sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
BRUXARIA
Atualmente, um número cada vez maior de estudiosos dedica-se às Tradições da Magia e Feitiçaria, não se sabe ao certo quando teria surgido a Bruxaria; contudo há provas instigantes que indicam que pode ter se originado na aurora da humanidade, aproximadamente no final do período paleolítico, quando o Homem de Neandertal cedeu o lugar ao Homo Sapiens.
A bruxaria desde os primórdios, considerada uma religião da natureza é uma crença que antecede o cristianismo, e não se opõe em momento algum aos ensinamentos de Jesus. No entanto tornou-se uma visão lúgubre e ameaçadora no conceito da Igreja Romana na Idade Média, predominando na Europa durante séculos, trazendo para a vida do ser humano grandes conseqüências, como a morte de centenas de milhares de pessoas, o que se transformou numa verdadeira histeria religiosa.
A bruxaria com suas práticas pagãs, folclore e a crença nos poderes da magia é muito arraigada entre os europeus, a mulher representava a base fundamental da fertilidade, o corpo feminino era reverenciado como foco de força divina; doadora da vida. Por isso o Culto a Deusa-Mãe, aos mistérios da procriação e o respeito ao feminino.
No início da Idade Média, quase todas as mulheres podiam ser chamadas de bruxas, já que qualquer mulher sabia mais sobre superstições e encantamentos do que uma centena de homens. Até o século 15, os "Feitiços e Encantamentos" das mulheres foram, virtualmente, o único depositário de prática médica. As mulheres da idade média conheciam o poder das ervas, dos ciclos lunares, dos ventos, das chuvas, estrelas e planetas. Estavam profundamente ligadas por um amor e agradecimento à Terra e todas as manifestações de força e poder que vinha desta. Os pagãos acreditam que a volta da ligação com a natureza é o único caminho para uma vida harmônica e equilibrada, por isso todos os Ritos sagrados da Bruxaria estão centrados na Estação do Ano e fases lunares.
Paracelso disse que as bruxas o tinham ensinado tudo o que sabia sobre cura. Em 1570 o carcereiro do Castelo de Canterbury libertou uma feiticeira condenada, justificando, com a opinião popular, que ela sozinha era melhor para tratar os doentes do que todos os padres e exorcistas. Feiticeiras ou Fadas?
De acordo com explicação de Joseph Campbell: "Não resta dúvida de que nas épocas mais remotas da História do Homem a força mágica e misteriosa da Fêmea era tão maravilhosa quanto o próprio Universo; e isto atribui à mulher um poder prodigioso, poder este que tem sido uma das principais preocupações da parte masculina da população — como quebrá-lo, controlá-lo e usá-lo para seus próprios fins."
As conseqüências dessa ruptura primordial na relação entre homem e mulher viriam a ter um papel nas mitologias de "diversas culturas"; em termos práticos contribuiu para o surgimento de devastadoras turbulências sociais, tal como a Grande Perseguição às Bruxas na Europa Medieval.
Tempos longínquos, mas muito marcantes... e são esses fatos que são relembrados com curiosidade pela humanidade. Tempos de proibição, a mulher deveria casar virgem, e servir ao homem sempre com a disposição que lhe fosse determinada. Era a época onde se deveria agir pela fé, ou seja, justificar toda fé.
Só não sabiam que essa fé chegaria tão longe, ao ponto de matar pessoas, seres humanos, justificando a vontade divina. O que as pessoas deveriam lembrar é da velha Inquisição, onde vidas foram tomadas, até mesmo sem provar a culpa da vítima. Hoje, o principal fundamento da vida é a razão.
Mas felizmente a humanidade pôde evoluir, ter liberdade, as Antigas Religiões estão ressurgindo lentamente, mas constantes.
Surge o neo-paganismo, uma religião moderna chamada Wicca criada aproximadamente em 1940 pelo grande ocultista Gerald Brousseau Gardner, fundamentada na Alta Magia Cerimonial, na Thelema e no raciocínio segundo a obra 777 de Alesteir Crowley. Ela tomou o nome de uma divindade céltica chamada Cernunnos, representado por um homem com cabeça humana e chifres e pernas de cabra ou cervo, um ser meio homem meio animal, simbolizava o Deus primordial de toda criação, Absoluto. Após isto, Doris Valiente juntamente com Gardner reescreve o Book of Shadows de uma maneira mais paganizada e em seguida introduz o conceito da Deusa-Mãe, criando algo novo na Wicca. Com isso, Cernunnos não era mais absoluto, nem primordial, mas a contraparte da Deusa, que também foi tomado o nome de outra deidade céltica.
Queremos esclarecer para as pessoas que desconhecem, que a Wicca não é Céltica, até mesmo a Wicca dita céltica, não é Antiga Religião Celta, nem representante da cultura e povo Celta. Apesar de conter alguns elementos celtas, a Wicca tem sua origem na Thelema e os ritos fundamentados na Alta Magia Cerimonial.
O povo Celta, ao chegar na Europa, trouxe suas crenças, que ao se misturarem às crenças da população local, deram início a outras práticas.
A religião dos Celtas (existentes em algumas partes do mundo) era e ainda é o Druidismo, uma religião politeísta, e seus ritos eram sempre realizados ao ar livre. Para eles, este contato com a natureza permitia uma maior aproximação com os deuses e divindades. As principais eram: a Grande Deusa Mãe e o Deus Cornífero, chamados de Ceridwen e Cernunos, respectivamente. A Grande Deusa Mãe é a natureza em todas as suas manifestações, a fecundação e a criação, mãe do Deus Cornífero que representa a fertilização.
Os druidas cultuavam agricultura, a cura com ervas e a caça. Realizavam festas ritualísticas em homenagem às divindades, e iniciavam as pessoas na arte da Magia que era ensinada oralmente. Apesar da classe sacerdotal ser dividida entre homens e mulheres, a sociedade era matriarcal. As druidesas eram divididas em classes: a primeira vivia enclausurada. As outras classes podiam se casar e participavam de rituais sagrados.
O tempo foi passando e os deuses ficaram apenas na história representados por estátuas encontradas em diversas partes do mundo, como a do Deus Cornífero achada na Suécia. Agora com a chegada do século XXI, todos estes conceitos estão retornando e ressurge em todo mundo as crenças e o poder da magia dos antigos celtas. A bruxaria é a antiga religião dos povos da Europa, que após quase 2000 anos de exclusão e desaparecimento vem ressurgindo.
Segundo pesquisadores, todos os tipos de bruxaria são derivados do Xamanismo primitivo. "Os rituais de bruxaria tem a sua origem perdida no tempo, desde os Tempos Celtas, diga-se de passagem, Belos Tempos, onde a natureza era o princípio de tudo, onde a fé era profunda, onde a mente humana tinha um poder incalculável, pois o ser humano sabia como fazer bom uso do que lhe era proporcionado."
Paz e Luz!
WICCA
Hoje um número desconhecido de neopagãos adota os princípios de uma fé popularmente chamada de bruxaria (feitiçaria) e conhecida entre os iniciados como “a prática”. Essa religião também conhecida pelo nome Wicca, uma palavra do inglês antigo que designa “feiticeiro”; pode estar relacionada com as raízes indo-européias das palavras Wic e Weik, que significam “dobrar” ou “virar”. Alguns estudiosos afirmam que esta palavra vem da raiz germânica wit que significa saber.
A religião Wicca, depois de se popularizar na Europa e América do Norte, nos últimos anos vem ganhando grande número de adeptos no Brasil e nas demais partes do mundo.
Portanto, aos olhos dos modernos adeptos da Wicca, as bruxas nunca foram as megeras ou mulheres fatais descritas pelo populacho, mas sim homens e mulheres capazes de “dobrar” a realidade através da prática da magia.
Mas o estereótipo persiste, e as bruxas continuam a ser objeto de calúnia, lutando para desfazer a imagem de companheiras do diabo. Para muitos, a bruxa era, e ainda é, a adoradora do demônio. Isso é uma falsa afirmação!
Bem recentemente, em 1952, o autor britânico Pennethorne Hughes classificou algumas feiticeiras (bruxas) da história como “lascivas e pervertidas”, atribuindo-lhes uma longa lista de pecados reais ou imaginários.
“Elas faziam feitiços”, escreveu, “causavam prejuízos, envenenavam, provocavam abortos no gado e inibiam o nascimento de seres humanos, serviam ao diabo, parodiavam os rituais cristãos, aliavam-se ao inimigo do rei, copulavam com outros bruxos ou bruxas que chamavam de íncubos ou súcubos e cometiam abusos com animais domésticos.”
Diante de tantas acusações, não chega a ser surpreendente o fato de que as palavras “mago”, “feiticeiro” ou “bruxo” e “magia”, “feitiçaria”, ou “bruxaria” continuem a despertar profundas reações. A bruxaria é uma palavra que assusta a uns e confunde a outros. “Na mente do povo”, as bruxas do passado são “maléficas satanistas” que participavam de rituais obscenos.
E a opinião contemporânea não tem demonstrado bondade maior para com as feiticeiras atuais, considerando-as, “membros de um culto esquisito, que não tem a profundidade, dignidade ou seriedade de propósitos de uma verdadeira religião”.
Mas trata-se de fato de uma Religião, tanto para quem a religião é “uma necessidade humana de beleza”, como no sentido que figura no dicionário: “sistema institucionalizado de atitudes, crenças e práticas religiosas”.
Até mesmo o Departamento de Defesa dos Estados Unidos cedeu às reivindicações dos praticantes da Wicca para que esta fosse considerada como religião válida e, em meados da década de 70, o Pentágono recrutou uma feiticeira, Lady Theos, para revisar o capítulo referente à bruxaria no Manual dos Capelães do exército.
As contribuições de Lady Theos foram atualizadas em 1985, por uma erudita neopagã chamada Selena Fox.
Outro sinal dos tempos pode ser visto nos cartões de identidade dos membros das forças armadas, nos quais as palavras “pagão” e “wiccan” agora aparecem com freqüência, embora certamente em menor número, do que os nomes de outras afiliações religiosas.
Apesar desse reconhecimento e embora a Constituição americana, tal como a brasileira garanta o direito à liberdade de crença, a prática de feitiçaria ainda enfrenta duras críticas e até mesmo uma perseguição premeditada.
Esses ataques naturalmente não se comparam, em escala e em violência, com o prolongado reinado de horror que predominou do século XIV ao XVII, período descrito pelas feiticeiras contemporâneas com “a época das fogueiras”, ou “a grande caçada às bruxas”.
De fato, a perseguição atual é comparativamente até benigna: demissões de empregos, perda da custódia dos filhos, prisão por infrações aos bons costumes, mas causa prejuízos que levaram a alta sacerdotisa da ordem Wicca, Morgan McFarland, a rotular estes tempos como “a era das fogueiras brandas”.
GERARD GARDNER
O renascimento da Wicca pode ser encontrado no início do século XX nos trabalhos da antropóloga inglesa Margareth Murray, suas pesquisas sobre “as origens e a história da feitiçaria” começaram com a idéia comum de que “todas as feiticeiras eram velhas sofrendo de alucinações por causa do diabo”. Mas Murray...logo desvendou o diabo e descobriu em seu lugar um Deus com chifres de um culto à fertilidade, um Deus pagão que na época da inquisição foi considerado herético, transformado em uma incorporação do diabo. Murray estava convencida depois dos seus estudos profundos sobre esses registros de que esse Deus possuía um equivalente feminino, tratava-se de uma divindade, a caçadora medieval das épocas clássicas que os gregos chamavam de Ártemis e os romanos de Diana. Murray então...concluiu que as feiticeiras condenadas tinham Diana como uma líder espiritual e por isso a reverenciavam.
Segundo Margaret Murray, os vestígios dessa fé poderiam ser rastreados no passado a até cerca de 25 mil anos, época em que viveu uma raça aborígine composta de anões, cuja existência permaneceu registrada pelos conquistadores que invadiram aquelas terras apenas nas lendas sobre elfos e fadas. De acordo com ela, seria uma “religião alegre”, repleta de festejos, danças e principalmente abandono sexual, o que mais tarde seria incompreensível para os sombrios inquisidores, cujo único propósito foi destruí-la até as mais tenras raízes.
Finalmente em 1921, Murray publicou o primeiro (O Culto à Feiticeira na Europa Ocidental) dos três livros com as suas conclusões favorecia certa legitimidade à religião Wicca. Imediatamente outros estudiosos no assunto atacaram os métodos e as conclusões de Margaret Murray, um dos críticos classificou seu livro como “um palavrório enfadonho”. Apesar dos trabalhos de Murray não terem tanto prestígio nos círculos acadêmicos, recentes estudos arqueológicos induziram alguns historiadores a fazer ao menos uma releitura mais criteriosa de algumas de suas teorias mais polêmicas; Margaret Murray conseguiu através de uma reavaliação favorável da feitiçaria, abrir uma porta para um fluxo de interesse pelo culto a Diana.
Em 1899, mais de duas décadas antes de Murray apresentar suas teorias, Charles Leland, escritor e folclorista americano havia publicado “Aradia”, obra que segundo ele, era o evangelho de “La Vecchia Religione” (A Velha Religião), uma expressão que desde então passou a fazer parte do saber “Wicca”. O livro relata a lenda de Diana, Rainha da Feiticeiras, cujo encontro com o deus-sol Lúcifer resultara numa filha chamada “Aradia”, esta seria “la prima strega” (a primeira bruxa), a que revelara os segredos da feitiçaria para a humanidade.
Considerada uma fonte duvidosa, Aradia contudo...terminou servindo de inspiração para inúmeros ritos praticados por feiticeiros contemporâneos. Duramente criticado e mesmo com raros defensores no círculo acadêmico, o livro Aradia com sua ênfase no culto à Deusa tornou-se muito popular nas assembléias feministas.
Outro trabalho mais recente com enfoque similar, porém de reputação mais sólida, é o livro de Robert Graves, publicado pela primeira vez em 1948, “A Deusa Branca” que revela a existência de um culto ancestral centrado na figura de uma matriarcal deusa lunar. De acordo com o autor, essa deusa seria a única salvação para civilização ocidental. Robert Graves expressou profundas reservas com relação à bruxaria, mas o autor chama à atenção a longevidade e a força da religião Wicca e também faz críticas ao que ele considera como uma ênfase em jogos e brincadeiras. Na verdade, o ideal para a feitiçaria, escreve Grave, seria que “surgisse um místico de grande força para revestir de seriedade essa prática, recuperando sua busca original de sabedoria”.
A referência de Graves era uma irônica alfinetada em Gerald Brosseau Gardner, um senhor inglês peculiar e carismático, que exerceria profunda, embora frívola, do ponto de vista de Robert Graves, influência no ressurgimento do interesse pela feitiçaria.
Gardner nasceu em Blundellands, nas proximidades de Liverpool, Inglaterra no dia 13 de Junho de 1884. O seu pai foi Juiz de Paz, pertencendo a uma família de comerciantes de madeira. A família de Gardner tem origem Escocesa, remontando as suas raízes a uma mulher chamada Grissel Gardner, foi queimada como feiticeira no ano de 1610 em Newburgh. O avô de Gardner casou com uma senhora que supostamente teria sido feiticeira e muitos dos seus antepassados teriam assumidamente capacidades psíquicas extraordinárias. Na sua família inclui-se também Alan Gardner, um comandante naval e mais tarde vice-almirante e membro da Câmara dos Lordes, o qual ganhou distinções como comandante do Channel Fleet que preveniu a invasão de Napoleão Bonaparte em 1807.
Gerald Gardner tivera diversas carreiras e ocupações: funcionário de alfândega, plantador de seringueiras, antropólogo e, finalmente, místico declarado. Era um nudista convicto, professava um perpétuo interesse pela “magia e assuntos do gênero”, campo que para ele incluía tudo: desde os pequenos seres das lendas inglesas até as vítimas da Inquisição e os cultos secretos da antiga Grécia, Egito e Roma. Pertenceu à famosa sociedade dos aprendizes de magos chamada Ordem Hermética da Aurora Dourada.
Gardner enfureceu os círculos acadêmicos quando anunciou que as teorias de Margaret Murray eram verdadeiras. A feitiçaria, declarou ele, havia sido uma religião e continuava a ser. Ele dizia saber disso simplesmente porque ele próprio era um bruxo. Em 1954, seu surpreendente depoimento veio à luz com o lançamento de “A Feitiçaria Moderna”, o livro mais importante para o renascimento da feitiçaria. Se a prática não havia desaparecido, como “A Feitiçaria Moderna” tentava provar, o próprio Gardner admitiu ao menos que a feitiçaria estava morrendo quando ele a encontrou pela primeira vez, em 1939.
Gardner gerou muita polêmica ao afirmar que, após a catastrófica perseguição medieval, a bruxaria tinha sobrevivido através dos séculos, secretamente, à medida que seu saber canônico e seus rituais eram transmitidos de uma geração para outra de feiticeiros. Segundo Gardner, sua atração pelo ocultismo havia feito com que se encontrasse com uma herdeira da antiga tradição, “a Velha Dorothy Clutterbuck”, que supostamente seria alta sacerdotisa de uma seita sobrevivente. Logo após esse encontro, Gardner foi iniciado na prática, embora mais tarde tenha afirmado, no trecho mais improvável de uma história inconsciente, que desconhecia as intenções da velha Dorothy até chegar ao meio da cerimônia iniciática, ouvir a palavra “Wicca” e perceber “que a bruxa que eu pensei que morrera queimada há centenas de anos ainda vivia”.
Considerando-se devidamente preparado para tal função, Gardner gradualmente assumiu o papel de porta-voz informal da prática. Assim, lançou uma nova luz nas atividades então secretas da bruxaria ao descrever em seu livro, por exemplo, a suposta atuação desses adeptos para impedir a invasão de Hitler na Inglaterra. De acordo com Gardner, os feiticeiros da Grã-Bretanha reuniram-se na costa inglesa em 1940 e juntos produziram “a marca das chamas” – uma intensa concentração de energia espiritual, também conhecida como “cone do poder”, para supostamente enviar uma mensagem mental ao Fuhrer: “Você não pode vir. Você não pode cruzar o mar”. Não se pode afirmar se o encantamento produziu ou não o efeito desejado mas, como Gardner salientou prontamente, a história realmente registra o fato de Hitler ter reconsiderado seu plano de invadir a Inglaterra na última hora, voltando-se abruptamente para a Rússia. Gardner declara também, que esse mesmo encantamento teria, aparentemente, causado o desmoronamento da Armada Espanhola em 1588, quando muitos feiticeiros conjuraram uma tempestade que tragou a maior frota marítima daquela época.
Quando não reescrevia a história, Gerald Gardner assumia a tarefa de fazer uma revisão da feitiçaria. Partindo de suas próprias pesquisas sobre magia ritual, ele criou uma “sopa” literária sobre feitiçaria feita com ingredientes que incluíam fragmentos de antigos rituais supostamente preservados por seus companheiros, adeptos da prática, além de elementos de ritos maçônicos e citações de seu colega Aleister Crowley, renomado ocultista que se declarava a Grande Besta da magia ritual. Gardner decidiu então acrescentar uma pitada de Aradia e da Deusa Branca e, para ficar no ponto, temperou seu trabalho incorporando-lhe um pouquinho de Ovídio e de Rudyard Kipling. O resultado final, escrito numa imitação de inglês elisabetano, engrossado ainda com pretensas 162 leis de feitiçaria, foi uma espécie de catecismo da Wicca, ressuscitado por Gardner. Assim que completou o trabalho, seu compilador tentou fazê-lo passar por um manual de uma bruxa do século XVI, ou um Livro das Sombras.
Esse volume transformou-se em evangelho e liturgia da tradição gardneriana da Wicca, como veio a ser chamada essa última encarnação da feitiçaria. Era uma “pacífica e feliz religião da natureza”, nas palavras de Margot Adler em “Atraindo a Lua”.
As bruxas reuniam-se em assembléias, conduzidas por sacerdotisas. Adoravam duas divindades, em especial, o Deus das florestas e de tudo que elas encerram, e a Grande Deusa tríplice da fertilidade e do renascimento. Nuas, as feiticeiras formavam um círculo e produziam energia com seus corpos através da dança, do canto e de técnicas de meditação. Concentravam-se basicamente na Deusa; celebravam os oito festivais pagãos da Europa, buscando entrar em sintonia com a natureza.
Como indaga o próprio Gardner em seu livro: Há algo errado ou pernicioso nisso tudo? Se praticassem esses ritos dentro de uma igreja, omitindo o nome da Deusa ou substituindo-o pelo de uma santa, será que alguém se oporia?
Talvez não, embora a nudez ritualística recomendada por Gardner causasse, e ainda cause, um certo espanto. Mas para Gardner as roupas simplesmente impedem a liberação da força psíquica que ele acreditava existir no corpo humano. Ao se desnudarem para adorar a Deusa, as feiticeiras não só se despiam de seus trajes habituais, como também de sua vida cotidiana. Além disso, sua nudez representaria um regresso simbólico a uma era anterior à perda da inocência.A recomendação da nudez, acrescentada à defesa feita por Gardner do sexo ritualístico – O Grande Rito, como ele o chamava – virtualmente pedia críticas. Rapidamente o pai da tradição gardneriana ganharia reputação de “Velho Obsceno”.
Mas, sendo um nudista e ocultista vitalício, Gardner estava habituado aos olhares reprovadores da sociedade e em seu livro “A Feitiçaria Moderna”, parecia antever as críticas que posteriormente receberia.
Alguns críticos, após um exame minucioso dos trabalhos de Gerald Gardner, começaram a questionar a validade do suposto antigo “Livro das Sombras”, entre os seus críticos mais ferrenhos encontrava-se o historiador Elliot Rose, que em 1962 desacreditou a feitiçaria de Gardner, afirmando que era um sincretismo. Outro crítico, um destacado cronista britânico do ocultismo, acusou Gardner de fundar “um culto às bruxas elaborado e escrito em estilo romântico, um culto redigido de seu próprio punho”.
Aidan Kelly, outro crítico, o fundador da Nova Ordem Ortodoxa Reformada da Aurora Dourada, uma ramificação da prática da magia, declarou trivialmente que Gardner inventara a feitiçaria moderna e que ele, em sua tentativa desorientada de reformar a velha religião, formara outra, inteiramente nova. Kelly ainda assegurou que na tradição gardneriana não há base alguma que relacione a tradição com o antigo paganismo europeu.
Aidan Kelly no entanto contrabalançou suas virulentas críticas a Gardner ao creditar-lhe não só uma criatividade genial, mas também a responsabilidade pela vitalidade da feitiçaria contemporânea.
J. Gordon Melton, um ministro metodista e fundador do Instituto para o Estudo da Religião Americana, comentou que todo o movimento neopagão deve seu surgimento, bem como seu ímpeto, a Gerald Gardner. “Tudo aquilo que chamamos hoje de movimento da feitiçaria moderna pode ser datado a partir de Gardner”, declarou Melton.
Dúvidas e polêmicas sobre suas fontes à parte, a influência de Gerald Gardner no moderno processo de renascimento da Wicca é indiscutível, assim como seu papel de pai espiritual dessa tradição específica de feitiçaria que hoje carrega seu nome. Embora os métodos de Gardner revelassem um certo toque de charlatania e seus motivos talvez parecessem um tanto confusos, sua mensagem era apropriada para sua época e foi recebida com entusiasmo dos dois lados do Atlântico. Quer ele tenha ou não redescoberto e resgatado um antigo caminho de sabedoria, aparentemente seus seguidores foram capazes de captar em seu trabalho uma fonte para uma prática espiritual que lhes traz satisfação.
Além do mais, na condição de alto sacerdote de seu grupo, Gardner foi pessoalmente responsável pela iniciação de dúzias de novos feiticeiros e pela criação de muitas novas assembléias de bruxos. Estas, por sua vez, geraram outros grupos, num processo que se tornou conhecido como “a colméia” e que, de fato, resultou numa espécie de sucessão apostólica cujas origens remontam ao grupo original criado por Gardner. Outras assembléias gardnerianas nasceram a partir de feiticeiras autodidatas, que formaram seus próprios grupos após ler as obras de Gardner, adotando sua filosofia.
Contudo, nem todas as feiticeiras estão vinculadas ao gardnerianismo. Muitas professam uma herança anterior a Gardner e desempenham seus rituais de acordo com diversos modelos colhidos das tradições Celta, Escandinava e Alemã. Além disso, alguns desses pretensos tradicionalistas declaram-se feiticeiros hereditários, nascidos em famílias de bruxos e destinados a transmitir seus segredos aos próprios filhos.
TRADIÇÕES
As poucas regras existentes na Wicca têm um caráter essencialmente funcional e são vistas não como mandamentos de qualquer divindade ou profeta iluminado, mas como simples normas de relacionamento entre pessoas que partilham interesses comuns. São apenas alguns princípios genéricos ligados a valores ecológicos e individuais de largo consenso e à liberdade de expressão da religiosidade como é sentida e recriada por cada um. O seu espírito está bem patente na regra básica "Faz o que quiseres desde que não faças mal", a única regra que todos os membros da Wicca procuram seguir.
Na Wicca, chama-se de Tradições as diversas denominações dadas às varições de culto, crença ou prática.
Tradição Gardneriana
A Wicca Gardneriana é uma Tradição/Religião de Mistérios que é voltada para o desenvolvimento interior de cada um. É um caminho sacerdotal e iniciático. É uma Tradição que não aceita ou reconhece auto-iniciações.
Essa Tradição é passada oralmente, incluindo suas leis, procedimentos e fundamentos, culminando em ritos. Dizem servir aos Deuses por meio das antigas práticas, sendo guiados por ancestrais. Dizem ter um caminho religioso calcado na honra à Deusa e seu Divino Consorte, o Deus, exercendo o Sacerdócio dos Antigos de acordo com a tradição de ancestralidade de seu Clã.
Tradição Alexandrina
Tradição Alexandrina é uma tradição wiccana fundada por Alex Sanders com sua esposa Maxine Snaders que surgiu nas proximidades da Inglaterra em 1960. É bastante parecido com a tradição Gardneriana. Os rituais são, geralmente, formais..
Tradição Diânica do Brasil
A Tradição Diânica do Brasil (TDB), é uma Tradição Wicanniana fundada no Esbat de janeiro de 2002, tendo raízes no dianismo norte-americano, adequando-a a formas desenvolvidas no Brasil. Nessa Tradição é dada primazia à Deusa, vista como a Criadora de Tudo e imanente à Sua criação. A Deidade é entendida com sendo tudo, espírito e matéria não sendo separados, mas complementares e sagrados da mesma maneira.
O Deus de Chifres é invocado e celebrado em todos os rituais da TDB, onde tem lugar de honra ao lado da Deusa como Seu Filho amado e Consorte, o Condutor da Dança Espiral do Êxtase. As Sacerdotisas são líderes naturais dos grupos dessa Tradição tendo como co-líderes os Sacerdotes, se assim a Sacerdotisa líder desejar.
Ambos, mulheres e homens podem ser Iniciadores e as iniciações se dão entre pessoas do mesmo sexo bem como entre pessoas de sexos diferentes, após o período de Dedicação. Todo Iniciado é uma Sacerdotisa ou Sacerdote autônomos dos Deuses Antigos.
Não são usados termos como Alta-Sacerdotisa ou Alto-Sacerdote, os Iniciadores são chamados de "Elders" (anciões). Os Elderes são Iniciados com anos de experiência e prática, além da investidura formal da Tradição para dedicar e iniciar outras pessoas. Quando uma Elder lidera um Coven, ela passa a ser chamado Iniciadora.
Tradição Diânica Nemorensis
A Tradição Diânica Nemorensis é um caminho de Wicca genuinamente brasileiro, fundada por Claudiney Prietto após anos de vivênica e prática da Religião da Deusa no Brasil. O Dianismo inclui diversas vertentes do Paganismo e é caracterizado pela preponderância do culto à Deusa e enfoque do feminino acima do masculino nas muitas manifestações da vida: natureza, espiritualidade e humanidade.
Esta Tradição recebe o nome Nemorensis em honra à Diana e seus Sacerdotes chamados Rex Nemorensis. Um dos diferenciais da Tradição Diânica Nemorensis em relação aos outros caminhos Diânicos é o encorajamento e aceitação da iniciação pelas mãos de Sacerdotes de ambos os sexos, ao contrário das outras manifestações do Dianismo que concedem este direito exclusivamente às mulheres.
A Tradição Diânica Nemorensis é formada por Covens, Groves e Círculos mistos ou apenas de um sexo e seu Calendário Litúrgico baseia-se em 21 rituais anuais: 13 Esbats e 8 Sabbats. Nesta Tradição a Roda do Ano não reflete ciclo de nascimento, vida e morte do Deus Cornífero, mas os fluxos e refluxos da Deusa saindo e entrando de seu labirinto sagrado.
Uma das características marcantes da Tradição é o uso do canto e da dança como principal fonte geradora e canalizadora de poder durante os rituais. A maioria dos grupos pertencentes a Tradição Diânica Nemorensis estão centrados em São Paulo.
Obs. Vale ressaltar que a citada Tradição não tem ligação nenhuma de legado e linhagem com os Mistérios Sagrados do Culto de Diana no Lago Nemi, na região do Lácio, província de Roma, na fronteira com a Ariccia.
VOCABULÁRIO
Esta é uma lista de termos wiccanos usados ou derivados da religião Wicca, normalmente usados em suas línguas de origem.
O propósito principal desta lista é desambiguar grafias diferentes, definir o conceito em uma ou duas linhas, tornar fácil a localização do conceito que o utilizador esteja procurando e prover um guia centralizado para os conceitos Wiccanos.
Em alguns casos, pode ser difícil separar os conceitos Wiccanos de conceitos específicos da cultura celta, de outras formas de neopaganismo ou magia ritual. Muitos desses conceitos têm um significado específico quando utilizados em relação à Wicca.
Utilizadores devem notar que a língua gaélica (de onde vêm muitos dos termos Wiccanos) não possuía alfabeto próprio e que sua transliteração para o alfabeto romano pode gerar grafias diferentes para o mesmo conceito.
Foram também incluídos nesta lista termos utilizados por religiões próximas à Wicca, como o Druidismo, e que comumente podem ser confundidas com práticas Wiccanas.
VOCABULÁRIO:
A
Amuleto - objeto natural que visa atrair sorte ao seu portador.
Asatru - Religião que cultua o Panteão Aesir.
Athame - Instrumento mágico, constitui-se numa pequena adaga ou punhal, quase sempre de dois gumes, normalmente utilizado para representação do elemento Ar, ou do princípio masculino. Algumas tradições utilizam o Athame como representação do elemento Fogo.
B
Banir - mandar embora, retirar, exterminar.
Bastão - Instrumento mágico, normalmente utilizado para representação do elemento Fogo, ou do princípio masculino.
Algumas tradições utilizam o Bastão como representação do elemento Ar.
Beltane - Sabbat comemorativo do auge da Primavera
Besom - vassoura mágica.
Bolline - Instrumento mágico, constitui-se em uma faca ou pequena foice, normalmente utilizada para o corte de substâncias utilizadas em feitiçoes e encantamentos.
C
Caldeirão - Instrumento mágico, normalmente utilizado para concocção de poções ou infusões, para a queima de substâncias ou como representação do princípio feminino.
Neste último caso, o caideirão deve ter três pés, representando as três 'faces' da Deusa.
Cálice - Instrumento mágico, normalmente utilizado para representação do elemento Água, ou do princípio feminino.
Cornífero, Deus - Representação do Deus, cultuada em alguns ritos wiccanos. Cornífero significa portador de chifres em latim.
Cone de Poder - energia mágica elevada e dirigida a um objetivo dentro dos rituais.
Consagração - ato de tornar algo abençoado, sagrado.
Corpo Astral - a contraparte espiritual do corpo físico.
Cosmogonia - teoria sobre a criação do Universo.
Cosmovisão - visão sobre a criação do Universo.
Coven - Grupo organizado para a prática da Wicca, normalmente com ritos próprios ao Coven.
Covener - membro de um coven.
Coveners - membros de um coven.
Covenstead - lugar onde o coven se reúne para práticas rituais.
Cowan - termo utilizado dentro da comunidade pagã, especialmente entre bruxos,
para designar aqueles que não são iniciados nos mistérios da Arte.
D
Diânica - Tradições cujo culto é, em algum grau, mais focado na Deusa que no Deus.
Druidismo - Segmento pagão matrifocal centrado exclusivamente na figura da Deusa.
Deus, O - O Deus Cornífero é o Deus fálico da fertilidade.
Geralmente é representado como um homem de barba com casco e chifres de bode.
Ele é o guardião das entradas e do circulo mágico que é traçado para o ritual começar.
É o Deus pagão dos bosques, o rei do carvalho e senhor das matas.
É o Deus que morre e sempre renasce.
Seus ciclos de morte e vida representam nossa própria existência.
Deusa, A - A Deusa é a energia Geradora do Universo,
é associada aos poderes noturnos, a Lua, a intuição, aos lado inconsciente,
à tudo aquilo que deve ser desvendado,
daí o mito da eterna Ísis com o véu que jamais deve ser desvelado.
A Lua jamais morre, mas muda de fase à cada 7 dias,
representando os mistérios da eternidade e mutação.
Por isso a Deusa é chamada de a “DEUSA TRÍPLICE DO CÍRCULO DO RENASCIMENTO”,
pois também muda de face, assim como a Lua,
e se mostra aos homens de três diferentes formas como:
A VIRGEM, A MÃE e A ANCIÃ.
Isso não difícil de se entender, pois dentro de Wicca todos os vários Deuses
e as múltiplas faces e aspectos da Deusa,
nada mais são do que a personificação e atributos da Grande Divindade Universal.
Dragões - Entidades a que alguns praticantes Wiccanos atribuem poderes sobre determinadas áreas de atuação mágica ou natural.
E
Elders - cargo dentro de um coven.
Esbat - Rituais em honra à Deusa, normalmente nas noites de Lua Cheia.
Algumas tradições chamam também de Esbat rituais realizados nas demais fases da lua.
Eneagrama - A palavra Eneagrama origina-se do grego, "enneas",
que significa "nove" e "grammos" que significa "pontos".
É representado por um símbolo que tem uma circunferência com nove pontos e linhas
que se interligam, formando uma estrela.
F
Fadas - Entidades a que alguns praticantes Wiccanos atribuem poderes sobre determinadas áreas de atuação mágica ou natural.
Faery Wicca - Nome de uma Tradição.
Além disso, diz-se de toda prática Wiccana conectada a Fadas.
G
Grove - Grupo organizado de Covens.
I
Imbolc - Sabbat comemorativo do auge do Inverno.
L
Lammas - Outro nome para o Lughnasadh.
Livro das Sombras - Diário usado por praticantes de magia ritual para registrar rituais,
feitiços, e seus resultados, bem como outras informações mágicas.
Litha - Sabbat comemorativo do solstício de Verão
Lughnasadh - Sabbat comemorativo do auge do Verão
M
Mabon - Sabbat comemorativo do equinócio de Outono
N
Neófito - um novato, aquele que se preparar para a iniciação.
Neopaganismo - Nome dado ao conjunto de religiões que buscam recriar,
reinstaurar ou reproduzir as antigas religiões pagãs
O
Ostara - Sabbat comemorativo do equinócio da Primavera
P
Pentáculo - Simbolos diversos usados como instrumentos mágicos,
podendo ser usado também para a realização de pedidos
ou como emblema de fé pela maioria dos Wiccanos.
Pentragrama - É uma estrela de 5 pontas entrelaçadas.
É um símbolo de proteção.
Politeísmo - sistema de crença baseado em muitas Divindades.
Postulante - um neófito.
R
Rede - Código de ética fundamental da Wicca Roda do Ano
- Ciclo natural das estações, comemorado nos Sabbats.
S
Sabbat - Festivais sazonais, em honra ao Deus,
comemorativos da Roda do Ano.
Samhain - Sabbat comemorativo do auge do Outono
Stregheria - Stregheria, Stregoneria ou Bruxaria Italiana
são os nomes dados a Velha Religião (Vecchia Religione) da região da Itália.
Culto Pagão com origens nos velhos Mistérios Egeus-Mediterrâneos,
a Stregheria é uma Religião Iniciática composta de diversos Clãs (Tradições),
na maioria Hereditários e extremamente herméticos.
Vale resaltar que Stregheria, ao contrário do que muitos erroneamente pensam,
não é Tradição de Wicca.
T
Tradição - Grupo organizado para a prática da Wicca,
normalmente com ritos próprios à Tradição.
Pode englobar vários Groves, Covens, Círculos e/ou praticantes solitários.
VVanatru - Religião que cultua o Panteão Vanir.
Vassoura - Vassoura comum ou especial, consagrada ao uso mágico
Vestuário - Vestimentas utilizadas ritualmente
W
Wica
Y
Yule - Sabbat comemorativo do solstício de Inverno.
Muita Luz!
INSTRUMENTOS RITUALÍSTICOS
Embora pouco usado para manipular coisas físicas, estes implementos primários são chamados de instrumentos de feitiçaria. Jamais são utilizados para ferir seres vivos, declaram os iniciados, e muito menos para matar. Os bruxos dizem que eles estão presentes em rituais inofensivos e até benéficos, cerimônias desempenhadas ara efetuar mudanças psíquicas ou espirituais. Recipientes como a taça e o caldeirão simbolizam a Deusa e servem para captar e transformar a energia. Os instrumentos longos e fálicos - o athame, a espada, o cajado e a varinha - naturalmente representam o Deus; são brandidos para dirigir e cortar enegias. Para cortar alimentos durante os rituais, os feiticeiros utilizam uma faca simples e afiada com um cabo branco que a diferencia do athame.
Tradicionalmente, os bruxos preferem encontrar ou fabricar seus próprios instrumentos, que sempre consagram antes de utilizar em trabalhos mágicos. A maioria dos iniciados reserva seus instrumentos estritamente para uso ritual; alguns dizem que os instrumentos não são essenciais, mas ajudam a aumentar a concentração.
A Vassoura
A imagem tão familiar hoje em dia de uma bruxa atravessando os céus noturnos montada em uma vassoura fez sua primeira aparição pública no século XV, no manuscrito Lê Champion des Dames (O Campeão das Damas) do escritor suíço Martin Le Franc. Porém, as conotações mágicas das vassouras são muito mais antigas do que as descritas por Martin Le Franc.
Há muito as vassouras têm sido associadas à magia feminina e a mulheres poderosas. Diga-se de passagem, transformaram-se no equivalente feminino do cajado usado por Moisés para abrir o mar vermelho.
As Sagradas Parteiras da Roma Antiga varriam as soleiras das casas das mulheres grávidas, acreditando que assim espantariam os maus espíritos, protegendo as mães e os seus bebês.
Desde essa época, as vassouras tinham seu poder simbólico para questões mundanas e grandiosas. Em algumas regiões da Inglaterra, até bem recentemente, as mulheres deixavam suas vassouras do lado de fora ao ausentar-se de casa.
No País de Gales e entre os ciganos, a tradição determinava que, para selar os casamentos, os noivos deviam pular uma vassoura colocada na entrada da nova casa (Na Wicca, a vassoura faz parte da cerimônia de casamento, chamada Pacto).
Símbolo do lar, da Deusa e do Deus, a vassoura é um dos instrumentos favoritos dos iniciados usados para a limpeza psíquica do espaço do ritual antes, durante e após os trabalhos mágicos.
Como símbolo de um passado pagão, a vassoura despertou hostilidade entre os cristãos caçadores de bruxas. Mas, contrariando a crença popular, poucas das confissões forjadas durante os julgamentos às bruxas mencionavam vassouras.
Embora os acusadores costumassem enfiar idéias nas cabeças de suas vítimas, não era comumente adotada nos Tribunais, a imagem da vassoura voadora. Porém, este conceito permanece e, é até os dias de hoje um ícone inseparável da bruxa.
O Caldeirão
O caldeirão é o instrumento da Bruxa por excelência.
Um antigo recipiente culinário, imbuído em mistério e tradição mágica. O caldeirão é o recipiente no qual ocorrem as transformações mágicas; tem um significado muito especial. É o símbolo máximo da Deusa, é seu útero, sua essência de feminilidade manifestada e sua fertilidade. Está relacionado com o elemento Água e se situa ao centro do Círculo Mágico e do Altar.
É também um símbolo da reencarnação, da imortalidade e da inspiração. As lendas Celtas acerca do caldeirão de Cerridwen tiveram grande impacto na Wicca contemporânea. O caldeirão é geralmente um ponto central dos rituais.
A Taça, O Cálice
A taça é o símbolo da Deusa, do princípio feminino e de sua energia e relaciona-se ao elemento da Água, outro símbolo da Deusa. É usada nos Rituais e Sabás como recipiente para água ou vinho consagrada, estando ao Leste do Altar e do Círculo Mágico.
A Taça pode ser feita de vários materiais como, prata, bronze, ouro, barro, pedra-sabão, alabastro, cristal. Porém é recomendado que seja de prata.
A Espada
A espada, como o athame, desempenha o corte simbólico ou psíquico, especialmente quando é utilizada para desenhar um círculo mágico, isolando o espaço dentro dele.
Além de traçar círculos, exorciza o mal e as forças negativas. Também é tradicional que no cabo tenha símbolos mágicos.
O Athame
O athame é uma adaga, obrigatoriamente de cabo preto, usada em algumas linhas de bruxaria. Ele é utilizado para lançar o círculo mágico, para traçar emblemas mágicos no ar, para direcionar a energia e para controlar e banir espíritos.
As origens da palavra athame foram perdidas na história. Alguns dizem que possa ter vindo de 'A Chave de Salomão' que se refere à faca como arthana, enquanto outros afirmam que athame vem da palavra árabe al-adhamme ("letra de sangue"), que se refere a uma faca sagrada usada na tradição mourisca.
Em qualquer um dos casos, há manuscritos datados do século XI que abordam o uso de facas rituais na Magia. O uso de uma faca sagrada em ritos pagãos é bastante antigo. Há um desenho de um vaso grego datado de aproximadamente 200 a.c. que mostra duas bruxas nuas tentando invocar os poderes da Lua para a sua magia. Uma delas está segurando uma varinha e a outra segura uma pequena espada.
Bolline - Faca de Cabo Branco
A faca de cabo branco (por vezes chamada de Bolline) é simplesmente uma faca prática, de trabalho, ao contrário da puramente ritualística faca mágica.
É utilizada para cortar galhos ou ervas sagradas, inscrever símbolos em velas ou na madeira, cera ou argila, e para cortar cordas a serem utilizadas em magia. Normalmente possui cabo branco para distingui-la da faca mágica.
O Pentagrama
O pentagrama consiste, normalmente, em uma peça plana de latão, ouro, prata, madeira, cera ou cerâmica, com alguns símbolos inscritos. O mais comum, e sem dúvida o único necessário, é o próprio pentagrama, a estrela de cinco pontas que vem sendo usado em magia há milênios.
Trata-se de um dos símbolos pagãos mais utilizados na magia cerimonial pois representa os quatro elementos (água, terra, fogo e ar) coordenados pelo espírito, sendo considerado um talismã muito eficiente.
Nesta antiga arte, era geralmente usado como um instrumento de proteção, ou uma ferramenta para evocar espíritos. Cada ponta representa um elemento da natureza: ar, água, fogo, terra e a quinta ponta representa o espírito acima de todos os elementos, porém, quando usado invertido, significa "todos os elementos acima do espírito", é tido como o simbolo do deus egipcío baphomet nos dias atuais.
Pentagrama na astronomia
Baseados na antiga astronomia ptolomaica, que tentava manter a orbita dos outros planetas ao redor da Terra, astrônomos do passado criaram órbitas excêntricas para os planetas e isso fez com que a órbita de Venus desenhasse um pentagrama no espaço. Originalmente, o pentagrama não simboliza de jeito nenhum algum tipo de malefício. Ele é um símbolo muito poderoso e têm a ver com as forças ocultas.
Livro das Sombras
O Livro das Sombras é um diário usado por praticantes de magia ritual para registrar rituais, feitiços, e seus resultados, bem como outras informações mágicas. Tanto praticantes individuais quanto covens mantêm esse tipo de Livro.
Em algumas Tradições Wiccanas (por exemplo a Gardneriana), o Livro das Sombras é um texto contendo os rituais, práticas e a sabedoria daquela Tradição. É normalmente copiado à mão pelo praticante, a partir da cópia de seu(sua) iniciador(a). O material da Tradição não pode ser mudado, apesar de que algumas adições possam ser feitas. Alguns Wiccanos mantêm ainda um Livro das Sombras pessoal, além daquele de sua Tradição.
O Bastão
O bastão é um dos instrumentos mais importantes. Tem sido utilizado há milhares de anos em ritos mágicos e religiosos. É um instrumento de invocação. A Deusa e o Deus podem ser chamados para assistirem ao ritual por meio de palavras e de um bastão erguido.
Também é por vezes utilizado para direcionar energia, para desenhar símbolos mágicos ou um círculo no solo, para indicar a direção de perigo quando perfeitamente equilibrado na palma da mão ou no braço de um Bruxo, ou mesmo para mexer um preparado em um caldeirão.
O bastão representa o elemento do Ar para alguns Wiccanos, e é sagrado para os Deuses. Há madeiras tradicionais para a confecção de um bastão, dentre elas o salgueiro, o sabugueiro, o carvalho, a macieira, o pessegueiro, a avelã e a cerejeira. Alguns Wiccanos a cortam com o comprimento da ponta de seu cotovelo até a extremidade de seu indicador, mas isto não é necessário. Qualquer peça relativamente reta de madeira pode ser utilizada.
Buril - É um ferro usado para gravar nomes sagrados, números, símbolos em punhais, espadas.
Prato de Sal - Simboliza o elemento terra e é usado para purificar.
Velas - Simboliza elemento fogo. A vela é o símbolo de seu pedido, pois quando ela vai se queimando leva o seu pedido para misturar ao elemento éter.
AS VARETAS SAXÔNICAS
MÉTODO PREMONITÓRIO WICCA
Pesquisar o futuro... Procurar descobrir o que está escondido nas sombras do amanhã... Isto é algo que sempre atraiu a humanidade em geral, "apesar de, na minha opinião, o passado sempre será mais importante, pois, conhecer nossas origens, nossas raízes, nos proporciona uma melhor compreensão sobre o nosso futuro".
Mas para isto (método premonitório), as bruxas saxônicas desenvolveram o famoso método premonitório das varetas saxônicas.
São necessárias sete varetas de madeira, três de 20 cm. e quatro de 30 cm. de cumprimento. Uma das varetas de 30 cm. será marcada com sinais mágicos e assumirá o papel de vareta Witan (vareta mestre).
De joelhos, a bruxa (bruxo) coloca a vareta Witan no chão, bem diante de si e no sentido horizontal. Então, ela faz uma oração à Deusa, enquanto segura com a mão direita as outras seis varetas sobre a Witan.
A seguir, ela fecha os olhos e segurando as varetas com as duas mãos, mistura-as, enquanto mentalmente se concentra na pergunta.
Mantendo os olhos fechados ela segura as varetas com a mão direita e apanha a ponta de uma das varetas com a mão esquerda. Ainda concentrada na pergunta, ela abre a mão direita...
Todas a varetas cairão no chão, menos a que está segura pela mão esquerda. Vamos ao que é importante e que aguça a curiosidade de todos: a interpretação:
1) Se no solo estão caídas mais varetas longas do que curtas, a resposta é afirmativa.
2) Se existem mais varetas curtas do que longas no chão (excluindo a Witan), então a resposta é negativa.
3) Se uma ou mais varetas tocam a Witan, significa que poderosas forças estão em jogo mas que, com o tempo, a resposta se manifestará.
4) Se uma ou mais varetas não estão tocando o solo (apoiam-se sobre as outras), indica que as forças estão em jogo e que uma resposta definitiva ainda não pode ser dada.
5) Se todas as varetas apontam para a Witan, significa que o consulente terá um papel importante na solução da questão.
6) Se nenhuma vareta apontar para a Witan, quer dizer que o problema se resolverá sem a interferência do consulente.
OS ELEMENTOS
Devemos descobrir a importância da influência dos elementos em nossas vidas, pois estes estão presentes em todos os rituais de bruxaria. Quando a forma de entrar em em harmonia com os elementos, aprenderemos a manejar os nossos próprios poderes de acordo com as nossas vontades, nos aproximando assim do nosso "eu interior".
TABELA RESUMIDA:
Elemento Ar Gêmeos - libra e aquário
Bruxa(o) do leste
Dom: Vidência
Poder: intelecto, razão
Sentido: Olfato
Estação: Inverno
Animal: Borboleta
Objeto: Espada
Naipe: Espadas
Cor: Amarelo
Elemental: Silfos Salgueiro, Sálvia, Verbena Ametista, Quartzo Rosa, Turmalina
Erva: Salgueiro, Sálvia,Verbena
Pedra: Ametista, Quartzo Rosa, Turmalina
Elemento Água Câncer - Escorpião e Peixes
Bruxa(o) do Oeste
Dom: Telepatia
Poder: intuição, emoção
Sentido: paladar
Estação: primavera
Animal: peixe
Objeto: cálice
Naipe: copas
Cor: azul
Elemental: Ondinas
Erva: Artemísia, Lavanda, Mil-folhas
Pedra: Água-marinha, Lápiz-lazúli, Sodalita
Elemento Fogo Áries, Leão e Sagitário
Bruxa(o) do Sul
Dom: Telecinesia
Poder: espírito, transformação
Sentido: audição
Estação: verão
Animal: serpente
Objeto: cetro
Naipe: ouros
Cor: vermelho
Elemental: Salamandras
Erva: Alecrim, Angélica, Sorveira
Pedra: Ágata, Citrino, Opala-de-fogo
Elemento Terra Touro - Virgem e Capricórnio
Bruxa(o) do Norte
Dom: Psicometria
Poder: físico, criação
Sentido: tato
Estação: outono
Animal: gato
Objeto: Pentáculo
Naipe: paus
Cor: verde
Elemental: Gnomos
Erva: Arruda, Cipreste, Patchouli
Pedra: Hematita,ônix, Pirita, Olho-de-tigre
ÁGUA
A água é o elemento da purificação, da mente subconsciente, do amor e todas as emoções. Assim como a água é fluida, constantemente mudando, fluindo, de um nível a outro, também são assim nossas emoções, constantemente se movimentando.
A água é o elemento da absorção e germinação. O subconsciente é simbolizado por este elemento, pois está sempre em movimento, como o mar que nunca descansa quer seja noite ou dia.
Direção: Oeste
Nome do Vento Oeste: Zephyrus
Energia: Receptiva, feminina
Signos: Câncer, Escorpião e Peixes
Trabalho ritual: Emoções, sentimentos, amor, coragem, ternura, tristeza, intuição, a mente inconsciente, o ventre, geração, fertilidade, plantas, cura, comunicação com o mundo espiritual, purificação, prazer, amizade, casamento, felicidade, sono, sonhos, o psíquico, o eu interior, simpatia, amor, reflexão, marés e correntes da vida, o poder de ousar e purificar as coisas, sabedoria interior, busca da visão, curar a si mesmo, visão interior, segurança, jornadas.
Lugares: Lagos, rios, fontes, poços, praias, banheiras, piscinas, chuveiros, cama ( para dormir), spas, o oceano e as marés.
Cores: Azul, verde, azul-esverdeado, cinza, índigo, roxo, preto.
Formas rituais: Diluir, colocar na água, lavar, banhar-se.
Natureza Básica: Purificante, fluente, curadora, suave, amorosa, movimento.
Fase da Vida: Maturidade
Tipos de magia: Mar, gelo, neve, neblina, espelho, ímã, chuva.
Tempo: Anoitecer
Estação: Outono – O tempo da colheita, quando a chuva lava a terra.
Ferramentas: Cálice, caldeirão, espelho, o mar.
Espíritos: Ondinas, ninfas, sereias e fadas dos lagos.
Rei: Niksa ou Necksa
Sentido: paladar
Pedras e Jóias: Água marinha, ametista, turmalina azul, pérola, coral, topázio azul, fluorita azul, lapis lazuli, sodalita.
Metais: Mercúrio, prata.
Incensos: Mirra, camomila, sândalo.
Plantas e árvores: Lótus, samambaia, musgo, arbustos, alga, couve-flor, gardênia, salgueiro.
Animais: Dragões, serpentes, golfinhos, focas, todos os peixes, mamíferos marinhos e criaturas marinhas, gato, sapo, tartaruga, lontra, ostra, cisne, caranguejo, urso.
Deusas: Afrodite, Ísis, Tiamat, Yemanja.
Deuses: Dylan, Osíris, Netuno e Poseidon.
É atraído por: Água, soluções, poções..
Instrumentos: Piano, teclados, cravo, sinos.
Símbolos: Oceanos, lagos, rios, poços, fontes, chuva, neblina, conchas, água.
AR
O Ar é o elemento do intelecto, é a realidade do pensamento que é o primeiro passo para a criação.
Magicamente falando, o ar é a clara, perfeita e pura visualização que é uma poderosa ferramenta de mudança. Ele é também o movimento, o ímpeto que manda a visualização na direção da concretização.
Ele governa os feitiços e rituais que envolvem viagem, instrução, liberdade, obtenção do conhecimento, encontrar itens perdidos, descobrir mentiras e assim por diante. Ele também pode ser usado para ajudar no desenvolvimento de faculdades psíquicas.
Feitiços envolvendo o ar geralmente incluem o ato de colocar um objeto no ar ou deixar cair um objeto do alto de uma montanha ou outro lugar alto para que o objeto realmente se conecte fisicamente com o elemento.
O ar é masculino, seco, expansivo e ativo. É o elemento que se sobressai nos locais de aprendizagem e nos quais ponderamos, pensamos e teorizamos.
O ar governa o Leste pois esta é a direção da maior luz, a da luz da sabedoria e conscientização. Sua cor é o amarelo do sol e do céu na aurora.
O ar governa a magia dos quatro ventos, de concentração e visualização e a maioria das magias adivinhatórias.
