segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
MANDALAS CABALÍSTICAS
Quando os Iniciados falam dos Atributos Divinos mostram que a ordem, a harmonia e as forças dos Mundos Superiores atuam sempre influenciando os mundos da forma e que esta atividade está simbolizada por intermédio das 22 letras sagradas dos alfabetos hebraicos ou devanagari (vatânico).
Esta simbologia pode ser encontrada no livro Sepher Yezirah (Um Livro sobre a Criação) e em manuscritos e livros sobre a ciênciacabalística, numa tentativa de instruir aos buscadores sobre as verdades que se acham ocultas nos cânones da Qaballah.
Neste capítulo decidimos incluir algumas das Mandalas que elaboramos sob a orientação que tivemos em sonhos, as quais iremos descrever até onde nos foi possível perceber. Há muitos anos tenho estudado a Ciência da Qaballah, procurando encontrar por intermédio da meditação explicações que não podem ser transmitidas em livros ou sob qualquer forma escrita.
A experiência sobre as Mandalas começou na noite de 12.09.2007, após uma reunião de estudos cabalísticos e de ter estudado com afinco os mistérios da Qaballah. Entrei em meditação, antes de me deitar e invoquei a ajuda do Alto para compreender alguns aspectos deste intrincado segredo milenar, conhecido como a Árvore da Vida. Foi então que fui brindado com um sonho excepcional, que se mostrou ao mesmo tempo belo e perturbador. Havia uma grande quantidade de pessoas numa espécie de salão arredondado, todo branco e muito grande, como que se aguardasse por alguém. Da direita, surgiu por fim uma pessoa que parecia ser um instrutor: era alto, esguio, nem moço nem velho, trajando uma túnica comprida de uma cor acinzentada bem clara e suave. Tomou a palavra e dissertou rapidamente sobre a Árvore da Vida e sua relação com o macrocosmo e o microcosmo, o Universo e o Homem, numa linguagem que nos parecia relativamente fácil para compreender este mistério.
Após sua preleção, levantou o braço direito e fez um movimento, traçando uma espécie de semicírculo no espaço. Então, misteriosamente, abriu-se diante de nós um campo luminoso, como se fosse uma grande tela, onde começaram a aparecer inúmeras imagens multidimensionais excepcionalmente belas e em movimento contínuo e cores multifacetadas. Mostravam-se como se fossem imagens vivas e seus movimentos formavam Mandalas que se projetavam umas após as outras, como se num estrepitoso balé, onde seus componentes giram com grande rapidez, com suas cores vibrantes e cambiantes. Ora mostravam a Árvore da Vida projetada em 4 direções distintas, formando um a espécie de cruz, ora se projetavam de um ponto central que parecia estar em chamas, formas piramidais, figuras geometrizadas e signos abstratos. Uma gama múltipla de cores com seus movimentos incessantes davam colorido exuberante a essas Mandalas, às Séfiras cabalísticas e ao seu conteúdo extravagante. Todos aqueles conjuntos de formas multidimensionais pareciam conter vida, pois vibravam intensamente e afloravam-se do nada, transformando-se em outras formas dimensionais, esculpindo figuras no espaço, ricamente decoradas e luminosas.
Eram todas excepcionalmente vibrantes e essencialmente harmônicas entre si.
Depois de passado algum tempo que não pude precisar, estas expressivas demonstrações de formas e luzes, cessaram e eu acordei com uma leve lembrança de todo esse conjunto excepcional, porque aquela “visão” se mostrara muito além das possibilidades de retenção no mundo material. Nos dias que se sucederam, procurei, aos poucos, reproduzir tudo o que vinha à minha mente, sabendo, de antemão, que jamais poderia fazê-lo em sua plenitude.
Três destas mandalas fazem parte deste estudo cabalístico para ilustração e compreensão de alguns aspectos deste intrincado problema proposto pela Ciência da Qaballah que, ao mesmo tempo que é grandioso e misterioso, é também passível de ser esclarecido, uma vez que abarca em seus signos milenares a realização do Grande Plano Divino para este Universo ao qual pertencemos.
MANDALA CABALÍSTICA
A ÁRVORE DA VIDA
No centro da mandala um globo azul com 32 raios representa a Divina e Intocada Consciência do Absoluto AIN, Aquele sobre O Qual nada pode ser dito.
Quatro Árvores se projetam deste Centro Solar alcançando a periferia da Mandala, quando suas Séfiras vão se densificando desde Keter até Malkut.
