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Dentro de nossos objetivos, o que você gostaria que seja desenvolvido mais em"MARABÔ"?

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A CASA DO APRENDIZ

"MARABÔ" Centro de Cultura, Documentação, Pesquisa e Estudos das Ciências Esotéricas.

"MARABÔ" Centro de Cultura, Documentação, Pesquisa e Estudos das Ciências Esotéricas, mantém encontros periódicos para o treinamento, exercícios, troca de experiências, comemoração dos Sabbáths e Esbbáths, além de trabalhar juntos em outros rituais. A disciplina é essencial na formação de uma consciência mágica comum ao grupo e de uma Egrégora (que é, para simplificar, a força mágica do grupo e sua repercussão no Astral). "MARABÔ" Centro de Cultura, Documentação, Pesquisa e Estudos das Ciências Esotéricas tem seu próprio símbolo e nome, suas regras, suas características, seu método de estudo e "carisma mágico próprio". "MARABÔ" Centro de Cultura, Documentação, Pesquisa e Estudos das Ciências Esotéricas pode e deve trocar influências, porém sempre respeitando a individualidade de cada membro. Mais que tudo,"MARABÔ" Centro de Cultura, Documentação, Pesquisa e Estudos das Ciências Esotéricas é um organismo vivo, pulsante, que responde segundo seus membros. Se alguém está doente, mal-intencionado, desequilibrado, angustiado, isso tudo se reflete no desempenho do grupo, nos resultados dos rituais. Por outro lado se há alguém extremamente bem, feliz, disposto, energizado, isso também é dividido com os membros que sentem a energia desta Comunhão com "O ABSOLUTO". "MARABÔ" é o Local para o Culto a Sabedoria, ao Conhecimento, das Diversas Culturas Étnicas e Correntes Filosóficas, a Teosofia, a kaabalah, entre outras, Ciências Esotércas. "MARABÔ" dá início à caminhada espiritual. Indica sempre que algo novo está a começar. Tem uma mesa à sua frente, onde se podem ver quatro objetos simbólicos: uma taça, um punhal, um pergaminho e uma moeda, que pode ter a imagem do pentagrama. Parece que precisa de ajuda superior para tomar uma decisão e por isso ergue um pequeno bastão para o alto, captando energia e dirigindo-a para baixo, com a outra mão. É como se ele fosse o elo entre as energias divinas e o mundo material, mas precisa de ajuda porque ainda é um aprendiz. O punhal é o simbolo da luta, da energia sexual, do poder e da vitória. A moeda é o simbolo do mundo material, dos bens e do dinheiro. O pergaminho é a inteligência, o estudo, a espiritualidade. A taça, por sua vez, simboliza as emoções, o amor, o coração, a sensibilidade. O bastão é o simbolo da vontade e da sabedoria. Na caminhada espiritual, o "MARABÔ" representa o ponto de partida e a necessidade de fazer uma canalização de vibrações superiores para poder realizar uma evolução. "MARABÔ" representa o poder da mente em direcionar um projeto com maestria, concentrando esforços e inteligência para um determinado fim. Representa também a concentração sem esforço, pois trabalha e cria com naturalidade e espontaneidade. Pode representar ainda como uma necessidade de tomar uma iniciativa imediatamente, de ousar mais. Realização, perseverança, conquista. "MARABÔ" gosta de planejar, colocar em prática seus mais audaciosas planos, depois os controla e comanda pessoas para as suas conquistas materiais. Com "MARABÔ", temos a certeza de possuir condições para concretizarmos tudo o que queremos, pois temos as condições materiais, estruturais e financeira para a concretização. Além do mais, este período será de segurança e estabilidade com isso nos proporcionando uma satisfação interior muito grande. "MARABÔ" é o Avanço, progresso, início de algo novo. "MARABÔ" simboliza a vitória, direção, controle, esforço, confiança, o caminho. Com o "MARABÔ" há progresso, há projetos em andamento. Simboliza a ação, que se toma a seguir a uma decisão. Aquilo que foi resolvido está a ser executado, é a realização de projetos. A pessoa deve ter força e liderança suficientes para evitar que um anule o outro. Deve ter controle firme para manter o equilíbrio. Na caminhada espiritual,o"MARABÔ" representa o momento em que o viajante passou pela encruzilhada, tomou um rumo firme e está determinado a cumprir mais etapas evolutivas. Olha para o horizonte, sem qualquer expressão. Não há sensualidade, nem agressividade. Parece calma, equilibrado, limpa, ordenada. "MARABÔ" é o equilíbrio, processos judiciais (julgamento), leis, limites. Ele traz o equilíbrio, a isenção, a análise do passado. "MARABÔ" cumpre um papel, representa uma instituição. Também simboliza a colheita - "Cada um colhe aquilo que plantou". "MARABÔ" simboliza o plano material e o plano emocional, ou seja, os dois devem estar equilibrados, Ele representa a punição que pode distribuir a quem a merece. Na caminhada espiritual, "MARABÔ" representa um momento de equilíbrio, no qual se recebem as recompensas (ou punições) materiais e emocionais pelo caminho já percorrido. É inevitável, o Refletir sempre antes de tomar decisões, pois devem ser justas. Muitas vezes ele também simboliza o isolamento, restrição, afastamento. Algumas vezes "MARABÔ" isola-se para descobrir o conhecimento que o rodeia, na natureza, por exemplo, e também para se autoconhecer. O aspecto fundamental é que necessita de cortar os laços (temporariamente ou não) com a sociedade que o rodeia. "MARABÔ" é Fiel a si mesmo e sabedoria, representa o conhecimento da ciência oculta. Ele sé a prudência, que o acompanha em sua busca de orientar melhor, mostrando a luz da inteligência e da sabedoria, (a luz da verdade). Significa também que a luz atinge o passado, o presente e o futuro. E Nele existe austeridade. Ele segue sua viagem através do tempo com a sabedoria. "MARABÔ" se refere à acumulação de conhecimentos e está disposto a ouvir e ajudar os que o procuram. Representa o valor do conhecimento adquirido à custa de trabalho ininterrupto, que apenas mentes privilegiadas conseguem desenvolver."MARABÔ" está relacionado ao elemento terra, portanto à vida material, às conquistas financeiras, profissionais e a tudo que, enfim, representa aquilo que pode ser tangível em termos materiais, para ele a possibilidade de se conseguir conquistar a segurança material com trabalho, disciplina e esforço. O ser humano é ambicioso e a ambição tem relação como o naipe de ouros. "MARABÔ" é representa a dedicação, o esforço, o empenho dedicados aos estudos e ao trabalho; ligado ao elemento ar e está relacionado ao poder ambivalente da mente e do pensamento; ligado ao elemento água e ao mundo dos sentimentos, sendo o símbolo da taça relacionado ao coração, como receptáculo das nossas emoções. Ele corresponde ao elemento fogo que a tudo transforma sem ser alterado. Está ligado ao fazer e à criatividade.