Direção: Leste
Nome do Vento Leste: Eurus
Energia: Projetiva, masculina
Signos: Gêmeos, libra e aquário
Trabalho ritual: A mente, todo o trabalho mental, intuitivo e psíquico, o conhecimento, aprendizagem abstrata, o vento e a respiração, inspiração, a audição, harmonia, pensamento e crescimento intelectual, viagem, liberdade, revelando a verdade, encontrando coisas perdidas, habilidades psíquicas, instrução, telepatia, memória, a habilidade de saber e entender, conhecer os segredos dos mortos, meditação zen, discussões, começos, iluminação.
Lugares: Topos de montanhas e colinas, céus nublados, praias onde se venta muito, torres altas, aeroportos, escolas, bibliotecas, escritórios, agências de viagem.
Cores: Branco, amarelo claro, azul claro, tons pastéis.
Formas rituais: Sacudir objetos no ar ou pendurá-los ao vento, suspender ferramentas em lugares altos, soprar objetos leves enquanto visualiza energias positivas, deixar que o vento carregue folhas, flores, ervas ou papel picado.
Natureza Básica: Movimento, flutuante, fresca, inteligente. O Som é uma manifestação deste elemento.
Fase da Vida: Infância
Tipos de magia: Adivinhação, concentração, visualização, profecia, magia do vento, karma, velocidade.
Tempo: Nascer do sol
Estação: Primavera – O tempo do frescor
Ferramentas: Incensário, Athame, espada, visualização criativa.
Espíritos: Silfos, Zéfiros e fadas que habitam o mundo das árvores, flores, ventos, brisas e montanhas.
Rei: Paralda
Sentido: Olfato e audição.
Pedras e Jóias: Topázio, pedras claras e transparentes, cristais, ametista, alezandrita, pedras azuis e amarelas.
Metais: Cobre.
Incensos: Olíbano, mirra, alecrim, violeta.
Plantas e árvores: Olíbano, mirra, prímula, tamareira, verbena, violeta, alfazema.
Animais: Pássaros, especialmente águias e falcões, insetos, aranhas.
Deusas: Aradia, Arianrhod, Cardea, Nuit, Urania.
Deuses: Enlil, Kheohera, Mercúrio, Thoth .
É atraído por: Instrumentos musicais, incensos.
Instrumentos: Flautas, todos os instrumentos de sopro.
Símbolos: Céu, vento, brisa, nuvens, respiração, vibração, plantas, ervas, flores, árvores.
FOGO
O Fogo é o elemento da mudança, vontade e paixão. Em um certo sentido ele contém dentro dele todas as formas de magia, pois a magia é o processo de mudança.
A Magia do fogo pode ser assustadora, os resultados se manifestam de forma rápida e espetacular. O fogo não é um elemento para os fracos. Entretanto, é o mais primal e por isso o mais usado.
Este é o reino da sexualidade e da paixão. Ele não representa apenas o fogo sagrado do sexo, mas também a faísca de divindade que brilha dentro de nós e de todas as coisas vivas. Ele é, ao mesmo tempo, o mais físico e o mais espiritual dos elementos.
Direção: Sul
Nome do Vento Sul: Notus
Energia: Projetiva, masculina
Signos: Áries, Leão e Sagitário
Trabalho ritual: Energia, espírito, calor, chama, sangue, vigor, vida, vontade, cura, destruição, purificação, fogueiras, lareiras, velas, sol, erupções, explosões, liberdade, mudança, visão, percepção, visão interior, iluminação, aprendizagem, amor, paixão, sexualidade, autoridade, a vontade de ousar, criatividade, lealdade, força, transformação, proteção, coragem, eu superior, sucesso, refinamento, as artes, evolução, fé, exercícios físicos, consciência corporal, vitalidade, autoconhecimento, poder.
Lugares: Desertos, fontes termais, vulcões, fornos, lareiras, quarto de dormir ( devido ao sexo), saunas, campos de atletismo, academias de ginástica.
Cores: Vermelho, amarelo, cores do fogo, laranja, dourado.
Formas rituais: Queimar, passar na fumaça ou derreter um objeto, erva ou imagem, velas e pequenas fogueiras.
Natureza Básica: Purificante, destruidora, limpadora, energética, sexual, forte.
Fase da Vida: Juventude
Tipos de magia: Vela, tempestade, tempo e estrela.
Tempo: Meio-dia.
Estação: Verão
Ferramentas: Bastão, lamparina ou velas, ervas ou papéis queimados.
Espíritos: Salamandras, dragões do fogo, a consciência das chamas.
Rei: Djin
Sentido: Visão
Pedras e Jóias: Opala de fogo, jasper, pedras vulcânicas, cristais de quartzo, rubi, carnélia, rodocrosita, ágata.
Metais: Ouro, latão.
Incensos: Olíbano, Canela, Junípero.
Plantas e árvores: Alho, hibisco, mostarda, urtiga, cebola, pimenta vermelha, canela, plantas espinhentas, buganvílea, cactos, grãos de café, amendoeira em flor.
Animais: Dragões, leões, cavalos, cobras, grilos, louva-deus, besouros, abelhas, centopéias, escorpiões, tubarões, fênix, coiotes, raposas.
Deusas: Brigid, Vesta, Pele, Héstia.
Deuses: Agni, Horus, Hefesto, Vulcano, Prometeu.
É atraído por: Velas, incensos, lamparinas, fogo.
Instrumentos: Guitarras, todos os instrumentos de corda.
Símbolos: Relâmpago, Vulcões, arco-íris, sol, estrelas, larva.
TERRA
Este é o elemento ao qual somos mais próximos, já que é nossa casa. A terra não representa necessariamente a Terra física, mas aquela parte da terra que é estável, sólida, da qual dependemos.
A Terra é o reino da abundância, prosperidade e riqueza. Ela é o mais físico dos elementos, pois sobre ela todos os três se apóiam. Sem a terra a vida como a conhecemos não existiria.
Direção: Norte – O lugar das maiores trevas
Nome do Vento Norte: Boreas, Ophion
Energia: Receptiva, feminina
Signos: Touro, Virgem e Capricórnio
Trabalho ritual: O corpo, crescimento, sustentação, ganho material, dinheiro, nascimento, morte, silêncio, rochas, pedras, cristais, jóias, metal, ossos, estruturas, noite, riqueza, tesouros, rendição, força de vontade, toque, empatia, crescimento, mistério, conservação, incorporação, negócios, prosperidade, emprego, estabilidade, sucesso, fertilidade, cura, forças da natureza combinadas, abundância material, runas, sabedoria prática, força física, ensino.
Lugares: Cavernas, vales, canyons, florestas, abismos, campos cultivados, fazendas, jardins, parques, cozinhas, creches, porões, minas, buracos, tocas, montanhas.
Cores: Negro, marrom,verde.
Formas rituais: Enterrar, plantar, fazer imagens de argila ou areia, andar na natureza enquanto visualiza o que se deseja.
Natureza Básica: Fértil, úmida, estável. A gravidade é a manifestação desse elemento.
Fase da Vida: Velhice.
Tipos de magia: Cultivo, ímãs, imagens, estátuas, pedra, árvore, nó, amarração.
Tempo: Meia-noite.
Estação: Inverno
Ferramentas: Pentáculo, pentagrama, imagens, pedras, sal, gemas, árvores, cordas.
Espíritos: Gnomos, anões, trolls, os que habitam o interior da terra, a consciência das gemas.
Rei: Ghob, Gob ou Ghom.
Sentido: Tato
Pedras e Jóias: Cristal de rocha, verdes como a esmeralda e o peridoto, ônix, jaspe, azurita, ametista, turmalina, quartzo rutilado..
Metais: Ferro, chumbo.
Incensos: Estoraque, benjoim.
Plantas e árvores: Confrei, hera, grãos, arroz, trigo, patchouly, vetivert, líques, musgo, nozes, plantas secas ou grandes e frondosas, carvalho, raízes.
Animais: Vaca, touro, búfalo, veado, cervo, antílope, cavalo, formiga, esquilo, texugo, urso, lobo.
Deusas: Ceres, Deméter, Gaia, Nephtys, Perséfone, Rhea, Rhiannon, Prithivi
Deuses: Adonis, Athos, Arawn, Cernunnos, Dionísio, Marduk, Pan, Tammuz..
É atraído por: Sais, pós e pedras.
Instrumentos: Baterias, todos os instrumentos de percussão.
Símbolos: Rochas, gemas, montanhas, campos planos, solos, cavernas e minas.
FASES DA LUA
"A Lua é o Sol da noite"
A Lua sempre esteve ligada aos nossos sentimentos, a essa parte onírica que nos invade, sem que, sobre ela, tenhamos qualquer controle. As fases da Lua afetam toda vida existente no planeta, desde as marés dos oceanos até o crescimento das plantas.
A Lua Nova indica começo de um novo ciclo, o nascimento da Deusa, representado por Morgana a rainha das bruxas, é o tempo de fervilhar de novas idéias; tudo fica com o contorno de perpétuo começo, e podemos sentir que as idéias surgidas nesse período crescem à medida que a Lua vai crescendo no céu. É o mágico começo da jornada rumo ao nosso centro e uma intensa vontade de criar novos projetos. É sempre bom, nesse período, anotar num caderno o turbilhão de sentimentos que nos chegam com intensidade.
A Lua Crescente representa a face virgem da Deusa, representa Rhiannon, a Donzela. Ótima fase para levar a frente os projetos feitos na lua nova, é uma fase de crescimento, de correr atrás do que acredita e quer. É uma fase excelente para o crescimento em todos os sentidos.
A Lua Cheia representa a face Mãe da Deusa, representa Brigit, A Grande Mãe, é uma fase de energia muito forte, excelente para trabalhar intuição, para realização de feitiços, rituais de qualquer espécie. O poder da Deusa está totalizado nessa fase, é aquela que aceita ou rejeita os projetos iniciados na Lua Nova.
Seu papel é da escolha, pois nela se concentram todas as energias que possibilitam avaliar nossos desejos. Nesse período, sempre sonhamos com símbolos da fertilidade, é produtivo anotar os sonhos e meditar profundamente sobre eles. É um ótimo período para procurar aquele emprego tão desejado, para tentar vender seu trabalho, enfim é o tempo de selar nossas realizações.
A Lua Minguante representa a face Anciã da Deusa, representa Cerridwen, indica o ciclo completado, representa a sabedoria, é o tempo da desintegração de algumas idéias antigas; o movimento aqui é de introspecção e recolhimento. É também o período pré-menstrual em várias mulheres.
Nesse período estamos mais pacientes e nossos atos não são mais tão impulsivos. Não é uma fase para se fazer feitiços relacionados a começos, ou eles minguarão junto com a lua, é um período para se preparar para começar tudo de novo, porém com mais sabedoria.. É tempo de reflexão...
O QUE É E COMO SER WICCA - BRUXA OU BRUXO
As Bruxas acreditam e aceitam a Lei Tríplice, que determina que um ato sempre tem a resposta em efeito bumerangue.
O que se faz retorna 3 vezes para o emissor, portanto tratam de gerar bons pensamentos e fazer todas as coisas sempre para o bem de todos os envolvidos.
EM QUE ACREDITAM AS BRUXAS? O QUE É SER WICCA?
· Respeito na mesma proporção não só a seres humanos, mas para a Terra, animais e plantas.
· Realização dos Ritos no interior de um Círculo Mágico, pois os Círculo é um espaço sagrado.
· Convicção na reencarnação.
· Observação da mudança das Estações do ano, com 8 Sabás Solares e entre 12 e 13 Esbás Lunares(21 ritos anuais).
· Crença nos aspectos femininos e masculinos do Divino.
· Repúdio ao proselitismo, pois pessoas só se tornam Bruxas por escolhas própria.
· Igualdade à mulheres e homens, pois ambos são complementares, apesar de sempre a mulher ser enfocada.
· Importância aos "3 Rs" :
REDUZIR, REUTILIZAR , RECICLAR.
· O sentido de servidão à Terra.
· Respeito por todas as Religiões e liberdade religiosa.
· O Repúdio por qualquer forma de preconceito.
· Conscienciosidade em relação à cidadania.
RESPOSTAS PARA AS DIVERSAS DETURPAÇÕES ATRIBUÍDAS A BRUXARIA.
Bruxas não acreditam nem honram a Deidade conhecida como Satã, pois o demônio é uma crença da Igreja Católica e de outras correntes do Cristianismo.
Bruxas não sacrificam animais ou humanos.
Bruxas não renunciam formalmente o Deus Cristão, apenas acreditam em outros aspectos divinos.
Bruxas ou bruxos não odeiam os cristãos, a bíblia ou Jesus, nem são anti-cristãos, apenas não são cristãos.
Nos Sabás e Esbás não são utilizadas nenhuma droga ou são feitas orgias sexuais.
Bruxas não praticam necessariamente Magia Negra.
Bruxas não forçam ninguém à fazer algo que agrida seus princípios e crenças.
Bruxas não profanam Igrejas Cristãs, hóstias ou bíblias.
Como tornar-se um praticante da Religião Wicca?
Desde que os seres humanos estão neste planeta o espírito tem escolhido seres com um dom especial para trabalhar com a magia. Em verdade todos podemos estudar ciências mágicas ou místicas, mas só poderemos praticá-las depois de muito conhecimento, dedicação e treinamento. Costuma-se dizer que o aluno encontrará seu mestre quando seja a hora e momento, e eu sempre digo que não são alunos, mas filhos adotados com a alma.
A INICIAÇÃO
Para ser um iniciado em Wicca é necessário que se estude a filosofia pelo prazo mínimo de um ano e um dia. O ano segue o Calendário Lunar de 13 meses de 28 dias, mais um dia, no total 365 dias. Daí vem a expressão "Um Ano e um Dia", pois, quando é iniciada, a pessoa estuda durante esse período para, depois, confirmar seus votos. O Calendário de 13 Luas também era usado pelos Maias, e é o que se afina melhor com os Ciclos da Terra. Para um praticante de Bruxaria é muito importante se afinar com as fases da Lua.
Quando o adepto se achar pronto para ser um(a) bruxo(a) - aceitando todos os princípios da bruxaria - pode buscar dois métodos de começar nesta filosofia pagã: através de autoiniciação ou ser iniciado por um bruxo(a) experiente e capaz.
RITUAIS E CELEBRAÇÕES
A cena está se tornando cada vez mais comum: um grupo se reúne, geralmente em noites de luar, em meio a uma floresta ou em uma colina isolada. Às vezes trajando túnicas e máscaras, outras inteiramente nus, os participantes iniciam uma cerimônia com cantos e danças, um ritual que certamente pareceria esquisito e misterioso para um observador casual, embora seja um comportamento indiscutivelmente religioso. Assim os bruxos praticam sua fé.
Como os adeptos de religiões mais convencionais, os iniciados em feitiçaria, ou Wicca, usam rituais para vincular-se espiritualmente entre si e a suas divindades. Os ritos da Wicca diferem de uma seita para outra. Vários rituais da Comunidade do Espirito da Terra, uma vasta rede de feiticeiros e pagãos da região de Boston, nos Estados Unidos, estão representados nas próximas páginas. Algumas cerimônias são periódicas, marcando as fases da lua ou a mudança de estações. Outras, tais como a iniciação, casamentos ou pactos, só ocorrem quando há necessidade.
E há também aquelas cerimônias que, como a consagração do vinho com um athame, a faca ritualística, fazem parte de todos os encontros. Seja qual for seu propósito, a maioria dos rituais Wicca - especialmente quando celebrados nos locais eleitos eternamente pelos bruxos - evoca um estado de espírito onírico que atravessa os tempos, remontando a uma era mais romãntica.
ELEVAR O CONE DO PODER
"A magia", diz o sumo sacerdote Arthen, "está se unindo às forças psíquicas para promover mudanças." Parte do treinamento de um feiticeiro, ele observa, é aprender a usar a energia psíquica e uma técnica primária com esse objetivo, um ritual praticado em quase todos os encontros é o de elevação do cone do poder. Como a maioria das atividades, isso acontece no centro de um circulo mágico. "Especialmente no caso deste ritual", diz Arthen, "o circulo mágico é visualizado não apenas como um circulo, mas como um domo, uma bolha de energia psiquica - uma maneira de conter o poder antes de começar a usá-Ia."
Ao tentar gerar energia para formar o cone do poder, os bruxos recorrem à dança, à meditação e aos cànticos. Para "moldar" o poder que afirmam produzir, reúnem-se em torno do circulo mágico, estiram os braços em direção à terra e gradualmente os levantam em direção a um ponto focal acima do centro do circulo. Quando o lider da assembléia sente que a energia atingiu seu ápice, ordena aos membros: "Enviem-na agora!" Então, todos visualizam aquela energia assumindo a forma de um cone que deixa o círculo e viaja até um destino previamente determinado.
O alvo do cone pode ser alguém doente ou outro membro do grupo que necessite de assistência em seu trabalho mágico. Mas seu destino também pode estar menos delimitado. Como a prática da feitiçaria está profundamente vinculada à natureza, o cone do poder pode ser enviado, diz Arthen, "para ajudar a superar as crises ambientais que atravessamos".
CAPTURAR A ENERGIA DA LUA
Os praticantes da Wicca identificam a lua, eternamente mutante - crescente, cheia e minguante - , com sua grande deusa em suas diversas facetas: donzela, mãe e velha. E por isso que a cerimônia destinada a canalizar para a terra os poderes mágicos da lua está na essência do culto à deusa, sendo um rito chave na liturgia da Wicca.
Quando se encontram para um dos doze ou treze esbás do ano, que são as celebraçôes da lua cheia, os membros da Fraternidade de Athanor reúnem-se em um circulo mágico para direcionar suas energias psíquicas através de seu sumo sacerdote e para sua suma sacerdotisa. Acreditam que a concentração de energia ajudará a sacerdotisa a "atrair a lua para dentro de si" e transformar-se em uma corporificação da deusa. "Geralmente, a época da lua cheia é sempre repleta de muita tensão psiquica", explica Arthen, o sumo sacerdote.
Esse ritual tenta utilizar essa tensão. "Ele ajuda a sacerdotisa a entrar em um transe profundo, no qual terá visões ou dirá palavras que geralmente são relevantes para as pessoas da assembléia". As taças nas mãos da sacerdotisa contêm água, o elemento que simboliza a lua e é governado por ela. Os membros dizem que essa água se torna "psiquicamente energizada" com o poder que a trespassa. Cada feiticeiro deve beber um pouco dela ao término do ritual, na cerimônia que o sumo sacerdote Arthen chama de sacramento.
Muitos grupos realizam essa cerimônia de atrair a lua em outras fases, além da lua cheia. Tentam conectar o poder da lua crescente para promover o crescimento pessoal e começo de novas empreitadas e conectam com a minguante, ou lua negra, para selar os finais de coisas que devem ter um fim. A maioria dos grupos considera a cerimõnia como uma maneira de honrar a Grande Deusa, mas muitos abdicam dos rituais, resumindo-se simplesmente a deter-se por um momento quando a lua está cheia, para meditar sobre a divindade Wicca.
CELEBRAÇÃO DAS PASSAGENS DA VIDA
Como outros grupos religiosos, as comunidades Wicca celebram os momentos mais significativos na vida individual e familiar, inclusive nascimento, morte, casamento - que chamam de "unir as mãos" - e a escolha do nome das crianças, O Espirito da Terra é reconhecido como igreja pelo estado de Massachusetts, diz Arthen, e portanto seu ritual de "unir as mãos" pode configurar um matrimônio legal.
Muitas vezes o ritual não é usado para estabelecer um casamento legal, mas sim um vinculo reconhecido apenas pelos praticantes da Wicca, Se um casal que se uniu dessa forma decidir se separar, seu vinculo será desfeito através de outra cerimônia Wicca, conhecida como "desunião das mãos".
Fundamental para essa cerimônia é a bênção dada à união do casal e o ritual de atar suas mãos - o passo que corresponde ao nome do ritual e que há muito tempo produziu a famosa metáfora que se tornou sinônimo de casamento, "amarrar-se", a fita colorida que une o par é feita por eles, com três fios de fibra ou couro representando a noiva, o noivo e seu relacionamento.
Durante as semanas ou até meses que antecedem o casamento, o casal deve sentar-se regularmente talvez a cada lua nova - para trançar um pedaço dessa corda e conversar sobre o enlace de suas vidas através de amor, trabalho, amizade, sexo e filhos. Os filhos de feiticeiros são apresentados ao grupo durante um ritual de escolha de nome chamado "a bênção da criança", ou batismo.
Essa cerimônia inclui com freqüência o plantio de uma árvore, que pode ser fertilizada com a placenta ou com o cordão umbilical. Em uma cerimônia semelhante conhecida como batismo mágico, que geralmente ocorre antes dainiciação, o aprendiz de feiticeiro declara os nomes pelos quais deseja ser conhecido dentro de seu grupo de magia.
O ALFABETO DA BRUXA
O alfabeto Theban é um sistema de ESCRITA com origens desconhecidas. Foi publicado pela primeira vez em Polygraphia de Johannes Trithemius (Johann Heidenberg 1462-1516) em 1518, e foi atribuído a Honorius de Thebas. Já seu discípulo Heinrich Cornelius Agrippa (1486-1535) no livro “The Occulta Philosophia -1531” (A Filosofia Oculta) atribuiu o Alfabeto Theban a d’Abano de Pietro (1250-1316).
O Alfabeto Theban também é conhecido como alfabeto de Honorian ou RUNAS de Honorian, entretanto não há nenhuma evidência de que o alfabeto Theban tenha sido utilizado como runa. Devido ao amplo uso dos praticantes de BRUXARIA e Wiccanos, o alfabeto passou a também ser chamado de “Alfabeto das Bruxas”, e, é normalmente utilizado para substituir as letras latinas ao ESCREVER nos Livros das Sombras, servindo, dessa forma, como uma ESCRITA mágicka de difícil compreensão para leigos, o que cria um belo AR de mistério.
O alfabeto Theban não possui semelhança gráfica com praticamente nenhum outro alfabeto, e não foi encontrado em nenhum local ou publicação antes da de Trithemius. Em comparação ao Latim Arcaico, o Theban, possui uma relação “letra à letra”, perdendo algumas dessas correspondências somente com o Latim moderno, onde as letras J, U e W não possuem representação e são escritos com os mesmos caracteres para I, V e VV consecutivamente.
Ao que tudo indica o Theban não possui nenhuma pontuação além de um caractere que representa o fim de um texto, quase que equivalente a um ponto final. Nenhuma outra pontuação aparece nos textos de Trithemius ou nos de Agrippa e os posteriores a esses. Logo, ao ESCREVER com o alfabeto Theban podemos utilizar nossa pontuação latina ou inventar caracteres equivalentes. As correspondências com o Latim Arcaico e a falta de pontuações sugerem que tal alfabeto foi inspirado no Latim e no Hebraico.
CURIOSIDADES
Johannes Trithemius - Era um abade responsável pela biblioteca de seu convento e um grande estudioso de sua época. Ele foi expulso da abadia em razão de seu grande interesse pelo ocultismo e pela ciência, Johannes foi o mestre de Cornelius Agrippa e Paracelso (1493-1541).
Honorius de Thebas - é um personagem místico da idade média, dizem que ele teria escrito o livro ocultista “The Sworn Book of Honorius” (O Tratado de Honório), mesmo que o primeiro manuscrito desse livro só tenha sido escrito no ano de 1629 d.C. Um mistério ainda ronda a verdadeira identidade desse ocultista, que muitas vezes foi ligado aos papas Honório I e Honório III.
d Abano de Pietro – Conhecido também como Petrus de Apono ou Aponensis, era um médico, um filósofo, e um astrólogo italiano. Era um médico muito famoso e também um MAGO , tendo escrito um grimório chamado “Heptameron” (Não deve ser confundido com o Heptameron de Marguerite de Navarro). Foi por duas vezes perseguido pela inquisição sendo acusado de possuir pacto com o demônio devido ao seu avançado uso da medicina com técnicas de energia e utilização de especiarias árabes. Conseguiu sair da primeira tortura, mas não resistiu a segunda, morrendo e tendo seu corpo raptado por um amigo para que não fosse queimado em praça pública, já que após sua excomunhão os inquisidores ainda iriam queimar seu corpo como um alerta à população.
TRAÇANDO O CÍRCULO MÁGICO
Antes da perseguição aos Pagãos ocorrida na Inquisição, todos os rituais sagrados da Bruxaria eram realizados na Natureza, a morada sagrada dos Deuses, geralmente no interior de Círculos de pedras, semelhantes a Stonehenge, erigidas ao longo de linhas de poder existentes sobre a Porém, quando começou a perseguição à Bruxaria, esses locais foram destruídos pela religião Terra, lugares estes de grande magnetismo e força.
conquistadora, e nossos ancestrais foram obrigados a praticar seus rituais em suas casas, longe de olhos estranhos. Foi a partir daí que o Círculo Mágico passou a ser utilizado nos rituais da Bruxaria.
Traçar um Círculo Mágico precede qualquer ritual Wiccano. É uma forma simples de sacralizar* a área que será utilizada de forma que esta se torne condigna aos Deuses e energias invocados no decorrer de um ritual. Ele é traçado no início de cada cerimônia e destraçado no final dela.
Traçar um Círculo Mágico significa estabelecer uma ponte entre o mundo físico e o mundo dos Deuses, entre o visível e o invisível. No interior de um Círculo Mágico devidamente sacralizado, estamos além do tempo e do espaço. Ele é uma esfera de energia capaz de estabelecer uma conexão entre o nosso mundo e outros planos.
O Círculo Mágico marca o início de um ritual. Geralmente ele é traçado quando percorremos a área ritual por três vezes consecutivas, com nosso Athame ou Bastão. Em seguida os elementos da Natureza são convidados a partilhar do ritual, bem como a Deusa e o Deus.
O Círculo é tido como o melhor meio de preservar e conter a energia criada durante um ritual, por isso é imprescindível em qualquer prática ritualística.
Fonte: 'Wicca - A Religião da Deusa', de Claudiney Prieto
* Em geral os wiccanos consideram que a Terra já é sagrada, pois a Deusa está presente em tudo, não havendo portanto essa nessecidade de "sacralizar" o lugar onde for realizar o ritual. Sob esse ponto de vista, o Círculo Mágico é usado para concentrar a energia durante o ritual, e para impedir possíveis interferências de outras energias no andamento do mesmo.
CRIANDO O SEU CÍRCULO MÁGICO
ABRINDO O CÍRCULO MÁGICO
Existem várias maneiras de se traçar um Círculo, você pode usar uma das mais simples:
1. Pegue a VARINHA Mágica ou o ATHAME e vá até o Norte.
2. Visualize um raio, tipo um laser, saindo da ponta do seu objeto escolhido.
3. Dê uma volta, devagar, no sentido horário, até chegar novamente ao Norte.
4. Então diga:
- "Pelo poder da Deusa e do Deus, eu traço este Círculo Sagrado.
Deste espaço nenhum mal sairá, e nele nenhum mal poderá entrar"!
Depois de traçar o Círculo, você deve invocar os Guardiões dos quatro Quadrantes,
acendendo uma VELA ...
Vermelha
Quadrante: Leste;
Representa: Nascer do Sol;
Elemento: AR;
Branca
Quadrante: Sul;
Representa: O Sol do meio-dia;
Elemento: FOGO;
Azul
Quadrante: Oeste;
Representa: O Crepúsculo;
Elemento: ÁGUA;
Preta
Quadrante: Norte;
Representa: A meia-noite;
Elemento: TERRA;
Agora se deve invocar a Deusa e o Deus, vá até o centro do Círculo e faça as invocações.
Elas podem ser as seguintes:
- "Deusa graciosa, você é a Rainha dos Deuses; A Lâmpada da noite; A criadora de tudo que é selvagem e livre; Mãe das mulheres e dos homens; Amante do Deus e protetora de toda a Wicca; Descenda, eu suplico; Com seu raio de força lunar; Aqui, sobre o meu Círculo".
- "Deus brilhante, você é o Rei dos Deuses; Senhor do Sol; Mestre de tudo que é selvagem e livre; Pai das mulheres e dos homens; Amante da Deusa e protetor de toda a Wicca;
Descenda, eu suplico; Com seu raio de força solar".
*******
Começa então o RITUAL de abertura do Círculo, e cada participante agradece a Deusa por estarem presente e falam:
LESTE: Salve os Guardiões das Torres do Leste. Venham juntar-se a nós neste Círculo, Poderes do AR , vinde! Vigiem este espaço sagrado. Nós o saudamos!
Todos ficam em forma de um Pentagrama.
SUL: Salve os Guardiões das Torres do Sul. Venham juntar-se a nós neste Círculo, Poderes do FOGO , vinde! Vigiem este espaço sagrado. Nós o saudamos!
Todos ficam em forma de um Pentagrama.
NORTE: Salve os Guardiões das Torres do Norte. Venham juntar-se a nós neste Círculo, Poderes do TERRA , vinde! Vigiem este espaço sagrado. Nós o saudamos!
Todos ficam em forma de um Pentagrama.
OESTE: Salve os Guardiões das Torres do Oeste. Venham juntar-se a nós neste Círculo, Poderes do Água, vinde! Vigiem este espaço sagrado. Nós o saudamos!
Todos ficam em forma de um Pentagrama.
A Alta Sacerdotisa, ou Sacerdote, desenha o Pentagrama de Invocação
e o RITUAL começa.
FECHANDO O CÍRCULO
A Alta Sacerdotisa e o Sacerdote agradecem à Deusa e ao Deus por terem estado presentes,
e aos Elementos.
Cada pessoa volta ao seu lugar e diz:
LESTE: Salve os Guardiões das Torres do Leste.
Poderes do AR , nós agradecemos sua presença aqui, como guardiães no nosso Círculo.
Vão em paz, oh! grandes Guardiões do Leste,
com nossas bênçãos e nosso agradecimento.
Obrigado e voltem sempre!
Todos ficam em forma de Pentagrama.
SUL: Salve os Guardiões das Torres do Sul.
Poderes do FOGO , nós agradecemos sua presença aqui, como guardiães no nosso Círculo.
Vão em paz, oh! grandes Guardiões do Sul, com nossas bênçãos e nosso agradecimento.
Obrigado e voltem sempre!
Todos ficam em forma de Pentagrama.
NORTE: Salve os Guardiões das Torres do Norte.
Poderes da TERRA , nós agradecemos sua presença aqui, como guardiães no nosso Círculo.
Vão em paz, oh! grandes Guardiões do Norte, com nossas bênçãos e nosso agradecimento. Obrigado e voltem sempre!
Todos ficam em forma de Pentagrama.
OESTE: Salve os Guardiões das Torres do Oeste.
Poderes do Água, nós agradecemos sua presença aqui, como guardiães no nosso Círculo.
Vão em paz, oh! grandes Guardiões do Oeste, com nossas bênçãos e nosso agradecimento. Obrigado e voltem sempre!
Todos ficam em forma de Pentagrama.
A Alta Sacerdotisa, desenha o Pentagrama de expulsão e mais uma vez agradece,
e só então se fecha o Círculo com o ATHAME de novo, dizendo três vezes:
"O CÍRCULO SE DESFAZ, MAS ELE NUNCA SE ROMPE"
Ainda em forma de Pentagrama, faça uma meditação e visualize, o Círculo em tons de azul, subindo em direção aos DEUSES .
Que assim seja para o bem de todos!
CALENDÁRIO LUNAR 2009
O movimento da LUA influencia o nosso cotidiano. Cada fase (nova, crescente, cheia ou minguante) pode indicar se o momento é propício para expor uma idéia no trabalho,
curtir um encontro romântico ou mesmo lidar com questões ligadas à saúde e à beleza.
Veja, aqui, como o poder da LUA interfere nas várias esferas de sua vida.
O que é Tempo Universal (T.U.)?
A tabela exibe o horário em Tempo Universal, utilizado mundialmente por astrônomos.
Para converter para horário de Brasília, use as seguintes fórmulas:
Hora de Brasília = T.U. menos 3 horas (maior parte do tempo)
ou
Hora de Brasília = T.U. menos 2 horas (durante o horário de verão)
Veja, na tabela, em que lua está
Lua Nova 26/01 - 07:55h
25/02 - 01:35h
26/03 - 16:07h
25/04 - 03:23h
24/05 - 12:11h
22/06 - 19:35h
22/07 - 02:34h
20/08 - 10:01h
18/09 - 18:43h
18/10 - 05:32h
16/11 - 19:13h
16/12 - 12:02h
Lua Cheia 11/01 - 03:27h
09/02 - 14:48h
11/03 - 02:37h
09/04 - 14:55h
09/05 - 04:01h
07/06 - 18:11h
07/07 - 09:21h
06/08 - 00:55h
04/09 - 16:03h
04/10 - 06:10h
02/11 - 19:14h
02/12 - 07:31h
31/12 - 19:13h
Lua Crescente 04/01 - 11:55h
02/02 - 23:12h
04/03 - 07:44h
02/04 - 14:33h
01/05 - 20:44h
31/05 - 03:22h
29/06 - 11:28h
28/07 - 21:59h
27/08 - 11:41h
26/09 - 04:48h
26/10 - 00:41h
24/11 - 21:38h
24/12 - 17:35h
Lua Minguante 18/01 - 02:46h
16/02 - 21:38h
18/03 - 17:49h
17/04 - 13:37h
17/05 - 07:27h
15/06 - 22:15h1
5/07 - 09:53h
13/08 - 18:55h
12/09 - 02:15h
11/10 - 08:56h
09/11 - 15:56h
09/12 - 00:14h
RITOS DE PASSAGEM (1)
Os Ritos de Passagem são momentos especiais onde mudanças significativas ocorrem e são celebradas através de RITUAIS mágicko-religiosos.
O primeiro deles é a apresentação da criança recém nascida aos seus familiares, depois a escolha do nome, os aniversários, a passagem de criança para Jovem; incluindo a possibilidade de ter filhos e conseqüentemente formar uma família, o momento da iniciação; onde o jovem que decidiu ser Wiccaniano faz seus votos de sacerdócio ao grupo e aos DEUSES , o casamento, a passagem para a 3º idade -fase anciã-, e obviamente o momento da morte.
Durante os séculos diferentes religiosidades criaram seus ritos para celebrar os momentos mais marcantes na vida de cada pessoa. Todo aquele que deseja seguir a religião WICCA é obrigatoriamente instruído para ser um sacerdote, e como tal deve compreender, vivenciar e estar apto para celebrar os Ritos de passagem.
Abaixo disponibilizamos informações, exemplos e considerações para a celebração de cada rito:
1.: Croning: A Maturidade Feminina
2.: Handfasting: O Casamento Wiccano
3.: Iniciação
4.: Réquiem: O Ritual de Morte Wiccano
5.: Rito de Menarca
6.: Rito de Transição
7.: Rito de Unção
8.: Saging: A Maturidade Masculina
9.: Wiccaning: O Ritual de Batismo
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"HANDFASTING" - CASAMENTO WICCANO
A cerimônia de casamento apresentada a seguir é um rito de comprometimento de ligação espiritual, não legal.
Antes da cerimônia é importante que toda a área onde será realizado o compromisso seja consagrada com sal, água, e qualquer INCENSO purificador, como o de cedro, líbano, sálvia ou sândalo.
Monte o altar e coloque nele tudo que será necessário para a cerimônia:
- Duas VELAS brancas;
- Um incensório;
- Um prato com sal e terra;
- Um SINO de latão;
- Uma vareta;
- Um punhal ou espada cerimonial;
- Um CÁLICE com água;
- Uma xícara com ÓLEO de ROSA para consagração;
- Um CRISTAL de quartzo
- As alianças de casamento;
- Duas cordas brancas;
- Uma VASSOURA de palha;
- Vinho;
- Bolo de Compromisso.
Supondo que você é uma Alta Sacerdotisa (ou Sacerdote), trace um círculo na sentido horário usando um punhal ou uma espada cerimonial, e após cada convidado ter sido abençoado com saudações e incenso, faça soar o SINO do altar para dar início à cerimônia.
O noivo e a noiva devem entrar de mãos dadas no círculo que você confeccionou.
Abençoe-os novamente com INCENSO e saudações e coloque-os de frente para você e o altar (norte), enquanto os convidados para o casamento estarão reunidos em torno do perímetro do círculo, dando-se as mãos para formar uma corrente humana.
De frente para o noivo e para a noiva, levante as suas mãos para o céu e diga:
"NESTE SAGRADO CÍRCULO DE LUZ REUNIMO-NOS EM PERFEITO AMOR E PERFEITA VERDADE.
OH DEUSA DO AMOR DIVINO, EU TE PEÇO QUE ABENÇOES ESTE CASAL, O SEU AMOR E SEU CASAMENTO PELO TEMPO EM QUE VIVEREM JUNTOS NO AMOR.
POSSA CADA UM DESFRUTAR DE UMA VIDA SAUDÁVEL, CHEIA DE ALEGRIA, AMOR, ESTABILIDADE E FERTILIDADE."
Segure o prato com sal ou TERRA diante deles para que os dois coloquem a mão direita sobre o mesmo, enquanto você diz:
"ABENÇOADOS SEJAM PELO ANTIGO E MÍSTICO ELEMENTO TERRA.
QUE A DEUSA DO AMOR EM TODA SUA GLÓRIA ABENÇOE-OS COM AMOR, TERNURA, FELICIDADE E COMPAIXÃO PELO TEMPO QUE VIVEREM AMBOS."
Coloque novamente o prato sobre o altar.
O casal deverá se voltar para o leste.
Soe o SINO do altar três vezes e então envolva-os com o INCENSO e diga:
"ABENÇOADOS SEJAM PELA FUMAÇA E PELO SINO SÍMBOLOS DO ANTIGO E MÍSTICO ELEMENTO AR ."
Coloque novamente o INCENSO no altar.
O casal deverá agora se voltar para o sul.
Dê a cada um uma VELA branca, a qual deverão segurar com a mão direita.
Acenda as velas, pegue a vareta do altar e segure-a acima dos dois enquanto diz:
"ABENÇOADOS SEJAM PELA VARETA E PELA CHAMA, SÍMBOLOS DO ANTIGO E MÍSTICO ELEMENTO FOGO .
QUE A DEUSA DO AMOR EM TODA SUA GLÓRIA ABENÇOE-OS COM HARMONIA, VITALIDADE , CRIATIVIDADE E PAIXÃO PELO TEMPO QUE VIVEREM AMBOS."
Coloque novamente as VELAS e a vareta no altar.
O casal deverá se voltar para o oeste.
Tome o CÁLICE com ÁGUA e salpique algumas gotas sobre a cabeça deles, enquanto diz:
"ABENÇOADOS SEJAM PELO ANTIGO E MÍSTICO ELEMENTO ÁGUA.
QUE A DEUSA DO AMOR EM TODA A SUA GLÓRIA ABENÇOE-OS COM A AMIZADE, A INTUIÇÃO, O CARINHO E A COMPREENSÃO PELO TEMPO QUE VIVEREM AMBOS."
Coloque o CÁLICE com ÁGUA novamente no altar.
Unte a testa deles com o ÓLEO de ROSA e segure o CRISTAL de quartzo sobre eles, como símbolo sagrado do reino espiritual, enquanto diz:
"QUE A DEUSA DO AMOR EM TODA SUA GLÓRIA ABENÇOE-OS COM A UNIÃO, HONESTIDADE E CRESCIMENTO ESPIRITUAL PELO TEMPO QUE VIVEREM AMBOS.
E QUE A MAGIA DO SEU AMOR CONTINUE A CRESCER PELO TEMPO QUE PERMANECEREM JUNTOS NO AMOR, POIS O SEU CASAMENTO É UMA UNIÃO SAGRADA DOS ASPÉCTOS FEMININO E MASCULINO DA DIVINDADE."
Coloque o CRISTAL novamente no altar e consagre as alianças do casamento com uma pitada de sal e gotas de água, enquanto diz:
"PELO SAL E PELA ÁGUA EU PURIFICO E LIMPO ESTES BELOS SÍMBOLOS DO AMOR.
QUE TODAS AS VIBRAÇÕES NEGATIVAS, IMPUREZAS E OBSTÁCULOS SEJAM AFASTADOS DAQUI!
E QUE PENETRE TUDO O QUE É POSITIVO, TERNO E BOM.
ABENÇOADAS SEJAM ESTAS ALIANÇAS NO NOME DIVINO DA DEUSA. ASSIM SEJA."
O noivo coloca a aliança no dedo da noiva, e ela por sua vez coloca a aliança no dedo dele.
Agora podem trocar as promessas que escreveram com suas próprias palavras antes da cerimônia.
Após o casal haver proferido suas promessas de amor, consagre as cordas brancas da mesma maneira que fez com as alianças e então segurando-as lado a lado, faça com que o homem e a mulher segurem uma extremidade e dêem um nó enquanto expressam seu AMOR um pelo outro.
Amarre-as pelo meio e diga:
"PELOS NÓS NESTA CORDA SEJA O SEU AMOR UNIDO."
Pegue a corda com os nós e amarre juntas às mãos do noivo e da noiva.
Visualize uma luz branca de energia da Deusa e de proteção circundando o casal, enquanto suas auras se unem em uma só e todos os presentes à cerimônia emitem energia, cantando repetidamente com alegria.
"AMOR! AMOR! AMOR!"
Após haver centralizado o poder trazido para os noivos e para o casamento deles, permaneça alguns minutos em silêncio e depois retire a corda das mãos deles, dizendo:
"PELO PODER DA DEUSA E DE SEU CONSORTE EU OS DECLARO MARIDO E MULHER PELO TEMPO QUE VIVEREM AMBOS.
QUE VIVAM JUNTOS NO AMOR.
ASSIM SEJA."
Os convidados agora podem aclamar, aplaudir e congratular-se com os recém-casados.
Agradeça à Deusa e ao Deus e desfaça o círculo.
Coloque a VASSOURA de palha horizontalmente no chão e faça com que os noivos pulem por cima dela juntos e de mãos dadas.
Termina assim o RITUAL pagão de compromisso, que deve ser festejado por todos com vinho consagrado e bolo de compromisso, que é tradicionalmente partido com a espada cerimonial do coven.
RITOS DE PASSAGEM (2)
A INICIAÇÃO
Antes de se iniciar:
Para ser um iniciado em Wicca é necessário que se estude a filosofia pelo prazo mínimo de um ano, adquirindo livros, lendo websites sobre o assunto e trocando idéias com outros estudantes. Quando o adepto se achar pronto para ser um(a) bruxo(a) - aceitando todos os princípios da bruxaria - pode buscar dois métodos de começar nesta filosofia pagã:
- Iniciação Pessoal* (conhecida como auto-iniciação)
- Iniciação Tradicional (ser iniciado por um bruxo(a) experiente)
Sobre este último método, vamos tecer comentários.
Vai ser iniciado por alguém?
A pessoa que servir de Sacerdotisa ou Sacerdote deve ser capaz.
Estude bastante para você ter meios de avaliar se essa pessoa tem postura correta na Wicca.
Nos primórdios das religiões e filosofias que deram origem à Wicca, eram as mulheres quem iniciavam outras pessoas na Arte. Mas pouco tempo depois na era pré-cristã surgiram homens reclusos, que eram incapazes de caçar, e ao permanecer com as iniciadas desenvolveram um papel de equilíbro como um sacerdote da Arte na sociedade.
Assim é costumeiro que vejamos hoje um homem iniciar uma mulher, ou que uma mulher inicie um homem. Dado a questão de que uma mulher inicie outra na arte, é sabido que a nível energético a mulher não manifesta a energia-expressão-idéia do Deus Cornifero. Assim duas mulheres participando de um ritual não seria o mesmo que um homem e uma mulher. Não estamos falando aqui da questão de "sexo" vulgar e carnal. Estamos falando na verdade das polaridades de energia, as mesmas que deram origem ao universo e a nós mesmos.
Assim vemos como é vital esse complemento das forças durante a Iniciação. Bruxos portanto não costumam iniciar homens, não por um capricho ou gosto, mas pela questão do complemento energético e do puro canal de comunicação com os Deuses. O sacerdote neste caso não conseguiria estabelecer puro canal de propagação da força feminina para o iniciado.
Sem dúvida a energia-expressão-idéia da Deusa é melhor representada por um canal feminino, ou seja, uma Sacerdotisa. Portanto o ideal é o que o adepto masculino tenha uma mestra, sacerdotisa já iniciada e praticante da Wicca, que o ajude sendo o canal de manifestação da Deusa, enquanto ele entra em contato com a força do Deus.
O inverso se aplica às mulheres. Elas no rito de iniciação serão o canal de comunicação com o polo feminino, e o mestre ou sacerdote Wiccano será o veículo de manifestação da energia do Deus. Juntos trabalharão o ritual, e as energias dos Deuses entrarão em comunhão através deles.
Portanto podemos dizer que o ideal é que uma mulher seja iniciada por um homem (aqui existem os dois pilares, polos, canais por onde a criação estabelece contato com a iniciada através dela mesma e o sacerdote servindo de canal para o contato do Deus Cornífero).
Lembramos aos visitantes que os participantes deste Rito não devem em hipótese alguma abusar da boa fé das pessoas envolvidas. Evitem qualquer tipo de assédio ou qualquer coisa que achem comprometedor no andamento do Ritual, pois é a manifestação do Divino que estamos tratando, e a iniciação é algo muito sério e temos que tratar com respeito, tanto o Sacerdote ou Sacerdotisa quanto o iniciado ou iniciada. Não aceitem imposições e abusos de ninguém sobre algo que vá contra os seus princípios. Esta é a vontade dos Deuses.
O que fazer depois do Ritual de iniciação:
Note que o Livro das Sombras tem duas conotações, ora significa o livro onde os bruxos registram seus mistérios, ritos e fatos, ora se trata das leis e regulamentos do coven ou tradição. Neste caso, estamos falando do livro da lei.
Após o processo de iniciação, você deve realizar - com certa periodicidade - todos os rituais comemorativos da Wicca (equinócios e solstícios), descritos na seção deste blog chamada Celebrações.
A idéia desta Roda é de que os bruxos não percam a sintonia com as energias das estações que se movem durante o ano.
Os rituais comemorativos buscam aproximar o Deus e a Deusa e suas respectivas forças, de modo que entremos em harmonia com as mesmas. Com a iniciação e esse compromisso oficializado perante os Deuses de regularidade das celebrações (sabbats), toda a ajuda Deles, nos seus rituais subsequentes, será imensa. A sua afinidade com Eles aumenta, e Eles se farão presentes aumentando a eficácia dos rituais que você vier a praticar.
É interessante que, durante a vida, você tenha domínio pessoal gradativo em ervas, unguentos, poções, e afins registrados no seu Livro das Sombras - para seu bem e principalmente ao bem de todos (jamais visando aspectos egoísticos ou causar mal a qualquer forma de vida).
Ritual de Iniciação Pessoal:
O Ritual de Iniciação Pessoal é um compromisso entre você e os Deuses, portanto deve ser feito em absoluta solidão. Só faça junto com outras pessoas se houver total harmonia e intimidade entre vocês para isso. Escolha uma Lua Cheia, próxima de seu aniversário, se possível, vá para um lugar próximo à Natureza. Uma casa de campo ou praia é o ideal. No dia do Ritual, procure estar em contato com a Natureza. Tire o dia para descansar. Afaste-se um pouco da televisão, dos jornais e de todas as fontes de notícias negativas. Esqueça as contas, os problemas de família e tire o fone do gancho. Escolha um local onde você não seja interrompido.
Antes do Ritual, limpe cuidadosamente o local onde ele será realizado, mentalizando que todas as energias negativas estão saindo juntamente com a poeira.
Tome um banho relaxante. Um banho com pétalas de rosa e algumas gotas de perfume é o ideal.Você pode seguir à risca o Ritual, ou usá-lo como base para criar o seu próprio Ritual, o que é bem melhor, pois você deve usar as suas próprias palavras para se dirigir aos Deuses sem ficar copiando ou simplesmente decorando textos de terceiros.
Os Materiais necessários para o Ritual são os seguintes:
Uma vela preta representando a Deusa;
Uma vela branca representando o Deus;
Quatro velas para os Quadrantes, sendo uma vela preta para o ponto cardeal que represente a Terra, uma vela branca para o ponto cardeal que represente o Ar, uma vermelha para o ponto cardeal que represente o Fogo, e uma azul para o ponto cardeal que represente a Água (essas são as cores da tradição Celta, se você quiser, pode mudá-las);
Incensório com incenso do seu agrado;
Um pires de Sal Marinho;
Uma vasilha com água de fonte, de rio ou água mineral. Procure não usar água de torneira;
Um Athame ou qualquer punhal de sua escolha;
Um cálice de Vinho Tinto (caso você não possa tomar bebidas alcoólicas, substitua por suco de maçã ou água).
O Ritual deve ser feito após o crepúsculo. Deixe que o local escolhido receba a luz da Lua por alguns minutos.
No dia do Ritual, procure não comer carne e nem tome drogas de espécie alguma.
Faça um jejum ou coma frutas e verduras.
Quando for para o Círculo, tenha a certeza de que levou o material necessário para não ter que sair e interromper o Ritual.
Se houver outras pessoas na casa, peça para que você não seja interrompido durante aquele período.
É melhor realizá-lo a sós, e nu(a); entretanto, se você não se sentir à vontade para trabalhar sem roupa, poderá usar uma veste cerimonial branca. Os cabelos ficam soltos.
O objetivo do Ritual é nos apresentarmos aos Deuses da forma mais natural possível.
Acenda as velas em seus respectivos Quadrantes, que devem ser determinados com uma bússola antes do Ritual.
Monte o Altar ao Norte, com a vela da Deusa à esquerda e a vela do Deus à direita.
No Altar também devem estar o Cálice, o Athame, o sal, a água e o incenso, que deve ser aceso na vela da Deusa.
Você também pode colocar no Altar coisas que sejam importantes para a sua vida e outros objetos de seu agrado. Lembre-se que a liberdade é a essência da Bruxaria. Se não estiver ao ar livre, apague as luzes e deixe que somente a luz das velas ilumine o aposento. Segure o Athame com ambas as mãos e trace o Círculo no sentido horário (ou anti-horário, caso queria seguir estritamente o comportamento da natureza no hemisfério sul), começando pelo Norte, e diga com energia e máxima concentração:
EM NOME DA DEUSA E DO DEUS, EU TRAÇO ESTE CÍRCULO DE PROTEÇÃO! DELE NENHUM MAL SAIRÁ. DENTRO DELE, NENHUM MAL PODERÁ ENTRAR. PELOS GUARDIÕES DOS QUATRO QUADRANTES DA TERRA, EU CONVIDO TODOS OS ELEMENTAIS DA TERRA, DO AR, DO FOGO E DA ÁGUA PARA QUE ENTREM NESSE CÍRCULO E ME AUXILIEM NESSA INICIAÇÃO.
Volte ao Norte, beije a Lâmina do seu Athame e coloque-o novamente no Altar.
Você deve estar no centro do Círculo, e todos os elementos dentro dele, nos seus respectivos quadrantes.
Pegue o Sal, jogue três punhados na água e diga:
ABENÇOADO SEJA O SAL QUE PURIFICA ESTA ÁGUA!
Segure a vasilha com a água salgada e dê três voltas ao redor do Círculo, em sentido horário (ou anti-horário, caso queria seguir estritamente o comportamento da natureza no hemisfério sul), enquanto deixa cair algumas gotas no chão.
Volte ao Norte e diga:
DA MESMA FORMA QUE O SAL PURIFICOU A ÁGUA, QUE MINHA VIDA SEJA PURIFICADA PELO AMOR DA GRANDE MÃE!
Pegue o Incenso e dê três voltas ao redor do Círculo, no sentido horário (ou anti-horário, caso queria seguir estritamente o comportamento da natureza no hemisfério sul), volte ao Norte e diga:
ABENÇOADA SEJA ESTA CRIATURA DO AR, QUE LEVA ATÉ OS DEUSES A MINHA OFERENDA DE ALEGRIA!
Fique de fronte para o Altar e diga:
EU (DIGA SEU NOME COMPLETO), COMPAREÇO DIANTE DOS DEUSES DE MINHA LIVRE E ESPONTÂNEA VONTADE, ABRINDO MEU CORAÇÃO PARA AS VERDADES E ENSINAMENTOS DA WICCA. JURO PERANTE OS DEUSES JAMAIS USAR MEUS CONHECIMENTOS PARA PREJUDICAR QUALQUER CRIATURA VIVA OU PARA FINALIDADES EGOÍSTAS. JURO NUNCA FAZER EM MEUS RITUAIS DE WICCA NADA QUE CAUSE DOR, SOFRIMENTO, HUMILHAÇÃO OU MEDO A NENHUMA CRIATURA VIVA. JURO DEFENDER MEUS IRMÃOS E IRMÃS NA ARTE, BEM COMO DIVULGAR A WICCA PARA TODOS OS QUE DESEJAREM APRENDER, SEM JAMAIS TENTAR CONVERTER NINGUÉM ÀS MINHAS CRENÇAS OU MENOSPREZAR AS CRENÇAS ALHEIAS.
JURO AMAR O PLANETA TERRA, PROCURAR SEMPRE HARMONIA COM TODA A NATUREZA, E, ACIMA DE TUDO, COLOCAR SEMPRE A VIDA ACIMA DE INTERESSES MATERIAIS. JURO NUNCA PREJUDICAR MEUS IRMÃOS DA ARTE OU REVELAR SEUS NOMES MÁGICOS, EMBORA EU TENHA O DIREITO E A OBRIGAÇÃO DE ME DEFENDER CONTRA ENERGIAS OU PESSOAS NEGATIVAS QUE QUEIRAM ME PREJUDICAR OU FAZER MAL AOS QUE EU AMO.
A PARTIR DE AGORA, NÃO EXISTE NENHUMA PARTE DE MIM QUE NÃO SEJA DOS DEUSES; PORTANTO, MEU CORPO É SAGRADO. NENHUMA PARTE DELE É IMPURA OU VERGONHOSA. MEU CORPO MERECE TODO O RESPEITO, COMO FONTE DIVINA DE VIDA E PRAZER. A PARTIR DE AGORA, A VERDADEIRA AUTORIDADE SOBRE MIM VIRÁ SOMENTE DOS DEUSES.