Os círculos multicores representam os Mundos da Árvore Sefirotal interpenetrando-se uns nos outros em movimentos incessantes.
Quatro pequenas pirâmides evolucionais se projetam dos pontos colaterais da Mandala, entremeando as Árvores da Vida, representando o quaternário sagrado e a Energia Quintessenciada que hoje se desvela para a Humanidade neste momento de transição cíclica, localizada no ápice da pirâmide. Os cinco elementos que compõem estas pirâmides são:
·1ª pirâmide (1º quadrante, à direita, no alto): Os Animais da Esfinge: o Touro, o Homem, a Águia, o Leão e a própria Esfinge.
·2ª pirâmide (2º quadrante, à direita, embaixo): As Línguas Sagradas: o Sânscrito, o Tibetano, o Chinês, o Egípcio e o Hebraico.
·3ª pirâmide (3º quadrante, à esquerda, embaixo): Os Veículos do Homem: o Físico, o Etérico, o Astral, o Mental e a Quintessência.
·4ª pirâmide (4º quadrante, à esquerda, no alto): Os cinco Tatwas: Pritivi (sólido), Apas (líquido), Vaiú (Gasoso), Tejas (Ígneo) e Akasha (éter).
Uma grande pirâmide sintonizada com os quatro pontos cardeais dá sustentação à Roda do Universo que, por si mesmo, sustenta a Árvore da Vida. Outra pirâmide em relação aos quatro pontos colaterais dá apoio a primeira pirâmide, formando as duas uma grande estrela de oito pontas, símbolo numerológico do Senhor da Vida IHVH ????.
O grande círculo em torno simboliza o Universo Vivo, criado e sustentado pela Excelsa Consciência Divina, à semelhança de uma grande roda ígnea.
MANDALA CABALÍSTICA
OS QUATRO MUNDOS E A MANIFESTAÇÃO DO LOGOS
O Sol Central Azul é a representação do AIN Universal, o Absoluto (Aquilo sobre o qual nada pode ser dito). Os 32 raios desse Sol Central representam os Nomes Divinos de Deus, ou seja, seus atributos, que constituem as diversas modalidades de atuação de suas Forças no Universo, nos mundos mais sutis e nos mais densos. À volta do Sol temos o duplo quaternário ou cruzes, um invocando o AIN SOPH da Tradição Judaica e as 4 modalidades de manifestação da Consciência de IHVH ????, até os mundos materializados; outro invocando o mesmo AIN SOPH na terminologia do Logos Imanifestado da Tradição Oriental e sua manifestação nos mundos criados, como hipóstases da própria Divindade (Primeiro, Segundo e Terceiro Logos).
O terceiro círculo (Sol) mostra o IOD ?, a Consciência Divina imanente no Universo, cujo valor numérico é 10 e vem representando o Mundo da Emanação. Sem Essa Consciência Primordial Divina nada neste Universo poderia existir. Na Tradição do Oriente este é representada pelo círculo com um ponto no centro, sintetizando o princípio da Criação Universal, o Germe na Raiz. O Gênese Bíblico de Moisés assim relata essa manifestação Divina: “No princípio Deus criou os céus e a terra. A terra estava informe e vazia; as trevas cobriam o abismo e o Espírito de Deus pairava sobre as águas.” (Gen. 1, 1-2)
O quarto círculo mostra IOD-HE ??, cujo valor numérico é 15 e mostra as forças do Criador atuantes no Universo, representando os Mundos da Criação, Espiritual e Material. No Oriente este vem representado pela figura do círculo com uma linha, dividindo o mundo de cima do mundo de baixo, o superior do inferior. No livro do Gênese cap. 1, 3-5 pode-se ler: “Deus disse: ‘Faça-se a Luz!’ E a Luz foi feita. Deus viu que a Luz era boa e separou a Luz CIGANA. Deus chamou à Luz dia e às Trevas noite. Sobreveio a tarde e depois manhã.”
O quinto círculo mostra IOD-HE-VAU ???, cujo valor numérico é 21 e mostra as forças Divinas atuando em Yezizah, o Mundo da Formação, onde todos os arquétipos passam a ser plasmados no Éter Cósmico. No Oriente, é representado pelo círculo com um triângulo eqüilátero dentro, indicando a manifestação ternária de Deus no Universo Criado para dar sustentação à sua criação. Em Gênese cap. 1, 6-8 está escrito: “Deus disse: ‘Faça-se um firmamento entre as águas, e separe ele umas das outras. Deus fez o firmamento e separou as águas que estavam debaixo do firmamento daquelas que estavam por cima. E assim se fez. Deus chamou ao firmamento céus.”
