo limitar suas mulheres, pois de tempos em tempos, através da adivinhação, Ifa pode apontá-lo como marido de outra mulher que nem ele mesmo esperava. Isto, em geral, não é rejeitado. Se o Babalawo está satisfeito por já ter tido esposas suficientes, ele pode dar esta esposa para seu filho ou seu discípulo, apesar de ser ele que agirá como marido e é sua a responsabilidade sobre os problemas que possam surgir na casa de sua esposa. Também é importante ressaltar que Ifa não perdoa se Apetebii se divorciar. Não somente faz com que Iyawo Ifa receba punição por este ato, como também todos aqueles que a incentivaram nesse ato. Esta é a razão pela qual as famílias são sólidas e estáveis. Entretanto, a Apetebii pode reclamar de seu marido para a família ou aos Anciões, explicando-lhes as desavenças que surgem. Este é um meio de evitar a separação. No entanto, se a separação acontece, geralmente é a Apetebii que se arrepende e deve desculpar-se pedindo para voltar. E neste caso deve oferecer um cabrito e um obi para acalmar seu marido e Oke Ipori de modo que Ifa possa perdoá-la, e tudo volte a ficar em ordem. Vejamos o que diz Ogunda Errin:
Página 12 de 56
Eni ti o fi ni nii gbobinrin ode Ereyanti o fi yan peeyan nii gbobinrin Eni o Keru si Koto To wa gegele wa mosuka Oun naa nii gbobinrin Oni Babalawo AdIfa fum Ogiri sasa Agbe Yoo gbobinrin Edu Eerun yii le o medu loba Para o que temos a seguinte tradução: Aquele que não tem respeito É aquele que toma a mulher de um caçador Aquele que é negligente É aquele que toma a mulher de um ervateiro A pessoa que escavou sua própria sepultura Vem à tona para empacotar sua carga Foi este que roubou a esposa de um sacerdote de Ifa Adivinhação por Ifa foi realizada para um fazendeiro muito trabalhador que tomou a mulher de Edu É por isso que você vai respeitar Edu Como o rei. Apetebii ou Iyawo Ifa possui seu próprio alto grau de respeito entre as pessoas. Eles não a devem contrariar, a menos que queiram problemas sobre a cabeça dela. E não é porque o Babalawo ficará raivoso e fará trabalho negativo contra sua esposa, é o próprio Ifa que virá em socorro dele mas devido aos tipos de problemas que Ifa cuidou para esta mulher, ele não mais cuidará, e por isso mesmo, vão pensar que Ifa está lutando por eles. Quando isso acontece e antes que se estenda por muito tempo, esta mulher precisa preparar seu retorno e pedir auxílio ao marido. De modo contrário, o problema permanecerá sem solução. Nos dias atuais, a maioria dos jovens não pede opinião aos pais quando se trata de escolha para casamento. Isto possibilita uma porção de casamentos fracassados, pois a mulher necessita saber quem é o marido certo para ela, assim como um homem deve saber qual a mulher certa para ele. Isto é feito consultando-se os mais velhos e pela adivinhação por Ifa voltada para os comportamentos familiares, assim como através de uma série de histórias orais sobre o passado da família do marido ou da esposa. Vejamos outro Odu Ifá que trata do divórcio da mulher de Babalawo. O Odú Ifá Ogbeyono determina (Abaixo texto em língua original) Oloma Okika
Página 13 de 56
Adifa fun olomo orubutu kan Olomo orubutu kan Adifa fun olomo opaiaba kan Ati Oiomo orubutu kan Ati Olomo opalaba kan Awon lo difa fim won nife Ooyilagbomoro Won o laya kan naa Won o gbe okan naa lo gbe ra I ra I Ifa o si nile ni won nyan mije Nigba o ba de ni o gbija mi Obara Ose feree de Onigb ja Ogebeyanu Eni to ba gbaya awo Idi lomi won a mole dile won Ifa a si nilee mi wan nyan mi je Igba o bade mi o gbi ja mi Obara Ose feree de Onigbi ja Ogbeyonu Eni o ba gbaya awo Awasa ni o wasa gbogbo won kan run Ifa o si nile ni won nyan mi je Obara Ose feree de Onigbija ja Ogbeyonu Eni o ba gbaya awo Ewe Akawoleri mo lo tete mi Eni o ba gbaya awo Kos ai Kawo leri Sunkun Poroporo Ifa o si nile mi won nyan mi je Nigba o bade ni Ogbija mi Obara Ose feree de Onigbija Ogebeyonu Para que temos a seguinte tradução Descendência de Okika Adivinhação por Ifa foi feita pelos descendentes de Orubutu. Os descendentes de Orubutu. Façam a adivinhação por Ifa (Opalaba) para a garrafa quebrada. A prole de Orubutu e Opalaba Realiza a adivinhação por Ifa para aqueles em Oyilajbomono Eles têm apenas uma esposa E eles a trouxeram furtivamente de longe
Página 14 de 56
Ifa não está em casa Eis porque as pessoas me ridicularizam. Quando ele chegar, ele me socorrerá. Obara Ose é aquele que recupera Ogbeyonu. Qualquer um que toma a mulher do sacerdote de Ifa A folha Idi vai criar problemas em sua casa Ifa não está em casa Eis porque me ridicularizam Quando ele vier vai me redimir Obara Ose logo vai trazer a salvação para Ogbeyonu Ele que roubou a mulher do sacerdote de Ifa O rato gigante vai cavar o túmulo de todos e levá-los para o céu Ifa não está em casa Por isso estão me ridicularizando Quando ele chegar vai me resgatar. Obara Ose logo vai trazer a salvação para Ogbeyonu Ele que levou a esposa do sacerdote de Ifa A folha Akawoleri mo lo tete Certamente eles chorarão como o orvalho cai sobre a folha Ifa não está em casa Por isso me ridicularizam Quando ele chegar, vai me resgatar Obara Ose logo trará salvação para Ogbeyonu. Agora, afora as obrigações semanais de limpeza, que é de responsabilidade de Apetebii antes que se mude para a casa de seu marido, é também responsabilidade da família dela fazer todos os arranjos para o casamento. Além disso, o futuro marido necessita acalmar seu Ikin com um animal de quatro patas. No dia em que a Iyawo Ifa ou que Apetibii chega, este animal é fornecido para sua família. Esta foi a ordem de Orunmila no Odu Ifa Idin Ileke. Orunmila deu sua filha Ogbegi para um dos seus discipúlos (Omo awo) cujo nome é Arira Gboke Gohun, o sacerdote de Oluweri. Daquele momento em diante, Orunmila decretou que aquele tipo de cerimônia deveria continuar depois dele, que o sacerdote deve seguir o padrão dele. Também contém um aviso para o Babalawo: Golpeio-os – suavemente. O sacerdote de Egba Que – tem – uma – conta – na – nuca. O sacerdote de Ijero O- trovão- que-ecoa-no-alto. O sacerdote de Oluweri Existiam três discípulos na casa de Orunmila; Orunmilá ensinou como moldar Ikin Ifa, que é Dida Owo, como fazer os signos de Ifa em uma bandeja, que é Ounte-ale, e mais ainda, Okara egbó, que é como fazer o sacrifício. Depois que todos aprenderam a arte e a prática de Ifa, Orunmila exortou-os a serem honestos e a não colocar o amor das mulheres no mais alto de seus corações ou, do contrário, perderiam o desejado caminho do sucesso. Qualquer Babalawo que deseja ser bem sucedido em sua área deve resistir às mulheres.
Página 15 de 56
Um dia Orunmila sentiu necessidade urgente de comer obi e seu Oke Ipori queria receber sangue. Orunmila estava desassossegado e não podia atinar com o que estava errado naquele momento. Chamou sua filha Ogbegi, e lhe deu algum dinheiro para que descobrisse o que era responsável por sua inquietude. Ogbegi chegou à casa do primeiro sacerdote “Golpeie-os suavemente”, o sacerdote de Egba. Após uma breve saudação, Aboru boye, o sacerdote imediatamente começou a cortejá-la, tocando seus seios e admirando o formato de suas nádegas. Ogbegi explicou-lhe sua missão, que tinha vindo para descobrir quais os problemas para seu pai. Quando este sacerdote “Golpeie-os suavemente”, o sacerdote de Egba, fez adivinhação, ele nada identificou, nem foi capaz de prever nada, apenas disse da beleza da pele dela, de seus olhos, etc. Ogbegi ficou furiosa. Disse-lhe que não foi para isso que tinha vindo e voltando para seu pai, contou-lhe tudo. Orunmila a convenceu procurar um segundo sacerdote, cujo nome era “O – que – tem – uma – conta – na – nuca”, o sacerdote de Okeijero. Ele fez a mesma coisa. Ogbegi ficou ainda mais furiosa, de modo que começou a maltratar o sacerdote. Então voltou para casa e explicou tudo ao pai, que assegurou-lhe que não se preocupassse, porque esses dois sacerdotes iriam se arrepender de seu comportamento. Orunmila disse para Ogbegi para ir à casa de um outro sacerdote, de nome “O- trovão – que ecoa- no- alto”, o sacerdote de Oluweri. E foi ele que fez adivinhação para Ogbegi, filha de Orunmila. Ele disse a Ogbegi: “Seu pai está desassossegado e acha que tem alguma coisa de errado com ele.” Ele disse: “Nada há de errado com Orunmila – apenas demasiada sabedoria; tudo o que ele precisa é acalmar seu Oke Ipori com um bode dado por sua mãe”. Também lhe disse: “ Você é Apetebii, mulher de Ifa”. Ogbegi agradeceu e partiu de imediato. Ela não se incomodou em informar seu pai; ela explicou as coisas para sua mãe que imediatamente providenciou o sacrifício, dandolhe um bode, o qual ela levou como um animal doméstico para o santuário, convidando Orunmila a dá-lo a Oke Ipori. No mesmo momento em que o sangue tocou o Ikin Ifa, Orunmila se acalmou e respirou tranquilamente. Ele então perguntou: “Quem disse para você fazer isso?”. Ogbegi respondeu: ““O- trovão – que ecoa- no- alto”, o sacerdote de Oluweri”. Orunmila disse para sua esposa Osunmilaya vestir sua filha Ogbegi. Ela pôs-lhe contas nos pulsos e pescoço e deu-lhe roupas caras. Eles a levaram ao sacerdote O- trovão – que- ecoa- no- alto, sacerdote de Oluweri. Orunmila entregou à sua filha uma franga, peixe seco, um rato seco e obi. E disse-lhe que entregasse essas coisas ao sacerdote que adivinhou para ela como acalmar o seu Ikin Ifa. Quando Ogbegi chegou, ela explicou isto para o sacerdote de Ifa e ambos ajoelharamse no santuário de Ifa. Fizeram orações para agradar o Ikin Ifa. Mais tarde cozinharam alimentos e os comeram. À noite, Ogbegi quis voltar para seu pai, mas o sacerdote de Ifa disse-lhe que a cerimônia ainda não havia terminado, porque quando uma mulher usa contas no pescoço e nas pernas como ela usava, significava que ela era Iyawo Ifa,
Página 16 de 56
mulher de Babalawo. Conseqüentemente, ela não iria a lugar nenhum. Ogbegi, que nada entendia, chorou uma noite e um dia inteiros e insistiu em ver o pai. O sacerdote de Ifa disse-lhe que seu viria visitá-la e ela lastimou-se: Ele me enganou, oh! Orunmila. O discípulo de Ifa me enganou Ela cantava e chorava enquanto faziam amor e “O – trovão – que – ecoa – no – alto”, o sacerdote de Oluweri respondia: Eu ajo de acordo com os ditames de Ifa Eu ajo de acordo com as instruções de Ifa. No dia seguinte, a família inteira se reuniu e foi abençoá-los. Fizeram um banquete do quais todos se divertiram e no quinto dia seguinte após o banquete, que era o dia da semana de Ifa, Orunmila veio visitar sua filha e seu discípulo. Quando Ogbegi viu seu pai chegando, começou outra vez a chorar e lhe contou como o sacerdote de Ifa a havia tratado. Orunmila disse que ele tinha feito o correto. Abençoou a ambos e disse “O- trovão – que- ecoa- no- alto”, sacerdote de Oluweri, que precisava manter-se honesto como sempre fora; disse-lhe como seus dois companheiros se haviam comportado e que pelo comportamento deles, Ogbegi tinha se tornado sua esposa naquele dia. Então, as pessoas e Orunmila cantaram: “Golpei-os suavemente” o Sacerdote de Egba São as nádegas de uma mulher que o confundem “Aquele - que- tem- contas- em- seu- pescoço”, o sacerdote de Ajero São as nádegas de uma mulher que o confundem. E Orunmila advertiu seus discípulos contra a beleza e as nádegas de uma mulher – o que pode facilmente deixar as pessoas confusas. Desde então, quando se faz necessário para uma pessoa dar seu filho ou sua filha para um Babalawo, esta pessoa deverá ser responsável por todo o cerimonial do casamento e não receberá dote. Orunmila disse a sua filha Ogbegi para respeitar o marido e realizar a cerimônia de limpeza do santuário a cada cinco dias, semanalmente. Este é dever de uma Iyawo Ifa ou Apetebii: limpar o altar, lavar a bandeja de madeira de Ifa, pintá-la com efun, ajudar o marido a atender os visitantes que vêm para ver Ifa, e também receber e entreter os convidados que o Babalawo recebe de sua própria região ou de outras cidades.
Página 17 de 56
O PAPEL DA MULHER

Da mesma forma que existem homens de conhecimento e muita cultura que praticam o trabalho espiritual do Ifa, também existem mulheres de grande integridade. Osun foi a primeira a dar início à emancipação feminina. Em um dos Odu Ifa, Osetura, Osún era a única mulher entre as divindades, Irunmale, a quem o Deus Supremo, Olodumare enviou a este planeta para manter o mundo com o conhecimento de todos. Porque Osun era uma mulher, os outros não a convidavam para suas reuniões. Para demonstrar que ela era a rainha de todas as feiticeiras, ela destruiu todos os seus planos. Eles retornaram a Olódumaré e ele perguntou como estava a mulher entre eles. Eles responderam que não a convidaram para seus encontros por se tratar de uma mulher. Olodumare disse que eles a convidassem e se desculpassem com ela pelo que fizeram e as coisas se acalmaram. Osun solicitou que a permitissem ver todos os seus segredos e exigiu ser admitida para assistir todas as reuniões e depois ela os perdoaria com o que eles concordaram. Em outro Odu Ifa, Osún chegou a iniciar algumas pessoas em Ifa enquanto seu marido estava fora em uma viagem espiritual. É importante salientar que como esposa de Orunmila, uma mulher não deve ver Olofin enquanto estiver passando pela iniciação. Isto é proibido. Esta é a razão pela qual temos duas cerimônias diferentes para a iniciação: elegan, para aqueles que não tem Odu ou Olofin durante a iniciação, e olodu para pessoas que fazem o ipana durante a cerimônia. O papel da mulher não está limitado à cerimônia do culto e a realizar a limpeza, a celebração semanal. Existem algumas, Akapo de Ifa, a quem não é permitido estudar a arte e a prática do Ifa. Algumas são Agbarmate, aquelas que recebem o Ikin Ifa sem passar pela iniciação. Outras, chamadas Iyalase, só cuidam do Ifa aprendendo as cantigas e as danças do culto, mas não possuem um saber mais profundo sobre o Ifa. É através do conhecimento e do treinamento que uma pessoa pode ser reconhecida como Babalawo, ou sacerdote de Ifa. As mulheres que estudam e aprendem a arte e prática de Ifa, entretanto, não podem ser chamadas de Babalawo. Elas são vistas como Iyanifa, mulher que tem conhecimento sobre o Ifa. Da mesma forma, a iniciação não transforma de imediato uma pessoa em sacerdote. Uma cerimônia de iniciação pode ser feita para um garoto de cinco anos, mas isso não significa que ele virou um sacerdote imediatamente. Ele ainda necessitará ser treinado antes de poder ser um sacerdote de qualquer que seja o orixá para o qual foi iniciado. Reis, chefes, homens de negócios têm que fazer a iniciação e receber o Ikin Ifa. Mas isto não os faz sacerdotes. É minha esperança que este livro lance luz na escuridão e nos mostre mais sabedoria recebida de nossos ancestrais. Yemi Elebuibon Sábio de Osogbo
Página 18 de 56
A PRIMEIRA PRINCIPAL MULHER DE ORUNMILA
Osumilaya, também conhecida como Osumileyo, foi a primeira principal mulher de Orunmila, mesmo tendo em conta que Orunmila teve diversas outras mulheres. O nome de Osumilaya foi o mais famoso dentre todas essas esposas. Teve vários filhos dele e tiveram um feliz casamento. O rei Olofin enviou para Orunmila e seus discípulos, os olhos de Oju e Ikun. Os três Babalawos foram para o palácio. Eles adivinharam para Olofin e Ejiogbe apareceu. Oju, como o mais novo, foi o primeiro a ler uma interpretação de Ifa para o rei: Ele disse que foi por causa de crianças que Olofin os convidou para adivinhar Ele disse que Ifa viu a benção de uma criança para o rei e que seria uma menina e que para a proteção dela, ela deveria casar-se com um sacerdote de Ifa, ele mesmo, Oju. Ikun foi o segundo a interpretar Ifa para o rei: Ele disse que Ifá viu a benção de uma criança para o rei Olofin e que seria uma menina que, para sua própria sorte e proteção, deveria casar-se com ele, Ikun. O terceiro e último, mas não o menos importante, era Orunmila que destacou todos os problemas para o rei Olofin e disse-lhe que uma outra criança iria nascer e que seria mulher e deveria casar com um sacerdote de Ifa, ele mesmo, Orunmila. O rei Olofin realizou a oferenda necessária e esta foi aceita. A primeira criança recebeu o nome de Tee E foi dada a Oju como esposa. A segunda recebeu o nome de Oyin E foi dada a Ikun como esposa A terceira recebeu o nome de Osumilaya E foi dada a Orunmila, o grande sacerdote de Ootu Ife, como esposa. Depois de certo tempo Orunmila e seus discípulos partiram de Ile-Ife e só retornaram dezesseis anos depois. Tee foi afastada de Oju. Oyin foi afastada de Ikun. Também Osumilaya foi afastada de Orunmila. Isto deixou Orunmila aborrecido e fez com que a casa de Olofin se tornasse escandalosa e quente. Então eles devolveram Tee a Oju. E devolveram Oyin a Ikun. Também Osumilaya foi entregue de volta a Orunmila.
Página 19 de 56
Se alguém é belo, é comparada a Tee, a esposa de Oju. Se alguém é gordo, eles se referem como “tão gorda como Oyin”, mulher de Ikun. Ninguém separa Tee de Oju ou Oyin de Ikun. Também é assim com Osumilaya: impossível separa-la de Orunmila. De todas as esposas que Orunmila teve segundo a revelação do Ifa, só Osumilaya lhe deu muitos filhos. Entre os nomes famosos da descendência de Orunmila temos Amosun e Dosunmu. Odu Ifa também dá os nomes de vários outros filhos de Osumilaya, tais como: Ako a jo lola Aguala losu Omo bokun omo eni abe ide Omo eni o sedi bebere Ka fi Ileke si idi omo elomiram Omo eni lama eni je ...etc. Um cão tem honra; Venus é a lua Uma criança recusou as contas de Okun e, ao invés, recebeu cobre Uma criança tem as contas em suas nádegas Você não pode retirar as contas dele e colocar nas nádegas de outra criança Seu filho é seu filho...etc. (Ejiogbe) Você não pode retirar as contas dela e colocar nas nádegas de outras crianças Seu filho é seu filho...etc (Ejiogbe) Referência: Ejiogbe.
Página 20 de 56
LEGENDA: Apetebii amassando inhame para o dia semanal do Ifa. Foto de Linda Randall (Osunyoyin) Osogbo, 1983. NOTAS Agui ala losu – o arco iris se transformou na lua Ako aja lola – o cão tem honra Babalawo – sacerdote de Ifá, o pai dos segredos Ejiogbe – o principal Odu de Ifa Ikun – estômago Ka fi ileke si idi omo elomiran – aquele que não pode colocar contas nas nádegas de outra pessoa Oju – os olhos Olofin – rei de Ile Ifé Omo eni o se ai bebere – criança que tem bunda grande Omo bokun – criança que produziu preciosas contas, ela se tornou cobre. Ootuife - a primeira Ile-Ife Orunmila – “o céu sabe aqueles que deverão ser salvos”. O profeta antigo. Osumilaya – filha do rei Olofin, foi a primeira esposa de Orunmila e é também conhecida como Osumileyo. Oyin – felicidade, alegria. Tee – algo que está no alto.
Página 21 de 56
APETEBII, A ESPOSA DE ORUNMILA

Orunmila viajou para Ootufe, quando o rei de Asedo enviou-lhe uma mensagem para que viesse predizer para ele e o povo de sua cidade que estavam necessitando de trabalho espiritual. Orunmila enviou-lhe três sacerdotes para fazer advinhação: Obara Egun Tan Egun Pin Pin Pin Pin lomo odo segun. A adivinhação por Ifa foi realizada para Orunmila no dia em que ele estava indo para a cidade de Asedo para os trabalhos espirituais. O sacerdote de Ifa disse-lhe que era necessário um sacrifício para que tudo que fizesse em Asedo tivesse sucesso. Orunmila realizou o sacrifício. O sacerdote também o alertou que ele não rejeitasse ninguém e que havia uma mulher em sua vida em Asedo e que ele não a podia negligenciar. Logo em seguida, Orunmila foi para Asedo. Quando ele estava quase entrando na cidade, começou a chover. Era uma chuva tão forte que Orunmila teve que parar em um bosque antes da cidade. Ele encontrou uma cabana, mas não encontrou seu dono. Orunmila entrou e se deparou com uma mulher lá dentro. A mulher foi muito gentil e recebeu Orunmila com muito carinho. Preparou-lhe o que comer. E tomou suas roupas molhadas para secar. Como a chuva ainda não tinha parado quando escureceu, Orunmila concordou em permanecer na cabana e ali pernoitar. A mulher estava muito feliz em receber Orunmila. Ela pediu a Orunmila passar a noite e em seguida informou-o que não tinha marido e que este era o maior problema de sua vida. Ela implorou mesmo para que ele fosse seu marido. Orunmila concordou e dormiram até a manhã seguinte. Quando Orunmila estava pronto para ir para o palácio, viu claramente a mulher, viu que era uma leprosa. Agradeceu-lhe por sua hospitalidade e prometeu ajudá-la quando quer que pudesse. Orunmila partiu e se encaminhou para o palácio de Asedo. O rei o recebeu gentilmente e deram-lhe um quarto no palácio como um convidado especial. Logo começou seu trabalho para o rei, para o chefe, para o pobre e para o rico. Orunmila permaneceu em Asedo por vários anos e tudo o que fez frutificou. O rei e seus súditos estavam cheios de agradecimentos a ele. Como resultado, Orunmila tornou-se um homem bem sucedido, com muitos escravos, cavalos, dinheiro e várias esposas. E se estabeleceu confortavelmente em Asedo. A cada cinco dias ele e alguns sacerdotes de Asedo iam ao palácio para as consultas do rei. Realizaram sacrifícios para ele e deram-lhe recomendações espirituais.
Página 22 de 56
Certo dia, quando Orunmila e seus discípulos voltavam do palácio real, havia uma leprosa esperando por ele. Ela reconheceu Orunmila apesar de suas roupas caras, a coroa e seus colares no pescoço. Ela refreou Orunmila e pediu que ele se lembrasse de sua promessa a ela. Todo o corpo da guarda dos sacerdotes de Orunmila ficou enfurecido e queriam enxotar a mulher. Quando ela tentou tocar suas vestes, eles a empurraram. Mas Orunmila os convenceu a deixá-la expor sua questão. Ela chorava: “Você é meu marido. Você me rejeitou”. Orunmila então lhe perguntou quando isso aconteceu. Ela o fez lembrar do dia anterior a sua entrada na cidade de Asedo, quando chovia e ele não pôde continuar sua jornada até o palácio de Asedo. Então Orunmila se lembrou e perguntou: “Você não era leprosa?” Ela respondeu que sim e pediu a Orunmila que permitisse que ela fosse até a casa dele para uma consulta e preparasse um remédio para curar sua lepra. A partir disso, ela começou a ter filhos de Orunmila, a maioria mulheres. Quando elas cresceram, Orunmila deu, uma a uma, em casamento a um Babalawo. Quando o sacerdote de Ifa perguntou a Orunmila a razão porque fazia aquilo ele explicava que “a-criança-cuja-mãe-curamos-da-lepra deveria ser chamada de Apa-ete-bii” . Desde então, todas as esposas de sacerdotes de Ifa são chamadas de Apetebii e, algumas vezes, antes de uma mulher se casar com um Babalawo, ela é chamada de Iyawo Ifa, mas uma vez casada é chamada de Apetebii. Referência: Obara Eguntan. NOTAS Apa-ete-bii – “A filha cuja mãe curamos da lepra” Asedo - a cidade de Asedo não é conhecida atualmente, o lugar pode ter sido destruído durante a guerra. Babalawo - Sacerdote de Ifá, o pai do mistério Obara Egutan -O nome do sacerdote de Ifá
Página 23 de 56
IYA, FILHA DE OLUIWO