NÃO ACEITAREI NENHUM TIPO DE OPRESSÃO, NEM FICAREI AO LADO DOS QUE OPRIMEM MEUS SEMELHANTES EM BUSCA DE PODER. A PARTIR DE HOJE, LUTAREI PARA QUE A JUSTIÇA DO DEUS E AMOR DA DEUSA SEJAM ESTABELECIDOS NA TERRA. ASSIM SEJA!
Pegue o Cálice, derrame um pouco de vinho no chão e diga:
DA MESMA FORMA QUE ESTE VINHO SE DERRAMOU, QUE O PODER SEJA TIRADO DE MIM SE EU NÃO CUMPRIR MEU JURAMENTO!
Molhe o dedo no vinho, desenhe um Pentagrama no ponto entre as sobrancelhas e diga:
QUE MEUS PENSAMENTOS SEJAM GUIADOS PELA LUZ DOS DEUSES!
Molhe o dedo novamente, e desenhe um Pentagrama em cada Pálpebra, dizendo:
QUE MEUS OLHOS VEJAM O PODER DOS DEUSES EM TODA A NATUREZA.
Molhe o dedo, desenhe um Pentagrama em sua boca, dizendo:
QUE TODAS AS MINHAS PALAVRAS SEJAM PARA PROPAGAR O AMOR DOS DEUSES.
Molhe o dedo e trace um Pentagrama em seu coração, dizendo:
QUE A GRANDE MÃE ESTEJA EM MEU CORAÇÃO, PARA QUE EU TENHA COMPAIXÃO POR TODOS OS SERES HUMANOS E POR TODAS AS CRIATURAS.
Molhe o dedo e trace um Pentagrama na Região Sexual, dizendo:
QUE MEU SEXO SEJA ABENÇOADO PELOS DEUSES, PARA QUE HAJA FERTILIDADE EM MINHA VIDA.
Molhe os dedos e trace um Pentagrama em cada um de seus pés, dizendo:
QUE MEUS PÉS ME LEVEM PELOS CAMINHOS DA FELICIDADE, E QUE OS DEUSES GUIEM TODOS OS MEUS PASSOS.
Segure o Cálice com ambas as mãos, beba o Vinho, deixando um pouco no fundo, e diga:
ESTE É O ÚTERO DA GRANDE MÃE. DELE EU VIM, E PARA ELE EU VOLTAREI COM ALEGRIA! QUE ASSIM SEJA, PARA O BEM DE TODOS!
Jogue o resto do vinho no chão.
**Se você quiser assumir um nome mágico, assim que derramar o vinho no chão, diga:
DE AGORA EM DIANTE, MEU NOME PERANTE OS DEUSES É (diga seu nome mágico).
Mantenha suas mãos abertas e voltadas para os céus.
Feche os olhos e visualize dois raios brancos de luz brilhante descendo dos céus e penetrando a palma de suas mãos.
Uma sensação morna de formigamento se espalhará pelo seu corpo à medida que o poder do amor da Deusa e do Deus purificar sua alma.
Não se assuste se começar a ouvir uma voz (ou vozes) falando dentro de sua mente, como por telepatia. São a Deusa e o Deus dentro de você, revelando sua presença.
Embora nem todos os wiccanos ouçam ou percebam as verdadeiras palavras ditas pela Deusa ou pelo Deus - alguns sentem sua presença divina e seu amor - não é incomum que as deidades pagãs falem diretamente com um(a) Bruxo(a) recentemente iniciado(a), especialmente se você for sensitivo(a).
Permaneça no círculo sagrado até que as velas e o incenso terminem. E, então, encerra-se o Ritual de Iniciação Pessoal.
O seu nome mágico deverá ser conhecido somente por você.
O Ritual de Iniciação Pessoal é uma data de muita alegria; portanto, não fique preocupado se errar algumas palavras ou esquecer alguma coisa. Nem precisa ficar preocupado se você não souber falar palavras bonitas. O mais importante é o que está em seu coração, e os Deuses conhecem muito bem as palavras sinceras. Se você não tiver os materiais necessários ou um ambiente propício, improvise dentro das suas condições. Use a imaginação, pois o mais importante é o Amor e a Devoção pelos Deuses.
O NOME MÁGICO
Com certeza você já deve ter se perguntado do porque os pagãos se dão nomes
e, também, dão nomes para seus instrumentos.
Fazemos isso, não por um simples capricho.
Há um porque disso.
O nome ou simplesmente o "mote" trazem consigo uma vibração
que ajuda o pagão a se conectar com as energias daquele nome.
Por exemplo, se antes de se adotar um nome, fizer o estudo numerológico dele,
você poderá pesquisar e adotar o nome que carrega a força de determinado número que necessita ou quer.
Agora, se não quiser ter muito trabalho com cálculos,
você pode adotar um nome de uma deidade a qual você admira.
Desta forma, você poderá receber algumas das características da deidade.
Escolhida, atente-se para o fato, de que, se o método da numerologia você teria o trabalho de fazer cálculos, neste último você terá que pesquisar a fundo tal deidade
para evitar excesso ou possível falta de algo.
Ou ainda, adotar um simples nome que indica diretamente a característica que quer.
E por último, poderá criar um nome sem se ater com os aspectos numerológicos,
característicos de determinada deidade.
Neste caso, você poderá fazer, através de suas próprias atitudes
com que ele se torne um nome de poder.
É importante ter em mente que
além do nome escolhido trazer as características que você deseja,
você e ele devem estar em harmonização perfeita.
Não se batize perante os deuses com um nome
pelo simples fato de ter sido usado por um grande deus.
Sinta se ele realmente combina com você.
Este nome ficará "anotado" para sempre.
Outra coisa importante, o nome é um caminho
para você ficar mais íntimo com a deusa e com o deus.
Sem dúvida, escolher o próprio nome mágico é uma tarefa difícil, porém excitante.
E nunca se esqueça...
as palavras trazem consigo poder...
o nome é uma palavra e portanto,
você carregará este poder para sempre.
depois de ter encontrado seu nome mágico,
você deve fazer um ritual (preferencialmente escrito por você)
para se apresentar perante os deuses (deusa e deus).
Neste ritual, você deverá queimar um bom incenso, velas claras
e uma música suave ou até mesmo dançante.
Celebre este ritual criado por você como se fosse uma festa,
o que o é, visto que você está nascendo dentro da casa da deusa e do deus.
A partir do momento em que você gritar para eles e para os 4 ventos o seu nome,
você nasce para uma nova vida.
Após se apresentar para a deusa e para o deus,
dê graças a eles e peça que eles te reconheçam pelo nome dado.
Após o pedido, pare em silêncio e faça uma viagem interior.
Deixe sua imaginação levar o ritual.
Se quiser lhe dê um presente.
Terminado seu ritual, se desejar,
faça uma reunião com seus amigos para comemorar seu nascimento.
O PORQUE DO NOME:
Quando nascemos é nos dado um nome.
Durante nossa infância, adolescência muitas vezes somos apelidados por nossos amigos.
Quando começamos a namorar ou quando casamos
somos apelidados por nosso cônjuge e ainda, quando casamos
muitas vezes mudamos de nome colocando ou tirando nossos sobrenomes,
aí quando há um divorcio no meio do caminho, mudamos tudo novamente,
voltando a acrescentar ou retirando o nome de nosso cônjuge.
Quando decidimos nos tornar pagãos... mais um nome.
E se não bastasse este monte de nomes que recebemos,
trocamos, tiramos ou colocamos, passamos a nomear nossos instrumentos,
nosso covens e por aí vai.
Algumas pessoas explicam que estes montes de nomes não são por acaso.
Indicam nossa evolução durante nossa vida.
Outros ainda afirmam que os nomes representam nosso desenvolvimento
durante o tempo de nosso aprendizado nesta vida.
Se são verdadeiras tais afirmações, não sei,
porém uma coisa é certa, se nosso nome é exaustivamente pensado para ser escolhido,
torna-se uma ferramenta importante para acelerar nossa evolução espiritual
e a compreensão de nós mesmos.
Quando fixamos nossos pés no caminho espiritual,
a partir desse momento começamos a mudar.
Trilhar por este novo caminho envolve uma série enorme
e transformações físicas, psíquicas e espirituais.
E o nosso nome influi neste processo.
É o nosso nome que, também, serve de ferramenta mágica para nos fazer viajar
em nossos caminhos individuais.
Um simples nome pode ser símbolo de pura inspiração
ou pode ser a causa de nossas vitórias ou fracassos.
Este mesmo nome simples, pode nos associar com poderes elementares
e nos presentear com muita energia em nossas vidas,
mas também pode servir de chave para uma completa desolação.
Eles podem enfatizar onde nós vamos, o que somos e o que esperamos ser.
Pode fazer nos sentir fracos, poderosos, sábios, inocentes ou arrogante.
Não existem limites ao que um simples nome pode trazer a nossa vida.
PROCURANDO POR UM NOME:
Você pode procurar por seu nome ideal através da projeção astral,
da meditação e outros métodos.
Para facilitar esse processo, o indicado é que se tranque a sete chaves
em um aposento ou local tranquilo e tenha a certeza que não será incomodado,
seja por telefone, visitas inesperadas, etc.
pense: "eu estou procurando o nome que completa, que me renova.
Quero o nome que me dê sabedoria, paz...
aquele que me eleve perante os deuses.
Aquele que traga a transformação que necessito (ou crie sua própria frase).
Em estado meditativo, visualize a importância de ter um nome
que se enquadra dentro do que você procura.
Fique aberto para ser levado para qualquer ponto do passado,
para rituais, para ser surpreendido por qualquer fato.
Preste atenção para escutar coisas que podem ser sussurradas para você.
Não desanime se não conseguir seu nome nesta primeira tentativa.
Tudo tem seu tempo certo para acontecer.
Na mesma noite em que saiu a procura de seu nome seguindo as dicas acima,
preste atenção em seus sonhos.
RITUAL PARA APRESENTAR SEU NOME:
Monte seu altar.
Se o seu nome tiver um símbolo que o represente,
coloque-o no altar.
Por exemplo, se seu nome for aguia selvagem,
você pode colocar no altar uma pena para simbolizar seu nome.
No mesmo altar, deixe a mão papel (pergaminho de preferencia),
uma caneta e um espelho.
Deixe à mão, também, velas, incenso, água mineral e sal marinho, e se preferir,
um instrumento musical que tenha preferencia, ou um cd com a música que desejar.
(não vale heavy metal ou britney spears...rs)
Abra seu círculo, chame os quadrantes convide as deidades e diga o seguinte:
Eu ........... (diga o antigo nome) uso este nome pela última vez.
Eu cresci, eu mudei.
Eu evolui para a pessoa que se apresenta perante vocês neste momento.
Já não sou mais ................ e já não tenho mais laços com este antigo nome que morreu na hora em que eu renasci.
Vá até o altar e escreva seu novo nome no papel.
Passe o papel pela fumaça do incenso dizendo:
Que.......................... (seu novo nome) seja consagrado pelos poderes do ar.
Que o ar me dê a força do intelecto, a claridade da visão a pureza do amanhecer no primeiro instante em que eu tiver da nova vida.
Segure o papel sobre a vela (cuidado para não pegar fogo)
Que.......................... (seu novo nome) seja consagrado pelos poderes do fogo.
Que o fogo me dê determinação, força e a energia existente em suas faíscas,
durante toda a minha nova vida..
Borrife sobre o papel a água e diga:
Que.......................... (seu novo nome) seja consagrado pelos poderes do Água.
Que a água me dê a suave intuição, a profunda compreensão
e a consciência dos mais profundos mistérios durante toda esta nova vida que nasce.
Enterre o papel no sal marinho dizendo:
Que.......................... (seu novo nome) seja consagrado pelos poderes da terra.
Que a terra me dê força e solidez, que me conecte com as energias da mãe.
Que me presenteie com uma consciência nova livre do temor das noites escuras.
No caldeirão, queime o papel dizendo em voz bem firme:
Eu sou ............... (nome novo)!
Ar, Fogo, Água e terra confirmo meu nome com orgulho.
Eu sou .............! Eu sou ....................! Eu sou ...................!
Dirija-se para cada ponto cardeal e diga:
Norte eu sou ................... que o senhor me conheça a partir de agora!
Sul, eu sou ................... que o senhor me conheça a partir de agora!
Leste, eu sou ................... que o senhor me conheça a partir de agora!
Oeste, eu sou ................... que o senhor me conheça a partir de agora!
Fique diante do altar e invoque pela deusa e invoque o deus.
Amada deusa (repetir para o deus), peço que abençoe,
a nova criança que se apresenta diante de vós.
Que abençoe meus passos daqui por diante, pois, a partir de agora sou seu filho.
Que só terá boca para pronunciar seu nome. Só terá olhos para ver o brilho de vós.
Me abençoe mãe.
Me abençoe pai.
A partir deste momento eu sou .................!
Feito isto, perca um tempo meditando no que acabou de fazer.
Escute sua música, se olhe no espelho e repita seu nome.
Encerre o ritual de modo habitual.
RITOS DE PASSAGEM (3)
WICCANING: O RITUAL DE BATISMO
Este RITUAL de "batismo" extraído do livro de Janet & Stewart Farrar deve ser utilizado apenas como modelo...como base para que você crie o seu próprio Wiccaning. Use sua criatividade e seu coração!
Este Ritual de BRUXARIA é correspondente ao batismo cristão.
"Os cristãos, quando batizam seus filhos,
o fazem em geral com a intenção de compromissá-los com o cristianismo, de preferência perpetuamente - e ao próprio ramo particular de cristianismo dos pais.
Espera-se via de regra que os filhos endossarão tal compromisso, ratificando-o quando tiverem idade suficiente para aquiescer conscientemente (embora sem maturidade para discernir).
Para sermos justos, esses pais - quando não estão meramente acatando uma convenção social - amiúde assim agem porque sinceramente acreditam que isso é essencial
para a segurança das almas de seus filhos.
Foram ensinados a crer nisso e frequentemente mediante o medo.
Essa crença segundo a qual existe apenas um tipo de ingresso para o céu
e que um bebê precisa recebê-lo com toda a rapidez para sua própria segurança é, evidentemente, estranha a WICCA .
A crença de BRUXAS e bruxos na reencarnação a nega em todos os casos.
Mas, independentemente disto, feiticeiras e feiticeiros sustentam o ponto de vista que era virtualmente universal antes da era do monoteísmo patriarcal, a saber,
que todas as religiões são diferentes sendas de expressão das mesmas verdades e que a validade delas para qualquer indivíduo depende da natureza e das necessidades deste.
Uma cerimônia Wiccaning para a criança de uma família de bruxos não compromete, portanto, a criança com nenhuma senda em particular, mesmo uma pertencente a WICCA .
É similar a um batizado no sentido em que invoca a proteção divina para a criança e ritualmente afirma o AMOR e o cuidado com os quais a família e os amigos desejam cercar o recém-chegado. Difere de um batizado no fato de especificamente reconhecer que, à medida que a criança se transforma num adulto, decidirá, e realmente terá que decidir, sobre sua própria senda.
Wicca é, acima de tudo, uma RELIGIÃO NATURAL - de modo que pais-bruxos tentarão naturalmente comunicar a seus filhos a alegria e realização que sua religião lhes proporciona, a família toda partilhando inevitavelmente do modo de vida vinculado a essa religião.
Partilhar é uma coisa, impor ou ditar é outra, e longe de assegurar a "salvação" de uma criança, pode muito bem retardá-la - isto se, tal como as feiticeiras,
você encarar a salvação não como uma espécie de transação instantânea,
mas como um desenvolvimento ao longo de muitas existências compomos nosso RITUAL de Wiccaning dentro desse espírito e achamos que a maioria das BRUXAS e bruxos concordarão com tal postura.
Sabíamos que a idéia de Ter padrinhos - amigos adultos que manterão um interesse pessoal no desenvolvimento da criança - era uma idéia justificadamente populare sentimos que uma cerimônia de Wiccaning deveria adotá-la também.
A princípio chamamos esses amigos adultos de "Patrocinadores",a fim de evitar uma confusão com respeito à prática cristã.
Mas reconsiderando o assunto posteriormente, percebemos que "patrocinador era uma palavra fria e que não havia motivo algum para que "padrinho" e "madrinha"
(desde que god abarcasse goddess/ Padrinho em inglês é GODfather e madrinha GODmother) não servissem a BRUXAS e bruxos tanto como servem os cristãos.
Afinal de contas, consideradas as diferenças de crença
(e Deus sabe quanto os cristãos diferem entre si),
inclusive a diferença de postura que já mencionamos, a função é a mesma.
Os padrinhos não têm de ser eles mesmos necessariamente bruxos, o que cabe aos pais decidir. Mas precisam, ao menos, simpatizar com a intenção do RITUAL e tê-lo lido integralmente de antemão, para assegurar que possam fazer as necessárias promessas com toda sinceridade
(o mesmo se aplica, afinal, a bruxos e BRUXAS convidados por amigos cristãos para serem padrinhos num batismo cristão).
Se a Grã Sacerdotisa e/ou o Grão Sacerdote se prestam eles próprios a serem padrinhos, farão as promessas um ao outro nos momentos apropriados, durante o ritual.
PREPARAÇÃO:
Se os membros do coven normalmente atuarem despidos, a decisão se assim participarão do RITUAL ou se farão vestidos caberá aos pais da criança.
Num caso ou noutro, a Grã Sacerdotisa usará símbolos da Lua, e o Grã Sacerdote símbolos do Sol.
O círculo é marcado com flores e folhas verdes e o caldeirão colocado no centro,
preenchido com as mesmas flores e folhas e talvez também de frutos.
Coloca-se à disposição, no altar, ÓLEO de consagração.
Somente INCENSO leve deve ser usado - preferivelmente sob forma de bastão.
Os presentes para a criança são postos ao lado do altar, bem como o alimento e as bebidas para uma pequena festa no círculo, depois do ritual.
Os pais devem escolher antecipadamente um "nome oculto" para a criança (isto é, em grade parte, para o próprio benefício da criança; crescendo numa família de bruxos, ele ou ela quase certamente apreciará ter um nome de bruxo ou BRUXA particular tal como têm mamãe e papai - e se não for o caso, poderá ser discretamente esquecido até que e a menos que seu detentor queira usá-lo novamente).
O RITUAL PARA MENINA
O RITUAL de Abertura é realizado normalmente até o fim da invocação do "Grande Deus Cernunnos", exceto pelo fato de que todos, inclusive os pais e a criança, se colocam no círculo antes do traçado, sentamos num semicírculo próximos do caldeirão e olhando para o altar - cedendo lugar à Grã Sacerdotisa, para que esta trace o círculo em torno deles. Somente a Grã Sacerdotisa e o Grão Sacerdote ficam em pé para conduzir o RITUAL de Abertura.
Para reduzir movimento excessivo, que poderia amedrontar a criança, a Grã Sacerdotisa traça o círculo com seu ATHAME , e não com a espada, e ninguém se move com ela, ou imita seus gestos quando ela invoca os Senhores das Atalaias. Ela e o Grão Sacerdote carregam os elementos em torno.
Após a invocação do Grande Cernunnos, a Grã Sacerdotisa e o Grão Sacerdote consagram o vinho. Não o experimental, mas colocam o CÁLICE no altar. O Grão Sacerdote, em seguida, posta-se diante do altar, encarando o caldeirão. A Grã Sacerdotisa fica pronta para entregar-lhe o ÓLEO, o vinho e a água.
O Grão Sacerdote diz:
"ESTAMOS REUNIDOS NESTE CÍRCULO PARA PEDIR A BENÇÃO DO PODEROSO DEUS E DA GENTIL DEUSA PARA .....(NOME DA MENINA), A FILHA DE .................. E .................., DE MODO QUE ELA POSSA CRESCER EM BELEZA E FORÇA, EM ALEGRIA E SABEDORIA.
HÁ MUITAS SENDAS, E CADA UM TEM DE ENCONTRAR A SUA, E PORTANDO NÃO BUSCAMOS LIGAR ..........(NOME DA MENINA) À NENHUMA SENDA, ENQUANTO ELA É AINDA DEMASIADAMENTE JOVEM PARA ESCOLHER.
PREFERIMOS PEDIR AO DEUS E A DEUSA, QUE CONHECEM TODAS AS SENDA E AOS QUAIS TODAS AS SENDA CONDUZEM, PARA ABENÇOÁ-LA, PROTEGÊ-LA E PREPARÁ-LA AO LONGO DOS ANOS DE SUA INFÃNCIA, DE SORTE QUE, QUANDO FINALMENTE FOR VERDADEIRAMENTE ADULTA, SAIBA ELA SEM ALIMENTAR DÚVIDAS OU MEDO QUAL SUA SENDA E PASSE A TRILHÁ-LA COM CONTENTAMENTO."
"....................., MÃE DE ............(NOME DA MENINA), ADIANTA-SE COM ELA PARA QUE POSSA SER ABENÇOADA."
O pai ajuda a mãe a se levantar e ambos levam a criança ao Grão Sacerdote, que a toma em seus braços. Ele pergunta:
"....................., MÃE DE ............(NOME DA MENINA),POSSUI ESTA TUA CRIANÇA TAMBÉM UM NOME OCULTO?"
A mãe responde:
"SEU NOME OCULTO É ....................."
O Grão Sacerdote, então, unta a criança na testa com ÓLEO, fazendo a marca de um pentagrama e dizendo:
"EU UNTO A TI, ............(DIZER O NOME COMUM), COM ÓLEO E TE DOU O NOME OCULTO DE ......................."
Ele repete a ação com o vinho, dizendo:
"EU UNTO A TI, .............(DIZER NOME OCULTO), COM VINHO EM NOME DO PODEROSO DEUS CERNUNNOS."
Repete a ação com a ÁGUA dizendo:
"EU UNTO A TI, ..............(DIZER NOME OCULTO), COM ÁGUA EM NOME DA GENTIL DEUSA ARADIA."
O Grão Sacerdote devolve a criança à sua mãe e, então conduz os pais e a criança a cada uma das atalaias, dizendo:
"VÓS SENHORES DAS ATALAIAS LESTE (SUL, OESTE, NORTE), COM EFEITO APRESENTAMOS A VÓS .....................(NOME COMUM), CUJO NOME OCULTO É ........................(DIZER NOME OCULTO) E QUE FOI DEVIDAMENTE UNGIDA DENTRO DO CÍRCULO DE WICCA .
ESCUTAI, PORTANTO, QUE ELA SE ACHA SOB A PROTEÇÃO DE CERNUNNOS E ARADIA."
O Grão Sacerdote e a Grã Sacerdotisa tomam seus lugares voltados para o altar, com os pais e a criança entre eles. Erguem seus braços e invocam cada um por sua vez:
Grão Sacerdote:
"PODEROSO CERNUNNOS, CONCEDE A ESTA CRIANÇA O DOM DA FORÇA;"
Grã Sacerdotisa:
"GENTIL ARADIA, CONCEDE A ESTA CRIANÇA O DOM DA BELEZA"
Grão Sacerdote:
"PODEROSO CERNUNNOS, CONCEDE A ESTA CRIANÇA O DOM DA SABEDORIA"
Grã Sacerdotisa:
"GENTIL ARADIA, CONCEDE A ESTA CRIANÇA O DOM DO AMOR;"
O Grão Sacerdote, a Grã Sacerdotisa e os pais se voltam para encarar o centro do círculo, e o Grão Sacerdote então pergunta:
"HÁ DUAS PESSOAS NO CÍRCULO QUE SE APRESENTARIAM COMO PADRINHOS DE ......................?"
(OBS.: Se o sacerdote e a sacerdotisa estão se apresentando como padrinhos, ele perguntará, em lugar disso,:
"HÁ ALGUÉM NO CÌRCULO QUE SE APRESENTARÀ COMIGO, COMO PADRINHOS DE.................?"
e a Sacerdotisa responderá:
"EU ME JUNTAREI A VÓS."
Em seguida eles olharão um para o outro e trocarão as perguntas e promessas). Os padrinhos deverão se adiantar e ficar de pé, a madrinha encarando o Sacerdote e o padrinho encarando a Sacerdotisa.
O Sacerdote pergunta para a madrinha:
"TU, ............... PROMETES SER UMA AMIGA DE ................... AO LONGO DE SUA INFÂNCIA, NO SENTIDO DE AJUDÁ-LA E GUIÁ-LA DA MANEIRA QUE ELA NECESSITAR; E DE ACORDO COM SEUS PAIS POR ELA ZELAR E AMÁ-LA COMO SE FOSSE DE TEU PRÓPRIO SANQUE ATÉ QUE PELA GRAÇA DE CERNUNNOS E ARADIA ELA ESTEJA PRONTA PARA ESCOLHER SUA PRÓPRIA SENDA?"
A madrinha responde: "EU,.............. ASSIM PROMETO."
A Grã Sacerdotisa pergunta ao padrinho:
"TU, ............... PROMETES SER UMA AMIGA DE ................... AO LONGO DE SUA INFÂNCIA, NO SENTIDO DE AJUDÁ-LA E GUIÁ-LA DA MANEIRA QUE ELA NECESSITAR; E DE ACORDO COM SEUS PAIS POR ELA ZELAR E AMÁ-LA COMO SE FOSSE DE TEU PRÓPRIO SANQUE ATÉ QUE PELA GRAÇA DE CERNUNNOS E ARADIA ELA ESTEJA PRONTA PARA ESCOLHER SUA PRÓPRIA SENDA?"
O padrinho responde: "EU, .............ASSIM PROMETO."
O Grão Sacerdote diz:
"O DEUS E A DEUSA A ABENÇOARAM; OS SENHORES DAS ATALAIAS A RECONHECERAM; NÓS SEUS AMIGOS LHE DEMOS AS BOAS VINDA; PORTANTO, Ó CÍRCULO DAS ESTRELAS; BRILHA EM PAZ SOBRE ............... CUJO NOME OCULTO É.................. QUE ASSIM SEJA."
Todos dizem: "QUE ASSIM SEJA!"
O Grão Sacerdote diz:
"QUE TODOS SE SENTEM DENTRO DO CÍRCULO"
Todos se sentam, exceto o sacerdote e a sacerdotisa, que experimentam e passam por todos o vinho já consagrado da maneira usual e então consagram e passam a todos os bolos da maneira usual.
A seguir, buscam os presentes, o alimento e as bebidas da festa e se sentam com os outros, daqui em diante passando-se para o informal.
O RITUAL PARA UM MENINO
A diferença básica caso a criança seja um menino é que o Grão Sacerdote e a Grã Sacerdotisa trocam suas funções. Ela realiza o enunciado de abertura e executa a unção, o Grão Sacerdote lhe entrega o ÓLEO , o vinho e a ÁGUA .
Ela representa a criança às atalaias. A invocação a Deusa e ao Deus por seus dons de força, beleza, sabedoria e AMOR , entretanto, é feita exatamente como a feita para a menina, e na mesma ordem. A Grã Sacerdotisa convoca os padrinhos para que se apresentem e toma a promessa do padrinho; o Sacerdote toma então a promessa da madrinha. A Grã Sacerdotisa pronuncia a bênção final.
Agora todos podem dar os parabens a familia do bebé e/ou da pessoa que foi batizada e festejar!
Nota: Não há idade para o Batismo Pagão, pode ser feito no momento que a pessoa o desejar.
RITOS DE PASSAGEM (4)
RÉQUIEM: O RITUAL DE MORTE WICCANO
PREPARAÇÃO:
A decoração do círculo e do altar para um Requiem será, neste caso, uma questão de gosto pessoal, dependendo das circunstâncias, da época do ano e do caráter do amigo que está sendo lembrado, bem como das associações com ele feitas. Deposita-se ao lado do altar uma pequena tigela de louça (um caneco ou xícara com asa é o mais adequado) com um cordel prateado a ela atado; é preciso dispor também de um martelo para quebrar o pequeno recipiente e um pano para embrulhá-lo. Para a Lenda da Descida da Deusa deve-se deixar à disposição, próximos do altar, jóias e um véu, bem como uma coroa para o Senhor do Mundo Subterrâneo. Também à disposição sobre o altar deve haver um colar.
O RITUAL:
O RITUAL de abertura deve ser realizado como sempre até o fim da invocação do Deus Cernunnos. A Grã Sacerdotisa e o Sacerdote, em seguida, encaram os membros do coven de diante do altar.
A sacerdotisa diz:
"NÓS NOS REUNIMOS HOJE EM MEIO À TRISTEZA E ALEGRIA. ESTAMOS TRISTES PORQUE UM CAPÍTULO SE ENCERROU E, NO ENTANTO, ESTAMOS JUBIOLOSOS PORQUE, COM O ENCERRAMENTO, UM NOVO CAPÍTULO PODE COMEÇAR. NÓS NOS REUNIMOS PARA MARCAR O PASSAMENTO DE NOSSA AMADA IRMÃ ..................... PARA QUEM ESTA ENCARNAÇÃO FINDOU. ESTAMOS REUNIDOS PARA CONFIÁ-LA AO ZELO DA BENÇÃO DO DEUS E DA DEUSA, PARA QUE ELA POSSA REPOUSAR, ISENTA DE ILUSÃO OU TRISTEZA ATÉ QUE ADVENHA O TEMPO DE SEU RENASCIMENTO NESTE MUNDO. E SABENDO QUE ISSO SERÁ, SABEMOS TAMBÉM QUE A TRISTEZA NÃO É NADA E QUE O JUBILO É TUDO."
O Sacerdote permanece em seu lugar e a Sacerdotisa conduz o coven numa dança em espiral, lentamente fechando o círculo num sentido anti-horário, mas não o fechando de maneira demasiada.
O Sacerdote diz:
"NÓS TE CONVOCAMOS, MÃE SOMBRIA E ESTÉRIL, TU PARA QUE TODA A VIDA MANIFESTA CUMPRE RETORNAR ADVINDO SEU TEMPO; MÃE SOMBRIA DA TRANQUILIDADE E DO REPOUSO, ANTE QUEM OS HOMENS TREMEM PORQUE FALTA-LHES A COMPREENSÃO DE TI. NÓS TE CONVOCAMOS, QUE É TAMBÉM HÉCATE DA LUA MINGUANTE, SENHORA SOMBRIA DA SABEDORIA, QUE OS HOMENS TEMEM PORQUE TUA SABEDORIA SE ELEVA ACIMA DA DELES. NÓS, OS FILHOS OCULTOS DA DEUSA, SABEMOS QUE NADA HÁ A TEMER EM TEU ABRAÇO, DO QUAL NINGUÉM ESCAPA; QUE QUANDO ENTRAMOS EM TUA ESCURIDÃO, COMO DEVEM TODOS, SERÁ COMO ENTRAR NOVAMENTE NA LUZ. ASSIM, COM AMOR E SEM TEMOR, CONFIAMOS A TI ...................... NOSSA IRMÃ. TOMA-A, PROTEGE-A, NORTEIA-A, ADMITA-A À PAZ DE SUMMERLAND, QUE SE ENCONTRAM ENTRE A VIDA E A VIDA. E SABE, COMO SABES TODAS AS COISAS, QUE NOSSO AMOR COM ELA VAI."
O sacerdote apanha a tigela, o cordel, o martelo e o pano. A dança cessa e os membros se afastam a fim de admitir a Sacerdote ao centro da espiral, onde ele deposita o pano sobre o chão e a tigela sobre o pano. Em seguida, a extremidade livre do cordel à Donzela.
A sacerdotisa diz:
"SOLTE-SE O CORDEL PRATEADO, OU SE QUEBRE A TIGELA DOURADA, OU SE QUEBRE O CÂNTARO NA FONTE, OU SE QUEBRE NA CISTERNA E ENTÃO O PÓ RETORNARÁ À TERRA COMO ERA, E O ESPÍRITO RETORNARÁ À DEUSA QUE O CONCEDEU."
O sacerdote desata o cordel prateado e a Donzela o colhe. O Sacerdote embrulha então a tigela com o pano e a quebra com o martelo. A seguir recoloca o pano dobrado com os fragmentos da tigela e o martelo ao lado do altar. O Coven retorna, fechando novamente o círculo. A Donzela carrega o cordel prateado e durante a invocação que se segue, movendo-se em sentido horário em torno do círculo, o oferece primeiramente aos senhores das Atalaias do Oeste (Senhores da Morte e da Iniciação), depois aos Senhores das Atalaias do Leste (senhores do Renascimento). Em seguida, ela deposita o cordel no chão diante da VELA do leste e se reúne ao Sacerdote, junto ao altar (movendo-se sempre em sentido horário). Enquanto isso, a Sacerdotisa dirige-se novamente a dança, repetindo o movimento de volta em sentido horário, a fim de desfazer a espiral até que se torne mais uma vez um círculo completo, continuando a se mover em sentido horário.
Logo depois de recolocar o pano e o martelo ao lado do altar, o Sacerdote encara o coven e diz:
"NÓS TE CONVOCAMOS, AIMA, MÃE LUMINOSA E FÉRTIL, TU ÉS O ÚTERO DO RENASCIMENTO, DE QUEM TODA VIDA MANIFESTA PROCEDE E EM CUJO SEIO QUE JORRA TODOS SÃO NUTRIDOS. NÓS TE CONVOCAMOS, QUE É TAMBÉM PERSÉFONE DA LUA CRESCENTE, SENHORA DA PRIMAVERA E DE TODAS AS COISA NOVAS. A TI CONFIAMOS .............., NOSSA IRMÃ. TOMA-A, PROTEGE-A, NORTEIA-A; A CONDUZ NA PLENITUDE DO TEMPO A UM NOVO NASCIMENTO E UMA NOVA VIDA. E CONCEDE QUE, NESSA NOVA VIDA, ELA POSSA SER AMADA NOVAMENTE, COMO NÓS, SEUS IRMÃOS E IRMÃOS, A AMAMOS."
O Sacerdote e a Donzela juntam-se novamente ao coven, que desenvolve um movimento circular e a sacerdotisa inicia a Runa das feiticeiras, os demais se unindo a ela. Finda a runa, a Sacerdotisa ordena:
"AO CHÃO!"
os membros se sentam, formando um círculo olhando para o interior deste. A Sacerdotisa atribui papéis para a Lenda da Descida da Deusa ao Mundo Subterrâneo: o Narrador, A Deusa, O senho do Mundo Subterrâneo, e o Guardião dos Portais.
A Deusa é adornada com jóias, coberta com véu e fica na borda do círculo ao sudeste. O senhor do Mundo Subterrâneo coloca sua coroa, toma a espada e permanece com suas costas para o altar. O Guardião dos Portais toma seu ATHAME e o cordel vermelho e fica de pé encarando a Deusa.
A LENDA DA DESCIDA DA DEUSA AO MUNDO SUBTERRÂNEO
Narrador:
"NOS TEMPOS ANTIGOS, NOSSO SENHOR, O CORNUDO, ERA (E AINDA É) O CONSOLADOR, O CONFORTADOR. MAS OS HOMENS O CONHECIAM COMO O TERRÍVEL SENHOR DAS SOMBRAS, SOLITÁRIO, INFLEXÍVEL E JUSTO. MAS NOSSA SENHORA , A DEUSA RESOLVERIA TODOS OS MISTÉRIOS, ATÉ MESMO O MISTÉRIO DA MORTE; E ASSIM ELA VIAJOU AO MUNDO SUBTERRÂNEO. O GUARDIÃO DOS PORTAIS A DESAFIO..."
O Guardião dos portais desafia a Deusa com seu Athame.
"TIRA TUAS VESTES, PÕE DE LADO TUAS JÓIAS POIS NADA TU PODES TRAZER CONTIGO AO INTERIOR DESTA NOSSA TERRA."
A Deusa retira seu véu e as joias. Nada deve permanecer sobre seu corpo (se o Réquiem é realizado com os participantes vestidos, somente o manto simples dela deve permanecer sobre seu corpo). O Guardião então a prende com o cordel vermelho à maneira da iniciação de primeiro grau, com o centro do cordel em torno da frente do pescoço dela e as extremidades passando por seus ombros e indo atar seus pulsos por trás de sua cintura.
"ASSIM ELA SE DESPOJOU DE SUAS VESTES E DE SUAS JÓIAS E FOI AMARRADA COMO TODOS OS VIVOS QUE BUSCAM INGRESSAR NOS DOMÍNIOS DA Morte, A PODEROSA, TÊM QUE SER."
O Guardião dos portais conduz a Deusa perante o Senhor do Mundo Subterrâneo e, depois, se afasta para um lado.
"TAL ERA A BELEZA QUE A PRÓPRIA MORTE SE AJOELHOU E DEPOSITOU SUA ESPADA E COROA AOS SEUS PÉS."
O Senhor do Mundo Subterrâneo se ajoelha ante a Deusa, deposita sua espada e sua coroa no chão a cada lado dela, e em seguida beija os pés direito e esquerdo dela.
"...E BEIJOU SEUS PÉS, DIZENDO: ABENÇOADOS SEJA TEUS PÉS QUE TE TROUXERAM POR ESTES CAMINHOS. PERMANECE COMIGO, MAS DEIXA QUE EUPONHA MINHAS MÃOS FRIAS SOBRE TEU CORAÇÃO."
O senho do Mundo Subterrâneo ergue suas mãos, com as palmas para a frente e as retém a algumas polegadas do coração da Deusa.
"E ELA RESPONDE: EU NÃO TE AMO. POR QUE FAZES TODAS AS COISAS QUE AMO E NAS QUAIS ME COMPRAZO FENECEREM E MORREREM?"
O senho do mundo subterrâneo estende seus braços para baixo, com as palmas das mãos para a frente.
"SENHORA... - RESPONDEU A MORTE - TRATA-SE DA IDADE E DA FATALIDADE, CONTRA OS QUAIS SOI IMPOTENTE. A IDADE, O ENVELHECIMENTO LEVA TODAS AS COISAS A DEFINHAREM; MAS, QUANDO OS HOMENS MORREM AO DESFECHO DE SEU TEMPO, CONCEDO-LHE REPOUSO, PAZ E FORÇA PARA QUE POSSAM RETORNAR. MAS TU, TU ÉS LINDA. NÃO RETORNES, PERMANEÇA COMIGO. MAS ELA RESPONDE: EU NÃO TE AMO!"
O senhor do Mundo subterrâneo se levanta, vai até o altar e pega o açoite. Volta-se para encarar a deusa.
"E ENTÃO DISSE A MORTE: SE NÃO RECEBES MINHAS MÃOS SOBRE TEU CORAÇÃO, TENS QUE TE CURVAR AO AÇOITE DA MORTE. É A FATALIDADE - MELHOR ASSIM..."
Ela Disse e se Ajoelhou. E a morte a açoitou brandamente. A deusa se ajoelha encarando o altar. O senhor do mundo subterrâneo aplica-lhe de maneira muito branda três, sete, nove, vinte e um golpes do açoite.
"E ELA BRADOU: EU CONHEÇO AS AFLIÇÕES DO AMOR"
O Senhor do Mundo Subterrâneo recoloca o açoite no altar, ajuda a deusa a levantar-se e se ajoelha, encarando-a.
"E A MORTE A ERGUEU E DISSE: SEJAS ABENÇOADAS. E LHE DOU O BEIJO QUÍNTUPLO, DIZENDO: ASSIM APENAS PODES ATINGIR A ALEGRIA E O CONHECIMENTO"
O Senhor do Mundo subterrâneo dá na Deusa o beijo quíntuplo. Em seguida, desamarra os pulsos dela, depositando o cordel no chão.
"E ELE A ELA ENSINA TODOS OS SEUS MISTÉRIOS E LHE DÁ O COLAR QUE É O CÍRCULO DO RENASCIMENTO."
O senhor do Mundo Subterrâneo pega o colar no altar e o coloca em torno do pescoço da deusa. A Deusa então, toma a coroa e a recoloca na cabeça do senhor do Mundo Subterrâneo.
"E ELA ENSINA A ELE O MISTÉRIO DA TAÇA SAGRADA, QUE É O CAlDEIRÃO DO RENASCIMENTO."
O Senhor do Mundo Subterrâneo move-se diante do altar, no extremo leste deste, e a Deusa move-se diante do altar, no extremo oeste deste. A Deusa toma o CÁLICE em ambas as mãos, eles se entreolham e ele coloca ambas as mãos das dela.
"ELES AMARAM E SE TORNARAM UM, POIS HÁ TRÊS GRANDES MISTÉRIOS NA VIDA DO HOMEM,E A MAGIA OS CONTROLA A TODOS. PARA REALIZAR O AMOR, TENDES QUE RETORNAR NOVAMENTE AO MESMO TEMPO E NO MESMO LUGAR DAQUELES QUE SÃO OS AMADOS; E TENDES QUE ENCONTRÁ-LOS, CONHECÊ-LOS, LEMBRÁ-LOS E AMÁ-LOS DE NOVO."
O Senho do Mundo Subterrâneo solta as mãos da Deusa e esta recoloca o CÁLICE no altar. Ele toma o açoite em sua mão esquerda e a espada em sua mão direita e fica na posição do Deus, antebraço cruzados sobre o peito, espada e açoite apontados para cima, com suas costas para o altar. Ela fica ao lado dele na posição de Deusa, pernas escarranchadas e braços estendidos formando o pentagrama.
"MAS PARA RENASCER, TENDE QUE MORRER E SER PREPARADO PARA UM NOVO CORPO. E PARA MORRER TENDES QUE NASCER E SEM AMOR NÃO PODES NASCER. E NOSSA DEUSA SEMPRE SE INCLINA PARA O AMOR , E O JÚBILO, E A VENTURA; E ELA PROTEGE E ACARICIA SUAS CRIANÇAS OCULTAS NA VIDA, E NA MORTE MINISTRA O CAMINHO DA COMUNHÃO COM ELA; E MESMO NESTE MUNDO ELAS LHES ENSINA O MISTÉRIO DO CÍRCULO MÁGICO, QUE É DISPOSTO ENTRE OS MUNDOS DOS HOMENS E DOS DEUSES ."
O senhor do mundo subterrâneo recoloca o açoite, a espada e a coroa sobre o altar junto deste. Isto completa a Lenda e os atores se juntam de novo aos demais membros. A Grã Sacerdotisa diz:
"QUE PARTICIPEMOS AGORA, COMO A DEUSA NOS ENSINOU, DA FESTA DE AMOR DO VINHO DOS BOLOS; E A MEDIDA QUE O FAZEMOS, QUE NOS LEMBREMOS DE NOSSA IRMÃ ..................., COM A QUAL NÓS TÃO AMIÚDE COMPARTILHAMOS TAL FESTA. E MEDIANTE ESTA COMUNHÃO, NÓS COLOCAMOS AMOROSAMENTE NOSSA IRMÃ NAS MÃOS DA DEUSA."
Todos Dizem: "QUE ASSIM SEJA".
O vinho e os bolos são consagrados e passados por todos.
O mais cedo possível, após o Requiem, os fragmentos da tigela deverão ser ritualmente arremessados num rio, com a tradicional ordem:
"RETORNA AOS ELEMENTOS DOS QUAIS VIESTE".
RITOS DE PASSAGEM (5)
Para celebrar momentos especiais, quando acontecem mudanças altamente significativas, praticam-se rituais magico-religiosos conhecidos como "ritos de passagem".Através dos séculos as religiões criaram suas próprias formas de celebrar os momentos mais marcantes da vida da comunidade, cada uma com seus rituais mágicos específicos. Aqueles que desejam seguir a Bruxaria Antiga ou a Wicca, devem aprender, viver e prepare-se para celebrar os Ritos de Passagem, como são chamados estes momentos especiais.
RITO DE UNÇÃO:
Ocorre nos primeiros dias de nascimento de uma criança.
Antes do WICCANING.
Nesse rito, o recém-nascido é ungido com óleos mágicos e cada pessoa presente
lhe confere um dom e um presente mágico.
CRONING: RITO DA MATURIDADE FEMININA E SAGING: RITO DA MATURIDADE MASCULINA
É um Rito de Puberdade:
Este rito marca a passagem de uma pessoa para a fase adulta.
Para as meninas isso ocorre na primeira menstruação,
juntamente com o RITO DE MENARCA,
que é celebrada num ritual exclusivo de mulheres.
Para os meninos, a cerimônia que marca sua fase adulta é o RITO DE TRANSIÇÃO, que ocorre por volta dos 13 ou 14 anos e que é celebrado somente por homens.
A IMPORTÃNCIA DO RITO DE MENARCA
"Nas sociedades tribais, a menarca, o início do fluir do sangue, era celebrada com um rito de passagem, auxiliando a menina a realizar sua entrada para o reino do mana:
o poder sagrado transmitido pelo sangue e que tanto podia dar como tirar a vida.
Além de apaziguar o poder destruidor, o rito tinha como função auxiliar a menina a entender sua condição física e sua relação com a função procriadora da natureza.
Ainda uma criança em espírito e condição social, a partir de suas regras,
a jovem deve assumir o comando de sua vida.
Impossibilitadas de agir assim numa terra coberta de asfalto,
podemos, contudo, transformar esta prática num ritual.
É importante para as mulheres recuperarem
o sentido sagrado do fato biológico central em suas vidas.
O período menstrual é o momento em que podemos aprender mais a nosso respeito
e curar nossas feridas.
Assim reverenciada, a arte de menstruar pode ser recuperada,
possibilitando uma vida mais plena e feliz como mulher."
A menstruação é uma das coisas mais sagradas para uma Bruxa e provavelmente o Mistério mais profundo da sacralidade feminina e espiritualidade da Deusa.
Nas culturas antigas a primeira menstruação de uma garota, a menarca, era marcada com um Rito de Passagem especial. Isto era uma forma de iniciação que introduzia a garota na vida adulta lhe ensinando valores e Mistérios próprios dessa nova condição de vida. Rituais como este foram celebrados entre povos tão distantes quanto os africanos, havaianos, celtas e nativos americanos.
Muitas são as Tradições mágicas ligadas à menstruação da mulher e seu ciclo.
No Egito os Faraós faziam elixires mágicos com o sangue menstrual para aumentar os seus poderes espirituais e magnetismo. Os gregos misturavam o sangue menstrual de uma mulher nas sementes que seriam plantadas, pois acreditavam que isso aumentava a fertilidade do solo e a possibilidade de conseguir uma colheita farta. Muitas são as lendas que nos falam da criação do mundo através do sangue menstrual da Deusa.
Muitos povos antigos construíam templos especiais dedicados à reclusão das mulheres durante sua menstruação, uma vez que eles acreditavam que a mulher possuía poderes mágicos incríveis durante esta fase. As mulheres também eram altamente honradas durante seu período menstrual e recebiam privilégios. Entre os nativos americanos a mulher menstruada saia à noite para caminhar nua entre os campos quando as sementes estavam crescendo, isso afastava os insetos e pragas.
Quando a mulher não encontra solo fértil onde possa aprender e honrar este processo natural de transformação que ocorre em seu corpo, ela pode desenvolver danos psicológicos que acabam por transformar esta transição em uma fase brutal de crises, contestações, problemas emocionais e desencontros internos.
Algumas mulheres podem demorar anos para resolver as crises provindas de uma transição mal resolvida na adolescência, outras nunca sairão delas.
Uma mulher que não é ensinada a honrar a sacralidade do seu corpo e de sua menstruação perde o seu orgulho, sua auto-estima e confiança. O retorno aos rituais que celebram a Menarca e a transição da infância para a fase adulta da mulher através dos Mistérios do Sangue formam a noção de individualidade, honra e respeito em uma mulher, já que as mulheres não sentem naturalmente vergonha da sua menstruação, são sim ensinadas a isso. Quanto mais as mulheres honrarem seus próprios mistérios, a sacralidade de seu próprio corpo, mais a humanidade estará se afastando do caos promovido por séculos de patriarcado e ofuscação da força e poder feminino.
A verdadeira Bruxa deve ter consciência da sacralidade do seu próprio sangue mensal e sobre os Mistérios e ritos que o envolvem. Em tais ritos ela deve perceber o seu sangue como o elixir da vida, sem o qual nada nem ninguém existiria.
O sangue menstrual possibilita a mulher a lembrar todos os meses de que ela é a manifestação da Deusa na Terra, que ela é fértil como a Terra, que ela é a vida que nutre a vida. É o não reconhecimento a esta força e poder que faz a mulher se sentir estranha, fatigada, introspectiva e até mesma doente durante sua menstruação, pois renegar a importância e sacralidade deste período é renegar a própria Deusa. A mulher que honra seu ciclo mensal passa a ver o seu sangue não com vergonha, mas como sagrado, o sangue da cura, o sangue da vida, percebendo que a cura da vida está no retorno à sabedoria da mulher e da Deusa.
Os Mistérios do Sangue sempre estiveram associados aos poderes de magia da mulher. Antes dos avanços científicos e o entendimento biológico da menstruação, o ciclo mensal era visto como algo mágico, pois representava a capacidade que a mulher tinha de sangrar sem adoecer. Como para os povos primitivos o sangue estava diretamente ligado a vida e a morte, o fato das mulheres sangrarem mensalmente sem terem sua saúde prejudicada era motivo de espanto e reafirmava o poder da mulher, o qual todos honravam. Como ainda os processos de concepção não tinham sido descobertos, a gravidez era vista como a capacidade da mulher se auto-fertilizar, transformando o seu sangue em nova vida. Até a supremacia patriarcal imperar, os corpos e ventres das mulheres eram o templo sagrado da vida. Com a chegada das religiões patrilineares, a mulher passou a ser considerada a origem do pecado original e de todos os males da vida. A partir dai sua menstruação, a origem do seu poder espiritual, também passou a ser considerado algo pecaminoso, o qual deveria ser evitado. Os corpos da mulheres passaram a ser propriedade dos homens. Mulheres em todo mundo sofrem até hoje o impacto dessa mudança histórica. A menstruação então ganhou vários tabus. A própria bíblia impõe vários preceitos que devem ser seguidos pela mulher que menstruar ou por aqueles que tiverem contato com ela durante seu ciclo: A mulher que estivesse menstruando deveria permanecer intocada por um ciclo de 7 dias, qualquer pessoa que a tocasse era considerada impura; tudo o que ela tocasse durante seu período menstrual deveria ser limpo e purificado; quem se deitasse sobre a mesma cama que uma mulher menstruada deveria se purificar lavando suas roupas e seria considerado impuro durante um período de 24 horas. Para compreendermos isso devemos entender que a menstruação da mulher era vista como a fonte de seu poder mágico e espiritual. Assim sendo, tudo o que é sagrado se torna um tabu e o que se transforma em tabu com o tempo é esquecido, deixado de lado, evitado, ridiculzarizado. A Menstruação da mulher era o mais sagrado dos mistérios. Este ciclo a ligava com a Deusa, pois como Ela a mulher passava por transformações aproximadamente à cada 28 dias. Celebrar novamente os Mistérios do Sangue da mulher torna possível a restauração e resacralização de seu útero, de suas vidas, permitindo que as mulheres se sintam novamente donas do seu corpo e possam viver seus ciclos naturais que incluem menarca, gravidez e menopausa de forma mais equilibrada e em sua totalidade. Ao passo que nossa cultura deixa de realizar tais cerimônias, ela reforça os valores patriarcais e a continuidade da retirada e enfraquecimento do poder da mulher. Muitos são os danos psicológicos causados às mulheres por causa da negligência de nossa comunidade em honrar os Mistérios do Sangue da mulher. Isso inclui a noção de vergonha imposta pela sociedade moderna acerca da menstruação, que é visto por muitos como algo sujo, ruim e subjugador, colocando as mulheres numa posição inferior aos homens ao passo que isso deveria representar o contrário.
Infelizmente, milênios de supremacia e domínio patriarcal despojaram as mulheres de seu poder inato e negaram-lhe até mesmo seu valor como criadoras e nutridoras da própria vida. Reduzidas a meras reprodutoras, fornecedoras de prazer ou de mão-de-obra barata, as mulheres foram consideradas incompetentes, incapazes, desprovidas de qualquer valor e até mesmo de uma alma!
Não mais o respeito e a veneração pelo poder sagrado de seu sangue, mas a vergonha, a repulsa, o silêncio sobre "aqueles dias", as acusações e explicações "científicas" dos estados depressivos, explosivos ou das mudanças de humor como algo mórbido, que deveria ser tratado com remédios ou com a indiferença.
Em vez dos antigos rituais de renovação e purificação nas Cabanas ou Tendas Lunares, onde as mulheres se isolavam para recuperar suas energias e abrir seus canais psíquicos para o intercâmbio com o mundo espiritual, a mulher moderna deveria disfarçar, esforçando-se para continuar com suas atribuições cotidianas, perdendo o contato e sintonia com seu corpo e com a energia da Lua. O resultado é a tensão pré-menstrual, as cólicas, o ciclo desordenado, o desconhecimento dos "Ritos de Passagem" e dos "Mistérios da Mulher".
As meninas que passam por sua menarca sem nenhuma preparação ou celebração, aprendem, muitas vezes, as verdades sobre seus corpos de forma dolorosa ou prejudicial. Ao chegar na menopausa, a mulher sente-se marginalizada, desprezada, envelhecida, sem receber o apoio ou o ensinamento de como atravessar e aproveitar essa nova fase plena de possibilidades e de sabedoria.
Pelo ressurgimento do Sagrado Feminino, as mulheres estão reaprendendo o verdadeiro valor sagrado de seus corpos, de suas mentes e de seus corações. Restabelecem-se os rituais de passagem, celebrando as fases de transição na vida da mulher : a menarca (primeira menstruação), a maturidade sexual, a gestação, o parto e a menopausa.
É imperativo à mulher contemporânea recuperar a sacralidade de sua biologia. Para isso, ela deve lembrar seus antigos conhecimentos, compreender os verdadeiros mitos e arquétipos de sua natureza lunar, reconhecer o poder mágico de seu ventre e sua conexão com a Deusa.
A sociedade atual, altamente industrializada e intelectualizada, é carente de Ritos de Passagem e Celebrações, preocupando-se apenas com a produtividade, o consumismo e os modismos.
É vital para a mulher moderna suprir essa lacuna lendo e reaprendendo as antigas tradições, usando sua intuição e sabedoria para adaptá-las à sua realidade moderna, celebrando os Ritos de Passagem.
Esse ato de "acordar" e "relembrar" reconecta a mulher à sua essência verdadeira, dando-lhe novos meios para viver de forma mais plena, harmônica, mágica e feliz.