DANÇA DO VENTRE

http://www.youtube.com/watch?v=Ny8cnoruN7Y

domingo, 3 de janeiro de 2010

ESBBATH À LUA MINGÜANTE



ESBBATH À LUA MINGÜANTE
(= A ANCIÃ - a Mulher Sábia, é aquela que atingiu grande experiência. Simboliza a paciência, a sabedoria, a velhice, o anoitecer, a cor preta. A Anciã também é a Deusa em sua face Negra da Ceifeira, a Senhora da Morte. Aquela que precisa agir para que o eterno ciclo dos renascimentos seja perpetuado. Tudo que morre ela põe em seu caldeirão do renascimento para que retorne a vida mais uma vez.)
MINISTRO RELIGIOSO:
BÀBÁÒLÓÒRÌXÀ RODOLFO TÍ IMOLÉ OBÁ BARÚ AWODÍ ABÍBOLA
DIA: 09/01/2010 – SÁBADO.
HORÁRIO: 16:00H
LOCAL: KUMPAÑIA BUENA DICHA.
ENDEREÇO: RUA FRANCISCO PEDRO DOS REIS, Nº 285 FUNDOS, SABOÓ, SANDOS, SÃO PAULO, BRASIL, CEP 11085-060.
PÚBLICO ALVO: MAGOS & MÍSTICOS.
INVESTIMENTO: R$ 10,00 (DEZ REAIS), OU 1 VELA DE 21 DIAS VIOLETA, OU 2 VELAS DE NOVENA, OU 2 VELAS DE 7 DIAS AMARELAS DE MEL, OU 2 VELAS DE 7 DIAS DAS 7 LINHAS, 5 VELAS DE CADA COR ( 5 AZUL CLARO, 5 AZUL ESCURO, 5 VERDE CLARO, 5 VERDE ESCURO, 5 AMARELO CLARO, 5 AMARELO ESCURO, 5 DOURADAS, 5 PRATEADAS, 5 BRANCAS, 5 LARANJAS, 5 VIOLETAS, 5 LILÁS, 5 VERMELHAS CLARAS, 5 VERMELHAS ESCURAS, 5 ROSAS CHOQUES, 5 VELAS CLAROS, 5 MARRÕES CLAROS, 5 VELAS MARRÕES ESCURAS, 5 PRETAS ), OU 10 CAIXINHAS DE INCENSOS SAFAL, OU 2 FRASCO DE 500 ML. DE ALFAZEMA, OU 1 GARRAFA DE VINHO DOCE TINTO MOSCATEL, OU 5 QUALIDADES DE FRUTAS, OU 5 FLORES, OU 5 GALHOS DE ARRUDA, OU 5 PÃES ITALIANOS, OU AZEITE EXTRA-VIRGEM, 1 MANJAR, 1 PUDIM DE LEITE, 1 TORTA SALGADA, ENTRE OUTROS...
INFORMAÇÕES: (13) 3021-6100
RESPONSÁVEL: RAFAEL.
OBJETIVO: A lua minguante representa o período de envelhecimento e morte de todos os seres e coisas, é natural as mulheres menstruarem na lua minguante, pois seu óvulo não fecundado morre e é descartado nesse período. Na Lua Negra transformamos, na Nova criamos, na crescente colocamos em prática nossos objetivos, na cheia eles se fortalecem e na minguante eles são ‘arquivados’, morrem para que possamos na lua negra iniciar todo o ciclo de analise, criação, expansão, fortalecimento e término novamente. Nesse momento a Deusa percorre os portais até o submundo, ela é a Senhora, a Anciã que em breve será Rainha das transformações. Esse é um período de grande transição, nervosismo, conflitos, dúvidas são características muitos presentes durante a lua minguante. Assim como a Deusa percorre os portais entre os mundos, nós estamos no fim de um ciclo, finalizando por completo projetos e tendo a necessidade de começar a buscar por novos. É também um período de descanso, já que na Lua Cheia muito da energia foi desprendida.
LIMPEZA, PURIFICAÇÃO, DECORAÇÃO E SINTONIZAÇÃO:
Para entender e aprender todo o processo de LIMPEZA:
ERVAS DE LIMPEZA: AMENDOEIRA: SEUS GALHOS SÃO USADOS NOS LOCAIS EM QUE O HOMEM EXERCE SUAS ATIVIDADES LUCRATIVAS. NA MEDICINA CASEIRA, SEUS FRUTOS SÃO COMESTÍVEIS, PORÉM EM GRANDE QUANTIDADES CAUSAM DIARRÉIA DE SANGUE. DAS SEMENTES FABRICA-SE O ÓLEO DE AMÊNDOAS, MUITO USADO PARA FAZER SABONETES POR TER EFEITOS EMOLIENTES, ALÉM DE AMACIAR A PELE. AMOREIRA: PLANTA QUE ARMAZENA FLUIDOS NEGATIVOS E OS SOLTA AO ENTARDECER; É USADA PELOS SACERDOTES NO CULTO A EGUNS. NA MEDICINA CASEIRA, É USADA PARA DEBELAR AS INFLAMAÇÕES DA BOCA E GARGANTA. ANGELIM-AMARGOSO: MUITO USADO EM MARCENARIA, POR TRATAR-SE DE MADEIRA DE LEI. NOS RITUAIS, SUAS FOLHAS E FLORES SÃO UTILIZADAS NOS ABÔ DOS FILHOS DE NANÃ, E AS CASCAS SÃO UTILIZADAS EM BANHOS FORTES COM A FINALIDADE DE DESTRUIR OS FLUIDOS NEGATIVOS QUE POSSAM HAVER, REALIZANDO UM EXCELENTE DESCARREGO NOS FILHOS DE EXU. A MEDICINA CASEIRA INDICA O PÓ DE SUAS SEMENTES CONTRA VERMES. MAS CUIDADO! DEVE SER USADA EM DOSES PEQUENAS. AROEIRA: NOS TERREIROS DE CANDOMBLÉ ESTE VEGETAL PERTENCE A EXU E TEM APLICAÇÃO NAS OBRIGAÇÕES DE CABEÇA, NOS SACUDIMENTOS, NOS BANHOS FORTES DE DESCARREGO E NAS PURIFICAÇÕES DE PEDRAS. É USADA COMO ADSTRINGENTE NA MEDICINA CASEIRA, APRESSA A CURA DE FERIDAS E ÚLCERAS, E RESOLVE CASOS DE INFLAMAÇÕES DO APARELHO GENITAL. TAMBÉM É DE GRANDE EFICÁCIA NAS LAVAGENS GENITAIS. ARREBENTA CAVALO : NO USO RITUALÍSTICO ESTA ERVA É EMPREGADA EM BANHOS FORTES DO PESCOÇO PARA BAIXO, EM HORA ABERTA. É TAMBÉM USADO EM MAGIAS PARA ATRAIR SIMPATIA. NÃO É USADA NA MEDICINA CASEIRA. ARRUDA: PLANTA AROMÁTICA USADA NOS RITUAIS PORQUE EXU A INDICA CONTRA MAUS FLUIDOS E OLHO-GRANDE. SUAS FOLHAS MIÚDAS SÃO APLICADAS NOS EBORI, BANHOS DE LIMPEZA OU DESCARREGO, O QUE É FÁCIL DE PERCEBER, POIS SE O AMBIENTE ESTIVER REALMENTE CARREGADO A ARRUDA MORRE. ELA É TAMBÉM USADA COMO AMULETO PARA PROTEGER DO MAU-OLHADO. SEU USO RESTRINGE-SE À UMBANDA. EM SEU USO CASEIRO É APLICADA CONTRA A VERMINOSE E REUMATISMOS, ALÉM DE SEU SUMO CURAR FERIDAS. AVELÓS – FIGUEIRA-DO-DIABO: SEU USO SE RESTRINGE A PURIFICAÇÃO DAS PEDRAS DO ORIXÁ ANTES DE SEREM LEVADAS AO ASSENTAMENTO; É USADA SOCADA. A MEDICINA CASEIRA INDICA ESTA ERVA PARA COMBATER ÚLCERAS E RESOLVER TUMORES. AZEVINHO: MUITO UTILIZADA NA MAGIA BRANCA OU NEGRA, ELA É EMPREGADA NOS PACTOS COM ENTIDADES. NÃO É USADA NA MEDICINA POPULAR. BARDANA: APLICADA NOS BANHOS FORTES, PARA LIVRAR O SACERDOTE DAS ONDAS NEGATIVAS E EGUNS. O POVO UTILIZA SUA RAIZ COZIDA NO TRATAMENTO DE SARNAS, TUMORES E DOENÇAS VENÉREAS.
BELADONA : NAS CERIMÔNIAS LITÚRGICAS SÓ TEM EMPREGO NOS SACUDIMENTOS DOMICILIARES OU DE LOCAIS ONDE O HOMEM EXERÇA ATIVIDADES LUCRATIVAS. TRABALHOS FEITOS COM OS GALHOS DESTA PLANTA TAMBÉM PROVOCAM GRANDE PODER DE ATRAÇÃO. POUCO USADA PELO POVO DEVIDO AO ALTO PRINCÍPIO ATIVO QUE NELA EXISTE. ESTE PRINCÍPIO DILATA A PUPILA E DIMINUI AS SECREÇÕES SUDORAIS, SALIVARES, PANCREÁTICAS E LÁCTEAS. BELDROEGA: USADA NA PURIFICAÇÃO DAS PEDRAS DE EXU. O POVO UTILIZA SUAS FOLHAS, SOCADAS, PARA APRESSAR CICATRIZAÇÕES DE FERIDAS. BRINCO-DE-PRINCESA: É PLANTA SAGRADA DE EXU. SEU USO SE RESTRINGE A BANHOS FORTES PARA PROTEGER OS FILHOS DESTE ORIXÁ. NÃO POSSUI USO POPULAR. CABEÇA-DE-NEGO: NO RITUAL A RAMA É EMPREGADA NOS BANHOS DE LIMPEZA E O BULBO NOS BANHOS FORTES DE DESCARREGO. ESTA BATATA COMBATE REUMATISMO, MENSTRUAÇÕES DIFÍCEIS, FLORES BRANCAS E INFLAMAÇÕES VAGINAIS E UTERINAS. CAJUEIRO: SUAS FOLHAS SÃO UTILIZADAS PELO AXOGUN PARA O SACRIFÍCIO RITUAL DE ANIMAIS QUADRÚPEDES. EM SEU USO CASEIRO, ELE COMBATE CORRIMENTOS E FLORES BRANCAS. PÕE FIM A DIABETES. COZINHAR AS CASCAS EM UM LITRO E MEIO DE ÁGUA POR CINCO MINUTOS E DEPOIS FAZER GARGAREJOS, PÕE FIM AO MAU HÁLITO. CANA-DE-AÇÚCAR: SUAS FOLHAS SECAS E BAGAÇOS SÃO USADAS EM DEFUMAÇÕES PARA PURIFICAR O AMBIENTE ANTES DOS TRABALHOS RITUALÍSTICOS, POIS ESSA DEFUMAÇÃO DESTRÓI EGUNS. NÃO POSSUI USO NA MEDICINA CASEIRA. CARDO-SANTO: ESSA PLANTA AFUGENTA OS MALES, PROPICIA O APARECIMENTO DO PERDIDO E FAZ CAIR OS VERMES DO CORPO DOS ANIMAIS. NA MEDICINA CASEIRA SUAS FOLHAS SÃO EMPREGADAS EM OFTALMIAS CRÔNICAS, ENQUANTO AS RAÍZES E HASTES SÃO EMPREGADAS CONTRA INFLAMAÇÕES DA BEXIGA. CATINGUEIRA: É MUITO EMPREGADA NOS BANHOS DE DESCARREGO. SEU SUMO SERVE PARA FAZER A PURIFICAÇÃO DAS PEDRAS. ENTRETANTO, NÃO DEVE FAZER PARTE DO AXÉ DE EXU ONDE SE DEPOSITAM PEQUENOS PEDAÇOS DOS AXÉ DAS AVES OU BICHOS DE QUATRO PATAS. NA MEDICINA CASEIRA ELA É INDICADA PARA MENSTRUAÇÕES DIFÍCEIS. CEBOLA-CENCÉM: ESSA CEBOLA É DE EXU E NOS RITUAIS SEU BULBO É USADO PARA OS SACUDIMENTOS DOMICILIARES. É EMPREGADA DA SEGUINTE MANEIRA : CORTA-SE A CEBOLA EM PEDAÇOS MIÚDOS E, SOB OS CÂNTICOS DE EXU, ESPALHA-SE PELOS CANTOS DOS CÔMODOS E EMBAIXO DOS MÓVEIS; A SEGUIR, ENTOE O CANTO DE OGUM E DESPACHE PARA EXU. ESTE TRABALHO AUXILIA NA DESCOBERTA DE FALSIDADES E OBJETOS PERDIDOS. O POVO UTILIZA SUAS FOLHAS COZIDAS COMO EMOLIENTE. CUNANÃ: SEU USO RESTRINGE-SE AOS BANHOS DE DESCARREGO E LIMPEZA. SUBSTITUIU EM PARTE, OS SACRIFÍCIOS A EXU. A MEDICINA CASEIRA INDICA OS GALHOS NOVOS DESTA PLANTA PARA CURAR ÚLCERAS. ERVA-PREÁ: EMPREGADA NOS BANHOS DE LIMPEZA, DESCARREGO, SACUDIMENTOS PESSOAIS E DOMICILIARES. O POVO USA O CHÁ DESTA ERVA COMO AROMATIZANTE E EXCITANTE. BANHOS QUENTES DESTE CHÁ MELHORAM AS DORES NAS ARTICULAÇÕES, CAUSADAS PELO ARTRITISMO. FACHEIRO-PRETO: APLICADA SOMENTE NOS BANHOS FORTES DE LIMPEZA E DESCARREGO. NA MEDICINA CASEIRA, ELA É UTILIZADA NAS AFECÇÕES RENAIS E NAS DIARRÉIAS. FEDEGOSO CRISTA-DE-GALO: ESTA ERVA É UTILIZADA EM BANHOS FORTES, DE DESCARREGO, POIS É EFICAZ NA DESTRUIÇÃO DE EGUNS E CAUSADORES DE ENFERMIDADES E DOENÇAS. SEUS GALHOS ENVOLVEM OS EBÓ DE DEFESA. COM FLORES E SEMENTES DESTA PLANTA É FEITO UM PÓ, O QUAL É APLICADO SOBRE AS PESSOAS E EM LOCAIS; É DENOMINADO "O PÓ QUE FAZ BEM". NA MEDICINA CASEIRA ATUA COM EXCELENTE REGULADOR FEMININO. ALÉM DE AGIR COM GRANDE EFICÁCIA SOBRE ERISIPELAS E MALES DO FÍGADO. É USADA PELO POVO, FAZENDO O CHÁ COM TODA ERVA E BEBENDO A CADA DUAS HORAS UMA XÍCARA. FEDEGOSO: MISTURADA A OUTRAS ERVAS PERTENCENTES A EXU, O FEDEGOSO REALIZA OS SACUDIMENTOS DOMICILIARES. É DE GRANDE UTILIDADE PARA LIMPAR O SOLO ONDE FORAM RISCADOS OS PONTOS DE EXU E LOCAIS DE DESPACHO PERTENCENTES AO DEUS DA LIBERDADE. FIGO BENJAMIM: ERVA USADA NA PURIFICAÇÃO DE PEDRAS OU FERRAMENTAS E NA PREPARAÇÃO DO FETICHE DE EXU. É EMPREGADA TAMBÉM EM BANHOS FORTES NAS PESSOAS OBSEDIADAS. NO USO POPULAR, SUAS FOLHAS SÃO COZIDAS PARA TRATAR FERIDAS REBELDES E DEBELAR O REUMATISMO. FIGO DO INFERNO: SOMENTE AS FOLHAS PERTENCENTES A ESTE VEGETAL SÃO DE EXU. NA LITURGIA, ELA É O PONTO DE CONCENTRAÇÃO DE EXU. NÃO POSSUI USO NA MEDICINA POPULAR. FOLHA DA FORTUNA: É EMPREGADA EM TODAS AS OBRIGAÇÕES DE CABEÇA, EM BANHOS DE LIMPEZA OU DESCARREGO E NOS ABÔS DE QUAISQUER FILHOS-DE-SANTO. NA MEDICINA CASEIRA É CONSAGRADA POR SUA EFICÁCIA, CURANDO CORTES, ACELERANDO A CURA NAS CICATRIZAÇÕES, CONTUSÕES E ESCORIAÇÕES, USANDO AS FOLHAS SOCADAS SOBRE OS FERIMENTOS. O SUCO DESTA ERVA, PURO OU MISTURADO AO LEITE, AMENIZA AS CONSEQÜÊNCIAS DE TOMBOS E QUEDAS. JUÁ – JUAZEIRO: É USADA PARA COMPLEMENTAR BANHOS FORTES E RARAMENTE ESTÁ INCLUÍDA NOS BANHOS DE LIMPEZA E DESCARREGO. SEUS GALHOS SÃO USADOS PARA COBRIR O EBÓ DE DEFESA. A MEDICINA CASEIRA A INDICA NAS DOENÇAS DO PEITO, NOS FERIMENTOS E CONTUSÕES, APLICANDO AS CASCAS, POR NATUREZA, AMARGAS. JUREMA PRETA: TANTO NA UMBANDA QUANTO NO CANDOMBLÉ, A JUREMA PRETA É USADA NOS BANHOS DE DESCARREGO E NOS EBÓ DE DEFESA. O POVO A INDICA NO COMBATE A ÚLCERAS E CANCROS, USANDO O CHÁ DAS CASCAS.
JURUBEBA: UTILIZADA EM BANHOS PREPARATÓRIOS DE FILHOS RECOLHIDOS AO ARIAXÉ. NA MEDICINA CASEIRA, O CHÁ DE SUAS FOLHAS E FRUTOS PROPICIAM UM MELHOR FUNCIONAMENTO DO BAÇO E FÍGADO. É PODEROSO DESOBSTRUENTE E TÔNICO, ALÉM DE PREVENIR E DEBELAR HEPATITES. BANHOS DE ASSENTOS MORNOS COM ESSA ERVA PROPICIAM MELHORES ÀS ARTICULAÇÕES DAS PERNAS. LANTERNA CHINESA: UTILIZADA EM BANHOS FORTES PARA DESCARREGAR OS FILHOS ATACADOS POR EGUNS. SUAS FLORES ENFEITAM A CASA DE EXU. POPULARMENTE, É USADA COMO ADSTRINGENTE E A INFUSÃO DAS FLORES É INDICADA PARA INFLAMAÇÃO DOS OLHOS. LARANJEIRA DO MATO: SEU USO SE RESTRINGE A BANHOS FORTES, DE LIMPEZA E DESCARREGO. NA MEDICINA CASEIRA ELA ATUA COM GRANDE EFICÁCIA SOBRE AS CÓLICAS ABDOMINAIS E TAMBÉM MENSTRUAIS. MAMÃO BRAVO: PLANTA UTILIZADA NOS BANHOS DE LIMPEZA, DESCARREGO E NOS BANHOS FORTES. ALÉM DE SER MUITO EMPREGADA NOS EBÓ DE DEFESA, SENDO SUBSTITUÍDA DE TRÊS EM TRÊS DIAS, PORQUE O ORIXÁ EXIGE QUE A ERVA ESTEJA SEMPRE NOVA. O POVO A UTILIZA PARA CURAR FERIDAS. MAMINHA DE PORCA: SOMENTE SEUS GALHOS SÃO USADOS NO RITUAL E EM SACUDIMENTOS DOMICILIARES. O POVO A INDICA COMO RESTAURADOR ORGÂNICO E TONIFICADOR DO ORGANISMO. SUA CASCA COZIDA TEM GRANDE EFICÁCIA SOBRE AS MORDEDURAS DE COBRA. MAMONA: SUAS FOLHAS SERVEM COMO RECIPIENTE PARA ARRIAR O EBÓ DE EXU. SUAS SEMENTES SOCADAS VÃO SERVIR PARA PURIFICAR O OTÁ DE EXU. NÃO TEM USO NA MEDICINA POPULAR. MANGUE CEBOLA: NO RITUAL, CORTE A CEBOLA EM PEDAÇOS A ESPALHE PELA CASA, NOS CEBOLA DO MANGUE ESMAGADA A CEBOLA É USADA NOS SACUDIMENTOS DOMICILIARES. MIÚDOS E, ENTOANDO EM VOZ ALTA O CANTO DE EXU, CANTOS E SOB OS MÓVEIS. NA MEDICINA CASEIRA, A CURA FERIDAS REBELDES.
MANGUEIRA: É APLICADA NOS BANHOS FORTES E NAS OBRIGAÇÕES DE ORI, MISTURADA COM AROEIRA, PINHÃO-ROXO, CAJUEIRO E VASSOURINHA-DE-RELÓGIO, DO PESCOÇO PARA BAIXO. AO TERMINAR, VISTA UMA ROUPA LIMPA. AS FOLHAS SERVEM PARA COBRIR O TERREIRO EM DIAS DE ABAÇÁ. NA MEDICINA CASEIRA É INDICADA PARA DEBELAR DIARRÉIAS REBELDES E ASMA. O COZIMENTO DAS FOLHAS, EM LAVAGENS VAGINAIS, PÕE FIM AO CORRIMENTO. MANJERIOBA: UTILIZADA NOS BANHOS FORTES, NOS DESCARREGOS, NAS LIMPEZAS PESSOAIS E DOMICILIARES E NOS SACUDIMENTOS PESSOAIS, SEMPRE DO PESCOÇO PARA BAIXO. O POVO A INDICA COMO REGULADOR MENSTRUAL, BENEFICIANDO OS ÓRGÃOS GENITAIS. UTILIZA-SE O CHÁ EM COZIMENTO. MARIA MOLE: APLICADA NOS BANHOS DE LIMPEZA E DESCARREGO, MUITO PROCURADA PARA SACUDIMENTOS DOMICILIARES. O POVO A INDICA EM COZIMENTO NAS DISPEPSIAS E COMO EXCELENTE ADSTRINGENTE.
MATA CABRAS: MUITO UTILIZADO PARA AFUGENTAR EGUNS E DESTRUIR LARVAS ASTRAIS. AS PESSOAS QUE A USAM NÃO DEVEM TOCÁ-LA SEM COBRIR AS MÃOS COM PANO OU PAPEL, PARA DEPOIS DESPACHÁ-LA NA ENCRUZILHADA. O POVO INDICA O COZIMENTO DE SUAS FOLHAS E CAULES PARA TIRAR DORES DOS PÉS E PERNAS, COM BANHO MORNO. MATA PASTO: SEUS GALHOS SÃO MUITO UTILIZADOS NOS BANHOS DE LIMPEZA, DESCARREGO, NOS SACUDIMENTOS PESSOAIS E DOMICILIARES. O POVO A INDICA CONTRA FEBRES MALIGNAS E INCÔMODOS DIGESTIVOS. MUSSAMBÊ DE CINCO FOLHAS: OBS.: SEJAM ELES DE SETE, CINCO, OU TRÊS FOLHAS, TODOS POSSUEM O MESMO EFEITO, TANTO NOS TRABALHOS RITUAIS, QUANTO NA MEDICINA CASEIRA. ESTA ERVA É UTILIZADA POR SEUS EFEITOS POSITIVOS E POR SEREM BEM ACEITAS POR EXU NO RITUAL DE BOAS VINDAS. NA MEDICINA CASEIRA É EXCELENTE PARA CURAR FERIDAS. ORA-PRO-NOBIS: É ERVA INTEGRANTE DO BANHO FORTE. USADA NOS BANHOS DE DESCARREGO E LIMPEZA. É DESTRUIDORA DE EGUNS E LARVAS NEGATIVAS, ALÉM DE ENTRAR NOS ASSENTAMENTOS DOS MENSAGEIROS EXUS. NO USO CASEIRO, SUAS FOLHAS ATUAM COMO EMOLIENTES. PALMEIRA AFRICANA: SUAS FOLHAS SÃO APLICADAS NOS BANHOS DE DESCARREGO OU DE LIMPEZA. NÃO POSSUI USO NA MEDICINA CASEIRA. PAU D’ALHO: OS GALHOS DESSA ERVA SÃO UTILIZADOS NOS SACUDIMENTOS DOMICILIARES E EM BANHOS FORTES, FEITOS NAS ENCRUZILHADAS, MISTURADAS COM AROEIRA, PINHÃO BRANCO OU ROXO. NA ENCRUZILHADA EM QUE TOMAR O BANHO, ARRIE UM MI-AMI-AMI, OFERECIDO A EXU, DE PREFERÊNCIA EM UMA ENCRUZILHADA TRANQÜILA. NA MEDICINA CASEIRA ELA É USADA PARA EXTERMINAR ABSCESSOS E TUMORES. USA-SE SOCANDO BEM AS FOLHAS E COLOCANDO-AS SOBRE OS TUMORES. O COZIMENTO DE SUAS FOLHAS, EM BANHOS QUENTES E DEMORADOS, É EXCELENTE PARA O REUMATISMO E HEMORRÓIDAS. PICÃO DA PRAIA: NÃO POSSUI USO RITUALÍSTICO. A MEDICINA CASEIRA O INDICA COMO DIURÉTICO E DE GRANDE EFICÁCIA NOS MALES DA BEXIGA. PARA ISSO UTILIZE-O SOB A FORMA DE CHÁ. PIMENTA DARDA: "APLICADA EM BANHOS FORTES E NOS ASSENTAMENTOS DE EXU. NA MEDICINA CASEIRA, SUAS SEMENTES EM INFUSÃO SÃO ANTI-HELMÍNTICAS, DESTRUINDO ATÉ AMEBA. PINHÃO BRANCO: APLICADA EM BANHOS FORTES MISTURADAS COM AROEIRA. ESTA PLANTA POSSUI O GRANDE VALOR DE QUEBRAR ENCANTOS E EM ALGUMAS OCASIÕES SUBSTITUI O SACRIFÍCIO DE EXU. SUAS SEMENTES SÃO USADAS PELO POVO COMO PURGATIVO. O LEITE ENCONTRADO POR DENTRO DOS GALHOS É DE GRANDE EFICÁCIA COLOCADO SOBRE A ERISIPELA. PORÉM, DEVE-SE TER CUIDADO, POIS ESSE LEITE CONTÉM UMA TERRÍVEL NÓDOA QUE INUTILIZA AS ROUPAS.
PINHÃO CORAL: ERVA INTEGRANTE NOS BANHOS FORTES E USADAS NOS DE LIMPEZA E DESCARREGO E NOS EBÓ DE DEFESA. NA MEDICINA CASEIRA O PINHÃO CORAL TRATA FERIDAS REBELDES E ÚLCERAS MALIGNAS. PINHÃO ROXO: NO RITUAL TEM AS MESMAS APLICAÇÕES DESCRITAS PARA O PINHÃO BRANCO. É PODEROSO NOS BANHOS DE LIMPEZA E DESCARREGO, E TAMBÉM NOS SACUDIMENTOS DOMICILIARES, USANDO-SE OS GALHOS. NÃO POSSUI USO NA MEDICINA POPULAR. PIXIRICA – TAPIXIRICA: NO RITUAL FAZ PARTE DO AXÉ DE EXU E EGUN. DELA SE FAZ UM EXCELENTE PÓ DE MUDANÇA QUE PROPICIA A SOLUÇÃO DE PROBLEMAS. O PÓ FEITO DE SUAS FOLHAS É USADO NA MAGIA MALÉFICA. NA MEDICINA CASEIRA ELA É INDICADA PARA AS PALPITAÇÕES DO CORAÇÃO, PARA A MELHORIA DO APARELHO GENITAL FEMININO E NAS DOENÇAS DAS VIAS URINÁRIAS. QUIXAMBEIRA: É APLICADA EM BANHOS DE DESCARREGO E LIMPEZA PARA A DESTRUIÇÃO DE EGUNS E AO PÉ DESTA PLANTA SÃO ARRIADAS OBRIGAÇÕES A EXU E A EGUN. NA MEDICINA CASEIRA, COM SUAS CASCAS EM COZIMENTO, ATUA COMO ENERGÉTICO ADSTRINGENTE. LAVANDO AS FERIDAS, ELA APRESSA A CICATRIZAÇÃO. TAJUJÁ – TAYUYA: É USADA EM BANHOS FORTES, DE LIMPEZA OU DESCARREGO. A RAMA DO TAJUJÁ É UTILIZADA PARA CIRCUNDAR O EBÓ DE DEFESA. O POVO A INDICA COMO FORTE PURGATIVO. TAMIARANGA: É DESTINADA AOS BANHOS FORTES, BANHOS DE DESCARREGO E LIMPEZA. É USADA NOS EBÓ DE DEFESA. O POVO A INDICA PARA TRATAR ÚLCERAS E FERIDAS MALIGNAS. TINTUREIRA: UTILIZADA NOS BANHOS FORTES, DE LIMPEZA OU DESCARREGO. BEM PRÓXIMO AO SEU TRONCO SÃO ARRIADAS AS OBRIGAÇÕES DESTINADAS A EXU. O POVO UTILIZA O COZIMENTO DE SUAS FOLHAS COMO UM ENERGÉTICO DESINFLAMATÓRIO. TIRIRICA: ESTA PLANTINHA DE ESCASSO CRESCIMENTO APRESENTA UMAS PEQUENINAS BATATAS AROMÁTICAS. ESTAS SÃO LEVADAS AO FOGO E, EM SEGUIDA, REDUZIDA A PÓ, O QUAL FUNCIONA COMO PÓ DE MUDANÇA NO RITUAL. SERVE PARA DESOCUPAR CASAS E, COLOCADAS EMBAIXO DA LÍNGUA, DESODORIZA O HÁLITO E AFASTA EGUNS. URTIGA BRANCA: É EMPREGADA NOS BANHOS FORTES, NOS DE DESCARREGO E LIMPEZA E NOS EBÓ DE DEFESA. FAZ PARTE NOS ASSENTAMENTOS. O POVO A INDICA CONTRA AS HEMORRAGIAS PULMONARES E BRÔNQUICAS. URTIGA VERMELHA: PARTICIPA EM QUASE TODAS AS PREPARAÇÕES DO RITUAL, POIS ENTRA NOS BANHOS FORTES, DE DESCARREGO E LIMPEZA. É AXÉ DOS ASSENTAMENTOS DE EXU E UTILIZADA NOS EBÓ DE DEFESA. ESTA PLANTA SOCADA E REDUZIDA A PÓ, PRODUZ UM PÓ BENFAZEJO. O POVO INDICA O COZIMENTO DAS RAÍZES E FOLHAS EM CHÁ COMO DIURÉTICO. VASSOURINHA DE BOTÃO: MUITO EMPREGADA NOS SACUDIMENTOS DOMICILIARES. NÃO POSSUI USO NA MEDICINA POPULAR. VASSOURINHA DE RELÓGIO: ELA SOMENTE PARTICIPA DOMICILIARES. NÃO POSSUI USO NA MEDICINA CASEIRA. NOS SACUDIMENTOS PESSOAIS. XIQUEXIQUE: PARTICIPA NOS BANHOS FORTES, DE LIMPEZA OU DESCARREGO. SÃO AXÉ NOS ASSENTAMENTOS DE EXU E CIRCUNDAM OS EBÓ DE DEFESA. O POVO INDICA ESTA ERVA PARA OS MALES DOS RINS. ERVAS DE OGUM: AÇOITA-CAVALO – IVITINGA: ERVA DE EXTRAORDINÁRIOS EFEITOS NAS OBRIGAÇÕES, NOS BANHOS DE DESCARREGO E SACUDIMENTOS PESSOAIS OU DOMICILIARES. MUITO USADA NA MEDICINA CASEIRA PARA DEBELAR DIARRÉIAS OU DISENTERIAS, E USADA TAMBÉM NO REUMATISMO, FERIDAS E ÚLCERAS. AÇUCENA-RAJADA – CEBOLA-CENCÉM: SUA APLICAÇÃO NAS OBRIGAÇÕES É SOMENTE DO BULBO. ESTA CEBOLA SOMENTE É USADA NOS SACUDIMENTOS DOMICILIARES. A MEDICINA CASEIRA UTILIZA AS FOLHAS COMO EMOLIENTE. AGRIÃO: EXCELENTE ALIMENTO. SEM USO RITUALÍSTICO. TEM UM ENORME PRESTÍGIO NO TRATAMENTO DAS DOENÇAS RESPIRATÓRIAS. USADO COMO XAROPE PÕE FIM ÀS TOSSES E BRONQUITES, É EXPECTORANTE DE AÇÃO LIGEIRA. ARNICA-ERCA LANCETA: É EMPREGADA EM QUALQUER OBRIGAÇÃO DE CABEÇA, NOS ABÔ DE PURIFICAÇÃO DOS FILHOS DO ORIXÁ OGUM. EXCELENTE REMÉDIO NA MEDICINA CASEIRA, TANTO INTERNA COMO EXTERNAMENTE, USADO NAS CONTUSÕES, TOMBOS, CORTES E LESÕES, PARA RECOMPOSIÇÃO DOS TECIDOS. AROEIRA: É APLICADA NAS OBRIGAÇÕES DE CABEÇA, E NOS SACUDIMENTOS, NOS BANHOS FORTES DE DESCARREGO E NAS PURIFICAÇÕES DE PEDRAS. USADA COMO ADSTRINGENTE NA MEDICINA CASEIRA, APRESSA A CURA DE FERIDAS E ÚLCERAS, E RESOLVE CASOS DE INFLAMAÇÕES DO APARELHO GENITAL. CABELUDA-BACUICA : TEM APLICAÇÕES EM VÁRIOS ATOS RITUALÍSTICOS, TAIS COMO EBORI, SIMPLES OU COMPLETO, E É PARTE DOS ABÔ. USADO IGUALMENTE NOS BANHOS DE PURIFICAÇÃO. CANA-DE-MACACO : USADA NOS ABÔ DE FILHOS, QUE ESTÃO RECOLHIDOS PARA FEITURA DE SANTO. ESSES FILHOS TOMAM DUAS DOSES DIÁRIAS. MEIO COPO SOBRE O ALMOÇO E MEIO SOBRE O JANTAR. CANA-DE BREJO – UBACAIA: SEU USO SE RESTRINGE NOS ABÔ E TAMBÉM NOS BANHOS DE LIMPEZA DOS FILHOS DO ORIXÁ DO FERRO E DAS ARTES MANUAIS. NA MEDICINA CASEIRA É USADO PARA COMBATER AFECÇÕES RENAIS COM BASTANTE SUCESSO. COMBATE A ANURIA, INFLAMAÇÕES DA URETRA E NA LEUCORRÉIA. SEU PRINCÍPIO ATIVO É O ESTRIFNO. HÁ BASTANTE FAMA REFERENTE AO SEU EMPREGO ANTISIFILÍTICO. CANJERANA – PAU-SANTO: EM RITUAIS É USADA A CASCA, PARA CONSTITUIR PÓ, QUE FUNCIONARÁ COMO AFUGENTADOR DE EGUNS E PARA ANULAR ONDAS NEGATIVAS. SEU CHÁ ATUA COMO ANTIFEBRIL, CONTRA AS DIARRÉIAS E PARA DEBELAR DISPEPSIAS. O COZIMENTO DAS CASCAS TAMBÉM É CICATRIZADOR DE FERIDAS. CARQUEJA: SEM USO RITUALÍSTICOS. A MEDICINA CASEIRA APONTA ESTA ERVA COMO CURA DECISIVA NOS MALES DO ESTÔMAGO E DO FÍGADO. TAMBÉM TEM APRESENTADO RESULTADO POSITIVO NO TRATAMENTO DA DIABETES E NO EMAGRECIMENTO. CRISTA-DE-GALO – PLUMA-DE-PRINCÍPE: NÃO TEM EMPREGO NAS OBRIGAÇÕES DO RITUAL. A MEDICINA CASEIRA A INDICA PARA CURAR DIARRÉIAS. DRAGOEIRO – SANGUE-DE-DRAGÃO: ABRANGE APLICAÇÕES NAS OBRIGAÇÕES DE CABEÇA, ABÔ GERAL E BANHOS DE PURIFICAÇÃO. USA-SE O SUCO COMO CORANTE, E TODA A PLANTA, PILADA, COMO ADSTRINGENTE. ERVA-TOSTÃO: APLICADA APENAS EM BANHOS DE DESCARREGO, USANDO-SE AS FOLHAS. A MEDICINA POPULAR A UTILIZA CONTRA OS MALES DO FÍGADO, BENEFICIANDO O APARELHO RENAL. GRUMIXAMEIRA: APLICADO EM QUAISQUER OBRIGAÇÕES DE CABEÇA, NOS ABÔ E NOS BANHOS DE PURIFICAÇÃO DOS FILHOS DO ORIXÁ. A ARTE DE CURAR USADA PELO POVO INDICA O COZIMENTO DAS FOLHAS EM BANHOS AROMÁTICOS E NA CURA DO REUMATISMO. BANHOS DEMORADOS ELIMINAM A FADIGA NAS PERNAS. GUARABU – PAU-ROXO: APLICADO EM TODAS AS OBRIGAÇÕES DE CABEÇA, NOS ABÔ E NOS BANHOS DE PURIFICAÇÃO DOS FILHOS DE OGUM. USA-SE SOMENTE AS FOLHAS QUE SÃO AROMÁTICAS. A MEDICINA CASEIRA INDICA O CHÁ DAS FOLHAS, POIS ESTE POSSUI EFEITO BALSÂMICO E FORTIFICANTE. HELICÔNIA: UTILIZADA NOS BANHOS DE LIMPEZA E DESCARREGO E NOS ABÔ DE ORI, NA FEITURA DE SANTO E NOS BANHOS DE PURIFICAÇÃO DOS FILHOS DO ORIXÁ OGUM. A MEDICINA CASEIRA A INDICA COMO DEBELADOR DE REUMATISMO, APLICANDO-SE O COZIMENTO DE TODAS A PLANTA EM BANHOS QUENTES. O RESULTADO É POSITIVO. JABUTICABA: USADA NOS BANHOS DE LIMPEZA E DESCARREGO, OS BANHOS DEVEM SER TOMADOS PELO MENOS QUINZENALMENTE, PARA HAURIR FORÇAS PARA A LUTA INDICA O COZIMENTO DA ENTRECASCA NA CURA DA ASMA E HEMOPTISES. JAMBO-AMARELO: USADO EM QUAISQUER AS OBRIGAÇÕES DE CABEÇA E NOS ABÔ. SÃO APLICADAS AS FOLHAS, NOS BANHOS DE PURIFICAÇÃO DOS FILHOS DO ORIXÁ DO FERRO. A MEDICINA CASEIRA USA COMO CHÁ, PARA EMAGRECIMENTO. JAMBO-ENCARNADO: APLICAM-SE AS FOLHAS NOS ABÔ, NAS OBRIGAÇÕES DE CABEÇA E NOS BANHOS DE LIMPEZA DOS FILHOS DO ORIXÁ DO FERRO. TEM USO NO ARIAXÉ (BANHO LUSTRAL). JAPECANGA: NÃO TEM APLICAÇÃO NAS OBRIGAÇÕES DE CABEÇA, NEM NOS ABÔ RELACIONADOS COM O ORIXÁ. A MEDICINA CASEIRA ACONSELHA SEU USO COMO DEPURATIVO DO SANGUE, NO REUMATISMO E MOLÉSTIAS DE PELE. JATOBÁ – JATAÍ: ERVA PODEROSA, PORÉM SEM APLICAÇÃO NAS CERIMÔNIAS DO RITUAL. SOMENTE É USADA COMO REMÉDIO QUE SE EMPREGA AOS FILHOS RECOLHIDOS. PARA OBRIGAÇÕES DE LONGO PRAZO. ÓTIMO FORTIFICANTE. NÃO POSSUI USO NA MEDICINA POPULAR. JUCÁ: NÃO TEM EMPREGO NAS OBRIGAÇÕES DE RITUAL. NO USO POPULAR HÁ UM COZIMENTO DEMORADO, DAS CASCAS E SEMENTES, COANDO E RESERVANDO EM UMA GARRAFA, QUANDO HOUVER FERIMENTOS, TALHOS E FERIDAS. LIMÃO-BRAVO: TEM EMPREGO NAS OBRIGAÇÕES DE ORI E NOS ABÔ E, AINDA NOS BANHOS DE LIMPEZA DOS FILHOS DO ORIXÁ. O LIMÃO-BRAVO JUNTAMENTE COM O XAROPE DE BROMOFÓRMIO, BENEFICIA BRÔNQUIOS E PULMÕES, PONDO FIM ÀS TOSSES REBELDES E CRÔNICAS. LOSNA: EMPREGA-SE NOS ABÔ E NOS BANHOS DE DESCARREGO OU LIMPEZA DOS FILHOS DO ORIXÁ A QUE PERTENCE. É USADA PELA MEDICINA CASEIRA COMO PODEROSO VERMÍFUGO, MAIS PARTICULARMENTE USADA NA DESTRUIÇÃO DAS SOLITÁRIAS, USANDO-SE O CHÁ. É ENERGÉTICO TÔNICO E DEBELADORA DE FEBRES. ÓLEO-PARDO: PLANTA UTILIZADA APENAS EM BANHOS DE DESCARREGO. DE MUITO PRESTÍGIO NA MEDICINA CASEIRA. COZIMENTO DA RAIZ É INDICADO PARA CURAR ÚLCERAS E PARA MATAR BERNES DE ANIMAIS. PIRI-PIRI: A ÚNICA APLICAÇÃO LITÚRGICA É NOS BANHOS DE DESCARREGO. É EXTRAORDINÁRIO ANTI- HEMORRÁGICO. PARA TANTO, OS CAULES SECOS E REDUZIDOS A PÓ, DEPOIS DE QUEIMADOS, ESTANCAM HEMORRAGIAS. O MESMO PÓ, DE MISTURA COM ÁGUA E AÇÚCAR EXTERMINA A DISENTERIA. POINCÉTIA: EMPREGA-SE EM QUALQUER OBRIGAÇÃO DE ORI, NOS ABÔ DE USO EXTERNO, DA MESMA SORTE NOS BANHOS DE LIMPEZA E PURIFICAÇÃO DOS FILHOS DO ORIXÁ. A MEDICINA CASEIRA SÓ O APONTA PARA EXTERMINAR DORES NAS PERNAS, USANDO EM BANHOS. PORANGABA: ENTRA EM QUAISQUER OBRIGAÇÕES E, IGUALMENTE, NOS TRATAMENTO POPULAR É USADA COMO TÔNICO E IMPORTANTE DIURÉTICO. NO ABÔ: SANGUE-DE-DRAGÃO : TEM APLICAÇÕES DE CABEÇA, NOS BANHOS DE DESCARREGO E NOS ABÔ. NÃO POSSUI USO NA MEDICINA POPULAR. SÃO-GONÇALINHO: É UMA ERVA SANTA, PELAS MÚLTIPLAS APLICAÇÕES RITUALÍSTICAS A QUE ESTÁ SUJEITA. NA MEDICINA CASEIRA USA-SE COMO ANTITÉRMICO E PARA COMBATER FEBRES MALIGNAS, EM CHÁ. TANCHAGEM: PARTICIPA DE TODAS AS OBRIGAÇÕES DE CABEÇA, NOS ABÔ E NOS BANHOS DE PURIFICAÇÃO DE FILHOS RECOLHIDOS AO ARIAXÉ. É AXÉ PARA OS ASSENTAMENTOS DO ORIXÁ DO FERRO E DAS GUERRAS. MUITO APLICADA NO ABÔ DE ORI. A MEDICINA POPULAR OU CASEIRA AFIRMA QUE A RAIZ E AS FOLHAS SÃO TÔNICAS, ANTIFEBRIS E ADSTRINGENTES. EXCELENTE NA CURA DA ANGINA E DA CACHUMBA. VASSOURINHA-DE-IGREJA: ENTRA NOS SACUDIMENTOS DE DOMICÍLIO, DE LOCAL ONDE O HOMEM EXERCE ATIVIDADES PROFISSIONAIS . NÃO POSSUI USO NA MEDICINA POPULAR. ERVAS DE OYA: ALFACE: É EMPREGADA NAS OBRIGAÇÕES DE EGUN, E EM SACUDIMENTOS. POVO A INDICA PARA OS CASOS DE INSÔNIA, USANDO AS FOLHAS OU O PENDÃO FLORAL. ALÉM DE CHAMAR O SONO, PACIFICA OS NERVOS. ALTÉIA – MALVARISCO: MUITO EMPREGADA NOS BANHOS DE DESCARREGO E NA PURIFICAÇÃO DAS PEDRAS DOS ORIXÁS NANÃ, OXUM, OXUMARÊ, YANSÃ YEMANJÁ. MUITO PRESTIGIADA NOS BOCHECHOS E GARGAREJOS, NAS INFLAMAÇÕES DA BOCA E GARGANTA. ANGICO-DA-FOLHA-MIÚDA – CAMBUÍ: SÓ POSSUI APLICAÇÃO NA MEDICINA CASEIRA A CASCA OU OS FRUTOS EM INFUSÃO NO VINHO DO PORTO OU OTIN (CACHAÇA), AGE COMO ESTIMULADOR DO APETITE. OS FRUTOS EM INFUSÃO, TAMBÉM FORNECEM UM LICOR SABOROSO, DO MESMO MODO COMBATE A DISPEPSIA. BAMBU: É UM PODEROSO DEFUMADOR CONTRA KIUMBAS. O BANHO TAMBÉM É EXCELENTE CONTRA PERSEGUIDORES. NA MEDICINA POPULAR É BENÉFICO CONTRA AS DOENÇAS OU PERTURBAÇÕES NERVOSAS, NAS DISENTERIAS, DIARRÉIAS E MALES DO ESTÔMAGO. CAMBUÍ AMARELO: SÓ É UTILIZADO EM BANHOS DE DESCARREGO. A MEDICINA CASEIRA INDICA COMO INDICA COMO ADSTRINGENTE, E USA O CHÁ NAS DIARRÉIAS OU DISENTERIAS. CATINGA-DE-MULATA – CORDÃO-DE-FRADE – CORDÃO-DE-SÃO-FRANCISCO: SEU USO RITUALÍSTICO SE RESTRINGE AOS BANHOS DE LIMPEZA E DESCARREGO DOS FILHOS DE OYÁ. O POVO A INDICA PARA CURAR ASMA, HISTERISMO E COMO PACIFICADORA DOS NERVOS CORDÃO-DE-FRADE VERDADEIRO: ESSA PLANTA É APLICADA EM BANHOS TONIFICANTES DA AURA E LIMPEZAS EM GERAL. EM GERAL. POVO AFIRMA QUE HASTES E FOLHAS, EM COZIMENTO OU CHÁ, COMBATE A ASMA, MELHORA O FUNCIONAMENTO DOS RINS E BENEFICIA NO CASO DE REUMATISMO. CRAVO-DA ÍNDIA – CRAVO-DE- DOCE: ENTRA EM QUAISQUER OBRIGAÇÕES DE CABEÇA E NOS ABÔ. PARTICIPA DOS BANHOS DE PURIFICAÇÃO DOS FILHOS DOS ORIXÁS A QUE PERTENCE. O POVO INDICA SUAS FOLHAS E CASCAS EM BANHOS DE ASSENTO PARA DEBELAR A FADIGA DAS PERNAS. ÓTIMO NOS BANHOS AROMÁTICOS. DORMIDEIRA SENSITIVA: NÃO CONHECEMOS SEU USO RITUALÍSTICO. A MEDICINA CASEIRA INDICA ESTA PLANTA COMO EMOLIENTE, MAIS ESPECIFICAMENTE PARA BOCHECHOS E GARGAREJOS, NAS INFLAMAÇÕES DE BOCA. INDICADA COMO HIPNÓTICO, PONDO FIM A INSÔNIA. É UTILIZADO O COZIMENTO DE TODA A PLANTA. ESPIRRADEIRA – FLOR-DE-SÃO-JOSÉ: PARTICIPA DE TODAS AS OBRIGAÇÕES NOS CULTOS AFRO-BRASILEIROS. ESTA PLANTA É UTILIZADA NAS OBRIGAÇÕES DE CABEÇA, NOS ABÔ E NOS ABÔ DE ORI. PERTENCE AOS ORIXÁS XANGÔ E YANSÃ, PORÉM HÁ, AINDA, UM OUTRO TIPO BRANCO QUE PERTENCE A OXALÁ. O POVO INDICA O SUCO DAS FOLHAS DESTA CONTRA A SARNA E PÔR FIM AOS PIOLHOS. EM USO EXTERNO. EUCALIPTO-LIMÃO: DE GRANDE APLICAÇÃO NAS OBRIGAÇÕES DE CABEÇA E NOS BANHOS DE DESCARREGO OU LIMPEZA DOS FILHOS DE ORIXÁ. A MEDICINA CASEIRA INDICA-O NAS FEBRES E PARA SUAVIZAR DORES. USADO EM BANHOS DE ASSENTO, É TAMBÉM EMOLIENTE. FLAMBOIANT: NÃO É UTILIZADO EM OBRIGAÇÕES DE CABEÇA, SENDO USADO SOMENTE EM ALGUMAS CASAS DE BANHOS DE PURIFICAÇÃO DOS FILHOS DOS ORIXÁS. PORÉM SUAS FLORES TEM VASTO USO, COMO ORNAMENTO, ENFEITE DE OBRIGAÇÃO OU DE MESAS EM QUE ESTEJAM ARRIADAS AS OBRIGAÇÕES. SEM USO NA MEDICINA POPULAR. GENGIBRE-ZINGIBER: SÃO APLICADOS OS RIZOMAS, A RAIZ, QUE SE ADICIONA AO ALUÁ E A OUTRAS BEBIDAS. O POVO COSTUMA DIZER QUE É TAMBÉM INGREDIENTE NO AMALÁ DE XANGÔ. A MEDICINA CASEIRA A USA NOS CASOS DE HEMORRAGIA DE SENHORAS E CONTRA AS PERTURBAÇÕES DO ESTÔMAGO, EM CHÁ. GITÓ-CARRAPETA – BILREIRO: É DE HÁBITO RITUALÍSTICO EMPREGÁ-LA EM BANHOS DE LIMPEZA E PURIFICAÇÃO DOS FILHOS DO ORIXÁ A QUE SE DESTINA. O POVO INDICA NA CURA DE MOLÉSTIA DOS OLHOS. NÃO ACONSELHAMOS O USO INTERNO. HORTELÃ-DA-HORTA – HORTELÃ-VERDE: MUITO USADA NA CULINÁRIA SAGRADA. ENTRA NAS OBRIGAÇÕES DE CABEÇA ALUSIVAS A QUALQUER ORIXÁ. PARTICIPA DO ABÔ DOS FILHOS-DE-SANTO. A MEDICINA CASEIRA O APONTA COMO EFICIENTE DEBELADOR DE TOSSES REBELDES; DE BONS EFEITOS NAS BRONQUITES É MUITO ÚTIL NO TRATAMENTO DA ASMA. INHAME: SEU ÚNICO EMPREGO RITUALÍSTICO É O USO DAS FOLHAS GRANDES COMO TOALHA NAS OBRIGAÇÕES DE EXU. O INHAME É TIDO COMO DEPURATIVO DO SANGUE NA MEDICINA CASEIRA. JENIPAPO: AS FOLHAS SERVEM PARA BANHOS DE DESCARREGO E LIMPEZA. A MEDICINA CASEIRA APLICA O COZIMENTO DAS CASCAS NO TRATAMENTO DAS ÚLCERAS, O CALDO DOS FRUTOS É COMBATENTE DE HIDROPSIA. LÍRIO DO BREJO: SÃO USADOS FOLHAS E FLORES NAS OBRIGAÇÕES DE ORI, NOS ABÔ E NOS BANHOS DE LIMPEZA OU DESCARREGO. O POVO EMPREGA O CHÁ DAS RAÍZES, RIZOMAS, COMO ESTOMACAL E EXPECTORANTE. LOURO – LOUREIRO: PLANTA QUE SIMBOLIZA A VITÓRIA, POR ISSO PERTENCE A OYÁ. NÃO TEM APLICAÇÃO NAS OBRIGAÇÕES DE CABEÇA, MAS É USADA NAS DEFUMAÇÕES CASEIRAS PARA ATRAIR RECURSOS FINANCEIROS. SUAS FOLHAS TAMBÉM SÃO UTILIZADAS PARA ORNAMENTAR A ORLA DAS TRAVESSAS EM QUE SE COLOCA O ACARAJÉ PARA ARRIAR EM OFERENDA A IANSÃ. MÃE-BOA: SEU USO SE RESTRINGE SOMENTE AOS BANHOS DE LIMPEZA. MUITO USADA PELO POVO CONTRA O REUMATISMO, EM CHÁ OU BANHO. MANJERICÃO-ROXO: EMPREGADO NAS OBRIGAÇÕES DE ORI DOS FILHOS PERTENCENTES AO ORIXÁ DO TROVÃO. COLHIDO E SECO, PREVINE CONTRA RAIOS E CORISCOS EM DIAS DE TEMPESTADES, USANDO O DEFUMADOR. NÃO POSSUI USO NA MEDICINA POPULAR. MARAVILHA BONINA: UTILIZADA NAS OBRIGAÇÕES DE ORI RELATIVAS A OYÁ EBORI, LAVAGEM DE CONTAS E FEITURA DE SANTO. NÃO ENTRA NOS ABÔ A SEREM TOMADOS POR VIA ORAL. O POVO A INDICA PARA ELIMINAR LEUCORRÉIA (CORRIMENTOS), HIDROPSIA, MALES DO FÍGADO, AFECÇÕES HEPÁTICAS E CÓLICAS ABDOMINAIS. ERVAS DE XANGÔ: ALEVANTE – LEVANTE: USADA EM TODAS AS OBRIGAÇÕES DE CABEÇA, NOS ABÔ E NOS BANHOS DE LIMPEZA DE FILHOS DE SANTO. NÃO POSSUI USO NA MEDICINA POPULAR. ALFAVACA-ROXA: EMPREGADA EM TODAS AS OBRIGAÇÕES DE CABEÇA E NOS ABÔ DOS FILHOS DESTE ORIXÁ. MUITO USADA EM BANHOS DE LIMPEZA OU DESCARREGO. A MEDICINA CASEIRA USA SEU CHÁ EM COZIMENTO, PARA EMAGRECER. ANGELICÓ – MIL-HOMENS: TEM GRANDE APLICAÇÃO NA MAGIA DE AMOR, EM BANHOS DE MISTURA COM MANACÁ (FOLHAS E FLORES), PARA PROPICIAR LIGAÇÕES AMOROSAS, APROXIMANDO OS SEXO MASCULINO. A MEDICINA CASEIRA APLICA-O COMO ESTOMACAL, COMBATENDO A DISPEPSIA. AS GESTANTES NÃO A DEVEM USAR. APERTA-RUÃO: OS BABALORIXÁS A UTILIZAM NAS OBRIGAÇÕES DE CABEÇA; NO CASO DOS FILHOS DO TROVÃO É USADA A NEGA-MINA. TEM GRANDE PRESTÍGIO NA MEDICINA POPULAR COMO ADSTRINGENTE. AS SENHORAS A EMPREGAM EM BANHOS SEMICÚPIOS, DE ASSENTO, E EM LAVAGENS VAGINAIS PARA DAR FIM À LEUCORRÉIA. AZEDINHA – TREVO-AZEDO – TRÊS-CORAÇÕES: É POPULARMENTE CONHECIDA COMO TRÊS CORAÇÕES, SEM FUNÇÃO RITUALÍSTICA. É EMPREGADA NA MEDICINA POPULAR COMO COMBATENTE DA DISENTERIA, ELIMINADOR DE GASES E FEBRÍFUGO. CAFERANA-ALUMÃ: SÃO UTILIZADAS NAS APLICAÇÕES DE CABEÇA E NOS ABÔ. USADO NA MEDICINA POPULAR COMO: LAXANTE, FAZENDO UMA LIMPEZA GERAL NO ESTÔMAGO E INTESTINOS, SEM CAUSAR DANOS; É ÓTIMA COMBATENTE DE FEBRES PALUSTRES OU INTERMITENTES; PODEROSO VERMÍFUGO E ENERGÉTICO TÔNICO. CAVALINHA – MILHO-DE-COBRA: APLICADA NAS OBRIGAÇÕES DE CABEÇA, NOS ABÔ E COMO AXÉ NOS ASSENTAMENTOS DOS DOIS ORIXÁS. NÃO POSSUI USO NA MEDICINA POPULAR. ERITRINA – MULUNGU: TEM PLENA APLICAÇÃO NAS OBRIGAÇÕES DE CABEÇA E NOS BANHOS DE LIMPEZA DOS FILHOS DE XANGÔ. NA MEDICINA CASEIRA É APLICADA COMO ÓTIMO PACIFICADOR DO SISTEMA NERVOSO E, TAMBÉM, CONTRA A BRONQUITE. ERVA-DAS-LAVADEIRAS – MELÃO-DE-SÃO-CAETANO: NÃO POSSUI UTILIZAÇÃO NAS OBRIGAÇÕES DO RITUAL. O USO POPULAR O INDICA COMO SENDO DE GRANDE EFICÁCIA NO COMBATE AO REUMATISMO. É VIGOROSO ANTIFEBRIL, DEBELA AINDA, DOENÇAS DAS SENHORAS, EM BANHOS DE ASSENTO. ERVA-DE-SÃO-JOÃO: UTILIZADA NAS OBRIGAÇÕES DE CABEÇA E NOS BANHOS DE DESCARREGO. A MEDICINA CASEIRA, INDICA-A COMO TÔNICO PARA COMBATER AS DISENTERIAS. APLICAM-SE NO TRATAMENTO DO REUMATISMO. USA-SE O CHÁ EM BANHOS. ERVA-GROSSA – FUMO-BRAVO: EMPREGADA NAS OBRIGAÇÕES DE CABEÇA, PARTICULARMENTE NOS EBORI E COMO AXÉ DO ORIXÁ. A MEDICINA CASEIRA INDICA AS RAÍZES EM COZIMENTO, COMO ANTIFEBRIL, AS MESMAS EM CATAPLASMAS DEBELAM TUMORES. AS FOLHAS AGEM COMO TÔNICO COMBATENDO O CATARRO DOS BRÔNQUIOS E PULMÕES. MIMO-DE-VÊNUS – AMOR-AGARRADINHO: APLICA-SE FOLHAS, RAMOS E FLORES, EM BANHOS DE PURIFICAÇÃO DOS FILHOS DE OYÁ. MUITO USADA NA MAGIA AMOROSA, CIRCUNDANDO UM PRATO E METADE PARA DENTRO DO PRATO E METADE PARA FORA; REGUE A ERVA COM MEL DE ABELHAS E ARRIE EM UMA MOITA DE BAMBU. NÃO POSSUI USO NA MEDICINA CASEIRA. MORANGUEIRO: APLICAÇÃO RESTRITA, JÁ QUE SE TORNA DIFÍCIL ENCONTRÁ-LA EM QUALQUER LUGAR. O POVO A INDICA COMO REMÉDIO DIURÉTICO, PONDO FIM AOS MALES DOS RINS. É USADA PARA CURAR DISENTERIAS E TAMBÉM RECUPERAR PESSOAS QUE CARECEM DE VITAMINA C NO ORGANISMO. MULUNGU: EMPREGADA EM OBRIGAÇÕES DE CABEÇA, EM BANHOS DE DESCARREGO E NOS ABÔ. O POVO INDICA COMO PACIFICADOR DOS NERVOS, PROPICIANDO SONO TRANQÜILO. TEM AÇÃO EFICAZ NO TRATAMENTO DO FÍGADO, DAS HEPATITES E OBSTRUÇÕES. USA-SE O CHÁ. MUSGO-DA-PEDREIRA: TEM APLICAÇÃO NOS BANHOS DE DESCARREGO E NAS DEFUMAÇÕES PESSOAIS, QUE SÃO FEITAS APÓS O BANHO. A DEFUMAÇÃO SE DESTINA A APROXIMAR O PACIENTE DO BEM. NEGA-MINA: INTEIRAMENTE APLICADA NAS OBRIGAÇÕES DE ORI, E NOS BANHOS DE DESCARREGO OU LIMPEZA E NOS ABÔ. O POVO A APLICA COMO DEBELADORA DOS MALES DO FÍGADO, DAS CÓLICAS HEPÁTICAS E DAS NEVRALGIAS. NOZ-MOSCADA: SEU USO RITUALÍSTICO SE LIMITA A UTILIZAÇÃO DO PÓ QUE, ESPALHADO AO AMBIENTE, EXERCE ATIVIDADE PARA MELHORIA DAS CONDIÇÕES FINANCEIRAS. É TAMBÉM USADO COMO DEFUMADOR. ESTE PÓ, USADO NOS BRAÇOS E MÃOS AO SAIR À RUA, ATRAI FLUIDOS BENÉFICOS. NÃO POSSUI USO NA MEDICINA POPULAR. PANACÉIA – AZOUGUE-DE-POBRE: ENTRA NAS OBRIGAÇÕES DE ORI DESCARREGO OU LIMPEZA. O POVO A APONTA COMO PODEROSO GRANDE EFICÁCIA NO COMBATE À SÍFILIS, USANDO-SE O CHÁ. É NO TRATAMENTO DAS DOENÇAS DE PELE, E AINDA DEBELAR O BANHOS. E NOS BANHOS DE DIURÉTICO E DE INDICADA TAMBÉM REUMATISMO, EM
PAU-DE-COLHER – LEITEIRA: USADA EM BANHOS DE PURIFICAÇÃO DE MISTURA COM OUTRAS ESPÉCIES DOS MESMOS ORIXÁS. A MEDICINA CASEIRA A RECUSA POR TÓXICA, PORÉM PODE PERFEITAMENTE SER USADA EXTERNAMENTE EM BANHOS. PAU-PEREIRA: NÃO É APLICADA NAS OBRIGAÇÕES DE ORI, MAS É USADA EM BANHOS DE DESCARREGO OU LIMPEZA. O POVO A APLICA NAS PERTURBAÇÕES DO ESTÔMAGO E PÕE FIM A FALTA DE APETITE. É FORTIFICANTE INTERMINENTES, E AINDA TEM FAMA DE AFRODISÍACO. E COMBATE FEBRES . PESSEGUEIRO: É UTILIZADO FLORES E FOLHAS, EM QUAISQUER OBRIGAÇÕES DE ORI. POIS ESTA PROPICIA MELHORES CONDIÇÕES MEDIÚNICAS, DESTRUINDO FLUIDOS NEGATIVOS E EGUNS. O POVO A INDICA EM COZIMENTO PARA DEBELAR MALES DO ESTÔMAGO E BANHAR OS OLHOS, NO CASO DE CONJUNTIVITE. PIXIRICA – TAPIXIRICA: APLICA-SE SOMENTE O USO DAS FOLHAS, DE FORMA BENÉFICA. O POVO A INDICA NAS PALPITAÇÕES DO CORAÇÃO, NA MELHORIA DO APARELHO GENITAL FEMININO E NAS DOENÇAS DAS VIAS URINÁRIAS. ROMÃ: USADA EM BANHOS DE LIMPEZA DOS FILHOS DO ORIXÁ DOS VENTOS. O POVO EMPREGA AS CASCAS DOS FRUTOS NO COMBATE A VERMES INTESTINAIS E O MESMO COZIMENTO EM GARGAREJOS PARA DEBELAR INFLAMAÇÕES DA GARGANTA E DA BOCA. SENSITIVA – DORMIDEIRA: SOMENTE É UTILIZADA EM BANHOS DE DESCARREGO. O POVO DIZ POSSUI EXTRAORDINÁRIOS EFEITOS NAS INFLAMAÇÕES DA BOCA E GARGANTA. UTILIZA-SE O COZIMENTO DE TODA A PLANTA PARA GARGAREJOS E BOCHECHOS. TAIOBA: SEM APLICAÇÃO NAS OBRIGAÇÕES DE CABEÇA. PORÉM MUITO UTILIZADA NA COZINHA SAGRADA DE XANGÔ. DELA PREPARA-SE UM ESPARREGADO DE ERÊ (MUITO CONHECIDO COMO CARURU) ESSE ALIMENTO LEVA QUALIDADES DE VERDURAS MAS SEMPRE TEM A COMPLEMENTÁ-LO A TAIOBA. O POVO UTILIZA SUAS FOLHAS EM COZIMENTO COMO EMOLIENTE; A RAIZ É PODEROSO MATA-BICHEIRAS DOS ANIMAIS E, ALÉM DE MATÁ-LAS, DESTRÓI AS CARNES PODRES, PROMOVENDO A CICATRIZAÇÃO. TAQUARUÇU – BAMBU-AMARELO – BAMBU-DOURADO: OS GALHOS FINOS, COM FOLHAS, SERVEM PARA REALIZAR SACUDIMENTOS PESSOAIS OU DOMICILIARES. É EMPREGADO AINDA PARA ENFEITAR O LOCAL ONDE SE TEM EGUN ASSENTADO. NÃO POSSUI USO NA MEDICINA POPULAR. TIRIRICA : SEM APLICAÇÃO RITUALÍSTICA, A NÃO SER AS BATATAS AROMÁTICAS, ESSAS BATATINHAS QUE O POVO APELIDOU DE DANDÁ-DA-COSTA, LEVADAS AO CALOR DO FOGO E DEPOIS REDUZIDAS A PÓ QUE, MISTURADO COM OUTROS, OU MESMO SOZINHO, FUNCIONA COMO PÓ DE DANÇA. PARA DESOCUPAÇÃO DE CASAS. COLOCADOS EM BAIXO DA LÍNGUA, AFASTA EGUNS E DESODORIZA O HÁLITO. NÃO POSSUI USO NA MEDICINA POPULAR. UMBAÚBA: SOMENTE É USADA NOS EBORI A ESPÉCIE PRATEADA. AS OUTRAS ESPÉCIES SÃO USADAS NOS SACUDIMENTOS DOMICILIARES OU DE TRABALHO. O POVO A PRESTIGIA COMO EXCELENTE DIURÉTICO. É ACONSELHADO NÃO USAR CONSTANTEMENTE ESTA ERVA, POIS O USO CONSTANTE ACELERA AS CONTRAÇÕES DO CORAÇÃO. URUCU: DESTA PLANTA SOMENTE SÃO UTILIZADAS AS SEMENTES, QUE SOCADAS E MISTURADAS COM UM POUQUINHO DE ÁGUA E PÓ DE PEMBA BRANCA, RESULTA NUMA PASTA QUE SE UTILIZA PARA PINTAR A YAWÔ. O POVO INDICA AS SEMENTES VERDES PARA OS MALES DO CORAÇÃO E PARA DEBELAR HEMORRAGIAS.
As Ervas dos Orixás
As ervas detém grande quantidade de Axé (Energia mágico-universal, sagrada) quem bem combinadas entre si, detém forte poder de limpeza da aura e produzem energia positiva.
Um banho, com o Axé das ervas dos Orixá do Candomblé, age sobre a aura eliminando energias negativas, produzindo energias positivas.
Um banho de ervas reúne as ervas adequadas a cada caso, agindo diretamente sobre esses distúrbios, eliminando os sintomas provocados pelo acúmulo de energias negativas.
Ervas indicadas para preparar um banho
Esta relação, são as ervas mais utilizadas, e que são encontradas para uso, estão com a nomenclatura popular, científica, yorubana e para que orixás se destinam, ou são usadas.
- Babosa - áloe vera - exú - (ipòlerin, ipè erin)
- Melão são caetano-momordica charantia(oxumare,nanã)-èjìnrìn, wéwé
- Saião/Folha da costa- kalanchoe brasiliensis (oxala) - òdundún, elétí
- Erva de santa luzia - pistia stratoides (stratiotes) (osun) - ójuóró
- Nenúfar/lótus - nymphaea (lótus) alba (osun) - òsíbàtà
- Pimentinha dágua/Jambu - spilanthes acmella (filicaulis) (osun) - éurépepe, awere pepe, ewerepèpè
- Akòko - newbouldia laevis (osayn)
- São gonçalinho - cassiaria sylvestris (ogum, oxossi) - alékèsì
- Sete sangrias - cuphea balsamona (obaluaie) - àmù
- Tapete de oxala(boldo) - peltodon tormentosa (oxala) - ewé bàbá
- Bete cheiroso - piper eucalyptifolium (oxala) - ewé boyi
- Goiabeira - psidium goiava (oxossi, ogun) - àtòrì, gúábà
- Mamona - ricinus communis (exu, ossain) - lárà funfun, ewé lará
- Mamona vermelha - ricinus sanguneus (làrá pupa) - exu, ossain
- Peregun - dracaena fragans (ogun, oyá) - pèrègún
- Alumon - vernonia bahiensis (amugdalina)(ogun) - ewúro jíje
- Carqueja - borreria captata (oxosi) - kànérì
- Umbauba/embaúba - cecropia palmata (agbaó/agbamoda) -nanã, xangô, oyá (vermelha)
- Perpetua - alternanthera phylloxeroides (seu) - èkèlegbárá
- Gameleira branca - ficus maxima (tempo, sango) - ìrokó
- Canela de velho - molonia albicans (obalu)
- Macassá - tanacetum vulgaris - oxum, oxalá
- Melissa - melissa oficinalis - oxum
- Kitoko - pluchea quitoco (obalu ) xango
- Para raio/cinamomo - melia azeoarach - oyá - ekéòyìnbó
- Beti branco/agua de alevante - renealmia occidentalis sweet - kaia, oxalá
- Alfavaca(erva doce) - ocimum guineensis - oxalá - efínrín èrùyánntefé
- Folha da fortuna - bryophylum (eru oridundun, àbá modá)- exu
- Espada de yansã - rhoeo - oyá (ewé mesán)
- Aroeira branca - litrhea - ogum
- Poejo -mentha sp - (olátoríje)
- Erva prata
- Picão - elésin máso
- Patchouli - (ewé legbá) exu
- Anis - clausena anisata -oyá (agbásá, àtàpàrí òbúko)
- Aroeira - schinus sp - ogum
- Alecrim - rosmarinus officinais -oxossi - (sawéwé)
- Araça - psidium sp - oxossi - (gúrófá)
- Guiné - petiveria alliacea (ojusaju) - oxossi
- Louro - laurus nobilis - (ewe asá) ossain
- Macela
- Língua de vaca - rumex sp (enuum malu) - obá, oyá
- Alevante - menta sp - (olátoríje)ogum/exu
- Amoreira - rubus sp(morus celsa) - egun, oyá
- Dormideira - mimosa púdica (owérénjèjé, pamámó àlùro- caxixi) - oxumare
- Pata de vaca - bauhinia forficata
- Colônia/lírio de brejo - hedychium coronarium (toto) - oxalá
- Jibóia - jokónije
- Canfora
- Alfazema - ewe danda - oxum
- Algas marinhas - fucus - (ewe kaiá) - yemanjá.
FÓRMULA PREPARADA COM A BABOSA
Indicada principalmente no tratamento de câncer, muito usada também para infecções e inflamações.
INGREDIENTES
0,5 Kg de mel de abelha; 2 folhas (se grandes) ou três de babosa (áloe vera); 3 a 4 colheres de araq, ou whisky, ou conhaque, ou cachaça, ou tequila.
PREPARO
Cortar espinhos bem de leve das folhas; Colocar tudo dentro do liquidificador; Bater bem.
USO
Antes de tomar, agitar o frasco; 1 colher de sopa, sempre antes das refeições (uma de manhã, uma meio dia, uma noite), uns 15 minutos antes é suficiente. Quanto mais em jejum melhor. Fórmula para 10 dias; Repetir + 2 vezes com intervalo de 21 dias.
ERVAS INDICADAS PARA PREPARAR UM BANHO
Saião, conhecida como "folha gorda", São gonçalinho, Tapete de Oxalá ((boldo), Bete cheiroso, Goiabeira, Peregun (conhecido como pau dágua, é ideal que tenha em qualquer tipo de banho), Carqueja, Umbaúba/Embaúba, Macassá (excelente p/banho), Melissa, Kitoko, Beti branco, Alfavaca, erva doce, folha da fortuna, Erva prata, Patchuli, Anis, Alecrim, Araçá, Guiné, Louro, Macela, Língua de vaca, Alevante, Amoreira, Pata de vaca, Colônia/lírio de brejo, Jiboia, Canfora, Alfazema.
E BÓ PARA PURIFICAÇÃO NECESSÁRIO AO BOM FUNCIONAMENTO DE QUALQUER CELEBRAÇÃO:
Ebó é um termo africano, do iorubá, que tem várias acepções nos cultos africanos no Brasil, mas as acepções todas têm em comum o fato de tratar-se de uma oferenda, dedicada a algum orixá, podendo ou não envolver o sacrifício animal.
Oferenda votiva
Ebó nada mais é do que uma limpeza espiritual, contendo vários tipos de comida ritual. Como alguns dizem é uma limpeza da aura, de uma pessoa, de uma casa, de um local de comércio. Transfere-se para os alimentos a energia maléfica que está na pessoa ou no local, com a ajuda de Exú e dos Orixás. Não adianta só oferecer as comidas, o segredo está nas cantigas, e na receita, algumas podem ser conhecidas mas a maioria faz parte do segredo do Candomblé. Pode-se fazer ebó para abrir os caminhos para emprego, ebó de saúde, ebó de prosperidade, o que varia é a receita. Existem vários tipos de ebós, mas sempre será feito de acordo com o determinação do jogo de búzios merindilogun. No jogo de búzios define-se a qual orixá será oferecido o ebó, sendo que cada um leva seus ingredientes especiais tais como: o pombo de Oxalá, a batata doce de Oxumaré ou a canjica de Ogun. Há ainda aqueles ebós pra afastar espíritos desencarnados que ainda atrapalham a vida de alguns chamado de ebó de Egun, e outros para curar traumas e ajudar no esquecimento e superação de experiências ruins, o ebó de "susto" é para prevenir problemas no futuro. Não são em todos eles que ocorre a sangria de animais, pois há os chamados ebós brancos ou secos, nos quais não são permitidos qualquer sacrifício e os animais utilizados, geralmente neste caso os frangos e galos são soltos na natureza com vida. Após o ritual do ebó as folhas sagradas são usadas de forma ordenadas nos banhos litúrgicos, podendo ser necessário o uso de água sagrada. Existe uma rígida cartilha a ser seguida para que se tenha resultados, e o sacrifício seja aceito. As proibições denominado de ewo são revelados, por exemplo: a não ingestão de qualquer tipo de carne vermelha nem tão pouco frutas vermelhas ou ácidas (incluindo seus sucos), a abstinência principalmente de praticas sexuais como também beijos e abraços, fica proibido a ida a velórios, hospitais, cemitérios ou mesmo a passagem sob arames farpados ou escadas, a bebida alcoolica é um verdadeiro tabu. O ritual é largamente praticado em diversas casas e centros religiosos de candomblé e obtém elogios os resultados obtidos por seus praticantes. Sete tipos de ebós mais utilizados no candomblé
Ebó opé
Ebó ejé
Ebó etutu
Ebó ojukoribi
Ebó ayepinun
Ebó ipilé
Ebó iku
Introdução ao estudo do oráculo de Ifá
  "Deus não impôs ao ignorante a obrigação de aprender, sem antes ter tomado de quem sabe, o juramento de ensinar”.
Sabedoria Oriental
SETE REGRAS PARA VIVER FELIZ
1.ADQUIRA O HÁBITO DA FELICIDADE. Sorria, intimamente e torne este sentimento parte de você mesmo. Crie um mundo feliz para si. Aguarde cada dia, mesmo quando algumas nuvens obscurecerem o sol, sempre encontra algo de bom.
2.DECLARE GUERRA A SENTIMENTOS NEGATIVOS. Não permita que aborrecimentos irreais o devorem. Se algum pensamento negativo lhe invadir o espírito, combata-o. Pergunte de si para si, porque você, que tem todo direito natural à felicidade, deve passar horas do dia em luta com o temor, o aborrecimento, o ódio. Ganhe a guerra contra esses flagelos insidiosos do Século XX.
3.REFORCE A IMAGEM DE SI PRÓPRIO. Veja-se como foi nos seus melhores momentos e dê a si próprio certa atenção. Imagine os tempos felizes e o orgulho que sentiu de si. Crie experiências futuras agradáveis; dê a si mesmo, crédito pelo que é. Deixe de bater na própria cabeça.
4.APRENDA A RIR. Às vezes, os adultos sorriem ou riem entre os dentes, mas nem todos riem realmente, isto é, risada verdadeira que dê a impressão de alivio e liberdade. O riso, quando genuíno purifica, faz parte do mecanismo do sucesso, lançando-o às vitórias da vida. Se você deixou de rir desde os 10 ou 40 anos, volte à escola do espírito e aprenda novamente o que nunca deveria ter esquecido.
5.DESENTERRE OS TESOUROS ESCONDIDOS. Não permita que as suas aptidões e os seus recursos morram dentro de si; dê-lhes uma oportunidade para se submeterem às provas da vida.
6.AJUDE O PRÓXIMO. Dar aos seus semelhantes poderá ser a experiência mais compensadora da sua vida. Não seja cínico; compreenda que muitas pessoas que parecem desagradáveis ou hostis estão usando fachada que acham capaz de protegê-las contra outros. Se der ao próximo, ficará admirado na reação grata, pelo reconhecimento que terão. Pessoas que parecem duras são, na realidade gentis e vulneráveis. Você sentir-se-á satisfeito quando der sem pensar em proveito para si.
7.PROCURE ATIVIDADES QUE O TORNEM FELIZ. A natação, o tênis, o vôlei ? Pintar, cantar, coser? Não posso dizer-lhe. Você mesmo terá de escolher. Mas a vida é feliz, se fizer o que lhe agrada.
Existe uma tendência no ser humano de reduzir os novos fenômenos com que ele se defronta a idéias e definições preexistentes em sua mente oriundas de fatos anteriormente conhecidos. Esta redução dificulta uma visão e uma interpretação corretas do que se analisa. Assim, os fatos culturais dos negros do Golfo do Benin nos seus cerimoniais e ritos transformam-se, nesta visão deformadora, em religião primitiva.
O Candomblé não é primitivo e muito menos religião, antes de tudo, este conjunto de preceitos, regras, ritos e práticas forma um weltanchau (visão do mundo, concepção global de apreensão da realidade - termo usado em filosofia) e uma técnica que permite o confronto com a natureza e com seus semelhantes, utilizando a energia de sua própria mente (o Òrí).
Os Òrísá (de Òrí: cabeça, mente; Àsé: força, magia) não existem fora da mente humana, não são deuses primitivos de um panteão imaginado pela concepção cultural do branco nem são espíritos de luz comandando "falanges" de almas como os idealizam os descendentes dos povos bantos, associado ao fenômeno da cosmogonia nagô à sua cultura religiosa, que se fundamenta no culto dos ancestrais.
Devemos despir o Candomblé da carga sincrética que for desvirtuante, para fazer emergir o entendimento do que é a mais pura tradição nagô. Os rituais e cerimônias não serão descritas, pois isto já foi feito e muito bem por mestres como Descoredes dos Santos, Fred Aflalo, Roger Bastide, Pierre "Fatumbi" Verger e tantos outros.
O que realmente importa, é comentar cada cerimônia, cada festa, cada fundamento e cada obrigação, buscando sua explicação purificada do misticismo branco ou banto, para fazer aflorar a verdadeira função de "Òrí", único alvo e agente do culto nagô, e a de "Ifá" como orientador e verdadeiro Oluwô.
A intenção deste redimensionamento não é diminuir a importância dos fatos, mas sim, um engrandecimento, na proporção humana, para que se desvende a sua grandeza original. Fazer voltar a luz, saindo das trevas da religiosidade ignorante, na sabedoria milenar que permite desenvolver a capacidade do homem de se situar e de interagir na sua formação, na natureza e no convívio social.
Se recusando a divinizar Òsàlá, satanizar Èsú ou santificar todos os Òrísá, devemos isolar os erros, afastar os temores, expulsar os demônios brancos de nossa ontogonia, abrindo as portas a entendimento, o que permitirá que mais pessoas possam utilizar este importante sistema de controle da própria mente e, em conseqüência, dos fatos naturais e sociais nos quais atua.
X Poema de Ifá: A luta entre Ifá e o Ajé
"NI ÒRÚNMILÁ BÁ TI ÀSÉ ÈSÚ BONU"
- Então Òrúnmilá colocou o àsé de Èsú em sua boca.
O ser humano sempre questionou o motivo de sua estadia sobre a Terra e, principalmente, o mistério que envolve o seu futuro. A insegurança em relação ao porvir fez com que o homem tentasse, de diferentes maneiras, prever o que lhe estava reservado, precavendo-se desta forma, da má sorte, ao mesmo tempo em que assegura a efetivação de acontecimentos tidos como benéficos. Muitos são os  processos utilizados nestas finalidade e, no decorrer dos séculos, diversos sistemas oraculares fora  desenvolvidos e consultados com maior ou menor possibilidade de erros e acertos. Dentre os sistemas  oraculares utilizados pelas pessoas na ânsia de descobrir o futuro ou contatar as deidades com a  finalidade de desvendar o motivo de suas provocações, destacamos alguns como a Cartomancia, a Quiromancia, a Geomancia e a Astrologia, que por sua popularidade e contabilidade, continuam a ser  muito solicitadas nos dias atuais. Quase todos os oráculos, independentemente de sua origem cultural,  tendem ao aspecto religioso, sugerindo sempre uma prática ritualista de caráter muito mais místico que  científico. No Brasil, o sistema divinatório mais amplamente divulgado, aceito e praticado, é o  popularmente denominado "Jogo de Búzios" que tem sua origens nas religiões africanas, mas  especificamente no culto de Òrúnmìlá, o Deus da Sabedoria e da Adivinhação. O presente trabalho  apresenta-se como uma proposta essencialmente didática que por isto mesmo, não assegura à pessoas  não iniciadas o direito de ter acesso ao oráculo. Pois como será explicado mais adiante, o Jogo de  Búzios, como quase todos os demais processos adivinhatórios, tem como pré-requisito a iniciação por  parte do adivinho, assim como a consagração dos objetos concernentes à prática oracular. Segundo  alguns Babalawo, somente eles podem através do Jogo dos Ikins, determinar o ODÚ de qualquer  pessoa. Isto é contestado em várias literaturas sobre o assunto, com muita veemência. O que podemos  afirmar, é que qualquer pessoa habilitada a consultar o Oráculo, pode através dos búzios, "sacar" o ODÚ pessoal de quem quer que seja, sem que para isto o interessado tenha que ser submetido a qualquer  tipo de iniciação e que este tipo de procedimento é indispensável para todos os iniciados e iniciandos. O  princípio do ÀSÉ está presente em todos os elementos naturais animados e inanimados e é oferecido ao  homem através do seu ÒRÍ pelo ÈSÚ. Èsú é também o portador dos sacrifícios e oferendas, OJISÉ-EBÓ - carregador de ebó. O ebó é o ato pelo qual o homem devolve a natureza parte daquilo que recebeu e  pleiteia novas benesses. O ebó renova o Àsé pessoal, presente nos assentamentos do ofertante, ou  seja, nos objetos rituais nos quais se fixaram os seus compromissos com seu ÒRÍSÀ (dono do ÒRÍ). Esú conduz o ebó ao destinatário, o ÒRÍSÁ, que, interdependente do Òri do próprio homem, recebe a oferta,  reforça e acrescenta o ÀSÉ, que outra vez é trazido pelo Èsú para permitir ao ofertante a mudança da  realidade e do destino desejado. Dar-receber, e, síntese de acrescentar é a ação de ÈSÚOJISÉ-EBÓ,  integrando dialeticamente o homem ao mundo exterior. É o ato que reintegra o indivíduo na harmonia cósmica pela absorção e restituição de energia, princípio mesmo a existência humana. A posse do ÒRÍ pelo ÒRÍSÁ não se confunde com a despersonalização total e posse mediúnica dos terreiros espíritas de  "macumba". Os "encantados" (Iyawô e Eleguns = mulheres e homens iniciados na roda de encantados),  não se despem da sua personalidade, mas acrescentam ao seu ÒRÍ, as forças vitais da natureza e de  sua comunidade sintetizadas em seu Òrísá. Não se tornam uma entidade alienígena, superior, divina ou  santa. O Òrísá manifestado não precisa falar, comer ou beber para se expressar. A sua dança  característica o identifica e expressa a energia de sua presença. Na concepção Yoruba, o humano  possui 3 elementos associados que olhe permitem atuar como ser vivo: ARA / EGBÉ - corpo material;  EMI - a respiração (energia vital que anima o EGBÉ) e o ÒRÍ - a mente ou a cabeça (o mais importante,  dotado originariamente de uma herança ancestral). Nenhum desses elementos, entretanto, quando  dissociados, possui personalidade própria, e tanto o EMI como o ÒRÍ não correspondem à idéia cristã ou  espiritualista de alma". O EMI, separado do EGBÉ permanece como energia pura, podendo animar  qualquer outro ser. O ÒRÍ, como vimos, porta a esperança ancestral sintetizada e implícita nos 4  elementos: OMI (água), IBI ouARÔ ou ILÊ (terra), INÁ ou GBINÁ (fogo) e AFEFÉ (ar). Estes elementos  que permitem a fixação do Orisá no Orí, de acordo com sua identificação ou tendência, como, por  exemplo: Sangò - INA; Omolú - ILE; Osun - OMI e Osalá - AFEFÉ. Pela iniciação se dá a recriação do  Ser na integração definitiva do EGBÉ e EMI com Orí, através da "feitura da cabeça". É ainda o SEU, no  BARA, que sintetiza dialeticamente as entidades ligadas ao funcionamento fisiológico do indivíduo:  ANUN (GEGE) / ENU (boca), AGBENDÚ / INU (estômago), EYA (sexo) e WIWI / IFÓHUN / ORÓ (fala).  O Ser adquire sua personalidade definitiva com o BARA, com a síntese do EBGÉ com o EMI e o ÒRÍ. Na  sua morte, pelo ritual do ASESE, libera-se o ÒRÍSÁ (o dono da cabeça e o ÈSÚ individual), também no  ÒRÍ se acumula o ÀSÉ. O ÒRÚN não existe sem AIYE e ambos dependem do desenvolvimento do ÒRÍ.  A evolução do ÒRÍ é um trabalho constante de seu portador, o homem, desde a escolha do ÒRÍSÁ certo, pela leitura de seu ODU pessoal obtido pelo Babalawo ou Iyalòrìsá no jogo de búzios ou pelo  ÒPÈLÉ IFÁ. Desde seu conhecimento de seu ODÚ pessoal, o homem inicia seu BARA, passa a cumprir  sua obrigações" com seu ORIXÁ e, assim, desenvolve e revitaliza o seu ÒRÍ. É este ÒRÍ que possibilita  homem a formar e a mudar o seu destino e transformar a própria natureza ao seu redor. Para os  Yoruba, o homem que, em sua constante evolução dialética, desenvolve em vida o ÒRÍ pela magia do  ÀSÉ e recria na morte pela contradição implícita do ARAORUN (que surge do próprio òrí); o eterno  princípio. Dessa forma, identificam no amor humano o maior dos ÀSÉ, o grande princípio. O  conhecimento do ODU pessoal é, como ficou claro, de suma importância para que se encontre o perfeito  equilíbrio na vida, seguindo as orientações contidas no ratado do seu ODU, o ser humano poderá prosseguir em sua vida com total segurança, evitando os percalços ocasionados pela quebra de tabus,  que nos levam a situações inusitadas e indesejáveis de desconforto e infelicidade. É muito raro  encontrarmos pessoas que sejam de ODU MEJI e a possibilidade matemática de que isso possa ocorrer  é muito remota. Todos tem o direito de orientar suas vidas, buscar o equilíbrio e a segurança que o  conhecimento das mensagens contidas nos seus ODU pessoais podem proporcionar e isto só é possível através da consulta ao Oráculo de Ifá, devendo serem desprezadas todas e quaisquer  técnicas baseadas em cálculos matemáticos, feitos, quer seja a partir da data de nascimento da  pessoa, quer seja pela numerologia de seu nome. O Oráculo Divinatório de Ifá é praticado há muitos  e muitos séculos, sendo originário do coração da África Negra, desde uma época em que as pessoas  sequer conheciam o calendário, não sabiam as datas dos seus nascimentos, não liam, não escreviam e  não dominavam a Aritmética.
De que forma, questionamos, poderiam saber qual a ODU pertenciam?
A Numerologia é uma ciência completa e eficiente, mas de origem absolutamente diversa do Oráculo de Ifá, ao qual é estranha.
Sabemos que os algarismos correspondem à potências e energias que atuam efetivamente sobre o destino do homem, mas isto nada tem a ver com o Ifá. Se os cálculos matemáticos funcionassem dentro do nosso sistema oracular, a coisa seria simplificada de tal forma, que poderíamos jogar fora os búzios, opele, aiyo e os ikins e substituí-los por calculadoras ou computadores que, com o simples acionar de algumas teclas, nos dariam as respostas desejadas.
VI Poema de Ifá: Ajalá e a escolha de ÒRÍ
"KÓ SOOSA TÍÍ DANI GBÉ, LEYIN ENI ÒRÍ"
Nenhum Deus abençoa o homem, sem que sua cabeça o permita.
ESE ODÚ OGUNDA
(Tradução de um ESE de ORÍ)
Num jogo de Ifá, perguntaram a ÒRÚNMÌLÁ:
"- Quem seria capaz de nos levar ao Infinito? (infinito = caminho da vida da pessoa).
SANGO disse que quando chegasse a OYÓ e lhe dessem certas comidas, ele satisfeito voltaria à sua casa, abandonando a pessoa. Perguntaram o mesmo a OYÁ, e ela respondeu, que quando chegasse a  qualquer cidade e lhe dessem certas comidas, ela satisfeita voltaria para casa.
Resumo: enquanto dermos comida ao nosso Orixá, ele nos cobre e depois recolhe.
Perguntaram de novo a IFÁ e ele respondeu que Òsàlà e ele respondeu que quando chegasse à cidade  de Ifé, comesse, aí então ele ficaria satisfeito e voltaria para casa. Se nem Òsàlà é capaz de nos levar ao  Infinito, então, quem é capaz?
Resposta: só Lebara.
Perguntaram a ÈSÙ: "- Se você caminhar, caminhar e chegar a Keto, e lhe derem 1 galo no dendê ? Ele  respondeu: - Comia e quando estivesse satisfeito voltaria para minha casa. Voltaram e perguntaram de novo a Ifá:
"- Então, ninguém é capaz de nos levar ao Infinito? Quem será? Tal conhecimento, tal sabedoria, quem a tem?
IFÁ respondeu."- Somente o Orixá ÒRÍ é capaz de nos levar ao infinito, até o final de nossa vida." Se uma pessoa morrer, despachamos tudo referente ao Orixá, mas, o que sempre ficou foi o ÒRÍ.
Conclusão: Mesmo se nosso òrìsà está bem, só ficará tudo bem se o nosso Òri estiver também.  Primeiro damos comida a Òri no borí, e depois ao orixá. Não há orixá raspado errado, desde que o òri  aceitou. Acima de nosso Orixá individual, está o nosso Òrì. Damos ao òrì cera (caroço de algodão), obi,  água. Existem apenas 6 bichos para Òrì: pombo, peixe, pato, franga, galinha d’angola e o igbin; apenas um bicho vai ao ori, os outros serão colocados apenas na tigela. O ejé (sangue) de pombo branco, só se for muito importante, necessário, senão estaremos ofendendo Olodumare.
Lenda de Òrúnmìlá
Quando Òrúnmìlá se cansou de viver na terra e da incompreensão dos homens, resolveu ir para o Òrún, mas antes, deu a cada um de seus 8 filhos, 2 caroços de dendezeiro (IKIN), e disse a eles, que quando precisassem, bastava que jogassem os IKIN e teriam as respostas. Deixando claro que o mais importante, era que eles se unissem, assim como o grupo deverá se manter unido.
ÒRÍ - força que orienta o que é bom ou ruim para cada pessoa, é individual. O ÒRÍ tem que ser respeitado, se a pessoa não aceitar é porque o seu ÒRÍ não está aceitando. Deve-se verificar o que acontece no jogo.
Cada um recebe seu ÒRÍ de AJALÁ (é um Imole), antes de vir para o AIYE, passa por um "estágio".
O ÒRÍ supera todos os orixás;
O ÒRÍ é um Imole, ligado só para o bem (da pessoa);
O ÒRÍ é a nossa censura;
O ÒRÍ não se trai, não se engana, é a nossa própria consciência (os valores mais puros). Isso vem explicar a índole de pessoas más, mesmo nascidas em famílias boas, independente da formação; pessoas sofridas que tem a capacidade de amar, odiar, etc... 
ÌPÁKO - Òrí
IKOKO ÒRÍ - Poente
ÀPÁ OTUN ÒSU ÀPÁ OSI
(direita do aiye) Voduka (esquerda do aiye) centro cabeça
ojo òrí - Nascente
Os quatros pontos do Universo
A.Ìyo - Òrún - nascente - Leste
B.Ìwo - Òrýn - o poente
C.Òtù Àiye - a direita do mundo - Norte - Ariwa
D.Òsi Àiyè - a esquerda do mundo - Sul - Guzú
Correspondente ao Ser - humano
A - Òrí - cabeça - o nascente - o nascente - o futuro "`orí inu"
{ Odu - destino - òrísà - genitor divino e material - origem - Esú individual Bara
B - ESE - pé direito - ancestrais masculinos
{ pé esquerdo - ancestrais femininos
C - lado direito - elementos masculinos
D - lado esquerdo - elementos femininos
Durante o eborí, sendo os pais falecidos, usar 2 acaçás de cima para baixo na direção das juntas, não esquecendo de colocar as falas do Obi (parte de baixo).
Tudo que existe de adverso ao homem na natureza, os AJÉS, por exemplo, se personifica nos pássaros, ELEYE, que numa imprecisa tradução cultural do Ocidente, identifica com as "bruxas". O AJÉ também é uma forma de AJOGUN (o inimigo); que é identificado por personalidade que traduzem realidade materiais como o IKU (a morte); o EGBA (enfermidade); o OFÓ (perda de bens); ARUN (loucura), etc... Como se pode ver os conceitos Yorubá, partem do real, do material, para formar a sua idéia geral do mundo. ÈSÚ, como dono do ÀSÉ (ONI ÀSÉ), força, magia, arma o ÒRÍ do poder de recusa a ordem, de estabelecer a desordem criativa, tese premissa da antítese necessária à nova síntese estruturante.
Relação ODÚ e as doenças
01 - dermatose - infecções dentárias - problemas na boca
02 - inchaço - problemas de estômago - doenças sexualmente transmissíveis
03 - pulmões - sinusite - ossos - estômago
04 - anemia - eczemas - leucemia - dermatoses - fraturas de braço
05 - globo ocular - problemas de face - hemorragias ventre - dentes
06 - circulação sangüínea - problemas Urinários - depressão - enxaqueca - prob. Parto
07 - doenças de pele e hemorróidas
08 - cólicas - hérnia de disco - deformações coluna - desequilíbrios
09 - paralisias - enxaqueca
10 - sudorese - artroses - esclerose - reumatismo
11 - problemas Abdominais - leucemia - envenenamento (ingestão de comidas estragadas)
12 - problemas Renais - diabetes - hipertensão - cefaléia (devido quedas e ou pancadas)
13 - artrite - artrose - dores coluna - doenças diversas
14 - possibilidade qualquer cirurgia - globo ocular - gravidez com perda
15 - olhos - tórax - estrabismo
16 - qualquer doença - morte com sofrimento
OBS: Os Odú envolvidos com mulheres que pariram filhos com doenças congênitas são: 9 - 11 - 12; e os que podem confirmar no jogo são o 9 - 7 e 1.
ODÚ e regiões do corpo
01 - língua - garganta - respiração - cordas focais
02 - pênis (podendo trazer impotência)
03 - pênis - membros superiores - estômago
04 - artérias - circulação - vesícula - partes do intestino - costas - olhos
05 - ossos - cartilagens
06 - aparelho urinário
07 - pele - anus
08 - sistema respiratório - coluna - vasos sangüíneos
09 - órgãos internos - fossas nasais - membros inferiores - genitais femininos
10 - pernas - joelhos - ventre - circulação sangüínea
11 - mão - cólicas menstruais
12 - rins - pâncreas
13 - juntas - cartilagens - unhas - cabelos
14 - vértebras - movimento da coluna
15 - pernas - olhos - lábios - ouvido - peito
16 - corpo todo
Vocabulário
EBÓ - sacrifício
Ebó Aláfia - oferendas aos orixás para paz
Ebó Èse - para purificação
Ebó Fífì - deixado às ondas
Ebó Ìdámewa - obrigação religiosa
Ebó Igbéso - deixar em algum lugar alto
Ebó Itasile - bebida aos santos
Ebó Opé - de agradecimento
Ebó Oreàtinúwa - oferenda voluntária - gratuita
Ebó Oresísun - lançada ao fogo
Ikú - morto
Erú - escravo - cativo
Erán - (subst) terreiro, centro (do chefe)
Ex: O FI OWO LE ERÁN = Ele tem seu terreiro na palma de sua mão
Eran - carne
Iya - mãe
Iya agan ou Gan - função de cuidar de Eguns
Iya Basse - cozinheira dos santos
Iya Moro - adjunta do(a) zelador(a)
Iya Tebexe - solista - especializada nas cantigas de barracão
Búzio - Kauwí - Ówokán - Ókán
Fome - izala (Angola) Ebi npá (Yorubá)
Jinká - baixo ventre - quadris
Cabeça - Kóngbarí, Òrí (Yoruba) Otá (Gege)
Banheiro - Baluwé = Ibaluwé
Banho - maionga / maianga (Angola) - Tó (Gege) - Wiwé / Iwé (Yoruba)
A liberdade de consciência tem sua, expressão máxima na liberdade religiosa, faculdade que cada um tem, de adorar a Deus, de acordo com a liturgia de seu culto.
José de Souza Marques
ORIN ÒRÌ
Bí o bá máá lówó
Se você quer ter dinheiro
Bèèrè si òrì rè
Pergunte a seu òrì
Bí o bá máá sòwò
Se você quer ser reconhecido
Bèèrè si oríí rè wò
Pergunte antes a seu orí
Bí o bá máá Kolé
Se você quer ter casa
Bèère si oríí rè
Pergunte ao seu orí
Bí o bá máá láya o
Se você quer ter esposa
Bèère si oríí rè wò
Perguntes antes ao seu orí
Oríí máse pekun de Orí,
não me feche as portas
L’ódò rè ni mo mbó
Para você que eu sigo (eu vou)
Wá, sayáè mi di rere
Venha, faça meu caminho ser bom (próspero) 
ORIN ÒRÌ
Òrì mi ò sérere fun mi
Meu orí faça o bem para mim
Òrì mi ò sérere fun mi
Meu orí faça o bem para mim
Òrì oka ni sanu oka
Òrì ejo ni sanu ejo
A cabeça da serpente não a maltrata
Afo mope ni sanu ope
A trepadeira da palmeira não a maltrata (parasita)
Òrì mi ò sérere fun mi
Meu orí faça o bem para mim
Ou seja: "Aquilo que nós fazemos, é em nosso próprio benefício. Aqueles que fazem o mal se arrependam. Que as pessoas aproveitem o conhecimento em função de coisas boas. Aqueles que parasitam, não destruam a fonte da sabedoria." 
IJUBA ÒRÌ
O se, o se o, o se o
Eu agradeço, agradeço, agradeço
Osè baba wa
Por existires Pai (em mim)
O se, o se o, o se o
Eu agradeço, agradeço, agradeço
Osè baba wa
Por existires Pai em mim
Introdução à Orunmilá pelo Sistema Oracular de Ifá
Organograma
ÒLÒRÚN
ÒRÚNMÌLÁ
IFÁ
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
256
òrí
ÒRÍSÁ
"Só ao iniciado cabe antever o segredo oculto pelo mariwo", afirma a máxima Yorubá".
Outro gráfico:
Òlorún
Orunmilá
Ifá
16 + 1 agba odú e os 256 òmó Odu
1 caminho individual
5 caminhos da vida humana no Planeta Terra
Ipori - local onde se moldam as cabeças
Ajalá - aquele que faz as cabeças
Ori - aquele que representa todas as cabeças
Òrísá - Energias da Natureza Terra
Oduduwá - Ser humano em sua caminhada pela terra, até seu regresso ao Òrún
Òrunmilá - o grande adivinho
Ifá - oráculo, sistema, adivinhação ou adivinhar 
Antes de começarmos, propriamente dito, as explicações sobre o Jogo de Búzios, precisamos esclarecer, que como quase todos os demais processos divinatórios, apresenta como pré-requisito para que possa ser acessado, algum tipo de iniciação por parte do adivinho, assim como a consagração dos objetos concernentes à prática oracular. O Babalawo (pai que possui o segredo), é o sacerdote de maior importância dentro do sistema religioso em questão. Todos os procedimentos ritualísticos e iniciáticos dependem de sua orientação e nada pode escapar de seu controle. Para absoluta segurança e garantia de sua função, ele dispõe de 3 formas diferentes de consultar o Oráculo e, por intermédio delas, interpretar os desejos e determinações das Divindades e de outros Seres Espirituais. Estas diferentes formas são escolhidas pelo próprio Babalawo, de acordo com a importância do evento a ser realizado, de sua gravidade e significado religioso. Por sua importância e precisão, o Jogo de IKIN é utilizado exclusivamente em cerimônias de maior relevância e só pode ser consultado pelos Babalawo, sendo direito exclusivo desta carta sacerdotal. Compõem-se de 21 nozes de dendezeiro, que são manipuladas pelo adivinho, de forma a proporcionarem o surgimento de figuras denominadas ODÚ, portadoras de mensagens que devem ser decodificadas e interpretadas para que sejam corretamente transmitidas aos interessados. Os IKIN são selecionados e dos 21, somente 16 são colocados na palma da mão esquerda do adivinho que, com a direita, num golpe rápido, tenta retirá-los dali de uma só vez. A configuração do ODÚ é determinada de acordo com a quantidade de IKIN que sobrem na sua mão esquerda. Se restarem 2 nozes, o adivinho fará sobre o seu OPÓN (tabuleiro de madeira recoberto com ierosun - pó sagrado) um sinal simples, pressionado com o dedo médio da mão direita, o pó espalhado sobre a superfície do tabuleiro. Se ao contrário restar apenas 1 noz, o sinal será duplo e marcado com a pressão simultânea dos dedos anular e médio. Esta operação é repetida tantas vezes quantas forem necessárias para que se obtenha 2 figuras compostas, cada uma, de 4 sinais simples e duplos, superpostos verticalmente, o que proporcionará o surgimento de 2 colunas, inscritas da direita para a esquerda, uma ao lado da outra. Se na tentativa de pegar os IKIN, sobrarem mais de ou nenhum, a jogada é nula e deve ser repetida. O Jogo de ÒPÈLÈ obedece à mesma ritualística exigida pelos IKIN, sendo como aquele, exclusividade dos Babalawo. Trata-se no entanto de um processo mais rápido, já que um único lançamento do rosário divinatório proporciona o surgimento de 2 figuras que, combinadas, formam o ODÚ. O rosário ou colar usado, é formado por uma corrente de qualquer metal, onde são presas 8 favas, conchas ou quaisquer objetos de forma e tamanhos idênticos, que possuam um lado côncavo e outro convexo, que irão possibilitar, de acordo com suas disposições em cada lançamento a "leitura" do ODÚ que se apresenta.
Procura do ODÚ
"De manhã cedinho, cada um dos òmò titun é levado separadamente ao local consagrado a esse deus. O iniciado é sentado sobre um pano branco, de costas para o Oju Shango, e entre suas pernas estiradas coloca-se um edum-ará, o mesmo que serviu para sua consagração ao deus no dia do seu oroshíshe. Iyá Shango pergunta-lhe: "Procuras o poder do Orisá ou o poder do dinheiro?" O candidato responde:"E o poder do Orisá que eu quero". Em suas mão juntas ele recebe de Iyá Shango dezesseis búzios, com os quais fará a adivinhação. O òmó titum esfrega os búzios nas mãos, com elas aponta para os quatro pontos cardeais, para o alto e para o chão, toca-se três vezes na testa e joga-os sobre o pano, entre suas pernas. Iya Shango examina a posição dos búzios, contando os abertos e os fechados, e em voz alta anuncia o resultado, provocando comentários dos espectadores..." (trecho retirado do livro de Pierre Verger) É importante deixar-se claro que a cerimônia acima descrita, refere-se à uma iniciação, ocorrida na África, de um Elégun Sangó, motivo pelo qual citam-se fundamentos deste Òrísá, como por exemplo edun-arà. Podemos afirmar com absoluta certeza que, de posse do conhecimento do seu ODÚ pessoal, cada indivíduo pode viver com muito mais tranqüilidade, sabedor que passa a ser do que deve ou não fazer e, que tabus lhe são impostos, quais os Òrísá que deve cultuar, quais folhas lhe são propícias, cores, alimentos, procedimentos, tendências, defeitos, qualidades, etc..., como se adquirisse uma espécie de radiografia do seu destino, da sua vida e do seu caráter.
Nossa trajetória neste mundo é determinada por nós mesmo, antes de cada nascimento, através da escolha do nosso destino que é fundamentado pelas regras e mandamentos que nos são revelados através do nosso ODU pessoal.
As tendências por eles trazidas, não devem ser vistas como provas incontestáveis do caráter e do procedimento de cada um pois, pelo livre arbítrio, a pessoa tem a opção de seguir ou não estas tendências, livrando-se, através do seu conhecimento, das coisas ruins que podem ser vivenciadas na sua estadia sobre a Terra. O mal pode ser evitado, o bem deve ser perseguido e desta forma, seguindo os ensinamentos de Ifá, na observância plena das orientações contidas nos seus signos, podemos viver em total equilíbrio com a natureza, vivendo o Irê (positivo) dos nossos ODÚ. Uma das vantagens que o jogo apresenta sobre os outros sistemas oraculares existentes em nossa terra é o fato de não somente diagnosticar o problema, como também o de apresentar a solução, através de um procedimento mágico denominado EBÓ. Sendo Ifá, o nome do sistema de Òrúnmílá, este processo é muito importante e respeitado no dia a dia do povo Yoruba. Entende-se que Òrúnmìlá é um elemento cósmico da criação e de todo sistema terreno, assim como, de processo adivinhatório do destino de cada um e de tudo que está ligado a natureza. Acredita-se que Deus, mandou Òrúnmílá à Terra, para que desse vida ao mundo, por possuir grande sabedoria, conhecimento e inteligência, ELE também permitiu a Òrúnmílá, o mais importante posto entre todos os Irunmalé e Eborá, divindades adoradas e respeitadas pelo povo Yoruba. Se procurarmos entre os Oriki de Òrúnmílá, vamos encontrar uma exaltação como: ÀKERE FINU SOGBON’, que quer dizer: - o pequeno que utilizou o interior cósmico, para obter sabedoria. Certa vez, Òrúnmìlá viveu na Terra, por algum tempo, antes de decidir voltar definitivamente, em ILE IFÉ e ADO EKETI. De vez em quando ele era chamado por Olodumare, para que usasse sua sabedoria e se reforçasse em seus conhecimentos, com o intuito de consertar o mundo, e, por esta razão, ele também é chamado de OGBAIYÉGBÒRÚN, que quer dizer: aquele que vive na Terra e no Céu. Uma das muitas estórias de Orunmilá, conta que ele teve 8 filhos, e, que durante uma festa, o caçula de seus filhos o desrespeitou, por esta razão ele teria retornado ao céu, por ter ficado aborrecido, devido a isso, passou a existir uma expressão: "IFÁ BA RÈLÉ ÒLÓRÙN KO DE MO O LÈNI TÉ E BARI E AS MÁÁ PE NI BABA", que quer dizer: - já que são bons conhecedores, exerçam minha função e fiquem senhores do mundo, porque irei para o céu me juntar ao Pai. Mas antes de ir, deu 16 IKIN, para seus filhos e disse: ‘" ONI BÉ É BA DELE BÉ É BA FOWOO NI ENI TÉ E WA BI NU UN", que quer dizer: - faça uso somente quando foi necessário. Assim, esse exemplo, cabe a todos os Babalawo, que só deverão consultar Ifá, apenas quando houver necessidade. Òrúnmìlá vem a ser a força, o poder e os mistérios dos 4 elementos que compõem o mundo, seus representantes são:
OBI (noz de cola) - ar, fôlego.
ÒRÍ - fogo, sensação,
ILÉ - terra, chão, corpo, matéria e
OLÓKUN - água, rios, oceanos, fazendo com a união dos 4 elementos, o equilíbrio de todo o Sistema.  
A proposta é descrever minuciosamente a técnica e a magia do verdadeiro jogo de búzios, na forma exata como é praticada pelos adivinhos africanos, e se fizermos uma referência sobre os demais processos divinatórios (IKIN e ÒPÈLÈ), foi com o objetivo de ressaltar a sua importância e esclarecer que aqueles procedimentos não podem, nem devem ser consultados por pessoas não iniciadas no culto de Òrúnmílá, sendo sua prática terminantemente proibida a pessoas do sexo feminino como a todos os que praticam o homossexualismo. Ficando para as mulheres apenas o uso dos búzios - Kawrí e das Favas de Òsoosi (Ayó).
Os ODÚ de Ifá são divididos em 2 categorias distintas, a saber:
a - os ODÚ MEJI (duplos), são em n° de 16 e compõem a base do sistema, sendo por isto conhecidos como ODÚ principais.
b - os ÒMÓ ODÚ ou AMÒLÚ, resultado da combinação dos 16 Meji entre si, o que proporciona a possibilidade de surgimento de 240 figuras compostas ou combinadas que, comadas aos 16, totalizam um n° de 256 figuras oraculares.
Ao contrário do que muitos pensam, todos os ODÚ de Ifá são portadores de coisas boas e de coisas ruins, o que nos leva a concluir que não existem ODÚ positivo ou negativo. Esta afirmativa faz com que se complique ainda mais a adivinhação, na medida em que o adivinho tem que interpretar se a mensagem trazida pelo ODÚ que se faz presente é boa ou ruim. Existem algumas figuras que são, na maioria das vezes, portadoras de boas notícias mas que podem também prenunciar coisas terríveis, acontecimentos nefastos, loucura, miséria e morte. A ignorância deste fato tem proporcionado grandes absurdos, como o costume de se "assentar" este ou aquele ODÚ considerado benfazejo e "despachar" outros considerados malfazejos. É indispensável portanto, à qualquer pessoa que pretenda jogar búzios, um conhecimento mínimo razoável dos 16 ODÚ principais, seus significados, suas características, suas recomendações e interdições, os tipos de bênçãos ou de maus augúrios dos quais podem ser portadores, com quais ÒRÌSÁ e demais entidades podem estar relacionados, os tipos de sacrifícios que determinam, etc. Como se pode ver, trata-se de uma tarefa que, por sua importância e responsabilidade exige, além da iniciação específica, muita dedicação, muito sacrifício e principalmente, muitas e muitas horas de estudo. Acima de qualquer coisa, o Jogo de Búzios exige um ritual diário que objetiva assegurar bons resultados nas consultas. Todos os dias destinados à consulta, ao despertar, o adivinho tem que proceder ao ritual de abrir o jogo" o que exige a recitação de rezas apropriadas, denominadas MOJUBA", por intermédio das quais Òrúnmílá, os Òrísá, osAncestrais, os Elementos da Natureza e outras entidades são reverenciados e convidados a participarem do jogo, permitindo que este seja efetuado sob seus auspícios e proteção.
Após seu banho matinal indispensável e sem que tenha dirigido uma só palavra a qualquer pessoa, o adivinho dirige-se. 
A 1ª caída, esta é a mais importante de cada consulta, pois indica o ODÚ ÒPOLÈ, ou seja, o ODÚ que se apresenta como orientador, regente e responsável pela consulta que está sendo feita, correspondendo aoPRESENTE; a 4ª caída é o FUTURO (positivo), impedido de atuar devido as outra caídas (2ª e 3ª).
O Babalawo deverá estar sentado de frente para o Norte (ARIWA), a sua direita para o Leste (ILA ÒRÚN), com isto, o consulente estará com sua esquerda para o Leste (nascente).
Norte Presente
ARIWA 
Negativo Futuro Presente  
Leste Oeste Positivo
Ila Òrún Iwo Òrún
Futuro
Sul Negativo
Gusú
Vocabulário
Iká - presságio de Besseyn/Oxumare. Significa o princípio da criação do Universo, em qualquer caminho de ODÚ torna-se necessário obter a permissão de IKÁ.
Afesú - ritual secreto do roncó, durante a iniciação, no qual acontece o comprometimento do iniciado com o seu Òrísá; sem essa realização, não existe uma "feitura" completa ou correta.
Banco - Ága - Itisé - Apotí Ijok (Yoruba)
Banhar-se sozinho - Dawé (Yoruba)
Explicação dos sinais positivos / negativos e neutros
Búzio fechado sobre outro búzio aberto = MENOS
Búzio aberto sobre outro búzio aberto = MAIS
Quando não houver nenhum búzio por cima do outro = NEUTRO
Ajudantes de Òrúnmìlá:
Èsú - para trabalhos benignos e malignos.
Òsaiyn - para curas em conjunto com os 16 ODÚ.
Odú - destino, caminho.
Ori - para conduzir s destinos e os pensamentos.
Os Odú são 16, até o Odú 14 são analisados por analogia histórica, prevalecendo suas formas preceituais e suas devidas ordens. Os Odú 15 e 16, quase sempre não são analisados. Diz um ditado Yoruba: "Só se pode justificar um fato, com a citação de outro fato análogo."
ODÚ por ordem de chegada
1 - Ogbè                                                 9 - Ògúndá
2 - Òyèkú                                             10 - Òsá
3 - Ìworì                                                 11 - Ìká
4 - Odi                                                  12 - Otúrúpòn
5 - Ìrosún                                              13 - Òtúrá
6 - Òwórín                                            14 - Ìrètè
7 - Òbàrá                                             15 - Osé
8 - Òkònrán                                         16 - òfún
Nome dos ODU após OSÉTÚRÁ
1 - Òkònrán                                          9 - Òsá
2 - Oko ou Ejioko                               10 - Òfún
3 - Etaògúndá                                    11 - Òwórín
4 - Ìrosún                                             12 - Ejilasèbora
5 - Osé                                                13 - Ejiologbon
6 - Òbàrá                                            14 - Ìká
7 - Odi                                                 15 - Obetegunda
8 - Ejionilé                                            16 - Ìrétè Aláfia ou Òrúnmìlá 
Correspondência dos ODÚ por ordem de chegada com os após OSÉTÚRÁ 
1 - Ogbè                                              8 - Ejionilé
2 - Òyièkú                                         13 - Olugbon
3 - Ìworí                                              15 - Obetegunda
4 - Odi                                                  7 - Odi
5 - Ìrosún                                             4 - Ìrosún
6 - Òwórín                                         11 - Òwòrín
7 - Òbàrá                                            6 - Òbàrá
8 – Òkonrán                                        1 -Òkònran
9 - Ògúndá                                         3 - Etaògúndá
10 - Òsá                                              9 - Òsá
11 -Iká                                               14 - Ìká
12 - Otúrúpòn                                   12 - Ejilasèbora
13 - Òtúrá                                           2 - Oko ou Ejioko
14 - Ìrètè                                           16 - Alafia - Ìrètè
15 - Osé                                              5 - Osé
16 - Òfún                                          10 – Òfún
Da união do Odú Osé e Òtúrá, nasceu OSÉTÚRÁ
Como e quando deve-se encaminhar as fases negativas
Apenas 1 caída
1 – Òkònrán, 4 – Ìrosún, 7 – Odi, 9 - Òsá, 10 – Òfún, 11 – Òwórín, e 13 - Ologbon
Apenas 2 caídas
5 – Osé
Apenas 3 caídas
2 – Ejioko, 3 – Etaògúndá, 6 – Òbàrá, 8 - Ejionilé, 14 – Ìká e 15 - Obetegunda
Odu que são envolvidos apenas com Esú
1 – Òkònrán, 6 - Òbàrá e 7 - Odi
Odu envolvidos apenas com Egun
4 – Ìrósun, 9 – Òsá, 10 - Òfún e 13 - Ologbon
11 – Ówórin é envolvido com Èsu e com Egun
Não podemos esquecer que a maneira de encaminhar os Odú é diferente da forma que se lê. Na leitura lê-se 1ª, 2ª e 3ª caídas seguindo a seqüência da jogada dos búzios.
1ª Norte para 1° caminho - encruzilhada, mato ou estrada 
Leste e dependendo da categoria do ODÚ
2ª Leste para 2° caminho - praça, estrada ou mato
3ª Sul 3° caminho - rio, mar aberto (água)
Obs.: Quando na 1ª caída sair o ODÚ 5, 8 ou 10, estes estão trazendo um aviso / alerta, que não devemos deixar passar em branco.  
Respostas para o Jogo de Obi / Orogbô / Búzios
1.se os 4 pedaços caírem com a parte interna virada par cima, a resposta é Sim = Aláfia; situação favorável, afirmação.
1.quando a situação for inversa ou seja, quando a parte externa está para cima, a resposta é Não = Oyiekú; negação, desastroso, total desfavorecimento.
1.se caírem 2 partes externas e 2 partes internas a caída chama-se Eji Laketú; talvez, alguns interpretam como afirmação, ocorrerá o que se perguntou.
1.quando cair 3 partes internas para cima e 1 para baixo, a resposta é "quase" boa = Etaawá; grande possibilidade de se positivar.
1.se caírem 3 partes externas para cima e 1 para baixo, a resposta é desfavorável = Okònrán; , negação, difícil haver situação favorável.
Obs.: em caso de respostas desfavoráveis, ou seja, não cair Aláfia, repete-se o jogo mais 3(três) vezes não esquecendo, nessas repetições, de esfriar-se o chão (com a quartinha) e usar um pouco de mel, depois coloca-se também no prato que está se jogando. Se as 4 (quatro) tentativas forem desfavoráveis, verifica-se o que está contrariando o Orìsá ou o Òrí. Após a verificação, engrandece-se um pouco mais as oferendas ao Orìsá.
Quando a caída se mantém negativa, coloca-se as partes do Obi ou Orogbô em cima de um acaçá, em posição de Aláfia, leva-se para Onilê (Terra), não esquecendo de esfriar a porta, volta-se ao quarto de santo e começa-se tudo de novo com outro Obí/Orogbô. Se ao jogar novamente o jogo se fecha, repete-se a mesma operação, só que dessa vez, despacha-se também as comidas secas, encerrando-se a obrigação por esse dia, deixando-se tudo para o dia seguinte. No outro dia, lava-se, defuma-se os bichos e faz-se apenas canjica e acaçá, recomendando a jogar, agora, se fechar novamente, não tem mais o que discutir, deverá ser levado tudo, inclusive os bichos para o mato e oferece-se para o Orìsá, para quem seria feita a obrigação.  
 