O sexto círculo mostra IOD-HE-VAU-HE ????, ou seja, a plena manifestação do Poder Divino nos mundos criados para a realização de seus arquétipos. Seu valor numérico é 26, que reflete o poder do octógono, a dupla forma piramidal de 4 faces (a Divina e a Terrena), representada pela estrela de oito pontas. No Oriente é indicado pelo círculo com uma cruz de braços iguais no seu centro, dividindo-o em 4 partes. Esta cruz representa o aspecto dinâmico universal, cujo movimento, da esquerda para a direita, dá formação à suástica. No livro do Gênese Bíblico de Moisés este mundo de ação (Asiyyah) é descrito minuciosamente a partir do cap. 1, vers. 9 a 25, antes da criação do Homem.
MANDALA CABALÍSTICA
“IHVH” E OS 22 SIGNOS SAGRADOS
O Sepher Yezirah assim fala da Criação do Universo e dos 22 Signos Sagrados emanados do Criador: O EU SOU YAH, o Senhor dos Exércitos, o Deus Vivo, Rei do Universo, o Eterno, criou o Universo por meio de 32 caminhos misteriosos e de 3 Sepharim, que são Nele UM e o Mesmo. Estes 32 caminhos misteriosos se constituem de uma década saída do nada e de 22 letras (signos) fundamentais, às quais, dividiu em 3 partes: 3 Mães, 7 Duplas e 12 Simples.
Esta Mandala possui 32 Raios em sua periferia, representando esses 32 caminhos misteriosos. Partindo do centro temos representado:
Primeiro Círculo – O Ternário Manifestado com as 3 Letras Mães, os Primeiros Elementos Fundamentais do Universo Criado ou 3 Progenitores. Deus se manifesta pelo Ternário, sendo este a Expressão da Suprema Manifestação Divina de forma que:
Aleph ?predomina no ar primitivo;
Mem ? predomina na água primitiva;
Schin ? predomina no fogo primitivo.
Segundo Círculo – Estrela de 7 Pontas com as 7 Letras Duplas, que representa o Setenário Evolutivo na Realização da Grande Obra. Todo o Plano de Criação e Evolução do Universo encontra-se apoiado numa base setenária. Através desses 7 signos Deus formou o Universo, os sóis e os planetas, para a realização da Obra Divina.
Terceiro Círculo – Estrela de 12 Pontas com as 12 Letras Simples, que representam os 12 signos determinantes dos 12 Portais Zodiacais, pelos quais as almas entram nos mundos materializados para trilhar seu Itinerário evolutivo, conhecido como IO (Ísis e Osíris)
Varinha
Pentáculo
* Personalidades Lusófonas
Claudiney Prieto • Claudio Crow Quintino • Márcia Frazão • Mavesper Cy Ceridwen • Mirella Faur • Naelyan Wyvern • Gilberto de Lascariz . Millenium
* Tradições BUENA DICHAnas:
Tradição Gardneriana
Tradição Alexandrina
Tradição Algard
Tradição Caminho das Sombras
Tradição Triskelion
Tradição Ibérica
Tradição Seax-BUENA DICHA
* Outras Tradições:
Reclaiming
Feri Tradition of Witchcraft
Cabot Tradition of Witchcraft
Tradição dos Pentáculos
* Práticas próximas :
Asatrú
Druidismo
Reconstrucionismo Helênico
Stregheria
Xamanismo
Bruxaria Tradicional
Vanatrú
Na BUENA DICHA são chamados Instrumentos Mágicos os instrumentos que são usados na prática religiosa para focalizar a intenção e a atenção do praticante em uma determinada ação. Cada instrumento tem relação com algum dos cinco elementos da natureza: Terra, Ar, Fogo, Água e Akasha.
Principais Instrumentos:
Pentagrama (ou Pentáculo)
É uma estrela de cinco pontas dentro de um círculo. Pode ser feito de madeira, metal, argila, ou outro material. Em alguns rituais o pentagrama pode ser contornado com pedras
Athame ou Espada Ritual
É um punhal de lâmina dupla e cabo tradicionalmente preto. Também pode ser substituído por uma espada com fins estritamente rituais. É usado para direcionar energias e também para traçar o Círculo Mágico, representa a energia masculina, sendo um símbolo fálico. Representa o elemento fogo (ou ar em algumas tradições). O Athame nunca é usado para derramar sangue, nem deve ser usado para cortar algo físico.