Úlceras no estômago não ajudam O perseverante é o pai dos documentos O mais velho que tem paciência, tem tudo Este tipo de pessoa desfruta o fruto de seu trabalho A adivinhação por Ifa foi feita para Orunmila No dia que ele viajou para a cidade de Iwo, para fazer previsões para o rei. Orunmila estava em Ootu Ifé quando o rei Oluiwo mandou chama-lo para consultar Ifa para organizar sua vida. Antes de começar a jornada, Orunmila retirou o seu Oke Ipori para fazer adivinhação e acima nomeado sacerdote de Ifa foi convidado. Ele disse para Orunmila ser paciente e que tudo para o qual ele fosse convidado a fazer seria bem sucedido, mas que ele necessitava de paciência e por ser paciente ele seria recompensado.Aconselharam-no a fazer uma oferenda. Após todos os rituais e sacrifícios necessários, ele partiu para Iwo. O rei e o chefe o receberam gentilmente e ele fez as previsões e foi capaz de dar soluções para todos os problemas. Aqueles que queriam dinheiro, tiveram-no. Aqueles que queriam filhos, tiveram. Tudo estava bem em Iwo. Um dia, Orunmila resolveu partir. Informou ao rei sua intenção, mas o rei não queria que ele partisse. O Chefe Oluiwo achou que, talvez, se ele conseguisse uma esposa para Orunmila como reconhecimento por seu trabalho, ele permaneceria mais tempo ali. Foi feito o arranjo para dar a princesa Iya, filha de Oluiwo, como esposa para Orunmila. No dia seguinte, o rei persuadiu Orunmila a ficar mais um tempo, com o que ele concordou após esclarecer através da consulta a Ifá se isso era apropriado. O dia do casamento foi marcado pelo rei. Foi um grande dia. Em Iwo, foi oferecida a Orunmila uma bela e agradável celebração de casamento. Quando Iya e Orunmila já viviviam um curto tempo como casados, Orunmila percebeu o que seu Oke Ipori lhe tinha dito, que no início Iya poderia ser um grande problema para ele, porém mais tarde ela seria uma boa esposa. No início, Iya era desobediente. Se Orunmila dizia-lhe para preparar comida, a comida não ficava pronta na hora. Algumas vezes ela pegava o Iroke, um dos instrumentos de adivinhação de seu marido, e o usava como madeira para fazer fogo. Ela usava o pelo do rabo-de-cavalo para jogálo no fogo para que este se acendesse mais rápido. Como Orunmila tinha sido avisado por Ifá anteriormente, ele não se queixou. Mais tarde Iya mudou sua atitude e tornou-se uma boa esposa e deu a Orunmila muitos filhos.
Página 24 de 56
Quando Orunmila chegou a Ootuife, as pessoas que não o viam há bastante tempo começaram a lhe fazer perguntas como: quando ele se havia casado com a nova esposa? Orunmila então lhes informou que dali em diante ninguém mais deveria usar o termo esposa. Então eles lhe perguntaram que novo nome ele daria para a esposa e Orunmila respondeu-lhes dizendo que era Iya, significando “punição”. Disse-lhes ainda que quem queira se casar tem de ser capaz de suportar duros castigos das mulheres – o castigo que Orunmila tinha sofrido pela cidade de Iwo chamou-se Iyawo. A partir daquele dia passaram a chamar todas as jovens que estavam aptas ao casamento de Iyawo. Antes disso o termo usado era “Aya”, e era costume chamar mulheres e esposas de “aya mi”, minha esposa. Mas desde que Orunmila mudou o nome, passou a ser “Iyawo mi”, minha esposa, e todos os problemas financeiros e sofrimentos que alguém encontra durante sua relação amorosa são Iya Iwo. Referência: Ogbeyonu. NOTAS: Aya – esposas Iwo – nome de uma cidade no estado de Oyo, na Nigéria. Iya – punição (= sofrimento), filha de Oluiwo. Oke Ipori – o avô de Orunmila. Oluiwo – rei de Iwo
Página 25 de 56
EPO, A FILHA DE OLOTA ODO
Os problemas de um lar Não são tão grandes quanto os de um bosque. Os problemas do bosque Não concernem àquele que está dentro de sua própria casa. A adivinhação por Ifa foi feita para Olota Odo O sacerdote lhe disse para dar a princesa em casamento ao sacerdote de Ifa. O rei Olota Odo era famoso e rico, pois costumava enviar seus guerreiros à guerra e ficar com todo o saque. Entre os poderosos guerreiros que foram à guerra pelo rei Olota Odo estavam: Asan eegun mo juku, o grande guerreiro de Olota Odo, Apa-nkeke ija mose, Afi Omori odo run ona ofun gbun-run-gbun. Todos eles eram guerreiros do rei Olota Odo. Orunmila estava em Ootuife. O rei mandou buscá-lo para que Orunmila fizesse predições e sacrifício para ele, de forma que sua vida ficasse tranqüila, estável e para prolongar sua vida. Orunmila fez os trabalhos e revelou ao rei Olota Odo que se ele quisesse realizar seus desejos, uma de suas filhas, Princesa Epo, aquela de tez clara, teria que casar com um Babalawo. Orunmila lhe indicou os ingredientes restantes para o sacrifício. O rei concordou, sem saber que um de seus guerreiros já cortejava Epo. Quando o rei contou sua intenção de presentear Epo a Ifa, como Orunmila havia instruído, o líder dos guerreiros disse ao rei que quando a guerra batesse em sua porta, seria Orunmila quem iria lutar por Olota Odo. O rei explicou o Odu Ifa que caíra na consulta, mas o guerreiro não conseguia entender isto e, por esta razão, o rei Olota Odo mudou de opinião, e Epo poderia casar com qualquer um de seus guerreiros para evitar uma revolta no reino. Não demorou muito e Orunmila partiu para uma cidade próxima para prosseguir com seu trabalho espiritual. Epo crescera. Era uma mulher pronta para o casamento. Orunmila retornou a Ota para visitar o rei Olota Odo. Foi recebido gentilmente como convidado especial e lhe foi dado um quarto especial no palácio. No dia seguinte aconteceu um acidente no rio. A princesa Epo tinha ido até o rio buscar água. Um crocodilo estava quase engolindo-a. Ela gritou, mas sozinha não pode se livrar do crocodilo. O rei enviou todos os seus guerreiros. Lançaram flechas contra o crocodilo, mas de nada adiantou. Então atiraram. Quando a munição acabou, estavam todos angustiados. Então o rei se lembrou que Orunmila estava no palácio. Mandou chamá-lo e Orunmila pediu-lhes para trazer um cão, óleo de palma e uma galinha. Ele fez o sacrifício: abriu o peito do cão e ali dentro colocou os outros elementos do sacrifício. Pediu uma canoa na qual levaria a oferenda para o rio. As margens do rio estavam cheias de pessoas que vieram ver o incidente.
Página 26 de 56
Quando Orunmila estava chegando perto do crocodilo, ele lançou encantamentos de Ifá. Ele então mostrou o cachorro ao crocodilo. Quando este viu seu alimento predileto, o crocodilo deixou a princesa cair na canoa em que Orunmila estava e pôs-se a comer o cão. Orunmila então se regozijou cantando: Iworo ota ewa woran oo Iworo ota e wa woran Ewa wo omo olota lomi Ewa womo edu loke. Todos os cidadãos de Ota venham e vejam Habitantes de Ota venham e observem Venham e vejam a filha de Ota no rio Venham e vejam a descendência do edu antes de tudo. Depois de um período de regozijo e dança, Orunmila apresentou a princesa Epo ao rei Olota Odo e foi aí que o rei disse que esta deveria ser a razão pela qual Ifa tinha dito que a jovem deveria casar-se com um sacerdote de Ifa. O incidente poderia não ter tido solução se Orunmila não estivesse ali naquele dia. Epo poderia ter sido engolida pelo crocodilo e, uma vez que Orunmila foi seu salvador, não havia razão para que ela não se casasse com ele. Desde então o rei Olota Odo não pôde recusar as instruções de Orunmila, porque ele é o caminho e conhece o amanhã. Assim, qualquer mulher que Ifá escolher para casar com um sacerdote, ela pode estar segura de que é para sua segurança e proteção. Referência: Irete Olota. NOTAS “Afi omori Odu run ona fun gbun-run gbun” – aquele-que-usa o pilão para limpar sua garganta Apa-nekeke ija mose – Aquele que colocou doença em suas pernas Asan Eegun moju ku – aquele que coloca trava nos olhos Epo – o nome da princesa de Olota Odo, uma mulher de pele clara. Olota Odo – o rei de Ota, no estado de Ogun, Nigeria.
Página 27 de 56
AWOROSEJU, FILHA DE OLOOYAYUN
Quando despertamos pela manhã Se encontrarmos uma boa pessoa no caminho Isto nos inspira; dá-nos energia. Se encontrarmos uma pessoa desprezível, isto nos deprime. Somente uma pessoa boa é bom de se encontrar. As predições de Ifa foram feitas para Orunmila. No dia em que ele se dirigiu à casa de Elesinoyan Orunmila disse: Elesinoyam, o que você prefere: Nome ou título? Os títulos são passageiros Só o nome persiste até o fim da vida de uma pessoa. Igba cresce como Igba Emi cresce como Emi. É a mão pequena que se usa para pegar uma tartaruga. As predições de Ifa foram feitas para Orunmila No dia em que foi para a casa de Olooyayun. Olooyayun era uma mulher rica e idosa. Apesar de sua idade, ela fazia tentativas várias de engravidar, mas não acontecia. Ela ouviu sobre os feitos miraculosos de Orunmila, que corriam por toda a cidade. Ela enviou um de seus escravos para convidar Orunmila à sua casa de modo a abençoá-la e fazer predições. Ela queria ter uma visão sua antes de morrer. Nada na vida era problema para ela, exceto um filho. Orunmila estava no palácio do rei Elesinoyan. Ele dissera ao rei para não confiar em títulos e coisas suntuosas na vida. Ele disse: logo um título pode deixar a pessoa, mas o nome perdura, até a morte. Não apenas isso, mas suas boas ações e caráter fariam o nome durar pela eternidade. Este foi o sermão de Orunmila no palácio de Elesynoyan. Antes de seguir para o Odumu de Adagbaa, ele pregou a mesma coisa. E indo para Okinkin tii je eyin erin ofon ele finalmente chegou à casa de Olooyayun que recebeu carinhosamente o grande mestre. Ela disse a Orunmila que queria uma consulta e gostaria que Orunmila fizesse predições para ela. E ele disse que foi devido à infertilidade que ela tinha consultado Ifa e Ifá lhe disse que ela teria uma menina, mas que a menina teria que se casar com um sacerdote de Ifa (Orunmila) porque ela nasceria para morrer. Para que tivesse uma vida longa, esta criança deveria ser dada para Ifa, para ser protegida. Olooyayun ficou feliz e preparou todas as oferendas necessárias. Logo Orunmila deixou-a, partindo para Ile-Ife. Após a partida de Orunmila, Olooyayun ficou grávida. Ela ficou feliz e muito agradecida a Ifa. Nasceu uma menina, tal como Orunmila havia previsto, mas Olooyayun não conseguia encontrar o nome certo para a filha. Fez uma grande festa com comida, música e dança. Após um certo tempo, a missão de Orunmila levou-o de volta à casa de Olooyayun. Ela ficou feliz ao vê-lo de volta e deu-lhe muitos presentes. Quando Orunmila lhe perguntou pelo nome da criança, Olooyayun disse que não pôde lhe dar
Página 28 de 56
nenhum nome e que aguardara a volta de Orunmila. Ele então olhou para a criança que também o olhou sem pestanejar. Orunmila disse então que uma criança que encara alguém sem piscar deveria se chamar Aworoseju. Foi assim que Aworoseju apareceu. Orunmila alertou Olooyayun que não esquecesse de entregar a menina a um sacerdote. Abençoou-a e partiu. A vida seguiu e Aworoseju cresceu e teve uma boa vida de cuidados e atenção, porque sua mãe era rica, tendo tudo à disposição. Durante seu crescimento ficou sabendo que tinha que se casar com um sacerdote, como sua mãe sempre lhe repetia. Ela se recusou; ela disse que não queria se casar com Orunmila, um homem negro e grande, com dentes muito brancos. Sua mãe continuou tentando persuadi-la, mas ela insistia que nunca se casaria com Orunmila. Mais tarde, Olooyayun mandou chamar Orunmila e pediu que ele marcasse a data do casamento, mas Orunmila não estava em casa e não pôde responder à mensagem. Aworoseju ouviu os planos da mãe. Olooyayun resolveu entregar Aworoseju para Orunmila mesmo sem avisá-lo. Ela organizou uma bela cerimônia, convidou muitos de seus amigos e comprou muitos presentes para Aworoseju – roupas e pertences pessoais. Quando a cerimônia atingiu seu clímax, Aworoseju desmaiou e morreu. Agora iria se encontrar com seus companheiros no céu. Ela viu Orunmila no templo do Todo Poderoso, Olodumare, recebendo uma mensagem. Enquanto isso se fazia muitos esforços para revivê-la. Cantaram encantamentos e realizaram rituais e sacrifícios. Ela disse a Orunmila: você é a pessoa de quem ando fugindo. E quando chego aqui, é você novamente. Orunmila disse para ela voltar para sua mãe, não permita que ela seja faça infeliz e aceite Ifa como seu guardião, para protegê-la e dar vida longa. Ela então despertou e disse para sua mãe que agora estava disposta a casar com Orunmila. Olooyayun organizou um outro dia para o casamento. E Aworoseju cantava e se regozijava com sua mãe. Ela é hoje orgulhosa de ser esposa de Orunmila, um homem negro e forte com dentes muito brancos. Aworoseju, filha de Olooya Se morro na terra Vou para o céu de Orunmila. Referência: Owonrin Sindin. NOTAS Aworoseju – ela olha sem fechar os olhos. Elesinoyan – aquele que tem um cavalo de cor cinza Emi – árvore cujo tronco sai leite, butyrospermum Igba – árvores centenárias, árvore africana com favas de grãos verdes Okin kin tii je eyin ofon – o branco e brilhante que faz a presa do elefante sonora Olooyay yun – ela que tem pentes de coral
Página 29 de 56
BIOJELA, FILHA DE OLOFIN
Aquele que segura o cutelo firmemente Aquele que segura o porrete firmemente As coisas-que-fazem o chefe da família pegar o cutelo de madeira foram que fez a esposa mais velha reapertar a corda A previsão por Ifa foi realizada para Agbe imo-nmo Aquele que tomou Biojela, filha do Rei Olofin, como esposa. O rei Olofin convidou o sacerdote Agbe para fazer predições. Durante o processo de predição, Ifa revelou para o rei Olofin que ele tinha uma filha princesa que ele deveria entregar a um sacerdote do Ifa como esposa de modo que ela vivesse segura e serena durante toda a vida dela. A guerra estava chegando à porta de Ootu Ife e este foi o motivo pelo qual o rei consultou Ifa. Ifa lhe disse que fizesse oferendas e assim a guerra não ultrapassaria as portas de Ife. Isto foi feito e o rei perguntou a Ifa quem, entre os sacerdotes de Ifá, iria casar com Biojela e Ifa apontou Agbe como seu marido. Biojela era uma Abiku, nascida para morrer, mas eles não se importaram com isso, ela já morrera muitas vezes. Era por isso que se chamava Biojela (Talvez ela se salve). Depois de todo o ritual e oferendas necessários para Biojela, o rei e a rainha concordaram em dar sua filha a Agbe quando ela crescesse. Enquanto o tempo passava Biojela se transformou em uma bela princesa e um bom número de pretendentes, até reis, vinham de todos os cantos, para cortejá-la. Seus pais haviam esquecido o que Ifa dissera. Um dia fizeram um acordo de casamento. Ela iria casar com um homem rico. Sendo princesa não queria se casar com um homem pobre. A cerimônia de casamento foi generosa, com muitas pessoas vindas de todos os locais, para testemunhar a ocasião. Houve uma salva de cem tiros, música e dança antes que Biojela se dirigisse à casa de seu noivo. Ela possuía tudo o que uma mulher poderia ter. Após um certo tempo ela ficou doente. À medida que o tempo passava, ela emagrecia e estava pálida. Não podia comer, pois vomitava tudo. O rei e sua esposa gastaram muito dinheiro. Convidaram ervateiros que vieram de todos os lugares, mas Biojela não melhorava. Certo dia, alguém de Lori lembrou ao rei o dia em que ele consultou Ifa e que, naquela ocasião, Ifa dissera que ela deveria casar-se com um sacerdote. Ninguém mais se lembrara disso e o rei mandou buscar Agbe, o sacerdote do Ifa que deveria casar com Biojela. Quando o sacerdote de Ifa chegou, o rei implorou para que perdoasse seu desrespeito para com Ifa e que, por favor, aceitasse casar com Biojela. Nessa época, Biojela estava quase morrendo e quando Agbe a viu, a recusou. Ele disse: “Agora você quer que eu case com uma pessoa morta”. Quando Agbe recusou terminantemente, o rei Olofin mandou procurar Orunmila para lhe pedir que persuadisse seu sacerdote a aceitar sua esposa. Orunmila interferiu no assunto e assegurou a Agbe que Biojela não morreria.
Página 30 de 56
Então vestiram Biojela com ricas roupas, colares etc. para que se tornasse atraente para Agbe. Todas as mulheres do palácio vieram se ajoelhar para pedir a Agbe que aceitasse casar com Biojela, enquanto cantavam: Nós a vestimos lindamente Agbe, por favor, aceite Biojela, filha do rei Olofin Colocamos pulseiras em seu tornozelo Agbe, por favor, aceite Biojela Princesa de Olofin E Agbe com voz de arrependimento disse: “Não deveria aceitar isso de vocês, mas Ifa disse que eu aceitasse, vocês convidaram um herbalista e gastaram muito dinheiro e onde eles estão agora?” Agbe prosseguiu: Biojela, ela-que-tanto emagreceu Biojela, aquela que vomita tantas vezes Biojela, aquela que não fica boa. O rei e Orunmila o persuadiram e Agbe levou Biojela para casa e, após uma série de rituais e sacrifícios, ela ficou boa e agradeceu a Ifa e Agbe. Desde então, o rei Olofin disse que era obrigação de qualquer uma que Ifa escolhesse para casar com um sacerdote, fazê-lo de bom grado. Referência: Irosun Agbe NOTAS Abiku – criança que nasce para morrer Agbe – o nome do sacerdote de Ifa Biojela – talvez ela seja salva Irosun Agbe – o nome do Odu Ifa no qual esta história tem origem. Olofin – rei de Ile-Ife
Página 31 de 56
TEFUN, A FIEL ESPOSA DE ORUNMILA
Esisi, o sacerdote da fazenda A predição foi feita para Orunmila No dia em que ambos olhavam um para o outro Orunmila estava em Ootufe, com sua querida esposa Tefun e alguns discípulos. Já fazia um bom tempo que Odidere e Leopardo, ambos discípulos de Orunmila, estiveram com ele; mais tarde Orunmila os permitiu permanecer em suas próprias casas vindo apenas para as aulas, sempre que necessitassem. No dia da semana de Ifa, Orunmila fez predições e Ifa disse-lhe que logo ele deveria fazer uma jornada, mas antes deveria realizar um sacrifício para que voltasse rapidamente para casa, pois o lugar seria tão bom para ele que corria o risco de não voltar para casa a tempo. Depois de fazer todos os sacrifícios necessários, Orunmila recebeu uma mensagem de Akure, que todos os seus habitantes queriam a presença de Orunmila para que fizesse as predições para que a vida corresse bem para todos. Rapidamente Orunmila embalou todos os seus objetos de Ifa. E combinou com seus dois discípulos que eles deveriam visitar Tefun, pois ela poderia precisar da ajuda deles e providenciou dinheiro para a comida e solucionou todos os problemas domésticos. Orunmila fez adivinhações em Akure, realizando vários outros trabalhos espirituais para os que necessitavam de dinheiro, para as mulheres inférteis, para os abikus, para fazendeiros que desejavam aumentar suas colheitas e homens de negócio que desejavam maiores lucros. Todos eles agradeceram a Orunmila, e este agradeceu ao Todo Poderoso, Olodumare. Cada vez que Orunmila pensava voltar para casa, surgiam pessoas com mais problemas. Apesar de tudo isso, ele estava sempre com o pensamento em sua esposa Tefun e em sua casa. Um dia, eles resolveram fazer de Orunmila, um rei. Ofereceramlhe quatro belas mulheres, escravos, servos e cavalos. Tudo isso foi colocado nas mãos de Orunmila de modo que ele não pensasse tanto em seu lar e desse toda a atenção para eles. Em Ile-Ife, Tefun estava sozinha. Ela desejava rever seu marido que partira já há vários anos. Quando ela viu um sacerdote de Ifa, fez um jogo para saber sobre o marido. Todos os discípulos de Orunmila, incluindo o Papagaio e o Leopardo visitavam Tefun diariamente para estar em sua companhia e para ajudá-la em todos os problemas domésticos. Opele, entretanto, se mantinha distante. Como Tefun não via Opele por um bom tempo, quando ele apareceu, Tefun pediu que ele fizesse adivinhação para ela. Mas Opele não conseguiu atender as recomendações de Ifa e começou a cortejá-la tocando seus seios. Tefun ficou furiosa e lembrou-lhe que tocá-la era um tabu para os discípulos de Orunmila. Opele disse-lhe então que Orunmila nunca voltaria e, por isso, aconselhava Tefun a fazer amor com ele. Tefun recusou-se e ele então implorou para que ela não contasse o ocorrido a alguém.
Página 32 de 56
Durante o dia de semana de Ifa, Papagaio e Leopardo foram visitá-la novamente e ela pediu-lhes que adivinhassem para ela. E eles disseram que se ela queria que seu marido voltasse para casa, ela necessitava fazer um sacrifício com Okete (rato gigante), dezesseis búzios, e um pombo. Tefun imediatamente partiu para o mercado para comprar esses ingredientes. Enquanto isso, em Akure, Orunmila jogava para ver sua esposa e Ifa lhe disse para fazer a mesma oferenda. Ele enviou um de seus escravos em busca de um rato gigante. Buscaram em cada canto da cidade, mas não havia nenhum rato gigante, mas sugeriram-lhe que enviasse seus escravos ao mercado de Ojugbomekun, em Ile-Ife. Só havia um único rato gigante no mercado de Ile-Ife quando chegou o mensageiro que vinha de Akure. Tefun chegara primeiro, mas ela tinha barganhado o preço, com esperança de que pudessem baixa-lo. O mensageiro de Akure pagou mais que o preço pedido e, assim, comprou o rato. Quando Tefun voltou decidida a comprar o rato, a vendedora disse que este havia sido vendido. Tefun estava aborrecida e perguntou quem comprara Okete, o rato gigante. A mulher disse ter sido alguém de Akure. Tefun correu atrás do mensageiro e o fez parar. “Qual a pessoa que lhe pediu para comprar meu rato gigante?” – perguntou Tefun. O escravo respondeu: “O senhor meu rei”. “Quem é este rei?” – ela perguntou. “Vou segui-lo até o palácio para descobrir”. E foi assim que Tefun seguiu o escravo até o palácio em Akure. Tefun colocou seu olhar sobre Orunmila novamente e Orunmila colocou seus olhos em Tefun. Ela estava mais do que feliz e Orunmila também se alegrou. Ele disse a seu povo que fizesse um grande banquete e a apresentou a todo mundo. Um pouco depois ela passou a contar a Orunmila tudo que aconteceu em sua ausência. Tefun disse a Orunmila: Ela isode em sua ausência O rato foi usado para elevar um rei com a sua morte Orunmila disse que o rato estava adequado Eles são da mesma mãe Isto era conveniente e correto Tefun disse: Orunmila Em sua ausência foi Amogide Que veio substituir Leopardo Após a morte de Leopardo Orunmila disse que estava adequado Eles são da mesma mãe Isto era conveniente e correto. Tefun disse: Ela isode Em sua ausência Eles escolheram Aganran fefe para ser rei Após a morte de Odidere (Parrot) Orunmila disse que estava adequado Eles eram da mesma mãe
Página 33 de 56
Isto era conveniente e correto Tefun disse: Orunmila, em sua ausência Opele, a corrente divina, tocou meus seios Orunmila disse: Ah! Opele, você é meu discípulo Você não vai encontrar riquezas Você vai trabalhar, mas não desfrutará do fruto de seu trabalho. A partir daí, Orunmila rejeitou Opele como seu discípulo e o maldição caiu sobre sua cabeça. Se o Babalawo quisesse consultar, ele usaria Opele para o jogo e para prescrever o tipo de oferenda, dinheiro, cabrito, roupas etc. mas depois do sacrifício, Opele não era acalmado ou lhe davam qualquer coisa do material das oferendas. Ele apenas trabalhava como sacerdote de Ifa sem nada receber em troca. Assim, depois disso, tornou-se proibido para qualquer estudante do Ifa acariciar a mulher de seu mestre Oluiwo. O castigo estará sobre suas cabeças e eles serão aqueles que não alcançarão sucesso em sua profissão. Referência: Obara Kosun NOTAS: Akure – capital do estado de Ondo, na Nigeria. Amogidi – família do leopardo. Ela isode – louvação a Orunmila Esisia –espécies de tragia (Euphorblaceae) Odidere – papagaios. Oluiwo – título dado ao sacerdote de Ifa que tem muito conhecimento; em outras palavras, Oluiwo é um mestre, na mesma posição que Araba, o chefe de todos os sacerdotes de Ifa. Opele – corrente divinatória; o nome de uma semente de Ifa que os sacerdotes de Ifa usam em suas previsões. O sacerdote coleta essas sementes na floresta e abre o fruto. Dentro tem que ser um jogo completo de oito ou quatro unidades. Eles usam um colar para mantê-las, ou uma corrente, algumas vezes, rosário. Deve ter quatro em cada lado e seu nome foi dado a um homem que foi um dos discípulos de Orunmila antes de ser o nome de uma árvore. Este discípulo tentou fazer amor com a esposa de seu mestre e, como resultado, Orunmila o amaldiçoou. Ele trabalha e trabalha sem recompensa. Todos os sacerdotes de Ifa usam-no como instrumento para prescrever todos os itens de um sacrifício; eles dão oferendas a Ikin Ifa, mas não a Opele. Ikin Ifa é uma noz sagrada de palmeira.
Página 34 de 56
IWA, A ESPOSA DE ORUNMILA
Oosa foi quem criou a paw paw como fruta O que torna sua boca grande e grossa De modo que o filho de um homem pode brincar com ela Eles fizeram adivinhação por Ifa para Orunmila No dia em que ele iria escolher Iwa como sua esposa A personalidade de Iwa, o seu jeito, é de mulher. Ela não é linda, mas é bonita. Além disso, não é arrogante nem desobediente, e é por esta razão que muitos tentavam conquistá-la, entre eles Orixás, além dos seres humanos. Orunmila também queria casar com Iwa, e assim consultou Ifa e o sacerdote explicou-lhe que ele iria ser feliz com ela; seria uma grande benção. Entretanto era necessário fazer uma oferenda para que ela ficasse com ele por muito tempo. Se ela abandonasse Orunmila, as coisas não seriam tão fáceis como inicialmente eram. Orunmila fez o sacrifício para que Iwa casasse com ele, mas não aquele para que ela permanecesse longo tempo com ele. Após as devidas cerimônias, Iwa tornou-se esposa de Orunmila e foram ambos muito felizes. A vida seguia tanquila e com sucesso e Orunmila se tornou famoso. De todos os lugares vinham pessoas para ver Orunmila. E o dinheiro era abundante. Orunmila não prestou atenção a algumas coisas que Iwa queria fazer e por isso, ela resolveu abandona-lo. Depois de sua partida, as coisas ficaram tão difíceis que Orunmila quase não tinha o que comer; não tinha dinheiro e nem trabalho. Então Orunmila pediu ao sacerdote para fazer um jogo. Ifa revelou-lhe que se ele quisesse sua mulher de volta ele necessitava fazer um sacrifício e uma viagem. Orunmila fez a oferenda e saiu em busca de sua mulher. Logo conseguiu saber que ela estava no palácio do rei Alara. Orunmila ficou aborrecido. Por que o rei Alara não tinha retido Iwa e enviado uma mensagem para ele? Ele partiu para lá. À porta do palácio, Orumila cantou: Rei Alara Você encontrou Iwa para mim? Iwa, é Iwa que nós todos estamos buscando Se uma pessoa tem dinheiro Mas não tem caráter O dinheiro pertence a outro. Se uma pessoa tem uma esposa E ela não age corretamente Esta esposa pertence a outro Rei Alara Você encontrou Iwa para mim Iwa, é Iwa que procuro. O rei Alara respondeu que Iwa tinha ido para o reino de Ajero. Orunmila disse que iria brigar com Alara, pois ele não reteve sua esposa. Orunmila partiu para o palácio do rei Ajero. À entrada do palácio de Ajero, Orunmila cantou:
Página 35 de 56
Rei Ajero, você encontrou Iwa para mim? Iwa, é Iwa que todos nós estamos buscando. Ajero, você encontrou minha esposa para mim? Iwa, é Iwa que todos nós estamos buscando. Se uma pessoa tem dinheiro Mas não tem caráter O dinheiro pertence a outro. Se uma pessoa tem uma esposa E ele não age corretamente Esta esposa não é dele Pertence a outro. Se uma pessoa tem filhos E eles não têm bom caráter Esses filhos não pertencem a ele Pertencem a outro. Ajero, você encontrou minha esposa para mim? Iwa, é Iwa que todos nós estamos buscando. Rei Ajero respondeu que Iwa tinha partido há pouco para o palácio de Owarangun Aga. Orunmila amaldiçoou Orangun por não tê-la detido sabendo que era sua esposa. Orunmila, que deixava as brigas para sua viagem de volta, cantou: Owarangun, você encontrou minha esposa? Iwa, é Iwa que todos nós estamos buscando Se uma pessoa tem dinheiro Mas não tem caráter O dinheiro pertence a outro. Iwa, é Iwa que todos nós estamos buscando Se uma pessoa tem uma esposa E ela não age corretamente Esta esposa pertence a outro Iwa, é Iwa que todos nós buscamos. O rei Owarangun disse que Iwa partira há pouco. Ela partira para o palácio de Aseyin. E Orunmila partiu para o palácio de Aseyin. Na entrada do palácio, Orunmila cantou: Aseyin, você encontrou Iwa para mim? Iwa, é Iwa que todos nós buscamos, Iwa Se uma pessoa tem dinheiro Mas não tem caráter Esse dinheiro pertence a outro Iwa, é Iwa que todos nós buscamos, Iwa. Se uma pessoa tem uma esposa E ela não tem boas ações Ela pertence a outro Iwa, é Iwa que todos nós buscamos, Iwa
Página 36 de 56
Aseyin disse para Orunmila: “Não se preocupe muito. Iwa está aqui. Eu estava justamente lhe enviando uma mensagem para dizer que sua esposa estava aqui.” Orunmila disse (Bi a ba se keke ija ka mu ti Aseyin kuro): se você quer brigar com qualquer um, exclua Aseyin porque os outros reis são seus melhores amigos e ele os ajudará. Ele fez consultas e também oferendas para eles. Tornaram-se poderosos e famosos. Como os outros não puderam deter sua esposa e nem lhe mandar mensagens, ele agradeceu a Aseyin e levou sua esposa de volta. Depois que os três outros reis tornarem-se cientes do aborrecimento de Orunmila, eles pediram perdão e Orunmila ensinou a todos os seus discípulos e devotos, que Iwa, caráter ou atos, é o mais importante para uma mulher. E que se Iwa não fosse boa esposa e importante para seu marido, ele não teria passado por todos aqueles problemas que envolveram a busca de Iwa. Assim, tornou-se um provérbio e uma canção que seja o que for que você tenha em riqueza e fama, se você não tem Iwa, bom caráter, tudo é em vão, mesmo que você seja um rei ou um presidente. Referência: Ogbe Alara NOTAS Ajero - rei de Ijero Ekiti, no estado nigeriano de Ondo. Alara – rei de Ilara, na fronteira de Ekiti, no estado de Ondo. Aseyin – rei de Iseyin, no estado de Oyo, na Nigéria. Iwa – feito, caráter, ela é uma mulher, a filha de Olokun. Ogbe Alara – o nome de um Odu Ifa, de onde vem esta história; se Iwa está perdida, então tudo está perdido para homens e mulheres, Iwa é o mais importante. Oosa – ou Orisaala, deus da criação, aquele que molda a cabeça de um bebê é também conhecido com Obatala e Obatarisa. Owarangun Age – rei de Ila Orangun, no estado de Oyo, na Nigéria.
Página 37 de 56
OFUN GBADARA, FILHA DE ALARA
Ofungbada, a filha de Alara Ofungbadara, a filha de Ajero Peregunsusu, a filha de Osun A previsão de Ifa foi feita para Orunmila O dia em que ele ia se tornar marido de três esposas. Depois de uma longa série de preparações e oferendas do Príncipe para o rei, Alara decidiu recompensar Orunmila dando-lhe sua única filha, a Princesa, como esposa. Logo depois o rei Ajero, decidido a competir com o rei Alara, deu sua filha a Orunmila. Ofungbadara era a princesa de Alara e Ofungbada era a princesa de Ajero. Assim como Orunmila era o conselheiro espiritual de divindades, reis e pessoas comuns, Osunmeri costumava também se aconselhar com ele. Osunmeri começou a ver os eficientes trabalhos de Orunmila como grande sacerdote, e também deu sua filha para Orunmila. Agora Orunmila tinha três esposas de três povos importantes. Como princesas, elas amavam ter espécies de coisas que Orunmila não podia prover. Isto, algumas vezes, causava uma série de aborrecimentos. Além disso, estavam aparecendo poucos trabalhos para Orunmila e todos lhe diziam para buscar outras profissões. Mas Orunmila insistia em não fazer qualquer outro trabalho a não ser espalhar a mensagem do Ifa e todos os seus trabalhos tradicionais. Mas algumas vezes não ganhava tanto dinheiro quanto suas esposas gostariam. Um dia, Ofungbara, a filha de Alara, Ofungbadara, a filha de Ajero e Peregun Susu, a filha de Osunmeri, cobraram dinheiro juntas. E o deram a Orunmila como uma contribuição para fazer com que Orunmila começasse uma nova carreira de negócios de modo que a situação deles pudesse melhorar. Após muita persuasão, Orunmila concordou. Elas disseram a Orunmila: “Você não vê seus irmãos Ogun, Xangô e Obatalá: Eles vão à guerra. E também começaram a negociar, viajando para mercados distantes para comprar e vender coisas lá e foi assim que eles agora têm dinheiro”. Elas disseram a Orunmila o nome do mercado e as coisas que ele podia comprar e trazer para casa de forma a ganhar muito dinheiro. Em um dia de feira, Orunmila levantou-se cedo e estava pronto para partir em sua viagem de negócios. No caminho, encontrou algumas pessoas como ele, todos ansiosos por chegar ao mercado antes que este fechasse. Depois de um tempo, Orunmila chegou a um lugar onde ouviu canções de Ifa. Pareceulhe que estavam realizando uma nova iniciação. E Orunmila parou para observar, e eles cantavam e o canto e a dança atraíram Orunmila de modo que ele esqueceu tudo sobre a feira. A canção seguia: Nós buscamos boas pessoas Boas pessoas quem chamamos Ejiogbe venha e nos abençoe Abençoe-nos com as boas pessoas que buscamos ...etc
Página 38 de 56