A RODA DO ANO
A RODA DO ANO, O QUE É E COMO FUNCIONA?
A Roda do Ano é o conjunto de Sabbats ou Festivais Sazonais praticados pelos Wiccanos.
É constituída por 8 Sabbats (Dois Solísticios, Dois Equinócios e 4 Sabbats Principais).
A HISTÓRIA DA RODA DO ANO
A Roda do Ano, é constituida por 8 Sabbats, como já disse, e cada um destes tem a sua origem. A maioria dos Sabbats provêm da cultura Celta, porém alguns (como o Beltaine e o Samhain) são ainda mais antigos.
Na era do Paleopaganismo (há mais de 4000 anos) só havia esses dois festivais, do fogo. Para acolher e despedir das estações de nascimento e de morte. Os festivais de fogo estavam associados às cerimónias da sementeira, da colheita e da caça. À medida que a história europeia foi progredindo foram sendo acrescentados mais dois festivais (Imbolc e Lughnassad/Lammas), e mais tarde os equinócios e os solisticios.
Na época medieval, os cronistas da Igreja desejavam acabar com o Paganismo, fazendo as pessoas desistir de celebrar estes festivais, foi isto que levou os cronistas a denominarem estes 8 festivais pagãos de "Sabbats". A palavra Sabbat tem origem na derivação francesa s 'battre que significa "brincar" ou "celebrar". Os oficiais da Igreja afirmavam que aqueles que participassem nas Festividades Pagãs estariam a brincar com o Diabo, assim tornando os Sabbats como algo do mal.
Atualmente, os Wiccanos, celebram os oito Festivais de modo muito semelhante ao dos seus antepassados. Os Sabbats traçam o movimento do Sol ao longo do ano e são destinados a canalizar boa sorte e prosperidade, de acordo com o segmento do ano com que cada feriado se relaciona.
O MITO DA RODA DO ANO
Em Samhain, a roda termina e começa uma vez mais. A Deusa está na sua face Anciã, e o Deus perde as suas forças, porém cresce, incessantemente, no ventre da Deusa. A Deusa desce as profundezas do Submundo, onde irá descansar, até ao seu filho nascer.
Em Yule, o Deus nasce e torna-se a Criança da Promessa, que irá trazer Luz de volta a Terra e será o Consorte da Deusa, durante outra Roda.
Em Imbolc a Deusa descansa do seu parto e o Deus é um jovem cheio de energia, mas que não consegue ainda iluminar as terras.
Ostara chega, calmamente, e o Deus começa a ganhar cada vez mais força e luz, ficando mais tempo no céu, a cada dia que passa, iluminando e aquecendo o seu reino. Os deuses são jovens e apaixonados.
A Roda continua a girar e Beltaine chega, a terra está semeada e pronta a florir. O casamento dos Deuses consumou-se, o Deus é um homem maduro e vigoroso e a Deusa prepara-se, uma vez mais, para ser mãe.
O Outono aproxima-se, e com ele vem Lammas e Mabon. O Deus começa a enfraquecer e adapto a sua face de Avô e Sábio, tal como os dias ficam mais curtos. A Deusa lamenta o enfraquecimento do Deus, enquanto ao mesmo tempo, se alegra, pois sente o seu filho, futuro Deus, dentro do seu ventre.
E aqui, roda mais uma vez, a eterna Roda do Ano, pois mais uma vez, chegamos a Samhain!
SABBATHS
Como qualquer Religião a WICCA possui festivais. A diferença é que na Wicca, esses festivais estão intimamente ligados ao que chamamos de “A Roda do Ano”, uma representação a nível cosmológico das crenças em um ciclo de nascimento, vida, morte e renascimento.
Estas festividades estão também ligadas ao ciclo das colheitas,
as fases da Lua e as estações do ano.
As principais são as festividades Solares ligadas astronomicamente aos Solstícios e os Equinócios. No Brasil, alguns Wiccanos tem preferência por praticar a Arte pelo Hemisfério Norte, mesmo estando localizados no Hemisfério Sul.
HEMISFÉRIO SUL:
SAMHAIN - 30 de ABRIL
OS SABBATHS - 1. SAMHAIN/ HALLOWEEN
- 1. SAMHAIN/HALLOWEEN -
ANO NOVO OU NOITE DOS ANCESTRAIS
(31 de Outubro) H. Norte / (30 de Abril) H. Sul.
Este é o mais importante de todos os Festivais, pois, dentro do círculo, marca tanto o fim quanto o início de um novo ano.
Nessa noite, o véu entre o nosso mundo e o mundo dos mortos se torna mais tênue, sendo o tempo ideal para nos comunicarmos com os que já partiram. As BRUXAS não fazem RITUAIS para receber mensagens dos mortos e muito menos para incorporar espíritos. O sentido do Halloween é nos sintonizarmos com os que já partiram para lhes enviar mensagens de AMOR e harmonia.
A noite do Samhain (pronuncia-se SOUEN), é uma noite de alegria e festa, pois marca o início de um novo período em nossas vidas, sendo comemorado com muito ponche, bolos e doces.
A cor do sabá é o negro, sendo o Altar adornado com maçã, o símbolo da Vida Eterna.
O vinho é substituído pela sidra ou pelo suco de maçã. Deve-se fazer muitas brincadeiras com dança e música.
Os nomes das pessoas que já se foram são queimados no Caldeirão, mas nunca com uma conotação de tristeza!
No Altar e nos Quadrantes não devem faltar as tradicionais Máscaras de Abóbora com VELAS dentro.
Antigamente, as pessoas colocavam essas abóboras na janela para espantar os maus espíritos e os duendes que vagavam pelas noites do Samhain.
Essa palavra significa "Sem Luz", pois, nessa noite, o Deus morreu e mundo mergulha na escuridão.
A Deusa vai ao Mundo das Sombras em busca do seu amado, que está esperando para nascer. Eles se amam, e, desse amor, a semente da luz espera no Útero da Mãe, para renascer no próximo Solstício de Inverno como a Criança da Promessa.
A Roda continua a girar para sempre.
Assim, não há motivo para tristezas, pois aqueles que perdemos nessa vida irão renascer, e, um dia, nos encontraremos novamente, nessa jornada infinita de evolução.
Essa é a noite em que a barreira entre nosso mundo e o mundo dos espíritos fica mais fina.
É quando o Deus Cornudo se sacrifica para se tornar a semente de próprio renascimento em Yule .
É quando os pastores recolhem o gado e o povo recolhe-se em casa, fugindo da época mais escura do inverno. A data marca o fim do Calendário celta.
A noite de Samhain se encontra no meio exato entre o ano que se vai e o que vem pela frente, e é portanto uma data atemporal. É o famoso Dias das Bruxas.
COMEMORANDO O SAMHAIN:
Deposite sobre o altar maçãs, romãs, abóboras e outros frutos do fim do outono.
Flores outonais como Madressilva e Crisântemos também são indicados.
Escreva num pedaço de papel um aspecto de sua vida do qual deseja livrar-se, um sentimento negativo ou um hábito ruim, doenças.
O caldeirão deve estar presente no altar.
Um pequeno prato com o símbolo da roda de oito aros também deve estar presente.
Antes do RITUAL sente-se em silêncio e pense nos amigos e nas pessoas amadas que não mais estão entre nós.
Não se desespere. Saiba que partiram para coisas melhores. Tenha firme em mente que o plano físico não é a realidade absoluta, e que a alma jamais morre.
Prepare o altar, acenda as VELAS e o INCENSO, crie o círculo.
Invoque a Deusa e o Deus.
Erga uma das romãs e com sua recém lavada faca de cabo branco, perfure a casca da fruta. Remova diversas sementes e coloque-as no prato com o desenho da roda.
Erga seu bastão, volte-se para o altar e diga;
-"Nesta noite de Samhain assinalo sua passagem, Ó rei Sol através do poente ruma à TERRA da Juventude.
Assinalo também a passagem de todos os que já partiram, e dos que irão posteriormente.
Ó Graciosa Deusa, Eterna Mãe, que dá à Luz os caído, ensina-me a saber que nos momentos de maior escuridão surge a mais intensa luz."
Prove as sementes de romã; parta-as com seus dentes e saboreie seu gosto agridoce.
Olhe para o símbolo de oito aros no prato; a roda do ano o ciclo das estações o fim e o início de toda a criação.
Acenda um FOGO dentro do caldeirão, uma VELA serve.
Sente-se diante dele, segurando o papel, observando suas chamas. Diga:
- "Ó Sabia Lua, Deusa da noite estrelada, criei este FOGO dentro de seu caldeirão para transformar o que me vem atormentando.
Que as energias se revertam: Das trevas, luz! Do mal, o bem! Da morte, o nascimento!"
Ateie FOGO ao papel com as chamas do caldeirão e jogue-o em seu interior.
Enquanto queima, saiba que o mal diminui, reduzindo-se e finalmente o abandonando ao ser consumido pelos fogos universais. Se quiser, pode utilizar métodos para adivinhar o futuro e ver o passado.
Tente regressar a vidas passada se quiser, mas deixe os mortos em paz.
Honre-os com suas memórias mas não os chame até você.
Libere quaisquer dores e sentimentos de perda que possa sentir nas chamas do caldeirão. Trabalhos de magia, se necessários podem-se seguir.
Celebre o banquete Simples. O círculo está desfeito.
ERVAS TÍPICAS DO SAMHAIN - HALLOWEEN:
Maçãs, Verbena, Abóboras, Sálvia, Palha, Crisântemo, Absinto, Pêra, Avelã, Romã, Grãos, Castanhas e Milho.
COMIDAS TÍPICAS DO SAMHAIN - HALLOWEEN:
Beterrabas, Nabos, Milho, Castanhas, GENGIBRE , Cidra, Vinho Quente e pratos com abóboras e pratos com carne.
YULE - 21 de JUNHO
OS SABBATHS - 2. YULE
2. YULE
(21 de Dezembro) H. Norte / (21 de Junho) H. Sul
Esse é o Solstício de Inverno, a noite mais longa do Ano.
A partir desse dia, o Sol se aproxima da Terra, e a escuridão do inverno ameaça ir embora.
É quando a Deusa dá à luz seu novo filho, o Deus renovado e forte, ainda bebê.
É importante notar que no hemisfério norte o Yule é comemorado na mesma época do Natal, e que tem significado muito parecido com o feriado cristão: o nascimento do Deus menino, filho de um Deus maior, aquele que trará a esperança à Terra.
O hábito de trazer pinheiros para dentro de casa é um hábito totalmente pagão: o Pinheiro, o azevinho, e tantas outras árvores tão utilizadas no Natal são árvores cujas as folhas perenes e sempre verdes, e por isso simbolizam a continuação da vida.
Os sinos são símbolos femininos de fertilidade, e anunciam os espíritos que possam estar presentes.
É desta data antiga que se originou o Natal Cristão.
Nesta época, a Deusa dá à Luz o deus, que é reverenciado como CRIANÇA PROMETIDA.
Em Yule é tempo de reencontrarmos nossas esperanças, pedindo para que os DEUSES rejuvenesçam nossos corações e nos dêem forças para nos libertarmos das coisas antigas e desgastadas.
É hora de descobrirmos a criança dentro de nós e renascermos com sua pureza e alegria.
Coloque flores e frutos da época no altar. Se quiser, pode fazer uma árvore enfeitada, pois está é a antiga tradição "pagã", onde a árvore era sagrada e os meses do ano tinham nomes de árvores. Esta é a noite mais longa do ano, onde a Deusa é reverenciada como a Mãe da Criança Prometida ou do Deus Sol, que nasceu para trazer Luz ao mundo.
Da mesma forma, apesar de todas as dificuldades, devemos sempre confiar em nossa própria luz interior.
COMEMORANDO O YULE:
O altar é decorado com plantas como pinho, ALECRIM , LOURO, zimbo e cedro, os quais podem ser utilizados para marcar o Círculo.
Folhas secas também podem ser colocadas no altar.
Encha o caldeirão - no altar e sobre uma superfície à prova de FOGO - com algum líquido inflamável(álcool), ou então coloque uma VELA vermelha dentro do caldeirão.
Em RITUAIS externos, prepare uma fogueira sob o caldeirão, a ser acesa durante o RITUAL . Prepare o Altar, acenda as VELAS e o INCENSO , crie o círculo, invoque a Deusa e o Deus.
De pé diante do caldeirão, contemple seu interior.
Diga estas palavras ou outras semelhantes.
-"Não me aflijo, embora o mundo esteja envolto em sono. Não me aflijo, embora os ventos gélidos soprem. Não me aflijo, embora a neve caia dura e profunda. Não me aflijo, logo isto também será passado."
Acenda o caldeirão(ou a vela), usando fósforos longos ou uma vela, enquanto as chamas crepitam, diga:
-"Acendo este FOGO em sua honra, Deusa Mãe. Você criou vida a partir da morte; o calor do frio; O sol vive novamente; o tempo de luz está crescendo. Bem - vindo, Deus Solar que sempre retorna! Salve, mãe de Tudo!"
Circule o altar e o caldeirão lentamente, no sentido horário, observando as chamas. Repita o seguinte por algum tempo:
-"A roda gira, o poder queima!"
Medite sobre o Sol, sobre as energias ocultas que adormecem durante o inverno, não apenas na TERRA mas em nós mesmos.
Pense no nascimento não como o início da vida, mas sim sua continuação.
Dê boas vindas ao Deus.
Após algum tempo, pare e novamente de pé diante do altar e do caldeirão no fogo, diga:
-"Grande Deus do Sol, Saúdo o Teu retorno. Que brilhes sobre a Deusa; Que brilhes sobre a Terra, Espalhando as semente e fertilizando o solo. A Ti todas as bênçãos, Ó renascido do Sol!"
Trabalhos de magia, se necessários, podem-se seguir!
Celebre o banquete simples.
O circulo está desfeito.
ERVAS TÍPICAS DO YULE:
Louro, CAMOMILA , ALECRIM , Sálvia, Zimbo, Cedro e outras.
COMIDAS TÍPICAS DO YULE:
Carne de porco, castanhas, frutas como a maçã e peras, bolos de castanhas embebidos de cidra, chás de GENGIBRE ou hibisco.
CANDLEMAS - 1 de AGOSTO
SABBATHS - 3. IMBOLC/CANDLEMAS
3. IMBOLC OU CANDLEMAS - Festa do Fogo ou Noite de Brigit
(02 de fevereiro) H. Norte / (1 de Agosto) H. Sul
Este Sabá é dedicado à Deusa Brigit, Senhora da Poesia, da Inspiração, da CURA , da ESCRITA , da Metalurgia, das Artes marciais e do FOGO .
Nesta noite, as BRUXAS colocam VELAS cor de laranja ao redor do círculo, e uma VELA acesa dentro do Caldeirão.
Se o RITUAL é feito ao AR livre, pode-se fazer tochas e girar ao redor do círculo com elas.
A BRUXA mais jovem da Assembleia pode representar Brigit, entrando por último no círculo para acender, com sua tocha, a VELA do caldeirão, ou a fogueira, se o RITUAL for ao AR livre, o que representaria a Inspiração sendo trazida para o círculo pela Deusa.
Os membros do Coven devem fazer poesias, ou cantar em homenagem a Brigit.
Pedidos, agradecimentos ou poesias devem ser queimados na fogueira ou no caldeirão em oferenda, no fim do ritual.
O Deus está crescendo e se tornando mais forte, para trazer a Luz de volta ao mundo.
É hora de pedirmos proteção para todos os jovens, em especial da nossa família e do Coven. Devemos mentalizar que o Deus está conservando sempre viva dentro de nós a chama da saúde, da coragem, da ousadia e da juventude.
O altar deve ser enfeitado com flores amarelas, alaranjadas ou vermelhas.
A consagração deve ser feita pelos membros mais JOVENS do Coven.
Literalmente quer dizer dentro do útero.
O inverno ainda não foi embora, mas por baixo da neve a vida floresce e ganha força.
As coisas não acontecem diante de nossos olhos, mas já estão lá, lentamente, pulsando, esperando o momento certo para vir à tona.
A Deusa vagarosamente recupera-se do parto, e acorda sob a energia revigorante do Sol.
Esse é o também chamado Festival das Luzes, em que se acendem VELAS por toda a casa, mais especialmente nas janelas, para anunciar a vinda do Sol e mostrar ao menino Deus seu caminho.
COMEMORANDO O CANDLEMAS:
Um símbolo da estação, como uma representação de um floco de neve, uma flor branca ou talvez um pouco de neve num recipiente de CRISTAL, pode ser depositado no altar.
Uma VELA laranja, ungida com ÓLEO de almíscar, CANELA, olíbano ou ALECRIM, ainda por acender, também deve estar presente.
Pode-se derreter neve para que seja usada como ÁGUA na criação do círculo.
Prepare o altar, acenda as VELAS e o INCENSO, crie o círculo, invoque a Deusa e o Deus.
Diga as palavras a seguir:
-"Este é o período da festa das tochas, Quando todas as lanternas queimam e brilham para saudar o renascimento do Deus. Eu celebro a Deusa, Eu celebro o Deus; Toda a TERRA celebra Sob seu manto de sono."
Acenda a VELA laranja com a VELA vermelha do altar (ou no ponto sul do círculo).
Caminhe lentamente ao redor do círculo no sentido horário, levando consigo a vela.
Diga estas palavras ou semelhantes:
-"Toda a TERRA está envolta pelo inverno. O AR está frio e o gelo envolve a Terra. Mas, Senhor do Sol, O Chifrudo dos animais e locais silvestres, sem ser visto renascente a partir da graciosa Deusa Mãe,Senhora de toda fertilidade. Salve, Grande Deus! Salve e bem - vindo!"
Pare diante do altar, erguendo a vela. Observe sua chama. Visualize sua vida florescendo em criatividade, com energias e forças renovadas.
Se precisar olhar para o futuro ou passado, este é o momento ideal.
Pode-se seguir praticar trabalhos de magia, se necessários.
Celebre um banquete simples!
O círculo está desfeito.
ERVAS TÍPICAS DO CANDLEMAS:
Angélica, Manjericão, LOURO, Benjoim, Urze, Mirra e Flores amarelas.
COMIDAS TÍPICAS DO CANDLEMAS:
Laticínios, Creme azedo, Comidas condimentadas e encorpadas, pratos com pimenta, curry, cebolas, cebolinha ou alho-poró, pratos com passas e um vinho bem forte.
OSTARA - 21 de SETEMBRO
SABBATHS - 4. OSTARA ou SPRING
4. OSTARA ou SPRING - Equinócio de Primavera
(21 de Março) H. Norte / (21 de Setembro) H. Sul
Pela primeira vez no ano o dia e a noite se fazem iguais.
É portanto, uma data de equilíbrio e reflexão.
Os dias escuros se vão, e a TERRA está pronta para ser plantada. É quando os Deus e Deusa se apaixonam, e deixam de ser mãe e filho.
Nessa data, a semente da vida é semeada no ventre da Deusa, a Donzela revigorada e cheia de alegria.
O Deus é devidamente armado para sair em sua viagem no mundo das trevas e reconquistá-lo, para que posteriormente a luz volte a reinar.
Ostara é o Festival em homenagem à Deusa Oster, senhora da Fertilidade, cujo símbolo é o coelho.
Foi desse antigo festival que teve origem a Páscoa.
Os membros do Coven usam grinaldas, e o Altar deve ser enfeitados com flores da época.
É um costume muito antigo colocar ovos pintados no Altar.
Eles simbolizam a fecundidade e a renovação.
Os ovos podem ser pintados crus e depois enterrados, ou cozidos e comidos enquanto mentalizamos nossos desejos.
Nesse caso, não utilize tintas tóxicas, pois podem provocar problemas se ingeridas.
Use anilinas para bolo, ou cozinhe os ovos com cascas de cebola na água, o que dará uma bela cor dourada.
Antes de comê-los, os membros do Coven devem girar de mãos dadas em volta do Altar para energizar os pedidos.
Os ovos devem ser decorados com símbolos mágicos, ou de acordo com a sua criatividade.
Os pedidos devem ser voltados à "fertilidade" em todas as áreas.
COMEMORANDO O OSTARA:
Deve-se colocar flores no altar, ao redor do círculo e enfiadas no chão.
O caldeirão pode ser cheio com ÁGUA mineral e flores, e botões e brotos também podem adornar as vestes.
Uma pequena planta envasada deve ser colocada no altar.
Prepare o altar, acenda as VELAS e o INCENSO, e abra o círculo, invoque a Deusa e o Deus.
De pé diante do altar, observe a planta e diga:
-"Ó Grande deusa, Liberta da prisão gelada do inverno. Agora é a hora do verdejar, quando a fragrância das flores se espalha com a brisa. Este é o início. A vida se renova por sua magia, Deusa da Terra. O deus se distende e se ergue, ansioso em sua juventude, e pleno com sua promessa do verão."
Toque a planta.
Concentre-se a sua energia e através dela com toda natureza. Viaje por suas folhas e ramos em sua visualização do centro de sua consciência para fora de seu braço e dedos e penetrando dentro da própria planta.
Explore sua natureza interior; sinta os milagroso processos da vida ativos em seu interior.
Após algum tempo, ainda tocando a planta, diga:
-"Caminho pela TERRA em amizade, não como dominador. Deusa Mãe e Deus Pai, depositem em mim através desta planta um AMOR por todas as coisas vivas; Ensinem-me a reverenciar a TERRA e todos os seus tesouros. Que eu jamais me esqueça."
Medite acerca das mudanças de estações. Sinta o crescer das energias na TERRA a seu redor. Trabalhos de magia, se necessários, podem seguir.
Celebre um banquete simples.
O círculo está desfeito.
ERVAS TÍPICAS DO EQUINÓCIO DE PRIMAVERA - OSTARA:
Cinco- folhas, Narciso, Madressilva, Íris, JASMIM, ROSA, Morango e Violeta.
COMIDAS TÍPICAS DO EQUINÓCIO DE PRIMAVERA – OSTARA:
Sementes como o Girassol, abóbora e GERGELIM, assim como Castanhas de Pinheiro. Brotos, verduras folhosas e verdes. Pratos com flores, como nastúrcios recheados ou bolinhos de CRAVO.
BELTANE - 31 de OUTUBRO
SABBATHS - 5. BELTANE
5. BELTANE - A Fogueira de Belenos
(01 de Maio) H. Norte / (01 de Novembro) H. Sul
É o Sabbath da fertilidade, em que se celebra o casamento dos DEUSES.
As fogueiras de Novembro são acesas, e os postes de Novembro levantado.
É uma festa alegre, em que as mulheres usam coroas de flores e todos dançam ao redor das fogueiras.
Agradecemos pelo fim da metade escura do ano, e pelo início da época da luz.
Abrimos nosso coração para a comunidade, e nossas vidas voltam-se para a mesma.
O mundo já pertence ao Deus Sol, e a metade Luz do ano tem início.
Esse foi um dos primeiro feriados a ser destruído pelos Cristãos, que viam nas celebrações sexuais somente o pecado, e as entendiam como ofensa a seu Deus.
Talvez os padres não soubessem que o AMOR sob vontade é o maior dos RITUAIS, a mais grandiosa das celebrações à vida, à alegria, à Natureza e portanto aos DEUSES!!!
Beltane é o mais alegre e festivo de todos os Sabás.
O Deus, que agora é um jovem no auge da sua fertilidade, se apaixona pela Deusa, que em Beltane se apresenta como a Virgem e é chamada "Rainha de Maio".
Em Beltane se comemora esse AMOR que deu origem a todas as coisas do Universo.
Beleno é a face radiante do Sol, que voltou ao mundo na Primavera.
Em Beltane se acendem duas fogueiras, pois é costume passar entre elas para se livrar de todas as doenças e energias negativas.
Nos tempos antigos, costumava-se passar o gado e os animais domésticos entre as fogueiras com a mesma finalidade.
Daí veio o costume de "pular a fogueira" nas festas juninas.
Se não houver espaço, duas tochas ou mesmo duas VELAS podem ter a mesma função.
Deve-se ter o maior cuidado para evitar acidentes!
Uma das mais belas tradições de Beltane é o MAYPOLE, ou MASTRO DE FITAS.
Trata-se de um mastro enfeitado com fitas coloridas.
Durante um RITUAL, cada membro escolhe uma fita de sua cor preferida ou ligada a um desejo. Todos devem girar trançando as fitas, como se estivessem tecendo seu próprio destino, colocando-nos sob a proteção dos DEUSES.
É costume em WICCA jamais se casar em Maio, pois esse mês é dedicado ao casamento do Deus e da Deusa.
COMEMORANDO O BELTANE:
Se possível celebre o Beltane num bosque ou próximo a uma árvore viva.
Caso não seja possível, traga uma pequena árvore para o círculo, de preferência envasada; pode ser qualquer tipo.
Crie uma pequena oferenda ou AMULETO para Honrar o casamento da Deusa e do Deus para pendurar na árvore.
Pode fazer vários deles se quiser.
Tais oferendas podem ser saquinhos cheios com flores perfumadas, colares de contas, entalhes, guirlandas de flores - o que seu talento e sua imaginação permitirem.
Arrume o altar, acenda as VELAS e o INCENSO, abra o círculo, invoque a Deusa e o Deus.
De pé diante do Altar, diga, com as mãos erguidas:
-"Ó Deusa Mãe, rainha da noite e da Terra; Ó Deus Pai, Rei do dia e das florestas, eu celebro sua união enquanto a natureza se alegra num ruidoso BANHO de cor e vida. Aceitem meu presente, Deusa mãe e Deus pai Em honra à sua união."
Coloque as oferendas na árvore.
-"De sua união surgirá a vida renovada; Uma profusão de criaturas vivas cobrirá a TERRA, e os ventos soprarão puros e doces. Ó antigos, eu celebro com Vocês!!"
Pratique magia a seguir, se necessário.
Celebre um Banquete simples. O círculo está desfeito.
ERVAS TÍPICAS DO BELTANE:
Amêndoa. ANGÉLICA, Freixo, Margarida, olíbano, Hera, Mal-me-quer.
COMIDAS TÍPICAS DO BELTANE:
Alimentos vindos ou derivados do Leite, Creme de cravo-de-defunto, Sorvetes de baunilha, bolos de aveia.
LITHA - 21 de DEZEMBRO
SABBATHS - 6. LITHA ou MIDSUMMER
6. LITHA ou MIDSUMMER - Solstício de Verão
(21 de Junho) H. Norte / (21 de Dezembro) H. Sul
Esse é o ápice do verão, quando o Deus e a Deusa se encontram em sua plena juventude, e com toda energia da vida ascendente.
Na noite de Midsummer (O Solstício de Verão) fadas, duendes e toda a sorte dos ELEMENTAIS correm pela Terra, celebrando o fervor da vida.
A data era comemorada nos tempos antigos geralmente com jogos e festivais.
O corpo e o físico são reverenciados nesta data. Nesse dia o Sol atingiu a sua plenitude.
É o dia mais longo do ano.
O deus chega ao ponto máximo de seu poder.
Este é o único Sabá em que às vezes se fazem feitiços, pois o seu poder mágico é muito grande.
COMEMORANDO O MIDSUMMER ou LITHA:
É hora de pedirmos coragem, energia e saúde.
Mas não devemos nos esquecer que, embora o Deus esteja em sua plenitude, é nessa hora que ele começa a declinar.
Logo Ele dará o último beijo em sua amada, a Deusa, e partirá no Barco da Morte, em busca da TERRA do Verão.
Da mesma forma, devemos ser humildes para não ficarmos cegos com o brilho do SUCESSO e do Poder.
Tudo no Universo é cíclico, devemos não só nos ligarmos à plenitude, mas também aceitar o declínio e a Morte.
Nesse dia, costuma-se fazer um círculo de PEDRAS ou de VELAS vermelhas.
Queimam-se flores vermelhas ou ERVAS solares (como a Camomila) juntamente com os pedidos no Caldeirão."
ERVAS TÍPICAS DO MIDSUMMER:
Camomila, Sabugueiro, Lavanda, ARTEMÍSIA, Pinho, ROSAS, Verbena, Samambaia, CRAVO, Margarida, Lírio e Hera.
COMIDAS TÍPICAS DO MIDSUMMER:
Frutas frescas e vinho doce.
LAMMAS - 2 de FEVEREIRO
SABBATHS - 7. LAMMAS ou LUGHNASADH
7.LAMMAS ou LUGHNASADH - Festada Colheita
(01 de Agosto) H. Norte / ( 01 de Fevereiro) H. Sul
Este é o primeiro dos três Sabbaths da colheita.
O Deus já dominou o mundo das trevas e agora passará por leves mudanças, seu poder está declinando com o passar dos dias.
Por isso, o honramos e agradecemos pela energia dispensada sobre as colheitas.
O dia é comumente associado a Lugh, Deus Celta do Sol.
Lughnasad era tipicamente uma festa agrícola, onde se agradecia pela primeira colheita do ano. Lugh é o Deus Sol.
Na Mitologia Celta, ele é o maior dos guerreiros, que derrotou os Gigantes, que exigiam sacrifícios humanos do povo.
A tradição pede que sejam feitos bonecos com espigas de milho ou ramos de trigo representando os DEUSES, que nesse festival são chamados Senhor e Senhora do Milho.
Nessa data deve-se agradecer a tudo o que colhemos durante o ano, sejam coisas boas ou más, pois até mesmo os problemas são veículos para a nossa evolução.
O outro nome do Sabát é Lammas, que significa "A Massa de Lugh".
Isso se deve ao costume de se colher os primeiros grãos e fazer um pão que era dividido entre todos.
Os membros do Coven devem fazer um pão comunitário, que deverá ser consagrado junto com o vinho e repartido dentro do círculo.
O primeiro gole de vinho e o primeiro pedaço de pão devem ser jogados dentro do Caldeirão, para serem queimados juntamente com papéis, onde serão escritos os agradecimentos, e grãos de cereais.
O boneco representando o Deus do milho também é queimado, para nos lembrar de que devemos nos livrar de tudo o que é antigo e desgastado para que possamos colher uma nova vida.
O Altar é enfeitado com sementes, ramos de trigo, espigas de milho e frutas da época.
COMEMORANDO O LUGHNASADH:
Coloque sobre o altar feixes de trigo, cevada ou aveia, frutas e pães, talvez um pão no formato do Sol ou de um homem para representar o Deus.
Bonequinhas de milho, simbolizando a Deusa, também podem estar presentes.
Arrume o altar, acenda as VELAS e o INCENSO , abra o círculo.
Invoque a Deusa e o Deus.
De pé diante do altar, erguendo os feixes de grãos diga estas palavras ou palavras semelhantes. --"Agora é o período da Primeira Colheita, quando a fartura da natureza se dá para nós, para que possamos sobreviver. Ó Deus dos campos maduros, Senhor dos Grãos, conceda-me a compreensão deste sacrifício enquanto se prepara para se entregar à foice da Deusa e partir para a TERRA do eterno verão.
Ó Grande Deusa da lua Nova, ensine-me os segredos do renascimento enquanto o Sol perde sua força e as noites se tornam frias."
Esfregue as pontas do trigo para que os grãos caiam sobre o altar.
Erga um pedaço de fruta morda-o, saboreando seu gosto, e diga:
-"Eu partilho da primeira colheita, mesclando suas energias com as minhas para que possa continuar minha busca pela sabedoria das estrelas e pela perfeição. Ó Senhora da Lua e Senhor do Sol, graciosos perante os quais as estrelas interrompem sua trajetória, eu ofereço meus agradecimentos pela fertilidade continua da Terra. Que o Grão pendente libere suas sementepara que sejam enterradas no seio da Mãe, assegurando o renascimento no calor da primeira vindoura."
Consuma o restante da fruta.
Trabalhos de magia se necessários, podem ser praticados.
Celebre um Banquete Simples.
O círculo é desfeito.
ERVAS TÍPICAS DO LUGHNASADH:
Flores de Acácia, Aloé, Talo de milho, olíbano, Girassol, Trigo, Maça Verde, Uva, Pera, Groselha, Abrunho e Urze.
COMIDAS TÍPICAS DO LUGHNASADH:
Pães, Amoras pretas e outras frutinhas, frutos do Carvalho (já livres de seu veneno), Maçãs Verdes, Frutas da época e Vinho de Uva.
MABOM - 21 de MARÇO
SABBATHS - 8. MABON
8. MABON - Equinócio de Outono
(21 de Setembro) H. Norte / (21 de Março) H. Sul
Este é o segundo dos feriados da Colheita.
A fraqueza do Deus já se faz sentir, e as plantações vão aos poucos desaparecendo, enquanto os estoques se enchem.
Derrama-se leite sobre a TERRA para agradecer pela fertilidade e bondade da terra.
Agora, nos fechamos, e nossos corações voltam-se para nós mesmos.
Período Negro do ano se aproxima aos poucos.
É uma data especial para invocarmos espíritos familiares, guardiões e antepassados, para pedir sua ajuda e aconselhamento no período mais negro da Roda em pouco tempo se fará presente. No Panteão Celta, Mabon, também conhecido como Angus, era o Deus do Amor.
Nessa noite devemos pedir harmonia no AMOR e proteção para as pessoas que amamos.
Está é a segunda colheita do ano.
O Altar deve ser enfeitado com as sementes que renascerão na primavera.
O chão deve ser forrado com folhas secas.
O deus está agonizando e logo morrerá.
E este é o Festival em que devemos pedir pelos que estão doentes e pelas pessoas mais velhas, que precisam de nossa ajuda e CONFORTO.
Também é nesse festival que homenageamos as nossas Antepassadas Femininas, queimando papéis com seus nomes no Caldeirão e lhes dirigindo palavras de gratidão e bênçãos.
COMEMORANDO O MABON:
Decore o altar com cones, ramos de Carvalho, pinho e cipreste, espigas de milho, raminhos de trigo, e outras frutas e cones.
Também coloque uma pequena cesta rústica com folhas secas de várias cores e formatos. Prepare o altar, acenda as VELAS e o INCENSO, e crie o círculo.
Invoque a Deusa e o Deus.
De pé diante do altar, erguendo a cesta com folhas, espalhe lentamente para que caiam no solo dentro do círculo.
Diga palavras como as que se seguem:
-"Folhas caem, o dia esfria, a Deusa puxa seu manto sobre a TERRA a seu redor enquanto você, ó Grande Sol, caminha em direção ao oeste para a TERRA do ENCANTAMENTO eterno, envolto no frescor da noite. As frutas amadurecem, as semente caem, as horas do dia e da Noite se equilibram. Ventos frios sopram do norte num lamento. Nesta aparente extinção do poder da natureza, Ó Deusa abençoada, eu sei que a vida continua. Pois não há vida sem morte. Abençoado seja, ó Deus caído, enquanto viaja para as terras do inverno e para os braços amorosos da Deusa."
Depois a cesta e diga:
-"Ó Graciosa Deusa da fertilidade, semeei e colhi os frutos de meus atos, bons e ruins.
Conceda-me a coragem para plantar sementes de prazer no ano vindouro, afastando a miséria e o ódio. Ensina-me os segredo de uma existência sábia neste planeta, luminosos ser da noite."
Faça trabalhos de magia se necessários.
Celebre um banquete simples.
O circulo está desfeito.
ERVAS TÍPICAS DO EQUINÓCIO DE OUTONO - MABON:
Áster, Madressilva, Malmequer, Mirra, Folhas de carvalho, Flor de MARACUJÁ, Avelã, Milho, Álamo, Feixes de trigo e Cones de Cipreste.
COMIDAS TÍPICAS DO EQUINÓCIO DE OUTONO - MABON:
Pão de Milho, Milho, Abóbora e feijões cozidos e Leite
HEMISFÉRIO NORTE:
SAMHAIN - 31 de OUTUBRO
YULE - 21 de DEZEMBRO
CANDLEMAS - 2 de FEVEREIRO
OSTARA - 21 de MARÇO
BELTANE - 30 de ABRIL
LITHA - 21 de JUNHO
LAMMAS - 1o de AGOSTO
MABOM - 21 de SETEMBRO
Cada tradição na Wicca faz seus próprios ritos, não cabe a ninguém dizer quais são certos , até porque muitos se identificam com a Wicca pela liberdade e principalmente por poder realizar o que quiser e como quiser individualmente (todos recebemos os conselhos, seguirmos depende de cada um de nós).
A maioria segue os RITUAIS normais sazonais e praticam sozinhos e livremente seus feitiços e RITUAIS próprios.
ESBATHS
Como já vimos, os SABBATHS são celebrações SOLARES e a Wicca, como é uma Religião baseada no equilíbrio, suas tradições seguem esse princípio.
Os ESBATHS são celebrações LUNARES.
Cada período lunar corresponde a uma face/característica da Deusa, assim como cada período solar corresponde a uma face/característica do Deus.
Sendo que em ambas as práticas, os DEUSES são celebrados em igualdade, apenas simbolicamente os Esbbaths correspondem a Deusa e os Sabbaths ao Deus.
O período Lunar começa logo após a Lua Negra, com a chegada da Lua Nova; a primeira representa o aspecto de transformação/morte da Deusa, onde ela é vista em sua Face de Anciã, já a segunda, representa o aspecto de inovação/nascimento da Deusa, e ela aparece em sua face de Jovem donzela.
Após a Lua Nova a Deusa começa a amadurecer, percorrendo o período da Lua Crescente como uma Donzela em busca de sua fertilidade e força, as quais ela conquista no plenilúnio da Lua cheia onde ela torna-se Mãe.
Depois ela começa a caminhar introspectiva pela Lua Minguante para torna-se a sábia Anciã que morre na Lua Negra, para retornar na Nova em um ciclo continuo de vida, morte e renascimento.
As influências energéticas provocadas pelo Magnetismo Lunar, que podem ser percebidas nas marés e ressacas e na menstruação das fêmeas, são uma consequência direta desse ciclo de transmutação que ocorre em cada fase da Lua, e os Bruxos e BRUXAS, conscientes dessa influência interna e externa, celebram há milênios tais mudanças, que hoje na WICCA são chamadas de
ESBATHS:
1.ESBATHS LUA NEGRA - A TRANSFORMAÇÃO:
A coisa mais importante sobre o Esbbath de Lua Negra é que apesar dele ser o primeiro do processo de amadurecimento – já que representa a transformação necessária aos primeiros passos – Ele também é o ultimo que um inexperiente deve celebrar, pois antes de enfrentar nossos medos, de encarar nossos desequilíbrios, nossos erros e transtornos psicológicos, precisamos conhecer cada um desses problemas profundamente, de forma séria e madura. Precisamos ver de onde eles vêm, o que os alimentam, porque eles se mantêm e porque aumentam.
A Lua Negra corresponde aos 3 últimos dias da Lua minguante.
Ela é chamada dessa forma porque nesse momento não somos capazes de enxergar a Lua, ela não reflete o Sol, ela está em seu estado natural, sendo a Sombra.
A noite torna-se escura e completamente sombria, negra.
É necessário saber que esse não é um período negativo ou impróprio para magias, pelo contrario, é um momento maravilhoso para os trabalhos mágickos, somente é necessário possuir experiência para faze-los.
LIMPEZA, PURIFICAÇÃO, DECORAÇÃO E SINTONIZAÇÃO.
Para entender e aprender todo o processo de LIMPEZA e purificação necessário ao bom funcionamento de qualquer celebração, veja em Ritual de Purificação.
A Decoração do Esbbath de lua negra é muito individual, sua cor, obviamente, é o preto podendo conter tons de roxo.
Você deve espalhar por todo o local símbolos, imagens ou objetos que lembrem tudo aquilo que você tem medo, receio ou que de alguma forma prejudica sua liberdade e paz interior.
A decoração deve auxiliar em suas reflexões sobre suas sombras.
A Sintonização corresponde a uns 15 minutos que você deve dedicar ao ambiente onde ocorrerá a celebração.
Respire fundo, sinta os cheiros, pare para ouvir os sons do local, olhe a sua volta e veja onde está, tente sentir a energia do lugar.
Caso seja um lugar com uma história bonita reflita um pouco sobre essa história, tente entender porque você foi celebrar ali, ande por todo o local, interaja com a energia emanada por esse ambiente.
Faça tudo isso em silêncio, respirando fundo, e preparando todo o seu corpo para o Esbbath que está sendo iniciado.
ABERTURA DO CÍRCULO E INVOCAÇÕES.
Como já era de se esperar a abertura do círculo e as invocações seguem sempre um padrão o qual vocês podem encontrar em O Círculo Mágico, apenas as invocações dos DEUSES é que mudam.
Cada esbbath corresponde a um aspecto das divindades, a Lua Negra corresponde as Faces Negras dos Deuses, alguns exemplos dessas faces são:
Hécate, Hades, Morrigan, Cibele, Lilith e vários outros. Apenas após estudar, conhecer e se sintonizar com divindade é que estamos aptos para chamá-la em um RITUAL, com isso depois de trabalhar com a face negra do seu panteão você deve criar sua forma de invocar tal divindade, pois já saberá como.
MEDITAÇÕES:
As meditações são direcionadas a transformação dos medos, ao equilíbrio e controle de todas as nossas forças internas que de alguma forma nos prejudicam. Jamais devemos tentar eliminar nossos sentimentos ou esconder nossas vontades, pois isso só as alimenta ainda mais.
Precisamos aceitar que isso faz parte de nós. Devemos controlar e equilibrar tudo aquilo que existe dentro de nós, seja nossa parte Luz ou nossa parte Sombras.
Com o autoconhecimento somos capazes de compreender de onde nossos medos surgiram e porque certas atitudes e sentimentos são mantidos de forma desarmônica em nossa personalidade. Nas meditações dos esbbaths de lua Negra os Wiccanos trabalham suas sombras, enfrentam seus medos, receios, traumas e sofrimentos.
É um trabalho muito difícil e requer, além da seriedade já esperada, muito, mais muito esforço. Em tais meditações encaramos as faces Negras e elas nos auxiliam no nosso processo de controle das sombras, os deuses nos ajudam a morrer para renascermos mais fortes.
DANÇAS, CÂNTICOS E ORAÇÕES.
Como já ficou visível o esbbath é direcionado ao nosso interior, e alguns tipos de danças são muito importantes e utilizados pelas BRUXAS para favorecer o nosso RELAXAMENTO e amadurecimento.
A dança mais comum é chamada de dança dos sons naturais ou ritmos silenciosos, consiste em ficar de pé – quando sozinha(o) e em local adequado pode ficar nua(ú) – e em pleno silêncio. Comece a movimentar o corpo calmamente da forma que desejar, com o tempo aumente a força e rapidez dos movimentos até que esteja dançando em seu próprio ritmo livre, solto e de acordo com o seu corpo.
Enquanto dança tente colocar para fora todas as energias ruins que estão no seu corpo ou que são enviadas a você, e cante, cante qualquer som, faça sons variados, crie ritmos, trabalhe o seu interior, acalme seu coração, organize suas energias, equilibre seu corpo. É comum criar Cânticos para os DEUSES presentes nos esbbaths, use sua criatividade, use ritmo, rimas e sons variados todos ligados ao princípio básico do esbbath:
Transformação, a partir do controle de nossas sombras.
(Tais cânticos podem ser utilizados nos trabalhos mágickos).
Orações? Sim orações!
Os Bruxos conversam com suas divindades, obviamente de uma forma diferente, mas conversam, pedem e agradecem da mesma forma que todas as outras religiões.
As orações podem ser espontâneas ou montadas com antecedência, podem ser ritmadas ou não, devem apenas estar relacionadas ao esbbath, conversem com os Deuses, peçam ajuda para enfrentar, compreender e controlar suas sombras.
Encarem todas as imagens e sensações que os DEUSES vão lhe mandar para auxilia-los nesse momento. Tenham fé! Apenas não esqueçam o Adágio de nossa religião:
“Cuidado com o que pede aos Deuses, pois eles podem realizar”
Se você não está pronto para enfrentar determinado transtorno ou trauma, deixe claro em sua conversa que não é a hora de mexer nisso, e que você precisa resolver primeiro outros medos mais simples para ganhar força e maturidade para enfrentar os problemas mais complexos.
Isso é necessário porque os DEUSES vão lhe enviar seus problemas com força, vai ser como se você estivesse vivenciando-os naquele momento, sentirá o medo com a maior intensidade possível, então esteja preparado.
TRABALHOS MÁGICKOS
As(os) Bruxas(os) fazem feitiços, encantamentos e RITUAIS de magia variados, com diferentes finalidades.
Cada Lua possui uma influência diferente nas energias que são usadas nesses ritos, a Lua Negra é responsável pela eliminação de problemas, pois representa a energia de términos, de renovação. Ela é “o fim de um processo para inicio de outro” é a energia da transformação, a própria transmutação energética que ocorre com a morte.
A lua negra é pura, é a verdadeira face da Lua, e por isso trabalhos relacionados a CURA também são feitos nesse período, pois a lua sem os raios solares faz uma purificação da TERRA, absorvendo todas as energias desbalanceadas.
É importantíssimo ressaltar que tal período é muito denso e trabalhos mágickos devem ser executados somente por pessoas experientes e com um bom controle energético, a razão é simples: Tal período é utilizado pelas Bruxas(os) para destruir ou repelir as más energias ou influências ruins (espíritos, ELEMENTAIS, larvas), quando repelidas ou não completamente destruídas, essas energias ficam vagando procurando outros locais para atuar, se você não possui alguma experiência mágicka pode acabar atraindo tais energias para você, então se deseja executar algum rito para eliminar coisas desagradáveis de sua vida e ainda é inexperiente “treine” na lua minguante até que tenha condições de trabalhar na lua negra.
(Na lua minguante dá certo também!).
DESTRAÇAMENTO DO CÍRCULO E AGRADECIMENTOS
Vejam TRAÇANDO O CIRCULO MÁGICO e verifiquem como fechá-lo corretamente.
Há um antigo adágio na Tradição que diz: “Se você não é capaz de agradecer por tudo que ganha ou conquista, pare de pedir e buscar, pois não é merecedor de nada”.
Todo bruxo(a) sabe que só ganha aquilo que merece, sabe também que para merecer, ele precisa ser grato por tudo, grato a ele mesmo por ter vencido suas dificuldades e grato aos DEUSES por esses permitirem o prazer da vida, dando-lhe condições de viver livremente usufruindo daquilo que deseja. Então use sua criatividade, seja sincero e agradeça a presença de todos os participantes do seu esbbath:
ELEMENTAIS , ancestrais, amigos (caso celebre em grupo ou coven), agradeça a você mesmo e acima de tudo aos Deuses.
BANQUETE.
Não precisa ser exatamente um banquete variado, apenas uma refeição simples para celebrar o momento, no esbbath de lua Negra recomenda-se que a refeição seja composta por frutas e sucos, alimentos leves e nutritivos para repor o grande gasto de energia em razão do trabalho com as sombras
2. ESBBATHS LUA NOVA -A CRIAÇÃO
A Lua Nova é o período compreendido entre a lua nova e o auge da crescente.
São tempos de início, de mudança; tudo é transformado.
Tempo de semeadura e despertar.
A Lua emerge, saindo da escuridão, e nasce novamente.
Não é por acaso que o nome da Lua é Nova,
e em seguida Crescente.
Normalmente as pessoas encaram a Lua Nova como uma Lua parada, sem uma boa energia mágicka e isto é um erro, pois a lua continua andando, continua em movimento, gerando influência.
Precisamos é compreender o tipo de influência que essa lua gera tanto energeticamente como simbolicamente em nossas celebrações.
O nome Lua Nova vem da influência energética provocada por ela, e da própria análise na imagem dela no céu.
É a época em que as mulheres começam a liberar seus hormônios recém-criados nesse momento, e a Lua retorna ao céu messe período, como se ela tivesse morrido, passado por uma transformação e retornado, sendo criada novamente e colocada no céu.
LIMPEZA, PURIFICAÇÃO, DECORAÇÃO E SINTONIZAÇÃO.
Para entender e aprender todo o processo de limpeza e purificação necessário ao bom funcionamento de qualquer celebração (ver em Ritual de Purificação).
A Decoração do Esbbath de lua nova é muito individual, sua cor, normalmente é o branco podendo usar tons claros, o verde, azul e amarelo claro normalmente são usados.
Você deve espalhar por todo o local símbolos, imagens ou objetos que lembrem tudo aquilo que você deseja iniciar, seus projetos, suas anotações, desenhos, fotos da casa nova, o currículo.
A decoração deve auxiliar em suas reflexões e no envio de suas energias para esse projeto.
A Sintonização corresponde a uns 15 minutos que você deve dedicar ao ambiente onde ocorrerá a celebração.
Respire fundo, sinta os cheiros, pare para ouvir os sons do local, olhe a sua volta e veja onde está, tente sentir a energia do lugar.
Caso seja um lugar com uma história bonita reflita um pouco sobre essa história, tente entender porque você foi celebrar ali, ande por todo o local, interaja com a energia emanada por esse ambiente.
Faça tudo isso em silêncio, respirando fundo, e preparando todo o seu corpo para o Esbbath que está sendo iniciado.
ABERTURA DO CÍRCULO E INVOCAÇÕES.
Como já era de se esperar a abertura do círculo e as invocações seguem sempre um padrão o qual vocês podem encontrar em Círculo Sagrado (Mágico), apenas as invocações dos deuses é que mudam.
Cada esbbath corresponde a um aspecto das divindades, a Lua Nova corresponde as Faces Jovens/virgens dos Deuses, alguns exemplos dessas faces são:
Ártemis, Eros, Angus Mac Og, Blodeuwedd e vários outros.
Na simbologia do Esbbath, nesse momento a Deusa nasceu, ela é a jovem donzela.
As crianças, e demais animais jovens são abençoados pela Deusa.
Sendo assim, é normal enviar bênçãos aos mais novos do grupo, ou aos parentes recém-chegados, assim como também abençoar os novos animais e plantas que nos circulam.
Apenas após estudar, conhecer e se sintonizar com divindade é que estamos aptos para chamá-la em um ritual, com isso depois de trabalhar com a face jovem do seu panteão você deve criar sua forma de invocar tal divindade, pois já saberá como.
MEDITAÇÕES
As meditações são direcionadas a criação de novos projetos, a organização de novas idéias, a estruturação de todos os nossos novos objetivos.
Imagine que você conquistou um novo emprego, nesse momento de lua nova você deve meditar sobre quais são as atitudes e posturas que deve tomar no novo emprego, organizar seus horários, meditar sobre a melhor forma de aproveitar esse emprego e quais são os objetivos que você tem para melhorar no emprego.
Essa meditação também deve possuir uma reflexão para nossas mudanças internas, tudo de novo que está ocorrendo em nosso ser, conseguimos eliminar nossas sombras no Esbbath passado?
Então como estamos nos sentindo com isso?
Precisamos ver como essa mudança está agindo no nosso comportamento e na forma de encarar as coisas, para que possamos trabalhar isso.
Podemos meditar sobre lendas ou a história de criações, seja do nascimento de Deuses, a criação de cidades (a nossa, por exemplo), o nosso próprio nascimento, e demais criações.
Como foi o nosso inicio? Quem estava presente no inicio de nossa vida e não se encontra mais? Que mudanças a saída dessas pessoas representou? Como nós iniciamos nossos projetos, nosso passado influencia?
Tudo que representa criação e novidade pode ser analisado.
DANÇAS, CÂNTICOS E ORAÇÕES.
Como já ficou visível o esbbath é direcionado as novidades, e alguns tipos de danças são muito bons para relaxar e inspirar novos projetos.
A dança mais comum é chamada de dança dos sons naturais ou ritmos silenciosos, consiste em ficar de pé – quando sozinha(o) e em local adequado pode ficar nua(ú) – e em pleno silêncio. Comece a movimentar o corpo calmamente da forma que desejar, com o tempo aumente a força e rapidez dos movimentos até que esteja dançando em seu próprio ritmo livre, solto e de acordo com o seu corpo, crie seus movimentos.
Enquanto dança tente colocar para fora sons variados, use da sua criatividade, trabalhe o seu interior, acalme seu coração, organize suas energias, equilibre seu corpo.
É comum criar Cânticos para os deuses presentes nos esbbaths, use sua criatividade, use ritmo, rimas e sons variados todos ligados ao princípio básico do esbbath:
Criação, a partir daquilo que já possuímos e transformamos no esbbath passado e criação em cima de tudo aquilo que recebemos nesse período.
Orações? Sim orações!
Os Bruxos conversam com suas divindades, obviamente de uma forma diferente (não ajoelham ou se colocam inferiores), mas conversam, pedem e agradecem da mesma forma que todas as outras religiões.
As orações podem ser espontâneas ou montadas com antecedência, podem ser ritmadas ou não, devem apenas estar relacionadas ao esbbath, conversem com os Deuses, peçam ajuda para enfrentar, compreender e controlar essas novas situações. Encarem todas as imagens e sensações que os deuses vão lhe mandar para auxilia-los nesse momento.
Tenham fé! Apenas não esqueçam o Adágio de nossa religião:
“Cuidado com o que pede aos Deuses, pois eles podem realizar” Se você não está pronto para enfrentar determinada situação, não peça, não busque, não crie.
Se você pedir aos DEUSES auxilio em algo que você ainda não está pronto para ter, eles podem te dar exatamente para você ‘sofrer’ naquilo e aprender a não pedir coisas com as quais não está pronto para enfrentar.
TRABALHOS MÁGICKOS
As(os) Bruxas(os) fazem feitiços, encantamentos e RITUAIS de magia variados, com diferentes finalidades. Cada Lua possui uma influência diferente nas energias que são usadas nesses ritos, a Lua Nova representa o momento após a transformação, é o momento em que tudo está pronto, limpo, organizado, sendo assim, é a Lua da Criação. Novos projetos, novo emprego, nova casa, todo inicio ganha um AR ‘positivo’. É um ótimo momento para os artistas que desejam criar novas formas, criar e organizar projetos novos são o lema da Lua Nova.
Todo tipo de feitiço, ou ritualística que favoreça a expansão e o crescimento de coisas novas.
DESTRAÇAMENTO DO CÍRCULO E AGRADECIMENTOS
Acessem O Círculo Sagrado (Mágico)e vejam como fechá-lo corretamente.
Há um antigo adágio na Tradição que diz:
“Se você não é capaz de agradecer por tudo que ganha ou conquista, pare de pedir e buscar, pois não é merecedor de nada”.