Varinha ou Bastão
Tem simbolismo semelhante ao Athame, usado para direcionar energia e para invocações, também é usado para traçar o Círculo Mágico. Representa o elemento ar (fogo em algumas tradições). Tradicionalmente é feito de madeira de uma arvore sagrada como Aveleira, Carvalho, Macireira, Freixo, Espinheiro, Sabugueiro, Acácia, Loureiro, entre outros, mas qualquer arvore serve, normalmente se toma galhos já caídos, e no caso de cortar sempre se pede permissão à árvore e deixa-se alguma oferenda.
Cálice
Representa o elemento água, é usado para se beber o vinho outra bebida ritual, simboliza o principio feminino relacionando-se, assim como o Caldeirão, ao ventre da Deusa. Pode ser feito de metal, cristal, madeira, pedra, concha do mar, chifre, entre outros.
Caldeirão
O caldeirão simboliza o princípio feminino, representa o útero de Deusa-Mãe, de onde todas as coisas vêem. É usado pelos BUENA DICHAnos para queimar papéis com pedidos, agradecimentos e orações ou para fazer fogueiras. Tradicionalmente possui três "pés" que representam as três faces da Deusa: Donzela, Mãe e Anciã. O caldeirão está ligado ao elemento Água que denota uma influência psíquica e do inconsciente.
Vassoura
Na bruxaria em geral, e especificamente na BUENA DICHA, a vassoura é um instrumento usado para limpar o espaço mágico antes ou depois de fazer algum feitiço ou ritual. A vassoura representa o masculino (através do cabo) e o feminino (através da piaçava). Era comum as bruxas utilzarem vassouras em seus ritos de celebração da natureza, pulando sobre as vassouras em meio a colheita, o que levou à crença moderna de que bruxas voam em vassouras. Nos rituais matrimoniais da BUENA DICHA existe uma tradição onde os recém-casados saltam (com as mãos dadas) uma vassoura deitada no chão, para marcar o início da vida espiritual em perfeita união.
Livro das Sombras
O Livro das Sombras, muito conhecido como BOS (do inglês Book Of Shadows), é um diário usado por praticantes de magia para registrar rituais, feitiços e seus resultados, bem como outras informações mágicas. Tanto praticantes individuais quanto covens mantêm esse tipo de Livro. Nele são inscritos invocações, receitas de poções, métodos de realização de rituais, contos sobre a mitologia, enfim, tudo relacionado à tradição seguida. Tradicionalmente, muitos preferem que seja preto com um pentagrama cravado na capa, mas isso não é regra. Por ser um Livro pessoal, pode ser de qualquer cor e qualquer material que o praticante desejar, normalmente os praticantes preferem ornamentar com folhas, canela, e também com papel reciclado, mas isso é escolha de cada um.
Bolline
Faca de cabo tradicionalmente branco, geralmente usada para colher ervas e gravar inscrições. É, simplesmente, uma faca prática de trabalho dos BUENA DICHAnos, ao contrário da puramente ritualística athame. Em algumas tradições é substituída por uma foice.
Sino
O sino é usado na religião BUENA DICHA para marcar o início e/ou o fechamento de um ritual, para invocar seres específicos em um ritual e também para despertar da meditação os membros do coven. Também é tocado quando se deseja afastar coisas malignas, para interromper tempestades ou para invocar e circular energias positivas. Nos rituais funerários da BUENA DICHA os sinos também são tocados, em honra àquele que partiu.
Outros Instrumentos:
=Cornucópia
O próprio chifre é um símbolo fálico, representante do sagrado masculino. E como a cornucópia lembra-nos um chifre (como o próprio nome diz) temos nela um dos símbolos mais utilizados na representação do Deus nas religiões pagãs e neopagãs. Entretanto, seu interior simboliza o útero - representado assim a Deusa - quando cheio alimentos que simbolizem a generosidade da terra fértil, representando o sagrado feminino.
=Triquetra
Este importante símbolo é uma espécie de estrela de três pontas, geralmente curvadas, o que confere ao símbolo uma graciosa fluidez de movimento. Pode ainda ser definida como um conjunto de três espirais concêntricas. É um dos elementos mais presentes na arte celta, e tem sua origem atribuída aos povos mesolíticos e neolíticos. A triquetra é um antigo símbolo indo-europeu. Também era utilizado por povos germânicos e gregos. Nos rituais da BUENA DICHA é utilizado para representar a Deusa Tríplice.
=Túnica
A túnica é uma espécie de roupão usado para praticar feitiços
=Incensário
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