Depois de um tempo, o sacerdote chefe da cerimônia viu que Orunmila estava embarcando em algo que não era bom para ele. E disse-lhe para fazer uma oferenda com todo o dinheiro que trazia, um pombo e uma ave. Orunmila assim fez e retornou a casa sem nada. As três esposas estavam aguardando Orunmila e ficaram surpresas quando Orunmila contou-lhes o acontecido. Não podiam acreditar. “Mas como, Orunmila? Você não gosta do mundo dos negócios?” E ele respondeu: “Não”. Seu criador Olodumare não o enviou para fazer este tipo de negócios na terra. Ele estava aqui para ajudar os enfermos a terem boa saúde, o pobre a ficar rico e as estéreis a terem filhos. Esta era a sua missão no planeta. Em uma segunda ocasião as três esposas deram dinheiro a Orunmila para ele se tornar um negociante, mas outra vez aconteceu a mesma coisa. E assim as três esposas resolveram deixar Orunmila. Uma a uma, todas as três o abandonaram. Mas Orunmilá não se preocupou. Logo após elas partirem, os trabalhos apareceram para Orunmila, tanto que ele não dava conta. Reis, rainhas, ricos e pobres, todos vinham consultá-lo e ele começou a acumular muito dinheiro, presentes e recompensas, uma após outra. Orunmila construiu uma nova casa e comprou cavalos e roupas caras. E se tornou famoso. Suas três esposas então quiseram voltar, mas Orunmila as rejeitou. Então ele cantou: Se eu vou ficar rico Quem sabe, quem sabe meu futuro, Quem sabe? Se vou ter esposas Quem sabe? Quem sabe meu futuro? Quem sabe... etc.? Referência: Ofun Nagbe. NOTAS Ajero - rei de Ikere, ambos no estado de Ondo, Nigeria. Alara – rei de Ilara Obatalá – a divindade da Criação Ogun – a divindade do ferro e da guerra; patrono de todos os ferreiros Olodumaré – Deus Todo Poderoso Osunmeri – divindade dos rios, mãe benfeitora de todas as crianças Peregun – dracena fragans Xangô – divindade do trovão
Página 39 de 56
ERELU, A ESPOSA DE ORUNMILA
Aquele – que – levanta – a – madeira conhece a lâmina Aquele – que – colhe – sementes – de – palmeira se ramificará em uma palmeira A consulta por Ifa foi feita para Erelu, a esposa de Orunmila. Erelu é uma bela esposa de Orunmila. Viviam ambos em Ile-Ife antes de se casarem. Havia muitos homens, chefes e reis que gostariam de tê-la como esposa. Um príncipe de Iwoye por muito tempo batalhou para conquistar Erelu e, quando ela se tornou esposa de Orunmila, este homem continuou a pressioná-la para casar-se com ele, mas Erelu recusou e disse-lhe que este casamento era um tabu. Como este homem não deixava de insistir para que Erelu se casasse com ele, ela e Orunmila decidiram fixar-se em um local distante chamado Iwoye. E um dia Erelu fingiu que estava doente e desfaleceu. Todos os esforços para revivê-la falharam. No passado eles não enterravam corpos no chão. Penduravam-no em uma árvore ou o repousavam atrás de uma árvore. Erelu e seu amante sabiam disso e seus planos eram que após levá-la para a floresta do descanso (Igbo Ifeyinti), mais tarde ele iria lá, a libertaria de forma que pudessem fugir juntos. Assim que abaixaram o corpo de Erelu sobre o solo, o príncipe de Iwoye apareceu e desatou todos os panos que tinham sido usados para envolvê-la, e os dois fugiram. Logo depois este homem veio para sua cidade natal, Iwoye, onde foi coroado rei. Assim, Erelu se tornou rainha e ali se estabeleceram. Mas Erelu ficava sempre preocupada com Orunmila e seus filhos. Ela disse, Orunmila não é fácil de se enganar. Ele vai descobrir um dia e meu castigo será sério”. Seu amante estava sempre contrário a sua opinião, uma vez que eles estavam muito longe, em um lugar onde ninguém sabia sobre eles. Em frente ao palácio havia uma feira, e ali Erelu montou um quiosque, onde vendia quiabo. Pessoas vinham de todos os lugares para o mercado de Iwoye. Um dia, um dos discípulos de Orunmila veio a Iwoye para buscar certos ingredientes e descobriu Erelu. Ficou surpreso, pois se acreditava que Erelu estava morta. Quando chegou em casa, contou o acontecido a Orunmila. Orunmila, então, fez um jogo para descobrir se Erelu estava morta ou viva e Orunmila decidiu ir e trazê-la para casa. Foi dito a Orunmila que não esquecesse seu tabu. Para acalmar Egungun ele devia também comparecer à cerimônia. Após todos os necessários sacrifícios e rituais, Orunmila e seus discípulos puseram-se a caminho. Quando alcançaram Iwoye, eles foram hospedados na casa de (Alagbaa), responsável pelo culto de Egungun e enviaram uma mensagem ao rei Oluwoye que uma companhia de máscaras de Ile-Ife queria entretê-lo. Erelu estava então começando a suspeitar de alguma coisa e o rei disse-lhe que era Egungun, e não um trabalhado de adivinhação. Erelu insistiu que antes de acreditar nisso, ela queria que o rei mandasse procura-los e perguntar sobre sua proibição. Eles
Página 40 de 56
responderam ao rei que não tinham nenhuma interdição. Então Erelu assegurou ao rei que não eram pessoas de seu marido e que eles poderiam vir, pois ela sabia que seu marido Orunmila tinha uma proibição, Ele era proibido de beber água do dia anterior e era também proibido comer comidas do dia anterior. Ele estava acostumado a tudo fresco. Foi, então, afixado um dia para que se apresentassem na corte. Orunmila e seus discípulos usaram máscaras e começaram a fazer soar gongos ao partir do lugar em que estavam alojados. Um grupo de pessoas os seguia para ver o espetáculo e eles cantavam: Deixem-nos brincar Deixem-nos brincar na cidade de Iwoye Deixem-nos brincar. Quando alcançaram o palácio de Oluiwoye, o líder dos mascarados fez uma breve introdução explicando que o show que iriam assistir naquele dia era único e que sua origem era da antiga cidade de Ile-Ife. Egungun então deu início ao espetáculo que mostrava a forma como Erelu fingiu estar doente e como seu amante veio para fugir com ela. Erelu ficou surpresa e chocada. Ela disse ao marido que era Orunmila, mas o rei disse que não. Quando o espetáculo chegou ao clímax Orunmila então apareceu em pessoa e confrontando o rei disse que iria levar, naquele dia, sua esposa de volta para casa. “Erelu venha para casa comigo”. Erelu não conseguia dizer uma palavra. Ela apenas seguiu Orunmila e os discípulos dele cantavam: Erelu pare de mentir Erelu pare de enganar a cidade de Iwoye Erelu pare de mentir Como mulher Como traidora. Como uma traidora Como uma mulher Como um amigo Como um inimigo Tão inimigo quanto amigo Erelu pare de mentir Erelu pare de enganar a cidade de Iwoye Erelu pare de mentir. Assim foi difícil para Erelu ter qualquer caso fora de seu casamento. Desde então ela devotou sua vida a Orunmila sem pensar em fugir outra vez. Referência: Idingunda. NOTAS Alagbaa –chefe dos cultos de Egungun
Página 41 de 56
Apetebii – uma esposa de Orunmila e o nome pelo qual é chamado todas as esposas de Babalawo hoje. Egungun – mascarado, espírito ancestral Erelu – título dado à mulher entre os membros do culto secreto Ogboni, mas neste caso é o nome de uma mulher que primeiro recebeu este nome. Igbo Ifeyinti – bosque onde os mortos descansam antes que as pessoas o enterrem. Iwoye – cidade próxima a Ede, que está a nove quilômetros de Osogbo, no estado de Oyo, Nigéria. Oluwoye – rei de Iwoye
Página 42 de 56
AJE, A ESPOSA DE ORUNMILA
Em frente da casa No quintal da casa Adivinhação por Ifá foi feita para Orunmila O dia em que ele receberia Aje como esposa. Orunmila reuniu alguns de seus discípulos para que fizessem predições para ele. Aje era uma mulher importante, uma divindade, como ministro do comércio. Era rica e tinha muitos escravos. Entre seus escravos havia um de nome (Onipansan Owere), aqueleque-tem-um-chicote-pequeno e Anamo naye aquele-que-castiga-filho-e-mãe. Orunmila também tinha um guarda-costas corajoso, um escravo chamado Odogbo, que era um homem muito forte e ele tinha um encantamento podereoso que usava quando guerreava. Aje era, como mulher, responsável pela limpeza semanal do templo de Orunmila, limpando o chão, pintando o santuário com as folhas de índigo depois de todos terem feito preces e dado obi a Ifa. Como mulher de negócios, Aje podia fazer suas próprias viagens de negócios. Na Feira de Ojugbomekun, onde consumava vender seus artigos, ela tinha um escravo para carregar suas mercadorias. Chegou a um ponto que aconteceu uma venda no mercado. Foi uma época em que muitas pessoas compravam roupas nas mãos de Aje e ela ganhava muito dinheiro. Ela mal tinha tempo para seu trabalho semanal em casa. Por seis semanas ela não esteve em casa para ajudar seu marido com os trabalhos de limpeza. E certa vez Orunmila disse-lhe que comprasse obi e desse a um de seus escravos para que ele trouxesse o obi para Orunmilá em casa, mas devido à multidão, Aje estava ocupada vendendo e comprando e ela esqueceu. Mais tarde, quando voltou para casa, disse a Orunmila que esquecera. Quando ela repetiu a mesma coisa muitas vezes, Orunmila ficou tão aborrecido que chamou seu escravo Odogbo e mandou-o ao mercado punir Aje. No dia imediatamente seguinte, Aje apareceu no mercado. Costumava haver sacerdotes no mercado, para aqueles que precisassem de serviços. Um deles viu Aje chegando e fez a predição. Ele disse que Aje que ela estava com problemas com o marido e que a única forma de se salvar era comprar obi e o maior peixe seco, levá-los para casa e oferecer ao Oke Ipori de seu marido. Também advertiu que ela não devia voltar para casa pelo mesmo caminho pelo qual costumava vir para o mercado. Odogbo estava pronto para o conflito com Aje na entrada da floresta. Depois de compras e vendas, Aje comprou o obi e um grande peixe seco e usou a outra entrada para ir para casa. Ela foi para o altar de Orunmila e colocou sua cabeça no chão. Ajoelhou-se (Yirika) e pediu a Orunmila para perdoá-la e deu o obi para seu Oke Ipori. Orunmila ficou surpreso e perguntou “Quem lhe disse para fazer isso?”. Após persuadila, Orunmila concordou e a perdoou. Odogbo estava no caminho para o mercado e esperou em vão por Aje. Quando Odogbo descobriu que Aje não ia passar por aquele
Página 43 de 56
caminho, voltou para casa sedento, com fome e furioso. Seus olhos estavam vermelhos. Quando Orunmila o viu, pediu-lhe que fizesse o favor de baixar a espada que ele havia empunhado. Odogbo recusou-se. Quando Odogbo não quis ouvir Orunmila, este se pôs a cantar: Odogbo baixe sua espada Odogbo baixe sua espada Aje me deu obi e peixe Odogbo baixe sua espada. Orunmila teve que lhe dar óleo de palma para beber e Odgbo se acalmou. Odogbo disse para seu mestre: “Nunca me envie uma pessoa quando você sabe que vai poupála”. Orunmila pediu-lhe que não ficasse zangado. Aje então prometeu nunca mais fazer tais coisas novamente. A partir de então é importante que todas as esposas de Babalawo observem um dia da semana em casa. Referência: Ogunbaborogbe. NOTAS Aje – dinheiro, rica divindade feminina que controla mundo, um ministro das finanças. Odogbo – guarda-costas de Orunmila. Ogundaborogbe - nome de Odu Ifa, onde esta história se origina. Oke Ipori – o avô de Orunmila
Página 44 de 56
ORUNMILA E SUAS DUAS ESPOSAS
Osedii bela entre os Odu de Ifa Ogunbere bela entre as serpentes Ganancioso e ladrão são iguais Prostituta e abiku são a mesma coisa As predições por Ifa foram feitas para Orunmila No dia em que ia casar com a simpática e bela filha de Alara Também com desprezível filha de Ijero. Foi Orunmila quem convidou o sacerdote acima nomeado para vir fazer predições para ele. O Odu que apareceu foi Osedii e ele disse para Orunmila que Ifa tinha visto duas esposas para ele, mas que ele necessitava fazer um sacrifício de modo que ambas as esposas pudessem ter filhos. De fato, Orunmila estava apaixonado por Afinju, princesa de Alara. Ele jogou Oke Ipori para saber o resultado do casamento. E o Ifa viu uma benção de uma outra esposa. Então ele realizou o sacrifício necessário e Afinju tornou-se sua esposa. Ela era muito suave, limpa e bela. Cuidava muito bem de Orunmila; preparava a comida na hora, lavava e mantinha limpos o templo e a casa. Orunmila estava muito feliz. Depois de um tempo o rei de Ijero mandou uma mensagem para Orunmila que sua filha Obunradiradi seria dada a Orunmila como reconhecimento por tudo que ele havia feito. O Ifa também confirmou isto. Eles marcaram o dia e Orunmila esperou sua nova esposa. Fizeram todos os rituais necessários. Obun, a filha de Ajero, chegou, mas como um nome sempre descreve uma pessoa, Obun era uma pessoa sórdida e sem asseio. Era preguiçosa e esquecia de cuidar do templo. Isto marcou uma grande diferença. Afinju estava mais próxima a Orunmila, mas não tinha filhos. Ao passo que Obun começou a dar muitos filhos a Orunmila. À medida que o tempo passava, Afinju e Obun resolveram visitar seus pais, aos quais não viam havia bastante tempo. Após alguma pressão, Orunmila concordou em acompanhá-las para visitar os sogros. A estrada que leva a Ijero é à esquerda e a estrada de Ilara, é à direita. Quando estas estradas se cruzaram, Orunmila são sabia a que esposa seguir. Decidiu-se por seguir Afinju, aquela que o tratava carinhosamente em se tratando de alimentação e que era agradável. Mas todas as crianças atrás de Obun se puseram a gritar: “papai, papai, não vá, papai não vá”. Orunmila ficou tão confuso que se pôs a rezar para Ifa. Ele recitou Iyere: As coisas são como são A prole de Agbonuiregun. Coro: Hin-in (sim) Osedii, linda pelo Odu Ifa Coro: Hin-in (sim) Oguinbere bela entre as cobras Ganancioso e ladrão
Página 45 de 56
Eles são todos iguais Cor: Hin-in (sim) Prostitutas e abiku são o mesmo A adivinhação por Ifa foi feita para Orunmila No dia que ele gostaria de casar com Afinju, a filha de Alara Coro: Hin-in (sim) A sordidez não é boa, eu agradeço a todos vocês Coro:Hin-in (sim) A sordidez não é boa O Ifa vai seguindo, “aquela-que-tem-alimentos- e-cozinha-os-alimentos”. Coro: Ifa vai seguindo, “aquela-que-tem-alimentos- e-cozinha-os-alimentos”. A sordidez não é boa Ifa vai seguindo, “aquela-que-tem-alimentos- e-cozinha-os-alimentos”. Neste momento, Elegbara apareceu e falou para Orunmila que não abandonasse seus filhos por causa de comida. Ele disse: ”Orunmila, neste momento você está confuso” e, assim, Orunmila decidiu seguir Obun. Mas então Afinju começou a reclamar. Ela disse: ”Orunmila, você agora esta me rejeitando porque não lhe dei filhos”. E chorava. Orunmila ficou ainda mais confuso; ele não sabia o que fazer e de novo recitou: As coisas são como são A prole de Agbonuiregun. Coro: Hin-in (sim) Osedii, linda pelo Odu Ifa Coro: Hin-in (sim) Oguinbere bela entre as cobras Ganancioso e ladrão Eles são todos iguais Cor: Hin-in (sim) Prostitutas e abiku são o mesmo A adivinhação por Ifa foi feita para Orunmila No dia que ele gostaria de casar com Afinju, a filha de Alara Coro: Hin-in (sim) E Obun Radiradïï a filha de Ijero Coro: Hin-in (sim) Uma mulher sem filhos não é bom Coro: Him-in (sim) Uma mulher sem filhos não é bom, agradeço a todos Coro: Hin-in (sim) Uma mulher sem filhos não e bom O Ifa segue mães de crianças Coro: Hin-in (sim) Juntos: Uma mulher sem filhos não é bom Ifa segue mães de crianças E e e e.
Página 46 de 56
Uma mulher sem filhos não é bom Ifa segue mães de crianças Orunmila O o o. Elegbara e Orunmila agora estavam juntos. Ele recomendou a Orunmila fazer uma consulta para solucionar seus problemas, ele disse que se ele estivesse naquela posição ele viria a Orunmila para aconselhamento espiritual. Orunmila agradeceu-lhe. Depois que Elegbara partiu, Orunmila e suas duas esposas decidiram voltar para casa. Quando Orunmila e as esposas voltaram a Ile-Ife, ele fez predições para Afinju, a filha de Alara, e fez todos os trabalhos para que Afinju também tivesse filhos, de forma que ela ficasse mais feliz. E Obun também aprendeu uma lição: para estar mais próxima e respeitar seu marido. Todos encontraram a felicidade e tiveram uma maravilhosa relação. Referência: Osedin NOTAS Afinju – pessoa asseada e linda Agbonuiregun – algumas vezes se refere à Orunmila, nome de um dos antigos profetas. Ajero – rei de Ijero, Ekiti. Alara – rei de Ilara, fronteira de Ekiti, estado de Ondo, Nigéria. Elegbara – também conhecido como Esu Odara, responsável pelas entradas, um policial do céu Iyere – poesia de Ifa. Obun radi radi – pessa sórdida Ogunbere – nome de uma árvore. Oke Ipori – avó de Orunmila. Osedi – o nome de um Odu Ifa
Página 47 de 56
ADI, A NEGRA E BELA ESPOSA DE ORUNMILA
Você trabalhou muito bem, em seu caminho, Mas no passado, você trabalhou errado A adivinhação por Ifa foi realizada para Epo e a esposa de Ogun E para Adi, esposa de Orunmila. Epo era uma mulher de pele clara, esposa de Ogun e Adi era a esposa de Orunmila. Ela era negra, bela e de pele cor de ébano. Ambas consultaram um sacerdote de Ifa e ele disse às duas amigas que elas seriam esposas de pessoas importantes e que deveriam ser honestas e fiéis a seus maridos. Ogun era um guerreiro, patrono de todos os ferreiros, e sempre consultava Orunmila para ouvir conselhos e obter determinações. Houve fome e seca, e muitos estavam morrendo. Não havia dinheiro Alguns mudavam de profissão para fazer qualquer coisa para conseguir um prato de comida diariamente. O próprio Ogun não foi mais à guerra. Tornou-se um comerciante, comprando valiosos produtos em mercados distantes e trazendo-os a Ile-Ife, vendendo-os e assim conseguindo dinheiro imediatamente. Certo dia, Ogun veio até Orunmila e Ogun aconselhou-o a iniciar um negócio, assim como ele o fazia. Mas Orunmila disse-lhe que Olodumare não o enviara à Terra para se tornar um homem de negócios, mas apenas para cuidar dos problemas dos seres humanos, para ser um profeta e um curandeiro. Ogun então aconselhou a Orunmila dar permissão para que sua mulher Adi o acompanhasse ao mercado para que ele lhe mostrasse como fazer uma transação, e assim ela poderia se tornar uma comerciante e contribuir para a economia familiar. Orunmila concordou e, confiando em seu amigo, deu a esposa Adi algum dinheiro e a permissão para seguir com Ogun para os mercados distantes. Esta jornada criou uma aproximação entre Ogun e Adi. Logo Ogum estava propondo que Adi fizesse amor com ele. Mas Adi recusou, insistindo que seu marido era esperto e cheio de sabedoria. Não haveria nada que ela fizesse em segredo que Ifa não expusesse a Orunmila. Foram para o mercado e tiveram sucesso e Adi ganhou bastante dinheiro. Mas Ogun não parou de assediar Adi, mas apesar de ela não gostar do assédio, após muita pressão, Ogun fez amor com Adi em uma pousada onde pararam no caminho de volta para casa. Orunmila estava em casa fazendo as previsões semanais de Ifa. E Ifa lhe mostrou que Adi estava tendo casos fora do casamento. Antes que Ogum e Adi regressassem, Orunmila já esperava por eles. Orunmila rejeitou Adi e disse para Ogun que continuasse a fazer amor com ela. Ele disse para Ogum que lhe desse Epo, a mulher de pela clara. Desde então é proibido a qualquer pessoa oferecer Adi a Orunmila. Referência: Ogundadir.
Página 48 de 56
NOTAS Adi Palm kernel oil – nome dado a uma pessoa negra e bonita. Epo – nome dado a uma pessoa de pele clara Ifa – a previsão, saber de Orunmila dado pelo Todo Poderoso. Ogun – a divindade da guerra e patrono dos ferreiros. Olodumare - o supremo Todo Poderoso.
Página 49 de 56
ODU, A MÍTICA ESPOSA DE ORUNMILA
Kalanchoe tem folhas fortes O espinafre pontiagudo tem um pé forte para caminhar Observe a orelha de uma lebre E veja uma folha de kalanchoe São a mesma coisa. A adivinhação por Ifa foi feita para Orunmila No dia em que ia tomar Oro Modi Modi como esposa Oro Modi Modi é também conhecida como Odu ou Olofin. É um nome sagrado para todos os sacerdotes de Ifa. Ela é lembrada como mãe de todas as esposas dos sacerdotes do Ifa. Odu ou Oro Modi Modi tornou-se Orisa após ter se casado com Orunmila. Certa vez, em um dia da semana de Ifa em que se faz limpeza, Orunmila e alguns de seus devotos estavam no templo, com a cerimônia de obi em andamento. Surgiu que Orunmila receberia um hóspede e que este hóspede era uma mulher de grande importância espiritual. Foi revelado também que Orunmila deveria ser cuidadoso em entretê-la, e que deveria obedecer as instruções dela. Tão logo terminaram com a celebração semanal, a visita entrou na casa de Ifa. Orunmila lhe deu as boas-vindas, acolhendo-a gentilmente. Aquela mulher ficou impressionada pela forma com que Orunmila a recebia e prometeu auxiliar Orunmila em todas as suas grandes tarefas. Também quis casar com ele e ditou-lhe várias condições, entre essas que, mesmo estando casada com Orunmila, ela deveria ter um quarto particular. Ninguém poderia trazer luz para ver seu rosto. Ninguém podia comer com ela,. Também não poderia ver a face das outras esposas de Orunmila. E elas não poderiam ver sua face. A mulher não era bonita. Tinha marcas por todo rosto e corpo. No princípio, Orunmila não gostou da idéia de esposá-la, mas quando lembrou-se do que Ifa havia predito, concordou em se casar com ela, porque ela lhe traria ajuda no futuro. Por isto Orunmila chama e avisa às outras esposas que elas não podem abrir a porta do quarto onde Oro Modi Modi estava vivendo, e ninguém deveria levar luz para lá dentro. Quando preparassem sua comida, deveriam deixá-la no chão, em frente ao quarto. Ela mesma levaria a comida para dentro. Um dia, uma das mulheres de Orunmila resolveu abrir a porta do quarto para ver a estrangeira, pois se perguntava como era possível ser proibido ver uma hóspede para quem levava comida todos os dias. Isso aconteceu uma noite em que Orunmila não estava em casa. Ela pegou uma lâmpada (fitila) para olhar nos olhos de Oro Modi Modi. A visitante ficou furiosa quando viu a luz. E lançou uma maldição sobre a mulher de Orunmila, que morreu instantaneamente. Orunmila estava intranqüilo e descobriu pelos sinais, que alguma coisa estava acontecendo em sua casa e descobriu o corpo de sua
Página 50 de 56
mulher no chão e que Oro Modi Modi tinha desaparecido. Orunmila cantou um Iyere para chamá-la. Ele recitou: Kalanchoe tem folha forte Coro: Hin-in (sim) O espinafre pontiagudo tem um pé forte para caminhar Coro: Hin-in (sim) Veja a orelha de uma lebre E veja uma folha de kalanchoe Coro: Hin-in (sim) São a mesma coisa A adivinhação dói feita para Orunmila Coro: Hin-in (sim) No dia que recebeu Oro Modi Modi como esposa Coro: Hin-in (sim) Oro Modi Modi Eu não me comprometi com você matar minha esposa E E E E!! Oro Modi Modi Eu não me comprometi com você matar minha esposa E Oro Modi Modi respondeu. Ela disse: Kalanchoe tem folha forte Coro: Hin-in (sim) O espinafre pontiagudo tem um pé forte para caminhar Hin-in (sim) Veja a orelha de uma lebre E veja uma folha de kalanchoe Coro: Hin-in (sim) São a mesma coisa A adivinhação foi feita para você Orunmila No dia em que você gostaria de casar comigo Fazer de Oro Modi Modi sua esposa Hin-in (sim) Eu não me comprometi com você para botarem luz no meu rosto Orunmila OOOO EEEE Orunmila, eu não me comprometi com você para botarem luz no meu rosto Então ficou claro para Orunmila que uma de suas esposas não respeitara a proibição e por isso morrera. Odu, Oro Modi Modi recusou-se a voltar a viver com Orunmila. Ela preferiu seguir como espírito e guia e proteger Orunmila levando luz para a escuridão na vida de Orunmila. Ela prometeu abençoá-lo e o avisou que quando um sacerdote de Ifa estivesse recebendo Odu ou Olofin não deveria haver uma mulher por perto e que toda a comida
Página 51 de 56
para ele não deve ser preparada por mulheres e que todo sacerdote de Ifa que recebe Olofin ou Odu são supremos e poderosos . Eis porque até hoje uma mulher não deve ver Odu ou Olofin. Referência: Ofunmeji NOTAS Fitila – uma lâmpada feita de argila, usada antigamente. Odu - nome dos signos de Ifá, composto de 256 signos e incontáveis estórias relacionadas. Oro Modi Modi – também conhecido como Odu ou Olofin, aquele que os sacerdotes de Ifa veneram em segredo, sem a interferência de qualquer mulher. Ifa Ose – dia da semana de limpeza do santuário de Ifá.
Página 52 de 56
GLOSSÁRIO
Abiku –criança nascida para morrer; tipo da criança renascida com a mesma identidade e com a promessa de que retornará para junto de seus companheiros no céu. Existe um trabalho especial de Ifa que permite que permaneça por mais tempo na terra. Aboru aboye – uma saudação na casa de um sacerdote de Ifá significando: que o sacrifício possa ser aceito. Agba mate - aquele que recebe o Ikin Ifá, sem iniciação. Agbonuiregun – avô de Orunmila Akapo - o devoto de Ifa Akawoleri – um tipo de folha usada para lutar. Coloca-se a folha sobre a cabeça de uma pessoa e ela chora Apetebii – a pessoa que curou a lepra de sua mãe; título dado a todas as esposas dos sacerdotes de Ifa Airagbokefonun – o trovão que soa das alturas Asedo – a cidade onde Orunmila curou a mulher leprosa e deu-lhe filhos; a pedinte para um sacerdote de Ifá e foi batizada como Apetebii; Asoso – nome de um pássaro; Awokonkun yungba – um tipo de pássaro Ayanmo – destino; é impossível para qualquer um rejeitar seu carma sobre a terra Babalawo – pai da palmeira sagrada chamada Ope Ifa. Essa é diferente, pois tem três, quatro ou cinco olhos enquanto as palmeiras comuns têm apenas dois olhos Dida Owo – previsões feitas jogando-se com as mãos. Jogar ikin com as mãos durante o processo de consulta Edu – outro nome de Orunmila; Egba – nome de uma tribo na Nigéria. O povo Egba está localizado em Abeokuta, capital do estado de Ogun, na Nigéria Egun Pin – A maldição parou Eguntan – fim da maldição; Elegan – aqueles que não tem Odu durante a cerimônia de Ifa EIerii-Ipin – a testemunha do destino; um nome de louvor a Ifa; Esentaye – três dias após o nascimento de uma criança é feita a previsão de Ifa para se conhecer o futuro e as interdições do recém-nascido. Serve também para se saber se há um avô reencarnado; a perna que o recém nascido primeiro coloca no planeta. Uma cerimônia para se saber o futuro e a reencarnação de um antepassado naquela criança. Idin Ileke - nome de Odu Ifa; um dos menores Odu Ifa Idin Kaa – o nome de um Odu Ifá com 71 capítulos Ifa - conhecimento de Orunmilá. A sabedoria que Olodumare deu a Orunmila e que abrange todas as coisas; Ifé Ooyelagbomoro – existem várias Ile-Ife. Este é aquela que foi salvo da destruição Ikin – coquinho da palmeira sagrada; Ikin Ifa – coquinho da palmeira usado para Ifá Ipanadu – apagar a luz para Odu, estas são cerimônias durante iniciação de Ifá
Página 53 de 56
Iroke – um dos instrumentos de Ifa, usado para limpar a bandeja durante o processo de adivinhação Iru – vagem Irunmale – duzentas divindades que descem do céu Iya lase – são os que tomam conta do Ikin Ifa, sem qualquer treinamento formal para se tornarem sacerdotes de Ifa Iyanifa – mulher que estudou a arte e a prática de Ifa; mulher que tem conhecimento sobre Ifa; Iyawo Ifa – esposa de um sacerdote de Ifa; assim é também designada uma pessoa de iniciação recente Ijero – fronteira de Ekiti, no estado de Ondo, na Nigéria; Obara Ose – nome do 120º Odu Ifa; outro nome do Odu Ifa; Obi – obi Odu Ifa – palavras sagradas que saíram da boca de Olodumare para Orunmila e que contém 256 signos e inúmeras estórias Ogbe yonu – o nome do 24º Odu Ifa; um Odu menor Ogbegii – filha de Orunmila; nome da filha de Orunmila; Ogunda Eerin – Odu Ifa menor; Ogundaulonrin, este é o 142º Odu Ifa Ohunte Ale – o risco de Odu Ifa no tabuleiro; é conhecer cada um dos Odu e saber risca-los no tabuleiro Ojo Ose - dia da semana dedicado a Ifa Ojomode – uma semana curta Okara ebo – saber como se faz uma oferenda Oke Ipori – o avô de Orunmilá, o legítimo antepassado. Okika – um tipo de árvore cujas sementes são comestíveis Olodu – aqueles que são sacerdotes do Rei, vistos como superiores, mas um provérbio diz que tanto Elegan quanto Olodun pertencem ao mesmo antepassado. Olodumare - O Supremo; Deus Todo Poderoso; Olofin – também conhecido cm Odu; é proibido a uma mulher vê-lo ou recebê-lo como Orixá; também é conhecido como Ajalaye, rei de Ile-Ife; Oluweri – divindade dos rios Omo-awo – um discípulo de Ifa; aquele que se pode tornar sacerdote de Ifa; Ooyilagbemoro – comunidade de pessoas em Ile-Ife; Ope – coco de palmeira usada para Ifa; Orunmila - o Profeta antigo; o céu conhece aqueles que serão escolhidos Osetura - nome de Odu Ifá, é o 239º Odu Ifa Osin – águia que come peixes (aypohiera angolensis); Osunmilaya – nome da primeira esposa de Orunmila Osunmileyo – a primeira esposa principal de Orunmila; Osun – a divindade dos rios; aquela que abençoa a mulher estéril para que ela tenha filhos; a única mulher entre as divindades que Olodumare enviou a este planeta; Owonrinwofun – o nome de Odu Ifa; é 106º Odu Ifa; Oyekumeji – o segundo mais importante Odu de Ifa; Pin Pin Pin Lomo Odo Segun – terminou, terminou, este é o som do pilão; Woso Woso – um tipo de pássaro.
Página 54 de 56
SOBRE O AUTOR
Yemi Elebuibon vem de uma família aclamada como autoridade na cultura Yorubá em Osogbo, atual capital do estado de Osum, Nigéria. Ele é da família real Olutimehin, cujo grande ancestral foi um dos co-fundadores da cidade de Osogbo. Yemi é um poeta e dramaturgo yorubá e também sacerdote de Ifa. É um expoente da cultura e tem uma serie sobre Odu Ifa (Ifa Olokun Asorodayo) na Televisão Nacional da Nigéria, Ibadan a série apresenta a cosmologia da crença Yorubá em Ifa e espelha a sociedade contemporânea. Suas viagens levaram-no a percorrer a África, Europa, o Extremo Oriente, Estados Unidos e América do Sul. É bolsista internacional residente na Universade Estadual de San Francisco. É conselheiro espiritual do Teatro Negro Nacional de Nova York e do Instituto Cultural Wajumbe, em S. Francisco. È ainda autor de muitos livros, incluindo: As aventuras de Obatala; A Voz poética de Ifa; Opoder Regenerador da Oferenda; Os espíritos das águas da terra Yorubá; Eleri-Ipin, A Testemunha do Destino; Coleção de Estórias de Odu Ifa; Akewi Nsoro – Uma coleção de poemas. Já realizou inúmeras conferências sobre crenças culturais e tradicionais do Ifa e é Sacerdote Chefe de Ifa, tendo iniciado diversos discípulos e feito leituras de forma continuada.
Página 55 de 56
POSFÁCIO
Como parte de meu trabalho espiritual e viagens para conferências pelos Estados Unidos, fui convidado por algumas sociedades Afro-Cubanas em Miami e, assim, realizei várias palestras e cerimônias espirituais. Os líderes do grupo Jose Miguel Gómez e Toni Cordova foram muito hospitaleiros e me fizeram sentir muito bem. Durante a palestra no Departamento de Estudos Afro, na International University, uma mulher do meio da audiência me perguntou se uma mulher poderia se tornar uma Sacerdotisa de Ifa. Minha resposta foi um inequívoco SIM. A resposta pareceu surpreender um bom número de pessoas. Minha resposta foi qualificada de heresia pelos Santeiros e Santeiras presentes. As notícias saíram no jornal Miami Herald na semana seguinte a 16 de dezembro de 1978 – tanto na edição em inglês quanto naquela em espanhol. Foi uma grande crise para a comunidade religiosa. Fizeram ligações telefônicas para a Nigéria para verificar a veracidade da declaração. Os sacerdotes e sacerdotisas de Ifa não ficaram satisfeitos porque por mais de trezentos anos eles não haviam permitido a qualquer mulher receber Ikin Ifa. De fato, as mulheres são proibidas de tocar nos objetos sagrados do ritual - presumivelmente devido ao período menstrual da mulher. Tentei explicar meu conhecimento sobre o Ifa e o que o Ifa ensina e especialmente como ele é praticado na Nigéria, mas tais explicações foram insatisfatórias. Isto me levou a entender que há muitas pessoas que não entendem a religião tradicional Yoruba mais profundamente - principalmente no Novo Mundo. Um outro incidente ocorreu em 1984, quando uma senhora judia D’HIFA aproximou-se de mim devido a alguns problemas que estava vivendo. Problemas que estavam registrados em um livro que ela havia publicado. Disseram-lhe que ela precisava receber Ikin Ifa, mas de imediato ela constatou que nenhum sacerdote cubano e ninguém da crença da Santeria faziam isso. Concordei em fazer a cerimônia em Nova York. Ela então partiu para Porto Rico para fazer uma entrevista em uma revista popular o que tornou meu nome conhecido. De súbito, todos aqueles que eram desinformados sobre a prática tradicional do Ifa e da Santeria passaram a fazer críticas negativas a mim. Os poucos que tinham um conhecimento mais profundo do Ifa não estavam por perto para combater aquelas alegações. Essas e outras me motivaram a escrever este livro para esclarecer qualquer pessoa sobre o papel da mulher na tradicional instituição Ifa. Uma mulher que estuda e pratica o Ifa é chamada de IYANIFA e o tipo de cerimônia pela qual ela passa tem forma diferente daquelas previstas para homens. Aquelas que não podem ver Odu ou Olofin são chamadas de ELEGAN e aquelas que executam o Ipanadu são chamadas de AWO OLODU. Entretanto, a uma mulher é permitido, como concordado por todas as outras divindades, e OSUN pratica e participa de todas as cerimônias do culto ao Orixá. Este livro resultou de uma profunda pesquisa e estudos dos versos do Ifa. Esperamos que ele abra uma mais profunda compreensão entre nossos irmãos e irmãos que praticam Santeria e são Santeiros.