Conhecimentos básicos de Yoruba, os sons das letras
A – amor                                           J – dji                         S - cerca
b – bom                                             K – quilo                   S - xuxu
d – dado                                           L - louvar                  T - tatu
e – estrada                                       YI – nhi                     V - vaso
E - éter                                              M – maça                W - uva
f – frio                                                N – nazaré               Y - Yoruba
g – gata                                           O – ouvir                  IY - i
h – ruma                                           O – ordem                I - idade
r - rato
GB - pronuncia-se + acentuados o som "Bu"
P - pronuncia-se ao mesmo tempo PQ, sendo + acentuado o som "Pi".
Obs.:
1) os verbos são conjugados, porém existe um auxílio determinado o tempo.
ex.: verbo fazer - SE
fazendo - NSE (n=um)
fiz - TI SE
farei - IYO SE
1.a letra A após a letra N, tem o som de Ã = maçã
Vocabulário
Oiynbo - estrangeiro
Abaja - obi de 2 gomos
Abata - obi de 3 gomos
Atan - lixeira
Òrísá - O - ele + Ohun = viu + As + juntar = Ele viu e juntou
Oritá meta - encruzilhada
Ebó Odú
Após a permissão de Òrúnmílá para que seja feito o ebó com ou sem conjugação, deveremos observar o local do ebó e a ordem correta de passar os elementos no corpo do consulente.
- Alguidar (riscar o n° do Odú em cruz com pemba branca), morim branco (palmos, se necessário também morim preto e vermelho), canjica, pipoca, acaçá, bolos de arroz, bolos de farinha, acarajés, ecuru, ovos, quiabos, velas moedas, ave, folhas (São Gonçalinho ou aroeira). A quantidade dos elementos dependerá do n° correspondente ao ODÚ a ser dado caminho na sua parte negativa. Antes de se começar o ebó, devemos saudar Ilé, Èsú, Òsaiyn, Osóòsi e Ogun, logo na estrada do Igbo (mata), fazendo as oferendas e os ORIKI. As oferendas são 1 de cada elemento do èbó (marcado), além de levar 3 elementos a mais para a pessoa que irá passar o èbó. Durante todo o èbó, deverá haver silêncio, e a pessoa se manterá de pé, até a entrega do carrego, somente então poderá comer alguma coisa leve. Pois na véspera, esta pessoa deverá começar jejum de carnes vermelhas, sexo, e bebidas alcoólicas (a partir de 22:00), pela manhã poderá tomar um chá. Durante o período do resguardo, só poderá usar roupas claras, de preferência branca (16 dias), após o 7° dia, depois de ter feito o Obi d’água, já poderá comer carnes brancas.
Banho após o èbó
1 ovo - quebrar com cuidado na testa do consulente para não machucar.
Ajabó, água de canjica e agbo (omin eró fresco)
Após o èbó, a pessoa deverá tomar banho de folhas: Mariwo, Peregun, Teteregun, Tete, Efinrin, Afèré, Obe Egun (mariwô, peregun, cana do brejo, caruru sem espinho, mutamba, espada de S. Jorge). Se os ODÚ que forem encaminhados não tiverem envolvimento com ÈSÚ ou Egun, o banho deverá ser de folhas calmas, durante esses 7 dias: Rin rin, Dun dun, Ewu, Ojuoro, Oshibatá (oriiri, saião, algodão, erva Sta. Luzia, oxibata).
Quando não se obtiver permissão de Orunmilá, para fazer Èbó ODÚ no consulente, faz-se apenas Èbó Esú ou Ebó Ikú, pois a decisão cabe a ele, saber se o consulente merece ou não. As velas dos èbós não serão nem acesas e nem quebradas, apenas no ebó ikú se quebrarão as velas.
Observações importantes, ainda sobre ODÚ:
- somente se entrega ou faz-se èbó ao por do sol.
- se o Odú do èbó, correspondem a Egun, no 4° dia após das 9 acarajés nos pés de Oya e mais 9 numa árvore frondosa, fora de casa (gameleira), fazendo o Oriki Oya;
- 7,8,9 ou 10 dias após, dar Obi d’água ou Ògbòrí;
- 16 dias poderá ser feito obrigações de santo, feitura ou comidas secas para o Orixá;
- 21 dias depois, dá-se o presente do ODÚ à direita, sempre ao nascer do sol ou antes do pôr do sol, nunca depois.
Quando ao Odú 12 (Ejilasèbora), quando ele se apresenta o jogo fica encerrado, porque o problema e de cobrança de santo, não havendo èbó específico, e, sim èbó comum e obrigações a serem feitas. Não podemos deixar o consulente sair sem antes fazer-se um èbó de coisas brancas, prepara-se um banho de folhas e pede-se ao cliente para voltar depois de 4 dias, nesse intervalo ele deverá tomar banhos de folhas, que foram preparados antes e dado a ele para levar (1° e 4°, será na roça de santo). Ao retornar, recomeça-se o jogo de onde paramos, caso se repita a mesma situação, repetimos tudo novamente, mas avisando ao cliente que é obrigação de santo.
EX.: 3 Fazer èbó Odi ou èbó Èsú (beira d’água)  
12 6 3° dia das 3 padês para Èsú e comida para Ogun
6° dia fazer um ajabó
7 8° dia Obi d’água
16° dia fazer eborí, obrigação ou feitura
21 dia presente a ODÚ
Com relação ao ODÚ OSÉ, caso apareça no jogo 2 vezes, o ebó é para ser feito numa lixeira pequena e se cair 3 vezes deverá ser feito numa lixeira grande. Durante o resguardo para ÒDÁ, o consulente deverá usar uma peça vermelha ou um pedaço de fita amarrada na cintura.
Locais par entrega de èbó ODÚ
água - praia ou rio / campo aberto / estradas / matas / praças / pedreiras / lixeiras (grandes ou pequenas) / encruzilhadas.
O penúltimo elemento a ser passado é a ave por último as folhas, mas nem todos os elementos se passam na cabeça, por exemplo: bala de revólver, facas, punhais, pregos, velas, moedas, corda, charutos, espada de madeira, panos preto e vermelho. Esse tipo de èbó não se faz em casa, e sim no local já pré-determinado pelo jogo. Quando for necessário fazer em casa, após o carrego, bate-se folhas na casa e joga-se agbo até a porta da rua, depois defuma-se tudo dos fundos para a frente (saída). Em caso de encaminhar ODÚ de pessoas doentes, após passar a ave, manda-se que se cuspa 3 vezes dentro do bico da ave, para depois soltá-la em cima do ebó, ainda viva. Em ebó ODÚ, as aves são mortas, apenas nos èbó IKÚ ou èbó Èsú. Caso tenha feito a mais, esse material deverá ser despachado, evitando voltar pelo mesmo caminho, e o consulente não deverá passar pelo local do carrego, no mínimo por 30 dias. Nos ODÚ que corresponderem a Òsàlà (Ejionile e Òfún), não utilizar  dendê, e, sim óleo de algodão, arroz e milho. Os elementos que serão passados no consulente, deverá ser da esquerda para direita, de cima para baixo sem voltar e por último a sola dos pés. O èbó ODÚ, só poderia ser passado por pessoas de OYA ou de OGUN, de preferência de OYA, e, somente será feito  com a permissão de Òrùnmíla. Se por acaso o ebó for entregue de carro, este não poderá dar marcha a  ré, e a pessoa que carregar o ebó ao entrar no carro, deverá ser de costas reverenciando, e após sentar- se não poderá voltar-se para traz. Se o ebó for caminho de encruzilhada, observa-se o lado esquerdo, da  seguinte maneira: a numeração baixa para alta, o lado esquerdo estará à esquerda da pessoa  (geralmente a numeração ímpar é a esquerda). 
Complementos principais dos Èbó ODÚ, quando houver necessidade dos mesmos serem encaminhados individualmente ou conjugados.
1 - Òkònrán
bife com ou sem osso / faca de cabo de madeira ou punhal / 1 prego grande / bala de revólver / morim preto e vermelho
2 - Ejioko
2 panelinhas de barro (não vitrificadas) / 2 moringuinhas / 2 bolas de gude / 2 peões de madeira com as fieiras (tamanho do cliente)
Obs.: após passar os elementos normais, despeja-se água na cabeça e ombros, recolhendo com a moringuinha (frente/costas). As panelas, as moringas e as bolas de gude colocando cada uma numa panela, que será colocado dentro do ebó, são passadas do pescoço para baixo, os peões, as fieiras, estes serão colocados dentro das panelinhas com as fieiras em volta. Local - mato com riacho limpo.
3 - Etaògúndá
3 pedaços de corrente de ferro, sendo que cada pedaço seja a medida de 1 volta e meia da cabeça; 1 volta e meia dos punhos, com as mãos postas; 1 volta e meia dos tornozelos com os pés juntos; e que deverão ser passados da cabeça aos pés juntos; e que deverão ser passados da cabeça aos pés, após, colocar em posição esticada em cima dos outros elementos do ebó. Local - mato
4 - Ìrosún
4 palmos de corda sisal não muito grossa.
Obs.: quando passar, apenas do pescoço para baixo, cruzando na frente e nas costas.
6 - Òbàrá
1 abóbora moranga perfeita, inteira e fechada / 1 sacola de algodão que tenha 1 vez e meia a circunferência da abóbora / 1 faca de madeira.
Obs.: passa-se a abóbora no corpo do cliente (pescoço para baixo), e a sacola também; coloca-se a abóbora dentro da sacola dobrando-se a parte restante para baixo, com cuidado para não virá-la para baixo e colocá-la em cima do ebó. Após passar a faca, colocar em cima com a ponta virada para o por do sol (poente). Local - pedreira na mata
7 - Odi
garrafa de cachaça / facas ou punhais / balas de revólver / charutos / caixas de fósforo / morim preto e vermelho
Obs.: para conjugar, basta apenas as 7 facas ou punhais.
8 - Ejionilé
bandeira branca de morim presa a 1 galho o haste de madeira sem casca (gameleira ou São Gonçalinho), passar da cabeça aos pés ou 1 molde do pé esquerdo do cliente, feito com cerca de 8 velas / 8 bolas de algodão molhadas em óleo de algodão/milho/arroz e que deverá ser passado da cabeça aos pés e colocadas em cima do molde do pé / 1 bola de chumbo, passado do pescoço para baixo, e colocada em cima das bolas de algodão / 1 bandeira colocada ao lado do pé. Local - numa pedra dentro do rio.
9 - Òsá
espelho redondo (cliente deverá olhar apenas na hora do ebó, colocar virado para baixo) / 9 ovos de pata ou 1 pata branca
Obs.: pode conjugar com Irosun e Osa.
10 - Òfún
pomba branca (independente da ave do ebó).
11 - Òwórín
11 facas ou punhais / 11 balas de revólver / 11 pregos grandes
13 - Ologbon
espada de madeira como palmo do cliente / chapéu de palha (colocado e retirado da cabeça 13 vezes pelo cliente em direção ao Ebó / morim preto e vermelho. Obs.: para conjugar basta a espada.
Com relação aos bichos dos ODÚ 2, 3, 6, levarão 1 frango ou 1 pombo branco. Já o ODÚ 8, para casos de doença, passa-se 1 igbin, que será apenas tocado na testa e lados da cabeça e principalmente nos órgãos afetados. Nos casos de atrapalhação, devemos usar 1 pombo branco, passar e soltar. Todos esses ODÚ, ao se fazer ebó tem seu local de preferência, mas quando for caso de doença, o ebó deverá ser colocado na beira d’água.
Para se obter informações, corretas por Ifá, basta analisar a personalidade de cada ODÚ, na ordem direta das caídas (1ª, 2ª, 3ª e 4ª), e, para transmitir ao cliente deve-se generalizar, numa só mensagem as 4 caídas.
Caídas que 3 vezes seguidas, representam feitiço e pedido de morte por feitiço:
1 - Òkònrán - feitiço feito para matar, morte por acidente ou desastre.
4 - Ìrosún - morte repentina por doença
5 - Osé - morte por bruxaria, doença ou suicídio.
7 - Odi - feitiço e morte por assassinato, acidente.
9 - Òsá - bruxaria feita com Egun no cemitério e morte por doença.
11 - Òwòrín - morte por acidente, crime ou doença.
13 - Ologbon - morte por doença, porém lentamente.
Obs.: quando as 4 caídas forem iguais (1, 9, 11, 13), o consulente deverá "nascer" de novo (raspar), ou fazer obrigação. Evitar por a mão, só se for para dar continuidade com as obrigações devidas.
Como conjugar ODÚ OLOGBOM / ODI / EJiONILÉ
13 èbó em caminho de mato
+ 8
7 Odi com Ejionilé por caminho de rio.
8 Èbó Ologbon conjugado com Odi por existir 2 ODÚ em
+ 13 caminho de água, nesse caso, passa a aceitar a conjugação com Odi.
7 Èbó completo de Odi encruzilhada
+ 8
13 Èbó Ologbon sendo encaminhado com bandeira branca.
Obs.: a ave para o 1° e 3° exemplo deverá ser branca e a do 2° ave será amarela.
- os ebós do ODÚ 1, 7 e 11, se saírem 3 vezes seguidas, deverão ser feitos 3 ebós em caminhos diferentes, sendo que, a ave só entrará no último ebó.
- quanto ao uso da bala de revólver, esta somente será usada quando o cliente está ameaçado de morte.
- quando Òrúnmílá permite conjugação, poderemos conjugar:
9 9 9
+ 8 + 4 + 13
7 1 1 / 7 /11
- não se poderá conjugar: 7
+ 11
1
- 1ª caída, o orixá está avisando;
- 2ª caída, está sendo prejudicado;
- 3ª caída, está sendo ferrado e a
- 4ª caída, está se propondo a ajudar ou está dando proteção.
Observações
- o ODÚ ÒWÒRÍN, é o único que tem envolvimento com Egun e Èsú.
- para o ODÚ ÒWÒRÍN, não tem caminho de encruzilhada.
- ÒWÒRÍN à esquerda, sempre será caminho de mato ou estrada.
- presente para ODÚ, apenas quando sai à direita.
- quando se faz èbó ODÚ, usa-se roupas brancas ou claras, durante os 16 dias e usar fios de contas
- caso o èbó não seja encaminhado até o 21° dia, deverá ser feito outro jogo.
- pessoas do orixá ÒSUN, não devem levar em suas obrigações IGBIN ou PATA (não copar para o orixá), mas isso não impede que elas toquem ou limpem os bichos.
- quando se copa qualquer bicho para OSÓÒSI, a cabeça dos mesmos é arrumada em alguidar a parte e nunca no assentamento.
- quando OSÉ se apresenta 3 vezes, o èbó deverá ser colocado numa lixeira grande e que tenha urubus; esse èbó leva carne, se a pessoa estiver doente, colocando-se no èbó o órgão afetado, além de 1 pano branco (passado da cabeça aos pés), pano amarelo, preto, vermelho e rosa (passados do pescoço para baixo).
- O ODÚ OLOGBON leva pano branco, preto e vermelho.
- na situação que OLOGBON, cair à esquerda e houver na 1ª w 2ª caídas, indicação de caminho de água, nesse caso ele também irá por caminho de água, ele se submete.
- quando se encaminha a fase negativa, não se deverá acender velas.
- quando ÒFÚN, sai ao Norte (1ª), não tem ebó .
- todas as vezes que se encaminhar a fase negativa do ODÚ, este ebó deverá ser colocado em lugar baixo e ao por do sol, ou seja, de frente para o poente.
- todas as vezes que se fizer um presente para ODÚ, este será colocado em lugar alto e ao nascer do dia, de frente para o nascente.
Amarração de igbo
Para saber se o Odú Opèlè está positivo ou negativo, usamos a técnica conhecida como "amarração de igbo".
Existem várias técnicas e vários elementos de apoio ao adivinho, que fornecem uma segurança absoluta na medida em que respondem sim ou não às perguntas formuladas no decorrer da consulta. Escolhemos  apenas uma, pois é a mais conhecida e mais usada entre nós, Babalòrísá / Iyalòrísá. Usaremos 2 pedras  roliças (uma clara e outra escura) ou apenas uma pedra e uma concha ou uma pedra e uma fava olho de  boi, sendo que a pedra clara será sempre "sim". Para se saber a resposta às perguntas do consulente ou  as nossas com relação a positividade ou não do ODÚ Òpolè, pegamos a pedra (OKUTÁ), tocamos a  testa do consulente e dizemos "Irê", na tentativa de se obter uma resposta auspiciosa do ODÚ, em  seguida entregamos ao consulente a pedra dizendo: "Okutá boni hem" - entregamos a outra pedra ou o  elemento escolhido dizendo: "Oju malu be ko". Mandamos o consulente sacudir os 2 símbolos entre as  mãos e que os separe aleatoriamente quando mandarmos, devendo ficar 1 em cada mão, sem que nos  saibamos em que mão se encontre este ou aquele elemento. Os búzios são novamente jogados por 2  vezes consecutivas e os resultados, ou seja, os ODÚ que se apresentarem é que irão determinar qual  das mãos deverá ser aberta, observando-se, para isto, a seguinte regra:
a - o 1° lançamento corresponde a mão esquerda,
b - o 2° lançamento corresponde a mão direita;
c - o ODÚ mais velho (menor n° de búzios abertos) determina que mão deverá ser aberta;
d - em caso de empate, deverá ser aberta a mão esquerda;
e - se na mão escolhida estiver a pedra, a resposta é "sim"
f - se no lançamento dos búzios cair ÒFÚN ou OGBE, não há necessidade de se complementar a jogada;
g - se ao contrário eles caírem na 2ª mão, pede-se que o consulente abra a mão direita.
Sempre que se quiser a confirmação ou tirar alguma dúvida com relação à pergunta ou ao consulente deveremos usar essa técnica, pois ela nos orienta muito bem, pois a pergunta é dirigida ao Òrúnmílá.
Quando se joga búzios, não pode haver limitação de espaço, ou seja, jogar dentro de peneiras ou qualquer coisa que faça a limitação.
Quando caem 16 búzios fechados = Opirá, caída totalmente negativa, total desfavorecimento, impedimento e morte; o número desta caída é "0" (zero). Essa caída é perigosa tanto para o consulente quando para o Baba/Iyálòrísá, pois a indicação de Opirá é de morte, perigo fatal. Mediante tal situação o Baba/Iyálòrísá, deverá encerrar imediatamente, não podendo o mesmo, jogar por 16 dias, até que se completem as obrigações devidas. Pede-se ao cliente que se levante e colocamos u pano preto por cima do jogo durante 5 minutos, para somente depois levar o pano para casa de Esú com 1 acaçá. Quando der essa caída, não devemos indicar esse cliente para ninguém. Pegar 4 búzios e perguntar para a Èsú que ele deseja, se a cabeça de um galo ou a cabeça de um bode? Leva-se para a mata e se entrega para o poente, enterramos a cabeça e por cima será colocado o corpo; na volta bate-se folhas em tudo. Durante esses dias é colocado em cima do jogo canjica, que deverá ser trocada todos os dias e deixada às águas, com 17 dias, daremos comida seca para Òrúnmílá.
ESE ODÚ
1 - ÒKÒNRON
Este ESE conta que ÈSÚ certa vez se aborreceu por achar que ele era muito explorado e humilhado, todas as vezes que havia uma festa qualquer em cidades diversas. Isso ocorria devido ao fato de que ele próprio não conseguia se entender com os diversos dirigentes de todas essas cidades (aldeias), porque na verdade Èsú sempre foi muito complexo em tudo e por tudo, podendo até ser comparado à uma criança voluntariosa, geniosa, ambiciosa e rixenta. Em certa ocasião, ÈSÚ resolveu tomar as coisas mais simples e não ser tão ser tão indesejado e aproveitar para tirar bons proveitos das situações, então fez uma consulta por Ifá para saber que tipo de ÈBÓ deveria ser feito para aliviar as fases negativas de suas caminhadas e a qual ODÚ ele deveria presentear, para que fases melhores viessem para ele. Após ÈSÚ ter feito o EBÓ da fase negativa do ODÚ e após ter completado o tempo necessário para presentear o ODÚ que o protegia, ÈSÚ dirigiu-se para a cidade de EJEBÓ-ODE aonde deveria ocorrer uma festa. Ao entrar na cidade, todas as pessoas se admiraram com o comportamento de ÈSÚ pois ao contrário das outras vezes em que fora à cidade, desta vez ÈSÚ é que trazia uma talha enorme, toda enfeitada como se fosse um presente de aniversário para o Rei. Ao chegar ao palácio ÈSÚ foi recebido com poucas honrarias e deram-lhe para hospedar-se um aposento separado do palácio e muito pobre, apesar de ser costume naquela cidade, que as pessoas que chegassem à cidade, deveriam hospedar-se no palácio real. Isto deixou ÈSÚ muito revoltado, principalmente ao ver que a casa onde ficaria era coberta de palha. Altas horas da noite, quando todos dormiam, ele levantou-se devagarinho e ateou fogo nas palhas que serviriam de telhado da casa, provocando um enorme incêndio, que rapidamente destruiu a choupana. Apavorado e arrependido do que fizera, ÈSÚ que deixara a talha no interior da choupana, começou a gritar pedindo socorro. O povo da cidade dirigiu-se todo ao local do sinistro, aonde encontraram ÈSÚ gritando e ameaçando a todos, dizendo-se vítima da crueldade e humilhação, e que ele não merecia tivessem ateado fogo ao seu aposento e que o fogo destruíra a talha e toda sua fortuna. Do meio da multidão, surgiu uma voz que disse: "realmente..., isto é por demais cruel, da fortuna adquirida por ÈSÚ em anos e anos de sacrifício, agora só restam cinzas." ÈSÚ ao ouvir isso, aproveitou-se da situação para chorar e espernear e gritar mais, dizendo: "- Sim, sim, minha fortuna, quem pagará este prejuízo!" Ao tomar conhecimento do ocorrido pelos guardas do palácio, o rei da cidade foi até o local do sinistro e sentindo-se culpado pelo que aconteceu com ÈSÚ, e também um pouco apavorado e penalizado da situação de ÈSÚ disse a ele: "Pede tudo que quiseres que eu, como rei, te darei!" Ao que ÈSÚ retrucou: "- Tudo mesmo, senhor rei?", tendo o rei respondido"- Tudo mesmo ÈSÚ!" e como ÈSÚ tornasse a perguntar, o rei respondeu novamente acrescentando; "palavra de rei não volta atrás, ÉSÚ."
ÈSÚ, à esta altura, já tinha verificado que a situação estava favorável a ele, disse ao rei: "- Sr. Rei, mediante a perda de toda a minha fortuna, a qual talvez fosse maior que a sua, quero esta cidade só para mim." Todos acharam muito justo, e ficaram aliviados pelo fato de ficarem livres da vingança de ÈSÚ e, assim, dessa forma ÈSÚ ficou sendo REI da cidade de IJEBO-ODE tendo o rei como o seu auxiliar, e todos os habitantes ficaram seus súditos.
Este ÈBÓ tem como base:
- 1 bode, galos, 1 talha grande (sem asa), e amarrados no pescoço da talha, colocam-se: contas de varias cores e formatos; búzios, guizos, pequenas cabacinhas, fitas de diferentes cores, 1 tronquinho de carvão, palha na costa.
Dentro da talha, colocam-se muitos búzios abertos e muitas moedas. 
2 - EJI OKO
Vários príncipes de terras distantes resolveram se reunir para disputar qual deles seria mais rico. Um deles por nome OKO previamente fez uma consulta por IFÁ a fim de obter meios de sucesso sobre os outros príncipes. IFÁ então recomendou que fizesse uma oferenda para ser entregue no mato, contendo 2 galinhas, 2 orogbo, 1 avental e 1 enxada usada, etc. Passados alguns dias o príncipe OKO resolveu cavar um buraco num bosque diante de alguns príncipes, em dado momento OKO deu com a enxada no fundo, em algo enorme, causando-lhe muito espanto. Estupefato, chamou os outros príncipes para mais perto dele, para que vissem que ele havia afundado no braço da riqueza. Rapidamente OKO percebeu ter sido logrado pelo acaso, pois a fortuna a qual ele imaginou, não passava de muitos orogbo, então, o príncipe OKOdisse para os outros príncipes - não encontrei nenhuma fortuna e sim muitos orogbo, tão alvos que pareciam tratar-se de muitas moedas. Mas, para os outros príncipes o engano maior foi este segundo engano do príncipe OKO, que na verdade ficara mais rico de todos eles por se tratar de uma descoberta de muitos orogbo, os quais na realidade eqüivaliam muito e muito mais que simples moedas, pois aquele que possui grande quantidade de orogbo passa a ser o mais rico devido ao fato do orogbo possuir grandes ÀSÉ principalmente o de se tornar imune a todos os males quem os tiver, e quanto mais uma grande quantidade. Dessa forma, graças a oferenda que o príncipe OKO fez no mato, ele se tornou mais poderoso príncipe.
O ODÚ OKO por esse ESE oferece muitas esperanças e grande prosperidade em pouco tempo. 
3 - ETAÒGUNDÁ
Em tempos remotos, numa certa aldeia, havia um homem muito sabido e muito querido por todos, que se chamava OLOBIN, mas que era constantemente desafiado por pessoas de aldeias vizinhas que desejavam desfrutar seus poderes e até resolveram enviar-lhe feitiços através da Águia da Morte. Com o passar do tempo, OLOBIN sentindo-se atormentado, resolveu consultar IFÁ, o qual lhe determinou um certo ÈBÓ e, após se desvencilhar do fator negativo do ODÚ que o atormentava faria um presente para ÈTAÒGÚNDÁ, com uma oferenda de 3 igbin, 3 préas, 3 pombos, etc. Quando OLOGBIN arriou a oferenda, o fez com tanta fé, fazendo o ORIKI e OFÓ respectivo, que não percebeu que um dos igbin ofertados saiu da oferenda e alojou-se no topo do gorro que trazia na sua cabeça, a qual estava arriada no chão reverenciandoÈTAÒGÚNDÁ. Ao retornar da entrega do presente, OLOGBIN foi atacado pela Águia da Morte, sendo que esta foi ludibriada por ÈTAÒGÚNDÁ, pois ao mergulhar para bicar a cabeça de OLOGBIN, ficou com o bico preso no buraco do casco do igbin que estava na cabeça de OLOGBIN, o que causou a morte dela. Quando este ODÚ se posiciona a favor da pessoa, a mesma deverá aproveitar a ocasião para se desvencilhar de demandas, traições, brigas, invejas, calúnias, desemprego e, até mesmo, da morte. 
4 – ÌROSÚN OU ÌOROSÚN
Havia um plantador de algodão, em certa aldeia que tinha como proteção um patuá feito com a sola das patas de um leopardo, e esse patuá protegia a tal ponto, que as pessoas das aldeias vizinhas o invejavam porque essa proteção fazia com que o seu algodão ficasse sempre viçoso e não fosse atacado pelas pragas que assolavam o algodão das outras aldeias. Essas pessoas das aldeias vizinhas, fizeram de tudo para derrotar o homem, caluniando que o algodão dele era péssimo e até difamando-o de todas as formas; dizendo que ele alimentava o seu algodoeiro com EJÉ humano. Mas, como não podiam provar nada, resolveram arrumar uma cilada para eliminar o homem. Percebendo que de repente, houve uma trégua nas fofocas, calúnias, brigas, mesquinharias e intrigas de seus vizinhos contra ele, o homem desconfiou que algo estava sendo tramado e resolveu consultar o IFÁ, para saber o que ocorria. O jogo determinou um ÈBÓ para livrá-lo das negatividades que o rodeavam e, após um certo tempo, ele fez uma oferenda a ÌROSÚNcomposta de 4 galos, 4 preás e 1 grande quantidade de algodão, etc. Após fazer a oferenda, houve uma grande ventania a qual levou todo o algodão da oferenda para dentro de um buraco, bem fundo, que havia sido cavado pelos inimigos do homem, com a finalidade de matá-lo, quando ele passasse para ir ao mercado. Mas, o homem, tranqüilo por ter feito a oferenda e por ter o seu patuá de proteção, caminhou lentamente aproximando-se do buraco, sem percebê-lo, caindo dentro dele, mas nada sofrendo, devido à grande quantidade de algodão que estava dentro do buraco. A partir desta data, os seus inimigos não mais o perturbaram por perceberem que ele tinha a proteção dos ventos e a agilidade do leopardo. Quando este ODÚ se posiciona favoravelmente para uma pessoa, a mesma se livrará de falsidades, traições, calúnias e, até mesmo, da morte, pois uma vez fazendo o ÈBÓ da parte negativa e oferenda a ÌROSÚN, a pessoa se tornará senhora da situação. 
5 - OSÉ
Havia um guerreiro que deveria atacar seus inimigos num povoado distante, com o objetivo de conquistar mais e mais terras. Porém o guerreiro e sua tropa teriam que atravessar um rio muito largo. Esse rio tinha o nome de rio ÒSÚN. Ao chegar as margens do rio, o guerreiro e sua tropa notaram que seria impossível atravessar, pois o rio estava muito cheio, transbordando, preocupado o guerreiro consultou IFÁ, para saber que tipo de ÈBÓ deveria ser feito para que a travessia fosse conseguida. IFÁ respondeu que fosse feito um ÈBÓ com tudo. Imediatamente, o guerreiro providenciou o material do ÈBÓ e logo foi feito as margens do rio. Esperou, esperou e não houve efeito, demorou, demorou, mas as águas não baixavam. Desesperado, o guerreiro gritou em voz alta "Eu já disse, eu já dei tudo. Tudo já está dado, o que é preciso mais, eu já dei tudo, eu já dei tudo." Em dado momento as águas começaram a baixar, baixar, baixar. O guerreiro e toda a sua tropa, atravessaram o rio e foram para outras aldeias, guerreiras tomando as terras do outro lado do rio. Vitorioso, o guerreiro reuniu a tropa e dirigiram-se de volta para suas antigas terras. Tendo que atravessar o rio de volta, encontraram novamente o rio cheio transbordando, intrigado e revoltado o guerreiro falou em voz alta: "Estranho fiz o ÈBÓ, já dei tudo, prometi tudo e disse que jamais me arrependeria de tudo, jamais me arrependeria de dar tudo, jamais me arrependeria de dar tudo, o trato está feito" porém nada aconteceu, as águas não baixaram. O guerreiro e sua tropa muito esperaram, mas as águas não baixaram. Cansado o guerreiro novamente foi consultar IFÁ, para sua grande surpresa o jogo de IFÁ respondia, que ele não havia dado tudo, a ida ele não deu tudo, mas na volta ele teria que dar tudo caso ele quisesse voltar. O guerreiro já tinha conseguido vitórias, a primeira foi ter atravessado o rio, a segunda vitória foi ter derrotado os inimigos conquistando mais terras. O guerreiro pensou, pensou e em dado momento lembrou-se que tinha uma filha, lembrou-se que quando a menina nasceu, ele não tendo outro nome para dar a filha, pois sendo ele um rei e tendo tudo, a chamou de tudo. O guerreiro sem ter como voltar atras na sua promessa e naquilo que havia preparado, pressionado pela exigência do cumprimento da palavra por suas tropas, foi obrigado a completar seu prometido de entregar "TUDO" ao rio. O guerreiro ordenou a tropa que tocassem os tambores o mais alto possível, para que os tambores chamassem à sua filha chamada "TUDO". E assim foi feito. As tropas tocaram e tocaram os tambores, TUDO ouviu o chamado de seu pai e dirigiu-se as margens do rio, sem saber o que se passava ela entrou no rio e desapareceu. Os tambores pararam de tocar, o silêncio foi geral, o guerreiro ordenou que todos ficassem em pé. Então o rio começou a baixar, baixar e todos em silêncio atravessaram o rio, o guerreiro não podendo arrepender-se atravessou o rio de cabeça baixa, ele já não tinha mais "TUDO", sua única filha, as águas tinham levado. Então o guerreiro se tornou o mais pobre, pois não tinha TUDO. Moral: Quem quer tudo, pode não ter nada. Devemos ter cuidado com aquilo que falamos, as palavras devem ser medidas. Este ODÚ traz esse ensinamento. Quando fazemos presente para OSÉ com objetivo de vencermos alguma questão, não se deve determinar prazo para obter-se resultado. Faz-se o trabalho e aguarda-se os benefícios que ocorrerão dentro do seu próprio prazo. Não deve haver pressa e interesse quando se presenteia OSÉ. Se o guerreiro não tivesse pressa e tanta ambição, em outra época do ano o rio baixaria suas águas sozinho e ele poderia passar sem problemas. Esse ODÚ determina: "Quem está bem, não deve ambicionar melhoras".
Material para o presente
1 pano branco de 5 mts. Que deve ser estendido no chão, na beira e direcionado para o rio e em cima dele, colocar outros panos de 0.50 cm, de várias cores, tais como: amarelo, vermelho, verde, azul, rosa, etc. Coloca-se também, 1 cabra, 1 galinha, 1 etu, 1 peixe, 1 pombo, 1 preá, e, mais chifres, espelhos, 1 cabeça cortada ao meio contendo búzios, areia e moedas. Em cima do restante do pano, coloca-se ebó, acaçá, buru, akara, abara, tudo adoçado e todos os outros elementos que fazem parte do presente ODÚ OSÉ. Coloca-se também perfumes e miudezas de Iyagba e 1 fio de contas pequenino e bebidas. O rio deve ter um razoável volume de água limpa. Este presente é feito somente quando OSÉ estiver a direita da pessoa e esta, apesar das dificuldades, tem muita vontade de vencer na vida. 
PERSONALIDADE DOS ODÚ
1 - ÒKÒRÁN
- responde Èsú, Sangó, Oya, Òsàlà, Oduduwa e também Ikú.
Èsú adverte que há perigo de roubo, brigas, discussões, inimizades, intrigas, perda de emprego, separação, prejuízo em qualquer tipo de negócio, sustos. Adverte também que está sujeito prisão, acidentes, feitiços, com os caminhos fechados, enfim, ruína.
cliente sente dificuldade em realizar seus negócios, impedindo por inimigos ou pessoas invejosas, é necessário fazer èbó, para retirar as perturbações, e para que Èsú trabalhe em sua defesa.
quanto a personalidade das pessoas regidas por esse ODÚ, na verdade é um mau caráter, pois além de prejudicar a própria vida, procura transformar a dos outros, sem se importar com ninguém. Provocam intrigas e separações, mesmo que seja dos próprios pais, filhos ou de qualquer outra pessoa.
quando a regência for de ÒKÒRÁN MEJI, a pessoa é altamente problemática, mas, se caso o outro ODÚ seja mais tranqüilo, terá seu caráter amenizado.
quando sair no jogo, deverá ser despachado a porta, com uma quartinha usada para esse fim.
presente deverá ser entregue em lugar alto, encruzilhada aberta do lado esquerdo, fazer Oriki, Ofó ÈSÚ, e, tudo que se fizer para ÒKÒNRÓM, deverá ser feito para ONA, ORITÁ e ODARA.
na volta do presente, dar comida a SANGÓ AIRÁ, OYA e ÒSÀLÀ, também em lugar alto.
 