Todo bruxo(a) sabe que só ganha aquilo que merece, sabe também que para merecer, ele precisa ser grato por tudo, grato a ele mesmo por ter vencido suas dificuldades e grato aos DEUSES por esses permitirem o prazer da vida, dando-lhe condições de viver livremente usufruindo daquilo que deseja.
Então use sua criatividade, seja sincero e agradeça a presença de todos os participantes do seu esbbath: ELEMENTAIS , ancestrais, amigos (caso celebre em grupo ou coven), agradeça a você mesmo e acima de tudo aos Deuses.
BANQUETE.
Não precisa ser exatamente um banquete variado, apenas uma refeição simples para celebrar o momento, no esbbath de lua nova recomenda-se que a refeição seja composta por comidas exóticas, diferentes, criações próprias, misturas.
Assim como nos sucos e chás, misture, faça novos sabores.
Lembrando sempre de verificar se você possui algum tipo de alergia a qualquer ingrediente, e sempre usem ingredientes naturais, nunca misturem nada que não conhecem.
3 LUA CRESCENTE - O AMADURECIMENTO
A lua crescente representa um momento muito importante dentro dos esbbaths,
o amadurecimento das idéias, dos objetivos, e do próprio conhecimento.
Na Lua Negra transformamos,
na Nova criamos e na crescente colocamos em prática nossos objetivos.
Nesse momento a Deusa transita entre sua face jovem à sua face mãe e senhora,
ela realmente está crescendo e amadurecendo,
é um bom momento para despertar novas sensibilidades
e para verificar o andamento de toda a sua vida.
LIMPEZA, PURIFICAÇÃO, DECORAÇÃO E SINTONIZAÇÃO.
Para entender e aprender todo o processo de LIMPEZA e purificação necessário ao bom funcionamento de qualquer celebração clique em Ritual de Purificação.
A Decoração do Esbbath de lua crescente é muito individual, sua cor, normalmente é o verde ou o amarelo, cores ligadas a crescimento e abundância, porém você pode incluir outros tons da forma que desejar.
Você deve espalhar por todo o local símbolos, imagens ou objetos que lembrem tudo aquilo que você deseja por em prática e fazer prosperar e crescer, seus projetos, coisas do trabalho, desenhos dos objetivos, fotos da família e do parceiro(a).
A decoração deve auxiliar em suas reflexões e no envio de suas energias para esse projeto.
A Sintonização corresponde a uns 15 minutos que você deve dedicar ao ambiente onde ocorrerá a celebração.
Respire fundo sinta os cheiros, pare para ouvir os sons do local, olhe a sua volta e veja onde está, tente sentir a energia do lugar. Caso seja um lugar com uma história bonita reflita um pouco sobre essa história, tente entender porque você foi celebrar ali, ande por todo o local, interaja com a energia emanada por esse ambiente.
Faça tudo isso em silêncio, respirando fundo, e preparando todo o seu corpo para o Esbbath que está sendo iniciado.
ABERTURA DO CÍRCULO E INVOCAÇÕES.
Como já era de se esperar a abertura do círculo e as invocações seguem sempre um padrão o qual vocês podem encontrar em Círculo Sagrado (MÁGICO), apenas as invocações dos DEUSES é que mudam.
Cada esbbath corresponde a um aspecto das divindades, a Lua Crescente corresponde as Faces ligadas a fartura e ao crescimento, alguns exemplos dessas faces são:
Pan, Hera, Danu, e vários outros que vocês podem encontrar na sessão Deuses.
Na simbologia do Esbbath, nesse momento a Deusa é donzela, já amadurecida e crescendo.
Os adolescentes, e demais animais em crescimento são abençoados pela Deusa.
Sendo assim, é normal enviar bênçãos aos JOVENS que acabaram de entrar na puberdade e estão se tornando homens e mulheres maduros, assim como abençoar os animais que já se tornaram férteis e estão concluindo seu crescimento, as plantas também não devem ser esquecidas e deve-se celebrar com bênçãos todas aquelas que vingaram e estão crescendo.
Apenas após estudar, conhecer e se sintonizar com divindade é que estamos aptos para chamá-la em um RITUAL, com isso depois de trabalhar com a face do seu panteão você deve criar sua forma de invocar tal divindade, pois já saberá como.
MEDITAÇÕES
As meditações são direcionadas ao crescimento de projetos, a abundância e sequência de nossos objetivos. Imagine que você deseja ter um bom rendimento financeiro ou um crescimento no seu contato e união com a família, nesse momento de lua crescente você deve meditar sobre quais são as atitudes e posturas que deve tomar para que tudo possa crescer e prosperar, e deve por em prática tudo isso.
Essa meditação também deve possuir uma reflexão para nossas mudanças internas, devemos verificar o que foi criado no sabbath passado e colocar tudo para prosperar, devemos guiar o crescimento de nossos sentimentos e gerar uma harmonia, para que nada cresça além do devido.
Podemos meditar sobre lendas ou histórias de fertilidade, de crescimento, de abundância.
Seja as vitórias dos Deuses, o crescimento das cidades, a nosso próprio amadurecimento e etc. Como foi o nosso crescimento? Quem estava presente na nossa puberdade? Como lidamos com isso?
O que aprendemos e levamos até hoje no nosso amadurecimento como pessoas? Como nós fortalecemos nossos projetos, realizamos nossos sonhos de criança, ou criamos outros?
Tudo que representa crescimento e expansão pode ser analisado.
DANÇAS, CÂNTICOS E ORAÇÕES.
Como já ficou visível o esbbath ao crescimento, a abundância, e alguns tipos de danças são muito bons para relaxar e inspirar o crescimento dos projetos.
A dança mais comum é chamada de dança dos sons naturais ou ritmos silenciosos, consiste em ficar de pé – quando sozinha(o) e em local adequado pode ficar nua(ú) – e em pleno silêncio. Comece a movimentar o corpo calmamente da forma que desejar, com o tempo aumente a força e rapidez dos movimentos até que esteja dançando em seu próprio ritmo livre, solto e de acordo com o seu corpo, crie seus movimentos.
Enquanto dança tente colocar para fora sons variados, use da sua criatividade, trabalhe o seu interior, acalme seu coração, organize suas energias, equilibre seu corpo.
É comum criar Cânticos para os DEUSES presentes nos esbbaths, use sua criatividade, use ritmo, rimas e sons variados todos ligados ao princípio básico do esbbath:
PROSPERIDADE , expansão, abundância, a partir daquilo que já possuímos e criamos no esbbath passado e em cima de tudo aquilo que recebemos nesse período.
Orações? Sim orações!
Os Bruxos conversam com suas divindades, obviamente de uma forma diferente (não ajoelham ou se colocam inferiores), mas conversam, pedem e agradecem da mesma forma que todas as outras religiões. As orações podem ser espontâneas ou montadas com antecedência, podem ser ritmadas ou não, devem apenas estar relacionadas ao esbbath, conversem com os Deuses, peçam ajuda para enfrentar, compreender e controlar esse crescimento que desejam.
Encarem todas as imagens e sensações que os DEUSES vão lhe mandar para auxilia-los nesse momento. Apenas não esqueçam o Adágio:
“Cuidado com o que pede aos Deuses, pois eles podem realizar” Se você não está pronto para enfrentar determinada situação, não peça, não busque, não tente amplia-la.
Se você pedir aos DEUSES auxilio em algo que você ainda não está pronto para ter, eles podem te dar exatamente para você ‘sofrer’ naquilo e aprender a não pedir coisas com as quais não está pronto para conviver.
TRABALHOS MÁGICKOS
As(os) Bruxas(os) fazem feitiços, encantamentos e RITUAIS de magia variados, com diferentes finalidades.
Cada Lua possui uma influência diferente nas energias que são usadas nesses ritos, a Lua Crescente representa o momento após a criação, é o momento em que tudo já foi produzido, enraizado, organizado, sendo assim, é a Lua da expansão.
Projetos, emprego, tudo deve seguir um AR ‘positivo’ e direcionado.
Todo tipo de feitiço, ou ritualística que favoreça a expansão e o crescimento são favorecidos pela lua Crescente.
DESTRAÇAMENTO DO CÍRCULO E AGRADECIMENTOS
Acessem O Círculo Sagrado (MÁGICO)e vejam como fechá-lo corretamente.
Há um antigo adágio que diz:
“Se você não é capaz de agradecer por tudo que ganha ou conquista, pare de pedir e buscar, pois não é merecedor de nada”.
Todo bruxo(a) sabe que só ganha aquilo que merece, sabe também que para merecer, ele precisa ser grato por tudo, grato a ele mesmo por ter vencido suas dificuldades e grato aos DEUSES por esses permitirem o prazer da vida, dando-lhe condições de viver livremente usufruindo daquilo que deseja.
Então use sua criatividade, seja sincero e agradeça a presença de todos os participantes do seu esbbath:
ELEMENTAIS, ancestrais, amigos (caso celebre em grupo ou coven), agradeça a você mesmo e aos Deuses.
BANQUETE.
Não precisa ser exatamente um banquete variado, apenas uma refeição simples para celebrar o momento, no esbbath de lua crescente recomenda-se que a refeição seja composta por sementes, grãos e todo tipo de alimento que podemos encontrar com fartura. Assim como sucos e chás, busque frutas e ERVAS que aparecem em abundância como Mangas, maças, laranjas, CAMOMILA, ERVA doce.
Lembrando sempre de verificar se você possui algum tipo de alergia a qualquer ingrediente, e sempre usem ingredientes naturais, nunca comam ou bebam nada que não conhecem ou saibam a procedência.
4. ESBATHS LUA CHEIA -A FORÇA
A lua Cheia representa o momento mais importante dentro dos esbbaths,
a força e maturidade total de nossas capacidades mágickas.
Na Lua Negra transformamos, na Nova criamos,
na crescente colocamos em prática nossos objetivos
e na cheia eles são fortalecidos para decaírem na minguante.
Nesse momento a Deusa vira a grande Senhora,
Mãe de todos os seres.
É um período de grande magnetismo
em que todas as energias aumentam suas vibrações,
as percepções sensoriais se tornam mais latentes,
é um momento especial para qualquer pagão.
LIMPEZA, PURIFICAÇÃO, DECORAÇÃO E SINTONIZAÇÃO.
Para entender e aprender todo o processo de LIMPEZA e purificação necessário ao bom funcionamento de qualquer celebração clique em Ritual de Purificação.
A Decoração do Esbbath de lua cheia é muito individual, sua cor, normalmente é o branco ou o negro, cores ligadas à força, poder e maturidade.
Se quiser você pode utilizar outras cores. Você deve espalhar por todo o local; símbolos, imagens ou objetos para onde você deseja enviar toda essa grande força que é gerada na lua Cheia.
A decoração deve auxiliar em suas reflexões e no envio de suas energias para o objetivo da celebração.
A Sintonização corresponde a uns 15 minutos que você deve dedicar ao ambiente onde ocorrerá a celebração.
Respire fundo, sinta os cheiros, ouça os sons do local, olhe a sua volta e veja onde está, tente sentir a energia do lugar.
Caso seja um lugar com uma história bonita reflita um pouco sobre essa história, tente entender porque você foi celebrar ali, ande por todo o local, interaja com a energia emanada por esse ambiente.
Faça tudo isso em silêncio, respirando fundo, e preparando todo o seu corpo para o Esbbath que está sendo iniciado.
ABERTURA DO CÍRCULO E INVOCAÇÕES
Como já era de se esperar a abertura do círculo e as invocações seguem sempre um padrão o qual vocês podem encontrar em Círculo Sagrado (Mágico), apenas as invocações dos DEUSES é que mudam.
Cada esbbath corresponde a um aspecto das divindades, a Lua Cheia corresponde aos DEUSES e Deusas Triplas, entretanto qualquer Divindade pode ser celebrada nesse momento. Alguns exemplos de DEUSES e Deusas Triplas são:
Cerridwen, Innana, Athena, Ísis, Freya, Dionísio, Osíris, Cernunos, Lugh e vários outros.
Na simbologia do Esbbath, nesse momento a Deusa é Mãe, já amadurecida e começando a envelhecer. As Mães, humanas ou não, são abençoados pela Deusa. Sendo assim, é normal reverenciar a família colocando fotos dos nossos pais e avós pelo altar, no caso daqueles que já partiram as fotos devem ir para o altar dos ancestrais.
Apenas após estudar, conhecer e se sintonizar com uma divindade é que estamos aptos para chamá-la em um RITUAL, com isso depois de trabalhar com a face do seu panteão você deve criar sua forma de invocar tal divindade, pois já saberá como.
MEDITAÇÕES
As meditações são direcionadas ao fortalecimento dos projetos, a resolução dos problemas. Nesse momento meditamos que todos os nossos objetivos já foram concluídos e estão em seu ápice, em seu momento mais perfeito e especial.
Essa meditação também deve possuir uma reflexão para o nosso poder interno, devemos verificar o que ocorreu desde o sabbath passado e organizar e equilibrar tudo, ampliando essas forças com o poder da lua cheia.
Podemos meditar sobre lendas ou histórias de famílias, de poder, de grandes acontecimentos.
DANÇAS, CÂNTICOS E ORAÇÕES.
Na lua cheia qualquer dança é bem vinda, devemos buscar a força da lua, dançar ao AR livre sob a luz do luar é a melhor maneira de equilibrar e fortalecer nosso corpo neste maravilhoso momento.
A dança mais comum é chamada de dança dos sons naturais ou ritmos silenciosos, consiste em ficar de pé – quando sozinha(o) e em local adequado pode ficar nua(ú) – e em pleno silêncio. Comece a movimentar o corpo calmamente da forma que desejar, com o tempo aumente a força e rapidez dos movimentos até que esteja dançando em seu próprio ritmo livre, solto e de acordo com o seu corpo, crie seus movimentos.
Enquanto dança tente colocar para fora sons variados, use da sua criatividade, trabalhe o seu interior, acalme seu coração, organize suas energias, equilibre seu corpo.
É comum criar Cânticos para os DEUSES presentes nos esbbaths, use sua criatividade, use ritmo, rimas e sons variados todos ligados ao princípio básico do ESBBATH:
Força, Poder, Maturidade.
Orações? Sim orações!
Os Bruxos conversam com suas divindades, obviamente de uma forma diferente (não ajoelham ou se colocam inferiores), mas conversam, pedem e agradecem da mesma forma que todas as outras religiões. As orações podem ser espontâneas ou montadas com antecedência, podem ser ritmadas ou não, devem apenas estar relacionadas ao esbbath, conversem com os Deuses, peçam ajuda para enfrentar, compreender e controlar as energias e pensamentos que os circundam. Encarem todas as imagens e sensações que os DEUSES vão lhe mandar para auxiliá-los nesse momento.
Apenas não esqueçam o Adágio:
“Cuidado com o que pede aos Deuses, pois eles podem realizar”.
Se você não está pronto para enfrentar determinada situação, não peça, não busque, não tente amplia-la. Se você pedir aos DEUSES auxilio em algo que você ainda não está pronto para ter, eles podem te dar exatamente para você ‘sofrer’ naquilo e aprender a não pedir coisas com as quais não está pronto para conviver.
TRABALHOS MÁGICKOS
As(os) Bruxas(os) fazem feitiços, encantamentos e RITUAIS de magia variados, com diferentes finalidades. Cada Lua possui uma influência diferente nas energias que são usadas nesses ritos, a Lua Cheia representa o momento mais propício para trabalhos de Magia, pois é nesse período que as forças cósmicas encontram-se unidas e fortalecidas, é o momento em que tudo já foi produzido, enraizado, organizado, expandido, é a Lua da força. Projetos, emprego, tudo deve receber uma carga de força ‘positiva’.
Todo tipo de feitiço, ou ritualística que necessite de grande poder energético são favorecidos pela lua Cheia.
DESTRAÇAMENTO DO CÍRCULO E AGRADECIMENTOS
Acessem O Círculo Sagrado (Mágico)e vejam como fecha-lo corretamente.
Há um antigo adágio na Tradição que diz:
“Se você não é capaz de agradecer por tudo que ganha ou conquista, pare de pedir e buscar, pois não é merecedor de nada”.
Todo bruxo(a) sabe que só ganha aquilo que merece, sabe também que para merecer, ele precisa ser grato por tudo, grato a ele mesmo por ter vencido suas dificuldades e grato aos DEUSES por esses permitirem o prazer da vida, dando-lhe condições de viver livremente usufruindo daquilo que deseja.
Então use sua criatividade, seja sincero e agradeça a presença de todos os participantes do seu esbbath: ELEMENTAIS , ancestrais, amigos (caso celebre em grupo ou coven), agradeça a você mesmo e aos Deuse.
BANQUETE.
Não precisa ser exatamente um banquete variado, apenas uma refeição simples para celebrar o momento, no esbbath de lua Cheia qualquer tipo de refeição saudável e gostosa é bem vinda, é comum na Lua cheia celebrar um banquete mais pomposo, com comidas mais preparadas como tortas salgadas e doces, suflês, lasanhas, strogonoff e afins.
Assim como os sucos tentem inovar misturando ingredientes, fazendo batidas e vitaminas, aproveitem esse momento.
Lembrando sempre de verificar se você possui algum tipo de alergia a qualquer ingrediente, e sempre usem ingredientes naturais, nunca comam ou bebam nada que não conhecem ou saibam a procedência.
5. LUA MINGUANTE - A MORTE
RITUAL DE PURIFICAÇÃO
O RITUAL de purificação é o mais comum e amplo dos ritos da WICCA e existem várias formas de trabalha-lo. Esse rito, além de trazer mais leveza e tranqüilidade para o lar, leva a um autoconhecimento de suas capacidades energéticas de forma extraordinária.
A recomendação a qualquer iniciante nos caminhos da WICCA é: Pratique primeiro os Sabbaths, os Esbbaths e os Ritos de Purificação, antes de aventurar-se em outras áreas mágickas. As razões são simples, através das atividades de purificação você aprende a controlar e manipular melhor tanto as suas energias como a dos ambientes em que vive. Nos sabbaths e esbbaths você passa a vivenciar a Wicca, interage com DEUSES e demais seres etéreos, aprende os funcionamentos básicos das ritualísticas da religião e ganha além de conhecimento, o amadurecimento e a seriedade necessária para trabalhar em outras áreas da Magia.
Falaremos do RITUAL de purificação de forma completa, ensinando maneiras de melhorar a organização, limpeza, e equilíbrio energético. Ensinaremos como tornar o ambiente e nós mesmos mais leves e tranqüilos. Após esse ritual, todo e qualquer local está apto a receber cerimônias, pois se encontra Harmônio e equilibrado.
ENTENDENDO AS ENERGIAS
Olhe a sua volta, o local onde você está é agradável? É onde você realmente gostaria de estar? Ou melhor, a LIMPEZA e organização estão da maneira que deseja? É muito importante saber que o seu exterior (ambientes onde vive mais tempo) reflete como anda o seu interior e possui grande influência sobre você.
Normalmente quando entramos em um local escuro, sujo, abafado ou desorganizado, ficamos cansados e irritados, isso mostra a influência do ambiente sobre o nosso comportamento e humor, ou seja, sobre nossas energias.
Energeticamente falando, tudo que acontece em um local gera pequenas ondas que são absorvidas pelas estruturas do local e ficam registradas. Paredes, teto, piso, objetos, animais, plantas, pessoas, todos são influenciados e registram as energias desprendidas com as ações e acontecimentos. Quando algo grave ou muito importante acontece (como uma forte briga) o “fluído extra” desprendido com a ação fica registrado com maior intensidade,
por isso os Antigos diziam: “Se quer brigar, que seja fora de casa!”.
Essas “sobras” energéticas normalmente ficam acumuladas em locais de difícil acesso, onde raramente as energias são “movimentadas” e lá acabam se fixando e aumentando cada vez mais, como se fossem um grande acumulo de poeira.
Cantos de paredes, debaixo da cama, armários escuros, velhos ou pouco utilizados, quartos de bagulhos, porões, baús e tantos outros. São muitos os locais onde “algo” poderia parar e se fixar sem que percebêssemos.
O ambiente físico só fica bom, limpo e organizado se o ambiente astral também estiver, e vice versa. Logo vamos começar a trabalhar para que nossos “lares astrais” não pareçam “pulgueiros” com energias tão estagnadas que formam uma crosta nojenta e pegajosa de energia. Mãos a Obra!
PRIMIERO PASSO - FAXINA
Energia saudável é energia em movimento! Tenha sempre essa frase em mente. Para iniciar qualquer atividade de purificação energética,
precisamos desprender as energias dos cômodos de nossa residência.
Muitas pessoas afirmam não ter ânimo para uma boa faxina, isso ocorre porque elas estão pressas nas teias desse agregado energético presente nas coisas velhas e desorganizadas.
A eliminação desses “laços” permite uma profunda reciclagem mental que favorece potencialmente a eliminação de desequilíbrios interiores.
“Assim como acima é abaixo, como é dentro é fora”
tal axioma demonstra como a eliminação da bagunça exterior favorece o trabalho interior.
Vamos a 3 orientações para executar uma boa faxina:
• Comece com uma organização simples, ponha tudo que está no local errado em seu devido lugar e limpe a casa normalmente. Não precisa se matar limpando cada cantinho tenha calma, não se sobrecarregue. Primeiro organize e limpe superficialmente.
• Agora escolha um cômodo, veja tudo que você pode mudar de posição
(um livro de FENG SHUI sempre ajuda nessas horas), analise dos objetos que estão visíveis quais estão velhos, quebrados ou por algum motivo não combinam ou agradam você.
Jogue os quebrados fora. Valor sentimental? Bom você vai viver sua vida inteira com aquele objeto quebrado e velho? É provável que um dia você o esqueça num canto e o perca, como já deve ter feito com várias outras quinquilharias, não é?
Então é melhor deixar de gastar suas energias com ele logo,
pois é apenas pra isso que ele serve: Gastar suas energias.
Os objetos velhos devem ter o mesmo fim, entretanto se estiverem bem conservados podem ser doados ou vendidos. Para facilitar pegue cada objeto e pergunte:
-“Vale a pena doar minhas energias para esse item? Ele me alegra ou tem alguma função para o meu humor? Ele realmente é essencial?”,
se obtiver respostas negativas jogue fora, venda ou doe o item e nunca volte atrás em sua decisão, afinal você é um(a) Bruxo(a).
Faça toda essa LIMPEZA e eliminação cômodo por cômodo
até organizar tudo que é visível ao entrar em cada um.
• Agora começa a faxina mais profunda, superficialmente e visivelmente seus cômodos estão limpos e organizados, isso te dará ânimo extra.
Separe alguns dias para limpar e organizar um cômodo por vez, não se sobrecarregue.
Limpe gaveta por gaveta, armário por armário, organize, sacuda, olhe para cada coisa (roupa, utensílio...) e faça as perguntas. No quesito roupas, aquelas que você não usa a mais de um ano (tirando as roupas de frio) devem ser doadas ou vendidas, tenha em mente que você pode comprar, pedir emprestado ou alugar algo que precise. Não é necessário ficar com um armário cheio de roupas se você não usa mais da metade há anos. Troque, recicle! Energia em movimento lembra!? Além disso, você vai ganhar espaço, talvez um dinheirinho com a venda, e vai ganhar energia, pois tudo que possuímos absorve nossas energias, coisas que não usamos há muito tempo só estão servindo para nos deixar mais cansados e esgotados, já que não possuem nenhuma outra utilidade. Um bom bruxo(a) sabe que tudo a sua volta precisa estar em constante movimento, pois isso lhe dá força e controle sobre suas energias.
Tendo executado esses 3 pontos por todos os locais, sua casa está completamente organizada e renovada, cada cômodo está mais aconchegante e perfumado, mantenha-os sempre assim e caso perceba alguns tipo de desorganização faça esse trabalho novamente.
Quando moramos com outras pessoas é importante pedir que ao menos essa parte física seja feita em toda a residência, pois isso fará um bem não só do ponto de vista energético mais também na saúde e bem estar de todos os moradores.
SEGUNDO PASSO – PREPARAÇÃO
Antes de fazer qualquer purificação é necessário preparar o seu corpo e a sua mente, afinal estaremos mexendo com energias.
Os principais pontos são:
• É necessário estar com a saúde em dia, sem dores, machucados, inchaços ou hematomas, pois além do grande gasto de energia vital, o desequilíbrio de nossa saúde pode atrair as más energias que estão sendo liberadas. (Mulheres grávidas ou em período menstrual não devem fazer purificações).
• Ter total autonomia para agir no ambiente. Não podemos trabalhar energeticamente num local onde não há permissão para isso, logo se você mora com alguém peça autorização para mexer nos quartos ou em qualquer área que seja necessário pedir para purificar. Caso não possa trabalhar em toda a residência ou espaço faça a purificação somente onde pode, como no seu quarto.
• É importantíssimo estar animado(a) e disposto(a), limpo(a), cheiroso(a) e confiante nas suas capacidades energéticas. Não faça nada sem confiança ou estando sujo(a), pois isso atrai más energias.
• Algumas residências podem ter ficado tanto tempo sem purificações que acabaram formando ou atraindo entidades para o local. Isso é perceptível quando a casa é muito fria, faz barulhos estranhos, causa medo ou desconforto, principalmente durante a noite, e acima de tudo quando alguém vê ou escuta coisas estranhas, como sombras e espíritos. Quando existe a possibilidade de existir entidades no lar, recomendasse que solicitem a ajuda de alguém mais experiente para executar a purificação, caso isso não seja possível é preciso trabalhar um BANIMENTO e escudo energético antes de executar a purificação.
• Trabalhe sozinho(a) e só aceite ajuda caso as pessoas também saibam o que está sendo feito. Trabalhe confortavelmente, sem brincos, anéis, relógios e demais acessórios (caso use um AMULETO pode continuar usando). Se possível trabalhe em total silêncio, descalço(a) e com roupas largas.• Jogue água no rosto para despertar a sensibilidade, esfregue as mãos enquanto vai lavando-as, pule, relaxe o corpo.
• Caso Tenha animais guarde seus potinhos de comida e os sacos de ração em armários durante o período da purificação. Afaste os bichinhos dos locais para onde você for enviar as energias desprendidas com a purificação. Guarde também os alimentos da COZINHA, coloque-os nos armários ou na geladeira.
• Escolha um local (porta ou janela) para direcionar a energia que está desprendendo. Nesse local coloque um copo ou jarra (preferencialmente de plástico ou madeira) cheio de água com um punhado de sal grosso.
• Coloque todos os itens que vai precisar em um local de fácil acesso e próximo a todos os cômodos, lá mentalize um globo de força e crie um ponto de poder. Normalmente todas as residências possuem um centro de poder localizado no espaço onde é possível enxergar a maior quantidade de cômodos ou áreas do lar.
• Por fim, tenha certeza que está tudo limpo e organizado, esfregue as mãos para ativa-las, faça uma pequena mentalização de seus objetivos e analise como toda essa reciclagem da sua residência vai favorecer e mudar a sua vida, peça proteção e inicie o ritual.
TERCEIRO PASSO – A PURIFICAÇÃO.
Agora se inicia o RITUAL, você vai precisar de [incenso de purificação], uma [Beson] (caso não tenha uma pode usar uma VASSOURA comum), sal grosso, um INCENSO com aroma de sua preferência ou um aromatizante de ambientes, um SINO e muita disposição.
Comece dos fundos da casa para a parte da frente. Em cada cômodo toque o SINO por todo o local, principalmente nos cantos e passe a mão pelas paredes, objetos e portas como se estivesse puxando as energias presas nesses locais. Feito isso passe o INCENSO de purificação por toda a área. Com a Beson em mãos leve a fumaça e energia para fora da casa, faça isso cômodo por cômodo e direcione todas as energias para a porta ou janela onde você colocou a jarra com água. Pegue essa jarra mentalize que toda energia que passou na água foi e está sendo purificada, jogue o líquido no vaso sanitário, feche a tampa e dê descarga.
Peça a Deusa que receba em seu útero todas as energias que você repeliu do seu lar. Pegue o Sal grosso jogue nos cantos de cada cômodo e retire somente no outro dia.
Faça uma Oração e peça aos DEUSES e a seus guardiões que protejam e purifiquem sua casa constantemente.
Dicas:
• Não deixe pessoas negativas entrarem em sua casa, quando não for possível barra tais visitas, faça uma purificação simples com INCENSO e mentalização por todo o local onde a pessoa passou.• Tenha sempre uma Chave Mágicka ou uma Garrafa de BRUXA para absorção e proteção nos principais cômodos onde as visitas ficam.• Deixe sempre a tampa do vaso sanitário abaixada.• Tenha SINO dos ventos nos quadrantes da casa.• Coloque uma ferradura com a abertura virada para cima no topo central da porta de entrada.• Caso saiba fazer Mandalas de proteção use uma na porta de entrada.
Complemento: Você pode cantar enquanto faz a purificação, a música tradicional Wiccana é: Banindo.
6. A LUA AZUL - o que é - a lua azul na Wicca
Todos sabem que a Lua, a medida que se desloca relação ao sol, apresenta quatro fases distintas durante o mês: cheia, minguante, nova e crescente.
Mas pode um único mês ter duas luas cheias?
Quem respondeu que não errou.
Não apenas pode como isso não é tão incomum.
Acontece a cada três anos.
Trata-se de um fenômeno raro para o qual os astrônomos têm chamado a atenção (tal coincidência ocorre apenas quatro anos em cada século, o próximo só no distante 2018).
"Isso é possível porque um mês terrestre tem em média 30,5 dias enquanto o mês lunar tem 29,5 dias" diz Roger Sinnott, editor da revista americana de astronomia Sky & Telescope.
Ou seja, o tempo que o satélite gasta para girar em torno do planeta é um pouco menor do que o do movimento de rotação da terra.
Faça as contas: se o primeiro ou o segundo dia de um determinado mês tiver a lua cheia, outra se seguirá no dia 31.
Quando esse mês é janeiro, acontece o fenômeno em dois meses do mesmo ano, pois fevereiro tem apenas 28 dias e as duas luas cheias se repetem em março.
A faze da lua cheia dura uma semana, mas sua plenitude, o momento em que a vemos como um círculo perfeito, apenas um dia.
Quando ocorre o fenômeno das duas luas cheias no mesmo mês, a segunda é chamada de lua azul (mesmo que continue esbranquiçada como sempre foi).
Por que, ninguém sabe. O folclorista canadense Philip Scock, após ter pesquisado o assunto, afirma que a expressão é usada desde o século XVI (16) para representar algo muito raro.
O que é Lua Azul?
Segundo diz o Dicionário de Astronomia e Astronáutica de Ronaldo R. F. Mourão, Lua azul é: "Coloração levemente azulada do disco aparente da Lua, provocada por partículas de cinza, poeira vulcânica, etc., na alta atmosfera terrestre...
É um fenômeno raro, e deu origem, nos tempos medievais, quando a Lua Cheia era a principal fonte de iluminação da noite, à expressão: uma vez na Lua Azul...".
Também ele define como "a ocorrência de duas Luas cheias no mesmo mês".
Muitos astrônomos desconhecem a origem do termo "Azul", e acreditam que faz parte do folclore, não tendo nenhuma relação com cor azulada da Lua, apenas com a ocorrência de duas Luas Cheias no mesmo mês.
No folclore norte-americano toda Lua Cheia tem seu próprio nome.
Mas porque não há um número exato de ciclos lunares todos os anos, 29.53 dias (duração de um mês sinódico lunar) x 12 não são iguais a 365 dias, acontecerá de três anos um mês que terá DUAS Luas Cheias.
A segunda do mês é chamado Lua Azul.
Também pode haver mais de duas Lua Azul num mesmo ano como em 1999 e em 2018.
Esses meses sempre serão o mês de janeiro e março, pois para ocorrer duas Lua Azul num mesmo ano temos que ter um mês com menos de 29 dias e que não tenha nenhuma Lua Cheia, este mês é fevereiro.
Logo, o mês anterior terá duas e o seguinte duas (janeiro e março).
Qual é o processo atmosférico que causa uma Lua Azul?
Como mencionado anteriormente, o folclore do povo norte-americano tem dado nomes para cada um das Luas Cheias vistas durante o ano.
Uma Lua Azul é o nome da segunda Lua Cheia que acontece em um mesmo mês.
Assim como 'azul' não significa a cor da Lua, e não é relacionado a qualquer fenômeno atmosférico.
Não sabemos por que nossos antepassados decidiram chamar isto uma Lua Azul.
Há um livro em alemão, chamado " Die Welt des Mondes" que R. Oldenbourg publicou em 1957 que inclui um artigo aparentemente escrito por Patrick Moore em 'Guia para a Lua' imprimido em 1953 por Eyre e Spottiswoode.
Steffens comenta que no seu instituto há testemunha (Um Professor "Isserstedt") que de fato viu a Lua Azul no ano 1954.
Ela estava AZUL, não azulada ou pouco azul, mas AZUL.
O artigo de Patrick Moore descreveu várias observações de Luas Azuis em 1944 na América, em 1949 em Queensland, e na Inglaterra em 26 de setembro de 1950.
De acordo com Moore, que testemunhou o evento em 1950 diz:
"A lua estava em um céu ligeiramente nublado e teve um tipo de cor azul adorável, comparável ao brilho de uma descarga elétrica. Eu nunca tinha visto algo semelhante antes".
Aparentemente este fenômeno foi informado ao mundo inteiro por muitas pessoas.
Isto faz acreditar que pó na atmosfera em altitudes muito altas causa o evento, e o evento em 1950 visto na Inglaterra pode ter sido produzido por um grande e anormal estação de fogos em florestas do Canadá e ao redor do mesmo.
A causa atual pode ter relação com absorção seletiva da luz da Lua por partículas de fuligem de certo tamanho.
A LUA AZUL NA WYCCA
A Lua Azul é o nome que recebe a Segunda Lua Cheia de um Mês, que é um momento especial de celebração, pois é um Lua de energia reforçada.
É um tempo em que se pode buscar aconselhamento para caminhos espirituais, pedindo à Deusa que reforce os laços de conexão com você.
Tradicionalmente, a Lua Azul é uma Lua do Amor, onde poderemos trabalhar todas as questões relativas a esse sentimento que move os mundos: o amor próprio, o amor pelo outro, o amor universal.
Toda Lua Azul também é um tempo em que fica facilitada a conexão com o mundo das Fadas, com o Povo Pequeno.
Nesta Lua celebre uma Deusa celta do amor: Aisling, Deusa Fada que propicia a seus cultuadores sorte no amor e a realização dos mais acalentados sonhos.
Faça um altar com muitas flores, use música suave de flautas, velas multicoloridas e incenso de jasmim e ylang-ylang.
Coloque em uma garrafa azul ou embrulhada em celofane azul, água mineral e a exponha aos raios da lua cheia para imantá-la com a energia desta Lua Azul.
Use essa água em suas poções e banhos de amor durante o ano, banhe com ela seu espelho mágico para aumentar sua auto-estima.
Faça no chão, em seu jardim, ou ao lado de seu altar, um círculo para as fadas virem dançar nessa noite.
Trace o círculo com balas e pedacinhos de bolo, coloque no centro uma maçã e uma taça com água de fonte, ou água mineral.
Convide o Povo Pequeno para esse círculo, pedindo à Deusa Aine, Senhora das Fadas, que ali compareçam as mais adequadas a seus objetivos.
Sente-se de frente para o Círculo e coloque seu caldeirão no chão.
Feche os olhos, respire profundamente 3 vezes e comece a ver uma Clareira na floresta, cheia de flores, com um perfume delicioso.
Veja o povo pequeno dançando em seu círculo e perceba a chegada de Aisling, que dança graciosamente até que chega perto de você.
Ela tem um rosto feliz, saúda você e ouve suas três perguntas:
- Como eu posso me amar mais? - Qual a pessoa que pode partilhar comigo seu amor? - Que eu preciso fazer para que ela chegue até minha vida?
Escute atentamente as respostas da Deusa e siga fielmente suas instruções.
Volte pelos caminhos que tiver percorrido, tome consciência de seu corpo e siga fielmente as instruções de Aisling.
Acenda em seu caldeirão uma vela azul para se amar como você é, uma vela rosa, para encontrar ou manter um(a) companheiro(a) ideal e uma vela roxa pelo amor universal.
O ALTAR
O altar do bruxo é seu local pessoal e individual de orações, feitiços, rituais e introspecção.
Cada tradição da bruxaria e da magia trabalha de forma diferente o altar, montando-o e dispondo os objetos.
O lugar ideal para se fazer o altar é num jardim, em contato pleno com a natureza, mas para pagãos urbanos isso se torna mais um dos vários empecilhos.
O recomendado, então, é montá-lo num lugar tranqüilo, protegido de interferências energéticas que não as suas, mas preferencialmente onde bata luz solar e os raios da Lua Cheia.
E importante que o altar esteja sempre limpo, pois locais que acumulam sujeira também acumulam energia estagnada, o que atrasa a vida de qualquer pessoa.
Mantenha a rotina de limpa-lo constantemente, mesmo que olhando aparente estar limpo, e tenha o habito de mudar sua decoração de tempos em tempos, sempre purificando os objetos que entram e saem do altar.
Coloque no altar representações do deus e da deusa, usando imagens, desenhos, plantas, enfim, algo que para você represente o principio feminino e o masculino, e representações dos cinco elementos (água, terra, fogo, ar e espírito).
As cores de toalhas e os outros elementos do altar devem ser escolhidos conforme seus gostos e/ou a tradição que segue.
O ideal é que o altar seja posicionado no norte, pois se acredita que este é o lugar onde "moram" os deuses, sendo considerado o ponto de partida para todas as operações mágicas.
Montar um altar mágico não é nada difícil, pois a maioria dos instrumentos nós todos temos em casa.
Sempre que possível, uma bruxa deve ter seu altar, que deverá ser seu ponto de ligação com os deuses.
Não precisa ser nada complicado ou luxuoso.
Tradicionalmente, ele deve ficar ao norte.
Uma vela preta é colocada a oeste simbolizando a deusa, e uma vela branca a leste para o deus.
Alguns praticantes têm o costume de só montar o Altar poucos antes de realizar rituais, guardando logo após os instrumentos.
Outros preferem montar um Altar fixo sobre uma mesa, um aparador ou cômoda, o que fica a critério de cada um.
O local mais apropriado é aquele que oferece certa privacidade e paz.
No altar deve estar o cálice e o athame, o pentagrama, a varinha e outros objetos utilizados nos rituais.
Também é comum se colocarem símbolos para os quatro elementos, como uma pena para o ar, uma planta para a terra, uma vela vermelha ou enxofre para o fogo, e, logicamente, Água para esse mesmo elemento.
Muitas pessoas colocam um símbolo para a deusa e o deus, como uma concha e um chifre, ou mesmo estátuas e gravuras dos deuses. Abuse da sua criatividade, pois o altar é o seu espaço pessoal, onde deve ser colocado todo o seu amor.
Quais os instrumentos que compõem o Altar?
Os Instrumentos, quanto ao tamanho, forma, cor, modelo e maneira de serem usados variam de acordo com a preferência de cada Bruxo, já que na Wicca a liberdade é algo de extrema importância.
Normalmente, o instrumento ideal é aquele que atrai, ou seja, é aquele que o Bruxo sente afinidade por alguma razão. Alguns dizem que é o instrumento que escolhe o dono e não o contrário.
Quanto ao ritual, no Altar devem ser representados os quatro elementos da Natureza (água, fogo, terra e ar) simbolizados respectivamente pelos instrumentos a seguir:
- Cálice (taça ou copo): representa o elemento água, que pode usado com água de chuva, mineral, ou dependendo do ritual, pode ser usado vinho.
* Utensílios adicionais para integrar o Altar: conchas, areia da praia, símbolo de um peixe, cisne, urso ou plantas aquáticas. Posição-oeste.
- Athame (punhal): representa o elemento fogo, baseado no princípio de que a lâmina foi forjada no fogo e absorveu, consequentemente, o poder deste elemento.
É usado nos rituais como direcionador de energia.
* Utensílios adicionais para integrar o Altar: lamparinas, pedras vulcanizadas, vela vermelha ou símbolo de uma serpente. Posição-sul.
- Bastão Mágico (varinha): represente o elemento ar, partindo do princípio de que o bastão agitado contra o ar, "corta-o" e produz um som característico.
Pode ser um simples pedaço de madeira ou algo mais sofisticado e tem quase a mesma função do Athame, ou seja, direcionar energia.
* Utensílios adicionais para integrar o Altar: sino, penas, incensos, vela amarela ou símbolo de uma águia. Posição-leste.
-Pantáculo: representa o elemento terra, também usado para consagrar ervas e carregar magicamente um objeto ou instrumento que precise de uma dose extra de energia.
* Utensílios adicionais para integrar o Altar: pires com sal, cristrais e seixos de rio, plantas e flores, vela marrom, chifres ou símbolo de um cervo ou bisão. Posição-norte.
Abaixo o significado de mais alguns instrumentos que compõem o Altar:
- Caldeirão:
o Caldeirão de ferro tradicionalmente com três pés representa mudança, transformação, fertilidade e é tido como detentor de todos os conhecimentos do Universo.
Simboliza o ventre da Deusa e é comumente utilizado no centro do Altar .
Outras finalidades para o Caldeirão é que ele pode ser usado cheio de água para se trabalhar com a vidência, ou para se preparar poções.
Também pode ser usado só para se misturar ou queimar ervas e outros ingredientes.
- Vassoura (Besson):
é utilizada em ritos de purificação e é parente do Bastão.
A Vassoura não deve tocar no chão durante a varredura.
Deve-se varrer a área desejada acima do solo, no ar, enquanto se visualiza a limpeza energética do local.
Colocada atrás da porta, significa proteção contra qualquer tipo de mal.
Alguns Bruxos usam uma pequena no altar.
- Sinos: utilizado para dar início ao ritual, mudar etapas, para marcar um momento de maior concentração e para se finalizar o ritual.
- Pentagrama:
representa os cinco elementos da Natureza, água, fogo, terra, ar e o espírito.
Significa entre tantas outras coisas o contato do homem com a Natureza.
- Livro das Sombras (grimório):
funciona como um diário Mágico onde o Bruxo anota todos os seus feitiços e prováveis resultados, sonhos, rituais, anotações em geral e todo tipo de informação que ele julgue importante.
- Roupa: vestir-se é opcional para vários Bruxos.
Alguns trabalham "vestidos de céu" (nus) alegando que as vestimentas atrapalham a energia de circular de forma correta pelo seus corpos.
Outros preferem túnicas e mantos em suas cerimônias, normalmente só dedicados a esses usos.
O uso ou não de roupa é muito pessoal portanto o melhor a se fazer é trabalhar magicamente como você se sentir melhor.
- Bolline (foice):
Tradicional faca de cabo branco usada para colher erva e afins.
Ele é um instrumento opcional visto que muitos Bruxos usam o Athame para essa função.
* Outros instrumentos utilizados também no altar são: cristais, ervas, flores, espada, etc.
Por fim, vale lembrar que os bruxos não emprestam seus instrumentos mágicos, uma vez que são de uso pessoal e devem ser, depois de consagrados, guardados em local seguro, para que outras não tenham acesso.
Se, por algum motivo, você não puder montar um altar onde você mora, crie um espaço na sua imaginação, pois o verdadeiro templo está dentro de você, ou vá para a natureza e faça dela o mais lindo de todos os santuários.
Nós gostamos ainda de utilizar, bem no centro do nosso altar, um caldeirão de ferro, apoiado em um tripé, pois este representa o "útero" da mãe.
Nele, fazemos nossos feitiços, poções, queima de incenso e pedidos e tudo mais.
Por vezes é redondo, para representar a deusa e a espiritualidade, apesar de também poder ser quadrado, simbolizando os quatro elementos.
OBS: O altar também pode ser nada mais do que uma área no chão, uma caixa de papelão coberta com um pano, dois blocos com uma tábua sobre eles, uma mesa de café, ou seja, pode ser em qualquer lugar.
O lado esquerdo do altar é geralmente dedicado à deusa seus instrumentos sagrados são ali depositado: o cálice, o pentagrama, o sino, os cristais e o caldeirão.
Pode-se ainda, colocar uma imagem da deusa ali, e também apoiar uma vassoura no lado esquerdo do altar. No lado direito, a ênfase é no deus. Uma vela vermelha, amarela ou dourada, ou ainda uma figura apropriada e ali colocada assim como incensário, o bastão, o athame.
O altar é seu, use sua imaginação, arrume-o do jeito que seu coração mandar!
Se você quiser se aprofundar sobre o significado do altar, de como criar seu espaço sagrado, até mesmo no trabalho (lugar onde sempre perdemos preciosa energia pessoal), recomendo o livro da peg Streep, "altar, a arte de criar um espaço sagrado", da Bertrand brasil. "na magia, todo gesto tem um significado, pois eles são usados como representações físicas das realidades interiores.
Na hora em que um bruxo pega na mão o seu instrumento mágico e o ergue no ar de uma determinada maneira, é a ordem para o invisível liberar as hostes das qualidades do instrumento utilizado".
COMO FAZER UMA ALTAR
O altar dos elementos:
Em uma mesa, não importa a sua forma, seu altar pode ser quadrado, redondo ou retangular o importante é que ele fique no ao centro, pois você precisará andar em volta dele.
Coloque uma toalha colorida (tradicionalmente são usadas as cores: branca, vermelha ou negra).
Imagine que o altar é um microcosmo (uma sintética imagem do universo) e disponha os seguintes elementos, em cruz (+), sobre ele:
1. Incenso e incensário (aromas florais, madeiras ou especiarias) na parte superior (o ar o oriente ou leste). Em todas as operações é indispensável o uso de incensos pois eles representam a ascensão de nossos pedidos e desejos no Plano Astral, ainda a leste coloque um sino que pode ser tocado no início e no final de cada ritual para chamar a atenção dos Deuses.
2. Em um pequeno pote de porcelana coloque um pouco de sal grosso pois ele é excelente contra as energias negativas, o sal afasta os espíritos e faz que o Bruxo não seja influenciado por nenhuma força contrária durante seus rituais.
3. Um cálice ou caldeirão de ferro com água na parte inferior (a Água o ocidente ou oeste).
4. O lado esquerdo do seu altar (oeste) representa as energias femininas, ali você deverá colocar um castiçal (se você quiser poder ser um castiçal com formato de meia-lua) com uma vela preta para representar a Deusa e os poderes noturnos, é no lado esquerdo do altar que todas as energias são absorvidas, portanto é deste lado que devemos colocar as velas de tonalidades mais escuras ou que representam os nossos desejos e intenções.
Uma pedra achada misteriosamente ou cristal de quartzo, à esquerda (a terra o norte).
5. O lado direito do seu altar (leste) representa as energias masculinas, por isso você deverá colocar outro castiçal (se você quiser poder ser um castiçal com formato de sol) com uma vela branca para representar o Deus e os poderes do dia, é do lado direito do altar que todas as energias são emitidas, portanto é deste lado que devemos colocar as velas mais claras para que emitam as forças mágicas que serão absorvidas pelas velas mais escuras que se encontram do outro lado. Uma vela (branca, vermelha ou negra) sobre um candelabro a sua direita (o fogo o sul
6. No centro, coloque um pentagrama (estrela de cinco pontas).
O meio do altar é o ponto de maior concentração de energia assim você deverá colocar um terceiro castiçal (se desejar pode ser um castiçal em formato de estrela simbolizando a Arte) com uma vela vermelha que representa a agilidade e ativação dos nossos desejos completando assim a trindade das cores sagradas da Bruxaria:
- O Preto
- O Branco
- O Vermelho
Além disso, você poderá colocar sobre o altar cristais e pedras comuns para representarem o elemento Terra.
Consagração do altar:
Para usufruir de todos os benefícios que seu altar pode lhe proporcionar você deverá consagrá-lo, para isto você vai precisar de:
1 Vela Amarela
1 Vela Vermelha
1 Vela Azul Claro
1 Vela Marron
1 Copo de Água com Sal
3 Varetas de Incenso de Alfazema
Procedimento:
Disponha as 4 velas da seguinte forma:
A vela amarela ao leste próxima ao athame, a vela vermelha ao sul próxima ao bastão ou varinha, a vela azul a oeste próxima a taça, a marrom ao norte próximo ao pantáculo, trace o círculo mágico eleve as suas mãos aos céus e diga:
Mãe Tríplice e Deus Pai no dia de hoje erijo um altar em seu louvor Oh Deusa fazei com que somente energias positivas sejam emanadas desde centro espiritual do universo
Acenda a vela e o incenso, ponha o dedo indicador na água, trace um pentagrama em sua testa e diga:
Deusa da Lua e Deus do Sol, purifiquem este altar para que ele possa emanar somente boas energias através do seu poder.
- em nome da deusa e do deus, consagro este altar para o trabalho sagrado!
Acenda os incensos dizendo:
Que estes aromas elevem-se a ti Deusa das Faces e Doce Senhor dos Bosques.
Passe sua mão direita sobre a fumaça do incenso e diga:
- em nome da deusa e do deus, este altar seja purificado!
Acenda as 4 velas enquanto diz:
Que a luz seja o caminho que vou trilhar, que a luz divina sempre esteja sobre este altar.
Passe sua mão esquerda sobre a chama da vela e diga:
- em nome da deusa e do deus, este altar adquira força!
Eleve as mãos aos céus e diga:
Oh Grande Deusa Tríplice: Rhianon, Brigit e Ceridwen Sagrada que és em tuas 3 faces, Oh Deus fecundador Senhor dos vales e montanhas que este altar represente o centro espiritual do Universo, Deusa e Deus estejam presentes em todos os meus rituais, bendizendo e ajudando a realizar todos os meus desejos.
Toque a pedra com ambas as mãos e diga:
- em nome da deusa e do deus, este altar tenha firmeza!
Abra os braços em cruz (+), olhe fixamente para o altar e diga:
- em nome da deusa e do deus, meu altar está construído com magia! Blessed be!
Deixe as 4 velas e os incensos se consumirem até o final, quando isto ocorrer enterre os resíduos das velas e incensos, em um vaso ou canteiro com plantas e flores, jogue a água em um vaso com plantas e guarde a pedra em um lugar secreto.
Procure nunca deixar que seu altar e seus instrumentos sejam tocados por mãos estranhas, pois eles são seu portal de comunicação com os Deuses.
COVEN
Coventículo ou Conciliábulo é o nome dado a um grupo de bruxos(as), que se unem num laço mágico, físico e emocional, sob o objetivo de louvar a Deusa e o Deus, tendo em comum um juramento de fidelidade à Arte e ao grupo.
Um Coven tem como filosofia "Perfeito Amor e Perfeita Confiança". Isto quer dizer que dentro do Coven deverá prevalecer a união, pois um Coven é, antes de mais nada, uma família.
Tradicionalmente, ele abriga o máximo de treze pessoas. Quando esse número excede, há uma divisão, e cria-se então os Clãs, formados de vários grupos originados de um Coven inicial comum. Num grupo tão pequeno, todos tornam-se de vital importância, e a falta de qualquer membro é facilmente sentida.
1. Funcionamento
Em Bruxaria, não existe nenhuma entidade hierárquica. O Coven não precisa ser associado a nenhuma fundação "maior", como um grande "chefe" comandando tudo. No entanto cada tradição tem sua organização própria sendo umas mais piramidais que outras ou ainda mais ou menos fechadas em relação aos novos membros.
O líder do Coven deve possuir sensibilidade e poder interior para canalizar a energia do grupo, para dar início e interromper cada fase dos rituais, ajustando a duração de acordo com o ânimo do grupo. Ele normalmente é escolhido pelo próprio grupo, geralmente tem seu cargo avaliado pelos membros e por si mesmo. Um Grão-Sacerdócio, uma posição de liderança, não é um status vitalício... E sempre que necessário outras pessoas podem tomar estas posições desde que estejam dispostas a trabalhar e de comum acordo com todo o grupo.
Tensões por poder são comuns em todos os lugares. Nessas horas de disputa mesquinha o ideal é que se afastem os membros envolvidos e que se escolha um outro para o cargo. Moderação e diplomacia são sempre preferíveis à decisões ríspidas e autoritárias, mas pulso firme no momento certo, assegura a estabilidade dos laços.
Para tornar-se membro de um Coven, o(a) Bruxo(a) deve primeiro encontrar um Coven e ser iniciado, deve submeter-se a um ritual de comprometimento no qual os ensinamentos e segredos internos do grupo são revelados. A iniciação é seguida de um longo período de treinamento, onde a confiança do grupo é aos poucos conquistada. Ou, se não for possível encontrar um Coven de portas abertas o(a) Bruxo(a) pode escolher uma tradição que admita a auto-iniciação e formar seu próprio grupo de pessoas interessadas, que estudarão, se dedicarão e se tornarão, com um pouco mais de esforço, um Coven...
2. Características Gerais
Um Coven mantém encontros periódicos para o treinamento, exercícios, troca de experiências, comemoração dos Sabás e Esbbáths, além de trabalharem juntos em outros rituais. A disciplina é essencial na formação de uma consciência mágica comum ao grupo e de uma Egrégora (que é, para simplificar, a força mágica do grupo e sua repercussão no Astral).
Covens liberais e democráticos em excesso se embaralham em coisas simples. Um pouco de ordem na casa, objetividade e disposição para abrir mão das suas próprias opiniões em pró do grupo sempre ajudam a concentrar esforços numa mesma direção.
Cada Coven tem seu próprio símbolo e nome, suas regras, suas características, seu método de estudo e "carisma mágico próprio". Covens próximos podem e devem trocar influências, porém sempre respeitando a individualidade de cada membro.
Mais que tudo, um Coven é um organismo vivo, pulsante, que responde segundo seus membros. Se alguém está doente, mal-intencionado, desequilibrado, angustiado, isso tudo se reflete no desempenho do grupo, nos resultados dos rituais. Por outro lado se há alguém extremamente bem, feliz, disposto, energizado, isso também é dividido com os membros que sentem a energia do Coven. O Coven une seus membros muito além do plano físico, até mesmo no emocional. A união é uma simbiose mágica. O que um sente é notado por todos, o que um passa é sentido por todos. Reza o ditame: "Os laços de um Coven são mais fortes que o sangue"
3. Constituintes do Coven
Os Covens não possuem graus hierárquicos. Variando de Coven para Coven, pode existir uma estrutura organizacional, porém todos são vistos como iguais (sacerdotes e sacerdotisas dos Deuses). Normalmente os membros são:
- Alta Sacerdotisa - a líder feminina de um Coven, normalmente de 3º grau. Ela representa a Deusa em um ritual.