v 2010 ANO DO ODÚ (DESTINO DADO PELO ÒRÌXÀ BÀBÀ ETÁOGUNDÁ - ODU REGIDO POR ÒGÚN E OBALÚWÀIYÉ. A OBSTINAÇÃO QUE SE TRADUZ EM AGITAÇÃO E INCONFORMISMO, É UMA DAS SUAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS. MAS, SE USAR SUAS QUALIDADES, COMO A CORAGEM, CRIATIVIDADE E A PERSEVERANÇA, CONSIGUIRÁ O QUE MAIS ANSEIA: O PODER E O SUCESSO. SEU LADO NEGATIVO TRAZ A INVEJA, NORMALMENTE VECEM AS SITUAÇÕES COM DIFICULDADES, FALTA DE SORTE NO AMOR, MORTE COM FAMILIAR E SITUAÇÕES ONDE POSSA HAVER FEITIÇOS COM A PESSOA.
SENTENÇA: A TRAGÉDIA SEMPRE É OCASIONADA POR ALGUMA COISA.

vi A reação natural que uma pessoa tem ao ver o seu mapa pela primeira vez, é ficar preocupada com as casas que não possuem nenhum planeta. Se a casa 7 está vazia, por exemplo, surge imediatamente a pergunta: será que nunca vou me casar ou me associar a ninguém? Como cada casa está associada a uma determinada área prática da vida, é natural que a ausência de um planeta assuste à primeira vista, mas isto não significa que aquele campo de experiência desta pessoa seja inexistente.
Para trabalhar aquele setor do mapa sem planetas, você precisa dispensar um pouco mais de atenção a ele, já que este cuidado não surge naturalmente, como em outras áreas. Os planetas representam planos emocionais e a ausência deles em algum setor significa que não é natural para você colocar a sua emoção naquele ponto, o que pode gerar algumas dificuldades, mas não inexistência.
Só como exemplo, podemos pegar a Casa 1, que simboliza o temperamento e comportamento de uma pessoa. Existe algum ser humano que não possui um temperamento ou que não se comporta de determinada forma diante da vida? Uma pessoa não vai deixar de ter personalidade só porque não tem nenhum planeta na Casa 1. A dificuldade que ela pode enfrentar é a de não saber se colocar ao centro das situações tanto quanto deveria e ser muito neutra em relação a si mesma, dificuldade que pode ser trabalhada, depois que for percebida.
É esta a grande contribuição da Astrologia: às vezes, alguém pode estar com um problema profissional (Casa 10) e através da leitura do mapa percebe que as dificuldades acontecem por uma deficiência na Casa 1, como a citada anteriormente. A Astrologia não serve para dizer o que vai ou não acontecer, mas para ajudar as pessoas a compreenderem melhor os seus trunfos e dificuldades. As tendências no mapa não são verdades imutáveis, mas pontos que podem ser identificados, amenizados ou até exaltados, através do livre-arbítrio de cada um.