2- EJIOKO OU OKO
responde Ibeije, Osalá, Sangó, Orunmilá Ajésaluga, Ogun e Esú. Apesar de Ibeije, responder nesta caída, é Osala quem comanda (protetor das crianças), por causa da personalidade instável de Ibeije.
quando esse ODU cai na 4ª caída, surpresas boas, cartas, dinheiro, lucros em negócios, amores, boas notícias, casamentos, amigação, noivado, convites para festas e fim de sofrimento.
na 1ª caída, fala em mediunidade, representa também ciências Ocultas; nas demais caídas fala de demandas, indecisões, gravidez.
quanto a personalidade das pessoas regidas por esse ODÚ ou sob sua influência, são muito alegres e felizes, possuem muita sorte, porém não chegam a ficar ricos, não são ambiciosos e procuram dividir tudo o que possuem. São muito confiantes, voluntariosos, geniosos, prepotentes, exigentes e tentam sempre impor suas vontades. Dessa maneira adquirem constantemente inimigos declarados e ocultos, pois pessoas desse ODU são muito invejadas e vítimas de inimigos traiçoeiros, acarretando muitas demandas para impedir o completo triunfo das pessoas sob essa influência.
para que possam ter sucesso deverão aprender a guardar segredo de todas as suas verdadeiras intenções e se algo sair errado, se tornam muito sofridas, quando algo não lhes sai como desejam, e, aí, fazem mexericos e criam grandes confusões, mas como geralmente possuem bom coração, logo se arrependem do que fizeram e procuram contornar a situação criada por eles mesmos e tentam tudo para reconquistar as amizades perdidas. Sofrem muito por doenças, amores não correspondidos, enfim, a personalidade é bem instável.
dar o presente num jardim ou na entrada da mata, ao voltar, dar bastante canjica nos pés de OSALA com 22 acaçás em cima, jogar OBI ABATA e ao dar ALAFIA, comer um pedacinho e o restante colocar em posição de ALAFIA em cima da canjica.
 
3 - ETAÒGÚNDÁ OU ÒGÚNDÁ
responde Ogun, Iemonja, Èsú, Oya, Obaluayê, Sango, Iyá Amapo. Ogun se apresenta com toda força da espada da Lei da justiça, é um ODÚ justiceiro, por ser ele o Senhor das lutas e das batalhas.
quando esse ODÚ se apresenta no jogo, o consulente deverá ser esclarecido afim de encontrar forças necessárias para enfrentar para enfrentar todas as situações desagradáveis e jamais recuar diante de qualquer obstáculo. Somente não deverá agir com impulso de maldade e sim espírito de bondade e esperteza, e muita calma, pois é uma indicação de dificuldade com alguns prejuízos e graves conseqüências. O consulente deverá ficar em alerta, pois haverá fracassos nas realizações de grandes projetos, quando esse fato acontece, é preciso que o consulente tenha muita calma e paciência, pois esse e um Karma imposto por esse ODÚ, e nesse momento, este deverá agir com prudência e acima de tudo com justiça. Não deve depositar confiança demasiada em certos amigos, pois no meio deles haverá um traidor, um falso amigo.
- este só terá bons lucros e bons resultados, mediante seus próprios esforços e sacrifícios, pois deverá ter muito cuidado para não haver acidentes em rua, estradas, doenças graves e decepções. Os caminhos desse ODÚ, quando em suas fases negativas, poderão indicar também brigas, pancadarias, prisões, separações, desfecho de caso na justiça, documentos importantes sem andamento, rompimento de uma sociedade, falência e separação amorosa.
- o consulente deverá ser alertado, quanto a todas essas possíveis situações desastrosas, incluindo também um aviso importante que haverá perigo de papeis comprometedores, nesse caso, este deverá ter muita calma e cautela com essa situação, e de que ele somente vencerá todos os obstáculos, se ele próprio tiver razão, pois esse ODÚ, só age pela razão.
- o homem regido por esse ODÚ, é muito viril, sério e organizado; quando a mulher, tem muita fertilidade, mas não é sensual (sexy). Tanto um, quanto o outro, são radicais, olho por olho, dente por dente. Esse ODÚ, tem uma certa ligação com ÒBÀRÁ, portanto quando for dar presente a ÒGÚNDÁ, deverá se dar também a ÒBÀRÁ e a EJILASÉBORA, e o presente deverá ser em forma de triângulo.
4 – ÌROSÚN OU ÌOROSÚN
- responde Oya, Sango, Egungun. Ewa Olokun, fala em Èsú e Òsàlá
- devido o fato de Oya ter sido vítima de muitas calúnias e injustiças, ocasionadas por Egungun, e, sendo este ODÚ, um dos ODÚ de Oya, as pessoas regidas por este Odú, tendem a sofrer todos esse tipos de problemas.
- porém Sango, nesta caída, responde com certa decisão e justiça.
- Òsàlá, por sua vez, também promete dar um pouco de alívio e proteção.
- devido ao Karma imposto por esse ODÚ, em sua fase negativa traz influências desagradáveis e causa principalmente ao seu consulente ou a quem é regido por ele, um círculo de falsos amigos.
- este ODÚ tem grandes poderes de sabedoria, em sua fase positiva, ele propicia alívio a doenças e caminhos fechados, porém nem todos os problemas poderão ser totalmente resolvidos, mas pelo menos aliviados.
- quando se posiciona à esquerda, indica grandes desgraças, ciladas, roubos, indecisões, calúnias, traições de pessoas amigas, acidentes, muitas tristezas, paixões violentas, muita falsidade, até mesmo dentro de casa e no trabalho, além de perigo de morte repentina.
- já quando sai a direita, é indicação de que haverá resolução dos problemas por pior que sejam.
Obs.: - este ODÚ, deverá ser encaminhado, sempre que sair na 1ª, 2ª e 3ª caídas.
- se a 1ª caída for Irosun, 2ª Odi e a 3ª Ofun, é indicação de grandes choques de correntes negativas, está situação é por demais complicada, é perda em muitas coisas, mas principalmente no amor.
- 4 acaçás, 4 moedas, 4 velas, 4 bolos de farinha, 4 ovos (mencionar somente o nome do ODÚ), para um agrado mensal, para os regidos por esse ODÚ.
5 - OSÉ
- responde Òsún, Iemonja, Osòósi, Obá, Olokun, Oso, Ajé, Onilé, Ogun, Oduduwa, Obatala e Òrúnmilá.
- quem possui esse ODÚ ou é regido duplamente com ele, possui poderes para feitiçarias, e, são imunizados ao feitiço, mas não quer dizer que não pode levar uma balançada.
- é um ODÚ de grandes causas no seu lado positivo, propõe-se a defender o consulente em todos os aspectos. Ele determina fim de sofrimento, traz grandes possibilidades de triunfos e de cargos, terá possibilidades de se envolver com grandes personalidades, é também envolvido em mistérios, indica mediunidade, bom caráter, cargo de chefia na casa de santo e no trabalho.
- quando esse ODÚ, dirigi o ÒRÍ da pessoa, a mesma é misteriosa, vaidosa, quando lhe é conveniente é mão aberta, possui muito charme, além de ser muito inteligente, gosta dos prazeres, são prosas e convencidas, ambiciosas, perseverantes e complicadas no amor, pensam em grandes lucros. Quase sempre são impetuosas na maneira de agir e com isso, perdem grandes oportunidades, pois sempre haverá um inimigo oculto, tentando com grandes esforços derrotar as pessoas desse ODÚ.
- porém elas conseguem vencedor as batalhas e em pouco tempo se reequilibram, obtendo lucros, realizando seus desejos.
- quando esse ODÚ, s e apresenta nas 1ª caídas consecutivas, é indicação de feitiçaria, e, nessa feitiçaria, quem responde é Èsú e Egungun.
Este é o ODÚ invocado pelas feitiçarias (AJÉS) e feiticeiros, pois eles fazem pacto com as IYA MI.
- quando sair 2 vezes, é indicação de magia e falsidade de mulheres, e o consulente será ludibriado com promessas que não serão cumpridas, também haverá perseguição de um homem.
- também indica uma doença grave (mental), não tratada poderá levar à loucura, mas essa situação é passageira, fazendo ebó, todas as negatividades serão despachadas e todos os inimigos serão derrotados.
Observações
5 + - situação em que OSÉ se propõe a ajudar
situação favorável
5 - se faz ebó grande, dando caminho em lixeira grande
+ 5 onde tenha urubu.
5
5 - ebó em lixeiras pequena
+ 5 pode ser latões de lixo na rua
+ 5 - não há ebó, mas deverá ser dado presente à IYA MI
numa jaqueira dentro de um bosque.
+ - igual a situação anterior
5
- Presente às IYAMI
(para se livrar de invejas, feitiços, enviados por 3°)
5 bolos de farinha 5 bolos de arroz
5 ovos 5 moedas 5 velas acesas ao redor
alguidar morim branco
- Colocar no pé de uma jaqueira, 1° o pano, o alguidar, o cliente deverá apenas tocar as coisas na testa e no peito e colocar no alguidar. Isto poderá ser feito tanto no amanhecer quanto no entardecer.
- quanto ao presente, entregar na cachoeira em lugar alto, na volta dar comida a ÒSUN, Osòósi e YEMONJA, fazendo ÒRÍKÍ de cada um.
6 - ÒBÁRÁ
- responde Oya, Sango, Èsú, Abiku, Òsàlá e Òrunmilá
- as pessoas que estão sob essa influência, quase sempre são vítimas de calúnia, problemas com justiça, rompimento com casos amorosos, perda de emprego ou de qualquer outra oportunidade boa, isto é, se ele se apresentar 3 vezes consecutivas, através de ebó, poderá a qualquer momento receber auxílio inesperado, portanto deverá pegar as oportunidades por melhor que se apresentem.
- as pessoas regidas por esse ODÚ, possuem grandes idéias e passam boa parte de sua vida tentando realizá-las e dificilmente encontram meios de como começar, algumas vezes, ou na maioria fracassam por não pedirem ajuda, porém todo o sofrimento não é duradouro, e as pessoas acabam vencendo pela força de vontade, devido a possuírem espírito de luta e não se entregarem facilmente. São batalhadoras e possuem o privilégio de muita proteção espiritual e também dos outros ODÚ, que se dobram a ÒBÁRÁ. Se, numa situação difícil, procurarem o auxílio de um amigo, serão prontamente atendidos.
- se cair 3 vezes seguidas, é sinal de perdas totais.
- se 3 ou 4 vezes, também passa a suspeita de ligação com Abiku porém essa situação não quer dizer que o consulente seja Abiku, mas que tenha contato (pai, mãe, filho, esposa, marido, irmão (ã).
Obs.:
6 6
+ 9 - quer dizer feitiços + 6 - indicação de
7 perdas totais
- quanto ao presente, deverá ser colocado numa pedra em lugar alto, dentro de uma mata.
- na volta dar um amalá para SANGO, acarajé para OYA, além de comida para ÈSÚ e ÒSÁLÁ.
7 - ODI
- responde Èsú, Òsun, Elere (Abiku), Sopona, Yemonja e Òrúnmilá
- as pessoas sob a influência desse ODÚ ou quando ele se posiciona 2 vezes (1ª e 3ª), ou quando é de ODI MEJI, correm constantemente perigo de morte, roubos, acidentes, prisões, doenças graves e impotência,
- quando se apresentar 3 ou 4 vezes, já se poderá ter uma indicação de que o consulente tem envolvimento com ELERE ou até poderá ser ele próprio ELERE.
- as pessoas regidas por esse ODÚ, são pessoas muito importantes, influentes em todas as camadas sociais (da mais alta a mais baixa), gostam de todos os tipos de prazeres da vida, principalmente os de sexo. São também ambiciosas, pensam em grandes lucros, sonham demais com grandezas, viagem com propósitos de obter lucros elevados, enfim, vivem sempre sonhando com uma melhora repentina da vida, mas, infelizmente fracassam em quase tudo, principalmente no amor. Quando o fracasso ocorre, culminam todos os tipos de perturbações até pelas coisas mais simples, daí, então vivem sempre cercados de influências negativas, pois não sabem perder qualquer um dos seus sonhos e oportunidades.
- por não saberem agir devidamente nas ocasiões precisas dependem sempre de muitos conselhos e de boas orientações.
- apesar de ODI ocasionar desgostos, banalidades, imoralidades, etc, ele também proporciona muita sorte em qualquer tipo de jogo, heranças, empregos, conquistas de todos os tipos, bom gosto e boa aparência, porém, a sorte nunca é muito duradoura, porque existe maior número de qualidades negativas do que positivas.
- para que as pessoas desse ODÚ, tenham uma direção adequada na vida é necessário constantemente fazer èbó, para se livrar de fases negativas (não muito grande), as quais ODI determina de um momento para outro. Quanto a um èbó grande, só se deverá fazer uma vez por ano ou quando houver situação muito necessária.
Quando é mulher regida por esse ODÚ, na maioria das vezes, perde a virgindade cedo e é muito difícil permanecer com um só homem, também não se prende ao lar e nem aos filhos.
- para pessoas desse ODÚ, que já nasceram doentes ou que venham a adoecer depois, sofrem riscos de morte.
- grandes desfechos poderão ser contornados ou aliviados através de ebó, rezas, banhos, agrados, obrigações e um bom comportamento para com os orisás.
- no caso de clientes, esse ODÚ traz muitas perturbações, fofocas, brigas, pancadarias, roubos e até perigo de prisão.
- caso ODI, se apresente no jogo 3 vezes, deverá ser feito ebó, mas em 3 caminhos diferentes, sendo que a ave só entrará no último (encruzilhada, mato ou estrada ou praça e beira d’água.
- todas as vezes que se fizer presente a ODI, este deverá ser entregue numa encruzilhada aberta, de barro, do lado esquerdo ou cominho de mato ou praça, fazer o ORIKI ÈSÚ, na volta não esquecer de dar comida a ÒSUN e OBALUAIYÉ.
8 – EJONILE ou EJIONILE
- respondem Osaguian, Obatala, Òrísa Rowo, Ajê, Òsún e Èsú.
- as pessoas regidas ou influenciadas por esse ODÚ, possuem grande proteção espiritual, boas amizades e, quase sempre, caminhos abertos.
- gostam de calma e procuram acalmar o próximo, porém são também vingativas, mas possuem comportamento delicado, são honestas e atenciosas. Vivem com grandes esperanças, estão sempre apaixonadas, são sonhadoras, sofrem e se desdobram para ajudar um amigo.
- geralmente esse ODÚ avisa possíveis riscos de acidentes, doenças graves, traições, pequenos furtos e alguns mexericos.
- quando a pessoa for de EJONILE MEJI, a mesma sofrerá muitas vezes de calúnias e falsidades.
- quando esse ODÚ, responder no jogo, o Babalawo, deverá reverenciá-lo, levantando-se 3 vezes, e o consulente deverá tomar banhos de folhas calmas, trajar-se com roupas claras, de preferência branca, penitenciando-se.
- se caso o consulente já estiver doente, esse ODÚ, torna-se muito perigoso, pois o mesmo possui uma característica um tanto contraditória, pois ele é tão sagaz (o ODÚ) a ponto de enganar a morte, assim, todas as vezes que esse ODÚ se apresentar, em qualquer posicionamento, o mesmo se torna o mais especial, sendo, portanto o merecedor de todas as atenções.
- com relação ao presente, deverá ser entregue em cima de uma pedra no meio de um rio limpo, fazer o ORIKI na volta e dar comida a ÒSÀLÁ.
9 - ÒSÁ
- responde Oyá, Yemonja, Egun, Olokun, Aje, Osayin e Osala.
- traz indicação de influencias de EGUNGUN. O consulente está sujeito a passar por situações de desespero, derramamento de lágrimas, pela não realização quase sempre de grandes projetos, devido à perturbações provocadas por EGUNGUN.
- as pessoas que são deste ODÚ, vivem cercadas de pessoas que se dizem muito amigas e não o são. Geralmente são pessoas inteligentes.
- segundo ESE (contos), esse ODÚ leva ao consulente ou à pessoa diretamente ligada à ele, a proteção de ÒSÀLÁ e SANGÓ, para quebrarem a influência negativa deste ODÚ.
- essas pessoas tem como característica o autoritarismo, caprichos, teimosias, qualidades estas que fazem sempre resultar em grandes transtornos, caminhos fechados, acidentes em viagens e toda sorte de influência dos maus espíritos, causando constantemente às pessoas desse ODÚ ou influenciadas por ele, a receberem más notícias, falsidades e perseguições, tanto de parte masculina como feminina, o que ocasiona grandes perdas e desgostosos.
- com relação ao presente, o local de entrega pode ser em campo aberto, beira de rio ou de mar, na volta faz-se o ORIKI OYÁ e Yemonja, arreia-se acarajé dentro e fora do quarto de santo.
- presente para EGUNGUN, feijão branco e acaçá num bambuzal, afastado da roça de santo.
Observações:
9 - neste caso, ÒSÁ indica falsidade, perseguição de + 9 EGUNGUN de família ou pessoa ligada, e feitiçarias
9 em cemitério.
7 - Odi e òsá, neste posicionamento, indica que existe ou + existirá ébrio na família
9
9
+ - neste posicionamento, indica ébrio por cobrança de orisá
12
12 + 9 - neste posicionamento está indicando maus presságios com melhoras apenas após obrigações ÒRÌSÁ.
10 - ÒFÚN
- responde Òsálufon, Oduduwa, Ile, Egun, Èsú, Òrìsá Lowo
- as pessoas sob essa influência ou que sejam deste ODÚ, são sinceras, honestas, inteligentes, sabem fazer amizades e as conservam.
- quando cai este ODÚ para um consulente, é preciso que o mesmo seja bem orientado, devido a série de perturbações que virão em seguida, tanto materiais como espirituais, abalando sua personalidade de paz, ou seja, entrará em choque com fatos que aparecerão.
- o consulente não saberá iniciar, nem concluir seus projetos em qualquer tipo de atividade, e também na parte sentimental. Este ODÚ, tem muito envolvimento com doenças, quase sempre levando as pessoas à grandes cirurgias, principalmente doenças ligadas ao abdome (fígado, intestino, estômago, etc...).
- geralmente as mulheres deste ODÚ ou influenciadas por ele quase sempre perdem a gravidez (abortam), ocasionando na maioria Histerectomia, correndo risco de vida.
- são pessoas muito caladas, envelhecidas interiormente embora possam parecer jovens algumas vezes, isso porque o ODÚ, é o mais velho por ordem de chegada.
- são também ranzinzas e teimosas, embora sempre exaltem a paz, este ODÚ, traz constantemente perigo de morte, porque possui uma característica velha, teimosa, ciumenta e também muito vingativo e, por isso, envia a morte para seus adversários.
- sempre que este ODÚ sair 3 vezes, é indicação de trabalhos feitos com EGUN, trazendo conseqüências desastrosas e prejudiciais, tanto na parte material como na sentimental e, ainda, casos de desonra e perda de virgindade.
- ÒFÚN não tolera outra cor que não branco, se houver necessidade de fazer ebó para o consulente, com problemas de ÒFÚN, deverá ser feito no IGBO (mato), praia ou onde for determinado pelo jogo, o consulente deverá ir de roupa branca bem como quem irá fazer ebó. Porque senão não adiantará nada e, durante o período de resguardo; deverá ser usado pelo prazo de 7 ou 14 dias, tendo que tomar obi d’água ou fazer algo mais sério.
- quando a pessoa for de ÒFÚN MEJI. Já começa por essa ordem, investigando os orixás responsáveis no Brasil.
- quando se der caminho ao lado negativo, os banhos serão de folhas calmas e frias, deverá ser dado Obi d’água ou EGBÒRÍ de EJÉ FUNFUN (igbin), porque a pessoa que der caminho ao lado negativo, não poderá levar EJÉ PUPA (sangue vermelho), no ÒRÍ por menos 90 dias.
- se sair no jogo, independente de èbó, deveremos aconselhar o consulente a procurar um médico ou, se for o caso, continuar o tratamento que estiver fazendo.
- quando ÒFÚN, sair na 1ª, ela está trazendo em aviso/alerta e, na 4ª caída, deverá ser presenteado.
- se por acaso, se apresentar 4 vezes, não se deve colocar a mão antes de se colocar o ÒSÀLÁ mais velho da casa no chão, deixar passar dois dias coberto com bastante canjica, e depois dar bicho de 4 pés para este ÒSÀLÁ, mas de preferência não mexer com este ebó.
- quando sai ÒFÚN, o Babalawo, levanta-se e toca a própria barriga com as mãos em direção ao poente (para tirar coisa ruim que haja), mas se sair novamente, levantam-se os dois e fazem o mesmo ritual.
- se sair ÌROSÚN e ÒFÚN, a caída é muito perigosa.
- o presente deve ser entregue na beira do rio ou mar, se for no rio colocar na parte da areia seca, e no caso se for no mar, deverá ser na areia úmida. Não esquecer de fazer ORIKI de ÒFÚN e de ÒSÀLÁ. Dar comida a EGUNGUN, não esquecendo de fazer ORIKI ÉGUNGUN. Após a entrega do presente, dar comida a ÒSÀLÁ, ILE e èsú.
11 - ÒWÓRÍN
- responde Egun, Èsú, Òsún, Ósóòsi, Ogun e Òsàlá
- esse ODÚ impõe muitas influências negativas, tanto para o consulente, quanto para as pessoas regidas por ele.
- devido a forma carmática muito pesada a qual esse ODÚ propicia, as pessoas se tornam muito perturbadas, negativas e lutam com grandes dificuldade tentando realizar algo importante na vida, porém todos os caminhos se fecham.
- geralmente, elas sofrem constantemente, problemas de doenças, correndo alguns riscos de vida, pois esse ODÚ, pode ocasionar de um momento para o outro a morte, tanto por enfermidade quanto por acidente grave ou por um crime.
- na verdade, esse ODÚ, repentinamente causa supressão com a morte, não permitindo por muito tempo tratamentos médicos e nem trabalhos espirituais.
- para as pessoas desse ODÚ, existe um fator muito importante: quando ele está em boa fase, ele oferece vitórias sobre todas as lutas e inimigos, os quais tentam guerrear com armas baixas, caluniando, difamando, dando falsos testemunhos, intrigando e fazendo magias pesadas, etc., com propósitos mesquinhos tentando denegrir a boa imagem e a dignidade das suas vítimas.
- somente com um grande ebó, muitas obrigações e muita calma, o consulente poderá gradativamente atingir seus objetivos, caso contrário o mesmo perderá tudo, até mesmo a própria vida.
- para as pessoas que vão viajar ou que trabalham viajando, deverão ter cuidados especiais fazendo ebó.
- para as pessoas que irão submeter-se a cirurgias, também deverão fazer um ebó.
- as pessoas desse ODÚ, embora aparentemente estejam em boa situação, deverão agradá-lo uma vez por mês (dia 11 de cada mês), mas atenção, não é dar caminho, mas sim agradá-lo. O tipo de agrado mensal, não é o mesmo que o anual, é mais simples.
- as pessoas desse ODÚ, deverão usar constantemente um patuá especial, banhos de folhas em defesa, afim, fazer OFÓ e ORIKI.
- as pessoas desse ODÚ ou influenciadas por ele, é necessário além de ÈBÓ ODÚ, verão fazer um ebó IKÚ para um espírito de uma antepassado o qual sempre tenta viver encostado com propósito de levar a pessoa.
- quando ÒWÓRÍN MEJI, para se obter um bom caminho na vida, é preciso quase que "nascer de novo", isto é: fazer feitura de Orixá, confirmar-se Ogã ou Ekeji, quando for o caso de confirmações.
- as virtudes desse ODÚ, são muitas: mediunidade, vidência, premonições, sorte no jogo, no amor, em comércio e vitória sobre os inimigos, só que de forma lenta e muito sacrificada.
- quantas vezes esse ODÚ se apresentar no jogo, quantos serão os caminhos.
11 - caminho de estrada
+ 11 - caminho de mato cercado de perigos
11 - caminho de água
11 - caminhos perigosos
+
+ 11 - perigos em vigor
11 + - absolvição
11 - última oportunidade
11 + 11 - última solução nascer
11 para o orixá
+
11 - perigos a caminho
12 - EJILASÉBORA
- responde Sango, Ilé, Èsú, Ajê e Òrúnmilá
- esse ODÚ, é o mesmo que outorgou poderes aos 12 ministros de Sango, os quais apenas 6 podem absolver ou condenar.
- as pessoas sob a influência desse ODÚ, ou regidos por ele, são pessoas prestativas, inteligentes, justas, possuem bom coração, e mesmo quando ocupam uma posição social elevada, jamais perdem a pose de um rei ou de um ministro.
- o homem desse ODÚ, é quase sempre predestinado ao trabalho pesado, mas encontrará sempre ajuda de um amigo no momentos difíceis, também poderá receber uma herança e ter grande futuro, agora, tanto para o homem, quanto para a mulher, ele prediz que haverá sempre muitas batalhas na vida.
- quando esse ODÚ se apresenta no jogo, deve-se despachar a porta e encerra-se o jogo imediatamente, soprando-o em direção à rua com as duas mãos.
- quanto ao consulente, comente realizará seus internos, mediante feitura de orixá ou confirmação (Ogã ou Ekeji), ou de uma grande obrigação, pois caso contrário, o mesmo fracassará.
- com relação ao jogo, o cliente deverá fazer um pequeno ebó (tudo branco de n° de 4), dar-lhe um banho de folhas frias e mande que retorne após 3 dias, durante os quais deverá tomar banho com as filhas que foram preparadas para ele, ao voltar dar-lhe o 4° banho e, voltar para o jogo e abri-lo de onde parou.
- quando sair no jogo, ÒSÁ e em seguida EJILASÉBORA, indica que o consulente terá grandes dores de cabeça, podendo se tornar um ébrio ou um débil mental, essa indicação também é estendida à alguém da família, que correrá o mesmo risco.
- quando esse ODÚ, se apresenta em qualquer posicionamento, encerra-se o jogo, pelo fato do mesmo dar o veredicto que a solução será mediante a uma grande obrigação de orixá.
- a finalidade desse ODÚ, é avisar de perigos que poderão vir a acontecer tais como: prisões, brigas, misérias, sangue, ruínas, perdas de tudo e desgraça total caso não seja afastado os fatores negativos através do ebó e grandes obrigações aos Orixás.
7 - dar caminho a ODI, ÒSÁ e ÌROSÚN
12 + 9 depois dos ebós feitos, espera-se 4 dias para voltar
4 a jogar, porém apenas com 4 búzios perguntando
Òrùnmilá, quais os tipos de obrigações que deverão ser feitas para o cliente e para quais orixá.
- quanto ao presente, deverá ser entregue numa pedreira, bem alto, no raiar do sol, de frente para o nascente, fazendo o ORIKI. Na volta dar comida à SANGO.
13 – EJILOGBON ou OLOGBON
- responde Obaluaiyé, Nanã, Egun, Ogun, Òrunmilá.
- Esse ODÚ é um dos mais velhos e as pessoas regidas por ele, poderão vencer as maiores dificuldades, mas não possuem muita sorte no amor e, por essa razão, vivem constantemente perturbadas, porém não deixam de ser trabalhadoras, honestas ao extremo, possuem muita vontade própria, são muito conscientes, sensíveis, e quando se sentem agredidas se tornam momentaneamente vingativas.
- esse ODÚ, representa a morte, ocasiona acidente, destruições, traições e separações, mas de um momento para o outro, poderá haver o fim de um longo sofrimento e surgir um novo horizonte cheio de surpresas.
- quando ele se apresenta, costuma indicar a morte para o consulente ou para uma pessoa da família, o tipo de morte é quase sempre por feitiços, principalmente em cemitérios, pois ele tem por demais envolvimento com EGUN.
- as pragas e os feitiços das pessoas desse ODÚ, são por demais perigosas e com muito efeito, e infelizes serão os seus inimigos os quais tentarem guerrear ou cair no desagrado.
- para as pessoas que se encontrarem doentes, qualquer posicionamento será perigoso, com exceção e unicamente quando cair a direita.
13 - perigo de morte
+
+ 13 – morte contando
poucos dias
13
13 + 13 - cercado pela morte, porém há uma pequena esperança,
13 "nascer" para o orixá.
13 + - sem perigo de morte, fim de sofrimento
+ - notícia ou futuro perigo de morte.
13
14 - IKÁ
- responde Osumare, Yewa, Ajê, Osayin, Osóòsi, Ogun, Egun, Òsàlá e Òrúnmilá.
- Esse ODÚ favorece a um novo despertar e determina um cargo importante, traz muitas surpresas boas e poucas surpresas ruins.
- ele determina muitas felicidades, tais como: desembaraços de documentos, heranças, bons lucros em todos os tipos de negociações, uniões, casamento, boas amizades, etc., porém de um momento para o outro, a boa situação poderá mudar, pois a sua fase negativa indica prisões, gravidez por adultério, estelionato, calúnias, agressões e confusões.
- as pessoas regidas de IKÁ, são sempre muito confiantes e, por essa razão, chutam a felicidade, passando ao arrependimento logo após, mas elas, inúmeras vezes, se recuperam e se renovam após obstáculos, cheios de esperança a cada momento e de mediato, conquistam novas amizades com mais precisão e muita cautela em tudo por tudo, pois não sabem e nem gostam de solidão, odeiam a mesma por demais e por essa razão adquirem muitas lábias.
- são pessoas por demais prestativas e agradáveis, fingem ser viris, gostam de vaidade e esforçam-se para sobressaírem em todos os meios e em todas as áreas, lutando com a sua dupla personalidade.
- todas as vezes que IKÁ aparece bem posicionado num determinado jogo, significa possibilidades boas, tais como: cargo no santo, viagens, convites, heranças, nomeações, lucros, presentes, reconciliações, compra de imóveis, mudança de residência para uma melhor, etc…
14 - aviso de alerta, ter prudência e sagacidade.
+
14 + - vitórias, progressos, surpresas boas e caminhos abertos
14
+ 14 - abandono total de proteção, é condenação.
14
+ - falsidades, mas notícias, perigos futuros
14
14 - apenas uma oportunidade
14 + 14 único perdão e a sugestão é
14 dar obrigação.
- o local de entrega para o presente é na beira da cachoeira, sendo que a metade do presente ficará na água e a outra metade na terra, fazer ORIKI, e na volta dar comida a OSUMARÉ.
15 – OBETEGUNDA
- responde Ogun, Èsú, Obatala e Òrùnmilá
- esse ODÚ, possui uma função muito severa, a qual é iniciar inúmeras situações desconcertantes até ocasionar guerra, geralmente através de intrigas, invejas e ambições.
- Quando ele, determina castigos em sua fase regida, as situações se tornam por demais perigosas e delicadas, ocasionando danos morais e materiais, tais como: processos, separações, perda de dinheiro, propriedades, objetos de muito valor, perda de emprego, risco de haver um crime, risco de incêndio.
- Entre tantas situações pesadas, esse ODÚ também adverte sérias perturbações orgânicas e uma demanda perigosa com um homem, por provocações iniciadas por uma mulher.
- Apesar de imposições rígidas desse ODÚ, o mesmo, após algumas séries de experimentações, finalmente alivia as pessoas regidas por ele, possibilitando vitórias, principalmente quando existir questões relacionadas com a justiça, as quais obterão julgamentos justos.
- As pessoas desse ODÚ ou sob sua influência, são favorecidas apenas em pequenos negócios e pequenos lucros, poucas são as possibilidades de sucesso, mas também não quer dizer que as pessoas desse ODÚ serão sempre pobres sem que realizem alguns dos seus projetos e sonhos.
15 - advertindo
+
+ 15 - prejudicando
15 - somente uma única
15 + 15 oportunidade, fazer santo
15 (feitura de orisá)
+ - ameaçando
15
15 + - protegendo
16 – ALAFIA, ÌRÈTÉ OU ÒRÚNMILÁ
- responde Òrúnmilá, e todos os ODÚ do seu sistema.
- essa é uma indicação a qual todos os ODÚ respondem favoravelmente.
- a indicação de ALAFIA, é a representação favorável do Universo, é a verdade, o sucesso e a paz, dando indicações importantes, bons lucros, recebimento de herança, viagens prósperas e amor correspondido.
- essa indicação é feliz tanto para o consulente quanto para o Babalawo, pois o cliente terá daí em diante um novo início de vida, necessitando apenas de uma pequena orientação e alguns agrados aos ÒRÍSÁ, fazendo resguardo nas 3ª feiras para ÒRÚNMILÁ, usando branco até que todos os propósitos sejam totalmente resolvidos.
- tomar banho de acaçá com mel e banhos com folhas calmas e doces, tais como:
- saião - ewe odundun
- colônia branca - ewe ipeperegun
- manjericão branco
- poejo;
- algodão - ewe ewú
- alecrim;
- alfazema;
16 folhas de obi (para pessoas de SANGO, usar as de orogbo).
IJUBÁ IFÁ
- Rezar todas as vezes que for necessário consultar Ifá, para não ter interferências negativas
OLOJO ONI MO JÚBÁ RE
OLUDAIYE MO JÚBÁ RE
MO JÚBÁ OMODE MO JÚBÁ AGBA
BI EKÒLÓ BA JÚBÁ ÍLÈ
ILÉ A LÀNU
KÍ IBA MI SE
MO JÚBÁ ÀWON ÀGBÀ MÉRÌNDÍLÓGUN
MO JÚBÁ BABA MI
MO TUN JÚBÁ AWON ÌYÁ MI
MO JÚBÁ ÒRÚNMÌLÁ OGBAIYE GBÓRUN
OHÙN TI MO NA WI LOJO ONI
KORI BÉÉ FUN MI
JOWO MÁ JE KÌÍ DÍ MO
ÒNÀ KÌÍ DÍ MO
OHUN TI A BA TI WI FUN OGBA L’OGBA NGBA
TI ÌLÁKÒSÉ NI SÉ LÁWUJÓ IGBIN
TI EKESE NI NSE LAWUJÓ ÒWÚ
OLOJO ONÍ KOGBA ÒRÒ MI YÈWÒ YÈWÒ
ASÉ ASÉ ASÉ
TRADUÇÃO
Oh! Senhor do dia de hoje, sua benção
O criador da Terra, sua benção
Sua benção crianças, sua benção os mais velhos
Se a minhoca pede alimento à Terra, esta concederá
Que assim meu pedido seja concedido,
Peço permissão aos anciões 16 Odu
Que meu pedido seja atendido
Sua benção meu pai
Ainda peço permissão a minha mãe
Sua benção Òrunmilá
Que vive no Céu e na Terra
Que o que eu disser hoje
Assim seja para mim
Por favor não permita que meu caminho seja fechado
Porque o caminho nunca é fechado para magia
Qualquer coisa que eu disser para Ogba, ele aceitará
O que Ilakose diz é a última palavra
Assim como Ekesee é o último da família do caramujo
O senhor do dia de hoje
Aceite minha palavra e verifique-a. 
 
 
Saudação para abertura do jogo, pelo sistema IFÁ
IFÁ OGBO
IFÁ OUÇA
OMÓ ENIRE OMÓ ENIRE
FILHO DE ENIRE, FILHO DE ENIRE
OMÓ EJÓ MEJI
FILHO DE DUAS COBRAS
TÍÍ SARE GRANRAN GANRAN LORÍ EREWE
AQUELE QUE CORREU RAPIDAMENTE SOBRE AS FOLHAS
AKERE FINU SOGBON
O PEQUENO QUE ESTÁ CHEIO DE SABEDORIA
AKONOLIRAN BI IYE KAN ENI
AQUELE QUE SOLIDARIZA CONOSCO
IBÁ AKODA
COMO SE FOSSE DE NOSSA PRÓPRIA FAMÍLIA
IBÁ ASEDA
SUA BENÇÃO, PRIMEIRO SER CRIADOR NA TERRA
OLOJO ONI IBÁ A RÉ O
SUA BENÇÃO, CRIADOR DO DIA DE HOJE
ASÉ ASÉ ASÉ
 
PARA SER REZADA A TERMINO DO JOGO, COM O OBJETIVO DE PASSAR A RESPONSABILIDADE AO CLIENTE, QUANDO ESTE RESOLVE NÃO TOMAR CONHECIMENTO DO LHE FOI DITO.
ORUKO AWON / ORISÍ IFÁ MIRAN
TOUÁ NIKE YORUBA TI O IÁ TO SI
ÒRÚNMÌLÁ MI ABIBÁ / OOBI UNLE OLOKUN
OLOKUN AWO UO MIPE
Obs.: acostumar-se a rezar após a saudação de abertura, antes de iniciar o jogo, pois com certeza, não terá esquecimento ao terminar, pois é muito comum acontecer de esquecer. Passe imediatamente a responsabilidade.
ORIKI AJILOGBE
- É para cumprimentar, saudar e comunicar ao ODÚ OGBE, tudo que se fará por IFÁ a ÒRÚNMÌLÁ, e para que todos os oferecimentos sejam aceitos e se consiga êxito em tudo.
ESINSIN LO UNPOJU SE IDÉ
OTÁ LO BEJO LATÃNÃ
OWO SE IDÍ WEREKE
OWO SE IDÍ WEREKE
LODIFÁ FUN LADE OYRIJÚ
LA DE OYRIJÚ LO NSE AYA, EJI OGBE
NIJO TE WON UM ENÚ IMO
TI NUON JENÚ ÓDO SORO RÉ
WON NÍ KO RUBO
IJÓ NA NÍ NIOUN BERE SI FENU
IMO WI TIRE
ATI EWE, ATE AGBA KI Í FÍ
ENU IYE WI TEMI
ATEWE, ATAGBÁ (BIS)
Saudação para despedir a fase negativa do ODÚ, que deverá feita na entrega do ebó, no devido local.
1 - ÒSÉTURA WAGBA TETE ODABO 1
2 - OGUN DABE WAGBA TETE ODABO
3 - WORUN OPIN WAGBA TETE ODABO
4 - WORUN SOBE GBA WAGBA TETE ODABO
5 - OKONRAN OSA KEKI WAGBA TETE ODABO
6 - OTUN ORIKO WAGBA TETE ODABO
7 - OTURUPON OKONRAN WAGBA TETE ODABO
8 - EJIOGBE WAGBA TETE ODABO
9 - OKONRAN ÒYÈKÚ WAGBA TETE ODABO
10 - * ----------- WAGBA TETE ODABO (* Nome do ODÚ que se entrega ebó).
ORIKI ESÚ
ÈSÚ OTA ORÌSÁ
OSETÙRÁ L’ ORUKO BABA MO O
ALAGOGO IJA L’ORUKO ÌYA NPEE
ÈSÚ ODARA OMÓ KUNRIN IDOLOFIN
OLE SONSO SORI ESSE ELESE
KOJE KOSI JEKI ENI NJE GBE MI
AKÍÍ LOWO LAI MUTI ÈSÚ KURO
AKÍÍ LAIYO LAI MUTI ÈSÚ KURO
ASOTUN SOSI LAI NI ITIJÚ
ÈSÚ APATA OLOMO LENU
AI OKUTÁ DIPO IYÓ
ALAGEMOO ORUN A NLA KALU
PAPA WARA ATUKA MASESA
ÈSÚ MASEMI OMÓ ELOMIRAN NI KOSE
ÒFÓ ÈSÚ
(INVOCAÇÃO)
ALAKEGUN KI RINGUN IERI
OJINLE AERE KI RAIE MOKUNTELE
ARINJINA KI ROJU RO MO RE TOLÉ
JE KARONÃ KARONÃ GBE TIUA GBO
JE KARONÃ KARONÃ SORO ARA UA
JE KARONÃ KARONÃ GBO TAIE TARA UA
ORUK IFÁ O LAPE ORUKO IFÁ O LAPE
MO GBAIE PEFA E GBA MIO EGBA MILA
AIE TOTO O E DARIJU MIO EIN MOPE
KASORIKI IFÁ KASORIKI ESÚ
ESÚ BURUKU O, ESÚ OONA
ESÚ ABENUGAN, ESÚ ORITA
ORUKO GBOGBO IN MI MOPE LA PEPO
EJE OIE MI O L’ ORUKO IYA MI OSORONGA
ATOJE NUA TOKAN JE DO
EJE OIE MI KALE O 
ORIKI OGUN
OGUN LAKAIYE OSIN IMOLE
OGUN, SENHOR DO MUNDO TRABALHA BRILHANTEMENTE
OGUN ALADA MEJI
OGUN DE DUAS ESPADAS
OFI OKAN SANKO
ELE USA UMA FOICE
OFI OKAN YENA
ELE USA UM ANCINHO
OJO OGUN NTI ORI OKEBO
UM DIA OGUN DESCENDO DO MORRO
ASO INÃ LO UM BORA
ELE SE ENROLOU NUMA ROUPA DE FOGO
EWU EJE L’OWO
E NUMA ROUPA DE SANGUE
OGUN ONILE OWO OLO NA OLA
OGUN É O DONO DA CASA, DO DINHEIRO, DA ESTRADA
OGUN ONILE KONGUN KONGUN ORUN
OGUN É O DONO DE MUITAS COISAS NO CÉU
OPON ONI SILE FI EJE WE
ELE TEM EM ÁGUA EM CASA, MAS PREFERE TOMAR BANHO DE SANGUE
OGUN AWO LE YINJU
OGUN GOSTA DE MULHERES BONITAS
EGBE LEHIN OMÓ KAN
ELE SOME COM AS PESSOAS QUE NÃO O RESPEITAM
OGUN MEJE LOGUN MI
OGUN SE DIVIDE EM SETE, MEU OGUN SÃO SETE
ORIKI OSOSI
(Dahomé - Oriki Savé)
ODE ONIJA
SESE LEHIN ASO
EE KO PO DE
OJU TI O RI EGBIN KO FO
OJO PO IYÁ MA BI
A KEERE TO GBON SINON
ODE KO TO KU AGBANLI
O SI IDI BATA LEERI EBE
ODE NWO MI ERU NBA MI
IJÁLÁ ODE
IJÁLÁ WU MI
NE O SUN IJÁLÁ NI T’EMI
ODE L’O BI MI D’ AGBA
IJÁLÁ WU MI
NGE O SUN IJÁLÁ NI TEMI
ENI BI NI L’ENI IJO
EWURE KO NI SI MO RÉ
KO R’ODO AGUNTAN
ORIKI SOPONA
(Oriki Ketu)
ENIKENI AWA PE LI AGBA
BABANIJE ALAJOGUN IYALAYEWU AJOGUN APAKE
AWA KO FO ENI KI OMÓ PA ENI JE
ROJU NLO NI ELE MIRAN
IRAWE OJU OMI WELE NI SE WELE
OKOYIKO O GBA ODE ELERAN KI MO UM ERAN
ARIKO OJE KI NRO KO
AGEGE IDE KI KO OPE
AWON TI OBU OKO ENI LI ONA OKO
AWA RU OKU E DE BOLI
IPO KOSI ENU KO SUN
SAKA SIKI GBA OJU ONA
ONI WOWO WDO
GBA OMÓ LI OGUN DANU
ORIKI OSUMARE
(KETU)
OSUMARE A GBE ÒRÚN LI APA IRA
ILE LIBI JIN OJO
O PON IYUN PON NANA
OFI ORO KAN IDAN WO LUKU WO
O SE LI OJU OBA NE
OLOWO LI AWA RE SE MESI EKO AFAYA
BABA NWA LI ODE KI AWA GBA KI AWA TO
A PUPO BI ÒRÚN
OLOBI AWA JE KAN YO
O DE IGBO ELU KO LI EGUN
OKO IJOKU DUDU OJU E A FI WO RAN
ORIKI SANGO
(OYÓ)
BÍ ETU BÁ WO ILE
JEJENE NI UM EWURE
BI SANGO BA WO ILE
JEJENE NI UM ÒSÁ GBOGBO
A RI RU ALA ONINANSO GANGAN
NIILE NI IGBO SORO IBOSI
A JI KÚN ÒSÚN BI OGE
ENIRU OKO LAMU TATA
OGBE ILE SURU GBE OMÓ SI OKO IBEJI
AJA ON POLOWO AWO
ORA SERA WA LOWO OLUDUMARE
O KO EYI OLO ORO BAWA
KURUKURU AJNAKU BO OKE MOLE 
ORIKI OYÁ
(OYÓ)
ÌYÁ OJISÉ OBIRIN SANGO ASEPERI O
DOGA UM WON LI ÒRÚN OBIRIN SANGO
IYA OJISÉ TI OYA NI EMI IYO SE
GBE OMÓ OLOMÓ BI GBORO
A FI AKARABA JÁ BI IDAHOME
IRO NI IDAHOME NPE WON KO NI AKARABA OYA N’ILE
ADELEYE ÒRÚN WARA BI INA JO OKO
BOMIBARA ÒRISÁ TI GBO EGBE RÉ MO ILE
PON MI KI O MA SO MI PON MA SO MI
KI NRIN LI ÒRÚN WARA BI INÁ JO OKO
GBERE OBIRIN SANGO
NI YIO WA PON OMÓ ALUSI NI ODODO
O PON OMÓ ALUSI TAN O KO O RI RÉ SI ILE
OYÁ NI O TO IWO WFON GBÉ
ORIKI YEMOJA
(IBADAN)
OMÓ FE SE EGBÉ WO YEMOJÁ
ÌYA MI AWOYO MA JE LI EWU
ÌYA OMINIHUN
OMÓ GBOGBO NIT OLODE
A O BO OMÓ RÉ
BI O NI JO LE JO ONI YEMOJA
OGUN ÌYÁ KE OLODO
ÌYA KI O FI ORI MI BO MI OJARE
ORIKI OSAYIN
IBÁ AKODA
TI NDA TIRE LORI EREWE
IBÁ ASEDA
TI NTE TIRE NILE PEPE
IBÁ OSANYIN OLOJA EBORA
EWE E GBODO SUN NIGBO
EWE E GBODO SUN L’ODAN
PELEBE NI T’EWE
EWE EE SUN L’ OKO
EWE EE SUN NIJÚ
EWE PELEBE
ELEWE OMÓ E JIRE O
OJISÉ ORISA JIRE
OLOJA EBORA JIRE
OMÓ OLOSANYIN JIRE
ASÉ ASÉ ASÉ
ORIKI NANÃ BURUKU
(ORIKI ABEOKUTA)
SESE IBÁ O
IBA IYE NI MO JE NI KI JE TI ARUN
EMI WA FORIBALE FUN SESE
OLUIDU PE O PAPA
ELE ADIE KO TUKA
YEYE MI NI BARIBA LI AKOKO
EMI A KO NI ALA MO LE GBE AGADA
EMI A WA KI ONILE KI ILE
BA ILE GBE MI NIKAN
BABA MI A JI MO NI JE EJA
WA NI JE EJA KE APEJA
BABA MI ORUKU O BANU BURUKU MU
AWA OMÓ ASIROGUJO
OMO OLUSE GBE OLUSEGBE NIKAN
ARA EPE O EPE OSULE O ASIGORO AMÓ OLOKA
ORIKI ÒRÍ
 