- Alto Sacerdote - o líder masculino de um Coven, normalmente de 3º grau. Ele representa o Deus em um ritual.
- Anciã(o) - um membro do Coven, com mais experiência, que mereceu seu 3º grau e que seja ou tenha sido uma Alta Sacerdotisa ou Alto Sacerdote em seu próprio Coven.
- Terceiro Grau - completa e total dedicação aos Deuses e à Comunidade Wicca.
- Segundo Grau - completou o seu 1º grau e é qualificado para ensinar estudantes do primeiro grau. É o grau do verbo "fazer".
- Primeiro Grau - aquele que se dedicou a aprender a Arte. Este é o grau do verbo "saber".
- Dedicado - aquele que está aspirando o primeiro grau, e já passou pelo ritual de dedicação aos deuses e ao caminho da Wicca.
- Neófito - uma pessoa interessada em Wicca, mas que ainda não iniciou seus estudos na Arte.
Os Covens devem escolher uma Alta Sacerdotisa e um Alto Sacerdote que sejam democráticos e bons, além de justos e sábios, porque não importa o que os outros membros do Coven falem... É a Alta Sacerdotisa quem dá a palavra final, mesmo que seja essa, contra todos os outros. E se alguém não quiser acatar a ordem da Alta Sacerdotisa, ele deve, humildemente, reunir-se com o coven e expressar o seu desejo de fundar um novo coven. Assim, todos aqueles que quiserem segui-lo deverão fazê-lo e partirão com as bênçãos dos que ficarem, para que não haja atrito e possam os dois covens, portanto, viver em perfeito amor, confiança e harmonia.
COVENS, CÍRCULOS E GRUPOS DE ESTUDOS PAGÃOS
Na verdade, todos são muito distintos e muito parecidos.
Hoje há muitos Grupos de Estudos Pagãos para todos os lados onde olhamos com cuidado. São, como o nome diz, grupos de pessoas que se reúnem para debater e esclarecer assuntos comuns, sendo, neste caso, pertinentes à Magia e Bruxaria, bem como alguma ou todas as vertentes.
Coven já vem como uma denominação conferida a grupos de estudo que dão um passo a mais. Já se trata aqui de uma busca mais estruturada dos mesmos ideais. Tendo de três a treze membros, possui entre esses o Mestre (ou a Mestra) que é o Sacerdote (ou Sacerdotisa) do grupo, sendo a maior voz entre todos e também quem coordena todas as atividades, desde a forma de aprendizado até a efetivação do mais especial ritual.
Círculos, na realidade, não se enquadram em nenhum dos "itens" acima. Parte-se do princípio que um Círculo se cria como um Grupo de Estudos e parte quase sempre rumo à formação de um Coven. Não há uma ponta que comande por hierarquia, mas obviamente há aquele que "toma as rédeas" das atividades, sendo como um guia, um líder.
DEPOIMENTO DE UM BRUXO SOLITÁRIO
"Abençoadas, abençoados os que dançam juntos;
Abençoadas, abençoados os que dançam sós (...)."
Quando conheci a Wicca há alguns anos, minha primeira expectativa era com certeza encontrar outros praticantes, não somente para compartilhar conhecimento, mas principalmente para abrir meus horizontes e celebrar os Deuses Antigos acompanhado de outros irmãos.
A princípio, a tarefa me pareceu ser fácil, pois me bastaram alguns poucos contatos pela Internet e minha lista de amigos virtuais que aparentemente compartilhavam das mesmas crenças que eu, cresceu de forma surpreendente.
Com o passar do tempo, percebi que a tarefa que antes me parecia fácil, era na verdade dificílima: a esmagadora maioria das pessoas da qual eu havia travado contato, em poucos meses já não se interessavam mais pelo assunto; algumas outras, revelaram ter interesse por caminhos diferentes daquele que escolhi e exatamente aquelas nas quais percebi que poderia dividir prática e conhecimento de forma coerente com minhas expectativas, moravam muito longe de minha cidade. Mas eu estava realmente decidido a entregar minha vida como instrumento nas mãos da Deusa e Seu Consorte, independentemente das circunstâncias que me rodeassem no momento ou viessem a me assolar no futuro. Não fugi, nem procurei desculpas para não prosseguir: aceitei que deveria começar minha caminhada sozinho.
As dificuldades que enfrentei no início não foram poucas. Exatamente por não ser um Bruxo da tão velha-guarda, me perguntava diariamente então como havia sido a caminhada daqueles que chegaram antes de mim. A quantidade de livros, sites e outros meios de informação que existem hoje eram extremamente escassos, e me vi obrigado a confiar simplesmente naquilo que eu tinha possibilidade de ter acesso, praticando e confirmando minhas experiências de forma solitária, com a ajuda de alguns poucos amigos mais experientes, mas que estavam muito longe fisicamente para poder compartilhar exatamente a prática. Nessa caminhada, observei muitos erros... Muitos tropeções... Mas afirmo com toda certeza: tive muito, mas muitos acertos e a experiência de comprovar isso mais tarde através do contato com outros praticantes, é realmente recompensadora, para não dizer emocionante.
Muitas pessoas afirmam categoricamente que a Wicca não é uma religião para ser praticada de forma solitária, exceto raros casos onde o dito eremita já tenha passado uma vida inteira dentro de um coven e já possua experiência suficiente para continuar sua jornada sozinho. A maioria das pessoas que defende essa questão, são pessoas que compartilham do pensamento de que a Wicca é uma religião de poucos escolhidos que precisam necessariamente descender de alguma linhagem mágica físico-ancestral, e que é necessário pertencer a esses pequenos clãs para ter uma legítima conexão com a Deusa e o Deus em sua essência toda especial. Sem querer desmerecer essa opinião, respeitando a diversidade dos pensamentos (e exatamente por isso manifestando esse parecer), também afirmo categoricamente que - não só por experiência própria, mas principalmente observando outros semelhantes no Caminho – essa visão não é e nem deve ser considerada válida para todos; aliás, diga-se de passagem, não é a visão que encontra-se no cenário da Wicca contemporânea. A grande maioria dos bruxos wiccanianos ao redor do mundo são necessariamente solitários e poucos são aqueles que tiveram a sorte de encontrar um bom grupo onde pudessem compartilhar suas experiências.
Felizmente, nos dias de hoje, muitos dos veículos que antes eram inexistentes para os praticantes solitários são atualmente abundantes. A cada ano, muitos bons livros são publicados e traduzidos e cada vez mais pessoas têm acesso a um conhecimento que antes era restrito a isolados e pequenos círculos. O lamentável disso tudo é que charlatões também existem nesse caminho – identificá-los, com certeza, faz parte do caminho do praticante solitário e essa talvez seja uma das tarefas mais difíceis. Entretanto, não creio que isso sirva de impedimento para se continuar a trilhar, pois para mim ao menos não foi – muito pelo contrário: foi instigante, e ao final de cada decepção, veio o frescor da esperança renovada.
É exatamente essa instabilidade e imprevisibilidade no caminho do Bruxo solitário, que faz sua jornada diferente e toda especial: afinal, acabamos por nos sentirmos muito mais valorosos e corajosos, tendo superado nossas dificuldades e conseguido absorver conhecimento e sabedoria através de nossas próprias práticas e vivências com os Deuses. Essa afirmação, não vem para desmerecer aqueles que dançam a Roda da Vida e da Morte em grupo; pelo contrário, a vivência em grupo obviamente é maravilhosa. Essa afirmação tão somente vem exatamente para valorizar aqueles que dançam e caminham sós, de forma real e reconhecidamente sacerdotal.
Se você que está lendo esse texto, pretende iniciar sua jornada agora ou iniciou recentemente, tenha certeza de que é um ser precioso para os Deuses Antigos. Mas tenha certeza também de que o caminho é árduo, cheio de dores – e recompensas. Tome sempre muito cuidado na direção que decidir e esteja sempre atento aos chamados do seu coração. Busque livros confiáveis e informações com grupos e instituições que trabalhem de maneira séria e coerente em sua cidade; você poderá reconhecê-los ou não. Decepções também farão parte de sua caminhada. E lembre-se sempre de algo muito importante: dois bruxos sempre se reconhecem independente da Tradição que seguem – se isso não acontecer e o respeito não for mútuo, é simplesmente porque um deles não é verdadeiramente um sacerdote dos Antigos e exatamente por isso, não os reconhece na face de seus semelhantes.
Seja feliz, seja pleno, seja com Eles. Dançando junto ou dançando só.
Abençoado seja pela Senhora dos Caminhos!
BRUXOS SOLITÁRIOS
Os bruxos solitários são aqueles que não participam de nenhum círculo ou coven, uns, são iniciados de alguma tradição wiccana ou de bruxaria tradicional, e outros não são iniciados em tradição alguma, mas praticam a bruxaria assim mesmo.
As razões de um bruxo ser solitário são várias. Pode ser que não haja nenhum grupo na área em que mora e nem ninguém que queira formar um grupo com ele ou que ele simplesmente prefira trabalhar solitariamente, para citar apenas dois exemplos.
O trabalho em grupo costuma ser mais forte, pois une a energia de várias pessoas ao mesmo tempo e essa energia se eleva mais facilmente desse modo. Mas o trabalho solitário também é altamente recompensador, se a pessoa se dedicar o suficiente. Além do mais, o trabalho em grupo só é realmente eficaz se os integrantes estão bem afinados um com o outro. Caso contrário, o resultado é desastroso. Sendo assim, melhor é trabalhar solitariamente do que com um grupo cujos integrantes não estão afinados uns com os outros.
É muito comum ouvirmos dizer que o bruxo solitário é qualquer coisa menos bruxo.
Muitos, com intenções escusas, tentam provar isso, lançando mão de alegações levianas, infundadas e preconceituosas, como: "assim como uma andorinha não faz verão, o solitário não faz magia"; "para ser um bruxo de verdade, o aspirante deve ser aceito e iniciado por um coven, através de um sacerdote ou sacerdotisa que seja hereditário na arte da magia..."; "o solitário brinca de ser bruxo. O verdadeiro bruxo é aquele que se inicia num coven como neófito e galga, ano após ano, por graus e no final passa a conhecer todos os mistérios dos Antigos...".
É verdade que todos têm o direito de dizer o que bem entende e acreditar no que bem quiser, mas, desse "dizer o que bem entende" é preciso que nós estejamos alertas, com o senso crítico apurado para não corrermos o risco de sermos enganados, usados e/ou manipulados por aqueles que adoram o poder de elitizar (é incrível como alguns, que se intitulam sacerdotes, se utilizam da sua suposta "nobreza", alegando uma suposta "hereditariedade bruxesca", provada através de um suposto "brasão" da família milenar de bruxos, que data os primórdios da humanidade... Mais incrível ainda é ver os incautos, inseguros e até mesmo acomodados, se deixarem levar por tais falácias), de criar dogmas com o objetivo de cegar os olhos dos inocentes para obter vantagens de toda sorte para si próprios.
Pior que tudo isso, é saber que por causa dessas mentiras, vários bruxos e bruxas "adormecidos" deixam de despertar seu poder interior; deixam de despertar para a magia e para a Grande Deusa por simplesmente, acreditarem cegamente nas palavras desses charlatões, ou seja, deixam de acordar para o seu próprio poder por não ter um coven para participar; por não terem um "mestre" para os guiar; por não terem um "vampiro" para lhes sugar suas economias ou suas energias; por não terem um "grande senhor ou senhora" para se ajoelharem e brincarem de "seu mestre mandou..." Não podemos deixar de citar aqui, aqueles que preferem acreditar nessas mentiras por preguiça (afinal, é mais fácil obter coisas "mastigadinhas" do que Ter que sair para buscar, processar e digerir) ou por acharem que participar de coven é sinônimo de status.
Queridos amigos, antes de prosseguir, é importante esclarecer que o presente artigo, não tem qualquer intenção em afirmar que o certo é ser solitário e o errado é participar de coven. Também, é necessário deixar bem claro que sacerdotes ou sacerdotisas não são canalhas, mas sim, deixar claro que, como em toda religião, sempre há aqueles que se aproveitam da ingenuidade dos novatos para obter vantagens para si, com fins puramente egoístas.
Saibam que os verdadeiros bruxos, sacerdotes e sacerdotisas, membros de covens, quando sérios, não saem por aí bradando aos quatro ventos quem é ou não é alguma coisa; o que é ou o que não é certo. Antes disso, o verdadeiro bruxo, sacerdote e sacerdotisa, integrantes de covens, quando sérios, utilizam-se do velho provérbio que diz: "Quem pouco sabe, muito fala. Quem muito sabe, quase sempre se cala". Isso significa dizer que os sérios não precisam criticar, apontar, brigar ou impor. Usam seu conhecimento para ensinar e não se gabar.
O presente artigo tem apenas a intenção de esclarecer que ser solitário ou não é apenas uma questão de opção e gosto pessoal. Todos nós somos livres – e assim devemos continuar sendo – para optar, livremente, por aquilo que julgamos ser o melhor para nós. Logo, se para um o ideal é participar de um coven, para o outro o ideal pode ser a prática solitária. Se esse prefere ser iniciado por um coven, aquele pode gostar mais de se auto-iniciar. Em outras palavras, cada um na sua! Afinal, o que seria do azul se todos gostassem do rosa?
Amigos, os solitários são tão bruxos e merecem tanto respeito quanto aqueles que participam de um coven. Acreditem!
Ser solitário ou não, como tudo em nossas vidas, é uma questão de opção íntima e pessoal; da escolha de um caminho, cabendo a cada um, pesar e escolher o que é melhor para si e vivenciar a escolha, tendo a possibilidade de voltar atrás e optar pelo outro caminho, caso o primeiro não lhe tenha agradado. Ou seja, se optou por ser solitário, nada impede que venha a fazer parte de um coven ou vice-versa.
A escolha fica mais fácil quando o neófito conhece (pelo menos) um pouco sobre os caminhos, como:
- Num Coven
O neófito conta com um grupo fechado de amigos;
A celebração dos Festivais e Rituais são mais animados já que são vários amigos participando juntos;
O poder necessário é gerado mais facilmente já que são vários amigos reunidos no mesmo local sob o mesmo propósito;
Maior facilidade na troca de informações e experiências, além do conteúdo do conhecimento ser passado gradualmente, seguindo, roteiro determinado pelo líder do coven. Assim, o neófito só vai se preocupar em aprender e não vai ter que se preocupar em traçar um roteiro para então começar.
Por outro lado, a responsabilidade pelos atos e intenções praticados dentro do coven é de todos os integrantes, ou seja, pela prática de um, todos respondem perante a Lei Tríplice como co-responsáveis;
Caso o iniciante não esteja preparado e/ou tenha um grau de afinidade e conhecimento dos integrantes do coven, corre o risco de ser enganado e usado ou drenado de suas energias para fins egoísticos do grupo, sem se perceber, já que não tem conhecimento para detectar o que ocorre ao seu redor;
O iniciante pode ficar limitado às práticas, vivências, experiências e ao conhecimento, passado dentro do coven, principalmente se for do tipo que se acomoda ou se contenta com pouco do que lhe é dado, dentro do pequeno universo do qual faz parte;
Por fim, participar de um coven é tarefa árdua uma vez que, por primeiro, o neófito deve ser convidado a participar de um (há de conhecer e ter o mínimo de afinidade com o grupo) ou pelo menos saber da existência de um e tentar ser aceito.
- Solitário
é uma escolha, a priori, árdua uma vez que o iniciante é só em sua caminhada - o estar só não significa estar desamparado pelos deuses. Muito pelo contrário, uma vez determinado e empenhado na busca do seu caminho, será, com certeza, amparado e acompanhado pelos deuses que saberão recompensar o esforço do iniciante.
O iniciante terá que traçar seu roteiro, seu plano de estudo para obter conhecimento e colocá-lo em prática;
terá que celebrar os Festivais e Rituais solitariamente, mas, nada o impede de se reunir com outros para formar um círculo para a celebração;
todos os atos praticados são de sua inteira responsabilidade, ou seja, tudo que fizer ficará sujeito à Lei Tríplice, não tendo que responder pelo erro de outros;
será livre para fazer o que bem entender – escolher a roupa ritual; criar seus próprios ritos, invocações, cantos, etc.
Terá ampla liberdade, ou seja, será seu próprio mestre, e por aí vai
Sabendo, pelo menos o pouco acima descrito, o neófito saberá determinar o que, a princípio, lhe agrada. Além do básico, o neófito, também, precisa saber que um verdadeiro bruxo não é aquele que alega vir de uma longa linhagem de bruxos. Não é aquele que se julga melhor por Ter um título de sacerdote ou sacerdotisa de um coven, ou ser membro de um. Também, não é o que sabe mais, ou aquele que tem mais seguidores.
O verdadeiro bruxo é aquele que sabe e não se gaba. É o humilde de coração. É o que tem sensibilidade para entender a linguagem do vento. É o capaz de conversar com a Grande Mãe. É o que coloca a cabeça no colo Dela e a sente afagando seus cabelos.
Queridos amigos, não é a roupa, a riqueza, os instrumentos, o templo, a quantidade de seguidores, participar de um coven que faz o verdadeiro bruxo, mas, sim os ATOS e as INTENÇÕES!
Além de todo o exposto, devemos considerar que no paganismo _wicca, druidismo, etc – não tem certo ou errado. Não tem regras, dogmas, imposições, pecados. Na Wicca a única regra é se for para o bem, faça o que quiser, logo, se para você o bem é ser solitário ou não, não cabe a mais ninguém julgá-lo por isso ou aquilo.
Não há qualquer brecha para a aceitação das alegações de que os solitários não são bruxos. Se, apesar das palavras acima, ainda restaram dúvidas, tente responder as seguintes perguntas:
1 - Quem disse que solitários não devem ser considerados bruxos?
2 - Onde está escrito?
3 - Por acaso os arqueólogos encontraram, em alguma caverna, alguma lei, gravada nas pedras, excluindo os solitários de serem bruxos?
4 - Será que, na inquisição, aqueles que praticavam solitariamente seus rituais, trancafiados em suas casas, e em absoluto silêncio, para não serem ouvidos e descobertos pelos vizinhos, com medo de serem delatados à inquisição não eram bruxo?
5 - Existe alguma bíblia, tratado... um documento qualquer, escrito, registrado em cartório e assinado por duas testemunhas, com firma reconhecida, tudo nos termos da lei?
O fato é que: solitário ou não, o iniciante terá que fazer sua escolha e, seja ela qual for, se deparará com prós e contras. Porém, se a escolha for feita de forma criteriosa, consciente e responsável a chance de tropeçar e machucar será menor.
Portanto, antes de fazer a escolha, ou seja, de dar o primeiro passo, pare; pense; analise, e estando certo do que quer, siga, pois é através do primeiro passo – firme e forte – que haverá o segundo, o terceiro e todos os outros milhares de passos que o levarão, direto, para os braços amorosos da Grande Mãe.
Há quem prefira ser solitário, porém, há quem prefira ser parte de um coven. Posso garantir que a diferença entre um e outro é: o fato dos solitários terem de realizar os sabbaths e esbbaths sozinho, enquanto, um coven comemora com todos seus membros, mas, por outro lado, nada impede o solitário, de se reunir com outros bruxos solitários para comemorar os seus festivais em círculos de amigos e/ou bruxos solitários como vc.
Alguns alegam a necessidade de se reunir em coven, face à questão de energia... Tá certo que a energia gerada por um coven é muito mais fácil de ser construída, do que por você solitário, afinal, é maior o número de pessoa reunida e você, bruxo solitário é sozinho, mas nada que o bruxo solitário não consiga com um pouco mais de trabalho.
Eu, particularmente, prefiro ser solitária. Participar de um coven é uma decisão muito séria, afinal você responderá como co-autor de tudo o que for trabalhado dentro deste círculo.
Sem contar que há pessoas que acham que abrir um coven é tão simples como abrir uma barraquinha na feira...com certeza não o é! Ainda, há pessoas que se colocam no pedestal de sacerdotes e sacerdotisas e deixam-se levar pelo poder...poder...corrompe.
De qualquer forma, a decisão deve ser sua (e somente sua). Dito isto, vamos para uma breve síntese do que vem a ser um coven.
Sobre os covens: algumas tradições trabalham seu coven com 12 ou 13 membros e há covens que trabalham com 50 membros e, também, os que trabalham com apenas 3. Isto se explica pelo fato da liberdade e ausência de dogmas dentro da wicca, mas, não será difícil encontrar aqueles que afirmem veementemente que o coven deve ser formado por no máximo 13 pessoas. Alguns covens adotam uma hierarquização.
(Eu, particularmente, dispenso a importância dada a esta matéria, pois possuímos canais diretos e abertos com a Deusa Mãe e com o Deus. Sem contar no perigoso jogo de poder que pode surgir...mais uma vez...o poder corrompe. E, ainda, no perigo de cairmos na mesmice das outras religiões que possuem seus líderes, etc, etc, etc e que não vem ao caso falar.)
Sobre a questão da denominação. Há quem adote a denominação COVEN, outros CÍRCULOS ou ainda, GROVES.
Abaixo seguem textos sobre as diferenças básicas sobre COVENS, CÍRCULOS E GROVES, onde a tradutora, HELENA CATARINA (infelizmente não tinha a fonte original divulgada), traz à tona algumas dúvidas comuns e em seguida um básico muito básico sobre a hierarquia dentro dos covens.
Bem, vamos ao que interessa.
COVENS, CÍRCULO E GROVES...
(Texto Traduzido por Helena Catarina, Portugal)
Quando os Pagãos se encontram, alguns, fazem-no muitas vezes sob a insígnia de pequenos grupos, organizados, com nomes tão conhecidos como Grove da Antiga Floresta, Coven da Lua Crescente, Círculo Mágico, etc., mas, como se distinguem os Covens dos Círculos, os Círculos internos dos círculos externos, os Groves e os grupos de estudo? - Se decidir organizar um grupo, como lhe deverá chamar?
Para começar, nenhum destes termos está registrado legalmente, pode chamar ao seu grupo como bem entender, mas se usar certos termos inadequadamente, pode causar equívocos na Comunidade, ser ridicularizado ou até mal interpretado.
Não chame ao seu grupo Coven (a menos que os seus membros sejam Wiccans, Iniciados formalmente), e se usar a palavra "Grove", saiba que podem confundi-los com Druidas já avançados na Hierarquia. Para a maioria dos grupos que não são nem Druidas nem Wiccans, "círculo" é um termo não específico, satisfatório mas prudente - mas, ainda assim haveria a possibilidade de surgir confusão com um Círculo organizado, tal como o Circle Sanctuary, que possui uma grande rede de subscritores adeptos de Festivais e amigos, ou para complicar ainda mais o assunto, alguns Covens Wiccans usam a palavra "Círculo" como parte integrante dos seus nomes, e em vez de "coven", como é o caso do Círculo Lunar Lusitanea, - e ainda o termo "Templo" é outro termo que se poderá referir a um Coven ou a "igrejas pagãs", como alguns nos EUA...
Muitas pessoas começam por ter na ideia um grupo de estudo que pode ser constituído por alguns amigos que se encontram semanalmente para falar acerca de religiões da Natureza e talvez até de Magia.
Focam o seu interesse na educação, prática ou na partilha de informação, e o termo "grupo de estudo"* é suficientemente inócuo para que os centros comunitários pagãos reconheçam "quem é quem" e talvez surja um, formal, que vos ajude nas vossas reuniões.
A certa altura os membros do grupo de estudo, ou alguns deles, podem sentir a necessidade de se envolverem mais profundamente na prática da religião pagã... Aí poderão considerar a hipótese de organizar um círculo pagão independente, ou, se está envolvido com a "Pagan Federation ou "Covenant of the Goddess", etc, poderá ter algum apoio, se e quando aceitos.
Se é este o seu caminho de interesse, talvez prefira criar um coven... mas a maneira mais prudente de o fazer é juntar-se a um Coven já existente e receber um treino sólido e experiência, isto antes de se lançar por aí por sua conta e risco.
Ainda assim, existem pessoas que se autodedicaram e fundaram círculos sem nenhuma experiência a não ser a da leitura de alguns bons livros sobre o assunto - é um caminho difícil, mas se for culto e bom organizador, talvez seja capaz de o fazer...
Qual é a diferença entre um Grupo de estudo e um Coven?
- Um grupo de estudo existe simplesmente para que os membros possam aprender acerca de um assunto.
- Um Coven é uma organização religiosa com Sacerdotisas e Sacerdotes que se dedicam à prática da Antiga Religião (Feitiçaria ou Wicca). - As bruxas não se limitam a estudar; elas/eles celebram a mudança das estações, fazem trabalhos mágicos, curam, celebram Ritos de passagem, e procuram o crescimento espiritual ao unirem-se com as Deusas e Deuses da Natureza.
De acordo com a História, os Covens de bruxas eram originalmente muito pequenos, quais sociedades secretas criadas para manter viva a Arte, nas barbas das horríveis perseguições da Inquisição. As bruxas da Idade Média encontravam-se para celebrar os Sabbaths ou Invocar a ajuda da Deusa (Tripla) e dos Deuses dos locais selvagens. Há quem acredite que estes Covens sobreviveram até á atualidade e Iniciaram pessoas , numa Tradição contínua que recua vários séculos atrás.
Se os Covens tiveram origem há mil anos atrás, ou há cinquenta, é uma questão discutível, mas o certo é que eles são uma parte vital da religião viva da wicca. A maioria dos Covens tem uma média de sete membros adultos e poucos têm mais de treze. Neste pequeno ambiente auxiliador, os laços físicos e emocionais são profundos e é realizado um trabalho mágico e espiritual intenso.
A palavra "GROVE", que originalmente se referia a um local sagrado nos bosques, tem sido utilizada de pelo menos três maneiras diferentes pelos pagãos: às vezes é simplesmente uma assembleia de pagãos sem nenhuma denominação particular (quando deveria referir-se a uma organização local de Druidas), ocasionalmente pode também referir-se a um grupo de pagãos que se encontram para cultuar sob a orientação de um coven de feiticeiras (o que mais inventarão?!) ... Casos deste tipo de terminologia falseada é grave, pois o chamar Grove ou Coven, é sinónimo de "Congregação" ou "Círculo externo", como distinção do Círculo interno, que é composto por Sacerdotes e Sacerdotisas dessa Tradição.
Na terminologia certa, todas estas organizações são as bases da apresentação do Paganismo para se exprimir ao publico, pelo que há que saber nomear corretamente o seu grupo, para se evitarem equívocos ou mesmo logros.
Um grande grupo organizado é a Pagan Federation (com sede situada no Reino Unido), ou o Covenant of the Goddess (EUA) e a Pan-Pacific Pagan Aliance ( que inclui a Austrália, Nova Zelândia e o Pacifico).
Desde grupos locais a redes regionais, o certo é que alguns Pagãos se encontram organizados, e o que antes era uma religião popular de aldeia, tribos ou nações, é agora uma tentativa para a legalidade, muito expandida pelas modernas telecomunicações e pela Internet.
O Paganismo pode ter raízes num passado distante, mas chegou na Era de um novo Mundo ...
* Atualmente, alguns destes grupos de estudo intitulam-se "conventículo" ou "conventina.
HIERARQUIA DENTRO DOS COVENS
Assunto polêmico que, hoje em dia, a maior parte da Bruxas dispensa este tipo de imposição "hierárquica". Mas, como informação, é preciso dizer que algumas Tradições mantêm a prática de proceder a 3 Iniciações diferentes para seus membros. Vamos a eles:
PRIMEIRO GRAU: é a entrada formal para a Religião Wicca, a partir da aceitação em um Coven.
SEGUNDO GRAU: geralmente acontece depois de algum tempo de estudo religioso e mágico dentro do coven
TERCEIRO GRAU: forma os chamados: "Alta Sacerdotisa" e "Alto Sacerdote". Isso pode ser descrito como o ápice do conhecimento dentro de uma Tradição específica.
A Iniciação no Terceiro Grau acontece, teoricamente, apenas depois que o membro completa um rigoroso programa de estudo que engloba a Magia, a estrutura dos Rituais, a dinâmica de um grupo mágico, a Mitologia da Wicca e diversas outras áreas.
Bem, este curtíssimo texto sobre a hierarquia é apenas para que você tenha uma pequeníssima ideia sobre cada um deles. Aconselho que procure por um bom livro para aprofundar seus conhecimentos.
Para encerrar este texto gostaria apenas de atentar para o fato de que ninguém é melhor que ninguém...ninguém é melhor ou pior por fazer parte ou não de um coven, grove, círculo.
Ainda, vale frisar que, por mais que tenhamos anos, décadas, séculos ou milênios de estudo e prática, ainda assim, nunca poderemos afirmar que somos detentores de todo o conhecimento sobre nossa religião. Portanto, tome cuidado!
QUESTIONE-SE: Será que a pessoa que se entitula sacerdote ou sacerdotisa tem condições morais, éticas, intelectuais e responsáveis para se declarar dentro do coven como hierarquicamente superior em relação aos demais?
Bem, desculpe se não agradei com meus pontos de vista e minhas colocações, mas, esta é minha opinião particular...e você não está obrigado a aceitá-la.
Muitas Bençãos
A HISTÓRIA DA FORMAÇÃO DAS TRADIÇÕES
Em 1969, cinco anos após a morte de Gardner, a Wicca, já se tornara muito conhecida nos EUA. Susan Roberts escreveu um livro chamado “Witches USA” (Bruxas Americanas, ou BRUXAS na América) que continha diferentes informações e relatos sobre as práticas e os praticantes da arte. Algumas das pessoas citadas no livro, tais como Ed Fitch e Joe Wilson (que realmente eram iniciados), perceberam que com a publicação deste livro ocorreria uma grande demanda de pessoas em busca de informações sobre a Arte. Aproveitando isso, Ed publicou no mesmo período dois livros que continham informações que ele já há algum tempo havia selecionado, um se chamava “Outer Court Book of Shadows” (Livro das Sombras fora da corte, da elite, melhor traduzido como Material não iniciático ou importante do BOS) e um outro livro chamado “Grimoire of Shadows”. De acordo com Fitch esse material seria uma fonte de pesquisa inicial para as pessoas interessadas e não continha nenhum tipo de material secreto que pudesse pôr o BoS em perigo (revelando os mistérios).
O conceito “Outer Court” visava que todo o material fosse distribuído largamente, sem a necessidade de citar fontes, uma espécie de curso para que as pessoas pudessem aprender as bases da religião e tirar suas dúvidas. O importante era partilhar conhecimento. Nessa onda de “partilha” muitos textos inventados e muitos materiais confusos e remendados começaram a serem distribuídos como informações secretas e válidas dentro da comunidade Wiccan.
Apesar do grande crescimento desordenado de informações ditas Wiccans, o maior Boom de interessados ocorreu após 1973 quando o até então Gardneriano Raymond Buckland (da linha Olwen, iniciado apenas no 1º) inventou e lançou em seus livros as possibilidades de seguir a WICCA de modo solitário e sem dúvida a mais estranha e díspar: a Auto-iniciação. Agora para seguir a WICCA não eram mais necessários Covens, Sacerdotes, Tradição ou regras, tudo era livre, podia ser trabalhado da forma que melhor se adequasse aos caprichos daqueles que buscavam caminhos diferentes das religiões maçantes da época.
Para finalizar ou piorar ainda mais essa bagunça de informações, dois autores adeptos da filosofia New Age, também viram na WICCA um bom local para “trabalhar” e criar raízes; Scott Cunningham e Starhawk, com os livros “Wicca para Bruxos solitários” e “A Dança cósmica das Feiticeiras”, incluíram a Filosofia New Age como parte da Wicca. Esses livros são muito interessantes, porém quase nada do conteúdo faz parte dos ensinamentos de Gardner, e são modelos e idéias difundidas pelos autores, absorvidas de diferentes lugares.
A WICCA livre de regras, a religião da Nova Era, o Cult dos adolescentes estava firmado. Ninguém se preocupava em saber de onde as práticas surgiram, como elas eram celebradas pelos mais antigos, quais eram as reais mensagens de Gardner em seu BoS, e muito menos se aquilo que chegava as suas mãos realmente eram materiais feitos por Gardner ou suas Sacerdotisas. Nesse momento, a WICCA de Gardner tinha sido relegada aos “Esnobes da Arte” como eram chamados os Gardnerianos e até mesmo os Alexandrinos. Para os “esnobes” apenas eles seguiam os ensinamentos de Gardner e os outros seguiam algo que poderia ser caracterizado no máximo como Neo-Wicca.
Gardner desejava que o conhecimento fosse passado, mas não de modo descontrolado, e muito menos da maneira que estava sendo. Ele desenvolveu regras, seus mistérios e ensinamentos seriam passados para os novos adeptos da mesma maneira que lhe foram passados, por um caminho iniciático e sacerdotal. Para ter um real acesso ao seu BoS, os adeptos precisavam estudar, praticar e vivenciar diferentes atividades dentro do grupo, até que através das passagens de poder (iniciações) essas pessoas amadurecessem e fossem firmadas como sacerdotes Wiccans.
Só apenas após muito tempo de práticas, estudos e vivencias o adepto teria acesso ao Bos, como seria possível este ser vendido em qualquer livraria? O que hoje é vendido como o BOS de Gardner é apenas uma fração do verdadeiro BOS que Gardner disponibilizou para os curiosos terem uma base. Boa parte dos outros livros que, “contêm informações do BOS” são trechos emendados e modificados dos materiais Gardnerianos e até Alexandrinos que se tinha acesso livre. Por isso que é comum ver um Gardneriano apontando o dedo para membros de outras tradições que foram formadas a partir dessas informações que estavam sendo vendidas como Wicca.
Obviamente, muitas pessoas possuíam um interesse real em seguir a Wicca, e por isso iam arrecadando e tentando organizar esses conhecimentos de modo que pudessem seguir da maneira mais próxima possível os ensinamentos de Gardner, visto que achar um grupo realmente Wiccan, com linhagem e seriedade era e ainda é deveras difícil. Além disso, a teologia da religião já havia sido difundida, apenas as práticas, os nomes secretos e os métodos de ensino e preparo de sacerdotes eram mantidos em sigilo pelos COVENS mais tradicionais.
Muitos grupos acabaram arrecadando conhecimentos diversos, organizaram, trabalharam em cima deles até alcançar maturidade e desse modo fundaram novas ramificações de práticas (Tradições), que apesar de em muitos casos não possuírem a ligação que Gardner tinha com um coven Mãe, criaram algo similar, que continha ao menos os objetivos e ideais de Gardner.
O que deve ficar claro para aqueles que tentam compreender as diferentes ramificações, é que para ser uma tradição Wiccan, algumas regras devem ser seguidas, os preceitos do BOS devem existir, pois caso contrário, a tradição e a prática são um ramo da BRUXARIA como um todo, e não da Wicca, afinal a teologia da religião e as regras propostas por Gardner precisam ser mantidas.
Abaixo segue alguns dos preceitos que caracterizam uma tradição da Wicca:
- Celebração e Culto em TOTAL IGUALDADE às polaridades divinas, comumente chamadas de Deus de Chifres e Deusa da Lua.
- Passagem de poder através de iniciações formais, feitas por sacerdotes constituídos, onde a sacerdotisa inicia os adeptos homens e o sacerdote as mulheres.
- Celebração dos Ritos sazonais, Sabbaths e Esbbaths em honra aos DEUSES e para criar elos de interação.
- Respeito a TERRA e a Natureza que são encarnados como uma manifestação direta dos Deuses, ou seja, todos os seres e coisas são divinos.
- Uso da magia como uma característica natural da religião e não como o seu objetivo.
- Proselitismo como uma prática inadmissível. O interesse em fazer parte da religião deve surgir de forma totalmente espontânea e, é o adepto que deve procurar o grupo e não o grupo procurar adeptos.
- Os mistérios e ensinamentos devem ser mantidos sob sigilo, apenas para que não se utilize o conhecimento, de modo a fazer mal ao praticante, onde os ensinamentos também devem ser entregues de modo gradativo dentro das famílias (covens).
- Um coven só é formado com a presença de uma Alta Sacerdotisa (iniciada no 2° ou 3°) e só se mantém seguindo o axioma: “Perfeito AMOR e confiança Perfeita”.
- A tradição deve possuir uma linhagem que retroceda até Gerald Gardner.
Nós só temos a intenção de informar e não de recriminar ou afirmar quem está certo ou errado, por isso você deve estudar, pesquisar e compreender as bases de formação da tradição que deseja seguir e acima de tudo, deve lembrar que o que vai definir a validade de sua prática não são títulos ou linhagens e sim a funcionalidade que ela possui para você, se o caminho funciona e te faz feliz não deixe de segui-lo só porque ele não é famoso ou válido para outros. A idéia expressa aqui é apenas um relato direto dos acontecimentos e uma opinião ampla sobre a importância da manutenção de certas regras para a criação de tradições.
É também muito importante lembrar que muito das práticas inseridas posteriormente à morte de Gardner são válidas como atividades mágicas, o fato de não serem práticas formuladas por Gardner, ou hereditárias de seu segmento, não lhes tiram a validade. Nisto podemos incluir a idéia de ‘Self’ da filosofia New Age, o caminho solitário proposto por Cunningham e tantas outras práticas e crenças inexistentes nos ensinamentos de Gardner e de suas Sacerdotisas.
É também interessante perceber que hoje a idéia de tradições Wiccans se expandiu a tal modo que qualquer sistema de práticas de BRUXARIA que seja criado e ganhe certa notoriedade passa a ser caracterizado como uma tradição da Wicca, quando na verdade é apenas um ramo da Bruxaria, um caminho de práticas criado por um grupo ou família.
Em virtude dessa expansão, existe na internet à disposição de todos, uma gama enorme de informações referentes a todos esses caminhos, caracterizando-os como tradições da WICCA ou somente da Bruxaria, deixando que a idéia de validade, hereditariedade e similares fique ao encargo de cada um.
O CHAMADO DA DEUSA - O que é?
O Chamado da Deusa é como a Arte é apresentada a você.
Ele é diferente para cada pessoa, mas normalmente tem alguns traços comuns: o amor pela terra e seus habitantes, o desejo de conectar-se à "Alma do mundo", o cuidado com os animais e a natureza, etc.
É uma consciência que se forma dentro de você.
Algumas pessoas sentem o Chamado como se fosse algo que as colocasse no mundo, algo que fizesse com que elas se sentissem no lugar certo.
Mas a experiência é pessoal e assim sendo, não existe uma forma rígida para acontecer.
O chamado da Deusa é uma coisa muito pessoal e pode vir a acontecer de formas diversas:
Há pessoas que sentem o chamado em sonhos, pela simples vontade irresistível de conhecer bruxaria, há aquelas que ouvem o chamado lendo as Brumas de Avalon ou até mesmo, jogando RPG...
O que importa não é como o chamado ocorre e sim, que ele ocorreu.
E se você ouviu a Voz da Deusa , cujo corpo é tudo que existe no Universo,
você nunca mais a deixará, porque ela sussurra em tudo o que existe...
Não há como nem onde se esconder Dela.
O chamado da Deusa algo que todo wiccan genuíno sente dentro de si um dia.
Só pode entender quem realmente o sentiu.
Quando a Deusa chama o seu filho, ele se sente impulsionado para Ela com tal força que nada pode pará-lo.
Ele irá correr para os seus braços, como quem volta ao seu lar (que é o que realmente acontece). Aquele que "ouviu" o Chamado não se desvia do seu caminho.
Infelizmente, a Wicca se tornou uma "moda esquisotérica embalada para consumo" no mundo todo, como já foram moda os famosos "anjinhos da guarda".
Há uma profusão de pessoas usando pentagramas no pescoço e se dizendo grandes bruxos que não faz sentido.
Esse modismo é resultado do fascínio que uma religião com poucas regras, que cultua Deuses Antigos e lida com uma magia fácil de ser realizada causa nas pessoas.
As pessoas que entram na Wicca por moda (infelizmente hoje esse tipo de gente representa a maioria dos wiccans não ouviram realmente o Chamado.
E é por isso que não continuarão nesse Caminho, pois não é realmente o Caminho deles.
O fato de se dizer que apenas alguns ouvem esse Chamado pode parecer algo elitista, como se só alguns tivessem o direito supremo de cultuar a Deusa e Seu Consorte.
Mas as coisas não são bem assim.
Quer-se dizer com isso que a Wicca não é um Caminho para todos, assim como nenhuma religião é Caminho para toda a Humanidade.
Cada ser humano tem o seu próprio Caminho a seguir e deve seguí-lo.
Assim, quem ouvir o Chamado da Deusa, deve seguir um caminho regido por Ela, como a Wicca. Quem foi chamado por Jesus Cristo deve seguir o Cristianismo.
Quem foi chamado por Krishna deve seguir o Hinduísmo.
Cada pessoa só será feliz no seu caminho real.
Não adiante seguir um outro caminho, por qualquer razão que seja, como o modismo. Simplesmente não dará certo.
E é por essa razão que na Wicca não se tenta converter ninguém.
Cada um deve ouvir o Chamado da Deusa por si mesmo.
Só a Deusa saberá o momento de chamar os seus filhos para si e aos seus filhos cabe saber sentir esse chamado.
Proselitismo é uma prática considerada abominável na Wicca e nas religiões pagãs em geral.
VOCÊ OUVIU O CHAMADO DA SENHORA?
Ela canta sua Canção sagrada em tudo o que existe, sussurra na brisa nas folhagens, grita nos relâmpagos, ruge nos vulcões. Ela geme em cada grito de dor, se faz ouvir no choro do recém nascido e do moribundo, na altivez do leão e nas patas da gazela. Ela chora nas queimadas da amazônia, é ferida nas guerras, se encontra na fome e na satisfação da fome. Ela é vida e é morte. É a terra com seus frutos abundantes e a Ceifeira que traz a morte e a putrefação, de onde a vida torna a brotar.
Ela canta sua canção mais bela quando a Lua enche nos céus .. é a Senhora das águas que correm, trazendo vida ao planeta... sua música é a complexa sinfonia sem fim das vastidões das galáxias e suas notas mais brilhantes são cada uma das estrelas.
Se você ouviu algum dia tudo isso, não há lugar no universo onde você possa se esconder do chamado da Deusa e nessa hora, se você simplesmente responder ao chamado e escolher o Antigo Caminho, será uma bruxa.
O CHAMADO DA DEUSA
Com certeza, é o texto mais importante que temos na Wicca.
O Chamado da Deusa (também conhecido por Os Encargos da Deusa, O Papel da Deusa, a Exortação da Deusa ou a Carga da Deusa) foi escrito originalmente por Gerald Gardner, em 1949.
Porém, anos mais tarde, uma iniciada de Gardner, Doreen Valiente, descontente com a qualidade do texto de Gardner e achando que ele não refletia bem o espírito da Arte, resolveu reescrever o texto, fazendo-o de forma brilhante.
A sua versão se tornou mundialmente famosa e é o texto definitivo da Wicca.
Abaixo, primeiramente apresentamos a versão escrita por Doreen Valiente e, em seguida, a versão original de Gardner, para apreciação.
Ouçam vós as palavras da Grande Mãe, que desde os dias antigos foi chamada entre os homens de Ártemis, Astarte, Dione, Melusine, Aphrodite, Cerridwen, Diana, Arianrhod, Bride e por muitos outros nomes.
"Sempre que vós tiverdes quaisquer necessidades, uma vez ao mês, e melhor seria quando a lua estiver cheia, então vós deveis vos reunir em algum local secreto e adorar o meu espírito, eu que sou a Rainha de todas as bruxarias.
Lá vós deveis vos reunir, vós que estais ardorosos para aprender toda a feitiçaria, mas que ainda não aprendeis os seus segredos mais profundos; a estes eu vou ensinar aquilo que ainda é desconhecido.
E vós deveis ser livres de toda servidão; e como sinal de que vós sois realmente livres, vós deveis apresentar-vos nus em seus ritos; e vós deveis dançar, cantar, comer, tocar música e fazer amor, tudo em meu louvor."
"Pois meu é o êxtase do espírito e minha é a alegria do mundo; pois a minha lei é o amor para todos os seres. Mantenhais puro vosso mais elevado ideal; empenhai-vos sempre na sua direção; não deixais nada parar-vos ou desviar-vos.
Pois minha é a porta secreta que se abre sobre a Terra da Juventude e minha é a taça do vinho da vida e o Caldeirão de Cerridwen, que é o Graal Sagrado da imortalidade.
Eu sou a Deusa Graciosa, que dá o presente da alegria para o coração do homem.
Sobre a terra eu dou o conhecimento do espírito eterno; e além da morte, eu dou paz e liberdade e vos reuno com aqueles que partiram antes de vós.
Eu não peço nada em sacrifício; pois eu sou a Mãe de tudo o que vive e meu amor recai por sobre a terra."
Ouçam vós as palavras da Deusa Estelar.
Ela em cuja poeira dos pés estão as hostes do céu e cujo corpo circunda o Universo.
"Eu, que sou a beleza dos campos verdes, a Lua alva entre as estrelas, o mistério das águas e o desejo do coração do homem, chamo pelas vossas almas. Levantem-se e venham à mim. Pois eu sou o alma da natureza, que dá vida ao universo. De mim tudo vêm e a mim tudo deve retornar; e ante a minha face, amada pelos Deuses e pelos homens, deixe teu ser divino mais profundo se envolver pelo êxtase do infinito."
"Deixem meu culto acontecer na terra que se regozija; pois todos os atos de amor e prazer são meus rituais. E portanto deixem que haja beleza e força, poder e compaixão, honra e humildade, júbilo e reverência dentro de vós.
E aqueles que pensam em me procurar, saibam que a vossa busca e vosso anseio devem beneficiar-vos apenas se vós souberdes o mistério; se o que vós procurardes, vós não achardes dentro de vós mesmos, então nunca encontrarão fora. Pois eu tenho estado convosco desde o início e eu sou aquela que é alcançada ao final do desejo."
O CHAMADO DA DEUSA NEGRA
As Deusas Negras são deidades que se conectam com as luas escuras (nova, minguante) e possuem diversos atributos. São senhoras da morte e da ressureição, dos oráculos, e são utilizadas geralmente para trabalhar a nossa sombra. Da mesma forma que a Deusa Tríplice, as Deusas Negras são um aspecto dessa Deusa, e também tem uma Carga ou Chamado, que eu vou apresentar agora:
O CHAMADO DA DEUSA NEGRA
Eu sou as trevas por trás e por baixo das sombras.
Eu sou a ausência de ar que espera no início de cada respiração.
Eu sou o fim antes que a vida recomece, a deterioração que fertiliza o que vive.
Eu sou o poço sem fundo, o esforço sem fim para reivindicar o que é negado.
Eu sou a chave que destranca todas as portas.
Eu sou a glória da descoberta, pois eu sou o que está escondido, segregado e proibido.
Venha a mim na Lua Negra e veja o que não pode ser visto, encare o terror que é só seu.
Nade até mim através dos mais negros oceanos, até o centro de seus maiores medos.
Eu e o Deus das trevas o manteremos em segurança.
Grite para nós em terror e seu será o poder de suportar o insuportável.
Pense em mim quando sentir prazer e eu o intensificarei.
Até o dia em que eu terei o maior prazer de encontrá-lo na encruzilhada entre os mundos.
Sabedoria e a capacidade de dar poderes são os meus presentes.
Ouça-me, criança, e conheça-me por quem eu sou.
Eu tenho estado com você desde o seu nascimento e ficarei com você até que você retorne a mim no crepúsculo final.
Eu sou a amante apaixonada e sedutora que inspira o poeta a sonhar.
Eu sou aquela que te chama ao fim de sua jornada.
Quando o dia se vai, minhas crianças encontram seu descanso abençoado em meus braços.
Eu sou o útero do qual todas as coisas nascem.
Eu sou o sombrio, silencioso túmulo; todas as coisas devem vir a mim e suportar a morte e o renascer para o todo.
Eu sou a Bruxa que não será governada, a tecelã do tempo, a professora dos mistérios.
Eu corto as linhas que trazem minhas crianças até mim.
Eu corto as gargantas dos cruéis e bebo o sangue daqueles sem coração.
Engula seu medo e venha até mim, e você descobrirá a verdadeira beleza, força e coragem.
Eu sou a fúria que dilacera a carne da injustiça.
Eu sou a forja incandescente que transforma seus demônios internos em ferramentas de poder.
Abra-se a meu abraço e domínio.
Eu sou a espada resplandescente que te protege do mal.
Eu sou o cadinho no qual todos os seus aspectos se misturam em um arco-íris de união.
Eu sou as profundezas aveludadas do céu noturno, as brumas rodopiantes da meia-noite, coberta de mistério.
Eu sou a crisálida na qual você irá encarar o que te apavora e da qual você irá florescer vibrante e renovada.
Procure por mim nas encruzilhadas e você será transformada, pois uma vez que você olhe para meu rosto não existe volta.
Eu sou o fogo que beija as algemas e as leva embora.
Eu sou o caldeirão no qual todos os opostos crescem para se conhecer de verdade.
Eu sou a teia que conecta todas as coisas.
Eu sou a curadora de todas as feridas, a guerreira que corrige todos os erros a seu tempo.
Eu faço o fraco forte.
Eu faço humilde o arrogante.
Eu ergo o oprimido e dou poderes ao desprivilegiado.
Eu sou a justiça temperada com compaixão.
Eu sou você, eu sou parte de você, estou dentro de você.
Me procure dentro e fora e você será forte.
Conheça-me, aventure-se nas trevas para que você possa acordar com equilíbrio, iluminação e plenitude.
Leve meu amor consigo a toda parte e encontre o poder interior para ser quem você quiser.
SUMMERLAND
É comum wiccanos se referirem ao mundo espiritual como "Summerland",
ou ainda, Terra do Verão.
Summerland é um termo geralmente empregado na Wicca como referência ao "Outro Mundo" para o qual as almas dos mortos se encaminham após o término da vida física.
A Terra do Verão pode ser vista como uma espécie de paraíso pagão não muito diferente dos conhecidos "Terra do Verão dos wiccanos existe no Plano Astral e é experimentada de modos diferentes por cada indivíduo, de acordo com a vibração espiritual que ele leve a esse plano de existência.
O período em que alguém permanece na Terra do Verão depende da habilidade do indivíduo de libertar e retomar o material que a alma carrega vida após vida, o que pode fazer com que essa alma renasça na dimensão física.
A existência na Terra do Verão dá a um indivíduo a oportunidade de estudar
e compreender as lições da vida anterior e como estas se relacionam
a outras vidas pelas quais a alma tenha passado.
Na teologia wiccana, este é conhecido como período de descanso e recuperação.
Uma vez encerrado esse período de tempo, o plano Elemental
começa a atrair o indivíduo para o renascimento em qualquer dimensão que se harmonize à sua natureza espiritual naquele momento.
A alma a reencarnar é então submetida ao plano das forças e pode ser atraída pelo vértice de uma união sexual em curso na dimensão física.
Segundo os Ensinamentos Misteriosos, a alma é atraída pelos aspectos da vida físicas que melhor a preparem para as lições necessárias para assegurar sua evolução
e consequente liberação do Ciclo do Renascimento.
De acordo com os Ensinamentos Misteriosos, um aborto natural ou um recém-nascido morto indica uma alma que não mais precisava retornar à dimensão física, necessitando apenas uma breve imersão em matéria densa para equilibrar
as propriedades Elementais etéreas necessárias a seu corpo espiritual.
A outra razão para tais ocorrências é que os pais precisavam aprender a lição da perda para a própria evolução espiritual, caso no qual isso foi possibilitado por uma alma que não necessitava mais de uma existência física.
Os serviços dessas almas elevadas é geralmente notado não só nesses cenários,
mas também nos ensinamentos acerca da reencarnação de avatares como Buda ou Jesus.
De tudo o que os Wiccanos compreendem, surge um código básico de conduta:
· Se ninguém for prejudicado por uma ação sua (seja física, emocional ou espiritualmente), então aja como desejar na Vida, de acordo com sua Individualidade mais Elevada. Busque sua identidade e seu propósito.
· Quando alguém faz algo de bom para você, retribua o gesto bondoso fazendo algo de bom por outrem, para que a semente plantada dê fruto.
· Mantenha sua palavra e seus juramentos quando os empenhar.
· Não mate ser algum, exceto quando necessitar de alimento ou proteção.
· Reconheça e preste a devida reverência a seus deuses, observando todos os períodos e festivais sagrados.
· Não despreze as crenças de outrem, simplesmente ofereça o que acredita ser verdade.
· Busque viver em harmonia com os que discordam de você.
· Tente se conscientizar dos que estão ao seu redor e encontre a compaixão em seu interior.
· Seja sincero com seus próprios conhecimentos e lute para se afastar
do que se opõe dentro de você.
· Auxilie os outros de acordo com suas necessidades e de acordo com sua habilidade
em dar de si mesmo.
· Respeite a Natureza e lute para viver em harmonia com Ela.
A VIDA, A MORTE, O RENASCIMENTO - REENCARNAÇÃO
Durante todo o meu tempo de pesquisa/analise em livros, sites e publicações pagãs percebi que muito pouco sobre nossas crenças são mostrados e uma dúvida crescente vem assombrando nossa comunidade, principalmente a virtual, no que acreditamos além da magia? O que além de feitiços e RITUAIS existe na Wicca? Quais são as informações que os livros, infelizmente, disponibilizam muito pouco?
A WICCA é uma religião que segue um ritmo muito interessante quando o assunto é no que diz respeito a sua crença, ou seja, no que acreditamos, o que seguimos (dogmas). Temos por base que a WICCA é duoteísta e panteísta (crê numa força masculina e feminina de criação, que existem em tudo e todos, e que são caracterizados através de estereótipos ligados a cada região, ganhando nomes distintos e recebendo a nomenclatura de DEUSES de um Panteão), diversificada (já que cada tradição pode seguir princípios de prática e, em alguns casos, de crença distintos) e liberal (aceita qualquer pessoa, sem distinção de raça, sexo, orientação sexual, idade, situação social ou nacionalidade). Pois bem, até aí todos sabem, mas sua base de “crença” não é explicada de forma concreta...