vii Um dos documentos mais antigos da biblioteca babilónica de Assurbanípal, possivelmente datado de 1600 a.C., é um registro de 21 anos do aspecto de Vénus. Os antigos sumérios e babilónios chamaram-lhe Ishtar (símbolo do feminino e da deusa-mãe) e os primeiros astrónomos chineses chamaram-lhe Tai-Pe, que significa "bela branca".
Os antigos Egípcios pensavam que as aparições matutinas e vespertinas de Vénus correspondiam a dois corpos celestes diferentes e chamavam Tioumoutiri à estrela da manhã e Ouaiti à estrela da tarde. Os antigos gregos pensavam o mesmo e chamaram-lhe Hesperos (em latim Hesperus) quando aparecia no céu do oeste, ao entardecer, e Phosphoros (em latim Phosphorus) quando aparecia no céu do leste, ao amanhecer.
Como muitos sabem o ano astrológico não inicia no dia 1° de Janeiro e, sim, quando o Sol no seu caminho aparente pela Eclíptica alcança o ponto vernal, o grau zero do Zodíaco, ou seja, quando ingressa no signo de Áries (FOGO), dia em que começa o outono no Hemisfério Sul – Equinócio do Outono - e primavera no Hemisfério Norte – Equinócio da Primavera.
Em 2010 a entrada do Sol no primeiro signo do zodíaco anunciando um novo ano astrológico ocorrerá no dia 20 de Março, aproximadamente, às 14h20’ – horário de Brasília. Assim, quando se pergunta qual será o Regente do ano devemos considerar que estamos falando do período de 365 dias que se estende entre o dia 20 de Março de um ano até o do ano seguinte. Entre os dias 1° de janeiro e 20 de março de 2010 estaremos vivendo um período de transição nas regências de Sol (regente de 2009) e de Vênus (regente de 2010).
Vênus simboliza amor, beleza, harmonia, paz, conforto, dinheiro, valores sociais e estéticos. No corpo humano este planeta pode ser associado, entre outros, à garganta e aos rins. Pela garganta passam os alimentos e líquidos com seus nutrientes, tão necessários para manter a vida e sua sobrevivência; já os rins, órgãos de função vital, filtram, purificam e equilibram o sangue, garantindo que as substâncias tóxicas sejam eliminadas. Ambos nos nutrem e estabelecem relações entre o corpo e o meio exterior.
No ano de Vênus aproveite para refletir como andam suas trocas pessoais, como tem tratado das pessoas queridas e o que tem recebido daqueles com quem convive. Pense sobre o que tem valorizado em si mesmo, quais dos seus talentos e habilidades que poderiam ser mais bem aproveitados. Fique atento na forma como vem lidando com seus bens e dinheiro, o quanto estão sendo bem usados, qual a forma como você vem ganhando segurança e quais as coisas que vem adquirindo. O dar e o receber estarão em destaque, tanto nas relações quanto no que diz respeito às posses. Assim, valorize a quem ama dando-lhe o que tem de melhor e não aceite do outro nada que te faça se sentir pequeno; não desperdice, dê utilidade para tudo que possui e passe para frente o que pode ser mais útil noutras mãos.
Vênus é o planeta regente de Libra (AR) e Touro (TERRA), o que tornará ao ano um espírito de auto-preservação, prosperidade, entretenimento e paz. Proporcionando uma incrível capacidade de produção e preservação afetiva.
Do ponto de vista numerológico 2010 será um ano correspondente ao número 3, que significa a soma do masculino com o feminino. Está previsto muita energia positiva, sorte, expansão espiritual e física. O novo ano é propicio para revelar novos talentos, criatividade e conhecimento. Em 2010 haverá novidades e por consequência mudanças drásticas, que para algumas pessoas será momentos difíceis em certas tomadas de decisões.
No geral será um ano favorável para viagens, negócios, acordos e ao que estiver relacionado aos recursos naturais está garantido abundância e sucesso.
O ano astrológico começa a partir do dia 20 de março de 2010, no equinócio de outono, com a entrada do Sol em Áries. Até lá ainda estamos sob a regência do ano solar que vigorou em 2009. Neste ano que termina, tivemos ainda a conjunção de Júpiter e Netuno em Aquário, o que trouxe uma abertura para a espiritualidade, mas também muita confusão na hora de concretizar os projetos, deixando as pessoas num marasmo temporário, além dos problemas com vôos e a gripe suína.
Este foi o ano em que as pessoas tiveram que se concentrar e trabalhar por projetos futuros, achando, em meio aos obstáculos, a maneira viável de programar o sonho.
2010 será governado por Vênus, a deusa do amor e das artes, regente tradicional dos signos de Touro e Libra.
O Mito: a estrela da manhã e da tarde (ESTRELA D'ALVA)
Para a maioria dos estudiosos, a Vênus romana ou Afrodite grega é descendente da deusa Ishtar (mesopotâmia) que era ao mesmo tempo deusa do amor e da guerra. Seu culto chegou até a Grécia através de mercadores vindos do oriente.
Segundo os gregos, era a Deusa dourada que brilhava através das formas de arte, escultura, poesia e música. Em Afrodite encontramos a gratificação dos sentidos através da beleza.
Como deusa do amor, Vênus mostra a importância dos acordos em qualquer relação. Cheia de encantos, ela, assim como Zeus, fazia a ponte entre a terra e o mundo olímpico, pois também escolhia amantes entre os mortais.
Protetora dos prazeres, do namoro e da conquista amorosa, ela estendia sua proteção aos que a adoravam, mas podia se mostrar vingativa com os que a desrespeitassem.
O poeta Homero a descreve como a “amante do riso”, dotada de irresistível encanto.
O que fazer neste ano
Em 2010, provavelmente o papel da mulher e as figuras femininas terão destaque a nível nacional e mundial.
A nível pessoal, é o momento de se voltar para a valorização dos próprios talentos e cobrar um preço justo por eles. O ano incentiva carreiras ligadas à criação e arte em geral, assim como a indústria da beleza.
Vênus nos guia na construção de nossa individualidade, mostrando quais são as coisas que realmente têm valor para nós, o que gostamos e não gostamos.
Com a regência de Vênus e Saturno entrando em Libra, as pessoas ficarão mais atentas às relações e acordos, e provavelmente ocorrerão muitas reavaliações em parcerias.
Devemos lembrar que Urano entra em Áries durante alguns meses em 2010, reforçando a busca da individualidade e, por outro lado, Saturno em Libra nos incita a buscar justiça em todas as relações - sociais, profissionais, pessoais e políticas - ou seja: de agora em diante as pessoas tem menos paciência para “engolir o sapo”, pois ninguém precisa ser massacrado para que o universo continue existindo, mas as demarcações de espaço entre as pessoas terão de ser mais respeitadas, pois Saturno em Libra pune a tendência a “levar vantagem em tudo” e impede que o excesso de individualismo se transforme em assalto. As pessoas tendem a buscar parcerias de forma séria, e aqueles que estiverem mais sintonizados com os trânsitos astrológicos vão procurar reconstruir a ética nas relações e cobrar a ética dos outros, enquanto outros, que ainda persistirem no modelo de desrespeito, assistirão a rupturas drásticas. Afrodite (em grego, ?f??d?t?) era a deusa grega da beleza e do amor. Originário de Chipre, o seu culto estendeu-se a Esparta, Corinto e Atenas. Foi identificada como Vênus pelos romanos.
Teogonia
De acordo com o mito teogônico mais aceito, Afrodite nasceu quando Urano (pai dos titãs) foi castrado por seu filho Cronos, que atirou seus testículos ao mar, que começou a ferver e a espumar, esse efeito foi a fecundação que ocorreu em Tálassa, deusa primordial do mar. De aphros ("espuma do mar"), ergueu-se Afrodite e o mar a carregou para Chipre. Por isso um dos seus epítetos é Kypris. Assim, Afrodite é de uma geração mais antiga que a maioria dos outros deuses olímpicos. Em outra versão (como diz Homero), Dione é mãe de Afrodite com Zeus, sendo Dione, filha de Urano e Tálassa. Após jogar seus testículos ao mar Zeus percebeu que algo acontecia no mar,e foi ai que Afrodite ergueu-se das espumas. O atributo de Afrodite era o espelho, pois ela era muito bonita.
Casamento
Após destronar Cronos, Zeus ficou ressentido, pois, tão grande era o poder sedutor de Afrodite que ele e os demais deuses estavam brigando o tempo todo pelos encantos dela, enquanto esta os desprezava a todos, como se nada fosse. Como vingança e punição, Zeus fê-la casar-se com Hefesto, (segundo Homero, Afrodite e Hefesto se amavam, mas pela falta de atenção, Afrodite começou a trair o marido para melhor valorizá-la) que usou toda sua perícia para cobri-la com as melhores jóias do mundo, inclusive um cinto mágico do mais fino ouro, entrelaçado com filigranas mágicas. Isso não foi muito sábio de sua parte, uma vez que quando Afrodite usava esse cinto mágico, ninguém conseguia resistir a seus encantos.
Relacionamentos e filhos
Alguns de seus filhos são Hermafrodito (com Hermes), Eros (deus do amor e da paixão) dependendo da versão, é filho de Hefesto, Ares ou até Zeus (com Zeus, apenas quando Afrodite é filha de Tálassa), Anteros (com Ares, a versão mais aceita ou com Adônis, versão menos conhecida), Fobos, Deimos e Harmonia (com Ares), Himeneu, (com Apolo), Príapo (com Dionísio) e Enéias (com Anquises). Os diversos filhos de Afrodite mostram seu domínio sobre as mais diversas faces do amor e da paixão humana. Afrodite sempre amou a alegria e o glamour, e nunca se satisfez em ser a esposa caseira do trabalhador Hefesto. Afrodite amou e foi amada por muitos deuses e mortais. Dentre seus amantes mortais, os mais famosos foram Anquises e Adônis, que também era apaixonado por Perséfone, que aliás, era sua rival, tanto pela disputa pelo amor de Adônis, tanto no que se diz respeito de beleza. Vale destacar que a deusa do amor não admitia que nenhuma outra mulher tivesse uma beleza comparável com a sua, punindo (somente) mortais que se atrevessem comparar a beleza com a sua, ou, em certos casos, quem possuisse tal beleza. Exemplos disso é Psiquê e Andrômeda.
CÁRITES – GRAÇAS:
As Graças (Cárites na Mitologia Grega) são as deusas da dança, dos modos e da graça do amor, são seguidoras de Vênus e dançarinas do Olimpo.
Apesar de pouco relevantes na mitologia greco-romana, a partir do Renascimento as Graças se tornaram símbolo da idílica harmonia do mundo clássico.
Graças, nome latino das Cárites gregas, eram as deusas da fertilidade, do encantamento, da beleza e da amizade. Ao que parece seu culto se iniciou na Beócia, onde eram consideradas deusas da vegetação. O nome de cada uma delas varia nas diferentes lendas. Na Ilíada de Homero aparece uma só Cárite, esposa do deus Hefesto.
Existem variações regionais, sendo que o trio mais freqüente é:
Aglaia - a claridade;
Tália - a que faz brotar flores;
Eufrosina - o sentido da alegria;
Eram filhas de Zeus e Hera, segundo umas versões, e de Zeus e da deusa Eurínome, segundo outras.
Por sua condição de deusas da beleza, eram associadas com Afrodite, deusa do amor. Também se identificavam com as primitivas musas, em virtude de sua predileção pelas danças corais e pela música. Nas primeiras representações plásticas, as Graças apareciam vestidas; mais tarde, contudo, foram representadas como jovens desnudas, de mãos dadas; duas das Graças olham numa direção e a terceira, na direção oposta. Esse modelo, do qual se conserva um grupo escultórico da época helenística, foi o que se transferiu ao Renascimento e originou quadros célebres como "A primavera", de Botticelli, e "As três Graças", de Rubens. Na mitologia grega, Afrodite era acompanhada pelas Cárites, ou Graças como eram também conhecidas. Seus nomes eram Aglae ("A Brilhante", "O Esplendor"), Tália ("A Verdejante") e Eufrosina ("Alegria da Alma")
Culto
Suas festas eram chamadas de afrodisíacas e eram celebradas por toda a Grécia, especialmente em Atenas e Corinto. Suas sacerdotisas representavam a deusa. Seus símbolos incluem a murta, o golfinho, o pombo, o cisne, a romã e a limeira. Entre seus protegidos contam-se os marinheiros e artesãos.
Com o passar do tempo, e com a substituição da religiosidade matrifocal pela patriarcal, Afrodite passou a ser vista como uma Deusa frívola e promíscua, como resultado de sua sexualidade liberal. Parte dessa condenação a seu comportamento veio do medo humano frente à natureza incontrolável dos aspectos regidos pela Deusa do Amor.
No templo de Corinto, praticava-se amor livre religiosa no templo da deusa. O amor livre, era considerado um meio de adoração e contato com a Deusa.
Além disso Afrodite queria que todos a sua volta percebecem que ela tinha algo em comum com Hefestos,mas seu pai não a deixava falar com ele.
Deusas relacionadas
Afrodite tem atributos comuns com as deusas Vénus (romana): é a deusa do panteão (ou panteon) romano, equivalente a Afrodite no panteão grego. É a deusa do Amor e da Beleza. O nome vem acompanhado, por vezes, de epítetos como "Citereia" já que, aquando do nascimento, teria passado por Citera, onde era adorada sob este nome.
O mito do nascimento conta que surgiu de dentro de uma concha de madrepérola, tendo sido gerada pelas espumas (afros, em grego). Em outra versão, é filha de Júpiter e Dione. Era considerada esposa de Vulcano, o deus manco, mas mantinha uma relação adúltera com Marte.
Vênus foi uma das divindades mais veneradas entre os antigos, sobretudo na cidade de Pafos, onde templo era admirável. Tinha um olhar vago, e cultuava-se o zanago dos olhos como ideal da beleza feminina. Possuía um carro puxado por cisnes.
Vénus possui muitas formas de representação artística, desde a clássica (greco-romana) até às modernas, passando pela renascentista. É de uma anatomia divinal, daí considerada pelos antigos gregos e romanos como a deusa do erotismo, da beleza e do amor.
Os romanos consideravam-se descendentes da deusa pelo lado de Eneias, o fundador mítico da raça romana, que era filho de Vénus com o mortal Anquises.
Na epopeia Os Lusíadas, Luís de Camões apresenta a deusa como a principal apoiante dos heróis portugueses.
FREYA (NÓRDICA): Freya é a Deusa-Mãe da dinastia de Vanir na mitologia nórdica. Filha de Njord e Skade (Skadi), o deus do mar, e irmã de Frey, ela é a deusa do sexo e da sensualidade, fertilidade, do amor da belezae da atração, da luxúria, da música e das flores.
É também a deusa da magia e da adivinhação, da riqueza (as suas lágrimas transformavam-se em ouro) e líder das Valquírias (condutoras das almas dos mortos em combate).
De carácter arrebatador, teve vários deuses como amantes e é representada como uma mulher atraente e voluptuosa, de olhos claros,baixa estatura,sardas,trazendo consigo um colar mágico, emblema da deusa da terra.
Diz a lenda que ela estava sempre procurando, no céu e na terra, por Odur, seu marido perdido, enquanto derramava lágrimas que se transformavam em ouro na terra e âmbar no mar.
Na tradição germânica, Freya e dois outros vanirs (deuses de fertilidade) se mudaram para Asgard para viver com os aesirs (deuses de guerra) como símbolo da amizade criada depois de uma guerra. Ela usava o colar de Brisingamen, um tesouro de grande valor e beleza que obteve dormindo com os quatro anões que o fizeram.
Ela compartilhava os mortos de guerra com Odin. Metade dos homens e todas as mulheres mortos em batalha iriam para seu salão Sessrumnir.
O seu nome tem várias representações (Freia, Freja, Froya, etc.) sendo também, por vezes, relacionada ou confundida com a deusa Frigga, mas ela também foi uma grande fiandeira na antiguidade.
Freya também tinha uma suposta paixão pelo deus Loki, o deus do fogo.
Turan (etrusca): Minha Afrodite é Turan, ou Aréia... Afrodite que vem com Ares, com Esparta, com espada, escudo e com grito de guerra. Muito associada com Afrodite. Deusa patronese da cidade de Vulci, uma das principais da Etruria, na qual se encontram muitas necrópoles. Seu nome quer dizer 'Senhora' ou 'Amante', está relacionada com as palavras etrusca turannuve, amada, venerável; ou com tur, dar, dedicar; turan, 'dado' and turza 'oferta, oferenda', traz em si uma idéia de amor e adoração e de que o amor e o sagrado estão juntos. Vênus, do latim, tem um sentido parecido de venerar.
Turan foi muito desenhada nas costas de espelhos, em vasos e esculturas. Geralmente suas imagens e narrativas são muito parecidas com as de Afrodite, quem os etruscos conheciam por conta das colônias gregas na Itália. Ela pode aparecer com cisnes e pombos, que recebe em etrusco o nome de Tusna, luxosa. Turan aparece com seu amante Atuns, sincretizado com o Adônis grego, e em narrativas como a do julgamento de Paris, na qual aparece disputando com Uni e Menfra.
De uma forma etrusca mais purista, Turan aparece com suas companheiras e aias, incluindo as Lasa, as deusas do destino. Algumas imagens antigas de Turan a mostram como que presidindo uma toalete de uma noiva, inicando que a também era uma deusa do amor dentro do casamento (...).
Ela dividia seu templo com Menfra e uma outra deidade como Artimi (Átermis) ou Aplu (Apollo) na cidade etrusca de Veii. Era também venerada em Torre di Corneto, onde muitos gregos iam para trocas comerciais (...)
Turan é uma das poucas deusas etruscas que sobreviveram e está no folclore da Toscana. Chamada de Turanna, ela é uma fada que traz alegria e ajuda casais apaixonados.
Também é chamada de Tiphanati.Por: Olga Sofia Santos
No início dos tempos, antes do próprio tempo, quando os deuses ainda caminhavam sobre a terra, havia uma deusa que era a criatura mais bela que já existiu, pois ela encerrava em si a beleza de toda a Criação – todos os crepúsculos, todas as flores, todos os perfumes, todas as melodias, por mais belos que nos pareçam, eram pálidos diante de seu esplendor, pois a beleza de todos eles existia através dela. Seu nome era Irina, a bela, que ensinou a nós, homens, o amor. Embora fosse admirada e desejada por todos, ela amava apenas um ser, com toda a força de seu espírito. O objeto de seus afetos era o soberbo Radaksan, o justo, mestre do arbítrio, criador da raça humana.
Muitas vezes ela ficava perto de seu amado, em trono de glória, e juntos eles admiravam a raça dos humanos. Com freqüência, o sábio Radaksan declarava: – Observo o mundo dos homens, tão belo e cheio de vida. Eles vivem sua Era dourada. Eu os fiz à minha imagem e semelhança, mas a verdade é que eu bem gostaria de ser um deles.
Irina sorria de felicidade, e sussurrava palavras de amor no ouvido de seu esposo. Mas o casal nunca percebia uma presença sombria, que sempre agourava seus momentos de felicidade: Turan dos olhos profundos, o deus da magia. E foi a lembrança de todos os dias em que observara secretamente Irina e Radaksan, o ácido da inveja que corroia sua alma perturbada quando via seus sorrisos e seus beijos, que fizeram com que ele renegasse seu sangue, amaldiçoasse a existência do deus dos homens e elaborasse seu plano de vingança. Foi por isso que numa noite escura e tempestuosa, ele clamou aos céus, repleto de ódio no coração, sem nenhuma testemunha: – Eu amaldiçôo a felicidade de Radaksan, a quem não mais chamo irmão, mas inimigo. Ele será jurado de morte, por minha iniciativa... e quando eu vir seu sangue jorrando, eu estarei satisfeito e a vitória será minha!
E na noite seguinte, no castelo divino, Turan organizou um conciliábulo com os outros deuses, seus irmãos, para assassinar Radaksan, acusando-o de traidor e usurpador. Nessa mesma noite, Irina se preparou para seu amado em seus aposentos, enfeitando com tiaras seus loiros cabelos, perfumando-se com essências de flores e o vestindo o mais belo de seus vestidos. Ela já esperava por algum tempo, sentada em seu leito, e a impaciência se transformou em pálida incerteza. Começou a sentir seu coração apertar e, buscando confortar a si mesma, disse em voz alta: – Algo o deve estar atrasando. Ele não tardará, em pouco tempo estarei em seus braços!
Mas eis que uma voz grave vinda das trevas ressoou pelo quarto: – Você está certa, minha irmã. Provavelmente algo, ou alguém, o está atrasando.
Irina se surpreendeu ao ver a sinistra figura de seu irmão Turan, envolto em sombras, que se confundiam com seus longos cabelos negros. Ela perguntou, assustada: – Irmão, o que fazes aqui? Sabes que Radaksan não permitiria sua presença nesse recinto. – Acho que devias te preocupar menos com o que pensa o nosso irmão, minha querida...
Enquanto falava, Turan caminhou em direção ao leito de Irina, e sentou-se ao lado dela. Receosa e com medo, ela se encolheu nas cobertas de seda. – Eu pertenço somente a Radaksan, meu irmão. Eu imploro, deixe-me.
Turan sorriu cinicamente, avançando para perto de Irina, que se encolhia ainda mais: – Que tu pertences a ele é claro, minha bela. A questão pertinente é: será que ele pertence somente a ti?
Irina retrucou, incrédula e indignada: – Radaksan jurou amor eterno a mim quando me entreguei a ele pela primeira vez. Ele nunca quebrara seu voto!
O sorriso de Turan se alargou, ele acariciou o rosto macio de sua irmã e falou: – Decerto que ele pode te amar para sempre, minha bela. Mas isso não impede que ele se deleite também com os encantos de outras mulheres...
A deusa ficou muda, mas afastou bruscamente a mão de Turan de seu rosto. Sem desistir, e ainda sorrindo, ele pegou uma taça de vinho que estava em uma mesa de cabeceira ao lado do leito e ofereceu-a a Irina: – Pareces abatida de súbito, minha querida... Beba um pouco deste vinho.
Confusa, e ainda assustada, ela obedeceu Turan, e tomou a taça entre as mãos. Seu rosto se contorceu de terror e seu peito ficou pesado quando ela viu, refletida no líquido, a nítida imagem de Radaksan, partilhando do leito de três lindas mortais, se contorcendo de prazer com suas carícias. Ela lançou a taça para longe com toda força, e tingiu a parede em vermelho, se jogou no chão e soltou um urro de dor. Desesperada, ela só conseguia gritar: – TRAIDOR!!! TRAIDOR!!!
Turan sorriu triunfante, e tomou Irina em seus braços, consolando-a. Ele a conduziu pelos corredores do castelo até os outros deuses e, juntos, naquela noite, eles mataram Radaksan. A noite passou e veio a aurora, e Irina chorava aos pés de um lago de águas calmas onde o cadáver congelado e decapitado de seu amado havia sido lançado. Hés-Élias, seu pai, a viu chorando, e aproximou-se no intuito de consolá-la, mas foi tomado de ódio ao ver a cabeça de seu filho flutuando nas águas, dentro de um sólido bloco de gelo. – Mulher, foste tu que mataste meu filho favorito, objeto de tuas afeições? És tão cruel a ponto de renegares teus sentimentos para cometeres um crime tão hediondo? – Meu pai, eu fui forçada, pois ele era um traidor!
Hés-Élias chamou os outros deuses, e o plano de vingança foi descoberto. Todos os dez deuses foram amaldiçoados. Até que em um momento, com a voz embargada e ressentida, o pai supremo se dirigiu a Irina, que soluçava incessantemente: – Tu, mulher infiel, que traíste o homem que te amava, estás condenada a percorrer a terra para sempre em busca de teu amado Radaksan, e nunca terás descanso. Serás imortal, renascendo a cada vez que morrer. Conhecerás somente vergonha sofrimento, viverás na escuridão. Os mortais te matarão aos poucos e teu sangue não será pranteado. Perecerás ora pelo fogo, ora pelo gelo, ora pela água, ora pela magia, ora pela espada, mas nem mesmo teu cadáver encontrará alento se unindo à terra, que é o corpo de meu amado filho. Enfrenta teu castigo eterno, Irina! Eu te amaldiçôo!
E desde então Irina anda entre os mortais. Dizem alguns que ela já foi bruxa, prostituta, nobre, camponesa, mulher traída e mulher infiel, mulher doce e mulher cruel... Mas sempre morre queimada, congelada, afogada, ASSASSINADA, e nunca sua morte é pranteada, e nunca seu cadáver é enterrado. Ela é uma deusa amaldiçoada que está entre nós, e nós não a reconhecemos, por que está condenada a ser maltratada e ignorada e conhecer apenas sofrimento. Irina sempre busca seu amor perdido, Radaksan, mas só encontra desgraças em meio a nós. Do jeito que as coisas andam, não é de se estranhar...
ISHTAR (MESOPOTÂMICA): ISTHAR, DEUSA DA FERTILIDADE (adaptação da Deusa Suméria Inanna)
A DEUSA-LUA cujo culto foi mais disseminado na Antiguidade foi Isthar da Babilônia. Foi também Astarte em Canaã, Atar na Mesopotâmia, Astar em Moab, Estar na Abissínia e Astarte na Grécia. Entretanto, Deméter parece ser o termo genérico para qualquer manifestação desta grande deusa poderosa, a "Magna Dea do Oriente".
Ishtar, a deusa da lua babilônica, era relacionada com nascentes e com o orvalho. O orvalho é símbolo de fertilidade, e na Idade Média um banho de orvalho era freqüentemente prescrito como feitiço de amor. Mas, esta deusa, também ficou conhecida como Rainha-da-poeira e Soberana-do-campo.
No Egito, sua contraparte era Ísis, cujo culto espalhou-se até a Grécia e Roma e continuou a florescer nos primeiros séculos da época cristã.
Isthar é a personificação da força da natureza que tanto dá quanto tira a vida. É a Mãe de todos, Deméter de muitos seios. Carrega outros títulos como: Brilho-prateado, Produtora de sementes e Grávida. É a deusa da fertilidade que doa o poder de reprodução e crescimento aos campos e para todos os animais, inclusive para nós homens. Através de uma transição natural, torna-se a deusa do amor sexual e protetora das prostitutas. É aquela que abre o útero, o único refúgio das mães nas dores de parto. Como se vê, toda vida Dela emana.
Mas como toda a deusa lunar ela tem um caráter duplo. Assim como é provedora da vida, é também destruidora, pois é a própria lua, em cuja fase crescente todas as coisas crescem e em cuja fase minguante todas as coisas minguam e são enfraquecidas. Mas este não é o fim, pois logo a lua crescente volta.
A luz sempre vence a escuridão e a deusa reaparece mais uma vez na sua fase criativa e benéfica. Isthar assim governa, sucessivamente, em todos os ciclos da Lua ou meses do ano E, ainda a fertilidade do ano, tudo o que nasce é considerado como sua prole. Essa idéia aparece de um modo lindo na crença de que seu filho, Tamuz, era a vegetação de toda a Terra.
O mito diz, que ao obter a virilidade, ele torna-se seu amante. Entretanto, ano após ano, ela o condena à morte. Na passagem do ano, época do Solstício de Verão, ele morre e vai para o submundo. Por ocasião deste evento, a deusa e todas as mulheres choram por ele, e isso ocorre no mês que tem seu nome, Tamuz ou Du'úzu.
Os hinos de lamentação foram preservados até hoje, e diz o seguinte:
"Levanta-te, então vai, herói,
pela estrada do "Não-Retorno"
Ai herói! guerreiro, un-azu
Ai herói! herói, meu deus Damu
Ai herói! filho-meu, fiel senhor
Ai herói! Gu-silim dos olhos brilhantes
Ai herói! Tu és minha luz divina."

Isthar e as outras mulheres ficavam de luto pelo deus Verde, até que ela empreendia a perigosa jornada para a Terra-do-não-retorno, a fim de salvá-lo. Lá suas jóias brilhantes lhe são retiradas, ao passar por cada uma das seis portas que guardam o lugar.
No final desprovida de suas jóias e forças deve lutar com sua irmã Alatu pela posse de Tamuz. Nesta versão, Isthar é considerada Rainha do submundo, pois como a Lua ela caminha por entre os mundos, o Superior e o Inferior. A perda de suas jóias em seis estágios é o equivalente à fragmentação do deus lunar e representa os seis pedaços noturnos que são tirados da Lua nas seis noites do último quarto.

Quando a senhora Ishtar faz sua descida ao Mundo dos Mortos, nenhuma paixão é sentida na terra e a esterilidade governa:

"Desde que a Senhora Ishtar desceu
à Terra-do-não-retorno
O touro não cobre a vaca,
o asno não se curva sobre a fêmea,
O homem não corteja a mulher na rua,
O homem dorme em seu quarto
A mulher dorme sozinha."

Novamente, em seu retorno à terra, a vida e o amor são despertados, como Isthar exclama em uma ode:

"Eu volto a macho para a fêmea:
Eu sou aquela que enfeita o macho para fêmea,
Eu sou aquela que enfeita a fêmea para o macho."

Era somente depois de sua volta à Terra que o poder da fertilidade e também do desejo sexual podiam operar novamente. Ela é a deusa que desperta o impulso sexual nos animais e nos homens. Sua atividade sexual era enfatizada em descrições como "a doce e sonora dama dos deuses", apesar de ser conhecida também por sua cruel e implacável volubilidade em relação aos seus amantes. Uma vez que era ela quem trazia o amor e a felicidade sexual, ela também detinha o poder de retirá-los. Sem essa Deusa sedutora de seios fartos, nada que dissesse respeito ao ciclo da vida poderia consumar-se.
É muito importante o reconhecimento do papel da Lua em nosso inconsciente. Os antigos já retratavam os movimentos de uma força psicológica que operava no inconsciente do homem e eles sabiam muito sobre estas forças, pois registraram-nas de uma forma totalmente sem preconceitos. Nós é que somos preconceituosos e descartamos qualquer teoria que não se ajuste a algo materialmente observável. Grande erro, pois o funcionamento de fatores psicológicos não são suscetíveis à experimentação e observação direta.
Como Sinn (deus da lua), que a precedeu, Isthar é trina, pois é a Lua em seus três aspectos. Em sua forma brilhante ou do Mundo Superior, era cultuada como a Grande Mãe que havia frutificado a terra e cuidava de seus filhos. Tal fato é afirmado quando se concebe que quando ela estava ausente o homem e os animais perdiam seu desejo e poder de fertilidade. Quando retornava, o amor brotava outra vez por todo o mundo. Os poderes do amor e fertilidade eram os efeitos de um espírito vivo que ela carregava consigo e que afetava a todos como um contágio.
RAINHA DO CÉU
Como Rainha-do-céu era concebida como a condutora das estrelas. Ela própria tinha uma vez sido estrela, a estrela da manhã e a estrela da tarde, que acompanhava Sinn, o então deus da Lua, como sua esposa. Posteriormente ela o substitui, passando a reinar e tornando-se Rainha-das-estrelas e Rainha-do-céu. Percorria o céu todas as noites em uma carruagem puxada por leões ou bodes.
Isthar regia o planeta Vênus, quando se apresentava como guerreira destemida (na forma de estrela matutina) ou a cortesã sedutora (na forma de estrela vespertina). Por vezes, as duas formas se fundiam emergia a Senhora da Vida e da Morte. Invoque sempre Isthar ao cair da tarde e conecte-se com o planeta Vênus. Medite e peça à Deusa suas bençãos e reforce sua feminilidade e fertilidade.
As constelações zodíacas eram conhecidas pelos antigos árabes como as Casas-da-Lua, enquanto que o cinto zodiacal inteiro era chamado de "Cinto de Ishtar", um termo que se refere ao calendário da Lua dos antigos, para os quais os meses do ano eram as doze luas do ano solar. Assim, Ishtar era a Deusa-do-tempo, cujos movimentos governavam a semeadura e a colheita, e controlavam o ciclo anual das atividades agrícolas. Era conhecida como governante moral dos homens.
O nome do deus Sinn, é familiar para nós, se pensarmos no monte Sinai, que significa "Montanha-da-Lua". Esse fato lança uma luz interessante sobre a história judaica, pois foi no monte Sinai que Moisés recebeu as Tábuas da Lei. Sinn, como deus da Lua, era o antigo legislador, antecedendo de muito a Moisés. Foi portanto em um lugar muito apropriado que este procurou e encontrou as tábuas enviadas pelo poder divino.
RAINHA DO SUBMUNDO
Como Rainha-do-submundo, ISTHAR entretanto, tornava-se inimiga do homem e destruía tudo aquilo que havia criado durante sua atividade no mundo superior. Era, então, cognominada a Destruidora-da-vida, a Deusa-dos-terrores-da-noite, a Mãe Terrível, deusa das tempestades e da guerra. Era também a provedora de sonhos e presságios, da revelação e compreensão das coisas que estão escondidas.
O submundo dos antigos representava, as profundezas escondidas e desconhecidas do inconsciente. Mas, quando nós reconhecemos que o inconsciente está dentro de nós, sendo a parte escondida de nosso psique, ele torna-se um lugar geográfico real, para o qual alguém poderia ir em uma jornada de barco ou carruagem.
A afirmação de que a Deusa-do-submundo possuía poderes mágicos, equivale a dizer que o inconsciente funciona de maneira secreta e desconhecido, isto é, mágica. Este fato é prontamente admitido por qualquer pessoa que dele tenha pelo menos um leve conhecimento.
Já que sofremos as conseqüências de seu poder inexplicável, seria interessante se pudéssemos manter uma boa relação com ele. Pois, para os antigos, a deusa da Lua era a rainha deste reino. Tinha ali tanto poder quanto no mundo superior. Uma relação segura e útil com os poderes do submundo podia ser obtida através de uma aproximação adequada com ela.
FORMAS MUTANTES
Em suas forma mutantes, Ishtar desempenha todos os papéis femininos possíveis. É chamada de filha como também de irmã do deus Lua, que é ao mesmo tempo seu próprio filho (Tamuz). É mulher, a personificação do Yin, do princípio feminino e do Eros. Para as mulheres ela é o próprio princípio de ser. Para os homens é a mediadora entre eles mesmos e a fonte secreta da vida, escondida nas profundezas do inconsciente.
Como seu filho, Tamuz, Ishtar era chamada Urikittu ou a Verde, a produtora de toda a vegetação. Seu símbolo era uma árvore convencional, chamada Asera, que era venerada como se fosse a própria deusa.
O poder e significação desta grande Deusa da Lua, Rainha-do-céu, que caiu nas águas do Eufrates e foi trazida à praia por um cardume de peixes servos, se encontram explicados num hino que encontra-se em uma das "Sete tábuas da Criação", que datam do século VII a. C, embora o próprio hino seja muito mais antigo.
Isthar foi conhecida ainda como Grande Deusa Har, Mãe das Prostitutas. Sua alta sacerdotisa, Harina, era considerada a soberana espiritual "da cidade de Isthar". Antigo entalhe em uma parede de mármore retrata Isthar sentada à beira de uma janela. Nessa típica pose da prostituta, ela é conhecida como "Kilili Mushriti", ou "Kilili que se inclina para fora." Diz ela: "Uma compassiva prostituta eu sou".
Ishtar é "Diva Astarte, Hominum deorumque via, vita, salus: rusus eadam quae est pernicies, mors, interitus." (Divina Astarte, o poder, a vida, a saúde dos homens e o oposto disso que é o mal, a morte e a destruição).
ISHTAR DAS BATALHAS
Por dois dias, ao final do mês de maio, os romanos celebravam a Festa da Rainha do Submundo, uma celebração em honra as deusas do submundo Hécate, Cibele e Ishtar.
Apesar de Isthar ser conhecida no Oriente Médio como a deusa do amor, ela era conhecida também por sua ferocidade nas batalhas e na proteção de seus seguidores. Quando neste aspecto, Isthar conduzia uma carruagem puxada por sete leões, ou sentava-se num trono ornado com leões, portando um cetro de serpente duplo e ladeada por dragões. Ela era chamada de Possessora das Tábuas com os Registros da Vida, a Guardiã da Lei e da Ordem, a Dama das Batalhas e da Vitória. Seus símbolos eram a estrela de oito pontas, o pentagrama, o pombo e as serpentes. Usava um colar de arco-íris, muito semelhante ao de Freia nórdica. Como deusa guerreira, ela levava um arco.
Durante as noites de Lua Cheia (conhecidas como Shapatu), alegres celebrações aconteciam em seus templos. Nestes ritos, chamados chamados de Qadishtu sagrados, as mulheres viviam como sacerdotisas e em seus templos recebiam amantes para expressar a sexualidade como um dom sagrado de Ishtar. Estes ritos permitiam aos homens que comungassem com a deusa.
Ishtar é a deusa dos lados positivo e negativo que tudo regia; patrona das sacerdotisas, guardiã da lei, mestre. Amor, fertilidade, vingança, guerra, desejo amoroso, casamento, leões, cetro e serpente dupla, lápis lázuli, poderes de morte e concepção do mundo, purificação, iniciação, suplantar obstáculos.
Dois de junho era um dos dias sagrados de Ishtar na Babilônia.
RITUAL DE BANIMENTO e LIBERTAÇÃO
Este ritual deve ser realizado durante a Lua Nova ou Minguante. Pode ser efetuado para uma pessoa ou problema específico que esteja lhe atrapalhando. É também indicado quando precisar encerrar um relacionamento.
Serão necessários um incenso de banimento, um pequeno pedaço de papel, lápis, óleo de patchuli ou cânfora, uma adaga ou espada, um vasilha com pequenas quantidades de louro e olíbano em pó e um caldeirão metálico.
Acenda o incenso. Escreva o nome do problema ou da pessoa no papel e deposite-o no altar ao lado do óleo de patchuli. Em uma pequena vasilha deverão estar o louro e o olíbano.
Erga a espada ou adaga à sua frente, apoiando a ponta no caldeirão. Bata seu pé contra o chão e diga:

Ouça-me, ó poderosa Isthar.
Este é um período de libertação, de livrar-se de algo.
Eu corto todos os laços com (nome da pessoa ou problema).
Envie seus grandes poderes para que isso (ele/ela) saia da minha vida.
Permaneça segurando a espada à sua frente enquanto mentalmente visualiza a pessoa ou o problema afastando-se rapidamente da ponta da espada. Veja-o despencando dentro do caldeirão até desaparecer. Tente vê-lo desaparecer por completo. Não especifique o modo como deseja que isso ocorra, deseje apenas que o problema não mais lhe cause transtornos.
Apanhe o papel e espete-o na ponta da lâmina, dizendo:
Todos os laços estão cortados.
Nada mais nos une.
Você está sendo carregado pelos ventos da Senhora das Batalhas.
Remova o papel da lâmina. Ponha uma gota de óleo de patchuli ou cânfora nos quatro cantos e no centro. Queime dentro do caldeirão.
Rainha dos Céus, Deusa da Lua,
Lance seus poderosos raios sobre meus inimigos.
Que eles se curvem em derrota.
Defenda-me, Senhora das Batalhas e da Vitória!
Polvilhe um pouco de ervas picadas sobre o papel enquanto este queima; se este já estiver consumido, faça um pequeno montinho de ervas e acenda-o. Diga:
A renovação vem do caldeirão do Submundo.
Assim como Isthar ascendeu vitoriosa de sua jornada,
Eu me renovo através de seu amor e sabedoria.

Livre-se do papel e das ervas queimados usando a descarga de seu banheiro, uma simbologia adequada para livrar-se de problemas.