OJU ÒRÍ
IKOKO ÒRÍ
OPA OTUN
OPA OSI
ORÍ PÉLÉ ORÍ PÉLÉ PELÉ ÒRÍ O
ÒRÍ PÉLÉ ATETE MIRAN
ATETE BENIN KOOSA
KOOSA TI DANI KIBÉ
LEENIN ÒRÍ ENI ÒRÍ PÉLÉ
ÒRÍ ABIENIN ÒRÍ BA
KI BO BÓ KÓYO SESE
ÒRÍ O
ORIKI EGUNGUN
 
A JE OLELE MA LE E SARE
A JE MOINMOIN SE S’ASO
AGUNGUN ARA OKO
ODUN PE AWO ELEJIO OSU OMO ARINNAKO
AJODUN WA RO DE AW AROSINKO
ODUN L’A R’ATA ODUN L’A ROBI
ODUN WA DI PEREGUN
ODUN NI PEREGUN YE
AJODUN WA RO DE AWO AROSINKO
EGUNGUN OJE YA WA J’IYO WA J’EPO
ADUDAMADA BI ENI P’ORI
O YO FUN SARA RE LO YIN
YAAGBO YAAJU BI OSUN IWERU
AGBALAGBA YA WA J’ IYO WA J’EPO
ODUN WA DA PEREGUN
ODUN NI PEREGUN YE
ERIN SESE TI KOWEE E DUN
OLOBI MA JE NBI KO WU MI O
OLOBI MA JE NBI KO WU MI
OMO BII PLUMOKO O
OLOBI MA JE NBI KO WU MI
ORIKI IBEIJI
ÈJÍRÉ ÒKÍN
ÈJÍRÉ NBA BI NBA JÓ, JÓ, JÓ
ÈJÍRÉ NBA BI NBA YÓ, YÓ, YÓ
ÈJÍRÉ ÒKIN ARA ISOKÒN
OMÓ EDUN TI NSEERE ÒRÍ IGI
OMÓ ÒTÒ TI NSE NI ÌÈ ÌLÈ
ÈJÍRÉ WO ILE OLÓWÓ KÒ LO
O WÓ ÌLÈ OLÓLÀ KÒ IA BE
ÈJÍRÉ ÒKIN ARA ISKÙN
ILÉ ALÁKISÀ L’O TI KI WON
ÈJÍRÉ SO ALÁKISA DI ALÁSO
O SO ALÁGBE DI OLÓÙNJE
O SO ÒTÒSÌ DI ÒLÒRÒ
O SO "KINI O SE"? D OLÓKÌKÍ
ÒKÌKÍ OWÓ ÒKÌKÍ OMÓ
BI TÁ YÉ TINLO NI ÌWÁJÚ
BE E NI KEHINDE NFI PÉLÉPÈLÉ BO LEHIN
TÁYÉLOLÚ NI OMÓDÉ
OMÓ KEHINDE L’EGBÓN ÈJÌRÉ
TÁ YÉLOLÚ NI A RAN NI’SE
PEKI O LO TO AYE WÓ
BI AYE DRA BI KO DARA
TÁYÉLOLÚ ONIKÈSÉ OM’’ AKIN
O TO AYE DUN BI OYIN
TÁYÉ KEHINDE MO KI
ÈJÍRÉ ÒKÍN ARA ISOKUN
YNDINYNDIN L’OJU OROGÚN
ÈJÌ WÒRÒ L’OJU ÌYÁ RÈ
ÈJÍRÉDE ILÉ KUN FÓFÓO
ÈJÍRÉ KUN ÒDÈDÈE TERÙTERÙ
TÁ YÉLOSÚ S’ AJÉ KÒ SE
KEHINDE S’AJÉ TIRÈ GBÀRÁÀ
AGÁDÁGODO KÒ RÌ WON GBE SE
APÈPA KÒ RAN ARA ISOKÚN
GBOGO IGI INFORIBALE FUN ÀSÍNRÍN
T’OSO T’AJE NFORIBALE FUN ÈJÌRÉ
ÈJÌRÁ ÒKÍN ARA ISOKÚN
ODE’LE OBA TÈRÍN TÈRÍR
ODE’LE IJOYE TAAYÒ TAYÒ
AFÍNJÍ ÀDÀBÀ TI NJE L’AWJO ÒSÁ
ÈJÌRÉ ÒKIN WA TE’WO MI BO ÒSÚN OMÓ
OFINJU OMÓ TI NK’ ORE BA BABA 
(CONTINUAÇÃO DO ORIKI)
JEKI NRI JE NRI UM
ÈJÍRÉ ÒKÍN MA SAI BA WON IYA LÓDO MI 
SOMENTE AS PESSOAS QUE TEM FILHOS GÊMEOS DE NASCIMENTO OU DE ANIVERSÁRIO, DEVEM CULTUAR IBEIJI, COM MATANÇAS, COMIDAS SECAS E FESTAS ANUAIS.
1.OBATALA
(ORIKI IFÉ) 
OBATALA OGIRY OBA EJIOGBE
OBATALA ALA ASE
OBA TAPA LODE IRANJE
O FUN ENI NI O GBA FUN EENI TI KO NI
A DAKE SIRI SIRI DA ENI LI EJO
O WO ENI PEPEPE BI ENI KI RI ENI
ABI OWO GBOGBO YO OMO LI OFIN
O GBA GIRI DANU LI OWO OSIKA
ELE JE OHUN AWA FUN NI JE
ONI ILE O FI O JE TI LEKUN
OBA BI OJ GBOGBO BI ODUN
ALA ALA NIKI NIKI
OBA GEGE BI OWO IFÁ
OBA DA ENI SI AIYE MA GBAGBE
O LEDE SI APERE
O FO OSIKA BI ENI GBO OKE
ORO OKO LA DEPE
ORO OKO ABUKE
ORO OKO AFIN
ORO OKO LASE
ATATA BI RAKUN
AGBATAN NI ILE OKUNRIN
O TU KOKO ALA FUN OMO LORE
ORIKI APAPO ODU MÈRÍNDÌLÓGUN
 
ESINSIN A MAA KUN ORI IMI WOIN WOIN
O DA F’ODU MÈRÍNDÌLÓGUN
T’ OL’OGUN ERU T’ O NI OUN KO L’ENI
ESINSIN A MAA KUN ORI IMI WOIN WOIN
O DAF’ODU MERINDILOGUN
T’O L’OJI IWO FA TO NI OUN KO L’ENIYAN
T’ O BAJE PE TI OUN
OUN ORUNMILÁ
ODO A JE KI NWON MAA BA OUN DO
IBI TI AGBAGBA BA TI D’OJA SI
NI EYE OKO TI I NA A
IBI TI OGEDE BA TI FI IDI BALE SI
IGBO NI I IDA
EWON MÈRÍNDÌLÓGUN I NWON NFARA WON
IRE T’IHIN WA IRE T’OHUN BO
AJERE OLONOONA
IRE T’IHIN WA IRE T’OHUN BO
AJEERE OLONOONA
Obs.: para ser feita, no caso de esquecer ou não saber o Oriki do ODÚ a que está se presenteando.
"O sobrenatural existe, mas minha tese é a de que o sobrenatural é natural."
Darcy Ribeiro
"O temor é para nos alertar do perigo, não para nos afastar dele."
Autor desconhecido
Reza para OBI / OROGBO
Após esfriar o chão e com o OBI / OROGBO entre as mãos.
Saudação:
Ago Aiyé mojúbá, ago...
Ago Òrísà gbogbo (òrísá que se oferta) ou
Ago òrí (fulano) mojúbá
Obi ago mojúbá asé - Awa ni dide: paz, saúde, prosperidade, etc...
Descolando o obi, retirando os 4 pedacinhos de cima, dizendo:
OBI DO FO
OBI DO JO
OBI SE TUN
OBI MERIN
Reza do OBI / OROGBO
ALA L’OPO MOFI WA O
ALA OSI MO FI WA E
L’ OPO L’OMÓ NLÓ WA NRE KE BA
O MEJI KETU OTUN OBI / OROGBO RERÉ
L’OMO NLÉ OMI OBI / OROGBO ELEDA L’OMO (Fulano) OU
ÒRÍSÁ (Nome)
Jogar água
OBI NLÓ resp: APA NIÉ (3 vs.)
Regência dos Orixás para os Signos
Áries Ogun
Touro Sango
Gêmeos Ibeiji
Câncer Òsún
Leão Òsálá
Virgem Oyá
Libra Ososi
Escorpião Èsú
Sagitário Beseyn
Capricórnio Obaluaiyé
Aquário Oguiã
Peixes Yemonja
IKURU DOS ORIXÁS
Ogun - Tranca Rua das Almas
Ososi - Tiriri / T. R. Imbaré / T. Gira / T. Tudo
Ossae - Toco preto
Sango - Braza
Aganju - Pedra Negra
Oyá - Maria Padilha
Obaluaiyé - Caveira (porta)
Omólu - Tata Caveira (último cruzeiro)
Òsún - Maria Mulambo
Ewa - Anaibé
Besen - Kainana
Nana - Kakurucaia
Obá - Cinza Muzila
Sapona - Mangueira Osoguiã - Marabo Toquinho
Tempo - Gira Mundo
Òsálá - Marabo
Logun - Tiriri
Bebidas
Veludo - vinho tinto rascante
T. R. Almas / tranca Gira / Tiriri / T. R. Imbaré - Jurubeba
Caveira / Mangueira - bagaceira
Toco preto - cachaça com mel
Braza - conhaque + gengibre + amendoim
Padilha - Licor de aniz
Anaibé / cigana - sidra
Mulambo - creme de ovos / coquinho
Kainana - creme de ovos
Kakurucaia - batida de laranja com açúcar
Cinza muzila - conhaque com mel
Mirim - caldo de cana com cachaça
Marabo Toquinho - vinho rosê
Marabo - vinho branco licoroso
Pedra negra - vinho rosê ou absinto
Gira mundo - batida de coco
Todos os Ikuru podem beber vinho e aceitam Whisky, mas para a rua será sempre cachaça.
Para inquizilar a Mulambo, basta dar a ela maracujá com pimenta.
LEITURA DE ORÍ
1 - Oriki Èsu
2 - Ofó esú
3 - Ogbe
4 - Ijuba Ifá
5 - Oriki do jogo
6 - Jogar as quatro caídas normais
7 - Oriki Òrí
8 - odú de òrí + bicho do orí
9 - Odú de Bara + nome do Bara
10 - Amparo / Eleda / Junto e Eta
BARA
1 Buruku 2 Idowogbo
3 Ologbe 5’ Atare
6 Orita 6 abenugã
6 Iangi 7 Igbarabo / Orita
8 odara 8 Ijelu
10 Ijelu 11 Lonã ou Onã
11 Elegbara 12 apata
12 Laalu 13 Larin Ota
13 Orugã 15 Abenugã
Ojisebó Inã
Bichos do Òrí
Peixe D’angola Pombo Franga Pata Igbin
Obs.: Jogar para saber se a d’angola e a franga são brancas ou de cor.
Orisa
1
Esu Buruku
2
Ibeiji Orinsala Sale = Ijala Ode ou Olujugbe (8)
3
Ogun Ajo Ode Otolu Omólu Sapata Ibeiji Keinde Oyá Tope
Iemonja Iasesu
4
Ogun Igbo Ode Igboalama Omolú Eritan Oyá Jobe Iemonja Kawro
Ibeiji Tayó
4’
Ogun Soroke (Já) Omólu Ajunsun Sango Akkaiúna Ossae pê
5
Ogun Ayaka Omólu Afumã Sango Baru Ossae Pê
Òsún Iaomi (Ioni) Iemonja Iasesu
5’
Èsú Atare Ode Otolu Omólu Etetu Sango Aganju Elere Tempo
Beseyn Token
6 e 7
Èsú Iangui Èsu Abenugã Ogun Oromina Ode Isogbo Sapona
Omólu Araue Sango Bade Sango Aganju Oya Jebe Oyá Tonã
Òsún Tinibu Logun Labanã Omólu Avimage Beseyn Odã
Iemonja Tonã Oguiã Eteko Òsáfuru Ibeije Keinde
8
Èsu Odara Ogun Já Obaluaiyé Jagun Sango Agodo Òsún Opara
Iemonja Iaboto Oguiã Ajagunã Nanã Ibialá Nanã Susuré Òsálufon
9
Ogun Are Ode Okuerã = Onipapo Obaluaiyá Are Sango Awrekete
Oyá Pada Oyá Nimbu Oyá totéia Oyá Fure Oyá Kiakolumã
Elere Òsálà Akere
9’
Ogun Tonã Ode Olwere = Danadana Sango Akorumbé
Sango Sogboadã = Dada Sango Jaká Oyá Eleoko Òsún Iepondá
Oba - (Eleoko) Logun Igbain
9’’
Omólu Avimage Sango Akorumbé Oyá Jejebe Òsún Egingira
Iemonja Soba Oyá Kiakolumã Òsàlá Alasé
10
Ogun Alabedeorun Ode Inlé omólu Igitan Sango Airá Oyá
Oya Funã Òsún Igimun Oguiã Saluga Òsálà Olokun Òsálà Ijala
Ode
11
Èsú Lonã Ogun Lode (=Mege = Igbagbo) Oolode (=Karê)
Omólu Afomã Òyá Topé Òsún Ayala Iemonja
Iemonja Ogunté Òsálà Olokun Oguiã
12
Èsú Apata Sango Baru Sango Afonjá Oyá Karã Òsún Tinibu
Tempo Iemonja Konla Bosen Token Oguiã Eko
13
Èsú Larin Otá Òmólu Avinagege Nanã Buruku (labain)
Òsálà Kajaprikú
14
Ossae Pê Elere Òsún Iemonja Ariokã Iemonja Obituô
Besen Gidã Oguiã Saluga Ibeje Keinde Ibeije Tayó Nanã Susurá
14’
Ode Oti (Oke) Omólu Azauani Òsún Aboto Iemonja
Òsálà Oke Òsálà Baba Ode Elere
15
Òsún Abalu Ewa Ijikun Oba Sion Besen Gidã Iemonja
16
Òsalà Baba Epê ÒRÚNMÌLÁ
Obs.: quando cai no jogo Elere além de dar caminho aos ebós específicos, temos que dar atenção ao caminho.
Ex.: 5 - faz-se Oxumare / Òsún / Ibeiji, mas somente após a perguntar ao jogo.
9 - faz-se Ogun / Oyá e em 14" faz-se Òsún
Com Tempo, é o mesmo sistema
Ex.: 5 - Oxumare
12 - Sango Awrekete (9)

Relação Odu / Orisa
Marcação para Orisa
Cor para identificação
1 Èsú
1 Èsú
vermelho e preto
2 Ibeiji
2 Omólu
preto e branco
3 Ogun
3 Ogun
verde
4 Iemonja
3A Logun
amarelo e azul
4’ Iemonja/Ogun/Oya
4 Iemonja
 
5 Èsú
5 Ode
azul claro
5’ Èsú / Beseyn
5A Ossayin
verde e branco
6 Ibeiji / Òsálà
6 Sango
vermelho e branco
7 Èsú / Sango
7 Oyá
marrom
8 Omólu/Oguiã/Òrúnmílá
8 Òsún
amarelo
9 Oyá
9 Ewa
laranja
9’ Oyá/Iyá/Iemonja
10 Beseyn
amarelo e preto
9’’ Oyá/Iyá/Iemonja/Sango/Omólu
11 Oguiã
azul e branco
10 Òsálà / Esú / Iya
12 Òsálà
branco
11 Ogun / Ode
13 Oba
vermelho
12 Sango / Omólu / Èsú
14 Nanã
roxo
13 Nanã
15 Ibeiji
 
14 Iemonja
Tempo
 
14’ Iemonja / Òsún
 
 
15 Ewa
 
 
16 ÒRÚNMÌLÁ
 
 
Observar:
4 normal - misturado
4’ 1 fica separado - fala Oyá ou Egun
5 normal / misturado - fala Òsún
5’ 2 separados - fala Beseyn
9 normal / misturado - fala Ogun
9’ 1 fica separado - fala Oyá
9’’ 2 ficam separados - fala Sango
14 normal / misturado - fala Iemonja
14’ 1 fica separado - fala Òsún
Outra maneira de interpretar:
Búzios Abertos ODÚ ÒRÍSÀ O que anuncia
1 Òkónrón Èsú desastres, más notícias
2 Ejioko Ogun dificuldades
3 Ètaógùndá Ogun perigo, resguardar casa
4 Ìrosún Sango processo, justiça
5 Òsé Òsún/Iemonja falsidade pessoa próxima
6 Òbárà Oyá coisa agradável, amor
7 Odi Èsú dificuldades
8 Ejonile Ososi alegria, felicidade
9 Òsá Oyá morte na família
10 Òfún Òsálà insegurança, desconfiança
11 Òwórín Omólu doença, mal estar
12 Ejilasébora Ajés de Sango bruxos, maldade
13 Ejiologbon Omólu doença na família
14 Ìká Osumare ganhos inesperados
15 Obetegùndá Òsálà teimosia, bondade
16 Alafia ÒRÚNMÌLÁ tudo irá bem
Outra maneira
Búzios Òrísà o que anuncia
Fechados
1 Oba guerra
2 Nanã e Iyemonja família, abandono, viagem
3 Omólu doenças, curas
4 Obaluaiyé morte, transformações
5 Ossae timidez
6 Oyá decisões
7 Osoguiã glória, impérios
8 Egun bruxarias, feitiço
9 Ogun lutas, combate, armadilhas
10 Sango justiça
11 Ososi trabalho
12 Òsún amor, herança, dinheiro
13 Omólu almas, doenças graves
14 jogo fechado
Outra maneira:
1 Èsú
2 Ogun
3 Omólu
4 Iyemonja
5 Òsún
6 Ososi
7 Òsálà
8 Logun
9 Sango
10 Osumare
11 Oyá
12 Ossae
13 Nanã
14 Iyewa
15 Obá
Outra Interpretação
1 - Abertura podendo ser positiva ou negativa
2 - Ajuda
3 - Precisa de equilíbrio Negativo: guerra
4 - Precisa de caminhos
5 - Fala Bara - movimentação geral e espiritual Neg.: poderá ficar doente
5’ - Fala Beseyn - mov. Geral e espiritual Neg.: poderá ficar doente
6 - Certa ajuda Neg.: está em conflito
7 - Ajuda
8 - Pessoa normal - solução - funcionando de forma branda
1ª vez - precisa de ajuda 2ª vez - auxílio para melhorar
Positivo - início de alerta
9 - Ajuda grande
9’ - Grandes intuições - ligadas aos ancestrais
9’’ - Justiça em terra e água Neg.: uma certa injustiça
10 - 1ª vez - Paz 2ª - afetiva Neg.: cabeça desassossegada
11 - Guerras com ansiedade para vencer na vida
Neg.: derrotas, feitiços com Egun e Esu
12 - Neg.: entusiasmo
13 - Mais experiência - dar caminho ao 8
Neg.: grandes doenças, morte, grandes feitiços com Egun
14 - Equilíbrio mental com grandes presentes, principalmente no lar.
14’ - Idem, projetos afetivos, grandes empreendimentos em sigilo, atenção
no que fizer.
15 - Neg.: grandes modificações e mudanças para o mal
Pos.: grandes modificações para o bem.
16 - Tudo nas mãos de Olodumare.
Curiosidades de algumas caídas
A parte aberta de um sobre a parte aberta do outro = problemas conjugais
A parte aberta de um sobre a parte aberta do outro, sendo que o de cima corre um pouco para a direita = Desobediência, conduta leviana
Um búzio aberto, sendo que a parte larga do outro encaixa dentro dele = o Orìsá está de pé, devemos perguntar com 4 búzios, qual o caminho a seguir.
Um búzio aberto e a parte estreita do outro dentro dele = Morte 
Dois búzios abertos, sendo um sobre o outro = Carrego de Santo. Pergunta-se com 4 (quatro) búzios, para saber-se o que o Orìsá quer.
Nove (9) búzios abertos, sendo que 2 abertos um em cima do outro, abertura com abertura = Perturbações ligadas ao sexo.
Dois (2) búzios um em cima do outro, abertura com abertura, sendo que o de cima corre um pouco para a esquerda = o (a) companheiro (a) se foi ou está indo.
Nesta posição é Ogun quem está falando, um montado no outro, abertura com abertura = com 4 búzios o que Ogun deseja. Se não é um problema com Orìsá, uma batalha que ele vai vencer.
Alguns búzios caem formando um conjunto em separado = complicação para o consulente.
Um búzio cai sobre a pedra = a consulente não é mais "virgem" ou vai perder a virgindade ou ter seu 1 contato sexual; se for casada, vai cometer adultério.
Dois (2) búzios abertos guarnecidos por mais 2 abertos de cada lado; Osàlá quem fala = a sepultura está aberta, recomenda-se obrigações caso contrário morrerá.
Dois (2) búzios, um aberto e outro fechado à esquerda = o fechado é a morte e o aberto é a proteção do Orìsá.
Um búzio cai fora do jogo, caindo no chão = o consulente deverá fazer um trabalho para seu benefício.
Dois (2) búzios à direita, separados dos outros = viagem próxima a se realizar.
Dois búzios à esquerda separados dos outros e um outro próximo da moeda = viagem que se realizará próximo com proveitos financeiros.
Alguns búzios formando cruz = promessa feita e não cumprida, paga.
Alguns búzios formando uma linha reta = os caminhos estão abertos, não existindo problemas para o consulente.
Um búzio sobre o outro em forma de cruz = sérias complicações para o consulente.
Quando caem 16 búzios fechados = Opirá, caída totalmente negativa, total desfavorecimento, impedimento e morte; o número desta caída é "0" (zero). Essa caída é perigosa tanto para o consulente quanto para Baba/Iyálòrísá, pois a indicação de Opirá é de morte, perigo fatal.
Mediante tal situação o Babá/Iyálòrísá, deverá encerrar imediatamente, não podendo o mesmo, jogar por 16 dias, até que se completem as obrigações devidas. Pede-se ao cliente que se levante e colocamos um pano preto por cima do jogo durante 5 minutos, para somente depois levar o pano para a casa de Èsú, com 1 acaçá.
Quando der essa caída, não devemos indicar esse cliente para ninguém. Pegar 4 búzios e perguntar a Èsú o que ele deseja, se a cabeça de 1 galo ou a cabeça de um bode. Leva-se para a mata e se entrega para o poente, enterramos a cabeça e por cima será colocado o corpo; na volta bate-se folhas em tudo.
Durante esse dias, é colocado em cima do jogo canjica, com 17 dias daremos comida seca para Òrùnmilá.
Relação dos EBÓ relacionados à leitura
1 - Èsú Buruku
Morim preto - frango preto - padê azeite doce - 7 moedas - 7 ovos - 7 velas pretas.
- Agrado para ODARA
2 - Quando sair EJILASÉBORA (12) no ÒRÍ
1° ebó
cabeça de cera (no sexo da pessoa) - ajabó de 28 quiabos + azeite doce + açúcar + noz moscada - morim branco - miolo de boi - retrós de linha branca - 7 velas - 7 moedas. Local: Beira d’água
2° EBÓ
1 saco de estopa - padê completo - 7 acaça amarelo - 7 abará - 7 acarajé - 1 cachaça - 1 frango branco - 7 velas - 7 ovos - 7 moedas - pipocas + alpiste (junto) - 7 acaçá branco - canjica.
3° EBÓ
1 alguidar - abóbora moranga aberta - canjica - pipoca - acaça - doces - frutas - moedas - velas (dependendo das posses da pessoa).
Isso é para ser feito tudo em n° 6, para que se possa surpreender OBARÁ
3 - Quando sair EGILOGBON (13) no ÒRÍ
1 EBÓ
1 pote de barro com tampa - pedra de carvão - 3 mts. De morim roxo - frango carijó - pombo malhado claro - 7 ovos de pata - 7 ovos de galinha - 13 acaça enrolado - pirão de fubá - pirão mole de polvilho doce.
2 - EBÓ
Suspender EJONILE
NANÃ BURUKU
13 acaça - 13 aberens - 13 velas - 13 ovos - 1 franga preta - 1 acaça - 8 velas - 8 acaça - 1 obi - 1 igbin - 1 quartinha - waji + baunilha
4 - Quando sair EGILOGBON no Amparo
1° EBÓ
1 panela de barro média - 1 socador usado - 13 ovos - 13 velas - 13 acaça - 1 igbin - 1 bagre - 13 bolas de feijão preto temperado - 13 moedas - morim roxo - morim branco - 1 franga ou pombo preto.
Suspender EJONILE
morim branco - 8 velas - 8 acaças doces.
5 - ELERE (quando sai no amparo)
1 obi ralado + orogbo + baunilha em pó - 2 folhas de bananeira pequena - morim reto - frango preto - 1 alguidar grande - 1 garrafa de álcool - dendê - mel - farinha de mesa - azeite doce - Folhas frias cozidas
Ogborí imediatamente
Outros
1 - EBÓ dos 7 Caminhos
deverá ser feito antes do Iawo se recolher, já na Roça de santo. Passar tudo e sair para entregar; o Iawo fica para tomar os banhos e se recolher.
1° cainho - Encruzilhada
1 ewe Làrá (mamona) - 1 ovo - 1 vela - 1 acaça - 1 moeda
2° Caminho - Estrada
1 ewe Iàrá - 1 ovo - 1 vela - 1 moeda - 1 acaçá - feijão fradinho e milhos vermelhos torrados
3° Caminho - Balé
1 ewe làrá - 1 moeda - 1 ovo - 1 acaça - 1 moeda - pipoca
4° Caminho - Igreja
1 ewe Iàrá - 1 vela - 1 ovo - 1 moeda - 1 acaça - canjica cozida
5° Caminho - Mato
1 ewe Iàrá - 1 moeda - 1 ovo - 1 vela - 1 acaça - amendoim e milho vermelho cozido
6° Caminho - Praia
1 ewe Iàrá - 1 ovo - 1 moeda - 1 vela - 1 acaça - arroz cozido
7° Caminho - Rio
1 ewe Iàrá - 1 ovo - 1 moeda - 1 acaça - 1 vela - feijão fradinho cozido
2 - Caminho para ÈSÚ, após o término das obrigações (específico para a Roça de santo)
7 ewe Iàrá - 7 folhas de jornal - 7 ovos - 7 moedas - 7 acaça - 7 velas - 7 fósforos - 7 búzios - pades (água, mel, dendê, cachaça) - 1 garrafa de cachaça - 1 frango (cortado em 7 pedaços) - tempero
3 - Caminho para Ogun ou Ebó de Guerra
1 molho de arruda - 7 ovos - 7 velas - 7 moedas - 7 quiabos - morim branco - milho vermelho - feijão fradinho - 1 frango - dendê - azeite doce - mel.
4 - Presente aos guerreiros
8 bolas de inhame cozido - Oguiã
1 inhame cozido amassado ou inteiro - Ogun
1 inhame cozido e cortado em 8 fatias - Obaluaiyá
8 acaça - 8 moedas - 8 velas
Local - num pé de eucalipto
5 - Oguiã para acalmar / pedir equilíbrio
1 tigela de louça - 8 bolas de inhame - leite - baunilha - água
6 - Oguiã para acabar com ejó
1 faca - 1 frango preto - acaça - waji - baunilha
Obs.: o ideal é para ser feito com todos que entrarem na casa de santo, evitando com isso aborrecimento posteriores.
7 - Ebó para saúde
8 ewé làrá - 8 acaçás - 1 garrafa de água - 1 quartinha - 8 velas - efun ralado.
8 - Magia de Abertura de Caminho
1 obi branco (2 ou 4 gomos) - morim branco - prato branco - mel - sal - 1 pombo branco - 7 grãos de Ataré (pimenta da costa)
Mastigar 7 grãos de Ataré (não se fala + a partir daí "isto é fundamental para que dê certo), fazer o OFÓ, retirar 5 penas (asas), colocar em volta do prato; o morim dentro do prato; dentro colocar mel e sal.
Deverá ser feito pela manhã bem cedo e com poucas pessoas, sendo tudo num dia só, e em nome de EGBE OGBÁ. Depois de "encantar" o obi cm OFÓ, colocar no prato, levar para um lugar bem alto, entregar e soltar o pombo; quanto mais alto este voar, maior será a ascensão da pessoa.
Obs.: se abrir o obi de 4 gomos, jogar, se não der ALAFIA, jogar fora e usar outro (deve-se abrir com as mãos ou dentes).
A pena = AGBE do pombo significa a força que leva o mesmo até OLODUMARE.
Neste trabalho estaremos usando a força de OGBÓ e OGBÁ - conjunto de pessoas que tratam de ABIKU = ELERE = EGBE OGBÁ = Sociedade de Tratadores de ABIKU. A palavra deles não volta a traz.
OFÓ
(para essa magia)
YIYE NI YE EIYELE
Assim como a pena é para o pombo
ÒRÍ JEKI OYE MI
A minha cabeça é para mim
KI AIYE MI O DARA!
Que meu mundo seja bom!
KI ONÃ MI LÀ SI RERE!
Que meu caminho seja de sorte!
OGBÓ LÓ NÍ KÍ E GBÓ ÒRÒ SI MI LENU OGBÁ
As palavras são as palavras da boca de OGBÓ
ÒGBÀ LÓ NÍ KÍ E GBA TEEMI SI RERE Ò GBA
Ogbá é quem está pedindo para que meu caminho seja bom
ÀBA TI ALAGEMO BA DA
Qualquer coisa que venha de ALAGEMO é aceita
OÚN NI ÒRÌSÁ ÒKÈ Ì GBÁ
pelo orixá ÒKÈ que é o dono da montanha
E GBÁ TEMI SI RERE!
Aceitem que minhas coisas sejam boas!
ASÉ ASÉ ASÉ
 
9 - Saúde
(pode ser 11/7)
1 peixe vermelho - 7 palmos de morim branco - 7 velas - 7 moedas - 1 pade dendê - 7 fitas coloridas (menos preta e vermelha)
Local: próxima a água
10 - Èsú
7 acaças brancos, 7 amarelos, 7 velas, 7 ovos, 7 moedas (0,01), morim preto, vermelho e branco, 1 bife de porco, 7 charutos, 7 fósforos, 1 cachaça, pipoca, 77 acarajé, 7 ekuru, 7 legumes.
11 - Para vender imóvel
1 kg. de milho vermelho aferventado ou mal cozido, 1 vela ou 3 velas.
No local: 3 pades (água, dendê e mel), água de acaçá
comida para Ogun com 1 acaça em cima .
Pedir que traga o comprador certo.
12 - Egun
bolos de farinha, bolos de tapioca (alpiste opcional), punhados de arroz, punhados de pipoca, punhados de canjica, acaça, acarajé, repolho pequeno branco, 250g. bofe, bife de porco, sardinhas (opcional), frango (opcional), velas, moedas (0,01), morim branco, linha branca.
13 - Ikú
7 qualidades de feijão, 7 qualidades de legumes, 1 molho de couve, velas, moedas (de pequeno valor), bolos de farinha, bolos de tapioca (alpiste opcional), punhados de arroz, punhados de canjica, punhados de pipoca, acarajé, ecuru, morim branco, vermelho e preto, linhas branca, vermelha e preta, cachaça, fósforos, charuto, 7 qualidades de carnes, sardinha, caixão, casal de bruxos, 2 abanos, 1 frango, acaçá branco, acaçá amarelo, pade, etc...


RITUAL DE PURIFICAÇÃO:
O RITUAL de purificação é o mais comum e amplo dos ritos da WICCA e existem várias formas de trabalha-lo. Esse rito, além de trazer mais leveza e tranqüilidade para o lar, leva a um autoconhecimento de suas capacidades energéticas de forma extraordinária.
A recomendação a qualquer iniciante nos caminhos da WICCA é: Pratique primeiro os Sabbaths, os Esbbaths e os Ritos de Purificação, antes de aventurar-se em outras áreas mágickas. As razões são simples, através das atividades de purificação você aprende a controlar e manipular melhor tanto as suas energias como a dos ambientes em que vive. Nos sabbaths e esbbaths você passa a vivenciar a Wicca, interage com DEUSES e demais seres etéreos, aprende os funcionamentos básicos das ritualísticas da religião e ganha além de conhecimento, o amadurecimento e a seriedade necessária para trabalhar em outras áreas da Magia.
Falaremos do RITUAL de purificação de forma completa, ensinando maneiras de melhorar a organização, limpeza, e equilíbrio energético. Ensinaremos como tornar o ambiente e nós mesmos mais leves e tranqüilos. Após esse ritual, todo e qualquer local está apto a receber cerimônias, pois se encontra Harmônio e equilibrado.
ENTENDENDO AS ENERGIAS
Olhe a sua volta, o local onde você está é agradável? É onde você realmente gostaria de estar? Ou melhor, a LIMPEZA e organização estão da maneira que deseja? É muito importante saber que o seu exterior (ambientes onde vive mais tempo) reflete como anda o seu interior e possui grande influência sobre você.
Normalmente quando entramos em um local escuro, sujo, abafado ou desorganizado, ficamos cansados e irritados, isso mostra a influência do ambiente sobre o nosso comportamento e humor, ou seja, sobre nossas energias.
Energeticamente falando, tudo que acontece em um local gera pequenas ondas que são absorvidas pelas estruturas do local e ficam registradas. Paredes, teto, piso, objetos, animais, plantas, pessoas, todos são influenciados e registram as energias desprendidas com as ações e acontecimentos. Quando algo grave ou muito importante acontece (como uma forte briga) o “fluído extra” desprendido com a ação fica registrado com maior intensidade, por isso os Antigos diziam: “Se quer brigar, que seja fora de casa!”.
Essas “sobras” energéticas normalmente ficam acumuladas em locais de difícil acesso, onde raramente as energias são “movimentadas” e lá acabam se fixando e aumentando cada vez mais, como se fossem um grande acumulo de poeira.
Cantos de paredes, debaixo da cama, armários escuros, velhos ou pouco utilizados, quartos de bagulhos, porões, baús e tantos outros. São muitos os locais onde “algo” poderia parar e se fixar sem que percebêssemos. O interessante é que normalmente as crianças e os animais não gostam desses locais. Tirando os gatos é claro...rs.
O ambiente físico só fica bom, limpo e organizado se o ambiente astral também estiver, e vice versa. Logo vamos começar a trabalhar para que nossos “lares astrais” não pareçam “pulgueiros” com energias tão estagnadas que formam uma crosta nojenta e pegajosa de energia. Mãos a Obra!
PRIMIERO PASSO - FAXINA
Energia saudável é energia em movimento! Tenha sempre essa frase em mente. Para iniciar qualquer atividade de purificação energética, precisamos desprender as energias dos cômodos de nossa residência.
Muitas pessoas afirmam não ter ânimo para uma boa faxina, isso ocorre porque elas estão pressas nas teias desse agregado energético presente nas coisas velhas e desorganizadas. A eliminação desses “laços” permite uma profunda reciclagem mental que favorece potencialmente a eliminação de desequilíbrios interiores.
“Assim como acima é abaixo, como é dentro é fora” tal axioma demonstra como a eliminação da bagunça exterior favorece o trabalho interior. Vamos a 3 orientações para executar uma boa faxina:
• Comece com uma organização simples, ponha tudo que está no local errado em seu devido lugar e limpe a casa normalmente. Não precisa se matar limpando cada cantinho tenha calma, não se sobrecarregue. Primeiro organize e limpe superficialmente.
• Agora escolha um cômodo, veja tudo que você pode mudar de posição (um livro de FENG SHUI sempre ajuda nessas horas), analise dos objetos que estão visíveis quais estão velhos, quebrados ou por algum motivo não combinam ou agradam você. Jogue os quebrados fora. Valor sentimental? Bom você vai viver sua vida inteira com aquele objeto quebrado e velho? É provável que um dia você o esqueça num canto e o perca, como já deve ter feito com várias outras quinquilharias, não é? Então é melhor deixar de gastar suas energias com ele logo, pois é apenas pra isso que ele serve: Gastar suas energias. Os objetos velhos devem ter o mesmo fim, entretanto se estiverem bem conservados podem ser doados ou vendidos.
Para facilitar pegue cada objeto e pergunte: “Vale a pena doar minhas energias para esse item? Ele me alegra ou tem alguma função para o meu humor? Ele realmente é essencial?”, se obtiver respostas negativas jogue fora, venda ou doe o item e nunca volte atrás em sua decisão, afinal você é um(a) Bruxo(a). Faça toda essa LIMPEZA e eliminação cômodo por cômodo até organizar tudo que é visível ao entrar em cada um.
• Agora começa a faxina mais profunda, superficialmente e visivelmente seus cômodos estão limpos e organizados, isso te dará ânimo extra. Separe alguns dias para limpar e organizar um cômodo por vez, não se sobrecarregue. Limpe gaveta por gaveta, armário por armário, organize, sacuda, olhe para cada coisa (roupa, utensílio...) e faça as perguntas. No quesito roupas, aquelas que você não usa a mais de um ano (tirando as roupas de frio) devem ser doadas ou vendidas, tenha em mente que você pode comprar, pedir emprestado ou alugar algo que precise. Não é necessário ficar com um armário cheio de roupas se você não usa mais da metade há anos. Troque, recicle! Energia em movimento lembra!? Além disso, você vai ganhar espaço, talvez um dinheirinho com a venda, e vai ganhar energia, pois tudo que possuímos absorve nossas energias, coisas que não usamos há muito tempo só estão servindo para nos deixar mais cansados e esgotados, já que não possuem nenhuma outra utilidade. Um bom bruxo(a) sabe que tudo a sua volta precisa estar em constante movimento, pois isso lhe dá força e controle sobre suas energias.
Tendo executado esses 3 pontos por todos os locais, sua casa está completamente organizada e renovada, cada cômodo está mais aconchegante e perfumado, mantenha-os sempre assim e caso perceba alguns tipo de desorganização faça esse trabalho novamente. Quando moramos com outras pessoas é importante pedir que ao menos essa parte física seja feita em toda a residência, pois isso fará um bem não só do ponto de vista energético mais também na saúde e bem estar de todos os moradores.
SEGUNDO PASSO – PREPARAÇÃO
Antes de fazer qualquer purificação é necessário preparar o seu corpo e a sua mente, afinal estaremos mexendo com energias. Os principais pontos são:
• É necessário estar com a saúde em dia, sem dores, machucados, inchaços ou hematomas, pois além do grande gasto de energia vital, o desequilíbrio de nossa saúde pode atrair as más energias que estão sendo liberadas. (Mulheres grávidas ou em período menstrual não devem fazer purificações).
• Ter total autonomia para agir no ambiente. Não podemos trabalhar energeticamente num local onde não há permissão para isso, logo se você mora com alguém peça autorização para mexer nos quartos ou em qualquer área que seja necessário pedir para purificar. Caso não possa trabalhar em toda a residência ou espaço faça a purificação somente onde pode, como no seu quarto.
• É importantíssimo estar animado(a) e disposto(a), limpo(a), cheiroso(a) e confiante nas suas capacidades energéticas. Não faça nada sem confiança ou estando sujo(a), pois isso atrai más energias.
• Algumas residências podem ter ficado tanto tempo sem purificações que acabaram formando ou atraindo entidades para o local. Isso é perceptível quando a casa é muito fria, faz barulhos estranhos, causa medo ou desconforto, principalmente durante a noite, e acima de tudo quando alguém vê ou escuta coisas estranhas, como sombras e espíritos. Quando existe a possibilidade de existir entidades no lar, recomendasse que solicitem a ajuda de alguém mais experiente para executar a purificação, caso isso não seja possível é preciso trabalhar um BANIMENTO e escudo energético antes de executar a purificação.
• Trabalhe sozinho(a) e só aceite ajuda caso as pessoas também saibam o que está sendo feito. Trabalhe confortavelmente, sem brincos, anéis, relógios e demais acessórios (caso use um AMULETO pode continuar usando). Se possível trabalhe em total silêncio, descalço(a) e com roupas largas.
• Jogue água no rosto para despertar a sensibilidade, esfregue as mãos enquanto vai lavando-as, pule, relaxe o corpo.
• Caso Tenha animais guarde seus potinhos de comida e os sacos de ração em armários durante o período da purificação. Afaste os bichinhos dos locais para onde você for enviar as energias desprendidas com a purificação. Guarde também os alimentos da COZINHA , coloque-os nos armários ou na geladeira.
• Escolha um local (porta ou janela) para direcionar a energia que está desprendendo. Nesse local coloque um copo ou jarra (preferencialmente de plástico ou madeira) cheio de água com um punhado de sal grosso.
•  Coloque todos os itens que vai precisar em um local de fácil acesso e próximo a todos os cômodos, lá mentalize um globo de força e crie um ponto de poder. Normalmente todas as residências possuem um centro de poder localizado no espaço onde é possível enxergar a maior quantidade de cômodos ou áreas do lar.
• Por fim, tenha certeza que está tudo limpo e organizado, esfregue as mãos para ativa-las, faça uma pequena mentalização de seus objetivos e analise como toda essa reciclagem da sua residência vai favorecer e mudar a sua vida, peça proteção e inicie o ritual.
TERCEIRO PASSO – A PURIFICAÇÃO.
Agora se inicia o RITUAL , você vai precisar de [incenso de purificação], uma [Beson] (caso não tenha uma pode usar uma VASSOURA comum), sal grosso, um INCENSO com aroma de sua preferência ou um aromatizante de ambientes, um SINO e muita disposição.
Comece dos fundos da casa para a parte da frente. Em cada cômodo toque o SINO por todo o local, principalmente nos cantos e passe a mão pelas paredes, objetos e portas como se estivesse puxando as energias presas nesses locais. Feito isso passe o INCENSO de purificação por toda a área. Com a Beson em mãos leve a fumaça e energia para fora da casa, faça isso cômodo por cômodo e direcione todas as energias para a porta ou janela onde você colocou a jarra com água. Pegue essa jarra mentalize que toda energia que passou na água foi e está sendo purificada, jogue o líquido no vaso sanitário, feche a tampa e dê descarga.
Peça a Deusa que receba em seu útero todas as energias que você repeliu do seu lar. Pegue o Sal grosso jogue nos cantos de cada cômodo e retire somente no outro dia.
Dicas:
• Não deixe pessoas negativas entrarem em sua casa, quando não for possível barra tais visitas, faça uma purificação simples com INCENSO e mentalização por todo o local onde a pessoa passou.
• Tenha sempre uma Chave Mágicka ou uma Garrafa de BRUXA para absorção e proteção nos principais cômodos onde as visitas ficam.
• Deixe sempre a tampa do vaso sanitário abaixada.
• Tenha SINO dos ventos nos quadrantes da casa.
• Coloque uma ferradura com a abertura virada para cima no topo central da porta de entrada.
• Caso saiba fazer Mandalas de proteção use uma na porta de entrada.
Expulsando entidades de má sorte
Afastar mau-olhado
- Você precisará de muitas folhas de mexerica e fazer um banho com dois litros de água. Em uma sexta-feira, ao meio-dia, jogue a água do pescoço para baixo e depois coloque uma roupa branca.
- Costure um saquinho de pano branco, com linhas também brancas, formando um patuá. Coloque dentro dele três cabeças de alho e ponha na entrada de sua casa, de preferência sobre a porta, do lado de dentro. Troque o squinho a cada sete dias.
Afastar pessoas mentirosas
- Em um dia de muita chuva e trovoadas, durante a tempestade diga o nome da pessoa que mente por três vezes seguidas. Depois, diga: “Entrega a ti, trovão poderoso, para que leves para bem longe as mentiras de fulano”.
Viajar coAfaAfastar mau-olhado
- Você precisará de muitas folhas de mexerica e fazer um banho com dois litros de água. Em uma sexta-feira, ao meio-dia, jogue a água do pescoço para baixo e depois coloque uma roupa branca.
- Costure um saquinho de pano branco, com linhas também brancas, formando um patuá. Coloque dentro dele três cabeças de alho e ponha na entrada de sua casa, de preferência sobre a porta, do lado de dentro. Troque o squinho a cada sete dias.
Afastar pessoas mentirosas
- Em um dia de muita chuva e trovoadas, durante a tempestade diga o nome da pessoa que mente por três vezes seguidas. Depois, diga: “Entrega a ti, trovão poderoso, para que leves para bem longe as mentiras de fulano”.
Viajar com segurança
- Enquanto arruma as malas para a viagem, pegue uma tesoura que nunca tenha sido usada e corte, simbolicamente, ao redor das malas. Você estará bloquando os fluidos negativos que poderão atrapalhar o seu passeio.
star mau-olhado
- Você precisará de muitas folhas de mexerica e fazer um banho com dois litros de água. Em uma sexta-feira, ao meio-dia, jogue a água do pescoço para baixo e depois coloque uma roupa branca.
- Costure um saquinho de pano branco, com linhas também brancas, formando um patuá. Coloque dentro dele três cabeças de alho e ponha na entrada de sua casa, de preferência sobre a porta, do lado de dentro. Troque o squinho a cada sete dias.
Afastar pessoas mentirosas
- Em um dia de muita chuva e trovoadas, durante a tempestade diga o nome da pessoa que mente por três vezes seguidas. Depois, diga: “Entrega a ti, trovão poderoso, para que leves para bem longe as mentiras de fulano”.
Viajar com segurança
- Enquanto arruma as malas para a viagem, pegue uma tesoura que nunca tenha sido usada e corte, simbolicamente, ao redor das malas. Você estará bloquando os fluidos negativos que poderão atrapalhar o seu passeio.
m segurança
- Enquanto arruma as malas para a viagem, pegue uma tesoura que nunca tenha sido usada e corte, simbolicamente, ao redor das malas. Você estará bloquando os fluidos negativos que poderão atrapalhar o seu passeio.