Vou falar, inicialmente, como vemos o processo de Vida-Morte-Renascimento, chamado normalmente de reencarnação. Sempre que falamos de reencarnação, nos vem à mente a filosofia difundida em grande parte pelo Kardec ismo, que na verdade é um sincretismo (soma e adaptação) de religiões orientais ainda mais antigas, como o hinduísmo, Budismo e etc.
Na Wicca, assim como em praticamente todas as religiões pagãs, não existe essa idéia de julgamento pós-morte, já que todos os "tributos" por nossos atos são devidamente "utilizados" através da Lei Tríplice (Lei do retorno), ações boas geram consequências boas, ações ruins geram consequências ruins, tudo equivalente aos nossos atos e suas mudanças, e tudo sempre ocorre em vida, nada é deixado para ser analisado posteriormente.
Analisando essa idéia nos vem à mente: Porque retornar se não temos "erros" para pagar? Talvez a resposta viesse através de algo relacionado à evolução, mas na WICCA essa idéia evolutiva também não é válida, já que, nós, somos o "Corpo dos Deuses", eles habitam dentro e fora de nós, e nós somos inegavelmente feitos da mesma energia criadora, de uma forma ampla: Somos os próprios Deuses. Sendo assim, não precisamos evoluir para alcançar os Deuses, precisamos apenas nos sintonizarmos para compreendê-los, e isso é feito seguindo a outra lei: "Assim como em cima é abaixo, como dentro, é fora". Se precisamos compreendê-los, ao invés de buscá-los fora de nós, podemos e devemos buscá-los dentro de nós, através inicialmente do Autoconhecimento. E esse autoconhecimento nem sempre nos é possível em apenas uma existência, logo, o retorno da alma, existe apenas para nos permitir viver e para que possamos sintonizar nossos corpos e alma à energia criadora dos Deuses, usufruindo dessa energia em nosso dia-a-dia.
Quando morremos, passamos pelo processo de desprendimento carnal, ou simplesmente eliminamos nossos vínculos com o corpo físico, e passamos a habitar integralmente o plano Astral, em uma densidade muito mais "leve" que a anterior, inclusive mais leve que a usada para a famosa Projeção astral. Os Wiccanos acreditam em um lugar chamado Summerland (terra de verão) que é para onde todos vão "descansar" após a morte. Lá definimos o que vamos fazer, retornar para a vida terrena ou tornar-se "mentores", "ancestrais", ou apenas seres espirituais.
Em algumas tradições o retorno é inerente, já que o ciclo da vida é sempre contínuo, e muitos encaram seus mentores como seres espirituais que nunca foram humanos e sempre foram esses seres, assim como os ELEMENTAIS e Totens. Os ancestrais por sua vez, podem ser analisados de 2 formas, que se diferenciam de acordo com a tradição estudada: Ou são os antepassados de nossa família que mantém sua atividade familiar, protegendo e instruindo os novos familiares, por meio do plano astral, ou, celebramos a lembrança de nossos antepassados encarando, através das egrégoras, as personalidades energéticas deixadas por eles e por seus atos.
Enfim, vivemos porque somos parte dos DEUSES e de sua criação, assim como cada coisa que existe, seja um animal, um vegetal ou uma simples pedrinha, assim como eles estamos aqui para viver e aproveitar a vida, logo, devemos respeitá-los e permitir que eles também possam vivenciar sua natureza como pertencentes ao "Corpo dos Deuses", são nossos irmãos e parte direta de nós. Ao morrer, vamos para o Summerland, lá ficamos durante um tempo, aprendendo e vivenciando outras coisas, até que renascemos em outro corpo, normalmente em outra família, em outro tempo, para que assim possamos viver de uma forma diferente e em um contexto diferente. O período em que alguém permanece na Terra do Verão depende da habilidade do indivíduo de libertar e retomar o material que a alma carrega vida após vida, o que pode fazer com que essa alma renasça na dimensão física.
A existência na Terra do Verão dá a um indivíduo a oportunidade de estudar e compreender as lições da vida anterior e como estas se relacionam a outras vidas pelas quais a alma tenha passado.
Na teologia wiccana, este é conhecido como período de descanso e recuperação. Uma vez encerrado esse período de tempo, o plano Elemental começa a atrair o indivíduo para o renascimento em qualquer dimensão que se harmonize à sua natureza espiritual naquele momento. A alma a reencarnar é então submetida ao plano das forças e pode ser atraída pelo vértice de uma união sexual em curso na dimensão física.
Segundo os Ensinamentos Misteriosos, a alma é atraída pelos aspectos da vida físicos que melhor a preparem para as lições necessárias para assegurar sua evolução e consequente liberação do Ciclo do Renascimento.
De acordo com os Ensinamentos Misteriosos, um aborto natural ou um recém-nascido morto indica uma alma que não mais precisava retornar à dimensão física, necessitando apenas uma breve imersão em matéria densa para equilibrar as propriedades elementais etéreas necessárias a seu corpo espiritual.
A outra razão para tais ocorrências é que os pais precisavam aprender a lição da perda para a própria evolução espiritual, caso no qual isso foi possibilitado por uma alma que não necessitava mais de uma existência física.
Os serviços dessas almas elevadas é geralmente notado não só nesses cenários, mas também nos ensinamentos acerca da reencarnação de avatares como Buda ou Jesus.
"Numa árvore, uma folha vive e executa todas as suas atividades até morrer, cai do galho, e é absorvida pela árvore, que novamente fabrica outra folha, e assim o ciclo de vida-morte-renascimento continua eternamente".
O RENASCIMENTO - REENCARNAÇÃO
Aparentemente, a reencarnação é, na atualidade, um dos mais controversos tópicos da espiritualidade. Centenas de livros sobre o tema são publicados, como se o mundo ocidental tivesse apenas recentemente descoberto esta antiga doutrina.
A reencarnação é uma das mais valiosas lições da Wicca. A ciência de que esta vida é apenas uma entre muitas, de que não deixamos de existir quando o corpo físico morre, mas sim renascemos em outro corpo, responde a um grande número de perguntas, mas gera outras tantas.
Por quê? Por que reencarnamos? Assim como muitas outras religiões, a Wicca ensina que a reencarnação é o instrumento pelo qual nossas almas são aperfeiçoadas. Uma vida não basta para atingir tal objetivo; portanto, a consciência (alam) renasce inúmeras vezes, cada vida englobando um grupo diferente de lições, até que a perfeição seja atingida.
É impossível determinar quantas vidas são necessárias para tanto. Somos humanos e é fácil aderir a comportamentos não-evolucionários. A cobiça, a ira, o ciúmes, a obsessão e todas as nossas emoções negativas inibem nosso crescimento.
Na Wicca, buscamos fortalecer nossos corpos, mentes e almas. Certamente, vivemos vidas terrenas plenas e produtivas, mas tentamos fazê-lo sem prejudicar ninguém, numa antítese à competição, à intimidação e à busca pelo primeiro lugar.
A alma não tem idade, sexo ou físico, possuindo a centelha divina da Deusa e do Deus. Cada manifestação da alma (por exemplo, cada corpo que habita a Terra) é diferente. Não existem dois corpos ou vidas exatamente iguais. Não fosse assim, a alma estagnaria. Sexo, raça, local de nascimento, classe econômica e todas as outras individualidades da alma são determinadas por suas ações em vidas passadas e pelas lições necessárias à vida presente.
Isto é de suma importância para o pensamento wiccano: nós decidimos o desenrolar de nossas vidas. Não há deus, maldição, força misteriosa ou destino sobre o qual possamos atirar a responsabilidade pelos fatos de nossas vidas. Nós decidimos o que precisamos aprender para evoluir e, então, espera-se, durante essa encarnação, trabalhamos em busca desse progresso. Caso contrário, regressamos às trevas.
Existe um fenômeno que atua como auxiliar no aprendizado das lições de cada existência, o qual é chamado de carma. O carma é geralmente mal-compreendido. Não é um sistema de recompensas e punições, mas sim um fenômeno que orienta a alma em direção a ações evolutivas. Destarte, se uma pessoa pratica ações negativas, receberá ações negativas em troca. O bem atrai o bem. Com isto em mente, sobram poucos motivos para praticar atos negativos.
Carma significa ação, e é desta forma que atua. Como uma ferramenta, não uma punição. Não há como "apagar" o carma, assim como nem todos os eventos aparentemente terríveis de nossas vidas são um subproduto do carma.
Só aprendemos com o carma quanto temos ciência dele. Muitos buscam em suas vidas passadas a descoberta de seus erros, para solucionar os problemas que estão inibindo seu progresso nesta vida. Técnicas de transe e meditação podem ser úteis, mas o verdadeiro autoconhecimento é o melhor meio para atingir este fim.
A regressão a vidas passadas pode ser perigosa, pois envolve uma grande carga de autodesilusão. É impossível contabilizar quantas Cleópatras, Reis Artur, Merlins, Marias, Nefertitis e outras pessoas famosas do passado existem por aí usando tênis e jeans. Nossas mentes conscientes, que buscam encarnações passadas, agarram-se facilmente a esses ideais românticos.
Se isto é um problema; se não deseja conhecer suas vidas passadas, ou não tem como fazê-lo, observe esta existência. Pode descobrir qualquer dado sobre suas vidas passadas ao observar esta vida. Se solveu seus problemas em vidas passadas, estes não mais lhe dizem respeito. Caso contrário, os mesmos problemas ressurgirão; portanto, concentre-se nesta vida.
À noite, analise seus atos do dia, atentando tanto para ações e pensamentos positivos, bem como para os negativos. Analise a seguir a semana que se passou, o ano, a década. Consulte agendas, diários ou antigas cartas em seu poder para refrescar sua memória. Você continuamente comete os mesmos erros? Em caso positivo, jure nunca mais repeti-los, num ritual concebido por você mesmo.
Em seu altar, você pode escrever tais erros num pedaço de papel. Podem ser inclusas emoções negativas, medos, prazeres desmedidos, permissão que outros controlem sua vida, intermináveis obsessões amorosas para com homens/mulheres indiferentes a seus sentimentos. Enquanto escreve, visualize-se agindo dessa forma no passado, não no presente.
A seguir, acenda uma vela vermelha. Segure o papel sobre a chama e atire-o num caldeirão ou em outro recipiente a prova de fogo. Grite - ou simplesmente afirme para si mesmo - que tais ações do passado não fazem mais parte de você. Visualize sua vida futura livre de tais comportamentos nocivos, limitadores, inibidos. Repita o ritual enquanto for necessário, talvez em noites de lua minguante, para levar a cabo a destruição desses aspectos de sua vida.
Se ritualizar sua determinação em progredir nesta vida, seu juramento liberará sua força. Quando sentir-se tentado a reincidir em seus velhos modos de agir ou pensar, lembre-se do ritual e sobreponha essa necessidade com seu poder.
O que acontece após a morte? Apenas o corpo fenece. A alma sobrevive. Alguns wiccanos dizem que ela viaja para um reino conhecido como Terra das Fadas, Terra Brilhante ou Terra dos Jovens. Esses são nomes Celtas. Alguns wiccanos chamam a esse lugar de Summerland (Terra do Verão), a qual é uma nomenclatura teosófica. Simplesmente, é - uma realidade não-física, muito menos densa do que a nossa. Algumas tradições da Wicca o descrevem como uma terra de verão eterno, com campos gramados e doces rios, talvez como a terra antes do advento da raça humana. Outros o vê em vagamente como um local sem formas, onde fluxos de energia coexistem com as energias maiores - a Deusa e o Deus em suas identidades celestiais.
Diz-se que a alma revê a última vida, talvez de um modo misterioso, com as deidades. Isto não é um julgamento, uma pesagem da alma de uma dada pessoa, mas sim uma revisão encarnatória. Lança-se luz sobre as lições aprendidas ou ignoradas.
Após um período apropriado, quando as condições da Terra estiverem favoráveis, a alma reencarna e reinicia-se a vida.
A pergunta final: o que ocorre após a última encarnação? Os ensinamentos da Wicca foram sempre vagos quanto a isso. Basicamente, os wiccanos dizem que após subir a espiral da vida, morte e renascimento, as almas que atingiram a perfeição liberam-se para sempre desse ciclo e coabitam com a Deusa e o Deus. Nada é desperdiçado. A energia residente em nossas almas retornam à fonte divina da qual se originou.
Por aceitar a reencarnação, os wiccanos não temem a morte como um mergulho no esquecimento, com seus dias de vida terrena para sempre perdidos no passado. A morte é vista como a porta para o renascimento. Portanto, nossas próprias vidas estão simbolicamente ligadas aos infindáveis ciclos das estações que moldam nosso planeta.
Não tente forçar-se a acreditar na reencarnação. Conhecer é muito superior a acreditar, pois o acreditar é próprio dos mau-informados. Não é muito sábio aceitar uma doutrina importante como a reencarnação sem estudá-la para saber se ela realmente lhe atrai.
Além disso, apesar de poderem existir fortes conexões com os que amamos, acautele-se quanto à noção de almas companheiras, como, por exemplo, pessoas que tenha amado em outras vidas e que você esteja destinado a amar novamente. Por mais sinceros que seus sentimentos e crenças possam ser, eles nem sempre se baseiam em fatos. Durante o desenrolar de sua vida você pode encontrar cinco ou seis pessoas com as quais sinta a mesma ligação, apesar de seu envolvimento atual. Será que todas são almas gêmeas?
Uma das dificuldades deste conceito é a de que, se estamos intrinsecamente ligados às almas de outras pessoas, ao continuarmos a encarnar com elas não estaremos aprendendo absolutamente nada. Assim, anunciar que encontrou sua alma companheira tem o mesmo efeito de dizer que você não está progredindo na espiral encarnacional.
Um dia você saberá, e não só acreditará, que a reencarnação é tão real quanto uma planta que dá botões, floresce, espalha sua semente, seca e gera outra planta à sua imagem. A reencarnação foi provavelmente intuída pelos povos antigos quando estes observavam a natureza.
Até que tenha chegado a uma conclusão própria, você pode desejar refletir sobre e considerar a doutrina da reencarnação.
ELEVAR O CONE DO PODER
Esta é a mais básica e ao mesmo tempo avançada técnica utilizada em magia Wicca:
A arte de utilizar nossa mente para “VER” o que não está presente fisicamente, é um poderoso instrumento de magia utilizado em muitos Rituais Wiccanos.
Um exemplo disso é a criação do Círculo Mágico, onde a habilidade do Wiccano em visualizar seu poder pessoal fluindo para formar uma esfera de Luz brilhante ao redor da área do ritual.
Essa visualização direciona o poder que realmente cria o Círculo, ele não se cria sozinho.
Visualização é o ato de ver com a mente e não com os olhos.
A visualização mágica é ver algo que não existe neste instante, pode ser um Círculo Mágico, uma pessoa curada, um talismã com poder etc.
Podemos gerar energia, e, enquanto isso, formar uma imagem na mente de alguma coisa de que necessitamos tudo o que for possível visualizar o mais perto do real possível.
A seguir, direciona a energia para fortalecer a visualização, para que ela se manifeste.
Em outras palavras, a visualização "programa" o poder.
Isso pode ser explicado como uma forma de energia mental.
Ao invés de criar uma imagem física, criamos figuras em nossa mente.
Pensamentos são, definitivamente, objetos.
Nossos pensamentos afetam a qualidade de nossas vidas, se reclamarmos sempre de nossa falta de dinheiro, e fazemos uma visualização de quinze minutos para atrair dinheiro, estes quinze minutos de energia terão de lutar contra 23 horas e 45 minutos diários de programação negativa auto-induzida.
Portanto devemos manter nossos pensamentos alinhados e em ordem a nossos desejos e necessidades.
O CONE DO PODER
DEFINIÇÃO:
Cone de Poder é o nome dado, na religião Wicca, à energia mágica evocada por um indivíduo ou um coven (durante um ritual e/ou feitiço) e liberada em direção a algo ou alguém, para realizar certo objetivo por meio da magia.
Por que cone? Por que o cone dentre tantas figuras geométricas?
Simplesmente pelo fato de a base do ritual wiccano (quer seja individual ou em um coven) ser um círculo.
Assim, ao fim de um ritual e/ou feitiço, a energia gerada no mesmo é concentrada (através da visualização) em um ponto acima do local, para só depois, ser lançada ao seu objetivo.
Foi exatamente por causa desse conhecimento, e como símbolo da elevação do cone de poder, que o "chapéu da bruxa" tem formato cônico.
Uma origem simbólica: a verdade originando as lendas.
Cabe aqui uma observação que é interessante ressaltar. É que na magia utilizada pelos praticantes da religião Wicca, não existe qualquer chance de que alguém saia prejudicado, pois no ritual de iniciação, o iniciado aceita que sobre si reine a máxima Lei Wicca:
"Faça o que desejar, sem a ninguém prejudicar".
Como a maioria das atividades, esse RITUAL acontece no centro de um círculo mágico.
Ao tentar gerar energia para formar o cone do poder, os bruxos recorrem à dança, à meditação e aos cânticos.
Para "moldar" o poder que produz, reúnem-se em torno do círculo mágico, esticam os braços em direção à terra e gradualmente os levantam em direção a um ponto focal acima do centro do círculo.
Quando o líder da assembléia sente que a energia atingiu seu ápice, ordena aos membros: "Enviem-na agora".
Então, todos visualizam aquela energia assumindo a forma de um cone que deixa o círculo e viaja até um destino previamente determinado.
O alvo do cone pode ser alguém doente ou outro membro do grupo que necessite de assistência em seu trabalho mágico. Mas seu destino também pode estar menos delimitado.
Como a prática da feitiçaria está profundamente vinculada à natureza, o cone do poder pode ser enviado para ajudar a superar as crises ambientais que atravessamos.
A DEUSA
A Deusa foi a primeira divindade cultuada pelo homem pré-histórico. As suas inúmeras imagens encontradas em vários sítios históricos e arqueológicos do mundo inteiro representavam a fertilidade - da mulher e da Terra. Por ser a mulher a doadora da vida atribuiu-se à Fonte Criadora Universal a condição feminina e a Mãe Terra tornou-se o primeiro contato da raça humana com o divino.
Quem é a Deusa?
Só o fato de termos que fazer essa pergunta demonstra o quanto nossa sociedade ocidental formada sob a égide da mitologia judaico-cristã se afastou de nossas origens. Fomos criados condicionados por uma cosmologia desprovida de símbolos do Sagrado Feminino, a não ser Maria, Mãe Divina, que não tem os atributos divinos, que são reconhecidos apenas ao Pai e ao Filho e é substituída na Trindade pelo conceito de Espírito Santo.
Maria é, quando muito, a intermediária para a atuação dos poderes do Deus...
-"peça à Mãe que o Filho concede..."
Mas Maria não é a Deusa, senão um de seus aspectos mais aceitos pela sociedade patriarcal, de coadjuvante do Deus, reproduzindo o fenômeno social do patriarcado em que a mulher auxilia o homem, mas sempre lhe é inferior e, por isso, deve submeter-se à sua autoridade.
Constata-se que a ausência de uma Deusa nas mitologias pós-cristãs se deve ao franco predomínio do patriarcado. Predomínio esse que nos trouxe, ao final do século XX, a uma sociedade norteada pelos valores da competição selvagem, da sobrevivência do mais forte, da violência ao invés da convivência, do predomínio da razão sobre a emoção. Mas a Deusa está ressurgindo. Desde a década de 60, reafirmando-se nas últimas, a descoberta da Terra como valor mais alto a preservar sob pena de não mais haver espécie humana fez decolar a consciência ecológica e o renascimento dos valores ligados à Deusa: a paz, a convivência na diversidade, a cultura, as artes, o respeito a outras formas de vida no planeta.
Cultuar a Deusa hoje significa reconsagrar o Sagrado Feminino, curando, assim, a Terra e a essência humana. Quer sejamos homens ou mulheres, sabemos que nossa psique contém aspectos masculinos e femininos. Aceitar e respeitar a Deusa como polaridade complementar do Deus é o primeiro passo para a cura de nossa fragmentação dualística interior.
A Deusa é cultuada como Mãe Terra, representando a plenitude da Terra, sua sacralidade. Sobre a Terra existimos e, ao fazê-lo, estamos pisando o corpo Onipotente e distante, que vive nos céus... A Deusa é a Terra que pisamos, nossos irmãos animais e plantas, a água que bebemos, o ar que respiramos, o fogo do centro dos vulcões, os rios, as cores do arco-íris, o meu corpo, o seu corpo... A Deusa está em todas as coisas... Ela é Aquela que Canta na Natureza... O Deus Cornífero seu consorte, segue sua música e é Aquele que Dança a Vida...
Cultuar a Deusa não significa substituir o Deus ou rejeitá-lo. Ambos, Deus e Deusa são as expressões da polaridade que permitiu que o Grande Espírito, o UNO, se manifestasse no universo... São os dois lados de uma mesma moeda... as duas faces do Todo, ou sua divisão primeira. Assim, crer na Deusa e no Deus ainda é crer em um Ser Supremo que, ao se bipartir, criou o princípio masculino e o princípio feminino, o Yin e o yang, o homem e a mulher.
A Deusa também é a Senhora da Lua e, mais uma vez, a explicação desse fato remonta às cavernas em que já vivemos. O homem pré-histórico desconhecia o papel do homem na reprodução, mas conhecia muito bem o papel da mulher. E ainda considerava a mulher envolta em uma aura mística, porque sangrava todo mês e não morria, ao passo que para qualquer dos homens sangrar significava morte. Portanto, a mulher devia ser muito poderosa, ainda mais que conhecia o "segredo" de ter bebês... É fácil entender porque a mulher era identificada com a Deusa, ou, melhor dizendo, porque a primeira divindade conhecida tinha que ter caracteres femininos... Ainda mais quando as pessoas descobriram que a gravidez durava 10 lunações e a colheita e o suceder das estações seguia um ciclo de 13 meses lunares. O primeiro calendário do homem pré-histórico foi mostrado nas mãos da famosa estatueta da Vênus de Laussel, que segura em sua mão um chifre em forma de crescente, com 13 talhos que representam as lunações.
Por sua conexão com a Lua e a mulher, a Deusa é cultuada em 3 aspectos: a Donzela, que corresponde à Lua Crescente, a Mãe representada na Lua Cheia e a Anciã, simbolizada na Lua Decrescente, ou seja, Minguante e Nova.
Na tradição da Deusa a Donzela é representada pela cor branca e significa os inícios, tudo o que vai crescer, o apogeu da juventude, as sementes plantadas que começam a germinar, a Primavera, os animais no cio e seu acasalamento. Ela e a Virgem, não só aquela que é fisicamente virgem, mas a mulher que se basta, independente e auto-suficiente.
Como Mãe a Deusa está em sua plenitude. Sua cor é o vermelho, sua época o verão. Significa abundância, proteção, procriação, nutrição, os animais parindo e amamentando, as espigas maduras, a prosperidade, a idade adulta. Ela é a Senhora da Vida, a face mais acolhedora da Deusa.
Por fim, a Deusa é a Anciã, que é a Mulher Sábia, aquela que atingiu a menopausa e não mais verte seu sangue, tornando-se assim mais poderosa por isso. Simboliza a paciência, a sabedoria, a velhice, o anoitecer, a cor preta. A Anciã também é a Deusa em sua face Negra da Ceifeira, a Senhora da Morte. Aquela que precisa agir para que o eterno ciclo dos renascimentos seja perpetuado. Esta é o aspecto com que mais dificilmente nos conectamos, porém, a Senhora da Sombra, a Guardiã das Trevas e Condutora das Almas é essencial em nossos processos vitais. Que seria de nós se não existisse a morte? Não poderíamos renascer, recomeçar...
Desta forma, é fácil compreendermos porque a Religião da Deusa postula a reencarnação. Se fazemos parte de um universo em constante mutação, que sentido haveria em crermos que somos os únicos a não participar do processo interminável da vida-morte-renascimento? Essa realidade existe no microcosmo do ciclo das estações, da colheita que tem que ser feita para que se reúnam as sementes e haja novo plantio. É justamente por isso que aqueles que seguem o Caminho da Deusa celebram a chamada Roda do Ano, constituida pelos 8 Sabbats celtas que marcam a passagem das estações. Ao celebrar os Sabbats cremos que estamos ajudando no giro da Roda da Vida, participando assim de um processo de co-criação do mundo.
Por tudo o que dissemos fica fácil entender porque os caminhos, cultos e tradições centrados na Deusa são religiões naturais, fundamentadas nos ciclos da natureza e no entendimento de seus elementos e ritmos. Estas práticas de magia natural usam a conexão e correlação dos elementos da natureza - Água, Terra, Fogo e Ar, as correspondências astrológicas (signos zodiacais, influências planetárias, dias e horários propícios, pedras minerais, plantas, essências, cores, sons) e a sintonia com os seres elementais (Devas Guardiões dos lugares, Gnomos, Silfos, Ondinas, Salamandras, Duendes e Fadas).
O RENASCER DA DEUSA
O renascer da deusa
Os últimos anos têm assistido o fenômeno chamado "Renascer da Deusa", ou seja, o ressurgimento do arquétipo do divino feminino na cultura, nas artes, na ciência e no psiquismo das pessoas. Fazem parte desse renascimento a preocupação ecológica, as manifestações pela paz, o ressurgimento de religiões baseadas na natureza, pondo em relevo valores femininos: o respeito à Mãe Terra, o reconhecimento dos seres humanos como irmãos dos demais seres, a ênfase na conciliação dos sexos e das pessoas, ao invés da competição, a paz ao invés dos conflitos, as terapias naturais respeitando o corpo e a Terra, a volta dos oráculos (runas, tarot, geomancia) e das práticas xamânicas.
Dentro dessa nova mentalidade, o culto à Grande Mãe pode ser feito em diversos caminhos espirituais. De certa maneira, a própria Igreja Católica participa dessa tendência de várias maneiras, colocando em relevo depois de muitos anos a figura de Maria. As religiões centradas na Deusa geralmente têm em comum o reconhecimento da natureza como a própria e, por isso, são designadas como Cultos ou Tradições Naturais, muitos deles oriundos ou aplicando os princípios do xamanismo. Os cultos à Deusa são religiões xamânicas, no sentido de reunirem prática de magia natural e contatos com outras realidades, além de se basearem na interação dos quatro elementos: Fogo, Água, Terra e Ar, unidos pela quitessência que é o Espírito.
Atualmente existem inúmeros cultos que poderíamos chamar de "centrados na Deusa", ou "A Religião da Deusa". Mas o mais conhecido deles hoje, sem dúvida, é a Tradição Wicca, que influencia de muitas formas todos os demais.
Wicca é uma religião pagã (usada esta palavra tanto no sentido comum de "não cristã", como no sentido etimológico de "oriunda do campo", por ser uma religião de origem rural) que cultua a Deusa Tríplice e seu consoante o Deus Cornífero. Ambos são expressões em polaridades do Ser Supremo, a Divindade, chamado pelos nativos norte americanos de Grande Espírito ou o Grande Mistério, O UNO ou a Fonte Criadora, que se manifesta na realidade concreta nas representações da Deusa e do Deus.
A palavra WICCA se origina do inglês arcaico wicce, significando wise (sábio) e o verbo moldar, dobrar. Portanto, um Wiccan (como são chamados seus adeptos) é um moldador, alguém que dá outra feição à realidade que o cerca.
A Wicca surgiu na primeira metade do século XX, do estudo de alguns pioneiros como Margaret Murray e Gerald Gardner, que procuraram resgatar as raízes da witchcraft (bruxaria) praticada na Inglaterra rural e na Toscana (norte da Itália). Essas práticas eram, na origem, a expressão popular da religião celta, que dominou a Europa Ocidental por séculos. A Wicca, pois, se propõe a ser a versão moderna da Antiga Religião.
Na Tradição Wicca existem diversas vertentes, desde as mais rigidamente estruturadas, seguindo normas e rituais fixos, até aquelas que são predominantemente ecléticas, com adaptações regionais ou pessoais. Entre as mais tradicionais se encontram a Gardeneriana, Alexandrina, Diânica, Celta, Georgiana etc. A Wicca pode ser praticada em grupos chamados covens ou por solitários.
Todas as Deusas são uma única Deusa", múltiplas manifestações da Grande Mãe. Cultuar a Grande Deusa pode se manifestar no culto a um ou mais dos arquétipos que a representem nas diversas culturas do mundo. Assim, sejam as Lilith e a Shequinah judaicas, a babilônia Inanna, a havaiana Pele, a chinesa Kwan-In, a japonesa Amaterasu, a inca Ixchel, as africanas Yemanjá e Oyá, ou as hindus Sarasvati e Kali, sempre se estará prestando culto à mesma e única Deusa. As diferentes mitologias enumeram milhares de nomes de Deusas, correspondendo a aspectos ou atributos diversos. Assim, se escolhemos nos conectar com as Deusas Afrodite ou Ishtar ao procurarmos trabalhar a energia do amor, o fazemos porque essas formas do arquétipos, por disposição de milênios, mais se aproximam dessa energia. Se precisamos tratar de estudos ou escrita, criatividade nas artes, invocamos Atena ou Saravasti, por exemplo.
Muitas bruxas costumam se conectar com Deusas de diferentes mitologias, conforme a necessidade de seus trabalhos. Outras se atém a um panteão determinado e só cultuam as Deusas e Deuses daquela cultura. Ambas as formas de expressão fazem parte dos Caminhos da Deusa. Algumas bruxas preferem se conectar com as Deusas em sua forma mais primitiva, como Mãe Terra, daí utilizarem símbolos das chamadas Vênus pré-históricas, como de Laussel, Willendorf, Deusa serpente de Creta, Deusa do Nilo.
AS TRES FACES DA DEUSA
A conexão com a Deusa é um processo vital na Religião Wicca.
A Deusa é a Grande Criadora e mantenedora da vida. É através dela que todas as coisas provêm e a Ela tudo um dia retornará.
É difícil definir a Deusa em alguns parágrafos, mas a versatilidade é uma de Suas características mais interessantes. Para alguns Ela é a única Divindade existente. A Deusa não é necessariamente vista como uma pessoa, mas uma força multifacetada de energia que se expressa em uma variedade de formas e pode ter inúmeros nomes diferentes.
Ela foi chamada Ishtar, Astarte, Inanna, Lilith, Ísis, Maat, Brigit, Cerridwen, Gaia, Deméter, Danu, Arianhod, Ceridwen, Afrodite, Vênus, Ártemis, Athena, Kali, Lakshmi, Kuan-Yi, Pele e Mary, entre muitos outros nomes. A Ela foram atribuídos muitos símbolos, como serpentes, pássaros, a Lua e a Terra.
A Deusa é a Criadora de todas as coisas e, ao mesmo tempo, a Destruidora. Tudo vem Dela e tudo retornará a Ela. A Deusa está contida em tudo e vive na Terra, nos céus, no mar, em cada botão de flor, em cada pingo d’água e em cada grão de areia. Ela não é um Ser distante e intocável, mas sim uma Divindade que estão aqui conosco, vive e se manifesta em cada um de nós. Ela é a Virgem, a Mãe e a Anciã. Ela é você, Ela é eu, Ela é tudo e todos.
Nas práticas Pagãs, a Deusa possui três aspectos distintos. A Triplicidade da Deusa é muito anterior ao Cristianismo e não é difícil que seja ela quem deu origem ao pensamento da Trindade Cristã. Porém, na Wicca, a Triplicidade se refere a três estados distintos da mesma divindade.
A donzela, a Mãe e a Anciã. As 3 faces da Deusa estão ligadas às 3 faces da Lua trabalhadas na Bruxaria, que são as Luas Crescente, Cheia e Minguante, e aos 3 ciclos de nossa vida, que são a infância a maturidade e a velhice.
Entrar em contato com as faces da Deusa significa saber o que esse período podem nos trazer de positivo o que aprendemos e poderemos aprender com eles.
A Deusa é abrangente porque pode ser tudo que você quiser que Ela seja. A maioria dos seguidores da Deusa compartilha algumas convicções em comum. Starhawk, uma das mais atuantes Bruxas modernas e autora de Dança Cósmica das Feiticeiras, afirma que três princípios da religião da Deusa são: a imanência, a interconexão e a comunidade.
Imanência é o meio pelo qual todos os seres estão relacionados e a forma como estamos unidos ao Cosmo.
Como comunidade, crescimento e transformação passam por interações íntimas, basicamente, a lei da Deusa é Amor – Amor Incondicional. Ela não tem nenhuma ordem a ser seguida a não ser o Amor, em todas as suas manifestações e formas.
A DONZELA
Dentre as 3 faces da Deusa, Donzela ou, como também é chamada, a Virgem é a mais jovem, relacionada com os descobrimentos e aspectos mais criativos de nossa personalidade. Ela é a inocência e despreocupação, a alegria de viver. Esta associada com a Primavera e é festejada em Ostara.
O termo Donzela ou Virgem não se refere ao sentido sexual, mas sim ao aspecto de inocência e independência. A Virgem e a dona e responsável por si mesma. Este é um sentido quase inconcebível de pensar em uma sociedade patriarcal, mas que era muito compreendido e aceito entre as sociedades primitivas.
Os nomes recebidos pela Donzela variam de acordo com as distintas culturas em que a encontramos. Damos como exemplo:
Ártemis: Deusa romana dos bosques e da caça, tida a eterna Virgem.
Perséfone: Também conhecida como Prosérpina, cujo nome justamente significa Donzela. É a filha de Deméter e foi raptada por Hades; reina junto com ele no Submundo, lembrando-nos assim o outro aspecto da Deusa: A Anciã.
Rhianon: Deusa celta que saiu do submundo, que a relaciona com Perséfone.
Rituais que usam a face Virgem da Deusa
• Qualquer novo inicio, ou até mesmo esperanças e planos para novos começos.
• Quando assumimos um trabalho novo ou planejamos solicitar um novo trabalho.
• Durante os "primeiros passos" das novas idéias.
• Sempre que você planeja ou começa um ciclo completo em sua vida.
• Quando se muda para uma nova casa ou apartamento.
• Ao entrar em uma nova escola ou voltar a est7udar depois de um longo tempo.
• Qualquer jornada que esteja conectada com mudanças antecipadas.
• Começo de uma relação nova, amor ou amizade.
• Planos para engravidar.
• Nascimento de uma criança.
• A primeira menstruação de uma menina.
• O inicio da puberdade de um menino.
Os animais associados ao aspecto Virgem da Deusa são os Cervos e qualquer outro animal silvestre.
O aspecto Virgem da Deusa representa a mocidade, a excitação da conquista dos desejos, a novidade da vida e da magia. Na idade humana ela estaria entre a puberdade e os vinte anos. As cores dela são suaves e claras, como branco, cor- de- rosa ou amarelo.
A MÃE
A face Mãe da Deusa é tida como a da eterna doadora da vida. Esta foi uma das primeiras representações religiosas expressas pelos seres humanos.
É a esse aspecto da Deusa que estão associadas todas as imagens que foram encontradas em escavações de sítios arqueológicos, como a Vênus de Willendorf.
Algumas imagens mitológicas atribuídas á Mãe são tidas tanto como criadoras quanto destruidoras. Podemos ver isso como a própria Natureza em todos os seus aspectos.
Existem numerosos exemplos que poderiam ser associados ao aspecto da Deusa. Deméter: Encarregada da fertilidade da terra e das colheitas.
Ísis: Chamada também de a Grande Mãe Criadora e Doadora da Vida.
Badb: A Deusa celta que forma uma trindade junto com Anu e Macha. Possui um caldeirão como símbolo do ventre.
Freya: Considerada a líder das Disir, as matriarcas Divinas. Está intimamente ligada a Magia e aos gatos.
Todos os rituais que usam a face Mãe da Deusa
• Projeto de alegria e conclusão
• Quando o parto está próximo.
• Necessidade de força para finalizar algum assunto ou situação mal- resolvida.
• Benção e proteção. Especialmente a mulheres que são ameaçadas por homens.
• Direção em decisões na vida.
• Matrimônio.
• Achando ou escolhendo uma companheira ou um companheiro.
• Escolhendo ou aceitando um animal. Proteção de vida aos animais.
• Fazendo escolhas de qualquer tipo.
• Buscando por períodos de paz.
• Intuição ou desenvolvimento psíquico.
• Direção espiritual.
A Mãe é aquela que se volta para a nutrição, à preocupação e a fertilidade; é uma mulher no início da vida e no cume do seu poder. Ela protege e assegura a justiça. Na idade humana, seria uma mulher por volta dos trinta anos. As cores dela são um pouco mais fortes que as da Virgem, como vermelho, verde, cobre, púrpura, azul.
Os animais associados ao aspecto Mãe da Deusa são o gato e a pomba.
A ANCIÃ
Sem a Virgem não há começos, sem a Mãe não há vida e sem a anciã não há o fim. A Deusa Anciã é o aspecto menos compreendido e o mais temido, já que nos leva inevitavelmente a refletir sobre a morte.
A Anciã foi reverenciada nas antigas culturas como regente do submundo, visto antigamente como um lugar de descanso das almas entre as reencarnações. Obviamente todos nascemos e morremos e a função da Deusa Anciã é nos acompanhar durante a última etapa de nossa vida, preparando-nos para o Outro Mundo.
Os exemplos associados à Deusa Anciã são:
Hécate: Entre os gregos chamada durante a idade Média de a Rainha das Bruxas, era uma divindade do Submundo e da Lua, adorada nas encruzilhadas, onde se faziam sacrifícios em sua homenagem.
Hel: Deusa germânica do Submundo. Segundo os Mitos, era a Ela que retornavam todos os mortos ao fim de sua existência.
Morrigu: Deusa celta dos Mortos, que também regia as guerras. Tem um aspecto triplo em si mesma e às vezes era chamada de "As três Morrigans".
Temas de Rituais que usam a face Anciã da Deusa:
* Relações, trabalhos, amizades e amizades que estejam terminando.
* Menopausa ou sintomas de envelhecimento.
• Divórcio.
• Um reagrupamento de energias necessárias para o término de um ciclo de atividades ou problemas.
• Tranquilidade antes de pensar em novas metas e planos.
• Mudança de habitação ou trabalho.
A Anciã é um ser de sabedoria da idade avançada. Ela é a Bruxa e conselheira. Preocupa-se com a Virgem e com a Mãe. Ela é lógica e pode ser terrível em sua vingança. Na idade humana, ela teria aproximadamente 45 anos ou mais. Dos três aspectos o mais difícil de ter correspondência com a idade humana é o da Anciã. As cores tradicionais dessa face são: preto, cinza, púrpura, marrom, ou azul noite.
O aspecto negro da Deusa nos ensina que, assim como tudo na Natureza se move em ciclos, nossa vida segue o mesmo fluxo, e devemos aceitar a morte como uma passagem a outro estado, tão válido e parte da vida quanto o próprio nascimento.
Os animais associados à Deusa Anciã são a coruja, o corvo e o lobo.
O DEUS
"Todas as Deusas são uma só Deusa, todos os Deuses são um só Deus."
Conquanto a Deusa presida a pulsação vital constante do Universo, é imprescindível que entendamos o papel do Deus. Ela é a Senhora da Vida, mas Ele é o Portador da Luz; Ela é o ventre, Ele o falo ereto; Ela gera a vida, Ele é a faísca que inicia o processo, em plena harmonia, sem predomínios nem competições, mas pela completa união... Ambos parceiros no desenrolar da música e dança que criam e recriam o universo ainda hoje... Na Primavera Ela é a Donzela, Ele o Deus Azul do Amor... No verão ela é a Mãe, grávida, ele o Galhudo, o Deus da Vegetação e dos Animais, Cernnunnos... No outono ele desce para o Mundo Subterrâneo, como o Deus Negro do Mundo Inferior, do sacrifício e da Morte e Ela a Anciã que abre os portais e o acolhe durante sua transmutação. No inverno ele renasce do próprio ventre escuro da Deusa, que quase torna, assim, a um só tempo, sua consorte e sua mãe...
O Deus tem sido reverenciado há eras. Ele não é a deidade rígida, o todo poderoso do cristianismo ou do judaísmo, tampouco um simples consorte da Deusa, eles são iguais, unidos.
Vemos o Deus no sol, brilhando sobre nossas cabeças durante o dia, nascendo e pondo-se no ciclo infinito que governa nossas vidas. Sem o Sol, não poderíamos existir; portanto, ele tem sido cultuado como a fonte de toda a vida, o calor que rompe as sementes adormecidas, trazendo-as para a vida, e instiga o verdejar da terra após a fria neve do inverno.
O Deus é também gentil com os animais silvestres. Na forma do Deus Cornífero, Ele é por vezes representado com chifres em Sua cabeça. Em tempos antigos, acreditava-se que a caça era uma das atividades regidas pelo Deus, enquanto a domesticação dos animais era vista como voltada para a Deusa.
Os domínios do Deus incluíam as florestas intocadas pelas mãos humanas, os desertos escaldantes e as altas montanhas. As estrelas, por serem na verdade sóis distantes, são por vezes associadas a Seu domínio.
O Deus é a colheita plenamente madura, o vinho inebriante extraído das uvas, o grão dourado que balança num campo, as maças vicejantes que pendem de galhos verdejantes nas tardes de outono.
Em conjunto com a Deusa, também Ele celebra e rege o sexo. A Wicca não evita o sexo ou fala sobre ele por palavras sussurradas. É uma parte da natureza e assim é aceito. Por trazer prazer, desviar nossa consciência do mundo cotidiano e perpetuar nossa espécie, é considerado um ato sagrado.
Símbolos normalmente utilizados para representar ou cultuar o Deus incluem a espada, chifres, a lança, a vela, ouro, bronze, diamante, a foice, a flecha, o bastão mágico, o tridente, facas e outros. Criaturas a Ele sagradas incluem o touro, o cão, a cobra, o peixe, o gamo, o dragão, o lobo, o javali, a águia, o falcão, o tubarão, os lagartos e muito mais.
Desde sempre o Deus é o Pai Céu e a Deusa a Mãe Terra. O Deus é o céu, da chuva e do relâmpago, que desce sobre a Deusa e une-se a ela, espalhando as sementes sobre a terra, celebrando a fertilidade da Deusa.
O Deus de chifres, para as bruxas, é o companheiro masculino da Deusa Tripla. Ele é dinâmico, a força vital, aspecto masculino de toda a natureza. Nós o veneramos porque veneramos a vida. Ele possui chifres e cauda que denotam seu conhecimento instintivo animal, sua sapiência natural. Este Deus é parte bicho e parte homem, mescla da força vital e perícia xamânica. O Deus Cornífero, como a Deusa, é sexual, terreno, apaixonado e sábio. "Cruel e mau ele não é". Entre os dois, a Mãe Deusa e seu Companheiro, se constrói o mundo. Eles o construíram de amor e desejo. Portanto, sua sexualidade é uma força vital sagrada, verdadeira experiência espiritual. Potencialmente a mais espiritual das experiências.
Talvez este seja o fato mais surpreendente de todos à respeito da feitiçaria. Não deveria ser. Mas preciso admitir que neste mundo, como ele é atualmente, a maioria das pessoas encontra dificuldades em relacionar sexo com espiritualidade. É contra tudo que as religiões patriarcais ensinam sobre o sexo, como vergonhoso e sujo no máximo necessário para a continuidade da espécie.
O Deus Cornífero
O Deus realmente é deixado de lado muitas vezes nos cultos pagãos, como se a energia da deusa pedisse essa dedicação exclusiva. Isto é verdade em parte, porque, não é possível cultuar o Deus adequadamente enquanto não mergulharmos na deusa e nos despirmos do Deus do patriarcado.
Quando no curso de nosso caminho - e isso demora até anos (mas varia muito de pessoa para pessoa) - está na hora do Deus voltar, a própria deusa nos mostra seu filho, consorte, defensor, ancião. O Deus aparece, tríplice como a deusa.
O Deus jovem é, antes de tudo, a criança da promessa, a semente do sol no meio da escuridão. Depois, é o garoto do pólen, o fertilizador em sua face mais juvenil, e traz a energia da alegria de viver, o poder de se maravilhar ante as descobertas da vida, é o experimentador, a face mais sorridente do sol matinal.
Daí surge o Deus azul do amor, o rapaz que cresceu e chegou à adolescência e desabrocha em beleza e masculinidade, é o jovem Deus da primavera, percorre as florestas e acorda a natureza. Ele é o apaixonado, aquele que primeiro busca a deusa como a donzela e propicia o encontro... Ele é o deus da sedução ainda inocente, que não conhece os mistérios da senhora ainda... Ele é toda possibilidade.
Depois ele é o galhudo e o green man... O Deus é o macho na sua plenitude, o senhor dos chifres que desbancou o gamo-rei anterior, ele é força e poder, músculos e vitalidade, ele cheira a sexo e promessas. Ele é o grande amante, atraído irresistivelmente pela senhora ele é o provedor, o sustentador, o senhor defensor. Ele é o senhor das coisas selvagens, o Deus da dança da vida, o falo ereto, o fertilizador. como green man ele também é o senhor da terra e sua abundância, o parceiro da senhora dos grãos. o senhor dos brotos, aquele que cuida dos frutos e os distribui pela terra.
Mas o Deus é também o trapaceiro, o senhor da embriaguez, o desafiador e o ancião da justiça. ele nos faz seguir um caminho e nos perdemos para conhecer o pânico de pan... ele nos deixa loucos como Dionísio, ou perdidos nos devaneios de Neptuno... ele é o desafiador, seja nos duelos, seja na guerra, na luta pela sobrevivência... ele é caprichoso e insidioso, ele nos engana, nos deixa desesperados e sorri - porque esse é seu papel; estimular o novo, mostrar que nosso desespero é inútil e só nos escraviza...
Como a deusa, ele está na fome e no fim da fome, na vida e na doença terminal, na luz e na sombra, no que é bom para você e no que é mau... a deusa nunca está só, ela tem sua contraparte masculina e, no entanto, ele só existe por amor a ela... alias, todos nós somos fruto dessa dança de amor. o Deus é o ancião sábio, o distribuidor da justiça, seja a que se impõe com sabedoria ou raios... ele conhece os segredos dos oráculos, mas sabe que são dela... ele é o repositório do conhecimento, mas a sabedoria é dela... ele lê os sinais da natureza, mas sabe que quem os escreve é ela.
E o velho sábio vai murchando e se transforma no senhor da morte... ele que é o senhor de dois mundos, pois no ventre dela, de volta, ele vive sua morte e a própria ressurreição. mistério e segredo, morte e retorno, ele é o que atravessa os portais dos quais ela é a senhora. ele, o caçador, que também faz o papel de ceifador... ele que ronda o leito dos moribundos e dança a dança da morte. o senhor dos esqueletos.
Ele que na dança da morte retoma o brilho do sol e sua face negra se ilumina, em uma explosão impossível de conter, e Lugh nasce outra vez...
Ele que é pai, filho, bebê iluminado, amante selvagem, sábio educador... ele, o Deus que se revela apenas pela deusa.
AUTO DEDICAÇÃO
A auto dedicação nada mais é, do que um ritual que marca sua decisão de trilhar o caminho da wicca. O período de dedicação, é de 1 ano e 1 dia, ou seja o ano lunar de 13 meses e 28 dias. Este é um período de estudo, prática, e devoção á Arte, aos Deuses e a Natureza. Deixo claro aqui, que um ritual de auto dedicação não transforma ninguém em Wiccan do dia pra noite isso só acontece com o tempo e com a própria entrega a Arte.
Antes de iniciar a sua dedicação é necessário ser honesto consigo mesmo, e se questionar sobre a razão de escolher a Wicca, como seu caminho espiritual. Depois de responder a essas perguntas com clareza, e estiver certo de que é isso que você quer, realize o ritual.
Abaixo você encontra 2 tipos de rituais de auto-dedicação, você pode utilizar um dos dois ou também, pode usá-los para se basear e criar o seu próprio ritual.
1-) Ritual de Auto dedicação
Você já deu o primeiro passo, em seu caminho, então marque uma data para fazer seu ritual de dedicação. Para ritualizar este compromisso, coloque um pouco de água em uma tigela, ou taça e salpique um pouco de sal. Usando a ponta do seu dedo indicador voltado para o chão, desenhe um círculo imaginário a sua volta (sentido horário) e visualize uma ardente chama azul.
Então segure a taça com água e sal, e entoe algumas palavras como essas:
"Com essa poção eu faço minha dedicação
Para o caminho dos Deuses Antigos.
Quando um ano e uma dia passar.
Estarei pronto para me iniciar."
Depois usando a ponta do seu dedo indicador, unte sua testa com o sinal da Lua Crescente ou do pentagrama. Permaneça alguns momentos, em silêncio, refletindo sobre o seu novo caminho, esteja aberto para ouvir as vozes do Deuses dentro de você. Depois disso abra o círculo com o dedo indicador, mas desta vez no sentido anti-horário.
2-) Ritual de Auto dedicação
Tome um banho de água morna, encha uma esponja com sal e algumas gotas de óleo essencial de sândalo (ou qual preferir) e esfregue seu corpo. Enquanto se banha abra sua consciência para níveis mais elevados de percepção. Respire fundo. Limpe sua mente. Depois de tomar o banho vá até um local silvestre, que se sinta bem, onde você sinta os poderes da terra, dos elementos. Use sua imaginação para encontrar o local ideal. Tenha consigo um óleo de aroma rico, como: sândalo, olíbano, canela. Ao escolher o local, tire os sapatos, sente-se e relaxe por alguns momentos, mantenha sua mente livre de outros pensamentos.
Deite-se de costas, e sinta o contato com a Terra. Respire profundamente, chame a Deusa e o Deus, com os nomes que achar melhor, diga esta invocação ou improvise:
Ó Deusa Mãe,
Ó Deus Pai, Respostas a todos os mistérios e ainda assim mistérios não resolvidos;
Neste local de poder eu me abro
À sua Essência.
Neste local e a este tempo eu me modifico;
Daqui por diante sigo o caminho da Wicca.
Dedico-me a Vocês, Deusa Mãe e Deus Pai.
Descanse por um momento e depois continue:
Eu inalo suas energias em meu corpo,
Eu sinto o divino da natureza,
E a divindade dentro de mim
Ó Grande Deusa,
Ó Grande Deusa,
Torne-me sua essência
Torne-me sua essência
Torne-me sua essência.
Você poderá se sentir pleno de energia, ou calmo e a terra vibrando de energia.
Saiba que a Deusa e o Deus estão te escutando. Após a invocação molhe o dedo com o óleo e marque o símbolo da Deusa e o símbolo do Deus (figura abaixo) em seu corpo, onde quiser. Enquanto unta seu corpo, visualize esses símbolos penetrando em sua carne, e a seguir dispersando-se em milhões de pequenos pontos de luz. A auto-dedicação está encerrada. Agradeça à Deusa ao Deus pela atenção. Medite um pouco antes de deixar o local.
RITUAIS E PREPARAÇÃO PARA RITUAIS
Ritual é "uma forma específica de movimento, manipulação de objetos ou uma séries de processos internos com o intuito de produzir os efeitos desejados". Na Wicca, os rituais são cerimónias que celebram e fortalecem nosso relacionamento com a Deusa, o Deus e a Terra.
Os rituais não precisam ser pré-planejados, ensaiados ou tradicionais, tampouco deter-se servilmente a um determinado formato ou padrão. Na verdade, os Wiccanos, de uma forma geral,concordam que os rituais criados espontaneamente tendem a ser os mais eficazes e poderosos.
Um rito Wiccano pode consistir em um celebrante solitário que acende uma fogueira, entoa nomes sagrados e observa o surgir da lua ou pode envolver dez ou mais pessoas, algumas das quais assumem diversos papéis em peças míticas, ou recitam longos trechos em honra aos Deuses. O rito pode ser antigo ou recém concebido. Sua forma externa não é importante, desde que consiga atingir a consciência das deidades dentro do Wiccano.
Rituais Wiccanos normalmente têm lugar nas noites de lua cheia e nos oito Dias de Poder, os antigos festivais sazonais e agriculturais da Europa. Rituais são em geral de natureza espiritual, mas podem também incluir trabalhos de magia.
O melhor método para aprender Wicca é por meio de sua prática; deste modo, com o passar do tempo, ao praticar rituais, você obterá uma melhor compreensão acerca da verdadeira natureza da Wicca.
Muitas pessoas dizem que desejam praticar Wicca, mas permanecem inertes, convencendo a si próprias de que não podem honrar a Lua Cheia com um ritual por não serem iniciadas, não possuírem um instrutor ou não saberem o que fazer. Isto são meras desculpas. Se tiver interesse em praticar Wicca, simplesmente o faça.
Para o Wiccano solitário, a criação de novos rituais pode ser uma atividade estimulante. Noites são consumidas sobre textos de referência, unindo fragmentos de rituais e invocações, ou simplesmente permitindo que o espírito do momento e a sabedoria das Deidades nos preencham com sua inspiração. Não importa como sejam criados, todos os rituais devem ser concebidos do prazer, e não da obrigação.
Se desejar, ajuste seus rituais às estações, aos dias festivos do paganismo e às fases da lua. Se sentir-se particularmente atraído a outros calendários sagrados, sinta-se à vontade para adaptá-los. Já houve adaptações altamente bem-sucedidas em Wicca do sistema religioso-mágico egípcio, indígena americano, havaiano, babilônico e outros. Apesar de a maior parte da Wicca ter tido, até recentemente, embasamento europeu e britânico, não precisamos limitar-nos a isso. Como Wiccanos solitários, estamos livres para fazer o que bem nos aprouver. Uma vez que os rituais sejam eficazes e satisfatórios, por que se preocupar?
O Capítulo 13 do livro “ Guia essencial da bruxa solitária “ de Scott Cunnigham, contém instruções para a criação de seus próprios rituais, mas algumas palavras acerca da preparação de rituais se fazem necessárias aqui.