ORAÇÃO À DEUSA ISTHAR
Ó deusa dos homens, ó deusa das mulheres,
tu, cujo desígnios ninguém pode compreender,
Onde olhas com compaixão o morto vive outra vez,
o doente é curado, o aflito é salvo de sua aflição.
Eu, teu servo, pesaroso, em suspiros
e em angústia, te imploro.
Considera-me, ó minha senhora,
e aceita a minha súplica.
Compadece-te de mim e ouve a minha oração!
Grita para mim "Basta!" e deixa que
o teu espírito seja apaziguado.
Por quanto tempo irá meu corpo, que está cheio
de inquietação e confusão, lamentar?
Guia meus passos na luz, que entre os homens
eu possa gloriosamente procurar o meu caminho!
Deixa minha oração e minha súplica chegar a ti,
E deixa tua grande compaixão cair sobre mim,
Para que aqueles que para mim olharem,
possam exaltar o teu nome,
E que eu possa glorificar a tua divindade
E o teu poder diante da humanidade!
Inanna (suméria): Sua primeira aparição foi entre os sumérios e acádios. Era a deusa da reprodução e da fecundidade, prolongamento da tradição das “deusas-mãe” atávicas. Em suas origens tinha traços ctônicos. Foi identificada em Afrodite, Ísis, Ishtar ( seu nome babilônico), etc...
Inanna foi a deusa da vila de Uruk, era a portadora das leis sagradas (me) e era quem as doava ao povo. Era a deusa do amor, da fertilidade e da guerra, reverenciada por sua força.. que é uma combinação de matéria e espírito, mas sua origem parece estar relacionada aos grãos e a fertilidade. Desposou o pastor mortal Dumuzzi, e fez dele o rei de Uruk. Essa união fez com que a terra prosperasse e a fertilidade reinava. Mais tarde, ela decide fazer um passeio pelo reino da morte, abaixo da terra, onde a rainha era a sua (irmã-avó) Ereshkigal, a deusa dos mortos possivelmente para que aprendesse os segredos dos infernos também. Teve sua crucificação no poste do mundo inferior, constituindo-se numa imagem da divindade feminina agonizante. Simboliza a mulher capaz de ser iniciada e o seu mito foi o primeiro relato do gênero. A sua descida ao sub-mundo é um símbolo de um ritual de iniciação nos mistérios do feminino.
Ereshkigal acabava de perder seu marido, Gugalana Depois de 3 dias, ao voltar do mundo dos mortos, encontrou Dumuzzi como sempre, feliz. Ficou colérica e permitiu que os demônios do inferno lhe prendessem e lhe levassem até lá embaixo com eles. Depois sentiu pena dele e apelou a Ereshkigal para que liberasse seu marido. Ereshkigal permite apenas na base da troca e a irmã de Dumuzzi se oferece para revezar com ele a permanência no reino de baixo. Assim, durante o outono e o inverno, Dumuzzi permanece no inferno, e as colheitas não se reproduzem, enquanto que na primavera e verão, ele sai da terra para participar do reino de cima, e a colheita é farta.
Essa é a origem da celebração do novo ano sumeriano, o hierogamos, quando o rei cerimonialmente torna-se o consorte de Inanna. Os casamentos e uniões posteriores recriaram o matrimônio de Inanna e Dumuzzi, gerando fertilidade para a terra e poder ao rei. Essa cerimônia teve continuidade graças as sacerdotisas de Inanna, as prostitutas sagradas , assegurando-se assim, a fertilidade da terra Haviam também os sacerdotes homens que reproduziam Dumuzzi.
A profissão dessas sacerdotisas era muito apreciada à época, havia uma conotação religiosa e mítica no papel que representavam, ela reconstituíam um momento sagrado. Eram mulheres preparadas para isso e dotadas de nível cultural alto.
Entretanto, com a chegada das novas religiões, o culto de Inanna foi destruído. Ele se tornou proscrito, seus templos foram destruídos ou apropriados por outros e seus sectários dispersos pelo mundo. A prostituição continuou, mas não mais sagrada, passa a ser considerada uma atividade corrupta pelos seguidores do monoteísmo. Porém, pequenas amostras de seu culto sobreviveram em regiões longínquas ou na ïndia, onde pode se desenvolver sob as influências hindus do tantra. Em nossos dias, o culto clássico de Inanna é praticamente morto.
Na Descida de Inanna aos infernos para buscar suplantar sua irmã mais velha, e suplantar a morte, ele teve necessidade de abandonar todas as suas vestes, abandonar tudo e colocar um igual em seu lugar, num simbolismo de que é necessário a aceitação como a de Dummuzi, a alternância entre vida e morte. A vida e a morte são as duas faces de uma mesma realidade, elas formam uma dupla invisível. Esse drama alerta dentre outras coisas, também para a certeza de que o sofrimento não é definitivo, que a toda morte segue-se a ressurreição.
Inanna era a deusa (dingir) do amor, do erotismo, da fecundidade e da fertilidade, entre os antigos Sumérios, sendo associada ao planeta Vénus. Era especialmente cultuada em Ur, mas era alvo de culto em todas as cidades sumérias.
Surge em praticamente todos os mitos, sobretudo pelo seu carácter de deusa do amor (embora seja sempre referida como a virgem Inanna); por exemplo, como a deusa se tivesse apaixonado pelo jovem Dumuzi, tendo este morrido, a deusa desceu aos Infernos para o resgatar dos mortos, para que este pudesse dar vida à humanidade, agora transformado em deus da agricultura e da vegetação.
É cognata das deusas semitas da Mesopotâmia (Ishtar) e de Canaã (Asterote e Anat), tanto em termos de mitologia como de significado.
INANNA É UMA DEUSA SUMÉRIA CULTUADA DESDE 7000 A. C. ELA ERA CONSIDERADA PELOS SUMERIANOS A DEUSA DO CÉU, DA TERRA, DA FERTILIDADE, DO AMOR, DA SEXUALIDADE, DA GUERRA, DA LUA, DA ESCRITA, DA CIVILIZAÇÃO, DOS ORÁCULOS E DA VISÃO INTERIOR. UMA DEUSA MÃE, UMA DEUSA TRÍPLICE, UMA DEUSA MUITO PODEROSA, DONA DE GRANDE FORÇA E BELEZA.
SACERDOTISAS ERAM AS PROSTITUTAS SAGRADAS. ELAS REALIZAVAM O ATO SEXUAL REPRESENTANDO A UNIÃO DA DEUSA COM O DEUS, COM UMA FINALIDADE MÍSTICA E OBJETIVANDO A MANUTENÇÃO DA FERTILIDADE DA TERRA. ESSA UNIÃO SEXUAL ERA CHAMADA DE O CASAMENTO SAGRADO, E DE NEHUMA FORMA ERA FEITA OU VISTA DE MODO PROMÍSCUO. BEM MAIS TARDE É QUE ESTE RITO MÁGICO FOI DENEGRIDO E VISTO COMO ORGIÁSTICO POR POVOS INVASORES PERTENCENTES A OUTRAS RELIGIÕES. COM ESSAS INVASÕES OS TEMPLOS DE INANNA FORAM DESTRUÍDOS E SEU CULTO MARGINALIZADO.
ENTANTO, O CASAMENTO SAGRADO NÃO FOI EXCLUSIVO DA CULTURA SUMERIANA. OUTROS POVOS E CIVILIZAÇÕES TAMBÉM REALIZAVAM ESTE RITUAL MÍSTICO EM DIFERENTES ÉPOCAS DA HISTÓRIA DA HUMANIDADE.
HOJE EM DIA PARA QUEM SEGUE AS TRADIÇÕES DA DEUSA, O CASAMENTO SAGRADO, TAMBÉM CHAMADO DE O GRANDE RITO, É REALIZADO SIMBOLICAMENTE COM A INTRODUÇÃO DE UM PUNHAL (SIMBOLIZANDO O FALO DO DEUS, O PRINCÍPIO MASCULINO) EM UMA TAÇA COM VINHO OU ÁGUA (SÍMBOLO DO ÚTERO DA DEUSA, O PRINCÍPIO FEMININO). COM ESTE RITO HÁ A REPRESENTAÇÃO DA UNIÃO DAS POLARIDADES, QUE POSSIBILITA A VIDA, A CRIAÇÃO, A MAGIA.
EU, PARTICULARMENTE, NÃO TENHO NADA CONTRA À REPRESENTAÇÃO ANTIGA DO CASAMENTO SAGRADO, MUITO PELO CONTRÁRIO, ACHO-A FORTÍSSIMA E GRANDIOSA. MAS LEVANDO EM CONTA SÉCULOS DE REPRESSÃO SEXUAL (HOJE EM DIA, INCLUSIVE), DE DETURPAÇÃO E BANALIZAÇÃO DO ATO SAGRADO QUE É A UNIÃO SEXUAL, E PELA IGNORÂNCIA EM RELAÇÃO A SEXO DENTRO OU EM CONJUNTO À ESPIRITUALIDADE, ACREDITO QUE SEJA MELHOR, PELO MENOS POR HORA, A REALIZAÇÃO DO SIMBOLISMO ATUAL, NEM QUE SEJA PARA EVITAR MAL-ENTENDIDOS...
NÃO NOS AFASTEMOS DE INANNA E CONTEMOS AQUI UM DE SEUS PRINCIPAIS MITOS. INANNA TINHA UMA IRMÃ GÊMEA, ERESHKIGAL, DEUSA DA MORTE E DO MUNDO SUBTERRÂNEO. INANNA NÃO CONHECIA O SUBMUNDO E RESOLVEU VISITÁ-LO. PARA CHEGAR ATÉ LÁ E ENCONTRAR ERESHKIGAL, ERA PRECISO PASSAR POR SETE PORTAIS. EM CADA UM DELES ERA NECESSÁRIO DEIXAR UMA PARTE DA VESTIMENTA, ATÉ SE ENCONTRAR COMPLETAMENTE NUA DEPOIS DE ATRAVESSAR O SÉTIMO PORTAL. AQUI ESTÁ A ORIGEM DA DANÇA DOS SETE VÉUS, POSTERIORMENTE ASSIMILADA PELAS SACERDOTIZAS DA DEUSA ÍSIS.
QUANDO INANNA CHEGOU AO FINAL DE SUA JORNADA, ELA ENCONTROU ERESHKIGAL QUE A MATOU, PENDURANDO, EM SEGUIDA, SEU CORPO NUMA ESTACA; ALI ELE FICOU TRÊS DIAS E TRÊS NOITES.
ENKI, PAI DE INANNA E DEUS DA SABEDORIA, SENTINDO A DEMORA DE SUA FILHA, ENVIOU DUAS CRIAÇÕES SUAS PARA PROCURÁ-LA, GALATUR E KURGARRA. QUANDO CHEGARAM NO SUBMUNDO, OS DOIS AJUDARAM ERESHKIGAL QUE ESTAVA DANDO À LUZ. LOGO APÓS ELES PEDIRAM O RETORNO DE INANNA. ERESHKIGAL NÃO TEVE COMO NEGAR, MAS EXIGIU QUE ALGUÉM FICASSE NO LUGAR DA DEUSA DA VIDA. ESTA VOLTOU À TERRA DEPOIS DE SER RESSUCITADA POR GALATUR E KURGARRA, QUANDO ENCONTROU SEU MARIDO, DUMMUZI, REINANDO EM SEU LUGAR. INANNA, COM ÓDIO MORTAL, RESOLVEU MANDÁ-LO AO SUBMUNDO, PARA SUBSTITUÍ-LA.
IRMÃ DE DUMMUZI SABENDO DISTO FOI ATÉ A DEUSA DA MORTE E PEDIU A ELA O RETORNO DO IRMÃO. ERESHKIGAL CONSENTIU DESDE QUE ELA FICASSE NO LUGAR DE SEU IRMÃO. ASSIM ELE FICAVA NO SUBMUNDO NO OUTONO E INVERNO E RETORNAVA À TERRA NA PRIMAVERA E VERÃO.
MUITAS ENERGIAS SÃO REPRESENTADAS POR ESTE MITO. ENTRE ELAS, A MORTE E O RENASCIMENTO DO DEUS, SIMBOLIZANDO O CICLO DA NATUREZA E DA COLHEITA E PLANTIO ( EM TODOS OS NÍVEIS), E O EQUILÍBRIO ENTRE AS POLARIDADES: LUZ E SOMBRA, VIDA E MORTE, DIA E NOITE (INANNA/ERESHKIGAL).

O dia 2 de Janeiro é tradicionalmente consagrado a esta deusa.
Fui até lá
de livre vontade
Fui até lá
com meu vestido mais lindo
minhas jóias mais preciosas
e minha coroa de Rainha do Céu
No Inferno
diante de cada um dos sete portões
fui desnuda sete vezes
de tudo o que pensava ser
até que fiquei nua daquilo que de fato sou
Então eu a vi
Ela era enorme e escura e peluda e cheirava mal
tinha cabeça de leoa
e patas de leoa
e devorava tudo que estivesse à sua frente
Ereshkigal, minha irmã
Ela é tudo o que eu não sou
Tudo o que eu escondi
Tudo o que eu enterrei
Ela é o que eu neguei
Ereshkigal, minha irmã
Ereshkigal, minha sombra
Ereshkigal, meu eu

Inanna era a Deusa da Suméria responsável pela reprodução e fecundidade, prolongamento da tradição das "Deusas-Mães" atávicas. Foi identificada em Afrodite, Ísis, Isthar (seu nome babilônio),etc. Ela era a rainha do 7 Templos, padroeira da vila de Uruk e a portadora das Leis Sagradas (Me).
O sonho dos sumérios era transformar a terra seca de Suméria em algo parecido ao jardim paradisíaco de Dilmun. Temiam tanto a inundação como a seca. A cada ano, a temporada de seca ameaçava converter em um deserto ressecado, que era como os sumérios imaginavam o inferno.
A contribuição mais importante dos sumérios foi a invenção e criação de uma escrita e conseqüente literatura. Seus trabalhos revelam sua identidade religiosa, idéias éticas e suas inspirações espirituais. Entre estes trabalhos estão os "hymns"e as histórias de Inanna.
Inanna foi casada com o pastor mortal Damuzzi, que o transformou em rei. Esta união fez com que a terra prosperasse e a fertilidade reinasse. Cada ano novo, o rei de Uruk e a sacerdotisa superior de Inanna, a Senhora do Céu, reconstruíam a boda entre o pastor e a Deusa. Se acreditava que isso assegurava a fertilidade da terra para esse ano.
A morte anual de Damuzzi se celebrava com ritos de luto. O espetáculo de mulheres chorando por ele se menciona na Bíblia em Ezequiel 8:14.
Como a maioria dos mitos sumérios, o de Inanna e Dumuzzi sobreviveu à extinção da Suméria. Em 1750 a.C., Hammurabi, rei da Babilônia, se converteu no único soberano da antiga suméria. Os babilônios absorveram grande parte da cultura suméria, incluindo a mitologia.
VISITA DE INANNA AO DEUS ENKI
Inanna, certa vez, tomou a iniciativa de fazer uma visita ao deus da sabedoria, que morava no Abzu, o céu dos deuses sumérios, a morada deles. Tinha como propósito honrá-lo e lhe proclamou uma oração. Enki era o deus sumério que conhecia as leis do céu e da terra, o coração dos deuses, assim como todas as coisas.
Enki mandou preparar uma bela acolhida para Inanna: bolo, água fresca e cerveja. Mas o encontro, que deveria ser prazeroso torna-se um tormento quando os dois embebedam-se, perdendo a medida do que estavam fazendo. O deus da sabedoria acabou perdendo sua sabedoria, enfeitiçado com os encantos de Inanna. Tornou-a então, sacerdotisa, a intermediária oficial capaz de render o culto certo aos deuses. Enki lhe diz a seguir que ela teria a possibilidade de descer aos infernos e voltar, portanto iria conhecer a realidade da vida e da morte, um conhecimento muito profundo. É o trânsito entre o mundo inferior e superior, entre a vida e a morte, entre o céu e a terra, entre o homem e a mulher que nos leva à grande Verdade.
Enki levantou levantou quatorze vezes o cálice para Inanna, dando-lhe cada vez mais dons sagrados, conhecidos como "me". Quatorze não é um número qualquer. Encontramo-lo nas quatorze portas, sete para descer e sete para subir, que Inanna terá de transpor na sua descida aos infernos e sua subida de lá. Quatorze foram os pedaços em que foi desmembrado o corpo de Osíris no Egito Antigo e que Ísis teve de reencontrar. Quatorze parece ter a ver com etapas de qualquer processo de iniciação profunda. Aqui, no caso de Inanna e Enki, seriam talvez as etapas do processo civilizatório do povo de Uruk, para que vivesse como um povo civilizado, dentro de uma cidade cuja economia estava principalmente baseada na agricultura.
Inanna reinava sobre tudo, determinava a maneira de vestir, falar, viver a sexualidade, de se comunicar e de trabalhar.
Ela estava presente em tudo, na arte, na prostituição, na taverna sagrada, na falsidade, no medo. Era também protetora de todo o trabalho artesão. Era a Rainha e a alma de tudo que se vivia de bom ou ruim.
Os dons vinham do céu, dos deuses, mas somente ela iria levá-los para os seres humanos e mostrar-lhes a arte de usá-los de modo adequado. Aqui percebe-se claramente que estamos diante do matriarcado, pois é uma mulher que é a sacerdotisa suprema, a que é capaz de re-ligar o mundo dos deuses com os seres humanos e vice-versa.
DEUSA LUNAR
É também chamada de "Estrela do Amanhecer e do Anoitecer", simbolizando a morte e o renascimento. Neste aspecto tomava o nome de Ninsianna, encarnado uma Deusa que conduzia os homens à evolução e ao crescimento da civilização, quando "Estrela do Amanhecer"; e como Deusa da Estrela do Anoitecer, estava diretamente associada às prostitutas sagradas e julgar o que era injusto.
Já como Deusa da Lua, encontramos sua representação na Lua Crescente. Como Deusa Fertilizadora e Deusa dos grãos era honrada com pães feitos de trigo, vinho, cerveja e tâmaras. Também foi associada aos animais selvagens e domésticos como o carneiro e a vaca.
INANNA É A RAINHA DO CÉU. Ela pode acolher todas as criaturas sob o seu manto brilhante. É Ela que gera as constelações. A estrela da noite forma seu trono. Quando se instala sobre ele, fica no campo cinza dos oito raios brilhantes sobre o crescente da lua.
DESCIDA AO SUB-MUNDO
Inanna era a Rainha do Céu e da Terra, mas não sabe nada do submundo e sua missão agora é desvendar seus segredos. Ela descerá para presenciar os rituais de sepultamento de Gugalana (grande touro do céu), marido de sua irmã-avó Ninlil-Ereshkigal, Rainha do Submundo que reinava sobre os sete infernos dos submundos médio-orientais. Inanna deveria testemunhar de modo presente a sombra reprimida do Deus celeste, o fato dele ter sido um estuprador e por isso mandado para o mundo subterrâneo como castigo.
Mas Inanna prepara uma estratégia de resgate, caso ela não retornasse da jornada em três dias. A Deusa já pressentia que precisaria de ajuda e confia o seu salvamento à Ninshubur, sua executiva de confiança. Inanna havia pedido para pedir ajuda ao deus celeste Enlil, o pai supremo universal, depois a Nanna-Sin, seu pai pessoal e deus lunar e, finalmente, até Enki.
Haviam sete portais que Inanna deveria cruzar rumo ao seu objetivo final. Em cada uma destas portas se vê despojada de seus instrumentos de poder, desde sua coroa até suas vestes. No sétimo e último portal,
totalmente nua encontra-se com Ereshkigal, sua irmã e rival. A retirada de todos seus pertences se faziam necessário, porque o "ego" tentaria se defender com todos os seus poderes conscientes.
A coroa de Inanna, por exemplo, significava o seu poder intelectual. Suas jóias e adornos, simbolizavam seu poder de agir e a sua habilidade crítica de julgar. As suas vestes reais, seriam as defesas de seu psique e uma das formas de proteção contra tudo e todos.
Totalmente nua, seria a única forma com que Inanna poderia se relacionar com sua sombra. Neste estado vulnerável, Inanna enfrenta sua irmã (sua sombra), é presa e crucificada num poste do mundo inferior, constituindo-se numa imagem de divindade feminina agonizante.Como qualquer iniciada, ela se rende corajosamente ao próprio sacrifício, para ganhar nova força e conhecimento. Como a semente que morre para renascer, a Deusa se submete.
Sozinha e na escuridão, Inanna decompõe-se. Mas nem tudo está perdido, esta experiência e a aceitação de sua vulnerabilidade, a descoberta da necessidade do sacrifício e da morte para que os ciclos da vida se perpetuem, aumentam o poder de Inanna, assim como sua compreensão e beleza. Inanna oferece-se em sacrifício, testemunha a morte das forças férteis e traz a si mesma como semente. E de sua imolação voluntária depende a continuidade da criação.A idéia fundamental é de que a vida só pode nascer do sacrifício de outra vida.
É Ninshubur que dá o alarme depois que Inanna se ausenta por mais de três dias, conclamando mulheres e homens e pedindo a intercessão dos deuses celestes em favor da Deusa. Ambos os deuses, o celeste e o lunar, recusam-se ou não ousam resgatar Inanna do local de estagnação do Mundo Inferior.
É somente de Enki que receberá ajuda. Ele é o deus da sabedoria, que mora no fundo do abismo. Em vários mitos ele aparece ao lado de Inanna. Da sujeira que estava embaixo das suas unhas pintadas de vermelho de uma de suas mãos ele cria Kurgarra e da sujeira da outra, Kulatur. Eles são descritos como "devotos assexuados" ou criaturas nem macho nem fêmea. Estas criaturas, representam a atitude fundamental para atrair as bençãos da Deusa Escura.

Quando tais criaturas chegam ao Submundo para resgatar Inanna encontram Ereshkigal com dores de parto sofrendo terrivelmente. Os carpidores de Enki aproximam-se da Deusa, vendo e sentindo o seu sofrimento, lamentando com Ereshkigal.
Quando ela diz:

-"Ai, está doendo dentro de mim!"
Eles respondem:
-"Ai! Tu que gemes, nossa Rainha. Ai! Está doendo dentro de ti!"
Quando ela diz:
-"Ai, está doendo fora de mim."

Eles ecoam:

-"Ai! tu que gemes, nossa Rainha. Ai! Está doendo fora de ti".
O eco compõe uma litania, transforma a dor em oração e poesia.

A miséria escura da vida se transforma em canção da Deusa. Estabelece a arte como uma resposta solidária, reverente e criativa às paixões e dores da vida. O que agora jorra de Ereshkigal não é mais destruição, mas generosidade.
Ereshkigal, grata pela ajuda das criaturas, resolve recompensá-los. Eles pedem o corpo de Inanna que está pendurado e ela entrega-o. Inanna está transformada, generosa e benéfica. Deu-se um milagre pelo seu sacrifício e por Enki ter tomado a atitude adequada. A fertilidade do touro do céu que havia morrido renasce no útero sombrio. Inanna é reintegrada na vida ativa entretanto, ela volta dentro de uma atmosfera demoníaca, pois está rodeada pelos pequenos demônios impiedosos de Ereshkigal, cuja tarefa é reivindicar os mortos. Eles devem exigir um substituto para levarem ao mundo subterrâneo e Inanna retorna com seus próprios "olhos de morte" para escolher o bode expiatória
Descobre então, que Damuzzi (seu marido), em sua ausência usurpara-lhe o lugar no trono do céu. Ficou colérica e permitindo que os demônios lhe prendessem e o levassem. Depois sentiu pena dele e apelou a Ereshkigal para que o liberassem. Entretanto, lhe foi permitido tão somente uma troca e Geshtinana (Deusa dos caniços de papiro), a irmã de Damuzzi se oferece para alternar com ele a permanência no reino de baixo. Ela atuará como um apoio para a dimensão do sofrimento do irmão.
Assim, durante o outono e inverno, Damuzzi permanece no inferno e as colheitas não se reproduzem, enquanto que na primavera e verão, ele sai da terra para participar do reino de cima e a colheita é farta.
Esta é a origem da celebração do ano sumeriano.
O mito da descida e retorno de Inanna está centrado no arquétipo do intercâmbio de energia através do sacrifício. Ele revela uma complexidade: o touro celeste é morto e a terra perde então seu princípio fecundador, mas é recompensada pela amolação da Deusa Inanna, que torna-se a carne do submundo, seu alimento e fertilizante apodrecido que, em troca, é resgatado a partir das origens de Enki.
A ascensão da Deusa deve ser paga pelo nascimento de alguma coisa monstruosa das entranhas de Ereshkigal, pelo sofrimento e, finalmente, pela descida de uma oferenda substitutiva.
Em seu aspecto benéfico, Ereshkigal podia permitir aos humanos a retirada de riquezas de seu reino como: pedras preciosas, metais e petróleo, mas não antes de ser devidamente honrada. Como aspecto de Anciã da deusa e irmã de Inanna, Ereshkigal regia a magia negra, a vingança, a retribuição, as Luas Minguante e Nova, a morte, a destruição e a regeneração.
Inanna marcha com determinação para o mundo inferior, indo de maneira ativa e consciente para o auto-sacrifício. É assim que a mulher moderna tem que aquiescer e cooperar na introversão e regressão necessárias ao mundo subterrâneo, o mundo dos níveis arcaicos e mágicos da consciência.
Deve descer para encontrar seus começos instintivos e encarar a face da Grande Deusa, e a sua própria antes de ter despertado para a consciência. Deve ir até a matriz das energias transpessoais antes de elas terem sido liberadas e tornadas aceitáveis. É o sacrifício do que está em cima em favor do que está embaixo.
A Terra e o Mundo Subterrâneo vistos como uma descida, e também como um processo de transformação, não apenas correspondem à experiência de muitos indivíduos em processo de individualização, mas ainda, pode demonstrar que se trata de um evento coletivo da cultura moderna como um todo.

SACERDOTISA ENHEDUANA

Como já descrevemos anteriormente, a Deusa Inanna, oriunda da antiga civilização da Suméria, em sua beleza celestial, era venerada como Deusa da Lua. O primeiros trabalhos a serem escritos e preservados sobre essa Deusa eram de autoria de Enheduana, nascida em 2.300 a. C, uma sacerdotisa da Deusa Lua.
Seus escritos em forma de poesia, assemelham-se mais a um diário pessoal, repleto de adoração à Deusa da Lua, de sublevações políticas, de sua expulsão do templo e de seu retorno a ele. Escreve com sensualidade e intimidade sobre a Deusa do Amor Inanna.
Eis algumas de suas palavras sobre a imagem da Deusa Inanna e das essências divinas:

"Senhora de todas as essências, cheia de luz,
Boa mulher, vestida de esplendor,
Que possui o amor do céu e da terra,
Amiga do templo de An,
Tu usas adornos maravilhosos,
Tu desejas a tiara da alta sacerdotisa
Cujas mãos seguram as sete essências.
Ó minha Senhora, guardiã de todas as boas essências,
Tu as reuniste e as fizeste emanar de tuas mãos.
Tu colheste as essências santas e as trazes contigo,
Apertadas em teus seios."

Enheduana também experimenta poderosa cólera e fúria para com a Deusa do Amor, a Deusa da Lua em sua fase negra:

"Como dragão, encheste a terra com veneno.
Como trovão, quando bradas sobre a terra,
Árvores e plantas caem diante de ti.
És o dilúvio descendo da montanha,
Ó Deusa Primeira,
Inanna, Deusa da Lua, que reina sobre o céu e a terra!
Teu fogo espalha-se e cai sobre a nossa nação.
Senhora montada numa fera,
An te dá qualidades, poderes sagrados,
E tu decides.
Estás em todos nossos grandes ritos.
Quem pode compreender-te?"

Quando um novo governante (Lugalanae) assumiu o poder, mudou todos os rituais sagrados. A sacerdotisa Enheduana foi banida do templo e escreve então sobre seu desespero de tal perda:

"Tu pediste-me para entrar no claustro santo, o"giparu",
E eu entrei nele, eu, a alta sacerdotisa Enheduana!
Eu carreguei a cesta do ritual e cantei em seu louvor.
Agora encontro-me banida, em meio aos leprosos.
Nem mesmo eu consigo viver contigo.
Sombras penetram a luz do dia,
A luz escurece à minha volta,
Cobrindo o dia com tempestades de areia.
Minha suave boca de mel torna-se repentinamente confusa.
Minha linda face agora é pó."