LUA MINGUANTE
Mais ou menos sete noites após a Lua cheia, podemos perceber que apenas um quarto de sua superfície está iluminado: por isso, ela é chamada de quarto minguante. Nessa fase, o lado iluminado da Lua fica voltado para o nascente.
Nessa fase, sentimentos de satisfação e entusiasmo, assim como eventuais frustrações e ansiedades, se tornam menos intensos. É hora de refletir sobre o que aconteceu desde o início da lua nova, avaliar nossas atitudes, perceber por que fomos bem-sucedidos ou não em nossos objetivos.
Como estamos mais flexíveis, podemos descobrir que é preciso abordar de forma diferente assuntos não resolvidos anteriormente. Os momentos de recolhimento nos estimulam a entender melhor nossas emoções.
TRABALHO
• Período favorável para jogar fora a papelada inútil, arquivar documentos e organizar o escritório.
• AtividaA Lua Minguante representa o declínio, a morte que antecede nova vida. A Lua está ficando cada vez mais escura, até ficar totalmente e então renascer novamente. É tempo de silêncio e quietude; de avaliarmos tudo o que fizemos e pensar no que poderíamos ter feito diferente.
A Lua Minguante representa a Deusa como uma sábia Anciã. É um período propício para o recolhimento e aintrospecção. Fase ideal para atuarmos banindo energias, finalizando tarefas, exterminar, enfraquecer, diminuir algo. É uma boa fase para trabalharmos rituais para neutralizar pessoas negativas ou que estejam nos prejudicando, afastar doenças, quebrar feitiços, finalizar relacionamentos, entre outros assuntos.
des de divulgação e que envolvem a presença de público são desaconselhadas.
• Bom momento para fazer o balanço financeiro do mês.
• Tarefas que não têm prazo ou data para serem concluídas devem ser deixadas para essa fase, já que o ritmo de trabalho tende a se tornar mais lento.
RELACIONAMENTOS
• Relações amorosas iniciadas agora têm um grande poder transformador sobre as pessoas envolvidas.
• É um momento propício para tomar a iniciativa de pôr um ponto final em certos relacionamentos.
• O convívio com as pessoas mais próximas está favorecido por proporcionar uma sensação de aconchego que é muito bem-vinda nesse período.
• Podemos nos sentir pouco à vontade na companhia de pessoas estranhas ou muito formais.
SAÚDE
• Momento propício para eliminar de vez hábitos prejudiciais à saúde.
• Tratamentos de inseminação artificial e fertilização têm menos chances de dar resultado.
• Massagens que têm o objetivo de relaxar e eliminar tensões produzem ótimos efeitos.
BELEZA
• Dietas de emagrecimento realizadas agora levam a uma perda de peso mais rápida do que nas demais fases.
• Boa fase para cortar o cabelo se a intenção for preservar o corte, pois o crescimento dos fios é mais lento.
• Pêlos também crescem mais devagar, tornando a fase ideal para a depilação.
• Limpezas de pele e peelings têm um efeito mais duradouro, pois as células mortas e os resíduos tóxicos são removidos mais facilmente e eventuais cicatrizes desaparecem mais rápido.
• Massagens anticelulite e drenagem linfática são especialmente indicadas, pois nessa fase o organismo elimina mais facilmente as toxinas acumuladas nos tecidos.
A MULHER LUA MINGUANTE
O terceiro aspecto da Deusa, a Anciã, corresponde à fase da Lua Minguante, sendo o menos compreendido e o mais temido.
A Lua Minguante define-se no acaso e na velhice. É aquela que encerra em si a sabedoria e os segredos nunca revelados. Está associada a velha bruxa, ao deteriorar da força vital, ao envelhecimento, assim como, aos poderes de destruição e da morte, à destruição do impulso de Eros.
A mulher que é arquetípicamente regida pela Lua Minguante é misteriosa e por vezes indefinível. Parece possuir um potencial para realização de algo que é difícil definir com exatidão. Possui virtualidades pressentidas, mas nem sempre realizadas. Ela mesma não se define de maneira consciente e clara. Possui também uma certa dificuldade em lidar com os aspectos da vida consciente. Esta é a mulher que vive no "mundo da lua". Está sempre descobrindo novas possibilidades, mas tem certa dificuldade em direcioná-las e nunca consegue finalizar o que começou.
Como está mais próxima e mantém constante contato com as fontes inconscientes da fertilidade, aparenta estar realizando algo, mas que pode nunca concretizar. É sempre suscetível a perder-se em sonhos e devaneios em função da dificuldade que tem em lidar com o concreto e o real. O seu maior obstáculo é o tempo presente, pois está sempre voltando ao passado, revendo tudo o que foi capaz de realizar, ou lamentando o que deixou de fazer. Ela está sempre distante do presente e por isso torna-se fria e distante dos outros, devido ao seu excesso de auto-referência.
A sua criatividade, se não submetida ao controle do ego consciente, pode assumir uma forma caótica e desordenada. A sua maior dificuldade está em mobilizar e dirigir essa energia. Possui ela, todo o potencial para a criação por seu acesso fácil às fontes criadoras lunares, mas necessita compreender e separar a mistura orobórica criativa, a fazer a ordenação do caos, para que ele se transforme num cosmo criativo
A mulher Lua Minguante possui uma energia muito forte, mas ela pode manifestar-se de maneira tanto construtiva, como destrutiva, dependendo da forma como trabalha o seu consciente. A necessidade de mudança também está sempre determinando seu comportamento. O que mais importa para ela é o próprio processo do que o objetivo final, o caminho não tem tanta importância, mas premente é a necessidade de fazer a passagem.
A introspecção ao mundo interior ocorre facilmente para a mulher regida pela lua minguante. A sua maior dificuldade está no fato de tornar-se produtiva e realizar toda a fertilidade encontrada. Se não conseguir direcionar essa vitalidade, objetivando-a e encaminhando-a para a realização criativa, toda essa riqueza pode se tornar inútil.
A Lua Minguante sempre serviu como vaso adequado para a projeção de todo o lado sombrio, tanto do homem como da mulher. Aqui penetra-se no reino de Hécate e Lilith e tantas outras deusas que apresentam aspecto sombrio, mas que pode no final nos trazer a iluminação. Talvez torne-se necessário para a mulher fazer um acordo com estas deusas, para que elas a presenteiem com a possibilidade de um enriquecimento de personalidade, permitindo a sua expressão de uma forma mais humanizada e não tão instintiva. Deste modo, as dimensões do instinto poderão ter uma via mais integrada, em que pode haver a participação de novas forças energéticas.
É observando e reconhecendo os movimentos da Lua no céu e integrando as suas três fases, que poderemos nos alinhar e sintonizar com o fluxo do tempo e com os ritmos naturais. Nos utilizando dos poderes mágicos da Lua e reverenciando as Deusas ligadas a ela, criaremos condições para melhorar e transformar nossa realidade, harmonizando-nos e vivendo de forma mais equilibrada, plena e feliz.
Lua Minguante:  Esta fase é dedicada aos trabalhos de Magia Negra e invocações maléficas, na lua nova todos os bruxos que usam necessariamente a magia positiva não trabalham ritualisticamente já que a Wicca é uma filosofia mágico-espirítual que não invoca nem trabalha com as energias involutivas por isso aguarde o período crescente da lua para dar continuidade aos seus ritos de magia. A Deusa a ser invocada nesta fase é Morgana a Rainha das Bruxas. É a fase ideal para se realizar rituais e sortilégios com o intuito de afastar os feitiços, maldições e doenças, esta fase evoca os poderes negativos, a magia que destrói as chances e possibilidades, portanto realize ritos na lua minguante que tenham a finalidade de expulsar doenças e a magia negativa que por ventura tenham sido enviadas contra você. O aspecto da Deusa a ser invocado na fase minguante é o da Anciã cujo nome é Ceridwen. Ideal para meditação e magia contemplativa. Época propícia para ritualizar os términos, expulsar energias negativas e encerrar etapas. Época para acabar com maus hábitos e vícios ruins, e terminar relacionamentos ruins. É o tempo de profunda intuição e adivinhação. Neste momento  lua representa a Deusa em seu aspecto de anciã, como Ceridwen.
Lua Quarto-Minguante
Lua Minguante:Esta fase é dedicada aos trabalhos de Magia Negra e invocações maléficas, na lua nova todos os bruxos que usam necessariamente a magia positiva não trabalham ritualisticamente já que a Wicca é uma filosofia mágico-espirítual que não invoca nem trabalha com as energias involutivas por isso aguarde o período crescente da lua para dar continuidade aos seus ritos de magia. A Deusa a ser invocada nesta fase é Morgana a Rainha das Bruxas. É a fase ideal para se realizar rituais e sortilégios com o intuito de afastar os feitiços, maldições e doenças, esta fase evoca os poderes negativos, a magia que destrói as chances e possibilidades, portanto realize ritos na lua minguante que tenham a finalidade de expulsar doenças e a magia negativa que por ventura tenham sido enviadas contra você. O aspecto da Deusa a ser invocado na fase minguante é o da Anciã cujo nome é Ceridwen.Ideal para meditação e magia contemplativa. Época propícia para ritualizar os términos, expulsar energias negativas e encerrar etapas.Época para acabar com maus hábitos e vícios ruins, e terminar relacionamentos ruins. É o tempo de profunda intuição e adivinhação. Neste momento lua representa a Deusa em seu aspecto de anciã, como Ceridwen.
FADA MORGANA
Atrás de Guinevere estão as tradições das rainhas celtas. Atrás de Morgana e da Dama do Lago, se ocultam tradições de sacerdotisas e Deusas. A rainha celta reinava por direito próprio, comandava exércitos como Boadicea e tinha amantes. Para os autores medievais esta liberdade e igualdade da mulher era inaceitável e incompreensível. Ela foi considerada libertina e atrevida ao se tornar infiel.
Da mesma forma, dado que o mito pagão e a magia são considerados os piores dos pecados, Morgana se converte em uma bruxa que conspira contra Artur, e Nimue, a dama do Lago, passa a ser a ruína do embrutecido Merlim. Mas a história poderia ter sido bem diferente, não é mesmo? Pois sabe-se hoje, que o amor não é um sentimento que precise testemunhas, muito menos ser negociado, como foi imposto à Guinevere.
Na nossa Era, as mulheres já conquistaram seu espaço e o respeito dos homens e hoje nos unimos à eles através do amor da alma. Na tradição celta existe um belo entendimento do amor que resume-se a uma palavra:"anan cara". Anam é a palavra gaélica para alma e cara é a palavra para amigo.
Na vida de todos, existe uma grande necessidade de umanam cara,um amigo da alma. Neste amor, somos compreendidos tal como somos, sem máscara ou afetação. As mentiras e meias-verdades superficiais e funcionais das relações sociais se dissolvem e pode-se ser como realmente se é.
O amor permite que a compreensão se manifeste, pois quando se é compreendido, fica-se à vontade. A compreensão alimenta a relação. Quando nos sentimos realmente compreendidos, sentimo-nos desembaraçados para nos libertar à confiança e abrigo da alma da outra pessoa.
Este reconhecimento é descrito neste belo verso:
"TU NÃO TE PARECES COM NINGUÉM PORQUE TE AMO"
Quando danço com a Vida
danço meu próprio ritmo
mantendo o meu compasso
Minhas marés anímicas
estão alinhadas e fluem
com a minha pulsação
minha expressão única
Reverenciando a mim mesma
eu reverencio tudo
Quando você dança
com a sinfonia da Vida
qual é seu ritmo?
É rápido ou lento
lépido ou litúrgico
repetitivo ou volúvel?
Você deixa o ritmo levá-la(o)
ou abatê-la(o)
acalmá-la(o)
encorajá-la(o)
ou perturbá--la(o)?
Como é seu ritmo?
Morgana representa na lenda arturiana, a figura de uma Deusa Tríplice da morte, da ressurreição e do nascimento, incorporando uma jovem e bela donzela, uma vigorosa mãe criadora ou uma bruxa portadora da morte. Sua comunidade consta de um total de nove sacerdotisas (Gliten, Tyrone, Mazoe, Glitonea, Cliten, Thitis, Thetis, Moronoe e Morgana) que, nos tempos romanos, habitavam uma ilha diante das costas da Bretanha. Falam também das nove donzelas que, no submundo galês, vigiam o caldeirão que Artur procura, como pressagiando a procura do Santo Graal. Morgana faz seu debut literário no poema de Godofredo de Monntouth intitulado "Vita Merlini", como feiticeira benigna.
Mas sob a pressão religiosa, os autores a convertem em uma irmã bastarda do rei, ambígua, freqüentemente maliciosa, tutelada por Merlim, perturbadora e fonte de problemas.
Nenhum personagem feminino foi tão confusamente descrito e distorcido como Morgana ou Morgan Le Fay. A tradição cristã a apresenta como uma bruxa perversa que seduz seu irmão mais novo, Artur, e dele concebe o filho. Entretanto, nesta época, em outras tribos celtas, como em muitas outras culturas, o sangue real não se misturava e era muito comum casarem irmãos, sem que isso acarretasse o estigma do incesto.
Morgana e Artur tiveram um filho fruto de um Matrimônio Sagrado entre a Deusa (Morgana encarna como Sacerdotisa) e o futuro rei.
O "Matrimônio Sagrado" era um ritual, no qual a vida sexual da mulher era dedicada à própria Deusa através de um ato de prostituição executado no templo. Essas práticas parecem, sob o ponto de vista da nossa experiência puritana, meramente licenciosas. Mas não podemos ignorar que elas faziam parte de uma religião, ou seja, eram um meio de adaptação ao reino interior ou espiritual.
Práticas religiosas são baseadas em uma necessidade psicológica. A necessidade interior ou espiritual era aqui projetada no mundo concreto e encontrada através de um ato simbólico Se os rituais de prostituição sagrada fossem examinados sob essa luz, torna-se evidente que todas as mulheres devessem, uma vez na vida, dar-se não a um homem em particular, mas à Deusa, a seu próprio instinto, ao princípio Eros que nela existia.
Para a mulher, o significado da experiência devia residir na sua submissão ao instinto, não importando que forma a experiência lhe acontecesse. Depois de passar por essa iniciação, os elementos de desejo e de posse ficam para trás, transmutados através da apreciação de que sua sexualidade e instinto são expressões de força de vida divina cuja experiência no plano humano.
A nível transpessoal, o "matrimônio sagrado" envolve o mistério da transformação do físico para o espiritual, e vice-versa. Cada pessoa conecta-se com o universo como se fosse célula única no organismo do campo planetário da consciência. A partir da união do humano com o divino, a "Criança Divina" nasce. A "Criança Divina" é a vida nova, vida com nova compreensão, vida portadora de visão iluminante para o mundo.
QUEM ERA MORGANA?
Como muitos indivíduos legendários e românticos, há versões conflitantes sobre quem o que foi Morgana. O historiador e cronista do século XII, Geoffroi de Monmouth, escreveu que "sua beleza era muito maior do que a de suas nove irmãs. Seu nome é Morgana e ela aprendeu a usar todas as plantas para curar as doenças do corpo. Ela também conhece a arte de mudar de forma, de voar pelo ar...ela ensinou astrologia às irmãs."
Relatos antigos contam-nos que ela era uma Velha Deusa da Sabedoria, a Senhora e Rainha de Avalon, a Alta Sacerdotisa da Antiga Religião Celta. Aprendeu magia e astronomia com Merlim. Alguns achavam que ela era uma "fada arrogante", pois era símbolo de rebeldia feminina contra a autoridade masculina. Quando zangada, era difícil agradar ou aplacar Morgana; outras vezes, podia ser doce, gentil a afável. Também era descrita como "a mulher mais quente e sensual de toda a Grã-Bretanha."
Morgana era um enigma aos seus adversários políticos e religiosos. Os escrivões cristãos transformaram-na em demônio, talvez devido ao seu papel como sacerdotisa de uma Antiga Religião, que eles estavam tentando desacreditar nas suas investidas para cristianizar a estrutura de poder da Grã-Bretanha. Ela, entretanto, defendeu valentemente a fé das Fadas e as práticas dos druidas, achando entre os camponeses simples seus mais fiéis seguidores. Ela negou as acusações de prostituição dos monges e missionários cristãos.
É Morgana, que depois da batalha final, ampara o irmão ferido de morte e o cuida com o zelo de uma mãe e consoladora espiritual.
O cristianismo menospreza o poder e o conhecimento de Morgana, do mesmo modo com que impediu a mulher à ascender ao sacerdócio, anulando completamente o seu poder pessoal.
Layamon, autor de um poema narrativo inglês é o primeiro a descrever como a mulher levou Artur pelas águas e não simplesmente recebendo-o na sua chegada.
Morgana é a fada mais bela das que habitam Avalon. Não existem fundamentos suficientes para se acreditar que Avalon seja o lugar que a cultura celta atribuí como residência dos mortos. O que se sabe é que quando Artur é transportado sobre as águas em companhia das mulheres com destino a Avalon, se perde no horizonte do mito imemorial.
Este é o pano de fundo sobre o qual se desenvolvem as diferentes lendas relativas à partida e imortalidade de Artur, que supostamente continua vivo dentro de uma caverna ou em uma ilha. Estas mulheres que acolheram Artur pertencem ao mundo das fadas, que provavelmente foi antes um mundo de deusas.
Segundo Robert Graves e Kathy Jones, a Morg-Ana "surgiu da união das estrelas com o ventre de Ana". Muitas vezes foi equiparada as Deusas Morrigan e Macha, que presidiam as artes da guerra. Entretanto, como fada controlava o destino e conhecia as pessoas.
Famosa por seus poderes de cura, seu conhecimento de plantas medicinais e sua visão profética, era uma xamã capaz de alterara a sua forma, tomando o aspecto de diferentes animais para utilizar seu poder.
DEUSA-MÃE PRIMITIVA
Em"Estoire de Merlin", temos uma descrição bastante detalhada de Morgana, indicando seu verdadeiro caráter e também os estreitos vínculos que estabelece com a Deusa Mãe primitiva:
"Era a irmã do rei Arthur. Era muito alegre e jovial, e cantava de forma muito agradável; seu rosto era moreno, mas bem metida em carnes, nem demasiadamente gorda nem demasiadamente magra, de belas mãos, de ombros perfeitos, a pele mais suave que a seda, de maneiras afáveis, alta esguia de corpo, em resumo, sedutora até o milagre; a mulher mais cálida e mais luxuriosa de toda a Grã Bretanha. Merlim havia lhe ensinado astronomia e muitas outras coisas, e havia se aplicado ao máximo, de maneira que havia se convertido em uma boa sacerdotisa, que mais tarde recebeu o nome de Morgana a Fada, em virtude das maravilhas que realizou. Se explicava com uma doçura e uma suavidade deliciosas, e era melhor e mais atrativa que tudo no mundo, embora tivesse sangue frio. Porém quando queria alguém, era difícil acalmá-la..."
Esse é decididamente o retrato da Deusa Mãe primitiva, com toda sua ambigüidade, as vezes boa, outras nem tanto, "cálida e luxuriosa", como a Grande Deusa oriental e, "virgem", pois não se submete à autoridade masculina. Observemos também que Merlim ensinou-lhe magia do mesmo modo com que fez com Viviana, a Dama do Lago.
Outras versões da história do Merlim, versões hoje perdidas, porém cujo rastro encontramos na célebre obra do século XV devido a Thomas Malory, "La muerte de Arturo", vasta compilação dos relatos da Távola Redonda, outras versões levam a pensar que Merlim foi amante de Morgana antes de sê-lo de Viviana.
MORGANA E URYEN
Em "Lancelot en prose" em francês, encontramos elementos interessantes sobre Morgana. Ela se apresenta como esposa de Uyen e mãe de Yvain:
"Um dia que Morgana supreende a seu marido, o rei Uryen, dormindo na cama, ocorreu-lhe a idéia de livrar-se dele. Chamou a criada de toda a confiança e disse:
-Vá e busca a espada do meu senhor, pois jamais vi melhor ocasião de matar-lhe do que agora.
Porém, a criada assustada com o plano de Morgana, vai em busca de Yvain, o filho de Uryen e Morgana, explica tudo e pede para que intervenha.
Yvain lhe aconselha a obedecer, e quando Morgana levanta a espada sobre a cabeça de Uryen, Yvain que havia se escondido, se precipita sobre ela, arranca a espada das mãos da mãe e a reprime. Morgana implora seu perdão, dizendo haver sofrido um episódio de loucura. (La muerte de Arturo, IV, 13)
Essa tentativa de assassinato está no espírito da Deusa que não suporta os laços do matrimônio e necessita ter um certo número de amantes.
Há relatos ainda, que Morgana rouba continuamente a bainha ou a espada de Arthur em benefício de seus amantes:
"Morgana, a Fada, ama outro cavaleiro muito mais que a seu marido, o rei Uryen e que ao rei Arthur, seu irmão. Então manda fazer outra bainha exatamente igual por encantamento e dá a bainha da Excalibur a seu amante. O nome do cavaleiro era Acolon." (Muerte de Arturo, II, 11).
Morgana se encarrega para que Acolon lute com Arthur, porém Acolon resulta ferido de morte pelo rei. Morre depois de haver confessado a traição de Morgana. Essa se desespera pela morte de Acolon, e busca vingar-se de Arthur. Ordena que enviem a seu irmão um rico manto que é mágico, pois queima todo aquele que tem a desgraça de cobrir-se com ele. Porém, no momento em que Arthur ia colocar o manto, a Dama do Lago revela a Arthur o perigo em que se encontra." (Muerte de Arturo, II, 14-16)
MORGANA, A DEUSA VIRGEM
Essa é uma lenda referida a Morgana que ilustra sua Potencialidade de Virgem possuidora de Poderes:
O VALE SEM RETORNO (relato cortês)
A Fada Morgana, abandonada por seu amante Guyomard, decide vingar-se dos homens. Encanta o Vale Perigoso, de tal maneira que todos os cavaleiros infiéis a sua Dama que passem por ali, ficam aprisionados nele para o resto da vida. Permanecem dentro de um paraíso de sonhos; bebem, cantam, celebram festas, dançam, jogam xadrez, porém não podem franquear as ladeiras do vale, que estão vigiadas por gigantes, animais monstruosos e barreiras de fogo. O encantamento só pode ser levantado por um herói excepcional, um homem sempre fiel a sua dama. E, embora Morgana tenha feito todo o possível para seduzir Lancelot do Lago, é ele quem destrói o encantamento e libera os cavaleiros, demonstrando-lhes que as barreiras de fogo, os monstros e os gigantes não passavam de produtos de sua imaginação. Assim ganhou o ódio mortal de Morgana."
Morgana, nessa lenda faz o papel de Deusa Mãe Virgem que guarda em seu regaço os homens igual guardaria seus filhos. Pois seus filhos também são seus amantes. A atitude de Lancelot é uma atitude repressiva contra tudo que recobre a noção de feminilidade. Essa é também a história da feiticeira Circe, que transforma seus amantes em porcos. Lancelot, aqui, representa Ulisses, que rechaça à submissão e dissipa o que crê que som ilusões.
Circe e Morgana são a "Virgem" que dá medo, a "Virgem" que engole, a Indomável.
Os homens, que se crêem dominadores do mundo e os reguladores da ordem estabelecida, não se imaginam, nem por um instante, que seu poder no é mais que passividade, e que o poder da mulher, que depreciam ou temem, é o poder ativo.
Quando o homem contemporâneo suprimiu a Mãe Divina e a substituiu pela autoridade de um Deus Pai, desarticulou o mecanismo instintivo que produzia o equilíbrio primitivo. Daí surgiu a neurose e outros dramas das sociedades paternalistas, que se dizem pretender devolver a mulher sua honra e seu verdadeiro lugar, um lugar escolhido pelo homem. Buscou-se estabelecer uma "lei racional" contra uma "lei natural". Mas, a "lei natural" se concretiza através do instinto e esse, é algo que não se pode negar. Todo nosso comportamento se apóia na natureza e portanto, a disputa entre a natureza e a razão é uma falsa disputa, mas é a responsável pela cegueira que vive nossa sociedade hoje, que, querendo corrigir o instinto, separou o ser humano do que era sua natureza.
AVALON, A ILHA DAS FADAS
Poucos são os autores que especulam sobre o tema "Avalon, residência dos Mortos" e menos ainda os que se atrevem a situá-la. Alguns o fizeram de uma forma extravagante, situando-a no Mediterrâneo.
A crença de alguns de que esta ilha não era outra que a Sicília, explica o fenômeno de miragem que se produz no estreito de Messina se conheça com o nome de "fata morgana", recordando a feiticeira.
Avalon está inserida em uma relação de ilhas, algumas são verdadeiras, outras fruto de diversas obras literários. Avalon se encontra em lugar indeterminado, que está vinculada aos celtas, não só os de Gales, mas também da Irlanda.
Os irlandeses tinham a idéia de um enorme paraíso ocidental. Lá havia uma Ilha das Maçãs de sua propriedade. Emain Ablach, doce lugar onde habita o deus dos mares Manannan. Emain Ablach só era uma das ilhas do arquipélago atlântico, que se ampliava em direção ao sol sem limites conhecidos. Lá se encontrava Tir Nan N-Og, a "Terra dos Jovens", Tirfo Thuinn, Tire Nam Beo, Terra dos Vivos; Tirn Aill, e Outro Mundo; Mag Mor, Mag Mell, entre outras.
Havia também uma "Terra de Mulheres", habitada por fadas parecidas às da irmandade de Morgana. Acreditava-se que essa ilha era um vasto país sustentado por quatro pilares de bronze e habitado unicamente por mulheres.
Essas ilhas eram terras onde tudo era felicidade, paz e abundância. Não existe o envelhecimento nem o trabalho, porque tudo cresce sem necessidade de semear e nas árvores sempre há frutos.
Algumas dessas ilhas flutuam e outras ficam submersas e só saem a superfície à noite. O rei Artur navegando em sua mágica embarcação "Prydwen", visitou muitas dessas ilhas.
Avalon, para quem ainda a procura, é a viagem ao coração. É conhecida também como o "Céu de Artur", uma ilha do amor incondicional, onde tudo se harmoniza com a transmutação da energia luminosa do amor. Avalon é um reino interior. É a maravilhosa essência do verdadeiro ser nascendo a cada dia em nosso interior. É a nascente do amor no íntimo. E Morgana é a fada que nos faz refletir sobre tudo isso, pois foi ela, com todo seu amor, empregou todas as suas artes para curar as feridas de Artur.
A jornada dos homens e mulheres pela vida assemelha-se à jornada épica de muitos mitos. O herói que busca a verdade, poder ou amor reflete-se em nós, que buscamos o significado da vida e os tesouros, como o amor, que dão razão à vida. No entanto, cada um deve descobrir seus elementos de busca pessoais.
ARQUÉTIPO LUNAR
Morgana possuiu muitos nomes e é a representação da energia mítica das mulheres. Possui também, múltiplas facetas, é o arquétipo da Deusa-Lua e da Mulher Eterna; é Mãe, amante e filha; é Senhora da Vida e da Morte. Foi associada inclusive à rios, lagos, cachoeiras, magia, noite, vingança e profecias.
Hoje, a maioria das bruxas invocam o nome de Morgana e praticam magia para ela. Ela pode ser uma enorme aliada para as mulheres que reivindicam os poderes de feminilidade que emergem apenas em pesadelos à noite, mulheres que buscam a reafirmação de que é certo exercitar se poder de Fada, de serem capazes de passar de um mundo para o outro.
Quando nos aliarmos com Morgana, quando nos abandonarmos totalmente, com a maior confiança ao seu mundo feérico, nos aliaremos também com a vida, com a magia da vida e o amor infinito que ela contem.
Aliar-se com Morgana é aliar-se com a melhor parte de nós mesmos!
Morgana chega para despertar sua atenção para a independência. Você depende de outra pessoa até para respirar? Pois saiba que se plantarmos uma árvore lado a lado elas se asfixiarão. O que cresce necessita de espaço, talvez um pequeno espaço para se exalar o perfume da rosa. Kahlil Gibran diz:
"Deixai que haja espaço em vossa união. Deixai que os ventos dos céus dancem entre vós."
O espaço permite que a diversidade encontre ritmo e contorno. Você desperdiça sua vitalidade focalizando os problemas dos outros, relegando os seus para um segundo plano? Você move-se com o rebanho sem exprimir suas idéias ou opiniões?
Morgana pede para que você, pare, reflita e dimensione suas potencialidades, tentando se libertar de todas suas dependências físicas e psíquicas. É hora de mudar o ritmo! Morgana, a fada, chegou dançando à sua vida com seus tambores e sua magia para convidá-la a descobrir e viver seus ritmos.
Talvez você nunca tenha descoberto seu ritmo porque você agradar àqueles com quem convive. Mas é de vital importância que você tenha seu próprio ritmo. Fluir com ele lhe dará mais energias, porque você deixará de reprimir o que lhe é natural. Morgana diz que a vitalidade, a saúde e a totalidade são cultivadas quando você flui com sua pulsação única.
JORNADA À AVALON
Procure um lugar sossegado em sua casa, onde não possa ser interrompida(o). Acenda um incenso e coloque uma música suave de fundo. Sente-se com a coluna ereta e coloque a sua frente uma caneta e papel.
Agora feche os olhos e expire e inspire profundamente, tentando esvaziar a sua mente. Comece então a balançar o corpo da direita para esquerda lentamente. Você agora perceberá que está dentro de um pequeno barco.
O barco balança para trás e para frente. Faça o mesmo jogo com seu corpo. A sensação será bem agradável, de relaxamento total.
Você olhará para cima e só verá a bruma, que irá se dissipar aos poucos. Erga os braços e visualize uma luz branca direcionar-se do céu para baixo, que entrará por cima de sua cabeça e iluminará todo o corpo. Neste momento notará que a bruma desapareceu e avistará a ilha de Avalon.
O barco chegará à margem e você deve desembarcar. Morgana lhe dará as Boas-Vindas.
Ela perguntará o que você deseja e terá então o direito de lhe fazer duas perguntas. Ela tomará a sua mão e a(o) conduzirá até seu caldeirão mágico disposto no centro de um círculo de macieiras. Morgana pegará sua varinha mágica e agitará a água do caldeirão.
Quando a água se aquietar, você verá na superfície as respostas de suas perguntas. Você deverá então, agradecer sua ajuda e provavelmente ela lhe peça uma oferenda, que você ofertará de coração aberto. Ela lhe conduzirá de volta ao seu barco e você parte.
Agora respire fundo novamente por três vezes e abra os olhos bem devagar. É hora de anotar tudo o que você viu no caldeirão de Morgana e refletir.
Ceridwen
Na mitologia celta, Ceridwen era uma feiticeira, mãe de Taliesin, Morfran e a bela filha de Crearwy (ou Creirwy). Seu marido era Tegid Foel e viviam perto de Bala Lake, no País de Gales.
Lenda
De acordo com o Mabinogion, Morfran (também chamado Afagddu) era horrivelmente feio, e Ceridwen quis torná-lo sábio. Ela tinha um caldeirão mágico onde podia preparar uma poção que desse sabedoria. A mistura deveria ser cozinhada por um ano e um dia. Morda, um homem cego, mantinha o fogo aceso sob o caldeirão enquanto Gwion, um menino, mexia o conteúdo. As três primeiras gotas do líquido davam sabedoria; o resto, era um veneno letal. Três gotas quentes espirraram na mão de Gwion enquanto ele mexia, queimando-o. Por instinto, o garoto levou a mão à boca e instantaneamente ficou sábio.
Ceridwen perseguiu Gwion. Ele se transformou em um rato; ela virou um gato. Ele virou um peixe e se jogou no rio; ela se transformou numa lontra. Ele virou um passarinho; ela virou um falcão. Finalmente, Gwion se transformou em um simples grão de milho. Ceridwen então se transformou em uma galinha e o comeu. Quando ficou grávida, Ceridwen sabia que era Gwion e resolveu que iria matar a criança ao nascer. No entanto, quando o menino nasceu, era tão bonito que ela não conseguiu fazê-lo. Ao invés, ela jogou-o no mar dentro de um saco de pele de foca. A criança não morreu e foi resgatada numa praia britânica por um príncipe celta chamado Elffin. A criança renascida cresceu e se tornou o lendário bardo Taliesin.
No neopaganismo, Ceridwen faz um papel de deusa no Wicca, seu caldeirão simbolizando o princípio feminino.
LUA MINGUANTE
Sentir-se triste é como a chegada da lua minguante em pleno meio-dia,
Sentir-se triste é como se achar cansado de toda a eternidade,
Sentir-se triste é como um desabafo.
Sentir-se triste é como a chegada de um vento suave,
A tornar estática a fisionomia que, esbaforida,
Ainda há pouco cantava.
É como se estar por demais apaixonado, e,
Então,
Lembrar-se do efêmero das chamas que ardem.
Sentir-se triste é, também,
Como a partida da lua cheia que,
Encoberta por nuvens espessas,
Desaparece,
Levando, com ela,
Os sonhos enluarados de quem imagina,
De quem,
Sonhando acordado,
Concebe noites e luas,
Cheias de amor,
Em umas simples e minguantes palavras.
Sentir-se triste pode ser estar-se aqui,
Aqui bem dentro de mim,
Neste exato instante,
Em que me sinto sem a lua cheia dos apaixonados,
Sem o vento suave,
Mas, apenas riscando palavras,
Cheias de saudades, e,
Assim como eu,
Apenas tristes também.
Prece para a Mãe Terra
"Abençoado seja o Filho da Luz que conhece sua Mãe Terra
Pois é ela a doadora da vida.
Saibas que a sua Mãe Terra está em ti e tu estás Nela.
Foi Ela quem te gerou e que te deu a vida
E te deu este corpo que um dia tu lhe devolverás
Saiba que o sangue que corre nas tuas veias
Nasceu do sangue da tua Mãe Terra
O sangue Dela cai das nuvens, jorra do ventre Dela,
Borbulha nos riachos das montanhas,
Flui abundantemente nos rios das planícies
Saibas que o ar que respiras nasce da respiração da tua Mãe Terra
O alento Dela é o azul celeste das alturas do céu
E os sussurros das folhas da floresta
Saibas que a dureza dos teus ossos foi criada dos ossos
de tua Mãe Terra.
Saibas que a maciez da tua carne nasceu da carne de tua Mãe Terra.
A luz dos teus olhos, o alcance dos teus ouvidos
Nasceram das cores e dos sons da tua Mãe Terra,
Que te rodeiam feito as ondas do mar cercando o peixinho,
Como o ar tremelicante sustenta o pássaro
Em verdade, tu é um com tua Mãe Terra
Ela está em ti e tu estás Nela.
Dela tu nasceste, Nela tu vives e para Ela voltarás novamente.
Segue portanto as suas leis
Pois teu alento é o alento Dela,
Teu sangue o sangue Dela,
Teus ossos os ossos Dela,
Tua carne a carne Dela,
Teus olhos e teus ouvidos são Dela também
Aquele que encontrou a paz na Mãe Terra
Não morrerá jamais.
Conhece esta paz na tua mente,
Deseja esta paz ao teu coração,
Realiza esta paz com o teu corpo."
DEUSA CERIDWEN!
O CALDEIRÃO
O caldeirão tem sua base mitológica na tradição celta. O vaso de prata era chamado de "Caldeirão de Regeneração". O sangue despejado dentro dele devia formar uma bebida regeneradora ou um banho. Também está registrado que o caldeirão deveria ferver até que produzisse "três gotas da graça da inspiração", desta forma é conhecido como o Caldeirão da Inspiração", produzindo uma bebida semelhante ao "soma".
Este caldeirão da Deusa Cerridewn foi o precursor do Santo Graal. Afirma-se que no Graal havia uma fusão do caldeirão mágico do paganismo celta e do cálice sagrado do cristianismo, com os produtos tornados místicos e gloriosos.
A simbologia o torna uma ferramenta de transformação, mas também como a imagem do ventre materno. Acredita-se que o caldeirão é capaz de transforma a base material em espiritual, a mortal em imortal e de formar a bebida da imortalidade e inspiração.
O caldeirão do renascimento é um tema que se repete em muitos contos célticos.
ARQUÉTIPO DA MÃE PROVEDORA DA VIDA E MORT
Para os galeses, Cerridwen é uma Deusa Tríplice (donzela, mãe e mulher idosa), cujo animal totêmico é uma grande porca branca. Ela é a mãe que conserva todos os poderes da sabedoria e do conhecimento. É ao mesmo tempo Deusa parteira e dos mortos, pois o mesmo poder que leva as almas para a morte, traz a vida. De seu ventre parte toda a vida e a vida provém da morte. Do interior de seu caldeirão emanam porções, com as quais Cerridwen comanda a sincronicidade de todo o Universo e intervém nos assuntos humanos para auxiliar seus adoradores.
Seu aspecto caracterizado em corpo de uma velha, representa o conhecimento de todos os mistérios que só a idade e a experiência podem proporcionar. Ela é a Deusa que devemos reverenciar nos momentos de dificuldades e anulação de qualquer tipo de malefício. Ela é a Deusa do caos e da paz, da harmonia e da desarmonia.
Deusa da lua, dos grãos, da natureza. A porca branca comedora de cadáveres representando a Lua. Associa-se a morte, a fertilidade, a inspiração, a astrologia, as ervas, os encantamentos, o conhecimento...
Conta-se que Cerridwen, com a bebida de seu caldeirão transformava um homem comum em um rei. Sua história vem do País de Gales medieval e se encontra escrita em "The Mabinogi (1977) de Patrick K. Ford. Cerridwen, viveu à margem de Llyn (lago), casada com Tegid Foel,com quem teve dois filhos. Um era belo, mas o outro muito feio, chamado de "Morfran" (grande corvo). Pensou então que o único remédio contra esta adversidade, seria torná-lo sábio. Para tanto, ela juntou ervas e fez para ele uma poção mágica. Demorou um ano e um dia para terminar a tal poção. Gwyon Bach, seu assistente estava encarregado de vigiar o fogo e a poção, mas foi advertido para não bebê-la. Entretanto, quando três gotas a poção saltaram do caldeirão, Gwyon empurra o filho de Cerridwen e as bebe. Instantaneamente, ele possuía a sabedoria do mundo, sabia até mesmo que Cerridwen tinha a intenção de matá-lo. Ele fugiu e ela foi atrás dele, no que se chamou de "Caçada Mágica".
Gwyon transformou-se em uma lebre e Cerridwen em um cão, transformou-se então em um salmão e ela em uma lontra. Por último transforma-se em um grão de trigo, mas a Deusa em corpo de uma galinha o come. Nove meses mais tarde Cerridwen deu à luz em Taliesin, o maior dos Trovadores Celtas. Depois de tê-lo em seu seio, não conseguiu mais matá-lo. Ela então o coloca dentro de um saco de pele e introduzindo-o dentro de uma pequena barca, que fica a deriva sobre as ondas.
Elphin, filho de um rico proprietário de terras, salvou o bebê e lhe deu o nome de Taliesin (semblante radiante). A criança reteve todo o conhecimento e sabedoria adquiridos pela poção e tornou-se um importante e talentoso Bardo.
INTERPRETAÇÃO DA LENDA
Quando Gwyon bebe as três gotas proibidas, tem a visão perfeita da divindade representada pos Cerridwen. Assim, é perseguido e castigado pela Deusa, que acaba engolindo-o. Dito castigo é a tradução culpabilizada da repercussão do do conhecimento: Gwydion Bach não pode suportar a visão do mundo imperfeito, e de alguma maneira se encontra exilado no mundo da relatividade, daí suas sucessivas transformações em animal e depois em grão de trigo. Porém, como tem o conhecimento perfeito, não pode morrer realmente: agora participa da divindade de Cerridwen. Por isso, Cerridwen o ingere na forma de grão de trigo. Não podia fazer outra coisa do que absorvê-lo, igual ao sacerdote católico que tem que limpar o cálice absorvendo até os menores pedaços de hóstia que tenham restado. Pois, se a divindade é esquartejada, perde seu poder. Não pode ficar dispersa, como nos indica todas as lendas de Deuses desmembrados que têm que ser reconstruídos para que o mundo recupere o equilíbrio anterior a catástrofe.
Quando Gwyon se apodera dos segredos de Cerridwen representados pelas três gotas, se produz uma catástrofe comparável ao do nascimento. A partir desse momento, aparece a necessidade de reconstruir a unidade perdida, a necessidade de voltar atrás, até a mãe, e dessa forma se produzirá um "novo nascimento". No caso de Gwyon Bach, que não pertence a casta dos mortais, não morre, fecunda a própria mãe e renasce pela segunda vez sob o aspecto de Taliesin, o bardo que conhece os segredos do mundo e da divindade.
A imagem da narração é clara: no final, Gwyon Bach é engolido por Cerridwen, ou seja, descreve um ato sexual (com simbólica fecundação oral).
Gwyon volta para o seio da mãe para um novo amadurecimento, e quando renasce, é Taliesin. Cerridwen havia dado nova vida àquele que havia engolido, àquele que é ao mesmo tempo filho e amante.
Essa é a metamorfose mais brilhante que a mulher faz o homem experimentar quando o ama, pois o ato de amor pode causar um novo nascimento. E, o ato de amor, também está vinculado a morte. O orgasmo masculino, todos os estudos médicos sobre esse ponto estão de acordo, submete o indivíduo a um estado próximo da morte. É uma pequena fração de segundo que o homem se "desconecta do real", depois do qual, já não tem mais razão de existir, pois já transmitiu seu sêmen e esse pode dar nascimento a um ser novo. "A expulsão dos produtos sexuais no ato genital", disse Freud, "corresponde quase a separação do soma e do germe; por isso a satisfação sexual total se assemelha a morte."
Porém, essa "pequena morte" não é para o ser humano, pois o orgasmo, por mais completo que seja, não chega a satisfação total. O desejo nunca é totalmente satisfeito, que é a condição de seu renascimento. Sendo a vida um perpétuo impulso, está no desejo a sua motivação mais profunda.
Daí surge a imagem de Cerridwen, a bruxa que nutre seu amante, para dar nascimento ao seu filho e continuidade à humanidade. Taliesin n~so é mais do que o renascimento da semente plantada por Gwyon Bach. E Cerridwen que se apresenta com características de temível e tirânica, é a Senhora que o domina.
Essa narração, embora seja da época cristã, é baseada na crença de que o homem nada tem a ver com o fenômeno do parto, que é função específica da mulher. O homem não é considerado pai dos filhos no sentido que nós damos a esse termo, pois ignora-se a paternidade fisiológica e o pai resulta completamente alheio ao nascimento dos filhos.
Essa crença arcaica é característica de uma sociedade que temos a tendência de a considerar como primitiva no sentido pejorativo da palavra. Mas, na verdade, representa um estágio de civilização não necessariamente pior do que o estágio paternalista da civilização romana, ou o nosso estágio híbrido. Na sociedade matrilinear, o pai não desfruta de nenhum privilégio em relação aos filhos, e não tem portanto, direito ao seu afeto, tendo a necessidade de fazer tudo para ganhá-los. Por outro lado, não tendo as responsabilidades financeiras que envolvem uma família, se sente mais livre para deixar que seus instintos paternais se desenvolvam.
Assim, a sociedade paternalista, insistindo sobre o papel biológico do pai, reforça todas as fontes de conflitos de natureza edípica, e destrói o equilíbrio dos instintos fundamentais que persiste na sociedade matrilinear, posto que a relação, para o pai, só pode ser uma relação desinteressada, isenta de toda autoridade. Além disso, são as sociedades paternalistas que consideram a mulher como uma máquina de prazer ou de procriação e ainda insistem sobre a sacrossanta virgindade das jovens.
Como podemos ainda, constatar na lenda de Cerridwen, mudar a própria forma é algo que todas as Deusas Celtas podem fazer. Mas nós seres humanos também não mudamos? Todos os dias ao levantarmos, tomarmos banho e nos vestirmos, podemos estar vestindo muitas faces, dependendo da situação.
A transmutação de forma é marketing para se alcançar resultados máximos.
As Deusas e Deuses Celtas estão ligados a vários animais e aos Elementos. Ao transmutar-se e tornar-se Uno com um animal, a Deusa ou Deus ganha mais poder.
Nós, como as divindades, podemos mudar de forma para amimais poderosos e de grande auxílio. Você pode se transformar em um tigre em uma reunião de vendas, acho que será de grande ajuda.
Ao nos tornarmos todas as coisas e mergulharmos na unidade, poderemos entrar em contato com a nossa verdadeira natureza.
Cabe também acrescentar que, Cerridwen vivia ao lado do lago e era encarregada do caldeirão do renascimento, Morgana era a Senhora do Lago que leva Artur de barco à um local nas proximidades de Avalon, com intuito de curar suas feridas.
Cerridwen chega em nossas vidas anunciando um tempo de morte e renascimento. Quando algo está para morrer, devemos permitir que se vá para que algo novo possa nascer. Não devemos encarar a morte como um fim, mas um renascimento A nossa presença aqui é tão pungente! A pequena faixa de claridade que chamamos nossa vida está suspensa na escuridão de dois desconhecidos. Há a escuridão do desconhecido, na nossa origem. Emergimos subitamente desse desconhecido e inicia-se a faixa de claridade denominada vida Depois, há a escuridão do fim, quando desaparecemos mais uma vez de volta ao desconhecido.
Talvez você tenha chegado ao final de um ciclo, de um relacionamento, de um emprego e esteja com medo de deixá-los ir embora. Ou até sente que está morrendo, quando apenas uma parte de você tem de dar lugar ao novo. Mas saiba, que no lado inferior da vida, sempre existirá a morte. Se viver a sua vida ao máximo, não terá medo da morte e do que ela significa, pois ela pode tornar-se o momento de libertação mais profundo de sua natureza. Quando aprender a abrir mão de certas coisas, aprenderá a morrer espiritualmente de pequenas formas durante a vida. Imagine esse ato de abrir mão, multiplicado mil vezes no momento da morte. Essa liberação pode proporcionar uma vinculação divina completamente nova. Os místicos sempre reconheceram que, para se aprofundar na presença divina do íntimo, é necessário exercitar o desprendimento. Quando começamos a nos deixar levar, é espantoso como a nossa vida enriquece. As coisas falsas as quais nos agarramos desesperadamente se afastarão, dando espaço para que somente o verdadeiro se aprofunde dentro de nós.
A totalidade só é conquistada no momento que dissermos sim e dançarmos com a morte e o renascimento Cerridwen diz a você que sempre receberá de volta o que der a ela, portanto entregue-se e renascerá.
RITUAL À CERIDWEN
Cerridwen está relacionada ao renascimento e a ligação com os outros mundos. Seus rituais são realizados na Lua Minguante, que é seu símbolo. Sua cor é o negro e por isso recebe o título de NIGREDO, Senhora da Noite. Para realizar seu ritual e dar boas vindas à lua minguante você vai precisar de :
1 Vela Branca
1 Vela Vermelha
1 Vela Preta
O Caldeirão com Água
A Taça com Água
O Athame
Folhas de Louro ou Eucalipto
Disponha as 3 velas em forma de triângulo sobre o altar de forma que a preta fique a esquerda, a branca a direita e a vermelha no topo do triângulo, coloque o caldeirão no meio do triângulo formado pelas velas, coloque a taça abaixo do triângulo de velas então chame por Ceridwen :
Oh antiga Deusa que reside no Norte
aquela que conhece o passado de todas as coisas,
ouça o meu chamado e que
minha invocação seja agradável aos seus olhos,
Oh Nigudo senhora da sabedoria e compreensão.
Ceridwen Mãe Celeste que a Lua Minguante
seja bem vinda e que seus poderes de exterminar
com todas as coisas negativas se espalhe sobre o mundo,
transmutando os Karmas,
solucionando os problemas,
curando as doenças,
afastando as intrigas,
a inveja, os obstáculos e
problemas que nos impedem de chegar a plena felicidade.
Oh Deusa da Inspiração e Criação,
venha em nosso auxílio!
Espalhe as folhas de louro ou eucalipto sobre o altar coloque o athame em cima das mesmas dizendo:
Mãe do caldeirão sagrado que sua face minguante seja bem vinda a este mundo para que tenhamos paz, saúde e bons presságios.
Que assim seja e que assim se faça para o bem de todos.
Detalhes do evento: Face Anciã, ideal para banimentos.
a Lua está a oeste do Sol, que ilumina seu lado voltado para o leste
a Lua nasce meia-noite e se põe meio-dia
A Lua está aproximadamente 90° a oeste do Sol, e tem a forma de um semi-círculo com a convexidade apontando para o leste. A Lua nasce aproximadamente à meia-noite e se põe aproximadamente ao meio-dia. Nos dias subsequentes a Lua continua a minguar, até atingir o dia 0 do novo ciclo.
O intervalo de tempo médio entre duas fases iguais consecutivas é de 29d 12h 44m 2.9s ( 29,5 dias). Esse período é chamado mês sinódico, ou lunação, ou período sinódico da Lua
Quarto Minguante é uma das fases da Lua. Ocorre quando o ângulo Terra-Lua-Sol é aproximadamente reto, de modo que vemos apenas cerca da metade do disco lunar, no período em que a parte iluminada está diminuindo progressivamente. No hemisfério norte, a metade esquerda do disco está iluminada, enquanto no hemisfério sul, a metade direita do disco ilumina-se durante esta fase.
O ultimo quarto da lua inicia-se com a quadratura minguante e vai até as vésperas da lua nova. Aqui a lua diminuirá de tamanho até o ponto de desaparecer nos últimos dias da fase balsâmica. Decadência é a palavra chave deste momento. Somente atividades onde se deseja que não haja desenvolvimento devem ser iniciadas em uma lua minguante, ou seja, se você quer que algo “morra” cedo ou se desenvolva de forma débil, inicie na lua minguante. Neste período é favorável a colheita dos cereais e leguminosas, pois aqui o fluxo de seiva é menor e existem maiores chances da planta não ser prejudicada, mas ao mesmo tempo este período favorece a extração das ervas daninhas pois elas voltarão a crescer com menos força. Se estiver pensando em se depilar, este é o momento mais propicio! (a lua cheia na verdade pode ser perigosa para a colheita, mas ela potencializa as propriedades dos vegetais a serem colhidos. Então se deseja colher frutas ou apanhar temperos ou plantas medicinais, a lua cheia é mais indicada, fazer isso na lua minguante pode resultar em remédios fracos ou temperos de sabor irrisório)
O último quarto da lua tem duas fases: a fase do quarto minguante e a fase Balsâmica.
A fase do quarto minguante Se inicia com a quadratura minguante, que corresponde ao grau zero de capricórnio, e vai até as vésperas da semi-quadratura minguante. A crise que ocorre aqui é muito mais simbólica. Na quadratura crescente, a crise impelia a uma fúria e a uma aceleração do desenvolvimento. Aqui na quadratura minguante a crise está relacionada a conscientização do término do ciclo, o momento de uma preparação simbólica para uma morte simbólica. Nesta fase ocorre também o sextil minguante , que corresponde ao grau zero de aquário. A analogia desta fase é com a velhice, onde existe a conscientização da proximidade da morte, mas existe algo positivo: a sabedoria e a experiência que surgem como conseqüência. Pessoas nascidas aqui tendem a ser inflexíveis, mas ao mesmo tempo muito corretas, do tipo que se apega a determinadas coisas mas que o faz porque tem plena certeza das suas escolhas. Visualmente, a lua nesta fase nasce por volta da meia-noite e o disco lunar está 50% iluminado em processo de diminuição.