Mas Enheduana logo em seguida, retorna à sua condição inicial, e recupera novamente a alegria, a beleza e o relacionamento com a Deusa:

"A Primeira Senhora da sala do trono,
Aceitou a canção de Enheduana.
Inanna a ama novamente.
O dia foi bom para Enheduana, pois ela vestiu-se de jóias.
Ela vestiu-se com a beleza própria das mulheres.
Como os primeiros raios do luar sobre o horizonte,
Quão exuberante ela se vestiu!
Quando Nana, pai de Inanna,
fez sua aparição,
O palácio abençoou Ningal, mãe de Inanna.
Da soleira da porta celeste veio a palavra:
"Bem-vinda!".

Os escritos de Enheduana são muito importantes, pois trazem à luz a profunda devoção de uma mulher humana, sacerdotisa, à Deusa do Amor. Enheduana vive sua beleza e sensualidade como dádivas concedidas pela Deusa. No momento em que ela não pode mais venerá-la no templo, sente o vazio obscuro e sombrio, e sua própria imagem da Deusa, sua radiante beleza feminina fica encoberta.
Através da fantasia poética de Enheduana e de seus relatos históricos sobre a Deusa Inanna, podemos entender com mais clareza o significado dos rituais religiosos em que ela era a figura mais importante e decisiva. Ainda assim, Inanna permanece um mistério, em grande parte porque a nossa atitude moderna torna mais difícil para nós agarrarmo-nos àquilo que vemos como paradoxo em sua imagem: sua natureza sexual era um aspecto integral de sua natureza espiritual. Para a maioria de nós, tal conjunção é uma contradição. Nos tempos antigos, no entanto, era unidade.

INANNA HOJE
No ciclo de Inanna há a criação, a reprodução e a destruição. A força da Deusareside na capacidade de desistir daquilo que há de mais precioso, a fim de garantir crescimento e regeneração, a transformação só pode ocorrer quando atitudes e valores antigos são substituídos por novos.
Quando ocorre em nossa vida a ruptura de um relacionamento e se tenta iludir-se com o retorno do parceiro, a vida pára. Até para que uma relação persista, antigas expectativas devem ser sacrificadas para o bem do desenvolvimento psicológico de cada indivíduo. A morte e o pranto têm pelo menos o propósito de permitir a regeneração no relacionamento. Sem o processo de confrontação de pressupostos antigos, independentemente de quão dolorosos sejam, o relacionamento, seja como for, acaba morrendo.
A submissão à escuridão, à sombra, a aceitação dos aspectos negativos de "anima" e "animus", o lado afetivo e instintivo à natureza, e a assimilação do inconsciente no sentido de integração da personalidade, são algumas das expressões mais significativas que caracterizam o início decisivo do desenvolvimento psíquico do homem moderno.
Inanna chega até nós para dizer que uma jornada até o inferno é o caminho para a totalidade. Você como Inanna deve desafiar seu lado sombra, abraçar esta sua irmã do submundo e tentar desvendar seus mais secretos segredos. É necessário conhecer todos os aspectos de si mesma(o), tanto os bons quantos os ruins para se conquistar a totalidade.
Abandone você também todos os seus pertences, deixe cair suas vestes e entregue-se à viagem em busca de seu lado sombrio. Aventure-se na escuridão do seu ser, pois é só assim que alcançará o equilíbrio, a iluminação e a inteireza.
Esta jornada deve durar o tempo que for preciso. Quando chegar ao sub-mundo, Inanna irá lhe receber e seu retorno será repleto de glórias, mas com consciência da sua vulnerabilidade, pois só assim, poderá erguer-se aos céus impulsionada (o) com a força do conhecimento e da sabedoria adquiridos.

JORNADA AO SUB-MUNDO

Para realizar esta jornada você necessitará em primeiro lugar de um recinto fechado, de preferência chaveado para ter o máximo de privacidade. Outros materiais:

1 vela branca (colocada à sua frente)
1 taça com água (à direita)
1 incenso (à sua escolha, pode ser colocado à esquerda).
1 espelho

Como a deusa Inanna você escolheu fazer esta viagem ao sub-mundo, portanto é necessário tenha consigo 7 objetos para se desfazer, podem ser peças de roupa.
Crie um espaço sagrado no seu imaginário, sente-se ou fique em pé, em frente à vela e invoque com suas próprias palavras ou diga:

Oh Inanna, Rainha do Céu e da Terra,
Que regenera nossos destinos à cada lua nova,
Nos envolva com seu manto de sabedoria e beleza
E nos guie nesta viagem, que já lhe é tão conhecida
Estou disposta(o) à descer ao sub-mundo
para compreender sua magia e mistérios,
pois estes conhecimentos são necessários
para a evolução de minha alma.
Deusa Inanna, poderosa rainha dos povos antigos
Abençoa-me na luz da sua onisciência!

Quando achar que estiver pronta(o), inspire profundamente e expire, desapegando-se de tudo. Inspire e relaxe o corpo. Agora abra os olhos e se encare-se no espelho. Lentamente comece a tirar sua roupa, dando a cada uma delas o nome de um elemento que é negativo em sua vida (inveja, ciúme, raiva,etc). Diga adeus a estes elementos e deixe as vestes caírem ao chão. Se quiser, realize estes gestos com música, o efeito é surpreendente. Feito isso, sente-se em frente a vela.
Volte a inspirar e expirar lentamente por três vezes e sinalize então a entrada de uma caverna. Você está diante dela e deve entrar. Lá dentro é seguro e você descerá bem fundo, até ver uma luz no fim deste túnel. É o limiar do Inferno.
Entre sem medo e chame sua sombra. Qual é sua aparência? Como ela faz você sentir? O que ela tem para lhe dizer? Tente conversar com ela por um determinado tempo. Se tiver medo quando encontrar este seu lado sombrio, continue respirando profundamente e reconheça o medo, ele está ali para ajudá-la(o). Ser capaz de testemunhar todos os aspectos de nós mesmos, com ou sem medo, é o que nos leva à totalidade.
Agora é hora de voltar, portanto diga adeus à sua sombra e caminhe de volta ao túnel, sentindo-se energizada(o), revigorada(o). Suba cada vez mais até chegar a entrada da caverna. Respire fundo e, enquanto solta o ar, volte ao seu corpo. Respire fundo mais uma vez e quando estiver pronta(o) abra os olhos. Feliz Retorno!

Minha vulva, a meia-lua,
o Barco do Céu,
Está cheia de avidez como a jovem lua.
Minha terra não lavrada está abandonada.
E eu, Inanna,
Quem irá arar a minha vulva?
Quem irá arar meus altos campos?
Quem irá arar meu chão úmido?"