A fase balsâmica corresponde ao final do ciclo da lua. Se inicia com a semi-quadratura minguante e vai até as vésperas da lua minguante. É um momento altamente desfavorável pra se iniciar qualquer coisa, mas altamente favorável para se concluir coisas, colocar “pontos finais”. Dentro desta fase ocorre o semi-sextil minguante, que corresponde ao grau zero de Peixes. Os nascidos nesta fase são pessoas muito voltadas para o futuro, para o amanhã e ligadas as questões espirituais e metafísicas. São pessoas fadadas a vivenciar ao longo de suas vidas o conflito entre o atual e novo (sol) e aquilo que um dia foi, o passado (lua), especialmente quando a lua está no signo anterior ao signo do sol. Da mesma forma que ocorre no inicio da lua nova, no final da lua minguante os nascimentos onde a lua está a menos de 17° de distância do sol tendem a ser desfavoráveis para todos os assuntos envolvendo a lua. Visualmente, no inicio dessa fase a lua estará com 25% de iluminação e nascendo por volta das 3 da manhã (dependendo da estação). A partir do momento em que a lua assume uma distância de 17° do sol antes da conjunção ela não pode mais ser vista.
O temperamento associado ao ultimo quarto da lua é o Fleumático, que corresponde ao elemento água e ao inverno.
Nestes dias aproveite para livrar-se daquilo que não precisa mais, fazer faxina doméstica, para finalizar tarefas começadas, para resolver assuntos pendentes, estar com seus filhos ou família. Tratamentos de saúde, regimes e cirurgias podem ser feitos agora. Corte anti-queda de cabelos para que se fortaleçam. Tratamentos de acupuntura não devem ser feitos agora. As cirurgias têm resultados melhores, os trabalhos caseiros ficam mais leves, a roupa se limpa com menos sabão, e mesmo quem come um pouco a mais ao engorda tão depressa. Trabalhos no jardim e na roça tem melhores resultados. Quem prepara cosméticos deve faze-lo nesta fase, pois irão durar mais. Os órgãos do corpo se desintoxicam melhor nesta fase e a obturação de dentes e colocação de pontes deve ser feita na Lua minguante também, porque irão durar mais. Mas segundo Leo Vinci em seus livros deve-se lembrar que esta Lua é excelente para toda magia de afastamento. Lourdinha acrescenta que entre o fim da Minguante e o inicio da Nova há o chamado período "Escuro da Lua" e é considerado forte, poderoso, em termos de instrospecção, rituais de elevação espiritual e concentração. De acordo com Lourdinha nesta fase a Lua já ultrapassou 90o do ponto de sua fase Cheia, tendo decrescido em tamanho e agora pode ser observada como um C invertido. Este período corresponde a conclusões, términos, desintegração. Propício a finalizações de tudo o que deve ser concluído e/ou eliminado. Também para se fazer uma retrospectiva do que já foi terminado, alcançado. Um tempo também de descanso e de preparação para Nova fase que se aproxima: a próxima Lunação. A Lua Minguante, período entre a Cheia e a próxima Lua Nova, quando a Lua está decrescendo e recolhendo sua energia. A lua minguante representa o período de envelhecimento e morte de todos os seres e coisas, é natural as mulheres menstruarem na lua minguante, pois seu óvulo não fecundado morre e é descartado nesse período. Na Lua Negra transformamos, na Nova criamos, na crescente colocamos em prática nossos objetivos, na cheia eles se fortalecem e na minguante eles são ‘arquivados’, morrem para que possamos na lua negra iniciar todo o ciclo de analise, criação, expansão, fortalecimento e término novamente.
Nesse momento a Deusa percorre os portais até o submundo, ela é a Senhora, a Anciã que em breve será Rainha das transformações. Esse é um período de grande transição, nervosismo, conflitos, dúvidas são características muitos presentes durante a lua minguante. Assim como a Deusa percorre os portais entre os mundos, nós estamos no fim de um ciclo, finalizando por completo projetos e tendo a necessidade de começar a buscar por novos. É também um período de descanso, já que na Lua Cheia muito da energia foi desprendida. Abaixo, por tópicos, colocaremos informações detalhadas sobre o funcionamento básico de um Esbbath junto com dicas úteis para que possam montar os seus. Além disso, falaremos das lendas, supertições e histórias/relatos das práticas desse Esbbath.
Essa semana foi tão corrida para mim que eu não tive tempo de falar sobre as luas que mudaram de fase nesta semana – então, para colocar o assunto em dia, vou começar falando da Lua Minguante que teve inicio no dia 17 de maio (domingo)…
A fase minguante da lua é o inverso da lua nova, no círculo, nos pedidos mágicos. É exatamente quando se usa o punhal ou a foice, para simbolicamente cortar tudo o que nos perturba ou que é motivo de ilusão.
Nessa fase se pede à lua: sabedoria para tecer nosso destino e virtude para compreender a solidão. Nessa lua, também se pede o dom da magia.
No final do ritual cada participante separa-se das outras cantando com voz cada vez mais baixa a oração:
“agora penso na morte
para encontrar o que realmente sou
antes de tornar-me outro (a)!”
Mas pelo conceito astrológico: Lua, Terra e Sol, formam um ângulo de 270º – e a cada dia que passa a lua fica cada vez menos vísivel até desaparecer completamente do céu… Então a nova fase se inicia…
A lua crescente é ideal para colheita, adubar, podar, cortar madeira para móveis, colher grãos e semear, exterminar pragas e também podar ervas e plantas em geral.
Para o paganismo, a Lua Minguante representa a faceAnciã da Deusaque se recolhe nas sombras para entender sua evolução, para refletir e estar em contato consigo mesmo. Nesse momento, ela é Cerridewen e caminha lentamente, com toda paciência que a vida lhe permite para o Vale das Sombras, o interior do caldeirão, o Vale Sagrado, o Ventre acolhedor de Gaia onde permanecerá até ressurgir novamente na Lua Nova, mostrando novamente que o fim também é o começo.
A Lua e a Terra dançam a mesma música, assim como nós que precisamos realmente compreender essa magia para que a vida seja plena.
Então haverá momentos de semear, apreciar o crescimento, ver dar frutos, colher e finalmente haverá momentos de intensa reflexão em que será preciso apreciar cada um dos passos dados para que os erros sejam formas sábias de aprendizados e não de arrependimento porque arrependimentos não faz de nós pessoas melhores. Errar é parte do processo humano, compreender o erro, superá-lo e corrigí-lo no dia seguinte é a escala natural da evolução humana…
Observando a Lua e suas muitas fases perceberemos exatamente o real significado disso tudo e estaremos mais atentos a nós mesmos e nos reais significados de todas as coisas importantes para nossa alma…
DIETA DA LUA
Uma dieta fantástica pra quem quer eliminar um pouco de peso.
A Lua pode nos beneficiar em vários aspectos, ela só precisa de uma chance para mostrar sua força.
Basta escolher uma Lua e ver o horário da sua mudança, iniciando na hora certa e permanecendo na dieta por24hs, por exemplo:
A lua muda terça ás 18hs; você começa ás 18hs de terça e continua a dieta até 18hs de quarta.
Pode ser em qualquer Lua, mas a mais indicada é aLua Minguante, por sua ajuda na eliminação de quilinhos. E o ideal é fazer no prazo mínimo de um mês, que seria sempre na Lua escolhida!
A Dieta consiste emingerir somente líquidos por 24hs, ex:
Café da manhâ: chás, leite, café, sucos…
Lanche: iogurte, vitamina de frutas…
Almoço: caldo de feijão…
Jantar: creme de ervilha, caldo de mandioquinha…
Mas lembre-se; serve como auxílio e para pouco peso. E tire dúvidas com um médico.
Lua Minguante
No principio em meu coração
Existia apenas o brilho das antigas
Estrelas de outras vida, pois a Lua
Nova era e seu brilho era escuro e sem vida
De repente teu brilho nasce em paginas
De um livro, pois meu amor renasce
E logo logo ele cresce e ilumina a minha
Noite como o luar nascente de uma Lua Crescente
Então tu em teu resplendor vem e dilacera a
Escuridão latente de mi'alma e assim faz de
Minha noite bela, pois tu é minha Lua Cheia e
Sutilmente me faz fazer o melhor de nossa historia
Mas sinto acabar teu caminho em minha
Historia menina e logo teu brilho se esvai
E linhas e palavras que agora com a Lua Minguante
Se apaga, mas quetal nesta historia não haver fim? [...]
Feitiço com Sal,Para a Conseguir Emprego e Melhorar Economicamente
Si deseja um banho para atraira fortuna e a prosperidade, através deum bom emprego, prepare estes sais, e purifique-se com elas, numa noite deLua Minguante.
Ingredientes
- ¼ quilo de sal grosso
- 100 ml de água pura
- 10 gotas de aceite de amêndoas
- 1 colherada de água de flor de laranjeira
- 1 ramo pequeno de flores de lavanda
Misture a água pura com o azeite de amêndoa, e com a água de flor de laranjeira, ou na falta com água de cascas de laranja fervida.
Coloque o sal num recipiente de vidro preferentemente azul, adicione a mistura anterior de águas e azeite, e deixe repousar uma hora, na intempérie, numa noite de Lua Minguante.
Coe tudo passada uma hora, e coloque o sal numa bandeja de metal prateado, e volte a colocar na intempérie, por outra hora mais.
Depois, traga-a para dentro da casa, e deixe assim por outra hora.
A seguir, coloque o sal e as flores de lavanda no mesmo recipiente de vidro com tapa para que possa guardá-lo.
Antes disso, tome um banho pisando a metade deste sal preparado, enquanto pensa que seus problemas econômicos dissolvem-se com ela.
O sal na hora do banho deve estar colocado encima de uma roupa que vc usou.
Use a metade do preparado, e depois a outra parte, na próxima Lua Minguante.
A MULHER LUA MINGUANTE
O terceiro aspecto da Deusa, a Anciã, corresponde à fase da Lua Minguante, sendo o menos compreendido e o mais temido.
A Lua Minguante define-se no acaso e na velhice. É aquela que encerra em si a sabedoria e os segredos nunca revelados. Está associada a velha bruxa, ao deteriorar da força vital, ao envelhecimento, assim como, aos poderes de destruição e da morte, à destruição do impulso de Eros.
A mulher que é arquetípicamente regida pela Lua Minguante é misteriosa e por vezes indefinível. Parece possuir um potencial para realização de algo que é difícil definir com exatidão. Possui virtualidades pressentidas, mas nem sempre realizadas. Ela mesma não se define de maneira consciente e clara. Possui também uma certa dificuldade em lidar com os aspectos da vida consciente. Esta é a mulher que vive no "mundo da lua". Está sempre descobrindo novas possibilidades, mas tem certa dificuldade em direcioná-las e nunca consegue finalizar o que começou.
Como está mais próxima e mantém constante contato com as fontes inconscientes da fertilidade, aparenta estar realizando algo, mas que pode nunca concretizar. É sempre suscetível a perder-se em sonhos e devaneios em função da dificuldade que tem em lidar com o concreto e o real. O seu maior obstáculo é o tempo presente, pois está sempre voltando ao passado, revendo tudo o que foi capaz de realizar, ou lamentando o que deixou de fazer. Ela está sempre distante do presente e por isso torna-se fria e distante dos outros, devido ao seu excesso de auto-referência.
A sua criatividade, se não submetida ao controle do ego consciente, pode assumir uma forma caótica e desordenada. A sua maior dificuldade está em mobilizar e dirigir essa energia. Possui ela, todo o potencial para a criação por seu acesso fácil às fontes criadoras lunares, mas necessita compreender e separar a mistura orobórica criativa, a fazer a ordenação do caos, para que ele se transforme num cosmo criativo
A mulher Lua Minguante possui uma energia muito forte, mas ela pode manifestar-se de maneira tanto construtiva, como destrutiva, dependendo da forma como trabalha o seu consciente. A necessidade de mudança também está sempre determinando seu comportamento. O que mais importa para ela é o próprio processo do que o objetivo final, o caminho não tem tanta importância, mas premente é a necessidade de fazer a passagem.
A introspecção ao mundo interior ocorre facilmente para a mulher regida pela lua minguante. A sua maior dificuldade está no fato de tornar-se produtiva e realizar toda a fertilidade encontrada. Se não conseguir direcionar essa vitalidade, objetivando-a e encaminhando-a para a realização criativa, toda essa riqueza pode se tornar inútil.
A Lua Minguante sempre serviu como vaso adequado para a projeção de todo o lado sombrio, tanto do homem como da mulher. Aqui penetra-se no reino de Hécate e Lilith e tantas outras deusas que apresentam aspecto sombrio, mas que pode no final nos trazer a iluminação. Talvez torne-se necessário para a mulher fazer um acordo com estas deusas, para que elas a presenteiem com a possibilidade de um enriquecimento de personalidade, permitindo a sua expressão de uma forma mais humanizada e não tão instintiva. Deste modo, as dimensões do instinto poderão ter uma via mais integrada, em que pode haver a participação de novas forças energéticas.
É observando e reconhecendo os movimentos da Lua no céu e integrando as suas três fases, que poderemos nos alinhar e sintonizar com o fluxo do tempo e com os ritmos naturais. Nos utilizando dos poderes mágicos da Lua e reverenciando as Deusas ligadas a ela, criaremos condições para melhorar e transformar nossa realidade, harmonizando-nos e vivendo de forma mais equilibrada, plena e feliz.
LIMPEZA, PURIFICAÇÃO, DECORAÇÃO E SINTONIZAÇÃO.
Para entender e aprender todo o processo de LIMPEZA e purificação necessário ao bom funcionamento de qualquer celebração clique em Ritual de Purificação.
A Decoração do Esbbath de lua minguante é muito individual, sua cor, normalmente é o marrom, vinho ou o negro, cores ligadas aos términos, a morte, ao envelhecimento. Se quiser você pode utilizar outras cores, desde que não sejam cores muito chamativas.Você deve espalhar por todo o local; símbolos, imagens ou objetos para onde você irá enviar as energias de término. A decoração deve auxiliar em suas reflexões e no envio de suas energias para o objetivo da celebração.
A Sintonização corresponde a uns 15 minutos que você deve dedicar ao ambiente onde ocorrerá a celebração. Respire fundo, sinta os cheiros, ouça os sons do local, olhe a sua volta e veja onde está, tente sentir a energia do lugar. Caso seja um lugar com uma história bonita reflita um pouco sobre essa história, tente entender porque você foi celebrar ali, ande por todo o local, interaja com a energia emanada por esse ambiente. Faça tudo isso em silêncio, respirando fundo, e preparando todo o seu corpo para o Esbbath que está sendo iniciado.
ABERTURA DO CÍRCULO E INVOCAÇÕES.
Como já era de se esperar a abertura do círculo e as invocações seguem sempre um padrão o qual vocês podem encontrar em Círculo Sagrado, apenas as invocações dosDEUSESé que mudam.
COMO PLANEJAR UM RITUAL
Elaboramos este guia prático (e básico) para que você use como sugestão ao elaborar seus próprios rituais, etapa por etapa. Vale lembrar que este é um modelo padrão, que você pode seguir ou não. Fique à vontade para tornar o ritual o mais apropriado possível ao que você pode fazer.
1. O objetivo do ritual
Você deve ter bem claro qual o objetivo do ritual, pois sem isso seu ritual será praticamente inútil e apenas desperdício de energia. Isto é muito importante pois é a partir da meta de seu ritual que você poderá delimitar todas as ações que serão realizadas.
2. A escolha das divindades
Se você costuma trabalhar com um panteão específico, possivelmente já tem uma idéia de quais deuses chamará a este ritual, de acordo com o seu objetivo. Se você trabalha com vários panteões, o procedimento deve ser o mesmo. Se você não trabalha com nenhum, pode simplesmente invocar a Deusa e o Deus, de forma genérica. Uma dica importante: procure não misturar panteões em seus rituais.
3. Correspondências
Elabore todas as outras correspondências do ritual. Que tipo de incenso você vai usar, quais ervas, cores das velas, fase da Lua, dia da semana, horário do dia etc. Tudo isso você deve fazer analisando as correspondências e adequando-as ao seu objetivo.
4. Rascunho do ritual
Faça um esboço de todo o seu ritual, desde o momento em que você lança o círculo até o momento em que o ritual se encerra. Se você não sabe como fazer isso, use este guia.
5. Arrumação do altar
Arrume o seu altar de acordo com a ocasião, no local onde realizará o seu ritual. Coloque todos os utensílios necessários, enfeite com plantas (se achar necessário), mas procure manter tudo bastante simples. Não se esqueça de trazer itens extremamente necessários ao ritual, como fósforos e tudo o mais que você possa precisar.
6. Ação mágica
Se você estiver realizando um feitiço, este é o momento de executá-lo. Vale o mesmo para meditações, consagrações, leitura de oráculos etc. Depende da ação mágica que realizará.
7. Aterramento
Depois de enviar o poder, é muito importante aterrar a energia para que não lhe afete internamente. Você pode ficar nervoso, irritado, tudo por conseqüência de um não-aterramento. Por isso, quando enviar o poder, deite-se no chão com a barriga e palmas das mãos e dos pés para baixo e sinta toda a sua energia voltando para a Terra, que lhe envia novas energias também.
8.Encerramento
Agora você pode encerrar o ritual agradecendo. Na maioria das vezes, deixe as velas e o incenso queimarem até o fim (a não ser que o seu feitiço peça outro fim com as velas, como jogar em água corrente ou enterrá-las).
Ao iniciar um ritual, algumas pessoas começam o círculo pelo leste, outras preferem a maneira Celta e começam pelo norte. Na Tradição Celta, o norte é sagrado, pois é pelo norte que o guerreiro entra no círculo do conhecimento, e foi pelo norte da terra que os celtas vieram para a Europa. Uma forma de traçar o círculo é dizer: PELO PODER DA DEUSA E DO DEUS, PELOS GUARDIÕES DOS QUATRO QUADRANTES, EU TRAÇO ESTE CÍRCULO SAGRADO. DESTE ESPAÇO NENHUM MAL SAIRÁ, E NELE NENHUM MAL PODERÁ ENTRAR. Pode-se parar em cada quadrante e convidar os Elementais para entrarem no círculo. Antes do ritual ser iniciado, o lugar em que é traçado o círculo deve ser varrido com a vassoura para eliminar qualquer negatividade. Mesmo assim, deve-se evitar realizar qualquer ritual em locais negativos. Na maioria das vezes, o círculo é traçado no sentido horário durante os Sabbats e no sentido anti-horário para os Feitiços, em especial nos trabalhos para banir energias negativas. Dentro do círculo deve haver um símbolo em cada quadrante representando os quatro elementos: água, sal ou qualquer objeto marinho para a água a oeste; uma vela ou enxofre para o Fogo ao sul; um pouco de terra ou uma planta para a Terra ao norte; e uma pena ou incenso para o Ar ao leste. Esses elementos podem ser substituídos por velas na cor dos quadrantes. Na Tradição Celta, as cores são: negro para o norte, representando a meia noite; vermelho para o leste, representando o nascer do sol; branco para o sul, representando o sol do meio dia; e cinza, azul ou púrpura para o oeste, representando o crepúsculo.
Antes de iniciar o ritual, tudo já deve ter sido planejado com antecedência, e as funções de cada um já devem estar determinadas. Terminado o ritual, a mesma pessoa que traçou o círculo deve abri-lo, fazendo o traçado no sentido oposto ao da abertura, e também deve se despedir das entidades que foram convidadas e agradecer a sua ajuda, dizendo: PELO AMOR DO DEUS E DA DEUSA, PELOS GUARDIÕES DOS QUATRO QUADRANTES, EU ABRO ESTE CÍRCULO SAGRADO. ELE ESTÁ ABERTO, MAS NÃO QUEBRADO. QUE ELE SEJA ENVIADO AO UNIVERSO. QUE ASSIM SEJA PARA O BEM DE TODOS.
É muito importante a criatividade nos rituais. Eles não devem ser interrompidos e, salvo em caso de necessidade, nenhum membro deve sair do círculo até o final. Se isso tiver que ser feito, deve-se pular a vassoura para não quebrá-lo, pois, se isso ocorrer, todo o Ritual de Abertura terá que ser feito novamente. Se alguma pessoa se sentir mal, deve sair imediatamente do círculo. Grávidas, pessoas idosas ou muito jovens devem ter cuidados especiais. Pode-se iniciar as pessoas no Coven a partir dos 13 anos, ou, no caso das meninas, após a primeira menstruação. Não é comum crianças pequenas nos rituais, mas elas podem participar de alguns rituais em família. Para os que têm filhos, é aconselhável que se criem rituais leves para que as crianças conheçam os Deuses e desenvolvam seu amor pela natureza. Um exemplo seria criar um ritual simples para que as crianças consagrassem um jardim ou pedissem aos Deuses proteção para seus bichinhos de estimação.
Todo ritual que não seja de adoração, isto é, que seja feito para se alcançar um propósito ou realizar algum desejo, é chamado de Feitiço ou Encantamento. Quase todos os desejos e problemas humanos encontram soluções nos feitiços. Dentro da Wicca não se faz o que chamam de Magia Negra, pois acreditamos que tudo o que fizermos voltará para nós multiplicado por três. A Magia Negra não é só aquela em que se deseja o mal para outras pessoas, ou rituais com o uso de sangue ou sacrifícios. Magia Negra também pode ser interferir no Livre Arbítrio de outras pessoas. Isso acontece muito em feitiços de amor, pois várias pessoas desejam se casar com determinada mulher, ou que o marido volte, ou que a filha deixe aquele namorado. Essas pessoas não parecem ter a menor preocupação com a vontade alheia. Para a tristeza das "mães bem-intencionadas", suas filhas têm o direito de escolher os seus relacionamentos e de dar cabeçadas na vida, pois, talvez, ela necessite até carmicamente dessa experiência para evoluir como ser humano. Além do mais, as pessoas têm o péssimo costume de julgar os outros pelas aparências e, muitas vezes, são vítimas de seus preconceitos e cometem grandes injustiças. é muito melhor fazer um ritual de proteção para que os Deuses orientem seus filhos no caminho certo, e deixar que eles vivam suas vidas com o mínimo de interferência. Quanto aos rituais de amor, uma pessoa nunca deve forçar outra a amá-la, e muito menos a casar com ela. O casamento de nossos sonhos pode se tornar um grande pesadelo. Muitas pessoas se casam através desses rituais de "amarração", para verem, depois de algum tempo, aquela paixão forçada se transformar em puro ódio. Correto seria pedir aos Deuses para que lhe mostrassem a pessoa certa para lhe fazer feliz e também ser feliz a seu lado, pois as pessoas que querem fazer feitiços de amor raramente parecem se preocupar com a felicidade do outro. Mas se a pessoa tem certeza de que é amada, e existem obstáculos ao bom relacionamento, um feitiço pode ser feito para afastar esses obstáculos. Sempre que terminar um feitiço, diga: QUE SEJA PARA O BEM DE TODOS. Confie na sabedoria dos Deuses, pois a visão deles é muito mais ampla que a nossa.
Antes do ritual deve-se determinar exatamente o que será feito, para que não haja dúvidas durante a execução. Se tiver um Animal Guardião, poderá chamá-lo para ficar em sua companhia durante o feitiço. Para se fazer um feitiço, é importante que se tenha: desejo, concentração, visualização e expectativa. é preciso ter um forte desejo, pois um feitiço depende muito da carga emocional que você conseguir projetar nele. é preciso saber exatamente o que se quer e permanecer firme nessa idéia. Também é necessária uma boa dose de concentração para que não se desvie do objetivo e seja possível manter uma imagem fixa do seu desejo durante o ritual. Para que um desejo atinja os níveis mais profundos de nossa mente é necessário que ele seja expresso em imagens, pois o inconsciente trabalha através de símbolos e não de palavras. é importante que se consiga fazer uma visualização do desejo realizado, num quadro o mais perfeito possível. No começo pode parecer difícil, mas seria bom fazer alguns exercícios de visualização, como olhar para um objeto, fechar os olhos e tentar vê-lo novamente com o máximo de detalhes. Ou simplesmente tentar criar cenas mentais, o mais exatas possível. Mas a boa visualização não significa apenas ver o objeto. Se imagina-se uma fruta, o certo é imaginar seu gosto, cheiro, textura etc. A boa visualização leva em conta todos os sentidos. Finalmente, é preciso ter uma expectativa favorável, isto é, é preciso acreditar realmente que o feitiço vai funcionar. Muitas vezes essa é a parte mais difícil, pois seria preciso manter o espírito confiante de uma criança, mas as pessoas, com o passar do tempo, aprender a duvidar, especialmente se o feitiço demora um pouco para acontecer. Tudo no Universo tem seu tempo certo, e às vezes é preciso ter paciência e esperar o momento favorável.
Em muitos feitiços pode ser necessário usar um Condensador Psíquico, isto é, uma substância que ajuda a concentrar energias. Um ótimo condensador é a camomila. Deve ser feito um chá bem forte, que deve ser coado e esfriado. Durante o feitiço deve-se deixar cair algumas gotas no material utilizado. A concentração de energia será muito mais rápida e fácil. Por último, é preciso ter paciência e aprender com os próprios erros, pois, quando se está começando no mundo da Bruxaria, nem tudo ocorre como desejado. 
COMO CRIAR UM CÍRCULO MÁGICO
Este é um ritual wiccano básico usado para instaurarmos o nosso templo. Se estiver realizando o ritual sozinho, pode fazer em seu quarto ou em uma sala com os móveis recuados. Se tiver um aposento cujo espaço seja exclusivo para a prática da Magia, você tem muita sorte. Qualquer que seja o local utilizado para realizar o ritual, criar e banir o círculo é essencial.
Geralmente, o modo como você lança o círculo é igual na maioria dos rituais. Você pode desejar modificar uma coisinha aqui e outra ali de acordo com o objetivo do ritual, mas no geral é tudo bastante parecido.
A primeira coisa a se fazer é preparar o local do ritual. Tire tudo o que estiver obstruindo o lugar do círculo e coloque seu altar no ponto norte da circunferência (alguns bruxos preferem instalar o altar na ponta leste – é uma preferência pessoal).
Em cada quadrante você deve colocar uma vela da cor correnpondente ao elemento. O padrão é: azul (água), amarelo (ar), vermelho (fogo) e verde (terra), mas você pode alterar se usar correspondências diferentes. Essas velas devem ser acesas durante o ritual de lançamento do círculo e ficarão acesas durante todo o ritual.
Você também pode querer usar música durante os seus rituais. Recomendamos muitíssimo o uso de fitas-cassete ao invés de CDs, por exemplo. As fitas-cassete são mais dinâmicas e você pode gravar músicas cantadas por você, repetir faixas etc. Você pode gravar suas fitas de acordo com a seqüência do ritual, para que não comece a tocar uma música de tambores durante o período de relaxamento, por exemplo.
Tire o telefone do gancho, acenda o incenso e as velas, ligue a música e você estará pronto para começar.
Antes da perseguição aos Pagãos ocorrida na Inquisição, todos os rituais sagrados da Bruxaria eram realizados na Natureza, a morada sagrada dos Deuses, geralmente no interior de Círculos de pedras, semelhantes a Stonehenge, erigidas ao longo de linhas de poder existentes sobre a Terra, lugares estes de grande magnetismo e força.
Porém, quando começou a perseguição à Bruxaria, esses locais foram destruídos pela religião conquistadora, e nossos ancestrais foram obrigados a praticar seus rituais em suas casas, longe de olhos estranhos. Foi a partir daí que o Círculo Mágico passou a ser utilizado nos rituais da Bruxaria.
Traçar um Círculo Mágico precede qualquer ritual Wiccano. É uma forma simples de sacralizar a área que será utilizada de forma que esta se torne condigna aos Deuses e energias invocados no decorrer de um ritual. Ele é traçado no início de cada cerimônia e destraçado no final dela.
Traçar um Círculo Mágico significa estabelecer uma ponte entre o mundo físico e o mundo dos Deuses, entre o visível e o invisível. No interior de um Círculo Mágico devidamente sacralizado, estamos além do tempo e do espaço. Ele é uma esfera de energia capaz de estabelecer uma conexão entre o nosso mundo e outros planos.
O Círculo Mágico marca o início de um ritual. Geralmente ele é traçado quando percorremos a área ritual por três vezes consecutivas, com nosso Athame ou Bastão. Em seguida os elementos da Natureza são convidados a partilhar do ritual, bem como a Deusa e o Deus.

O Círculo é tido como o melhor meio de preservar e conter a energia criada durante um ritual, por isso é imprescindível em qualquer prática ritualística.

Fonte: 'Wicca - A Religião da Deusa', de Claudiney Prieto

* Em geral os wiccanos consideram que a Terra já é sagrada, pois a Deusa está presente em tudo, não havendo portanto essa nessecidade de "sacralizar" o lugar onde for realizar o ritual. Sob esse ponto de vista, o Círculo Mágico é usado para concentrar a energia durante o ritual, e para impedir possíveis interferências de outras energias no andamento do mesmo. 
Lançando o círculo mágico
Ande pelo perímetro do círculo três vezes em sentido horário, visualizando uma luz azul que o contorna. Quando terminar as três voltas, pare no quadrante que deseja começar (geralmente é o leste), e faça uma invocação aos guardiães como a seguinte:
Eu saúdo os guardiães das torres de observação do Leste, os poderes do Ar, e agradeço por estarem comigo neste ritual de hoje.
É claro que você pode elaborar novas invocações ou pegar outras já existentes, mas esta é a base. Faça o mesmo com todos os outros quadrantes, no sentido horário. Assim, o próximo quadrante a ser saudado é o quadrante Sul.
Após o término das saudações dos guardiães, invoque a Deusa e o Deus (ou as divindades com as quais se identifica) a estarem presentes em seu ritual. Segure o seu athame ou o seu bastão com as mãos erguidas para o céu para fazer a invocação.
Como os deuses pagãos são imanentes (estão em todas as coisas), fpode até parecer redundante chamá-los para estarem com você (pois é claro que eles estarão). No entanto, é bastante humilde e honroso de sua parte mostrar o quão importante eles são e o quanto você está feliz por sua presença.
Assim, uma invocação aos deuses pode ser como a seguinte:
Eu invoco a Deusa e o Deus para estarem comigo neste ritual. Que todos sejamos abençoados! Sejam bem-vindos!
Visualize uma luz branca azulada ao seu redor, formando o círculo desde o chão até o fechamento sobre sua cabeça. O círculo está lançado e você está entre os mundos.
Consagrando seus instrumentos mágicos
Você deve consagrar todos os seus instrumentos de acordo com os quatro elementos da Natureza. Carregar um objeto quer dizer que você o está imbuindo com sua energia para que se torne efetivamente seu.
Para isso, você vai precisar de um pires com sal (representando o elemento terra), um incenso de cravo (representando o elemento ar), uma vela vermelha (representando o elemento fogo) e um copo de água (representando o elemento água).
Organize seu altar de acordo com a correspondência de elementos. O padrão é: norte (terra), sul (fogo), leste (ar) e oeste (água). Coloque o pentáculo no centro. Acenda o incenso e a vela.
Você não precisa lançar o círculo mágico se não desejar. Se quiser um meio-termo, sente-se e visualize um círculo de luz azul ao seu redor. Quando achar que estiver bom, diga:
Eu invoco a Deusa e o Deus para que abençoem os instrumentos que consagrarei neste rito.
Eu os dedicarei ao trabalho com a Arte.
Eu invoco os espíritos dos quatro elementos da Natureza para que estejam presentes neste rito,
trazendo sua força e proteção.
Abençoados sejam!
Segure o instrumento que deseja consagrar e toque-o no pires com sal, dizendo:
Eu consagro este instrumento pelos poderes da Terra.
Que toda a sua memória seja anulada, pois de agora em diante você está dedicado aos trabalhados sagrados da Magia. Que assim seja e que assim se faça, para o bem de todos.
Passe agora o instrumento na fumaça do incenso e diga:
Eu consagro este instrumento pelos poderes do Ar.
Que toda a sua memória seja anulada, pois de agora em diante você está dedicado aos trabalhados sagrados da Magia. Que assim seja e que assim se faça, para o bem de todos.
Passe agora o instrumento na chama da vela e repita:
Eu consagro este instrumento pelos poderes do Fogo.
Que toda a sua memória seja anulada, pois de agora em diante você está dedicado aos trabalhados sagrados da Magia. Que assim seja e que assim se faça, para o bem de todos.
Respingue um pouco de água no instrumento e diga:
Eu consagro este instrumento pelos poderes da Água.
Que toda a sua memória seja anulada, pois de agora em diante você está dedicado aos trabalhados sagrados da Magia. Que assim seja e que assim se faça, para o bem de todos.
Eleve o seu instrumento e diga:
Pelos poderes dos céus e da luz eu o consagro e o dedico à Arte da Grande Mãe!
Toque o seu instrumento no chão e diga:
Pelos poderes do submundo e das trevas eu o consagro e o dedico à Arte da Grande Mãe!
Sopre no seu instrumento e diga:
Pelo meu próprio poder eu o consagro e dou vida com este sopro para que você responda apenas a mim, me ajude e me proteja. Que assim seja e que assim se faça, pelo bem de todos.
Desfaça o círculo de maneira habitual ou, se você apenas visualizou-o, feche novamente os olhos e veja-o se dissipando lentamente. Diga:
O círculo de luz e poder está aberto, mas não foi quebrado.
Eu agradeço á Deusa e ao deus por suas bênçãos,
Eu agradeço aos espíritos dos elementos que trouxeram as suas bênçãos.
Vão em paz.
Agora o seu rito acabou e o seu instrumento já está carregado. Guarde-o com cuidado ou coloque-o junto aos outros em seu altar. se outras pessoas por acaso tocarem em seus instrumentos, você deverá reconsagrá-los.
Incensos e suas propriedades
O incenso é uma substância resinosa aromática, empregada desde a antiguidade queimado como perfume para aromatizar ambientes, afastar insetos e em rituais religiosos. O incensário pode ser feito de metal, barro, cerâmica ou conchas. O importante é o incensário permitir que o incenso dure até o final sem apagar. Os incensos devem ser queimados até o final. Depois, os restos dos incensos podem ser jogados fora normalmente, como lixo orgânico, ou enterrados em algum lugar de seu jardim próprio para isso, se tiver essa possibilidade.
Propriedades dos incensos
Absinto: Estimulante geral para o cansaço mental e físico.
Alecrim: Traz saúde e sucesso nos negócios, acalma.Ar
O elemento ar pode ser utilizado para desenvolver a inteligência, o lado racional, a memória e a capacidade de comunicação verbal e corporal.
O Ar personifica a energia da primavera, quando as plantas tiram os nutrientes do solo para alimentar o seu novo crescimento. É a manhã, quando tiramos as primeiras energias do Sol nascente e está ligada ao Leste e ao calor. É a Lua em seu primeiro estágio, crescente, e sua cor é a amarela, a cor do Sol.
Ponto cardeal: leste
Hora do dia: amanhecer
Estação do ano: primavera
Incenso: olíbano
Signos do zodíaco: gêmeos, libra e aquário
Cores: pálidas e translúcidas, cores pastéis, branco, violeta, amarelo
Animais: águias e todos os pássaros de modo geral
Poder: saber
Instrumentos: athame e espada
Rege: a mente, nossa respiração, o vento, os trabalhos psíquicos, intuitivos e mentais, o conhecimento, a aprendizagem, teorias, planícies, picos de altas montanhas
Sentido: olfato
Plantas: amor-perfeito, verbena, violeta, mirra, olíbano
Árvore: choupo-branco
Conexão com o elemento Ar
Esta meditação foi tirada do livro ‘Dança Cósmica das Feiticeiras’, de Starhawk. Confira a nossa seção de livros indicados para maiores detalhes.
Fique de frente para o leste. Concentre-se e centre-se. Respire profundamente e torne-se consciente do ar enquanto ele flui para dentro e para fora de seus pulmões. Sinta-o como o sopro da Deusa e absorva a força vital, a inspiração, do universo. deixe que a sua própria respiração incorpore-se ao vento, às nuvens, às grandes correntes que varrem o campo e o oceano com o movimento da terra. Diga: “Salve, Arida, iluminada senhora do Ar!”.
Outro ritual simples de conexão
Pode ser feito em qualquer fase lunar. Superindicado para vésperas de exames e seminários em classe. O simples fato de acender um incenso, aprimora suas qualidades relacionadas ao ar dentro de você. Então queime um (de preferência, relacionado aos eu signo) e energize seu ambiente de trabalho ou aquele canto de sua casa onde você costuma estudar.
Alfazema: Acalma , limpa o ambiente.
Almíscar: Afrodisíaco, traz sensualidade e atração.
Amor Perfeito: Purifica, estudo, amor, elevação das vibrações.
Angélica: Fortifica a espiritualidade.
Anis: Para despertar o amor interno.
Anúbis: Para desperta a força.
Arruda: Proteção, limpa ambientes carregados.
Bálsamo: Acalma e equilibra a energia.
Bálsamo Rosa: Acalma, purifica, estudo, amor, elevação das vibrações, psíquicos.
Benjoim: Aumenta a espiritualidade, exorcismo.
Camomila: Acalma, purifica, psíquicos.
Canela: Estimulante; atrai prosperidade, bens matérias, equilíbrio mental.
Cânfora: Acalma, limpa ambientes carregados, desenvolvimento psíquico.
Cedro: Purifica, para despertar orças, psíquico.
Côco: Estimula o bem estar.
Cravo: Excitante, afrodisíaco, expulsar forças negativas, e expectorante.
Cravo-da-Índia: Purifica, para despertar força, espiritualidade, sensualidade e atração.
Dama-da-Noite: Ideal para encontros amorosos.
Egípcio: Purifica, amor.
Erva-Doce: Poderoso calmante.
Espiritual: Purifica, para despertar forças e espiritualidade.
Eucalipto: Purifica.
Eternum: Estudo, espiritualidade, elevação das vibrações, psíquicos.
Flôr-do-Campo: Equilíbrio emocional.
Flôr-de-Pitanga: Incentiva a criatividade.
Flôr-da-Índia (Kewda): Purifica as vias respiratórias.
Floral: Afasta os sentimentos negativos.
Eliotrópio: Amor.
Jasmim: Afrodisíaco, atrai paixão, melhora o humor, espiritualidade, elevação das vibrações, psíquico.
Kamarc: Para despertar força.
Lavanda: Harmonia, paz e equilíbrio.
Lótus: Estudo, elevação das vibrações.
Maçã-Rosada: Acalma.
Madeira: Energia positiva, amor, elevação das vibrações.
Madeira Oriental: Sensualidade e atração.
Mirra: Traz saúde e sucesso nos negócios, oferenda aos Deuses, boa sorte, acalma, purifica, espiritualidade, psíquico.
Mirra Quefren: Para despertar força.
Musk: Cria um ambiente de sensualidade.
Nós Moscada: Diminui a ansiedade.
Néfer: Amor, sensualidade e atração.
Nefetis: Amor.
Ópio: Favorece a determinação, elevação das vibrações, estudo e psíquico, alucinógeno.
Ópio Rosa: Sensualidade e atuação.
Orquídea: Afrodisíaco.
Orquídea Azul: Psíquico.
Patchuli: Desperta a alegria, clarividência, sensualidade, atração, para despertar força.
Papoula: Psíquico.
Quefren: Elevação das vibrações e psíquico.
Rosa: Purifica, estudo, espiritualidade, amor, elevação das vibrações, psíquico.
Rosa Branca: Purifica os sentimentos, acalma.
Rosa Musgo: Rejuvenesce, embeleza e amacia a pele.
Rosa Real: Útil na defesa da casa.
Rosário: Acalma, amor, elevação das vibrações.
Romanus: Para despertar força e psíquico.
Sândalo: Acalma, purifica, estudo, espiritualidade, amor, elevação das vibrações, sensualidade e atração, favorece a meditação e a intuição; equilíbrio mental.
Sete Ervas: Atrai energias positivas e proteção. É composto por arruda, guiné, alecrim, espada de São Jorge, comigo-ninguém-pode, pimenteira e manjericão.
Verbena: Atrai sorte.
Vetiver: Ativa a sensualidade, comando.
Violeta: Desperta autoconfiança, afrodisíaco.
Templum: Estudo, espiritualidade, elevações das vibrações, psíquico.
Ylang Ylang: Ativa a sensualidade, poderoso afrodisíaco.
Água
A energia da água pode estimular a intuição e ajudar a expressar os sentimentos com mais facilidade. Atua também em questões práticas, como adquirir jogo de cintura em situações complicadas, como ter popularidade e vencer a timidez.
A Água é a energia outonal, quando os frutos estão plenos e maduros. É o Oeste, direção do pôr-do-sol, quando anoitece. Sua energia é como aquela após um dia de trabalho duro, mas satisfatório. Sua cor é a cor do pôr-do-sol, o vermelho, e a fase da Lua relacionada é a fase minguante.
Hora do dia: crepúsculo
Estação do ano: outono
Incenso: mirra
Signos do zodíaco: câncer, escorpião e peixes
Cores: azul, verde-azulado, verde, cinza, índigo, preto
Animais: aves do mar, cobras d’água, peixes, focas e mamíferos marinhos
Poder: ousar
Instrumento: cálice
Rege: emoções, sentimentos, amor, coragem, ousadia, tristeza, o oceano, marés, lagos, córregos, rios, nascentes, intuição, a mente inconsciente, o útero, geração, fertilidade
Sentido: paladar
Plantas: lótus, samambaia, algas marinhas, juncos e todas as plantas aquáticas
Árvore: salgueiro
Conexão com o elemento Água
Esta meditação foi tirada do livro ‘Dança Cósmica das Feiticeiras’, de Starhawk. Confira a nossa seção de livros indicados para maiores detalhes.
Fique de frente para o oeste. Concentre-se e centre-se. Sinta o sangue fluindo através dos rios de suas veias, as marés líquidas dentro de cada célula do seu corpo. Você é líquido, uma gota congelada do oceano original que é o útero da Grande Mãe. descubra os calmos lagos de tranqüilidade dentro de você, os rios de sentimentos, as correntes de poder. Afunde profundamente no poço de sua mente interior, abaixo do nível de sua consciência. Diga “Salve, Tiamat, serpente das profundexas do mar!”.
Outro ritual simples
Realize este ritual na lua crescente ou nova. Coloque 3 cristais (quartzo Rosa, quartzo Verde e quartzo Branco) em uma jarra com um litro de água. Deixe repousar por três dias. No quarto dia retire os cristais e distribua a água em quatro copos. Beba o primeiro em jejum.
Aromas dos signos
Cada signo tem seu próprio aroma. Confira qual o do seu.
Áries
Pinho, arruda.
Touro
Sândalo, alfazema.
Gêmeos
Benjoim, alecrim, menta.
Câncer
Cânfora, alfazema.
Leão
Sândalo, canela.
Virgem
Benjoim, verbena, alecrim.
Libra
Rosas, canela, alfazema.
Escorpião
Pinho, patchuli, arruda.
Sagitário
Cravo, mirra, almíscar.
Capricórnio
Cedro, cipreste, raízes.
Aquário
Jasmim, lavanda, mirra.
Peixes
Mirra, almíscar.
Fogo
Se você está meio desanimada(o), a vibração do elemento fogo certamente lhe proporcionará mais entusiasmo e otismismo para pôr em prática seus objetivos, aumentando também a criatividade e bom humor.
O Fogo traz as energias do verão e do meio-dia, quando o sol está no seu auge. É o fogo de um incêndio que se espalha por todas as direções. Quando o sol está em seu ponto mais alto, também a Natureza está em seu momento mais ativo e expressivo. O elemento Fogo está relacionado à Lua Cheia, pois é quando a luz da Lua está mais brilhante. Sua cor é branca pois esta é a cor do seu quando está em seu auge.
Ponto cardeal: sul
Hora do dia: meio-dia
Estação do ano: verão
Incenso: olíbano
Signos do zodíaco: áries, leão e sagitário
Cores: vermelho, dourado, laranja, amarelo gema
Animais: dragões, leões, cavalos, cobras
Poder: vontade
Instrumento: bastão
Rege: o espírito, a energia, calor, sangue, chama, sol, desertos, vida, seiva, vontade, cura e destruição, fogueiras, purificação, velas, vulcões, erupções, explosões
Sentido: visão
Plantas: alho, urtiga, cebola, pimenta
Árvore: amendoeira, carvalho, todas as madeiras no geral
Conexão com o elemento Fogo
Esta meditação foi tirada do livro ‘Dança Cósmica das Feiticeiras’, de Starhawk. Confira a nossa seção de livros indicados para maiores detalhes.
Fique de frente para o sul. Concentre-se e centre-se. Torne-se consciente da fagulha elétrica dentro de cada nervo enquanto impulsos pulam de sinapse para sinapse. Conscientize-se da combustão dentro de cada célula, enquanto o alimento é queimado para liberar energia. Deixe o seu fogo unir-se à chama da vela, à fogueira, ao fogo da lareira, ao raio, à luz das estrelas e do sol, unido ao espírito resplandecente da Deusa. Diga “Salve, Tana, deusa do fogo!”.
Outro ritual simples de conexão
Não realize este ritual na lua minguante. Com um algodão, passe óleo em uma vela vermelha. Pode ser óleo de bebê de amêndoas ou ainda óleo aromático. Acenda a vela e concentre-se na chama energizante e purificadora, pensando em seu pedido. Deixe a vela queimar até o fim, certificando-se de que está em lugar seguro para evitar acidentes.
Velas e suas cores
Uma das mais simples formas de magia é a magia das velas. Dizemos simples porque trata-se de uma prática realmente inicial e básica, que qualquer interessado em Magia pode realizar e, aos poucos, aprendendo a direcionar. É preciso atentar para três princípios básicos da Magia: concentração, força de vontade e visualização.
Há velas dos mais variados tipos e formatos e você deve utilizar aquela que lhe for mais adequada. No entanto, velas comuns, daquelas vendidas em supermercados, costumam funcionar muito bem em todos os casos.
Também é importante untar a(s) vela(s) com óleo antes de utilizá-la(s), pois dessa forma você anula as energias que já entraram em contato com ela(s) antes de chegar até você. Quando seu objetivo for atrair algo, unte a vela do pavio para a base. Quando sua intenção for afastar algo, unte a vela da base para o pavio. Use óleos neutros ou algum que tenha uma correspondência mágica de acordo com o seu objetivo também.
Procure não reaproveitar velas; deixe-as queimando até o final. É claro que feitiços que duram mais de um dia devem prosseguir com a mesma vela (na maioria dos casos), mas salvas tais exceções, não reutilize.
De acordo com o seu objetivo, escolha a cor da sua vela. Cada cor está relacionada a um aspecto de nossa vida e o sistema padrão é o seguinte:
Vermelho
Energia, força, paixão, coragem, fertilidade, sangue, guerras, batalhas, brigas, discussões acaloradas, ações rápidas, sobrevivência, lua de sangue, menstruação, iniciativa, sexo.
Laranja
Vitalidade, alegria, festas, negócios, sucesso no geral, vendas, assuntos legais, justiça.
Amarelo
Estudos, criatividade, inspiração, confidência, inteligência, Sol, memória, pensamento lógico, aumentar concentração, saúde mental.
Rosa
Romantismo, amizades, amor, ensinamento, paz, afeição, energias boas para o planeta, fazer as pazes com alguém.
Verde
Dinheiro, sorte, cura, fertilidade, abundância, saúde.
Azul
Paciência, projeção astral, sonhos proféticos, proteção divina, concentração, calma, esperança, inspiração espiritual, abrir bloqueios energéticos.
Roxo
Espiritualidade, habilidades psíquicas, terceiro olho, influenciar pessoas.
Prata
Feminilidade, Lua, telepatia, clarividência, sonhos, intuição, energia astral.
Dourado
Masculinidade, saúde, força, vitalidade, sucesso, o Deus, felicidade.
Preto
Afastar negatividade, banimento, proteção, introspecção.
Branco
Paz, pureza, meditação, espiritualidade, a Deusa, nosso self profundo, pureza, paz, virgindade. A vela branca serve para qualquer propósito mágico, na falta da cor específica.
Marrom
Bens materiais, paciência, responsabilidade, trabalho, estudos, influenciar amigos, pedir favores especiais.
Terra
Este elemento está ligado à conquista materiais, à saúde e ao trabalho. Sua influência é ideal para quem busca segurança e determinação para começar um projeto novo ou procurar emprego.
A Terra personifica a energia invernal. É a noite, quando a escuridão reina na Terra. É o Norte, o lugar onde o Sol nunca nasce e, assim, é associada a um clima mais frio. A Terra é ligada à fase escura da Lua e é representada pela cor negra, a cor da noite e da escuridão.
Ponto cardeal: norte
Hora do dia: meia-noite
Estação do ano: inverno
Incenso: benjoim
Signos do zodíaco: touro, virgem e capricórnio
Cores: preto, marrom, verde
Animais: vaca, touro, bisão, veado
Poder: silêncio
Instrumento: pentagrama
Rege: nosso corpo, crescimento, natureza, sustento, ganho material, dinheiro, criatividade, nascimento, morte, silêncio, abismos, cavernas, bosques, campos, rochas, pedras verticais, montanhas, cristais, metais, ossos, construções
Sentido: tato
Plantas: grãos (milho, arroz, trigo etc.)
Árvore: carvalho
Conexão com o elemento Terra
Esta meditação foi tirada do livro ‘Dança Cósmica das Feiticeiras’, de Starhawk. Confira a nossa seção de livros indicados para maiores detalhes.
Fique de frente para o Norte. Concentre-se e centre-se. Sinta seus ossos, seu esqueleto, a solidez de seu corpo. Conscientize-se de seu corpo, de tudo o que possa ser tocado e sentido. Sinta a força da gravidade, seu próprio peso, sua atração para a terra, que é o corpo da Deusa. Você é um traço natural, uma montanha em movimento. Una-se a tudo que vem da terra: grama, árvores, grãos, frutas, floes, animais, metais e pedras preciosas. Retorne ao pó, à matéria orgânica, à lama. Diga “Salve, Belili, mãe das montanhas!”.
Outro ritual simples de conexão
Para alcançar uma graça, realize esse ritual na lua minguante. Escreva a lápis na casca de ovo tudo o que você deseja eliminar da sua vida. Enterre-a num jardim qualquer e logo notará os resultados.
CONSAGRANDO SEUS INSTRUMENTOS MÁGICOS
Você deve consagrar todos os seus instrumentos de acordo com os quatro elementos da Natureza. Carregar um objeto quer dizer que você o está imbuindo com sua energia para que se torne efetivamente seu.
Para isso, você vai precisar de um pires com sal (representando o elemento terra), um incenso de cravo (representando o elemento ar), uma vela vermelha (representando o elemento fogo) e um copo de água (representando o elemento água).
Organize seu altar de acordo com a correspondência de elementos. O padrão é: norte (terra), sul (fogo), leste (ar) e oeste (água). Coloque o pentáculo no centro. Acenda o incenso e a vela.
Você não precisa lançar o círculo mágico se não desejar. Se quiser um meio-termo, sente-se e visualize um círculo de luz azul ao seu redor. Quando achar que estiver bom, diga:
Eu invoco a Deusa e o Deus para que abençoem os instrumentos que consagrarei neste rito.
Eu os dedicarei ao trabalho com a Arte.
Eu invoco os espíritos dos quatro elementos da Natureza para que estejam presentes neste rito,
trazendo sua força e proteção.
Abençoados sejam!
Segure o instrumento que deseja consagrar e toque-o no pires com sal, dizendo:
Eu consagro este instrumento pelos poderes da Terra.
Que toda a sua memória seja anulada, pois de agora em diante você está dedicado aos trabalhados sagrados da Magia. Que assim seja e que assim se faça, para o bem de todos.
Passe agora o instrumento na fumaça do incenso e diga:
Eu consagro este instrumento pelos poderes do Ar.
Que toda a sua memória seja anulada, pois de agora em diante você está dedicado aos trabalhados sagrados da Magia. Que assim seja e que assim se faça, para o bem de todos.
Passe agora o instrumento na chama da vela e repita:
Eu consagro este instrumento pelos poderes do Fogo.
Que toda a sua memória seja anulada, pois de agora em diante você está dedicado aos trabalhados sagrados da Magia. Que assim seja e que assim se faça, para o bem de todos.
Respingue um pouco de água no instrumento e diga:
Eu consagro este instrumento pelos poderes da Água.
Que toda a sua memória seja anulada, pois de agora em diante você está dedicado aos trabalhados sagrados da Magia. Que assim seja e que assim se faça, para o bem de todos.
Eleve o seu instrumento e diga:
Pelos poderes dos céus e da luz eu o consagro e o dedico à Arte da Grande Mãe!
Toque o seu instrumento no chão e diga:
Pelos poderes do submundo e das trevas eu o consagro e o dedico à Arte da Grande Mãe!
Sopre no seu instrumento e diga:
Pelo meu próprio poder eu o consagro e dou vida com este sopro para que você responda apenas a mim, me ajude e me proteja. Que assim seja e que assim se faça, pelo bem de todos.
Desfaça o círculo de maneira habitual ou, se você apenas visualizou-o, feche novamente os olhos e veja-o se dissipando lentamente. Diga:
O círculo de luz e poder está aberto, mas não foi quebrado.
Eu agradeço á Deusa e ao deus por suas bênçãos,
Eu agradeço aos espíritos dos elementos que trouxeram as suas bênçãos.
Vão em paz.
Agora o seu rito acabou e o seu instrumento já está carregado. Guarde-o com cuidado ou coloque-o junto aos outros em seu altar. se outras pessoas por acaso tocarem em seus instrumentos, você deverá reconsagrá-los.
Pedras dos signos
Afinidades zodiacais com as pedras:
Áries - Ametista, Cornalina, Granada, Opala de Fogo, Rubelita, Rubi, Topázio.
Touro - Água Marinha, Esmeralda, Kunzita, Lápis Lázuli, Quartzo Rosa, Rodocrosita, Safira, Topázio.
Gêmeos – Ágata Musgo, Água Marinha, Crisocola, Crisoprásio, Kunzita, Safira, Topázio.
Câncer - Albita, Crisoprásio, Esmeralda, Malaquita, Opala, Pedra da Lua, Rodocrosita, Rubelita, Verdelita.
Leão - Âmbar, Citrino, Cornalina, Crisocola, Enxofre, Esmeralda, Granada, Opala de Fogo, Rubelita, Rubi, Topázio.
Virgem - Amazonita, Âmbar, Ametista, Citrino, Cornalina, Crisocola, Pedra da Lua, Safira.
Libra – Água Marinha, Esmeralda, Kunzita, Lápis Lázuli, Opala, Pedra da Lua, Peridoto, Quartzo Rosa, Rubelita, Safira.
Escorpião - Água Marinha, Albita, Cornalina, Esmeralda, Granada, Kunzita, Malaquita, Obsidiana, Pedra da Lua, Rubi, Topázio, Verdelita.
Sagitário - Ametista, Azurita, Indicolita, Labradorita, Lápis Lázuli, Malaquita, Rubelita, Rubi, Sodalita, Topázio.
Capricórnio – Âmbar, Ametista, Cornalina, Granada, Opala de Fogo, Labradorita, Peridoto, Rubi, Safira, Verdelita.
Aquário - Água Marinha, Crisoprásio, Granada, Labradorita, Lápis Lázuli, Opala.
Peixes – Água Marinha, Albita, Ametista, Crisoprásio, Fluorita, Labradorita, Opala, Pedra da Lua, Sugilita, Verdelita.
Todos os Signos - Coral, Diamante, Diamante Herkimer, Heliotrópio, Jade, Larimar, Pérola, Quartzo (Cristal), Quartzo Rosa, Quartzo Fumê, Turmalina Melancia, Turquesa.
Instrumentos mágicos
Os instrumentos mais utilizados pelas(os) bruxas(os) são: Instrumentos de uso freqüente:
- Caldeirão: O caldeirão é o instrumento da Bruxa por excelência. Um antigo recipiente culinário, imbuído em mistério e tradição mágica. O caldeirão é o recipiente no qual ocorrem as transformações mágicas; tem um significado muito especial. É o símbolo máximo da Deusa, é seu útero, sua essência de feminilidade manifestada e sua fertilidade. Está relacionado com o elemento Água e se situa ao centro do Círculo Mágico e do Altar.
É também um símbolo da reencarnação, da imortalidade e da inspiração. As lendas Celtas acerca do caldeirão de Cerridwen tiveram grande impacto na Wicca contemporânea. O caldeirão é geralmente um ponto central dos rituais.
Instrumentos Ritualísticos
Embora pouco usado para manipular coisas físicas, estes implementos primários são chamados de instrumentos de feitiçaria. Jamais são utilizados para ferir seres vivos, declaram os iniciados, e muito menos para matar. Os bruxos dizem que eles estão presentes em rituais inofensivos e até benéficos, cerimônias desempenhadas ara efetuar mudanças psíquicas ou espirituais. Recipientes como a taça e o caldeirão simbolizam a Deusa e servem para captar e transformar a energia. Os instrumentos longos e fálicos - o athame, a espada, o cajado e a varinha - naturalmente representam o Deus; são brandidos para dirigir e cortar enegias. Para cortar alimentos durante os rituais, os feiticeiros utilizam uma faca simples e afiada com um cabo branco que a diferencia do athame.
Tradicionalmente, os bruxos preferem encontrar ou fabricar seus próprios instrumentos, que sempre consagram antes de utilizar em trabalhos mágicos. A maioria dos iniciados reserva seus instrumentos estritamente para uso ritual; alguns dizem que os instrumentos não são essenciais, mas ajudam a aumentar a concentração.
Pentagrama
Uma estrela de cinco pontas dentro de um círculo: esta é a descrição mais resumida do pentagrama. Ele simboliza os quatro elementos regidos pelo Espírito, o Éter, a quintessência sagrada. Também representa o ser humano dominado pela sua mente. Outros associam o pentagrama à deusa Vênus.
O pentagrama é um dos símbolos mais utilizados por pagãos e magos no geral. Ele constitui um amuleto bastante eficiente, também.
O pentagrama consiste, normalmente, em uma peça plana de latão, ouro, prata, madeira, cera ou cerâmica, com alguns símbolos inscritos. O mais comum, e sem dúvida o único necessário, é o próprio pentagrama, a estrela de cinco pontas que vem sendo usado em magia há milênios.
Trata-se de um dos símbolos pagãos mais utilizados na magia cerimonial pois representa os quatro elementos (água, terra, fogo e ar) coordenados pelo espírito, sendo considerado um talismã muito eficiente.
Nesta antiga arte, era geralmente usado como um instrumento de proteção, ou uma ferramenta para evocar espíritos. Cada ponta representa um elemento da natureza: ar, água, fogo, terra e a quinta ponta representa o espírito acima de todos os elementos, porém, quando usado invertido, significa "todos os elementos acima do espírito", é tido como o simbolo do deus egipcío baphomet nos dias atuais.
Pentagrama na astronomia
Baseados na antiga astronomia ptolomaica, que tentava manter a orbita dos outros planetas ao redor da Terra, astrônomos do passado criaram órbitas excêntricas para os planetas e isso fez com que a órbita de Venus desenhasse um pentagrama no espaço. Originalmente, o pentagrama não simboliza de jeito nenhum algum tipo de malefício. Ele é um símbolo muito poderoso e têm a ver com as forças ocultas.
O pentagrama é cíclico e não existe “forma correta”. O comum é ser usado com uma ponta para cima, pois ele representa o Espírito sobre os outros elementos, mas tanto faz. Com duas pontas para cima, ele representa a matéria sobre o espírito, o que, de certa forma, pode ser algo associado ao Satanismo (como eles mesmos gostam de usar), mas também pode representar o Deus Cornífero ou o formato do ventre da Deusa. O importante é você ter consciência do que está fazendo. Vale lembrar que os satanistas também usam uma cruz invertida, simbolizando a inversão do cristianismo, mas nem por isso a cruz deixa de ser um símbolo essencialmente cristão para ser satânico. O mesmo acontece com o pentagrama. O Pentáculo é um prato de metal ou madeira, um disco de qualquer material com o pentagrama cravado dentro de um círculo. É utilizado na consagração dos diversos instrumentos ritualísticos (de ervas a amuletos), sendo utilizado também como ponto focal de concentração nos rituais. Você pode utilizar o pentáculo para invocar os elementos da Natureza, assim como pode associá-lo ao ponto cardeal Norte e ao elemento Terra.
Mais uma vez, você pode comprar seu Pentáculo pronto ou fazer o seu próprio. Para isso, basta escolher um material para servir de base (argila, pedra, madeira) e pintar ou cravar o símbolo do pentagrama sobre o material escolhido. Até mesmo papel pode ser usado.
Você pode deixar seu pentáculo no centro do altar ou pendurá-lo na porta de entrada da sua casa.
Meditação para conexão com o pentáculo
Você pode realizar esta meditação na consagração de seu pentáculo ou em outro dia qualquer que preferir. Segure o seu pentáculo com as duas mãos e respire profundamente.
Sinta o poder da Terra, do seu corpo, ambos pulsando com a mesma intensidade e se unindo como um só ser.
O pentáculo é o seu próprio corpo, os quatro membros e a cabeça. Ele representa os cinco sentidos: ver, ouvir, cheirar, provar, tocar. Sinta-os.
O pentáculo representa os cinco elementos: ar, terra, fogo, fogo e o 5º elemento, o éter, o espírito, a inspiração.
O pentáculo representa os cinco estágios da vida, cada um deles como um aspecto da Deusa: nascimento, iniciação, amor, repouso e morte.
Agora olhe para o seu pentáculo ou desenhe-o em um pedaço de papel. Marque as cinco estações, em sentido horário pelos pontos, e experimente cada estágio individualmente, como ele ocorre em um tempo de vida e dentro do breve espaço de cada nova atividade ou relacionamento. Trace as linhas interligadas e reflita sobre os seus significados. Observe que o amor está ligado ao nascimento e à morte. Por quê? Faça isso com todos e reflita sobre suas ligações.
Toque seu corpo com o pentagrama e deixe que a força vital de seu corpo flua para ele.
- Athame: O athame é uma faca de cabo preto tradicional das bruxas. Ele é utilizado para lançar o círculo mágico, para traçar emblemas mágicos no ar, para direcionar a energia e para controlar e banir espíritos.
As origens da palavra athame foram perdidas na história. Alguns dizem que possa ter vindo de 'A Chave de Salomão' que se refere à faca como arthana, enquanto outros afirmam que athame vem da palavra árabe al-adhamme ("letra de sangue"), que se refere a uma faca sagrada usada na tradição mourisca.
Em qualquer um dos casos, há manuscritos datados do século XI que abordam o uso de facas rituais na Magia. O uso de uma faca sagrada em ritos pagãos é bastante antigo. Há um desenho de um vaso grego datado de aproximadamente 200 a.c. que mostra duas bruxas nuas tentando invocar os poderes da Lua para a sua magia. Uma delas está segurando uma varinha e a outra segura uma pequena espada.
Athame tradicional de cabo preto
O uso de uma faca sagrada em ritos pagãos é bastante antigo. Há um desenho de um vaso grego datado de aproximadamente 200 a.c. que mostra duas bruxas nuas tentando invocar os poderes da Lua para a sua magia. Uma delas está segurando uma varinha e a outra segura uma pequena espada. Em uma jóia da Roma Antiga, há a figura de Hécate na forma tripla, onde seus três pares de braços seguram os símbolos de uma tocha acesa, um açoite e uma adaga mágica. Uma xilogravura que ilustra a história de Gentibus Septenbrionalibus de Olaus Magnus, publicada em Roma em 1555, mostra uma bruxa controlando alguns fantasmas, brandindo um athame em uma mão e um punhado de ervas mágicas na outra. O mais curioso é como o uso do athame tem sido encontrado em mitos de lugares tão distantes.
As origens da palavra athame foram perdidas na história. Alguns dizem que possa ter vindo de ‘A Chave de Salomão’ (1572) que se refere à faca como arthana, enquanto outros afirmam que athame vem da palavra árabe al-adhamme (”letra de sangue”), que se refere a uma faca sagrada usada na tradição mourisca. Em qualquer um dos casos, há manuscritos datados do século XI que abordam o uso de facas rituais na Magia.
Mas não tenho um athame para lançar o círculo!
Oras, improvise. É claro que ter o athame é algo importante, pois existe toda a simbologia do instrumento. Mas você pode usar uma faca (previamente limpa e purificada para uso mágico, apenas), seu bastão ou mesmo o seu dedo, oras. Não se limite apenas porque não tem os instrumentos, mas lembre-se de que isso é provisório, até você conseguir ter tudo.
Você pode comprar pela Internet ou em lojas esotéricas os instrumentos para o seu uso mágico e pessoal. E outra: use a sua criatividade. Há diversos lugares por aí que vendem esse tipo de coisa. É claro que você não vai encontrar um lugar chamado “Loja das Bruxas – Tudo o que você precisa está aqui”, porque não vivemos no mundo do Harry Potter (hehe). Mas você costuma encontrar velas, incensos, cálices, castiçais e muitos outros utensílios em lojas populares e até supermercados. Corra atrás! Não se limite quanto a isso.
Como deve ser o meu athame?
O athame geralmente tem cabo mais escuro, não necessariamente preto, e preferencialmente de madeira (por ser mais natural). A lâmina é dupla (dois cortes) e geralmente sem fio (principalmente na Wicca), pois ele serve para cortar energias. No entanto, o athame com corte deixa a simbologia ainda mais real (afinal, só algo que corte na realidade pode cortar no plano astral). Cabe a você decidir o que é mais correto em suas práticas pessoais, nesse sentido.
Historicamente, o athame tem o cabo preto para fins de segurar a energia, mas nao há nenhuma regra para isso; o importante é voce se identificar com ele. É necessária a empatia com o utensílio.
Muitos bruxos afirmam que o athame é de uso exclusivo ritualístico e, para fins práticos (cortar ervas e demais materiais), devemos usar a bolline (faca de cabo branco). Outros autores ainda afirmam que o athame deve ser usado para ambos os fins. Mais uma vez, você escolhe, mas o tradicional é que ele seja usado apenas para fins ritualísticos.
Você deve escolher o que lhe for melhor. Se você seguir uma linha mais tradicional, faça o que for tradicional, para ter coerência. Depende das tradições, das vertentes, de você. Na Wicca Tradicional, especificamente, o athame tem o cabo preto, fio duplo e corte.
Bolline - Faca de Cabo Branco
A faca de cabo branco (por vezes chamada de Bolline) é simplesmente uma faca prática, de trabalho, ao contrário da puramente ritualística faca mágica.
É utilizada para cortar galhos ou ervas sagradas, inscrever símbolos em velas ou na madeira, cera ou argila, e para cortar cordas a serem utilizadas em magia. Normalmente possui cabo branco para distingui-la da faca mágica.
A Espada: A espada, como o athame, desempenha o corte simbólico ou psíquico, especialmente quando é utilizada para desenhar um círculo mágico, isolando o espaço dentro dele.
Além de traçar círculos, exorciza o mal e as forças negativas. Também é tradicional que no cabo tenha símbolos mágicos.
- Cálice: O cálice (taça) é colocado no altar para representar o sagrado feminino e o elemento Água, ficando tradicionalmente no ponto Oeste. Você pode colocar dois cálices no altar (um com água e outro com vinho), se assim desejar.
O cálice e o athame são utilizados atualmente para realizar o Grande Rito simbólico, representando a união do sagrado feminino com o sagrado masculino.
O cálice ritual pode ser feito com qualquer tipo de material: cristal, prata, vidro, cerâmica e alguns outros metais (cuidado com metais que oxidam com água). Você também pode ter cálices de vários tipos para utilizar nos rituais, variando conforme o objetivo do ritual.
Em um coven, o cálice com vinho é passado ao redor do círculo e, enquanto cada membro toma um gole do líquido, faz seus pedidos e agradece aos deuses.
Um cálice custa caro?
Só se você quiser. Você pode utilizar um copo de vidro, enquanto não tem seu cálice de verdade, pois a simbologia é a mesma. Um cálice de vidro pode ser encontrado em qualquer supermercado e custa menos de dez reais. Obviamente, cálices de estanho ou de prata são mais caros. Escolha o que achar que combina mais com você.
Você pode realizar esta meditação quando for consagrar seu cálice ou em qualquer outra ocasião que preferir. Segure sua taça com as duas mãos em seu colo. Se quiser, acenda um incenso de mirra.
Respire profundamente e sinta o poder da água, dos sentimentos e das emoções que estão em seu corpo e mente. Sinta o fluxo de suas emoções, seja amor, seja tristeza, seja raiva. O que você está sentindo mais no momento? O que gostaria de estar sentindo?
Esteja consciente de como você é nutrido, assim como a taça que representa o útero abundante da Deusa. Você é nutrido e nutre os outros. Já tinha pensado nisso? De que forma voc~e nutre as pessoas? Em que ponto suas emoições afetam as outras pessoas?
Ter sentimentos é ser humano, verdadeiro e inteiro. Deixe a força de todas as suas emoções transbordarem o seu cálice.
- Bastão: O bastão representa, para a maioria das tradições, o elemento Fogo. Isto porque seu material padrão é a madeira, e madeira alimenta o fogo. Bastões de outros materiais podem ser relacionados a outros elementos, assim como o próprio bastão de madeira. Depende da sua tradição e da sua visão.
O bastão também está relacionado ao sagrado masculino, pois é um instrumento essencialmente fálico, assim como um athame ou uma espada.
Para que serve?
O bastão pode ser utilizado para o lançamento do círculo e para o direcionamento das energias na realização de feitiços e encantamentos. O athame é originalmente usado para lançar o círculo, mas muitas bruxas preferem fazer isso usando o bastão.
Como fazer um bastão
Você pode comprar um bastão pronto ou fazer um, mas é claro que um feito por você mesmo terá a sua energia contida nele desde o início. Para fazer um, o ideal é que você encontre um galho de árvore caído ou arranje um cano de cobre. Depende do material que irá utilizar. Não use materiais “artificiais”, como plástico e alumínio, por exemplo. É sempre mais adequado ter seus instrumentos de trabalho feitos com materiais naturais. De qualquer forma, o material mais tradicional para o bastão ainda é a madeira.
O Bastão
O bastão é um dos instrumentos mais importantes. Tem sido utilizado há milhares de anos em ritos mágicos e religiosos. É um instrumento de invocação. A Deusa e o Deus podem ser chamados para assistirem ao ritual por meio de palavras e de um bastão erguido.
Também é por vezes utilizado para direcionar energia, para desenhar símbolos mágicos ou um círculo no solo, para indicar a direção de perigo quando perfeitamente equilibrado na palma da mão ou no braço de um Bruxo, ou mesmo para mexer um preparado em um caldeirão.
O bastão representa o elemento do Ar para alguns Wiccanos, e é sagrado para os Deuses. Há madeiras tradicionais para a confecção de um bastão, dentre elas o salgueiro, o sabugueiro, o carvalho, a macieira, o pessegueiro, a avelã e a cerejeira. Alguns Wiccanos a cortam com o comprimento da ponta de seu cotovelo até a extremidade de seu indicador, mas isto não é necessário. Qualquer peça relativamente reta de madeira pode ser utilizada.
Meditação para conexão
Você pode fazer esta meditação durante a consagração do bastão ou quando achar necessário. Segure o bastão com sua mão projetiva (a que você usa para escrever) e respire profundamente. Sinta o poder do elemento Fogo, a energia que existe dentro de seu corpo. Esteja consciente de si mesmo como um canal de energia. Isso porque você tem o poder de transformar espírito em matéria, idéia em realidade, conceito em forma.
Sinta o seu próprio poder para criar as coisas, para realizar as mudanças. Perceba qual é a sua verdade, o que é verdadeiro para você. Sinta o que deve ser feito, o poder de traçar uma meta e trabalhar para conquistá-la. Deixe todo esse seu poder e vontade fluírem para o bastão.
A Taça "O Cálice": A taça é o símbolo da Deusa, do princípio feminino e de sua energia e relaciona-se ao elemento da Água, outro símbolo da Deusa. É usada nos Rituais e Sabás como recipiente para água ou vinho consagrada, estando ao Leste do Altar e do Círculo Mágico.
A Taça pode ser feita de vários materiais como, prata, bronze, ouro, barro, pedra-sabão, alabastro, cristal. Porém é recomendado que seja de prata.
O Caldeirão: O caldeirão é o instrumento da Bruxa por excelência. Um antigo recipiente culinário, imbuído em mistério e tradição mágica. O caldeirão é o recipiente no qual ocorrem as transformações mágicas; tem um significado muito especial. É o símbolo máximo da Deusa, é seu útero, sua essência de feminilidade manifestada e sua fertilidade. Está relacionado com o elemento Água e se situa ao centro do Círculo Mágico e do Altar.
É também um símbolo da reencarnação, da imortalidade e da inspiração. As lendas Celtas acerca do caldeirão de Cerridwen tiveram grande impacto na Wicca contemporânea. O caldeirão é geralmente um ponto central dos rituais.
Livro das Sombras
O Livro das Sombras é um diário usado por praticantes de magia ritual para registrar rituais, feitiços, e seus resultados, bem como outras informações mágicas. Tanto praticantes individuais quanto covens mantêm esse tipo de Livro.
Em algumas Tradições Wiccanas (por exemplo a Gardneriana), o Livro das Sombras é um texto contendo os rituais, práticas e a sabedoria daquela Tradição. É normalmente copiado à mão pelo praticante, a partir da cópia de seu(sua) iniciador(a). O material da Tradição não pode ser mudado, apesar de que algumas adições possam ser feitas. Alguns Wiccanos mantêm ainda um Livro das Sombras pessoal, além daquele de sua Tradição.
Buril - É um ferro usado para gravar nomes sagrados, números, símbolos em punhais, espadas.
Prato de Sal - Simboliza o elemento terra e é usado para purificar.
Velas - Simboliza elemento fogo. A vela é o símbolo de seu pedido, pois quando ela vai se queimando leva o seu pedido para misturar ao elemento éter.
- Vassoura: A imagem tão familiar hoje em dia de uma bruxa atravessando os céus noturnos montada em uma vassoura fez sua primeira aparição pública no século XV, no manuscrito Lê Champion des Dames (O Campeão das Damas) do escritor suíço Martin Le Franc. Porém, as conotações mágicas das vassouras são muito mais antigas do que as descritas por Martin Le Franc.
Há muito as vassouras têm sido associadas à magia feminina e a mulheres poderosas. Diga-se de passagem, transformaram-se no equivalente feminino do cajado usado por Moisés para abrir o mar vermelho.
As Sagradas Parteiras da Roma Antiga varriam as soleiras das casas das mulheres grávidas, acreditando que assim espantariam os maus espíritos, protegendo as mães e os seus bebês.
Desde essa época, as vassouras tinham seu poder simbólico para questões mundanas e grandiosas. Em algumas regiões da Inglaterra, até bem recentemente, as mulheres deixavam suas vassouras do lado de fora ao ausentar-se de casa.
No País de Gales e entre os ciganos, a tradição determinava que, para selar os casamentos, os noivos deviam pular uma vassoura colocada na entrada da nova casa (Na Wicca, a vassoura faz parte da cerimônia de casamento, chamada Pacto).
Símbolo do lar, da Deusa e do Deus, a vassoura é um dos instrumentos favoritos dos iniciados usados para a limpeza psíquica do espaço do ritual antes, durante e após os trabalhos mágicos.
Como símbolo de um passado pagão, a vassoura despertou hostilidade entre os cristãos caçadores de bruxas. Mas, contrariando a crença popular, poucas das confissões forjadas durante os julgamentos às bruxas mencionavam vassouras.
Embora os acusadores costumassem enfiar idéias nas cabeças de suas vítimas, não era comumente adotada nos Tribunais, a imagem da vassoura voadora. Porém, este conceito permanece e, é até os dias de hoje um ícone inseparável da bruxa.
- Velas:Simboliza elemento fogo. A vela é o símbolo de seu pedido, pois quando ela vai se queimando leva o seu pedido para misturar ao elemento éter.
- Incensos
- Livro das Sombras
- Bolline
- Cristais
- Pentagrama
Instrumentos rituais:
- Corda de bruxa
- Cornucópia
Instrumentos divinatórios:
- Pêndulo
- Tarô
- Runas
O que é importante saber
Bruxas(os) não se prendem a instrumentos – usam o que estiver à mão! Então é importante ficar atento(a) à simbologia, à utilidade, e sempre adaptar.
Dúvidas sobre os instrumentos mágicos
Por que as bruxas e bruxos utilizam instrumentos?
Para ter foco. É claro que é possível fazer magia sem instrumentos, mas eles são realmente úteis e não há mal algum no fato de utilizá-los.
Meus instrumentos devem ser purificados?
Sim, pois você não sabe que tipo de energia está impregnada neles. Se você fez seu próprio instrumento, sem problemas, pois ele só foi manuseado por você, mas se você comprou de alguém ou em alguma loja, é a primeira coisa que você deve fazer e, depois disso, ninguém mais pode tocar nele (só você).
Que instrumentos eu devo comprar primeiro?
Não se preocupe com isso no momento. É claro que, aos poucos, você vai querer comprar e ter todos os seus instrumentos. Mas, em um primeiro momento, pergunte-se: o que eu preciso mais?
Provavelmente a resposta será: velas, incensos, castiçais, incensários. Coisas simples. Use o que tem à mão, sempre.
Cada esbbath corresponde a um aspecto das divindades, a Lua Minguante possui princípios muito similares aos da Lua Negra, sendo assim os DEUSES negros e os Deuses relacionados a términos são celebrados nesse momento. Alguns exemplos são: Ísis, Perséfone, Osíris, Hades e vários outros que vocês podem encontrar na sessão Deuses.
Na simbologia do Esbbath, a Deusa é a Anciã, já amadurecida e pronta para a morte. Nesse momento o altar dos ancestrais deve receber maior atenção, caso alguém tenha falecido a pouco tempo é comum pedir que essa pessoa seja encaminhada pelos DEUSES para Sunmerland de modo que não fiquem vagando pelo astral ou aprisionados no submundo. Aqueles que se encontram entre a vida e a morte também devem receber atenção, esse é um bom período para trabalhar curas, já que apenas com a morte é possível vida e vice-versa.
Apenas após estudar, conhecer e se sintonizar com uma divindade é que estamos aptos para chamá-la em um RITUAL, com isso depois de trabalhar com a face do seu panteão você deve criar sua forma de invocar tal divindade, pois já saberá como.
Antes de se iniciar
Para ser um iniciado em Wicca é necessário que se estude a filosofia pelo prazo mínimo de um ano, adquirindo livros, lendo websites sobre o assunto e trocando idéias com outros estudantes. Quando o adepto se achar pronto para ser um(a) bruxo(a) - aceitando todos os princípios da bruxaria - pode buscar dois métodos de começar nesta filosofia pagã:
- Iniciação Pessoal* (conhecida como auto-iniciação)
- Iniciação Tradicional (ser iniciado por um bruxo(a) experiente)
* No site Círculo Sagrado adotamos a nomenclatura "Iniciação Pessoal" ao invés de "Auto-iniciação", por acharmos que representa melhor o significado desse ritual.
Sobre este último método, vamos tecer comentários. A pessoa que servir de Sacerdotisa ou Sacerdote deve ser capaz. Estude bastante para você ter meios de avaliar se essa pessoa tem postura correta na Wicca.
VAI SER INICIADO POR ALGUÉM?
Nos primórdios das religiões e filosofias que deram origem à Wicca, eram as mulheres quem iniciavam outras pessoas na Arte. Mas pouco tempo depois na era pré-cristã surgiram homens reclusos, que eram incapazes de caçar, e ao permanecer com as iniciadas desenvolveram um papel de equilíbrio como um sacerdote da Arte na sociedade.
Assim é costumeiro que vejamos hoje um homem iniciar uma mulher, ou que uma mulher inicie um homem. Dado a questão de que uma mulher inicie outra na arte, é sabido que a nível energético a mulher não manifesta a energia-expressão-idéia do Deus Cornifero. Assim duas mulheres participando de um ritual não seria o mesmo que um homem e uma mulher. Não estamos falando aqui da questão de "sexo" vulgar e carnal. Estamos falando na verdade das polaridades de energia, as mesmas que deram origem ao universo e a nós mesmos.
Assim vemos como é vital esse complemento das forças durante a Iniciação. Bruxos portanto não costumam iniciar homens, não por um capricho ou gosto, mas pela questão do complemento energético e do puro canal de comunicação com os Deuses. O sacerdote neste caso não conseguiria estabelecer puro canal de propagação da força feminina para o iniciado.
Sem dúvida a energia-expressão-idéia da Deusa é melhor representada por um canal feminino, ou seja, uma Sacerdotisa. Portanto o ideal é o que o adepto masculino tenha uma mestra, sacerdotisa já iniciada e praticante da Wicca, que o ajude sendo o canal de manifestação da Deusa, enquanto ele entra em contato com a força do Deus.
O inverso se aplica às mulheres. Elas no rito de iniciação serão o canal de comunicação com o polo feminino, e o mestre ou sacerdote Wiccano será o veículo de manifestação da energia do Deus. Juntos trabalharão o ritual, e as energias dos Deuses entrarão em comunhão através deles.
Portanto podemos dizer que o ideal é que uma mulher seja iniciada por um homem (aqui existem os dois pilares, polos, canais por onde a criação estabelece contato com a iniciada através dela mesma e o sacerdote servindo de canal para o contato do Deus Cornífero).
Lembramos aos visitantes deste site que os participantes deste Rito não devem em hipótese alguma abusar da boa fé das pessoas envolvidas. Evitem qualquer tipo de assédio ou qualquer coisa que achem comprometedor no andamento do Ritual, pois é a manifestação do Divino que estamos tratando, e a iniciação é algo muito sério e temos que tratar com respeito, tanto o Sacerdote ou Sacerdotisa quanto o iniciado ou iniciada. Não aceitem imposições e abusos de ninguém sobre algo que vá contra os seus princípios. Esta é a vontade dos Deuses.
O QUE FAZER DEPOIS DO RITUAL DE INICIAÇÃO
Note que o Livro das Sombras tem duas conotações, ora significa o livro onde os bruxos registram seus mistérios, ritos e fatos, ora se trata das leis e regulamentos do coven ou tradição. Neste caso, estamos falando do livro da lei.
Após o processo de iniciação, você deve realizar - com certa peridiocidade - todos os rituais comemorativos da Wicca (equinócios e solstícios), descritos na seção deste site chamada Celebrações. A idéia desta Roda é de que os bruxos não percam a sintonia com as energias das estações que se movem durante o ano.
Os rituais comemorativos buscam aproximar o Deus e a Deusa e suas respectivas forças, de modo que entremos em harmonia com as mesmas. Com a iniciação e esse compromisso oficializado perante os Deuses de regularidade das celebrações (sabbats), toda a ajuda Deles, nos seus rituais subsequentes, será imensa. A sua afinidade com Eles aumenta, e Eles se farão presentes aumentando a eficácia dos rituais que você vier a praticar.
É interessante que, durante a vida, você tenha domínio pessoal gradativo em ervas, ungüentos, poções, e afins registrados no seu Livro das Sombras - para seu bem e principalmente ao bem de todos (jamais visando aspectos egoísticos ou causar mal a qualquer forma de vida).
RITUAL DE INICIAÇÃO PESSOAL
O Ritual de Iniciação Pessoal é um compromisso entre você e os Deuses, portanto deve ser feito em absoluta solidão. Só faça junto com outras pessoas se houver total harmonia e intimidade entre vocês para isso. Escolha uma Lua Cheia, próxima de seu aniversário, se possível, vá para um lugar próximo à Natureza. Uma casa de campo ou praia é o ideal. No dia do Ritual, procure estar em contato com a Natureza. Tire o dia para descansar. Afaste-se um pouco da televisão, dos jornais e de todas as fontes de notícias negativas. Esqueça as contas, os problemas de família e tire o fone do gancho. Escolha um local onde você não seja interrompido. Antes do Ritual, limpe cuidadosamente o local onde ele será realizado, mentalizando que todas as energias negativas estão saindo juntamente com a poeira. Tome um banho relaxante. Um banho com pétalas de rosa e algumas gotas de perfume é o ideal.
Você pode seguir à risca o Ritual, ou usá-lo como base para criar o seu próprio Ritual, o que é bem melhor, pois você deve usar as suas próprias palavras para se dirigir aos Deuses sem ficar copiando ou simplesmente decorando textos de terceiros. Os Materiais necessários para o Ritual são os seguintes:
Uma vela preta representando a Deusa;
Uma vela branca representando o Deus;
Quatro velas para os Quadrantes, sendo uma vela preta para o ponto cardeal que represente a Terra, uma vela branca para o ponto cardeal que represente o Ar, uma vermelha para o ponto cardeal que represente o Fogo, e uma azul para o ponto cardeal que represente a Água (essas são as cores da tradição Celta, se você quiser, pode mudá-las);
Incensório com incenso do seu agrado;
Um pires de Sal Marinho;
Uma vasilha com água de fonte, de rio ou água mineral. Procure não usar água de torneira;
Um Athame ou qualquer punhal de sua escolha;
Um cálice de Vinho Tinto (caso você não possa tomar bebidas alcoólicas, substitua por suco de maçã ou água).
O Ritual deve ser feito após o crepúsculo. Deixe que o local escolhido receba a luz da Lua por alguns minutos. No dia do Ritual, procure não comer carne e nem tome drogas de espécie alguma. Faça um jejum ou coma frutas e verduras. Quando for para o Círculo, tenha a certeza de que levou o material necessário para não ter que sair e interromper o Ritual. Se houver outras pessoas na casa, peça para que você não seja interrompido durante aquele período. É melhor realizá-lo a sós, e nu(a); entretanto, se você não se sentir à vontade para trabalhar sem roupa, poderá usar uma veste cerimonial branca. Os cabelos ficam soltos. O objetivo do Ritual é nos apresentarmos aos Deuses da forma mais natural possível.
Acenda as velas em seus respectivos Quadrantes, que devem ser determinados com uma bússola antes do Ritual. Monte o Altar ao Norte, com a vela da Deusa à esquerda e a vela do Deus à direita. No Altar também devem estar o Cálice, o Athame, o sal, a água e o incenso, que deve ser aceso na vela da Deusa. Você também pode colocar no Altar coisas que sejam importantes para a sua vida e outros objetos de seu agrado. Lembre-se que a liberdade é a essência da Bruxaria. Se não estiver ao ar livre, apague as luzes e deixe que somente a luz das velas ilumine o aposento. Segure o Athame com ambas as mãos e trace o Círculo no sentido horário (ou anti-horário, caso queria seguir estritamente o comportamento da natureza no hemisfério sul), começando pelo Norte, e diga com energia e máxima concentração: EM NOME DA DEUSA E DO DEUS, EU TRAÇO ESTE CÍRCULO DE PROTEÇÃO! DELE NENHUM MAL SAIRÁ. DENTRO DELE, NENHUM MAL PODERÁ ENTRAR. PELOS GUARDIÕES DOS QUATRO QUADRANTES DA TERRA, EU CONVIDO TODOS OS ELEMENTAIS DA TERRA, DO AR, DO FOGO E DA ÁGUA PARA QUE ENTREM NESSE CÍRCULO E ME AUXILIEM NESSA INICIAÇÃO.
Volte ao Norte, beije a Lâmina do seu Athame e coloque-o novamente no Altar. Você deve estar no centro do Círculo, e todos os elementos dentro dele, nos seus respectivos quadrantes. Pegue o Sal, jogue três punhados na água e diga: ABENÇOADO SEJA O SAL QUE PURIFICA ESTA ÁGUA!
Segure a vasilha com a água salgada e dê três voltas ao redor do Círculo, em sentido horário (ou anti-horário, caso queria seguir estritamente o comportamento da natureza no hemisfério sul), enquanto deixa cair algumas gotas no chão. Volte ao Norte e diga: DA MESMA FORMA QUE O SAL PURIFICOU A ÁGUA, QUE MINHA VIDA SEJA PURIFICADA PELO AMOR DA GRANDE MÃE!
Pegue o Incenso e dê três voltas ao redor do Círculo, no sentido horário (ou anti-horário, caso queria seguir estritamente o comportamento da natureza no hemisfério sul), volte ao Norte e diga: ABENÇOADA SEJA ESTA CRIATURA DO AR, QUE LEVA ATÉ OS DEUSES A MINHA OFERENDA DE ALEGRIA!
Fique de fronte para o Altar e diga: EU (DIGA SEU NOME COMPLETO), COMPAREÇO DIANTE DOS DEUSES DE MINHA LIVRE E ESPONTÂNEA VONTADE, ABRINDO MEU CORAÇÃO PARA AS VERDADES E ENSINAMENTOS DA WICCA. JURO PERANTE OS DEUSES JAMAIS USAR MEUS CONHECIMENTOS PARA PREJUDICAR QUALQUER CRIATURA VIVA OU PARA FINALIDADES EGOÍSTAS. JURO NUNCA FAZER EM MEUS RITUAIS DE WICCA NADA QUE CAUSE DOR, SOFRIMENTO, HUMILHAÇÃO OU MEDO A NENHUMA CRIATURA VIVA. JURO DEFENDER MEUS IRMÃOS E IRMÃS NA ARTE, BEM COMO DIVULGAR A WICCA PARA TODOS OS QUE DESEJAREM APRENDER, SEM JAMAIS TENTAR CONVERTER NINGUÉM ÀS MINHAS CRENÇAS OU MENOSPREZAR AS CRENÇAS ALHEIAS. JURO AMAR O PLANETA TERRA, PROCURAR SEMPRE HARMONIA COM TODA A NATUREZA, E, ACIMA DE TUDO, COLOCAR SEMPRE A VIDA ACIMA DE INTERESSES MATERIAIS. JURO NUNCA PREJUDICAR MEUS IRMÃOS DA ARTE OU REVELAR SEUS NOMES MÁGICOS, EMBORA EU TENHA O DIREITO E A OBRIGAÇÃO DE ME DEFENDER CONTRA ENERGIAS OU PESSOAS NEGATIVAS QUE QUEIRAM ME PREJUDICAR OU FAZER MAL AOS QUE EU AMO. A PARTIR DE AGORA, NÃO EXISTE NENHUMA PARTE DE MIM QUE NÃO SEJA DOS DEUSES; PORTANTO, MEU CORPO É SAGRADO. NENHUMA PARTE DELE É IMPURA OU VERGONHOSA. MEU CORPO MERECE TODO O RESPEITO, COMO FONTE DIVINA DE VIDA E PRAZER. A PARTIR DE AGORA, A VERDADEIRA AUTORIDADE SOBRE MIM VIRÁ SOMENTE DOS DEUSES. NÃO ACEITAREI NENHUM TIPO DE OPRESSÃO, NEM FICAREI AO LADO DOS QUE OPRIMEM MEUS SEMELHANTES EM BUSCA DE PODER. A PARTIR DE HOJE, LUTAREI PARA QUE A JUSTIÇA DO DEUS E AMOR DA DEUSA SEJAM ESTABELECIDOS NA TERRA. ASSIM SEJA!
Pegue o Cálice, derrame um pouco de vinho no chão e diga: DA MESMA FORMA QUE ESTE VINHO SE DERRAMOU, QUE O PODER SEJA TIRADO DE MIM SE EU NÃO CUMPRIR MEU JURAMENTO!
Molhe o dedo no vinho, desenhe um Pentagrama no ponto entre as sobrancelhas e diga: QUE MEUS PENSAMENTOS SEJAM GUIADOS PELA LUZ DOS DEUSES!
Molhe o dedo novamente, e desenhe um Pentagrama em cada Pálpebra, dizendo: QUE MEUS OLHOS VEJAM O PODER DOS DEUSES EM TODA A NATUREZA.
Molhe o dedo, desenhe um Pentagrama em sua boca, dizendo: QUE TODAS AS MINHAS PALAVRAS SEJAM PARA PROPAGAR O AMOR DOS DEUSES.
Molhe o dedo e trace um Pentagrama em seu coração, dizendo: QUE A GRANDE MÃE ESTEJA EM MEU CORAÇÃO, PARA QUE EU TENHA COMPAIXÃO POR TODOS OS SERES HUMANOS E POR TODAS AS CRIATURAS.
Molhe o dedo e trace um Pentagrama na Região Sexual, dizendo: QUE MEU SEXO SEJA ABENÇOADO PELOS DEUSES, PARA QUE HAJA FERTILIDADE EM MINHA VIDA.
Molhe os dedos e trace um Pentagrama em cada um de seus pés, dizendo: QUE MEUS PÉS ME LEVEM PELOS CAMINHOS DA FELICIDADE, E QUE OS DEUSES GUIEM TODOS OS MEUS PASSOS.
Segure o Cálice com ambas as mãos, beba o Vinho, deixando um pouco no fundo, e diga: ESTE É O ÚTERO DA GRANDE MÃE. DELE EU VIM, E PARA ELE EU VOLTAREI COM ALEGRIA! QUE ASSIM SEJA, PARA O BEM DE TODOS!
Jogue o resto do vinho no chão.
Se você quiser assumir um nome mágico, assim que derramar o vinho no chão, diga: DE AGORA EM DIANTE, MEU NOME PERANTE OS DEUSES É (diga seu nome mágico).
Mantenha suas mãos abertas e voltadas para os céus. Feche os olhos e visualize dois raios brancos de luz brilhante descendo dos céus e penetrando a palma de suas mãos. Uma sensação morna de formigamento se espalhará pelo seu corpo à medida que o poder do amor da Deusa e do Deus purificar sua alma.
Não se assuste se começar a ouvir uma voz (ou vozes) falando dentro de sua mente, como por telepatia. São a Deusa e o Deus dentro de você, revelando sua presença.
Embora nem todos os wiccanos ouçam ou percebam as verdadeiras palavras ditas pela Deusa ou pelo Deus - alguns sentem sua presença divina e seu amor - não é incomum que as deidades pagãs falem diretamente com um(a) Bruxo(a) recentemente iniciado(a), especialmente se você for sensitivo(a).
Permaneça no círculo sagrado até que as velas e o incenso terminem. E, então, encerra-se o Ritual de Iniciação Pessoal.
O seu nome mágico deverá ser conhecido somente por você. O Ritual de Iniciação Pessoal é uma data de muita alegria; portanto, não fique preocupado se errar algumas palavras ou esquecer alguma coisa. Nem precisa ficar preocupado se você não souber falar palavras bonitas. O mais importante é o que está em seu coração, e os Deuses conhecem muito bem as palavras sinceras. Se você não tiver os materiais necessários ou um ambiente propício, improvise dentro das suas condições. Use a imaginação, pois o mais importante é o Amor e a Devoção pelos Deuses. 
MEDITAÇÕES
As meditações são direcionadas ao término dos projetos, a resolução dos problemas. Nesse momento meditamos para esquecer todos os nossos objetivos alcançados para que tenhamos a mente livre para novos projetos.
Essa meditação também deve possuir uma reflexão para o nosso poder interno, devemos verificar o que ocorreu desde o sabbath passado e organizar e equilibrar tudo, eliminando todas as energias indesejadas.
Podemos meditar sobre lendas ou histórias de conquistas, finalização de construções ou artes, de mortes e afins.
PARA HOMENS
Escureça o Oratório (ou o lugar de suas práticas meditativas) e acenda um círio branco. Queime incenso, de modo que uma densa fumaça encha o aposento. Recite os seguintes versos do Antigo Canto de Amergin:
EU SOU O VENTO QUE SOPRA PELOS MARES,
EU SOU O MACHO SELVAGEM,
EU SOU A ÁGUIA NO PENHASCO,
EU SOU RÁPIDO COMO O GAVIÃO,
EU SOU GUERREIRO DE MUITAS BATALHAS,
EU SOU FORTE COMO UMA LANÇA,
EU SOU A PONTA DE UMA ESPADA,
EU SOU A PELE DO TAMBOR QUE CONCLAMA À GUERRA,
EU SOU A CORDA DA HARPA,
EU SOU O CAMPEÃO DOS FRACOS,
EU SOU A VISTA DA MONTANHA MAIS ALTA,
EU SOU SOU A SABEDORIA DO POÇO MAIS FUNDO,
EU SOU O VENCEDOR DO DIA E DA NOITE. 
SEMPRE VIVI. JÁ FUI TUDO!
Quando estiver recitando estes versos, detenha-se naqueles que clamarem mais em seu interior e repita-os. Ao sentir que o tempo e o espaço foram alterados, visualize a mão do Cavaleiro Lanceloth (seu Animus) saindo da fumaça do incenso.
A mão de Lanceloth of The Lake, empunha uma magnífica Espada. No seu dedo repousa um Anel Mágico. Lanceloth aproxima sua mão de você, de modo que seu Anel fica bem nítido. Observe o desenho e a ornamentação do Anel. Este Anel, foi lhe dado pela Dama do Lago (sua Anima) e ele tem o poder de destruir todo os encantamentos (ilusões e tentações do Caminho).
Ao meditar sobre o Anel, concentre-se em pelo menos uma dúvida, preocupação ou insegurança sobre sua vida material ou espiritual. Sinta que a força de Lanceloth está com você e o ajuda em qualquer dificuldade. Sinta também, o poder de todos os seus ancestrais masculinos, de todos os cavaleiros e guerreiros fluir em você.
Ao fazer isto, visualize um brilho emanar do Anel e envolvê-lo. O calor deste brilho cobre seu corpo, até que você também irradie essa luminosidade sobrenatural. Fique sob a presença desta Luz por alguns minutos e inspire-a. Deixe-a invadir seu coração e pulmões ao respirar. Imagine esta Luz penetrando nos músculos de seu peito e ombros. Após alguns momentos, a luminosidade começa a diminuir e você vê apenas a fumaça do incenso.
Volte a seu estado normal de consciência, repetindo uma ou outra frase do Canto acima. Termine seu exercício com a frase final do Canto: SEMPRE VIVI. Já FUI TUDO!
Faça este exercício uma vez por semana. Recomenda-se que ele seja feito as terças ou quintas-feiras.
(Exercício Ritual da Tradição Arthuriana, ramo do Caminho Cavaleiresco do Ocidente).
PARA MULHERES
Escureça o Oratório (ou o lugar de suas práticas meditativas) e acenda um círio branco. Queime incenso, de modo que uma densa fumaça encha o aposento. Recite os seguintes versos inspirados no Antigo Canto de Amergin:
EU SOU O VENTO QUE SOPRA PELOS MARES,
EU SOU A FÊMEA SELVAGEM,
EU SOU A ÁGUIA NO PENHASCO,
EU SOU RÁPIDO COMO O GAVIÃO,
EU SOU A GUERREIRA DE MUITAS BATALHAS,
EU SOU FORTE COMO UMA LANÇA,
EU SOU A PONTA DE UMA ESPADA,
EU SOU A PELE DO TAMBOR QUE CONCLAMA À GUERRA,
EU SOU A CORDA DA HARPA,
EU SOU A CAMPEÃ DOS FRACOS,
EU SOU A VISTA DA MONTANHA MAIS ALTA,
EU SOU SOU A SABEDORIA DO POÇO MAIS FUNDO,
EU SOU A VENCEDORA DO DIA E DA NOITE.
SEMPRE VIVI. JÁ FUI TUDO!
Quando estiver recitando estes versos, detenha-se naqueles que clamarem mais em seu interior e repita-os. Ao sentir que o tempo e o espaço foram alterados, visualize a mão da Dama Morgana (sua Anima) saindo da fumaça do incenso. A mão de Morgana Le Fay empunha uma magnífico Cálice e no seu dedo repousa um Anel Mágico. Morgana aproxima sua mão de você, de modo que seu Anel fica bem nítido.
Observe o desenho e a ornamentação do Anel. Este Anel, foi lhe dado por Merlin o Sábio (seu Animus) e ele tem o poder de destruir todo os encantamentos (ilusões e tentações do Caminho). Ao meditar sobre o Anel, concentre-se em pelo menos uma dúvida, preocupação ou insegurança sobre sua vida material ou espiritual.
Sinta que a força de Morgana está com você e a ajuda em qualquer dificuldade. Sinta também, o poder de todos os seus ancestrais femininos, de todas as Damas e Guerreiras fluir em você. Ao fazer isto, visualize um brilho emanar do Anel e envolvê-la. O calor deste brilho cobre seu corpo, até que você também irradie essa luminosidade sobrenatural.
Fique sob a presença desta Luz por alguns minutos e inspire-a. Deixe-a invadir seu coração e pulmões ao respirar. Imagine esta Luz penetrando nos músculos de seu peito e ombros. Após alguns momentos, a luminosidade começa a diminuir e você vê apenas a fumaça do incenso.
Volte a seu estado normal de consciência, repetindo uma ou outra frase do Canto acima. Termine seu exercício com a frase final do Canto: SEMPRE VIVI. Já FUI TUDO!
Faça este exercício uma vez por semana. Recomenda-se que ele seja feito as terças ou quintas-feiras.
Tradicionalmente, Morgana Le Fay (o Arquétipo da Sacerdotisa) mostra-se como uma linda mulher de cabelos vermelhos, usando roupas e ornamentos medievais. Porém, você pode visualizar qualquer imagem de mulher significativa para sua vida espiritual pessoal.
DANÇAS, CÂNTICOS E ORAÇÕES.
Na Lua minguante as danças devem objetivar o fim de ciclos, sejam eles energéticos, emocionais ou espirituais, utilize a força dos términos em sua dança e elimine tudo que desejar direcionando suas energias com movimentos do corpo.
A dança mais comum é chamada de dança dos sons naturais ou ritmos silenciosos, consiste em ficar de pé – quando sozinha(o) e em local adequado pode ficar nua(ú) – e em pleno silêncio. Comece a movimentar o corpo calmamente da forma que desejar, com o tempo aumente a força e rapidez dos movimentos até que esteja dançando em seu próprio ritmo livre, solto e de acordo com o seu corpo, crie seus movimentos.
Enquanto dança tente colocar para fora sons variados, use da sua criatividade, trabalhe o seu interior, acalme seu coração, organize suas energias, equilibre seu corpo.
É comum criar Cânticos para os DEUSES presentes nos esbbaths, use sua criatividade, use ritmo, rimas e sons variados todos ligados ao princípio básico do esbbath: Término, Conclusão, Morte,CURA, purificação.
Orações? Sim orações! Os Bruxos conversam com suas divindades, obviamente de uma forma diferente (não ajoelham ou se colocam inferiores), mas conversam, pedem e agradecem da mesma forma que todas as outras religiões. As orações podem ser espontâneas ou montadas com antecedência, podem ser ritmadas ou não, devem apenas estar relacionadas ao esbbath, conversem com os Deuses, peçam ajuda para enfrentar, compreender e controlar as energias e pensamentos que os circundam. Encarem todas as imagens e sensações que os DEUSES vão lhe mandar para auxilia-los nesse momento. Apenas não esqueçam o Adágio:
“Cuidado com o que pede aos Deuses, pois eles podem realizar”.
Se você não está pronto para enfrentar determinada situação, não peça, não busque, não tente amplia-la. Se você pedir aosDEUSESauxilio em algo que você ainda não está pronto para ter, eles podem te dar exatamente para você ‘sofrer’ naquilo e aprender a não pedir coisas com as quais não está pronto para conviver.
TRABALHOS MÁGICOS
As(os) Bruxas(os) fazem feitiços, encantamentos e RITUAIS de magia variados, com diferentes finalidades. Cada Lua possui uma influência diferente nas energias que são usadas nesses ritos, a Lua minguante representa o momento mais propício para trabalhos de CURA e purificação, pois é nesse período que as forças cósmicas estão eliminando o velho, reciclando a natureza, é a morte para um futuro renascimento. É o momento em que tudo já foi produzido, enraizado, organizado, expandido, fortalecido e concluído. Família, relacionamentos, emprego, tudo deve ser purificado, finalizado.
DESTRAÇAMENTO DO CÍRCULO E AGRADECIMENTOS
Acessem “O Círculo Sagrado” e vejam como fecha-lo corretamente.
Banindo o círculo
Sempre que se lança um círculo mágico, ele deve ser banido. É quando encerramos o poder e agradecemos aos deuses e poderes dos elementos pela sua presença e força.
Basicamente, banir o círculo é realizar o seu ritual de lançamento de forma contrária. Eleve seu athame da mesma forma como foi dito no lançamento do círculo. Rodeie três vezes a área ritual em sentido anti-horário e, um por um, agradeça aos quadrantes por sua presença. Pode ser algo do tipo:
Eu agradeço aos guardiães do Leste, poderes do Ar, por terem estado comigo hoje neste ritual. Sigam em paz!
Repita o mesmo procedimento, só que desta vez no sentido anti-horário. Assim, o próximo será o ponto cardeal Norte.
O que é bastante importante (e muitos acabam esquecendo) é de que devemos sempre fazer pedidos de paz para o mundo. Comece desejando isso aos quadrantes, e você verá como você mesma estará em paz após o término do ritual.
Agradeça aos deuses de forma semelhante. É importante ser espontâneo, de certo modo, e dizer tudo com bastante sinceridade em seu coração. Diga tudo o que achar que deve dizer, em agradecimento. Ao final, diga algo do tipo:
O círculo está aberto, mas não foi quebrado. O amor dos deuses está dentro de mim.
Há um antigo adágio na minha Tradição que diz:
“Se você não é capaz de agradecer por tudo que ganha ou conquista, pare de pedir e buscar, pois não é merecedor de nada”.
Todo bruxo(a) sabe que só ganha aquilo que merece, sabe também que para merecer, ele precisa ser grato por tudo, grato a ele mesmo por ter vencido suas dificuldades e grato aos DEUSES por esses permitirem o prazer da vida, dando-lhe condições de viver livremente usufruindo daquilo que deseja.
Então use sua criatividade, seja sincero e agradeça a presença de todos os participantes do seu esbbath: ELEMENTAIS, ancestrais, amigos (caso celebre em grupo ou coven), agradeça a você mesmo e aos Deuses.
BANQUETE.
Não precisa ser exatamente um banquete variado, apenas uma refeição simples para celebrar o momento, no esbbath de lua Minguante recomenda-se o uso de alimentos leves e nutritivos, principalmente para aqueles que exercem trabalhos de purificação e cura, ou que passaram pela morte de alguém próximo. Lembrando sempre de verificar se você possui algum tipo de alergia a qualquer ingrediente, e sempre usem ingredientes naturais, nunca comam ou bebam nada que não conhecem ou saibam a procedência.
VASO DAS 7 ERVAS
(Lord Flores)
As 7 ervas reunidas num só vaso significam proteção contra as energias negativas: 1 – Espada de São Jorge (Sanseveria trifasciata) – Suas folhas em forma de lança sugerem a coragem para enfrentar uma batalha e vencê-la. Também apontam para cima indicando o caminho do céu e da plenitude. 2- Guiné (Petiveria alliacea) – Significa limpeza espiritual e a purificação. 3- Arruda (Ruta graveolens) – Com seu forte aroma, espanta todo o tipo de mau. Significa defesa e afasta as energias negativas. 4- Pimenta (Capsicum annuum) – Protege da inveja e intrigas 5- Comigo-ninguém-pode macho (Dieffenbachia sp.) – Significa a força masculina e a sensatez na hora de tomar decisões. 6- Comigo-ninguém-pode fêmea (Dieffenbachia sp.) – Significa a sabedoria feminina que através de sua docilidade conquista o mundo. 7 – Alecrim (Rosmarinus officinalis) – Com seu aroma agradável atrai a energia positiva do universo.
Nota: Pode haver uma variação, substituindo uma das ervas por manjericão Manjericão (Oncimum basilicum) – Protege das enfermidades, proporcionando o bem estar físico e espiritual.