Existe um planeta artificial chamado de Nibiru na antiga Suméria. Ao longo do tempo, este astro tem sido chamado de inúmeras maneiras, como Planeta X, Hercólubos, O Destruidor (no Antigo Egito), Absinto (na Bíblia), Planeta Intruso, Planeta Chupão, Dragão Vermelho, etc.
Este planeta é habitado por uma raça humanóide guerreira, que iremos chamar de nibiruanos. Nibiru tem uma órbita bastante elíptica, demorando 3.600 anos terrestres para percorrê-la (igual a um ano nibiruano). Na sua maior aproximação do nosso Sol, ele passa entre as órbitas de Marte e Júpiter, com uma trajetória quase perpendicular ao nosso plano da eclíptica, vindo por baixo desse plano. No seu maior afastamento do nosso Sol, Nibiru fica na região da constelação das Plêiades. Os nibiruanos têm, devido a esse fato, a cor da pele na tonalidade azul claro [1], como todos os pleiadianos, e uma altura de 2 a 4 metros. Os deuses hindus são representados nesta cor, por serem extraterrestres provenientes deste corpo celeste. A expressão "sangue azul", também dada às pessoas vinculadas hereditariamente às monarquias do planeta Terra (iniciadas pelos "deuses" nibiruanos), também tem origem nessa característica da pele dos pleiadianos nibiruanos.
Há cerca de 500.000 anos, os nibiruanos chegaram à Terra à procura de ouro, para ser espalhado na atmosfera de Nibiru, que tinha sido muito degradada devido a muitas guerras entre eles próprios. Quando aqui chegaram, eles encontraram muitos seres já vivendo aqui, como o humanóide Homo Erectus, o Povo do Dragão e o Povo da Serpente. Os povos do Dragão e da Serpente já haviam cavado milhares de quilômetros de túneis subterrâneos na crosta terrestre, por essa ocasião (hoje tem muito mais).
Para ter escravos para trabalhar nas suas minas subterrâneas de ouro, os nibiruanos pegaram a raça Homo Erectus, fizeram uma manipulação genética (misturando com material biológico deles próprios) e criaram o Homo Sapiens e, conseqüentemente, o que é chamado de "elo perdido" na atualidade (pois houve, de fato, um salto de uma espécie para outra, sem passar pelas etapas intermediárias, necessárias pela teoria da evolução de Darwin). O Homo Sapiens passou a ser chamado de Lulu, pelos nibiruanos. Posteriormente, os lulus passaram a chamar os nibiruanos de Anunnaki ("aqueles que desceram do céu para a Terra"). Portanto, anunnaki são os nibiruanos que vieram morar na superfície externa da Terra. Vejamos a árvore genealógica dos nibiruanos [1]. Há cerca de 500.000 anos atrás, o regente de Nibiru era Anu. Nessa ocasião ele veio à Terra e teve um filho com a princesa terrestre do Povo do Dragão chamada Vão.
O nome desse filho é Enki (significa "Senhor da Terra"). Com uma outra concubina, Anu teve uma filha chamada Ninhursag (também chamada Ninmah [2]). O rei Anu casou com a sua meia-irmã Antu e teve um filho chamado Enlil (significa "Senhor do Comando"). Enlil, por ser filho de pais regentes irmãos, tem a preferência na sucessão de Anu em Nibiru, quando comparado com o primogênito Enki. Isto tem gerado antagonismos entres Enlil e Enki, ao longo da história, e entre os seus descendentes, os enlilitas (descendentes de Enlil) e os enkitas (descendentes de Enki). Para gerar um descendente com preferência à sua própria sucessão, Enlil teve um filho com a sua meia-irmã Ninhursag, chamado Ninurta. Posteriormente, Ninurta casou com Gula. Com outra mulher, Enlil teve o filho Nannar, que casou com Ningal. Nannar e Ningal tiveram, na Terra, um casal de gêmeos: Inanna (menina) e Utu (menino). Nannar teve também uma filha, com uma mulher serpente (associado à kundalini), chamada Ereshkigal. Posteriormente, daremos mais informações sobre a enlilita Inanna (Enlil é o avô dela).
Enki, por ser filho de um nibiruano e uma mulher dragão, tem cauda e orelhas pontudas. Ele teve muitos filhos. Com a nibiruana Ninki ele deu origem ao primeiro Lulu (Homo Sapiens), para ir trabalhar como escravo nas minas de ouro. Um descendente lulu famoso foi Noé, que se salvou do Dilúvio em um submarino, com a ajuda de Enki (e contra as ordens de Enlil). Com a descendente de Enlil, chamada Ereshkigal, Enki teve um filho chamado Ningishzidda (Thoth, no Egito). Com outras mulheres, Enki teve o filho Marduk (que casou com Sarpanit) - conhecido como Ra, no Egito - e o filho Nergal (que casou com Ereshkigal). Inicialmente, Enki era conhecido como Ea (significa "Ele cujo lar é a água"). A Ea foi dado, por Anu, o domínio sobre os mares e as águas. Posteriormente, ele ficou conhecido como Poseidon, pelos gregos, e como Netuno, pelos romanos
INANNA, VENERADA COMO UMA DEUSA (DO AMOR E DA GUERRA) pelos lulus, ficou conhecida, também, por muitos outros nomes, como Ishtar (na Babilônia), Vênus (pelos romanos), Hator (no Antigo Egito), Afrodite (pelos gregos), Lakshmi, Rhiannon, etc. Ela foi responsável pela construção de inúmeros Templos do Amor, muitos deles na Índia. Ela teve a ajuda de Maia e de Tara (da Raça Serpente - com pele verde clara - conhecida na Índia como os Nagas). Tara era casada com Matali, que foi piloto da nave de Enki.
Rainha das determinações divinas, luz radiante, mulher doadora da vida, amada do céu e da terra, a suprema." Esse trecho, de um hino a Ishtar, retrata uma deusa que era sempre representada como jovem, bela e impulsiva, de temperamento contraditório: honesta e trapaceira; alegre e chorosa; a que ateia o fogo e o apaga.
Ishtar era o nome pelo qual os acádios e, posteriormente, os assírio-babilônios chamavam a deusa suméria Inanna, personificação do planeta Vênus. Era a deusa principal tanto no panteão sumério quanto no acádico. Tem atributos idênticos aos da deusa fenícia Astartéia, aos de Afrodite, na Grécia, e aos de Vênus, em Roma.
A mitologia em torno de Inanna-Ishtar é extremamente complexa, devido ao sincretismo dos panteões sumério e acádico. Segundo uma dessas tradições, ela é a filha do deus-céu An; segundo outra, descende da deusa-lua Nanna-Sin e é irmã do deus-sol Utu-Shamash. Seu nome foi também associado a diferentes maridos: Zabada de Kish, Ashur, An e Dumuzi (ou Tammuz).
Da literatura cuneiforme dos acádicos e sumérios emergem diversas imagens de Inanna-Ishtar: ora é deusa do amor e da sexualidade, ora deusa da guerra, da chuva e do trovão e, mais tarde, a própria rainha do Universo.
As origens da Lilith ocultam-se num tempo anterior ao próprio Tempo. Ela surgiu do Caos e embora existam muitos mitos acerca de seus primórdios, Lilith aparece em todos eles como uma força que se contrapõe à bondade de Deus. Os modernos a relacionam à suméria Lulu, que significa libertinagem. Ela seria um demônio noturno que excita a volúpia.
Na área hebraica do Oriente Médio temos, Lilith - Lilitu - Lulu como variável de demoníaco e que expressa a paixão turva de sexualidade desenfreada que pode insidiar e submeter o homem. No Egito a Lilith aparece como Ishtar. O apogeu grego marca o declínio da força primordial feminina, pois para a própria construção do mundo eminentemente solar (patriarcal) de dinastias masculinas (com Urano-Cronos-Zeus) não poderia haver um poder feminino que pudesse equiparar-se aos Deuses e assim ela passa a ser permanentemente identificada com forças malignas. Primeiro foi comparada à Perséfone (raptada por Hades) e depois à Hécate (que passou a presidir a magia e os encantamentos ligando-se ao mundo dos mortos).
Na Bíblia há uma citação de que Lilith poderia ter sido a primeira companheira de Adão. Roberto Sicuteri ressalta que no Gênesis há uma passagem que sugere que este teria sido criado "macho e fêmea", ou seja hermafrodita. E que a Lilith seria a parte interior de Adão. Em Robert Graves, importante mitólogo, falando acerca de comentários cabalísticos sobre o Pentateuco, temos o seguinte: "Deus então criou Lilith, a primeira mulher, assim como havia criado Adão mas usando fezes e imundície ao invés de pó puro". Há também uma versão que nos conta que Deus criou a alma dos demônios (dentre os quais a Lilith), mas quando ia criar o corpo começou o Sabbath e portanto os deixou inacabados. Ao término do dia em que Ele repousou, Adão já havia consumado sua relação com Lilith, o que bem representa o arquétipo da relação homem-mulher. No entanto, ela negava-se a submeter-se ao homem. Inclusive no ato sexual, ela queria ficar sobre Adão mas este lhe negava o desejo. Então, insatisfeita, ela fugiu para o deserto e foi viver com os demônios (onde existe também a versão de que haveria procriado com eles).
Lilith também foi relacionada com o Espírito do Vento, o mais repugnante e monstruoso dos demônios sumério-acadianos, identificada pelas populações nômades como o desapiedado Vento do Sudoeste, capaz de enfraquecer a vida humana. Ela é considerada como um demônio do Ar (elemento que é associado às forças demoníacas pois é ele que separa o Céu da Terra). Na própria capa do livro de Sicuteri há uma representação suméria em que vemos a Lilith com asas e garras ao invés dos pés. Ainda segundo Sicuteri, é na época da transposição da versão jeovística da Bíblia para a versão sacerdotal que a lenda da Lilith teria sido eliminada. O autor também nos apresenta uma pesquisa acerca da etimologia do nome Lilith. Na Suméria a raiz Lil aparece nas formas dos nomes de espíritos malígnos como Enlil, Ninhil e Mulil. Na liturgia Acadiana e Mesopotâmica aparecem preces e esconjuros apresentando os nomes de Lilitu e Lilu como figuras malignas. Em 2000 AC parece que o nome transformou-se em Lillake. Há ainda uma etimologia hebraica que fazia derivar o nome bíblico da Lilith de Layl ou Laylah que significa noite (no sentido do espírito da noite). Assim ela seria o Espírito da Noite.Lilith é vulgarmente tratada como um demônio da noite. Ela é também referida na Cabala como a primeira mulher do bíblico Adão. Pensa-se que o Relevo Burney, um relevo sumeriano, a represente. Muitos acreditam que há uma relação entre Lilith e Inanna, deusa sumeriana da guerra e do prazer sexual.
Inanna era a deusa (dingir) do amor, do erotismo, da fecundidade e da fertilidade, entre os antigos sumérios, sendo associada ao planeta Vênus. Era especialmente cultuada em Ur, mas era alvo de culto em todas as cidades sumerianas.
Surge em praticamente todos os mitos, sobretudo pelo seu caráter de deusa do amor (embora seja sempre referida como a virgem Inanna); por exemplo, como se a deusa tivesse se apaixonado pelo jovem Dumuzi, tendo este morrido, a deusa desceu aos infernos para resgatá-lo dos mortos, para que este pudesse dar vida à humanidade, agora transformado em deus da agricultura e da vegetação.
É cognata das deusas semitas da Mesopotâmia (Ishtar) e de Canaã (Asterote e Anat), tanto em termos de mitologia como de significado.
O dia 2 de janeiro é tradicionalmente consagrado a Ishtar, a deusa dos acádios, herança dos seus antecessores sumérios, cognata da deusa Asterote dos filisteus, de Ísis dos egípcios. Mais tarde, ela foi assumida também na Mitologia Nórdica como Easter, a deusa da fertilidade e da primavera. Essa deusa era irmã gêmea de Shamash e filha do importante deus lua – Sin.
Considerados uma das maravilhas do mundo, os Portões de Ishtar, na Babilônia, foram transportados para um museu na Europa, o Museu de Berlim. Uma réplica se encontra no Iraque.
ASTARTE E AFRODITE
Astarte – (em grego ?st??t? e em hebraico ?????) – personagem do panteão fenício e na tradição bíblico-hebraica conhecida como deusa dos Sidônios (I Reis 11:2). Era a mais importante deusa dos fenícios. Filha de Baal e irmã de Camos. Deusa da lua, da fertilidade, da sexualidade e da guerra, adorada principalmente em Sidom, Tiro e Biblos.
A deusa Astarte foi a mais importante das numerosas divindades fenícias e a única que permaneceu inamovível na sua rica mitologia, apesar das profundas e contínuas mudanças no culto que resultaram de diversas influências oriundas de toda a área do Mediterrâneo, recebidas por este povo de navegantes. A deusa era uma representação das forças da fecundidade e, como tal, foi adorada sob diversos aspectos. Todos eles tinham em comum a imagem de uma deusa amorosa, bela, fecunda e maternal. Chamaram-lhe Kubaba-Cibeles na Síria do Norte. Esta e as outras divindades fenícias eram adoradas em santuários, mas o seu culto não carecia de esculturas religiosas, pelo que, muitas vezes, elas faltavam nos templos. A sua sede era uma simples pedra ou pilone no centro do lugar sagrado. A proteção divina na vida doméstica era invocada em estatuetas de material tosco, inacabadas, ou em amuletos de inspiração egípcia, como, por exemplo, o célebre escaravelho solar das pinturas faraônicas.
Tem muitos atributos relacionados com Afrodite, a deusa grega do amor, do sexo, da regeneração e da beleza corporal. De acordo com o mito mais aceito, nasceu quando Urano (pai dos Titãs) foi castrado por seu filho Cronos, que atirou os genitais cortados de Urano no oceano, e este começou a ferver e espumar. De aphros (”espuma do mar”), ergueu-se Afrodite e o mar a carregou para Chipre. Por isso, um de seus epítetos é Kypris. Assim, Afrodite é de uma geração mais antiga que a maioria dos outros deuses olímpicos.
Afrodite (em grego, ?f??d?t?) era a deusa grega da beleza e da paixão sexual. O seu culto estendeu-se a Esparta, Corinto e Atenas. Foi identificada como Vênus pelos romanos.
Suas festas eram chamadas de afrodisíacas e eram celebradas por toda a Grécia, especialmente em Atenas e Corinto. Suas sacerdotisas eram prostitutas sagradas, que representavam a deusa, e o sexo com elas era considerado um meio de adoração e contato com a deusa. Seus símbolos incluem a murta, o golfinho, o pombo, o cisne, a romã e a limeira. Entre seus protegidos, contam-se os marinheiros e artesãos.
Com o passar do tempo, e com a substituição da religiosidade matrifocal pela patriarcal, Afrodite passou a ser vista como uma deusa frívola e promíscua, como resultado de sua sexualidade liberal. Parte dessa condenação a seu comportamento veio do medo humano frente à natureza incontrolável dos aspectos regidos pela deusa do amor.
Voltando a Lilith:
A Lilith é, da mesma forma que os Nodos Lunares, um ponto virtual que corresponde à maior distância da Lua em relação à Terra na sua órbita (astronomicamente denominado apogeu). Temos, também como no caso dos Nodos, as posições Mean (Média) e True (Verdadeira). Os franceses, que são os que mais fazem referência à Lilith, usam a Mean. Seu Ciclo Médio é de 8 anos e 9 meses. J. Aimé cita o ponto oposto (e complementar) à Lilith na elipse da órbita lunar ou perigeu como Príapo (que devido aos malefícios de Juno nasceu com um falo descomunal). Há quem, mesmo sem designar o ponto oposto, trabalhe com o Eixo, como no caso dos Nodos. Há ainda um asteróide, Lulu, que é conhecido como Lilith (fato explicado pela etimologia) mas que não deve ser confundido com o apogeu lunar.
A INTERPRETAÇÃO
Um dos que mais enfatizou a importância da Lilith foi Dom Néroman (que criou a técnica de Evolutivo denominada Fatum). Para ele, juntamente com o Dragão (eixo dos Nodos) a Lilith forma o que chamou de "casal lunar oculto". Néroman considera que na casa onde ela se encontra, pode haver uma exacerbação da sexualidade. Já na visão de Marie Thérèse de Longchamps, a Lilith é mais importante em signos e casas de água (provavelmente pelo caráter primitivo e instintivo atribuído ao elemento). Porque, segundo Longchamps, "a Lilith descreve as dificuldades instintivas sendo o sedimento que está no fundo do vaso da vida.". E complementa que "a chave do problema está nas profundezas do inconsciente". Barbara Koltuv tem um enfoque interessante. Segundo a autora, dentro do Ciclo Feminino a mulher estaria possuída pela Lilith no período que compreende do fim da menstruação à ovulação. À partir da ovulação até a menstruação seguinte corresponderia à uma fase de recolhimento da Lilith (ou auge da Eva). Se acontece a fecundação, durante todo o período da gestação, a mulher torna-se toda Lua. No entanto, logo após o parto, a Lilith volta com toda a força, o que explica a depressão que acomete algumas mulheres, nesse período, fazendo-as rejeitarem seus recém-nascidos. A prática de atendimento nos mostra que as mulheres que possuem a Lilith angular (especialmente na 1 e na 10) são reconhecidas na sociedade como forças autônomas, desvinculadas de qualquer figura masculina.
No entanto, podemos perceber que alguns dos ícones femininos da cultura contemporânea revelam uma outra face de fragilidade e carência, ainda que incontestáveis Liliths, tais como Marilyn Monroe (com a Lilith na 1 em Leão) e Camille Claudel (em Virgem na 10). Ainda em mapas de mulheres é interessante observar as condições por signo, casa e aspectos da Lilith e da Lua e assim avaliar qual delas tem mais força no mapa. No mapa de um homem, igualmente, podemos analisar o predomínio de uma ou de outra e teremos pistas sobre o tipo de mulher que o atrai. Se este tiver uma Lilith muito forte em seu mapa, é bem possível que se interesse por uma mulher que se encaixe nesse perfil, muito embora mais tarde ele possa vir a repelir essa mulher pelo mesmo motivo.
Contam algumas histórias que Lilith é também chamada de “A mulher escarlate”, um demônio que guarda as portas do inferno montada em um enorme cão de três cabeças, Cérbero. Outros aspectos e nomes de Lilith, além dos já citados, são: Aino (finlandesa, Deusa da Beleza); Amaterasu (japonesa, Deusa do Sol, liderança); Axo Mama (peruana, Deusa da Fertilidade); Cibele (asiana menor, Deusa da Fertilidade); Hathor (egípcia, Deusa do Amor); Freya (norueguesa, Deusa do Amor e da Cura); Hécate (grega, Deusa da Magia e da Morte); Itchita (siberiana, A Grande Mãe); Oxum (africana, Deusa da Fertilidade e do Amor); Kaly (hindu, a face escura da Grande Mãe).
Na origem de todos os povos do mundo sempre existiu a tradição de um casal fundador da raça humana. A maioria é formada por casais-deuses, exceto nas religiões patriarcais, como a judaico-cristã-islâmica, em que um único Deus masculino formou todas as coisas e seres.
Entretanto, ao estudar a espiritualidade hebraica, por meio da Cabala, aprendemos que o grande deus monoteísta não é do sexo masculino, ele é completo em si mesmo; o que existem são divisões de gênero, inclusive é uma insolência lhe dar aspecto humano, pois sua essência é luz pura. E desde quando luz tem sexo?
Ao se estudar Carl Jung, descobriremos que dentro de cada homem há uma mulher (anima) e em cada mulher há o princípio masculino (animus). Esse eterno jogo de yin-yang se ajusta e se completa. Portanto, nenhum indivíduo é inteiramente masculino ou inteiramente feminino.
Cada um de nós é composto dos dois elementos e esses dois constituintes estão freqüentemente em conflito. O princípio feminino ou “Eros” é universalmente representado pela Lua e o princípio masculino ou “Logos”, pelo Sol. O mito da criação no Gênesis afirma: Deus criou duas luzes, a luz maior para reger o dia e a luz menor para reger a noite. O Sol como princípio masculino é o soberano do dia, da consciência, do trabalho e da realização, do entendimento e da discriminação conscientes, o Logos.
A Lua, o princípio feminino, é a soberana da noite, do inconsciente. É a deusa do amor, controladora das forças misteriosas que fogem à compreensão humana, atraindo os seres humanos irresistivelmente um para o outro, ou separando-os inexplicavelmente. Ela é o Eros, poderoso, fatídico e totalmente incompreensível.
Na natureza, o princípio feminino ou a deusa feminina mostra-se como uma força cega, fecunda, cruel, criativa, acariciadora e destruidora. É a fêmea das espécies mais mortal que o macho, feroz em seu amor como também com seu ódio.
Esse é o princípio feminino na forma demoníaca. O medo quase universal que os homens têm de cair sob o domínio ou a fascinação de uma mulher. A atração que esta mesma servidão tem para eles são evidências de que o efeito que uma mulher produz num homem é, em geral, realmente de caráter demoníaco.
A História de Lilith na Tradição Judaica:
Quando Jehová criou a Adão, criou ao mesmo tempo a uma mulher, Lilith, retirada do barro da terra. Foi entregue a Adão como esposa. Porém, Lilith não estava satisfeita, pois esperava outra coisa de Adão. Ela não se submeteu à dominação masculina. A sua forma de reivindicar igualdade foi a de recusar a forma de relação sexual com o homem por cima.
Inimizou-se com ele, pronunciou o nome inefável de Jeová e se foi voando pelos ares. Adão queixou-se a Deus de sua esposa, e este enviou à sua procura três anjos: Senoi, Sansenoi e Samanglof, que a encontraram nas margens do Mar Vermelho, onde mais tarde as tropas egípcias seriam engolidas por ordem de Moisés.
Lilith se negou a voltar a ocupar seu lugar junto de Adão. Os três anjos, por ordem de Jeohvá, avisaram-na de que a cada dia perderia cem de seus filhos se não regressasse. Lilith então fez um trato, e os anjos tentaram afogá-la no Mar Vermelho; porém Lilith advogou em causa própria e salvou sua vida com a condição de jamais causar dano a uma criança recém-nascida de onde viera seu nome escrito.
Finalmente, Jehová deu a Lilith, Sammael (Satã – O Senhor das forças do mal; adversário), e ela foi a primeira das quatro esposas do “Diabo” e a perseguidora dos recém-nascidos. (Paul Louis Bernard Drach, De l’harmonie de l’Église et de la Synagogue, II, p.319)
De acordo com essa narração, Lilith foi entregue a Adão como uma mulher-objeto. Entretanto, ela se rebela e se nega a obedecer Jehová, que é seu pai. Esse não pode desfazer-se dela; uma vez que a criou para Adão, só poderá deixá-la. E foi feito, pois o nome de Lilith não é citado mais que uma vez na Bíblia, reduzida assim a um estado incerto.
Segundo uma velha tradição, Lilith seria uma figura sedutora, de cabelos longos, que voa à noite, como uma coruja, para atacar os homens que dormem sozinhos. As poluções noturnas masculinas podem significar um ato de conúbio com a demônia, capaz de gerar filhos demônios para a mesma.
As crianças recém-nascidas são as suas principais vítimas. A crença em Lilith, durante muito tempo, serviu para justificar as mortes inexplicáveis dos recém-nascidos. Uma forma de proteger as crianças contra a fúria da bela demônia é escrever na porta do quarto os nomes dos três anjos enviados pelo Senhor. Outra maneira é a de fixar no berço do recém-nascido, três fitas, cada uma delas com um nome dos três anjos. Segundo Unterman, na véspera do Shabat e da Lua Nova, quando uma criança sorri é porque Lilith está brincando com ela. Para protegê-la, deve-se bater três vezes de leve no nariz da criança, pronunciando uma fórmula de proteção contra Lilith. O mesmo autor afirma que, na Idade Média, era considerado perigoso beber água nos solstícios e equinócios, períodos estes em que o sangue menstrual de Lilith pinga nos líquidos expostos. Finalmente, uma outra tradição judaica afirma que a lendária rainha de Sabá que teria visitado Salomão nada mais era do que Lilith. O sábio rei, contudo, descobriu o ardil, ao levantar a saia da rainha e constatar que as suas pernas eram peludas.
Segundo uma lenda judaica, após a expulsão do paraíso, Adão, para se mortificar, ficou 130 anos afastado de Eva. Uma ocasião que estava dormindo sozinho, Lilith o encontrou, deitou-se ao seu lado e dele concebeu um sem-número de demônios. Os que se defrontavam com eles eram torturados e mortos (Gorion, 54).
A rebelião de Lilith contra Adão e o Criador levou à necessidade da criação de Eva, esta formada a partir de uma costela de Adão (Gênesis 2, 21). É possível, portanto, imaginar que um corte foi realizado entre o capítulo 1, versículo 28, e o capítulo 2, versículo 21. É provável que esse corte tenha ocorrido mesmo, em época bastante remota, como no quarto século antes de Cristo, quando se supõe que o texto escrito tomou uma forma aproximada da atual (Leach, 1983:77).
O próprio teor do capítulo 1, versículo 28, sustenta esta hipótese: “E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra …” Como seria possível abençoar a ambos e recomendar a multiplicação se Eva ainda não estava criada?
Roberto Sicuteri (1986: 27) chama a atenção para outro detalhe importante: após a criação de Eva, extraída da costela de Adão, este diz: “Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; esta será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada” (Gênesis 2, 23). Para Sicuteri, esta agora soa como uma inequívoca referência a uma mulher anterior. (Roque de Barros Laraia).
A palavra lilith, que se pode relacionar com o assírio lílitu, de lilaatuv, “noite”, significa propriamente “noturno”. Também Lilu, na mitologia assíria, são espíritos malignos que sempre surgem na escuridão da noite. A Lílít do texto hebraico se traduz na versão grega de Septuaginta e por Lamia na Vulgata latina de São Jerônimo. As lamias são muito conhecidas nas tradições gregas e latinas, como monstros voadores noturnos, que sempre aparecem sob o aspecto de pássaros. A maioria dos autores afirma que as lamias são monstros femininos que devoram homens e crianças. Portanto, as lamias e Lilith têm muitos pontos em comum e foram convertidas em “vampiras”.
Mas, o papel de Lilith parece não terminar quando se une a Satã; aliás, muito pelo contrário. Segundo o Zohar (Hhadasch, seção Yitro, p.29), depois participa da perdição de Adão, ao qual Jehová concede como segunda esposa a Eva, nascida da sua própria costela, ou seja, à imagem do homem, o reflexo do homem, ou a imagem castrada de Adão. “Depois de que o Tentador (Sammael) houvera desobedecido ao Santíssimo, bendito seja, o Senhor o condenou a morrer”. A Cabala faz eco desta tradição (livro Emek-Ammelehh, XI), que Sammael será castigado: “Nesse dia, Jehová visitará com sua terrível espada a Leviatã, a serpente insinuante, que é Sammael, e a Leviatã, a serpente sinuosa, que é Lilith.
Esse texto nos diz que tão-somente Lilith está incluída no castigo junto com Sammael e não as outras três esposas, e que Lilith também apresenta o aspecto de serpente. O que se conclui é que ela está reprimida no inconsciente e, quando surge, coloca a sociedade paternalista em xeque. Assim, quando Eva convida Adão para comer a maçã, é das mãos de Lilith que a receberá.
Eva, porém, à sua maneira, repetiria o gesto de rebelião de sua antecessora. Deus tinha permitido ao homem comer todas as frutas do jardim, com apenas uma exceção: “Mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia que dela comeres, certamente morrerás.” (Gênesis, 2,17).
É exatamente essa interdição que é rompida por Eva. A versão canônica diz que a mulher assim procedeu tentada pela serpente, sob a alegação de que o consumo da fruta proibida a tornaria tão poderosa como Deus. Acreditando na pérfida serpente, Eva comeu do fruto proibido e convenceu o seu companheiro a fazer o mesmo. A punição por esse ato de desobediência original foi a perda da imortalidade; a partir de então, os homens tornaram-se mortais.
Existem outras interpretações para esta história. Os teólogos modernos acreditam que a serpente foi a forma tomada pelo Demônio para tentar Eva. Existe também a crença de que Lilith teria se transformado em serpente para tentar Eva e se vingar de Adão. Uma terceira interpretação é a que faz parte de uma tradição judaica: “A serpente bíblica era um animal astucioso, que caminhava ereto sobre as duas pernas, falava e comia os mesmos alimentos que o homem. Quando viu como os anjos prestigiavam Adão, teve ciúme dele, e a visão do primeiro casal tendo relação sexual despertou na serpente o desejo por Eva. Por instigação de Satã ou Samael, ou, segundo algumas versões, possuída por ele, a serpente persuadiu Eva a comer o fruto proibido e seduziu-a. Como castigo, suas mãos e pernas foram cortadas e ela teve de se arrastar sobre o seu ventre, todo alimento que comia sabia a pó, e tornou-se eterna inimiga do homem.(…) Quando teve relação sexual com Eva, injetou sua peçonha nela e em todos os seus descendentes. Essa peçonha só foi removida do povo de Israel quando estavam no Monte Sinai e receberam a Torá.” (Unterman, 1992: 236).
E também ao comer o fruto da Árvore, eles passaram a ter o dissernimento, o livre-arbítrio.
Segundo o antropólogo Roque de Barros Laraia, o Gênesis é um mito de origem que busca explicar o surgimento do primeiro homem e como tal não difere muito de outros mitos, integrantes das diferentes cosmologias existentes, principalmente em dois pontos fundamentais:
1) O mito não visa à explicação do surgimento de toda a humanidade ¾ como depois foi sugerido pelos exegetas judaicos e cristãos ¾, mas apenas o surgimento de um povo específico, no caso os hebreus. Tal fato está confirmado pelo versículo 16 do capítulo 4: “E saiu Caim de diante da face do Senhor, e habitou na terra de Nod, da banda do oriente do Éden.” O versículo seguinte afirma que “Caim conheceu a sua mulher e ela concebeu, e pariu Enoch…” Há duas interpretações possíveis para esses dois versículos: a primeira é que o conheceu significa apenas ter relações sexuais e, portanto, Caim teria chegado ao leste do Éden já com uma companheira. Mas a interpretação mais plausível é que de fato tenha encontrado um outro povo. Isto é mais condizente com o estilo dos mitos de origens, marcados fortemente pelo etnocentrismo.
2) O mito narra a história do pecado original. É, portanto, semelhante às narrativas que mostram que o homem perdeu a imortalidade em função de sua própria culpa. Uma escolha mal feita, um ato de desobediência (como no Gênesis) ou uma ofensa a um ser sobrenatural. Os Tupi Guarani seriam imortais se a primeira mulher não tivesse duvidado dos poderes de Mahíra. O texto bíblico relata a dupla desobediência da mulher: Lilith não atende a convocação do Senhor para voltar para Adão; Eva come do fruto proibido e convence Adão a fazer o mesmo.
A Visão dos Mistérios Órficos:
Dentro dos Mistérios Órficos, Nyx, um negro espírito alado, levantou-se do Vazio do Caos para deitar o ovo cósmico de prata contendo o dourado espírito alado do amor, Eros, também conhecido como Phanes – o Revelador, cuja beleza radiante iluminou a Terra. Nyx, a Mãe Noite primal, dentro de seu reino estrelado também deu à luz as Fates (Destinos), as Hespérides, as Fúrias e Nêmesis (George 1992: 112-117).
Como a mitologia evoluiu, a precedência era classificada como dia e luz; todas as coisas sinônimas à noite escura ficaram exiladas ao chthonic (de khthonios – dentro ou fora da Terra), isto é: fertilidade, parto, abundância, colheitas, destino e morte, reino do submundo, regiões astrais, o mundo dos sonhos e a psique interna.
Com efeito, Hecate desenvolveu-se como a guardiã desses lugares sombrios e solitários, e de seus inerentes Mistérios ocultos. Atos obscuros do mistério sexual, Kundalini, profecia, inspiração e adivinhação, todos vieram de dentro de seu dom. Criaturas da noite – corujas, cachorros e cavalos tornaram-se seus totens, assim como o fizeram todas as criaturas do submundo aquático – cobras, serpentes, aranhas, sapos e rãs. (Ibid)
Como Dama da Transe-Formação, sua luz divina de gnose é secretada por seus poderes chthonicos de vida e morte; sua sexualidade voraz leva suas vítimas em um abraço profético de regeneração. Suas sacerdotisas legendárias levavam os agonizantes através de uma morte extática pelas suas convulsões orgásticas (George 1992: 111).
Ultimamente ligada à lua negra, anteriormente Hecate sempre havia sido a deusa da iluminação da alma. Tempo e destino estão dentro de seu domínio; muitos de seus epítetos revelam seus inúmeros papéis e formas – Sábia, Rainha das Sombras, Senhora da Iniciação, Guardiã do Portal, Condutora de Almas, e A Brilhante.
Para os místicos, a Noite Escura é a profundeza do amor (Eros) e luz (Phanes). George (1992: 118) afirma que, dentro filosofia oriental, o preto representa o estado informe da matéria pura e um todo unificado, sem nenhuma separação. Isso é um truísmo refletido dentro da Nyx grega e da Nut egípcia; ambas carregam a mensagem eterna da matrix universal como uma expressão do verdadeiro amor (sabedoria e compreensão/compaixão), da qual a ignorância induz ao medo e vazio.
Waterson (1999:190) recebeu muitas críticas dos acadêmicos por promover a idéia de que Hecate é derivada de Hekt, uma deusa egípcia de cabeça de sapo, deusa do nascimento, da morte e da ressurreição, parteira dos deuses, mas sua teoria é merecedora de uma melhor inspeção. Essa deusa primal criativa parece ter ajudado Osíris a se levantar dos mortos, precedendo o papel adotado por Ísis. Além disso, seu símbolo, o sapo, foi mais adiante adotado pelos cristãos para representar a ressurreição de Cristo. Foram encontrados em numerosas luminárias cerâmicas com a inscrição: “Eu sou a ressurreição”. O eminente egiptólogo Wallis Budge (1971: 63) explica que dentre os ritos fúnebres egípcios, o amuleto de sapo (juntamente com o escaravelho) era colocado sobre a múmia, para mostrar o poder de ressurreição de Hekt sobre o mesmo.
Mais tarde, a mitologia grega revelou que Hecate, assim como Lúcifer/Lux (luz) nasce de Nyx/Nox (escuridão). Bem antes disso, contudo, ela era originalmente uma deidade da Trácia e foi adotada no panteão grego como uma Titã, uma deidade pré-olímpica. Ela era descrita como uma bonita donzela com cabelos adornados por estrelas que iluminavam as trevas. Sua tocha em chamas revelava seu papel como illuminatrix e Condutora (a que guia os mortos) através de seus três reinos – os Céus, Terra e os Mares/Mundo Subterrâneo.
A Tomadora de Almas
Como já foi demonstrado, somente mais tarde, quando foi consignada ao Inferno, Lilith assumiu o papel mais sinistro de tomadora de almas. Curiosamente, seu dia de festa é 13 de agosto, como uma deusa de fertilidade, e é um dia em que ela é propícia a evitar desastres que acontecem às colheitas. É notavelmente perto de 15 de agosto, quando acontece a festa da Santa Virgem Maria, a qual mais tarde assumiu essa função!
Em cada uma de suas quatro mãos (às vezes seis), Hecate maneja um objeto: uma chave que destranca os mistérios ocultos e a sabedoria da vida após a morte; uma corda/flagelo que representa tanto o cordão umbilical (permitindo nascimento) e o laço (morte); e a adaga, o símbolo da verdadeira vontade, que corta a ilusão e divide a corda (permitindo o nascimento) e o laço (facilitando a libertação da alma). Em sua quarta mão (nesta ou ainda nas três restantes), ela eleva a tocha (ou tochas) de iluminação e iniciação. Assim pode-se ver que ela preenche todos os papéis de Creatrix, Illuminatrix e Initiatrix – a (verdadeira) Deusa Tripla (de tripla face) (George 1992: 142-45).
Tanto Hecate quanto Hermes compartilham o papel de “Condutor de Almas” e “Protetor das Encruzilhadas” e caminhos secretos dos planos mentais e físicos. Hermes freqüentemente se posta de pé ao lado de Hectarea, uma forma tríplice de Hecate, completa com suas três cabeças e seis braços. Acredita-se que sejam amantes ou companheiros, e eles são curandeiros, protetores da energia lunar e arautos da morte. Fazendo a ponte entre os mundos, eles revelam o passado, o presente e o futuro simultaneamente, conferindo visões proféticas e comunicação ancestral. De seu mundo crepuscular de ilusões, seus dons de encantamento asseguram o arrebatamento e ventura de seus devotos.
Outro epíteto bem menos conhecido é Hekatos, que significa “A Distante” (a Magia transportada pelo ar que atinge seu objetivo), o qual Hecate, como uma forma de Ártemis, divide com Apolo. As lendas também falam dela como um anjo fosforescente, brilhando nas trevas do submundo, onde sua luz hipnótica de transe-formação é revelada dentro dos montes de terra dos sepulcros decadentes dos mortos. Aqui se encontram suas fusões de papel com os de Perséfone e de Deméter, com a qual ela ficou associada dentro de mitos alternativos gregos.
Vale relembrar que os gregos sempre viram Hecate como uma jovem donzela. Ela se tornou uma velha somente para os romanos (que julgaram seus papéis conectados aos assuntos de sangue feminino – nascimento e menstruação – como impuros) quando Ártemis e Se1ene a suplantaram nesta forma (Ibid).
Martha Ann e Dorothy Myers-Imel (1993: 157) também nos fazem lembrar, dentro dos Mistérios de Elêusis, o papel de Brimo (a destruidora terrível da vida), que dá à luz a Brimos (o Salvador). Ela é associada com Cybele, Deméter, Perséfone e Hecate e é também a guia de Perséfone quando ela volta para o mundo da superfície, ao chegar do Inferno de Hades. Ainda assim é Phosphorous – aurora e crepúsculo, mãe e guardiã, a que traz a aurora da vida, nascimento e morte. Ela é a Estrela Matutina, a portadora da Gnose, a propylia – aquela que fica diante do portal, e propolos – a guardiã do limite e condutora, a líder do caminho (Robert von Rudolf, Horned Owl Library). Shani – Revista Online The Cauldron Brasil.
Lilith nos lembra eternamente que as forças do “mal” respondem às forças da vida, e que tudo se equilibra – dia e noite, trevas e luz, masculino e feminino. Isso faz com que visualizemos o piso mosaico no centro dos nossos Templos Maçônicos.
As leituras modernas do mito de Lilith, entretanto, destacam o seu aspecto revolucionário e mesmo feminista. Ela representa a revolta contra um sistema hierárquico injusto, que quer impor um domínio inquestionável e repressor do masculino sobre o feminino. Lilith é a representação da mulher indômita, selvagem, livre, vibrante de energia, pronta para viver a sua sexualidade de forma plena e prazerosa, sem medos nem vergonha, é a celebração do princípio feminino.
Lilith é citada na Epopéia de Gilgamesh (aprox.2000 a.C.), no Antigo Testamento (Isaías 34:14) e em relatos da Torá assírio-babilônica e hebraica, dentre outras fontes históricas. Ela aparece no Zohar, ou Livro do Esplendor, uma obra cabalística do século XIII que constitui o mais influente texto hassídico, e no Talmude, o livro dos hebreus. Seus filhos demônios, os Lilins, são citados inclusive na versão sacerdotal da Bíblia. Outras fontes são o Alfabeto de Ben Sira (séculoVII), em que se inscreve a versão mais ingênua do mito, o Zohar (século XIII), que dá do mesmo a versão mais oculta, e a Cabala (por volta de 1600), onde vemos LIlith unir-se a Samael.
ASTARTE (MITOLOGIA BABILÔNICA): Astarte (grego ?st??t?) (hebraico ?????) - personagem do panteão fenício e na tradição biblico-hebraica conhecida como deusa dos Sidónios (I Reis 11:2) . Era a mais importante deusa dos fenícios. Filha de Baal e irmã de Camos. Deusa da lua, da fertilidade, da sexualidade e da guerra, adorada principalmente em Sidom, Tiro e Biblos.
Identidade
NOME: ASTERATE / ASTERATH / ASTORATE / ASTEROTE / ASTARTE / ASERA / BAALAT.
SIGNIFICADO:
Familia: Filha de Baal, Irmã gémea de Camoesh (Camos), esposa de Tamuz
Proveniencia:
Localização Temporal: Desde o dilúvio até a 18º dinastia egipcia.
Tempo de Vida: Aprox. 3600 anos.
Causa de Morte:
Feitos importantes:
Ritualismo:
Os seus rituais eram multiplos, passando por ofertas corporais de teor sexual, libações, e também a adoração das suas imagens ou idolos. O seu principal culto ocorria no equinócio da primavera e era altura de grandes celebrações à fertilidade e sexualidade. O sexualismo e erotismo ligados ao seu culto fazia dela uma deusa muito adorada entre os povos da altura, exactamente pelo seu teor. Talvez seja este o motivo que levou o rei Salomão a adorar esta deusa (1 Reis 11:5), contrariando o seu Deus.
Relacionamentos:
Em Sidom o culto era dividido principalmente entre dois deuses Eshmund e Asterate (Astarte).
Astarte era esposa do deus Tamuz que vem referenciado na biblia em Ezequiel 8:14.
Astarte era filha de Baal
Astarte era irmã gémea de Camoesh (ou Camos)
Locais de Culto:
Um dos seus templos principais encontrava-se na terra dos filisteus - em Ekron (I Samuel 31:10).
Referência histórica:
Esta divindade bíblica é uma herança mitologica da história dos povos da suméria (biblica sinear) e dos acádios (Genesis 10:10), onde Asterate era chamada de Ishtar ou Inanna. Mais tarde para os gregos esta divindade foi chamada de Afrodite e Hera, enquanto que para os egipcios era recordada como Isis ou, como outros defendem, Hator. Esta apareceu pela primeira vez nesta mitologia depois da 18º dinastia, no relato da batalha entre Horus e Seth em que a sua identidade poderia ser equiparada com Anat.
Segundo a mitologia suméria e acádia Ishtar (Asterate) era irmã de Shamash, ao qual a bíblia se refere como Camoesh, Camos ou Quemós. Em mais que um versiculo na biblia estes dois nomes aparecem juntos. (I Reis 11:36) (II Reis 23:13);
O Nome Asterate também aparece associado a Baal em (Juízes 2:13) (Juízes 2:13) (I Reis 18:19). Baal para os sumérios seria o deus Nana, ou Sin para os Acádios, que também era pai de Ishtar/Inanna. Em Biblos Astarte era conhecida como Baalate (forma feminina para Baal).
Outras referências:
A DEUSA ASTARTE, foi a mais importante das numerosas divindades fenícias e a única que permaneceu inamovível na sua rica mitologia, apesar das profundas e contínuas mudanças no culto que resultaram de diversas influências oriundas de toda a área do Mediterrâneo, recebidas por este povo de navegantes. A deusa era uma representação das forças da fecundidade e, como tal, foi adorada sob variadíssimos aspectos. Todos eles tinham de comum a imagem de uma deusa amorosa, bela, fecunda e maternal. Chamaram-lhe Kubaba-Cibeles na Síria do Norte. Esta e as restantes divindades fenícias eram adoradas em santuários, mas o seu culto não carecia de esculturas religiosas, pelo que, muitas vezes, elas faltavam nos templos. A sua séde era uma simples pedra ou pilone no centro do lugar sagrado. A protecção divina na vida doméstica era invocada em estatuetas de material tosco, inacabadas, ou em amuletos de inspiração egípcia, como por exemplo o célebre escaravelho solar das pinturas faraónicas.
LAKSHMI (DIVINDADE DO HINDUÍSMO): Esposa do Deus Vishnu o ustentador do universo na religião hindu. É personificação da beleza, da fartura, da generosidade e principalmente da riqueza e da fortuna . A deusa é sempre invocada para amor, fartura, riqueza e poder. É o principal símbolo da potência feminina, sendo reconhecida por sua eterna juventude e formosura.
Pode ser vista sentada sobre uma flor de lótus, ou segurando flores de lótus nas mãos, e um cântaro que jorra moedas de ouro.
Geralmente atribui-se a Lakshmi o símbolo da suástica, que representa vitória e sucesso. Apadma é o nome dado a Lakshmi, quando representada sem o lótus, ao sair do Oceano.
Diariamente Lakshmi oferecia mil flores à imagem de Shiva quando caía a noite. Um dia, contando as flores enquanto colocava a oferenda, descobriu que faltavam duas. Como já era muito tarde para colher os que faltavam porque à noite e as flores de lótus fecham suas pétalas, Lakshmi achando que era de mau agouro oferecer menos que mil se lembrou que Vishnu certa vez descreveu seus seios como lótus se abrindo. Ela então decidiu oferecê-los como as duas flores que estavam faltando. A deusa cortou um de seus seios e colocou-o com as flores no altar. Antes que pudesse cortar o outro, Shiva, que estava extremamente emocionado com a sua devoção, apareceu na sua frente e pediu que parasse. Então ele transformou seu seio cortado em um redondo e sagrado marmelo e enviou-o à Terra com suas bênçãos, para florescer perto de seus templos.
No sentido mitológico, ela é totalmente identificada com Vishnu, e somente ao lado dele se torna calma, transformando-se numa esposa leal que reza para reunir-se ao marido em todas suas próximas vidas.
*Fisicamente a Deusa Lakshmi é descrida como uma mulher formosa, com quatro braços, sentada em um lótus, vestida com roupas finas e jóias preciosas. Está no auge de sua juventude e mesmo assim tem uma aparência maternal. A característica mais chamativa em Lakshmi é sua associação persistente com o lótus. Com as raízes na lama e desabrochando acima da água, completamente livre da lama, o lótus representa a autoridade e perfeição espiritual. Além disso, o ato de sentar-se no lótus é um motivo comum nas iconografias Budista e Hindu. Estar sentado sobre ou estar de alguma outra maneira associado ao lótus sugere que o ser em questão transcendeu as limitações do mundo físico (a lama da existência) e flutua livremente numa esfera de pureza e espiritualidade. Shri-Lakshmi assim sugere mais que os poderes fertilizantes do solo úmido e que os misteriosos poderes do crescimento. Ela sugere a perfeição e um estado de refinamento que transcende o mundo material. Ela é associada não somente com a autoridade real mas também com autoridade espiritual, e combina os poderes reais e sacerdotais em sua presença. A coruja (Ulooka em Sânscrito) também está associada à deusa Lakshmi que a usa como seu veículo.
Oração:
Deusa da Prosperidade e da Abundância, abro meu coração e meu lar com muito amor e exuberante alegria para recebê-la em meu templo e no templo de minha morada.
Que suas bençãos cheguem a mim trazendo a pureza da flor de lótus, a harmonia em meus relacionamentos e a prosperidade em tudo que eu executar com fé entusiasmo e autruísmo.
Que o aspecto feminino de Deus em todas as suas manifestações me tragam intuição, percepção, dedicação e receptividade, para que eu possa realizar todas as minhas atividades com alegria e felicadade.
Que sua majestosa beleza se reflita em meus pensamentos para que eu possa sentir, falar, ouvir e agir somente com a consciência de minha Presença Divina. Que sua luz me envolva dentro de um campo magnético de Abundância para que eu possa ter tudo que necessito e expandir essa minha properidade para todos. Tudo que me for ofertado eu abençôo e consagro para a realização do Plano Divino. Amada Lakshmi bem vinda a minha vida e ao meu lar.

Um comentário:

  1. Olá amigos eu conheço um médico muito poderosa que pode ajudá-lo a recuperar o seu status e curá-lo de HIV também pode enviar -lhe uma mensagem através de seu correio okonofua_solution_tem99@hotmail.com porque ele me ajudou quando eu tive problemas com meu marido, porque nós teve brigas eo motivo foi porque eu estava testado HIV + positivo e ele foi testado negativo no mesmo hospital no mesmo dia que ele me mandou para fora de sua casa e nunca me quis de volta , eu realmente não sei como Deus me dirigiu a este grande Doctor o nome dele é Dr. Paul Emen e se preparava ervas e enviá-lo para mim através do serviço de correio e ele sempre me incentivar , ele era como um pai para mim , eu só levar este ervas por sete dias eu me senti tão diferente e ele me pedir para ir para outro teste que eu fui para o mesmo hospital foram i foi testado positivo antes eo resultado saiu negativo que eu e meu marido estamos juntos agora com dois filhos. se você precisa o lugar certo para resolver os seus problemas e obter a cura de suas doenças Visita OKONOFUA SOLUÇÃO templo é a escolha certa. Ele é um homem que tem ajudado as pessoas para cada tempo. Ele também pode lançar feitiços para diferentes fins, como .

    (1) Se você quiser que o seu ex-costas .......
    ( 2 ) ervas para curar o HIV / AIDS e câncer ....
    (3) Se você quer um filho ......

    Contactar Ele hoje em:
    okonofuatem99@gmail.com , 2348053794667 ....
    Boa Sorte .

    ResponderExcluir