Para começar, certifique-se de que não será interrompido durante seu rito religioso (ou mágico). Se estiver em casa, diga a sua família que estará ocupado e deseja não ser interrompido. Se estiver só, tire o fone do gancho, tranque as portas e feche as janelas, se assim desejar. É melhor assegurar-se de que estará só e sem distrações por algum tempo.
Um banho ritual é geralmente o próximo passo. Por algum tempo, praticamente não conseguia realizar um rito sem um rápido banho antes. Isto é em parte psicológico: se sentir-se limpo e purificado das preocupações diárias, você se sentirá melhor para contatar a Deusa e o Deus.
A purificação ritual é uma característica comum a muitas religiões. Na Wicca, vemos a água como uma substância purificante que elimina as vibrações indesejadas das tensões rotineiras e nos permite contatar as deidades puros de corpo e mente.
Num nível mais profundo, a imersão em água nos remete à nossa mais primitiva memória. O ato de banhar-se numa banheira de água fresca e salgada é semelhante a caminhar nas ondas do sempre acolhedor oceano, o domínio da Deusa. Isso nos prepara física e espiritualmente (você nunca se sentiu diferente numa banheira?) para a experiência vindoura.
O banho normalmente se torna um ritual por si só. Pode-se acender velas no banheiro, além de incenso. Óleos perfumados e sachês de ervas podem ser colocados na água. Meu sachê de banho purificador preferido consiste em partes iguais de alecrim, erva-doce, lavanda, manjericão, tomilho, hissopo, verbena, menta, com um toque de raiz de valeriana moída. (Esta fórmula foi retirada de A Chave de Salomão.) Ponha estes ingredientes num pano, até as extremidades, para prender as ervas e mergulhe-o na água.
Rituais ao ar livre nas proximidades do oceano ou de um lago ou regato podem ser antecedidos com um rápido mergulho. Obviamente, é impossível tomar um banho antes de rituais espontâneos. Até mesmo a necessidade de banhos rituais é questionada por alguns. Se sentir-se confortável ao tomar banho, faça-o. Se achar que não é necessário, então não faça.
Uma vez banhado, é hora de vestir-se para o ritual. Muitos Wiccanos hoje, em especial aqueles influenciados pelos textos e idéias de Gerald Gardner ou um de seus aprendizes, acham que a nudez é ideal para invocar as deidades da natureza. Certamente, é a condição mais natural em que o corpo humano pode ficar, mas a nudez ritual não é para qualquer um. A Igreja muito fez para criar sentimentos de culpa acerca de uma figura humana desnuda. Tais emoções distorcidas, não naturais, perduram até hoje.
Muitas razões são dadas para esta insistência na nudez ritual. Alguns Wiccanos declaram que um corpo vestido não consegue emitir o poder pessoal tão eficientemente quanto um corpo nu, para em seguida dizer que, quando necessário, rituais vestidos praticados em ambientes fechados são tão eficazes quanto rituais nus ao ar livre.
Mesmo vestidos, os Wiccanos produzem magia tão eficaz quanto a produzida por Wiccanos nus. As vestimentas não constituem barreira para a transferência de poder. Mas nudez é sempre preferível.
Uma explicação mais convincente sobre a nudez durante um ritual na Wicca é a de que ela é usada por seu valor simbólico: a nudez mental, espiritual e física diante da Deusa e do Deus simboliza a sinceridade e a abertura do Wiccano. A nudez ritual era prática de muitas religiões antigas e pode ser encontrada em áreas distintas do globo, portanto não é uma idéia nova, apenas para alguns ocidentais.
Apesar de muitos covens insistirem na nudez ritual, não é preciso preocupar-se com isso. Como praticante solitário, a escolha é sua. Se não se sentir bem quanto à nudez ritual, mesmo que privadamente, não a pratique. Existem muitas opções.
Vestes especiais, como robes e tabardos, são razoavelmente populares entre alguns Wiccanos. Várias são as razões para o uso de robes, uma das quais é a de que vestir-se com trajes utilizados apenas para a prática de magia confere uma atmosfera mística a tais rituais e altera sua consciência para os procedimentos que se seguem, promovendo, assim, a consciência ritual.
As cores são também utilizadas por suas vibrações específicas. A lista a seguir é uma boa amostragem de cores para robes. Se estiver especialmente interessado em magia com ervas, ou praticar rituais concebidos para interromper a proliferação de usinas e armas nucleares, utilize uma túnica verde para ligar seus rituais à energia da Terra. Robes específicos podem ser confeccionados e utilizados por pessoas habilidosas para certos encantamentos ou ciclos de encantamentos, de acordo com as descrições abaixo.
Amarelo é uma cor excelente para aqueles envolvidos em adivinhação.
Roxo é favorável aos que trabalham com o poder divino puro (magos) ou que desejam aprofundar sua consciência espiritual acerca da Deusa e do Deus.
Azul é indicado para curandeiros e para os que trabalham com sua consciência psíquica ou para sintonizar-se com a Deusa em Seu aspecto oceânico.
Verde fortalece os herbalistas e os ecologistas mágicos.
Marrom é usado por aqueles com ligações com os animais ou que lançam encantamentos por eles.
Branco simboliza a purificação e a espiritualidade pura, sendo também perfeito para a meditação e rituais de purificação. É utilizado ainda em rituais da Lua Cheia, ou para acessar a Deusa.
Laranja ou Vermelho podem ser utilizados em Sabbats, para ritos de protecção ou sintonizar-se com o Deus em seu aspecto Solar.
Preto é uma cor popular. Ao contrário das crenças populares, o preto não simboliza o mal. É a ausência de cor. É uma matiz protetora e simboliza a noite, o universo e a ausência de falsidade. Quando um Wiccano veste um robe preto, ele está vestindo a escuridão do espaço - simbolicamente, a fonte suprema de energia divina.
Se isto lhe parece muito complicado, simplesmente faça ou compre um robe e utilize-o em todos os rituais.
Podemos encontrar desde robes simples, como uma saída de banho, até alguns com gorros e bordados, como os de um monge, incluindo as mangas largas, o que deve ser motivo de muito cuidado, pois podem pegar fogo se próximas demais das velas. Alguns Wiccanos vestem robes com gorros, para isolar interferências externas e controlar os estímulos sensoriais durante os rituais. É uma boa idéia para a magia e para a meditação, mas não para os ritos religiosos da Wicca, durante os quais devemos abrir-nos para a natureza, e não cortar nossas conexões com o mundo físico.
Se não desejar utilizar tais trajes, não é capaz de confeccionar um ou simplesmente não consegue encontrar ninguém que confeccione um para você, utilize apenas roupas limpas de fibras naturais, como algodão, lã ou seda. Desde que se sinta confortável com o que esteja (ou não) trajando, tudo bem. Por que não provar para ver o que lhe "cai" melhor?
Escolher e usar jóias rituais segue naturalmente a veste. Muitos Wiccanos têm colecções de peças exóticas com desenhos religiosos ou mágicos. Da mesma forma, amuletos e talismãs (objectos criados para afastar ou atrair poderes) costumam ser utilizados como joalheria ritual. Maravilhas como colares de âmbar e azeviche, braceletes de prata ou ouro, coroas de prata incrustadas com luas crescentes, anéis de esmeraldas e pérolas, até mesmo jarreteiras rituais, equipadas com pequenas fivelas de prata, normalmente fazem parte do aparato Wiccano.
Mas não é preciso adquirir ou confeccionar tais extravagâncias. Seja simples. Se sentir-se bem usando uma ou duas peças de joalheria durante rituais, tudo bem! Escolha desenhos com crescentes, ankhs, estrelas de cinco pontas (pentagramas) e assim por diante. Muitos fornecedores por correio vendem joalheria para ocultismo. Se desejar reservar seu uso para rituais, tudo bem. Muitos assim o fazem.
Sou constantemente perguntado se carrego sempre um bom amuleto, uma jóia ou outro objeto de poder comigo. A resposta é não.
Isto normalmente surpreende as pessoas, mas é parte de minha Filosofia em magia. Se determino que uma peça de joalheria (um anel, pingente, cristal etc.) é meu objecto de poder, meu elo com os Deuses, minha certeza de boa sorte, ficaria arrasada se me roubassem, se o perdesse, ou me separasse dele de algum modo.
Poderia dizer que o poder abandonou o objeto, que era uma bobagem ou que teria sido tomado por seres superiores, ou que não estava tão alerta quanto imaginava. Mesmo assim, ficaria arrasada.
Não é muito sábio depositar nossas esperanças, sonhos e energia em objectos físicos. Isto representa uma limitação, um produto direto do materialismo incutido em nós durante toda a nossa vida. É muito fácil dizer: "Não consigo fazer nada desde que perdi meu colar de selenita da sorte." É tentador pensar: "Nada mais deu certo desde que meu anel do Deus Cornudo desapareceu."
O que não é fácil de perceber é que todo o poder e sorte de que precisamos está no interior de nós mesmos. Não está contido em objetos externos, a não ser que assim o permitamos. Se fizermos isso, estaremos propensos a perder essa parte de nossa força pessoal e boa sorte, algo que não faria conscientemente.
Objetos de poder e joias rituais podem sem dúvida simbolizar a Deusa e o Deus, assim como nossas próprias habilidades. Mas creio que não devemos deixar que sejam mais do que isso.
Ainda assim, eu possuo algumas peças que por vezes uso em rituais. A utilização de tais objetos ativa nossa mente e produz o estado de consciência necessário para um ritual eficaz.
Não estou dizendo que o poder não deva ser enviado para objetos: na verdade, este é o modo pelo qual são feitos talismãs e amuletos com cargas mágicas. Simplesmente prefiro não fazer isso com jóias rituais e pessoais.
Certos objetos naturais, como cristais de quartzo, são usados para atrair sua energia para dentro de nós com a finalidade de efetuar mudanças específicas. Este tipo de "objeto de poder" é um bom auxílio à energia pessoal - mas é perigoso confiar exclusivamente nele.
Se o uso de certas peças cria um estado mágico, ou de uma imagem da Deusa ou um de Seus símbolos sagrados faz com que se sinta mais próximo dela, tudo bem.
Seu objetivo, contudo, deverá ser a habilidade de sintonizar-se constantemente com o mundo oculto que nos rodeia e a realidade da Deusa e do Deus, mesmo em meio às mais devastadoras e aviltantes atitudes humanas.
Assim, agora já está banhado, vestido, enfeitado e pronto para o ritual. Mais alguma consideração? Sim, uma importante - companhia. Você deseja cultuar os Antigos Deuses da Wicca em particular, ou com outros? Se possuir amigos interessados, pode convidá-los para juntarem-se a você.
Em caso contrário, não há problema. Rituais solos são normais ao se iniciar nas tradições da Wicca. A presença de pessoas com idéias semelhantes é ótima, mas também pode ser inibitória.
Há certos rituais nos quais não deve haver outras pessoas. Uma inesperada visão da lua cheia por entre as nuvens pede por alguns momentos de silêncio e sintonia, uma invocação ou meditação. Estes são rituais compartilhados com a Deusa e com o Deus apenas. As Deidades não permanecem em cerimônias; são tão imprevisíveis e voláteis quanto a própria Natureza.
Se desejar unir-se a amigos para seus rituais, faça-o apenas com aqueles realmente sintonizados com suas concepções sobre a Wicca. Penetras e pensamentos fugidios nada acrescentarão ao seu progresso dentro da Wicca.
Acautele-se também quanto ao interesse por amor ( o namorado ou namorada, marido ou esposa), que se interessam apenas porque você está interessado. Podem parecer genuínos, mas após algum tempo você perceberá que não estão contribuindo para os rituais.
Há muitos aspectos maravilhosos em trabalhos de covens: já os experimentei. Grande parte do que a Wicca tem de melhor pode ser encontrado num bom coven (e o que há de pior, num mau coven), mas a maioria das pessoas não consegue contatar um coven. Podem também não possuir amigos com o mesmo interesse de praticar Wicca com eles. Se desejar, continue buscando um instrutor ou coven com o qual treinar enquanto trabalha este e outros guias de Wicca. Quando encontrar alguém, será capaz de abordá-lo com um conhecimento prático da Wicca obtido por meio de sua própria experiência, e não meramente de livros.
Apesar da ênfase dada às iniciações e ao trabalho em grupo na maioria dos livros sobre Wicca, praticantes solitários não devem ser vistos como artigos de Segunda categoria. Há muito mais indivíduos cultuando Os Antigos hoje, do que membros de covens e um número surpreendente destes, trabalha só por opção. É dentre estes que me incluo.
Nunca se sinta inferior por não trabalhar sob a orientação de um instrutor ou coven estabelecido. Não se preocupe quanto a não ser reconhecido como um verdadeiro Wiccano. Tal reconhecimento é importante apenas perante os olhos dos que o recebem ou que o fazem; fora isso, não vale nada. Você só precisa se preocupar em satisfazer a si próprio e desenvolver um relacionamento com a Deusa e com o Deus. Esteja à vontade para elaborar seus próprios rituais. Livre-se das algemas do conformismo rígido e da noção de "livros revelados" que devem ser seguidos à exaustão. A Wicca é uma religião em desenvolvimento. O amor pela natureza, pela Deusa e pelo Deus é sua essência, e não tradições eternas e ritos antigos.
Não estou dizendo que a Wicca tradicional não é boa. Longe disso. Na verdade, estudei várias tradições Wiccana, cada uma com seus próprios rituais de iniciação, Sabbats e Esbats, nomes para a Deusa e para o Deus, lendas e conhecimento de magia. Mas após receber tais "segredos" percebi que todos são iguais, e os maiores segredos de todos estavam à disposição de qualquer um que veja a natureza como uma manifestação da Deusa e do Deus.
Cada tradição (expressão) da Wicca, seja passada de mão em mão seja praticada intuitivamente, é semelhante à pétala de uma flor. Nenhuma pétala é a totalidade; todas são necessárias à existência da flor. A trilha solitária é tão parte da Wicca quanto qualquer outra.
(Fonte: “Guia essencial da Bruxa Solitária”, de Scott Cunnigham)
RITUAIS E PREPARAÇÃO PARA RITUAIS
Ritual é "uma forma específica de movimento, manipulação de objetos ou uma séries de processos internos com o intuito de produzir os efeitos desejados". Na Wicca, os rituais são cerimónias que celebram e fortalecem nosso relacionamento com a Deusa, o Deus e a Terra.
Os rituais não precisam ser pré-planejados, ensaiados ou tradicionais, tampouco deter-se servilmente a um determinado formato ou padrão. Na verdade, os Wiccanos, de uma forma geral,concordam que os rituais criados espontaneamente tendem a ser os mais eficazes e poderosos.
Um rito Wiccano pode consistir em um celebrante solitário que acende uma fogueira, entoa nomes sagrados e observa o surgir da lua ou pode envolver dez ou mais pessoas, algumas das quais assumem diversos papéis em peças míticas, ou recitam longos trechos em honra aos Deuses. O rito pode ser antigo ou recém concebido. Sua forma externa não é importante, desde que consiga atingir a consciência das deidades dentro do Wiccano.
Rituais Wiccanos normalmente têm lugar nas noites de lua cheia e nos oito Dias de Poder, os antigos festivais sazonais e agriculturais da Europa. Rituais são em geral de natureza espiritual, mas podem também incluir trabalhos de magia.
O melhor método para aprender Wicca é por meio de sua prática; deste modo, com o passar do tempo, ao praticar rituais, você obterá uma melhor compreensão acerca da verdadeira natureza da Wicca.
Muitas pessoas dizem que desejam praticar Wicca, mas permanecem inertes, convencendo a si próprias de que não podem honrar a Lua Cheia com um ritual por não serem iniciadas, não possuírem um instrutor ou não saberem o que fazer. Isto são meras desculpas. Se tiver interesse em praticar Wicca, simplesmente o faça.
Para o Wiccano solitário, a criação de novos rituais pode ser uma atividade estimulante. Noites são consumidas sobre textos de referência, unindo fragmentos de rituais e invocações, ou simplesmente permitindo que o espírito do momento e a sabedoria das Deidades nos preencham com sua inspiração. Não importa como sejam criados, todos os rituais devem ser concebidos do prazer, e não da obrigação.
Se desejar, ajuste seus rituais às estações, aos dias festivos do paganismo e às fases da lua. Se sentir-se particularmente atraído a outros calendários sagrados, sinta-se à vontade para adaptá-los. Já houve adaptações altamente bem-sucedidas em Wicca do sistema religioso-mágico egípcio, indígena americano, havaiano, babilônico e outros. Apesar de a maior parte da Wicca ter tido, até recentemente, embasamento europeu e britânico, não precisamos limitar-nos a isso. Como Wiccanos solitários, estamos livres para fazer o que bem nos aprouver. Uma vez que os rituais sejam eficazes e satisfatórios, por que se preocupar?
O Capítulo 13 do livro “ Guia essencial da bruxa solitária “ de Scott Cunnigham, contém instruções para a criação de seus próprios rituais, mas algumas palavras acerca da preparação de rituais se fazem necessárias aqui.
Para começar, certifique-se de que não será interrompido durante seu rito religioso (ou mágico). Se estiver em casa, diga a sua família que estará ocupado e deseja não ser interrompido. Se estiver só, tire o fone do gancho, tranque as portas e feche as janelas, se assim desejar. É melhor assegurar-se de que estará só e sem distrações por algum tempo.
Um banho ritual é geralmente o próximo passo. Por algum tempo, praticamente não conseguia realizar um rito sem um rápido banho antes. Isto é em parte psicológico: se sentir-se limpo e purificado das preocupações diárias, você se sentirá melhor para contatar a Deusa e o Deus.
A purificação ritual é uma característica comum a muitas religiões. Na Wicca, vemos a água como uma substância purificante que elimina as vibrações indesejadas das tensões rotineiras e nos permite contactar as deidades puros de corpo e mente.
Num nível mais profundo, a imersão em água nos remete à nossa mais primitiva memória. O ato de banhar-se numa banheira de água fresca e salgada é semelhante a caminhar nas ondas do sempre acolhedor oceano, o domínio da Deusa. Isso nos prepara física e espiritualmente (você nunca se sentiu diferente numa banheira?) para a experiência vindoura.
O banho normalmente se torna um ritual por si só. Pode-se acender velas no banheiro, além de incenso. Óleos perfumados e sachês de ervas podem ser colocados na água. Meu sachê de banho purificador preferido consiste em partes iguais de alecrim, erva-doce, lavanda, manjericão, tomilho, hissopo, verbena, menta, com um toque de raiz de valeriana moída. (Esta fórmula foi retirada de A Chave de Salomão.) Ponha estes ingredientes num pano, até as extremidades, para prender as ervas e mergulhe-o na água.
Rituais ao ar livre nas proximidades do oceano ou de um lago ou regato podem ser antecedidos com um rápido mergulho. Obviamente, é impossível tomar um banho antes de rituais espontâneos. Até mesmo a necessidade de banhos rituais é questionada por alguns. Se sentir-se confortável ao tomar banho, faça-o. Se achar que não é necessário, então não faça.
Uma vez banhado, é hora de vestir-se para o ritual. Muitos Wiccanos hoje, em especial aqueles influenciados pelos textos e idéias de Gerald Gardner ou um de seus aprendizes, acham que a nudez é ideal para invocar as deidades da natureza. Certamente, é a condição mais natural em que o corpo humano pode ficar, mas a nudez ritual não é para qualquer um. A Igreja muito fez para criar sentimentos de culpa acerca de uma figura humana desnuda. Tais emoções distorcidas, não naturais, perduram até hoje.
Muitas razões são dadas para esta insistência na nudez ritual. Alguns Wiccanos declaram que um corpo vestido não consegue emitir o poder pessoal tão eficientemente quanto um corpo nu, para em seguida dizer que, quando necessário, rituais vestidos praticados em ambientes fechados são tão eficazes quanto rituais nus ao ar livre.
Mesmo vestidos, os Wiccanos produzem magia tão eficaz quanto a produzida por Wiccanos nus. As vestimentas não constituem barreira para a transferência de poder. Mas nudez é sempre preferível.
Uma explicação mais convincente sobre a nudez durante um ritual na Wicca é a de que ela é usada por seu valor simbólico: a nudez mental, espiritual e física diante da Deusa e do Deus simboliza a sinceridade e a abertura do Wiccano. A nudez ritual era prática de muitas religiões antigas e pode ser encontrada em áreas distintas do globo, portanto não é uma idéia nova, apenas para alguns ocidentais.
Apesar de muitos covens insistirem na nudez ritual, não é preciso preocupar-se com isso. Como praticante solitário, a escolha é sua. Se não se sentir bem quanto à nudez ritual, mesmo que privadamente, não a pratique. Existem muitas opções.
Vestes especiais, como robes e tabardos, são razoavelmente populares entre alguns Wiccanos. Várias são as razões para o uso de robes, uma das quais é a de que vestir-se com trajes utilizados apenas para a prática de magia confere uma atmosfera mística a tais rituais e altera sua consciência para os procedimentos que se seguem, promovendo, assim, a consciência ritual.
As cores são também utilizadas por suas vibrações específicas. A lista a seguir é uma boa amostragem de cores para robes. Se estiver especialmente interessado em magia com ervas, ou praticar rituais concebidos para interromper a proliferação de usinas e armas nucleares, utilize uma túnica verde para ligar seus rituais à energia da Terra. Robes específicos podem ser confeccionados e utilizados por pessoas habilidosas para certos encantamentos ou ciclos de encantamentos, de acordo com as descrições abaixo.
Amarelo é uma cor excelente para aqueles envolvidos em adivinhação.
Roxo é favorável aos que trabalham com o poder divino puro (magos) ou que desejam aprofundar sua consciência espiritual acerca da Deusa e do Deus.
Azul é indicado para curandeiros e para os que trabalham com sua consciência psíquica ou para sintonizar-se com a Deusa em Seu aspecto oceânico.
Verde fortalece os herbalistas e os ecologistas mágicos.
Marrom é usado por aqueles com ligações com os animais ou que lançam encantamentos por eles.
Branco simboliza a purificação e a espiritualidade pura, sendo também perfeito para a meditação e rituais de purificação. É utilizado ainda em rituais da Lua Cheia, ou para acessar a Deusa.
Laranja ou Vermelho podem ser utilizados em Sabbats, para ritos de protecção ou sintonizar-se com o Deus em seu aspecto Solar.
Preto é uma cor popular. Ao contrário das crenças populares, o preto não simboliza o mal. É a ausência de cor. É uma matiz protetora e simboliza a noite, o universo e a ausência de falsidade. Quando um Wiccano veste um robe preto, ele está vestindo a escuridão do espaço - simbolicamente, a fonte suprema de energia divina.
Se isto lhe parece muito complicado, simplesmente faça ou compre um robe e utilize-o em todos os rituais.
Podemos encontrar desde robes simples, como uma saída de banho, até alguns com gorros e bordados, como os de um monge, incluindo as mangas largas, o que deve ser motivo de muito cuidado, pois podem pegar fogo se próximas demais das velas. Alguns Wiccanos vestem robes com gorros, para isolar interferências externas e controlar os estímulos sensoriais durante os rituais. É uma boa idéia para a magia e para a meditação, mas não para os ritos religiosos da Wicca, durante os quais devemos abrir-nos para a natureza, e não cortar nossas conexões com o mundo físico.
Se não desejar utilizar tais trajes, não é capaz de confeccionar um ou simplesmente não consegue encontrar ninguém que confeccione um para você, utilize apenas roupas limpas de fibras naturais, como algodão, lã ou seda. Desde que se sinta confortável com o que esteja (ou não) trajando, tudo bem. Por que não provar para ver o que lhe "cai" melhor?
Escolher e usar joias rituais segue naturalmente a veste. Muitos Wiccanos têm coleções de peças exóticas com desenhos religiosos ou mágicos. Da mesma forma, amuletos e talismãs (objetos criados para afastar ou atrair poderes) costumam ser utilizados como joalheria ritual. Maravilhas como colares de âmbar e azeviche, braceletes de prata ou ouro, coroas de prata incrustadas com luas crescentes, anéis de esmeraldas e pérolas, até mesmo jarreteiras rituais, equipadas com pequenas fivelas de prata, normalmente fazem parte do aparato Wiccano.
Mas não é preciso adquirir ou confeccionar tais extravagâncias. Seja simples. Se sentir-se bem usando uma ou duas peças de joalheria durante rituais, tudo bem! Escolha desenhos com crescentes, ankhs, estrelas de cinco pontas (pentagramas) e assim por diante. Muitos fornecedores por correio vendem joalheria para ocultismo. Se desejar reservar seu uso para rituais, tudo bem. Muitos assim o fazem.
Sou constantemente perguntado se carrego sempre um bom amuleto, uma jóia ou outro objeto de poder comigo. A resposta é não.
Isto normalmente surpreende as pessoas, mas é parte de minha Filosofia em magia. Se determino que uma peça de joalheria (um anel, pingente, cristal etc.) é meu objecto de poder, meu elo com os Deuses, minha certeza de boa sorte, ficaria arrasada se me roubassem, se o perdesse, ou me separasse dele de algum modo.
Poderia dizer que o poder abandonou o objeto, que era uma bobagem ou que teria sido tomado por seres superiores, ou que não estava tão alerta quanto imaginava. Mesmo assim, ficaria arrasada.
Não é muito sábio depositar nossas esperanças, sonhos e energia em objectos físicos. Isto representa uma limitação, um produto direto do materialismo incutido em nós durante toda a nossa vida. É muito fácil dizer: "Não consigo fazer nada desde que perdi meu colar de selenita da sorte." É tentador pensar: "Nada mais deu certo desde que meu anel do Deus Cornudo desapareceu."
O que não é fácil de perceber é que todo o poder e sorte de que precisamos está no interior de nós mesmos. Não está contido em objetos externos, a não ser que assim o permitamos. Se fizermos isso, estaremos propensos a perder essa parte de nossa força pessoal e boa sorte, algo que não faria conscientemente.
Objetos de poder e joias rituais podem sem dúvida simbolizar a Deusa e o Deus, assim como nossas próprias habilidades. Mas creio que não devemos deixar que sejam mais do que isso.
Ainda assim, eu possuo algumas peças que por vezes uso em rituais. A utilização de tais objetos ativa nossa mente e produz o estado de consciência necessário para um ritual eficaz.
Não estou dizendo que o poder não deva ser enviado para objetos: na verdade, este é o modo pelo qual são feitos talismãs e amuletos com cargas mágicas. Simplesmente prefiro não fazer isso com jóias rituais e pessoais.
Certos objetos naturais, como cristais de quartzo, são usados para atrair sua energia para dentro de nós com a finalidade de efetuar mudanças específicas. Este tipo de "objeto de poder" é um bom auxílio à energia pessoal - mas é perigoso confiar exclusivamente nele.
Se o uso de certas peças cria um estado mágico, ou de uma imagem da Deusa ou um de Seus símbolos sagrados faz com que se sinta mais próximo dela, tudo bem.
Seu objetivo, contudo, deverá ser a habilidade de sintonizar-se constantemente com o mundo oculto que nos rodeia e a realidade da Deusa e do Deus, mesmo em meio às mais devastadoras e aviltantes atitudes humanas.
Assim, agora já está banhado, vestido, enfeitado e pronto para o ritual. Mais alguma consideração? Sim, uma importante - companhia. Você deseja cultuar os Antigos Deuses da Wicca em particular, ou com outros? Se possuir amigos interessados, pode convidá-los para juntarem-se a você.
Em caso contrário, não há problema. Rituais solos são normais ao se iniciar nas tradições da Wicca. A presença de pessoas com idéias semelhantes é ótima, mas também pode ser inibitória.
Há certos rituais nos quais não deve haver outras pessoas. Uma inesperada visão da lua cheia por entre as nuvens pede por alguns momentos de silêncio e sintonia, uma invocação ou meditação. Estes são rituais compartilhados com a Deusa e com o Deus apenas. As Deidades não permanecem em cerimônias; são tão imprevisíveis e voláteis quanto a própria Natureza.
Se desejar unir-se a amigos para seus rituais, faça-o apenas com aqueles realmente sintonizados com suas concepções sobre a Wicca. Penetras e pensamentos fugidios nada acrescentarão ao seu progresso dentro da Wicca.
Acautele-se também quanto ao interesse por amor ( o namorado ou namorada, marido ou esposa), que se interessam apenas porque você está interessado. Podem parecer genuínos, mas após algum tempo você perceberá que não estão contribuindo para os rituais.
Há muitos aspectos maravilhosos em trabalhos de covens: já os experimentei. Grande parte do que a Wicca tem de melhor pode ser encontrado num bom coven (e o que há de pior, num mau coven), mas a maioria das pessoas não consegue contatar um coven. Podem também não possuir amigos com o mesmo interesse de praticar Wicca com eles. Se desejar, continue buscando um instrutor ou coven com o qual treinar enquanto trabalha este e outros guias de Wicca. Quando encontrar alguém, será capaz de abordá-lo com um conhecimento prático da Wicca obtido por meio de sua própria experiência, e não meramente de livros.
Apesar da ênfase dada às iniciações e ao trabalho em grupo na maioria dos livros sobre Wicca, praticantes solitários não devem ser vistos como artigos de Segunda categoria. Há muito mais indivíduos cultuando Os Antigos hoje, do que membros de covens e um número surpreendente destes, trabalha só por opção. É dentre estes que me incluo.
Nunca se sinta inferior por não trabalhar sob a orientação de um instrutor ou coven estabelecido. Não se preocupe quanto a não ser reconhecido como um verdadeiro Wiccano. Tal reconhecimento é importante apenas perante os olhos dos que o recebem ou que o fazem; fora isso, não vale nada. Você só precisa se preocupar em satisfazer a si próprio e desenvolver um relacionamento com a Deusa e com o Deus. Esteja à vontade para elaborar seus próprios rituais. Livre-se das algemas do conformismo rígido e da noção de "livros revelados" que devem ser seguidos à exaustão. A Wicca é uma religião em desenvolvimento. O amor pela natureza, pela Deusa e pelo Deus é sua essência, e não tradições eternas e ritos antigos.
Não estou dizendo que a Wicca tradicional não é boa. Longe disso. Na verdade, estudei várias tradições Wiccana, cada uma com seus próprios rituais de iniciação, Sabbats e Esbats, nomes para a Deusa e para o Deus, lendas e conhecimento de magia. Mas após receber tais "segredos" percebi que todos são iguais, e os maiores segredos de todos estavam à disposição de qualquer um que veja a natureza como uma manifestação da Deusa e do Deus.
Cada tradição (expressão) da Wicca, seja passada de mão em mão seja praticada intuitivamente, é semelhante à pétala de uma flor. Nenhuma pétala é a totalidade; todas são necessárias à existência da flor. A trilha solitária é tão parte da Wicca quanto qualquer outra.
(Fonte: “Guia essencial da Bruxa Solitária”, de Scott Cunnigham)
AS LEIS HERMÉTICAS DA FEITIÇARIA
Muito embora a maioria das pessoas imaginam que magia não tenha nada a ver com ciência, pois saiba que as duas caminham juntas. Elas casam e nos entregam o fruto deste amor: A CIÊNCIA DA FEITIÇARIA.
Somos homens de uma NOVA ERA e usar ciência como abordagem de Feitiçaria, nos dá uma base sólida, onde podemos nos apoiar.A Tradição da Ciência baseia-se nos princípios herméticos que são paralelos aos princípios da nova física. Tem suas origens nos ensinamentos de Hermes, considerado um deus indo-europeu universal que ensinou astrologia, alquimia e muitas outras práticas mágicas que estão no cerne da Feitiçaria. Pitágoras era versado em princípios herméticos, assim como os druidas.
Quando nos referimos a Feitiçaria como ciência, estamos afirmando que ela é um sistema baseado em teorias que podem ser demonstradas em um ambiente controlado. As magias e feitiços são as experimentações que produzem um resultado final, que pode ser satisfatório ou não. As ciências físicas mant6em hoje, resultados com êxito na ordem de 32%, por experimento. Para se ter uma idéia, em meus sortilégios sempre uma taxa de satisfação de 50% a 75%. Sempre levo em consideração, nestes casos, o material utilizado, data e hora, condições metereológicas e astrológicas, condições físicas e psicológicas do experimentador, tudo que possa alterar o desfecho do sortilégio.
As Sete Leis Herméticas que descreverei agora são básicas da Feitiçaria, necessárias não só como fonte de conhecimento, mas para seu bom desempenho como bruxa(o).
1. A LEI DO MENTALISMO - "Penso, logo existo"
Esta lei nos afirma que todo o universo é MENTAL. TUDO existe na mente da Deusa ou do Deus, que nos "pensa"para a existência. Seria como dizer que todos somos computadores interligados em uma rede, onde o provedor, por exemplo seria a Grande Mãe. Somente Ela possui a mente Divina que nos sustenta e nos fornece subsídios para a nossa evolução.
Os cientistas acreditam que os fenômenos do mundo material têm seu esteio numa ordem chamada de inteligência objetiva. Nós bruxa sabemos tratar-se da Mente da Deusa. Todo conhecimento flui e reflui através Dela. Entretanto, é lógico que mesmo estando nós conectados "dia e noite" com Ela, não temos acesso a todo o tipo de conhecimento, pois caso isso acontecesse, não teríamos como manuseá-lo, nem processá-lo. Como a natureza é perfeita, ela nos presenteou com filtros ou bloqueadores que impedem que a nossa mente seja bombardeada com excesso de informação. Sem filtrar sons, sabores, cores, cheiros e idéias, não nos seria permitido nos concentrar em nossas tarefas.
Somente em "estado alterado de consciência" é que estes bloqueadores são desligados e estaremos então em contato direto com nossa Deusa. Abrimo-nos, então para a Mente do Todo.
2. A LEI DA CORRESPONDÊNCIA - UNIVERSO HOLOGRÁFICO
"Como em cima, assim em baixo,como embaixo, assim em cima."Este princípio nos diz que vivemos em mais de um mundo. A nossa perspectiva presa ao plano físico da Ter. nos impedi de enxergar os domínios de cima e abaixo. A nossa atenção se prende ao "macrocosmo", sem nos deixar ver o "microcosmo". O princípio da correspondência diz-nos que o que é verdadeiro no macrocosmo, também o é no microcosmo. Como explicar tal fenômeno?
Pois bem, os físicos de hoje estão descobrindo a Lei de Correspondência Holográfica do Universo. Um holograma é uma foto criada pela luz de dois feixes de laser, sendo que um banha o objeto e o segundo projeta a luz do primeiro. A interferência entre eles é captada em um filme. Quando o filme revelado é iluminado por um terceiro feixe, o objeto original aparece em três dimensões. Este holograma se fragmentado por um número infinito de vezes, sempre produzirá cópias de um objeto, observandosempre suas características originais, ou seja, a parte no todo e todo nas partes.
"A super teoria holográfica afirma que nossos cérebros constroem a realidade concreta interpretando freqüências vindas de uma dimensão que transcende o tempo e o espaço. O cérebro é um holograma que interpreta um universo holográfico."
(Marlyn Ferguson).
Os hologramas podem, também elucidar as aparições espectrais.Um fantasma, poderia ser simplesmente um holograma, uma imagem imprimida e retida, sem as substâncias físicas que a constituem. Um determinado objeto ou evento pode ser "fotografado"nos campos de energia universais. Bem mais tarde, esta imagem pode reaparecer quando a mesma configuração luminosa se repetir como da primeira vez.
Sendo o universo tão fluídico e funcionando de maneira holográfica, podemos concluir que qualquer evento poderá reaparecer em qualquer lugar onde a energia luminosa original seja reativada ou "invocada".Uma mente treinada, como a de uma bruxa, se utilizando de instrumentos como a bola de cristal ou espelho, poderá captar eventos de outras datas e de qualquer mundo. Obedecem estes princípios certas ervas, lugares, rituais, etc.Na Tradição Herbácea, sabemos que plantas ativam uma energia específica dependendo da sua cor. Por exemplo, ervas de floração amarela, são associadas ao Sol e sua energia cura males que exijam a luz solar.
Já florações roxas são associadas à Urano, cor-de-rosa à Vênus, vermelho à Marte e assim por diante. Todas as bruxas devem ter uma tabela de correspondência para encontrar as ervas corretas para seus sortilégios.
Pois é, novos tempos, novas transformações.
Agora sabemos que não só o cérebro humano funciona holograficamente, mas também todo o Universo é um grande holograma. Portanto, os poetas é que estavam certos ao dizerem que poderíamos sentir o universo em uma gota de orvalho.
3.A LEI DA VIBRAÇÃO - A DANÇA DO UNIVERSO
Nenhum evento está perdido no universo. As vibrações emitidas são eternas. Todos nós somos seres pulsantes em um universo vibrante. Mas a matéria, não só emite um movimento vibratório, como constituí um movimento vibratório que pode ser mensurado. As ondas cerebrais "Alfa"(estado alterado de consciência), que muito utilizamos em Rituais, Invocações ou Visualizações, por exemplo, apresentam a frequência vibratória de 14 a 7 ondas por segundo. Os "Beta", mais rápidos, apresentam de 14 a 30 ciclos e ocorrem quando estamos mentalmente alertas. As mais lentas são as "Teta" e a "Delta", que ocorrem respectivamente na sonolência ou tranquilidade profunda e sono profundo sem sonhos.
A fotografia Kirlian é outro modo de medir o campo vibratório em torno de objetos (aura). O campo de energia em torno das plantas, rochas e do corpo humano, pode ser captado em fotografias especialmente reveladas.
Estudos recentes com a fotografia Kirlian, revelaram um estranho fenômeno: um arbusto recém podado, continuava emitindo a aura do galho cortado. Conclui-se, portanto, que a planta continua emitindo a aura da parte desaparecida, indicando que vibrações no campo em torno do objeto, persistem mesmo depois que o objeto físico deixou de existir. A fotografia Kirlian já provou também que a aura em torno das mãos dos curandeiros se intensifica durante uma sessão de cura. As Bruxas sempre souberam que os objetos emitem energia, pois trabalhamos com eles, os consagramos e os tornamos mágicos. Também sabemos que vibrações a auras afetam nossas mentes e corpos e influenciam situações.
Conclui-se então, que os conceitos de "bons fluidos" e "maus fluidos", não era uma simples fantasia.
4. A LEI DA POLARIDADE - OPOSTOS DA MESMA COISA
Tudo é duplo, tudo tem pólos, tem o seu oposto, o igual e o diferente é a mesma coisa; os opostos são idênticos em natureza, só diferem em grau, todas as verdades são meias-verdades, todos os paradoxos podem ser conciliados. " Hermes / AdilsonToda a ciência é embasada neste princípio. É A CHAVE DO PODER DO SISTEMA HERMÉTICO.
O físico Bohr estabelece que a energia deve ser descrita como partículas e ondas e que ambas são necessárias e complementares para uma imagem da realidade. Seria o princípio da "Complementaridade dos Opostos". A ciência moderna opera com este princípio.
Todo o Universo é constituído de cargas negativas e positivas mutáveis, pois sabemos que as cargas podem ser alteradas (se retirando ou colocando elétrons). Na magia ocorre a transferência de energias positivas e negativas dirigidas pela consciência. Com o profundo conhecimento deste princípio, poderemos modificar nossa própria polaridade, assim como a dos outros, como por exemplo, transformando ódio em amor, dois estados mentais diferentes, mas na realidade iguais, pois exprimem o mesmo sentimento em graus diferentes.
É reconfortante saber que a energia vital flui continuamente e que temos o poder de avançar ou recuar. O domínio destes opostos nos fará caminhar em equilíbrio com o Universo, basta que nós reconheçamos o ponto médio destes extremos. O centro é onde ocorre a reconciliação e é o portal para se vivenciar a unidade de todas as coisas.
5. LEI DO RITMO - A FORMA DO BAILADO
Já sabemos pelas Leis Herméticas que tudo está em constante transformação, em movimento e se constitui de forças antagônicas de coisas iguais. A lei do Ritmo vem nos mostrar de que forma se processa este "bailado". Aqui se aprende que nem tudo é o que parece. Por exemplo, o movimento linear das ondas do mar esconde o movimento circular de cada gota que a compõe.
As coisas fluem e refluem, descem e sobem ou entram e saem. O ritmo é medido nestes extremos. Segundo Heráclito, filósofo grego, tudo está em perpétua mudança, num contínuo estar de "vir-a-ser", uma interação e interpenetração de opostos. Os filósofos chineses já falaram que a essência do Tao está no fato de que os opostos deixam de ser opostos no "centro de um círculo que responde a infinitas mudanças."
A Lei do Ritmo nos assegura que a Roda da Vida, que gira eternamente, está sempre completando um círculo. Assim, suas manifestações estão nas alterações do dia e da noite, nas mudanças de estação e na vida que se processa através do nascimento, crescimento, maturação, morte e renascimento.
A filosofia hermética, observa que a nossa vontade pode nos levar a dominar as forças que nos cercam. "O pêndulo oscila sempre, embora possamos escapar de sermos levado por ele."
O segredo está em aprendermos em primeiro lugar a dominar a nossa própria energia para depois definirmos para onde ela deve ser dirigida.
O Mestre Hermetista polariza-se até o ponto que desejar, e então, neutraliza a oscilação rítmica pendular que tenderia a arrastá-lo ao outro pólo.
6. LEI DO GÊNERO - OS MASCULINOS E FEMININOS UNIVERSAIS
A lei do gênero é semelhante ao princípio "anima" (poder feminino) e "animus" (poder masculino) que Carl Jung e que seus seguidores popularizaram, ou seja, que cada pessoa carrega aspectos femininos e masculinos, independente de seu gênero físico. Já para os chineses existe uma energia feminina, denominada yin e outra masculina chamada yang, que estão juntas em constante dança cósmica.
É IMPORTANTE que todas as bruxas(os), que trabalham com estado alterado de consciência, compreendam essa polaridade fundamental da "psique" humana e saber integrar energias masculinas e femininas em seu trabalho.
Uma bruxa nutre seu animus e um bruxo corteja sua anima. Todos os atos de geração, regeneração e criação, como sortilégios, feitiços, encantamentos, meditação, envolvem estes dois princípios. Conhecendo como funcionam e seguindo sua orientação, podemos desvendar muitos dos mistérios da vida.
7. A LEI DA CAUSA E EFEITO
Na sua forma tradicional, a Lei da Causa e Efeito diz que nada acontece por acaso, para todo efeito existe uma causa, e que toda a causa é em si mesma um efeito de alguma outra causação. A ciência moderna, mostrou entretanto, que a nível molecular, esta lei deixa de funcionar como no macrocosmo. Os físicos falam mais de probabilidade do que de previsibilidade. Como explica Peat, a "....cadeia de causalidade..é, de fato, uma complexa rede de causação. E quanto mais os limites dessa rede forem ampliados, mais visível se torna que ela se estende para a Terra inteira e, em última instância, ao próprio Universo". Esta notável observação leva-o a concluir que se qualquer evento ou fenômeno é examinado minuciosamente, resultará que "tudo causa tudo o mais"! Num sentido holográfico, o todo está em cada parte e tudo interpenetra tudo. Estes novas considerações, tornam o antigo princípio hermético mais abrangente e excitante.
As implicações são surpreendentes! Estamos literalmente e metaforicamente ligados a todo o Universo. As nossas ações têm repercussões cósmicas. Isto torna-nos humildes quanto é profundo o temor reverente que nos inspira o fato de termos consciência da influência que possuímos e da responsabilidade de usar nossos poderes sabiamente e para o bem de todos. Aqui cabe um gancho sobre a Lei Tríplice da Bruxaria.
8. LEI TRÍPLICE - LEI "BUMERANGUE" 3x OU ECO DO UNIVERSO
Basicamente é uma Lei Natural de "Causa e Efeito". Ela resgata exatamente o que acabamos de colocar. Aquele velho ditado que diz: nós colhemos o que semeamos", não é só verdadeiro, mas comprovado. Só que na bruxaria esta Lei se reveste de características que vão além disso, isto é, nossas "boas" ou "más" ações, acabarão certamente retornando com seu valor triplicado. Muitas pessoas questionam por que 3 e não 5 ou 7? Pois bem, este número não foi escolhido aleatoriamente, como a maioria da bruxas pensam, seu significado se reporta à nossa Grande Deusa Mãe, uma deidade trina e una. Em muitas obras de arte vemos esta tríplice natureza,as vezes retratadas com três faces, refletidas nas três fases da Lua.
Aqui observamos a energia de nossa Deusa vibrando de três formas diferentes. Quando o crescente lunar vai ficando mais forte até atingir o plenilúnio, a DEUSA DONZELA se apresenta. Na Lua Cheia é a vez da DEUSA MÃE, que em seu ventre carrega o milagre de uma nova vida. Na Lua Minguante é a hora da SABIA ANCIÃ, conhecedora dos mistérios do Universo. Esta doce Senhora tem sua energia exaurida e desaparecerá na noite escura da morte para reaparecer viçosa na próxima Lua Nova, completando um ciclo.
Se a nossa amada Deusa nos abençoa com estas três mágicas vibrações energéticas, de acordo com a Lei do Retorno, Ela nos cobrará de igual para igual. Portanto, se interferimos no livre arbítrio de uma pessoa, estamos efetuando uma ato negativo não tão somente para ela, mas também contra nós mesmos. Este indivíduo até pode nem saber das consequências de seu ato, MAS VOCÊ SABE, por ser bruxa(o) e conhecedora(o) de todas as Leis que regem a Feitiçaria, o que com certeza lhe custará muito caro, pois o Universo lhe retribuirá tudo o que emitir aos outros numa escala de 3x.
Retornando a nossa Lei de Causa e Efeito, os dados implícitos nela nos apontam que o Universo não é uma coleção de objetos e seres avulsos, mas todos estamos interligados em uma única teia, ou seja, "tudo causa tudo o mais". Todas nós bruxas(os) sabemos que nossas "projeções" produzem um impacto definitivo, portanto essas técnicas devem ser bem aprendidas e dominadas.
Algumas bruxas acreditam que usando a Lei de Causação podem fazer e acontecer. Mas cumpre-me a tarefa de alertá-las acerta de grandiosa visão de poder. O poder de uma Bruxa(o) é controlado pelas esferas de poder que vem de cima, abaixo e em torno dela(e) e não escapará da Lei tríplice. Ela é somente um ponto num fluxo interminável de poder que impregna o universo
A MAIOR BRUXARIA
Muita gente fica fascinada com a idéia de se tornar uma bruxa ou bruxo. Não é raro encontrar gente que realmente acredita que voamos em vassouras, ou que, ao nos tornarmos bruxas, poderemos transformar a vizinha fofoqueira em sapo, ou ainda conquistar instantaneamente o gatinho mais cobiçado da escola. Pessoas que buscam a wicca com esse tipo de ilusão, ou que acham que reproduzindo o que viram em seriados como ‘Charmed’ ou no filme ‘Jovens Bruxas’ estão praticando a antiga Arte da feitiçaria, só podem se tornar ridículas e se decepcionar.
A Wicca lida sim, com magia natural, ou seja, magia com os elementos da natureza: água, terra, fogo e ar.
Mas para que ela serve? Para que é empregada, por nós bruxas e bruxos?
Uma coisa importante a entender é que uma bruxa usa magia, em primeiro lugar, para moldar aspectos de sua própria vida. Depois, pode ser que ela use magia para resolver questões da coletividade (por exemplo, temos trabalhado muito em prol da paz mundial) ou para atender pessoas próximas que estejam com problemas nos quais ela ache lícito interferir.
Infelizmente, temos no Brasil uma cultura criada pelo popular ato de recorrer a guias espirituais, cartomantes, benzedeiras e auto-intitulados 'magos' de todos os tipos, de crer que bruxas também fazem 'atendimentos', realizam “trabalhos” para clientes leigos em troca de pagamento. Isso é totalmente falso, ou, pelo menos, não faz parte de nossa postura como sacerdotisas e sacerdotes dos deuses antigos.
Quando uma bruxa lida com magia ela busca a maior de todas as magias: a sua própria autotransformação. Isso implica que a bruxaria é um caminho para pessoas que não fogem do caminho do autoconhecimento: só pode se transformar quem se conhece.
Ao falar de autoconhecimento fica bem claro que a wicca não é um caminho para quem é ‘bruxo de shopping’, ou seja, gosta de enfeites e símbolos da bruxaria, compra objetos rituais caríssimos ou veste roupas que parecem com o que se imagina que seja uma bruxa. Bruxaria também não é um modismo, não é uma imitação de filmes com efeitos especiais. Bruxaria é, antes de qualquer coisa, a vida, que é a magia que está a nosso alcance a todos os momentos. Autoconhecimento, e transformação implicam anos de dedicação e estudo, anos de prática e vivência na tentativa de aperfeiçoar sua personalidade e viver mais livre de condicionamentos e pressões, seja do seu inconsciente, seja das pessoas que o cercam.
Você se conhece? Está disposto a enfrentar aspectos de sua personalidade que não são muito harmônicos, em uma busca constante de equilíbrio? Você reconhece em você mesmo o Universo inteiro e é capaz de perceber que todas as respostas estão dentro de você? Se a resposta for afirmativa, talvez o caminho wiccaniano seja para você.
Você é natureza. Tudo o que cerca você é natureza. A Deusa é natureza portanto, é TUDO.
Começar a compreender que a Wicca não é para fazer magias eventuais, tão pouco para ter poder sobre os outros, nem para servir ninguém, mas sim encontrar dentro de si as respostas sobre como deve ser sua vida, é essencial para poder dizer-se bruxa ou bruxo.
Recuperar seu poder pessoal, saber ser único, sagrado e integrado no todo universal: essa é a maior magia que se pode fazer.
A COZINHA DA BRUXA:
Cozinha também é lugar de bruxa. O ato de preparar alimentos funciona como uma verdadeira alquimia.
Os ingredientes utilizados são os mesmos encontrados em qualquer casa: arroz, feijão, condimentos, ervas aromáticas.
A diferença está nos detalhes e no objetivo que se deseja alcançar, ou seja, na magia da mente e dos atos.
Cozinhar em panela de barro atrai abundância financeira e saúde, a de vidro é apropriada para conquistas amorosas e a de ferro favorece os pedidos em geral e qualquer tipo de bruxaria. Nunca use colheres de alumínio, pois pode quebrar o feitiço. O importante é mentalizar o que desejamos enquanto preparamos os alimentos.
E as asas de morcego, rabo de escorpião e patas de urubu? As bruxas não queriam que os conhecimentos da Arte caíssem em mãos erradas por isso colocaram coisas tenebrosas para que as pessoas tivessem nojo ou medo e não usassem esse conhecimento para o mal.
DICIONÁRIO DE COZINHA DA BRUXA:
• Asa de Morcego: Pimenta do reino
• Coração de Boi: Tomate
• Barriga de Sapo: Pepino
· Sangue de Moça Virgem: Vinho tinto
•Rabo de Escorpião: Salsa ou coentro
•Moscas Mortas: Uvas passas
•Olho de Sapo: Azeitona
•Terra de Túmulo: Chocolate
•Elfos Negros: Chá preto
•Ossos Moídos: Farinha de trigo
•Beijo da Sereia: Sal
•Pernas de Aranha: Alecrim
•Penas de Fênix: Louro
•Saliva de Dragão: Vinagre
•Pelos de Unicórnio: Açúcar
•Lágrimas de Moça: Cebola
O ARMÁRIO DE COZINHA DA BRUXA:
O armário de cozinha guarda uma quantidade surpreendente de ingredientes mágicos, muito temperos e ervas aromáticas que usamos para cozinhar tem associações mágicas. Aqui você encontra alguns temperos e ervas mais comuns e suas associações mágicas:
• Alecrim: Cura, amor.
• Alho: Proteção, purificação.
• Canela: Prosperidade, felicidade no ambiente doméstico.
• Casca de Limão: Diminui a negatividade, cura.
• Cebolinha: Proteção, absorção de más vibrações.
• Cravo-da-Índia: Proteção, para acabar com as fofocas.
• Endro: Segurança.
• Hortelã: Calmante, harmonizador e ajuda a dissolver a raiva.
• Louro: Fortuna, fartura e sorte.
• Manjericão: Dinheiro, sorte.
• Orégano: Traz a beleza e aumenta o poder de sedução.
• Pimenta-malagueta: Poder, sucesso.
• Salsinha: Purificação, proteção.
• Sálvia: Sabedoria.
• Tomilho: Melhora a saúde e aumenta a coragem.
AS TREZE METAS DA WICCA
Conhecer a si mesmo
Saber sua Arte
Aprender
Usar o que você aprendeu
Manter o balanço das coisas
Manter suas palavras verdadeiras
Manter seus pensamentos verdadeiros
Celebrar a vida
Alinhar você mesmo com os ciclos da terra
Manter seu corpo correto
Exercitar seu corpo e mente
Meditar
Honrar o Deus e a Deusa
LEI WICCANA
(Rede Wiccana)
A Lei Wiccana respeita,
Perfeito amor, confiança perfeita.
Viva e deixa viver,
Dá o justo para assim receber.
Três vezes o círculo traça
E assim o mal afasta.
E para firmar bem o encanto
Entoa em verso ou em canto.
Olhos brandos, toque leve,
Fala pouco, muito ouve.
Pelo horário a crescente se levanta
E a Runa da Bruxa canta.
Pelo anti-horário a minguante vigia
E entoa a Runa Sombria.
Quando está nova a lua da Mãe,
Beija duas vezes Suas mãos.
Quando a lua ao topo chegar,
Teu coração se deixará levar.
Para o poderoso vento norte,
Tranca as portas e boa sorte.
Do sul o vento benfazejo,
Do amor te traz um beijo.
Quando vem do oeste o vento,
Vêm os espíritos sem alento.
E quando do leste ele soprar,
Novidades para comemorar.
Nove madeiras no caldeirão,
Queima com pressa e lentidão.
Mas a árvore anciã, venera,
Se queimares, o mal te espera.
Quando a Roda começa a girar
É hora do fogo de Beltane queimar.
Em Yule, acende tua tora,
O Deus de chifres reina agora.
A flor, a erva, a fruta boa,
É a Deusa que te abençoa.
Para onde a água correr,
Joga uma pedra para tudo ver.
Se precisas de algo com razão,
À cobiça alheia não dá atenção.
E a companhia do tolo, melhor evitar,
Ou arriscas a ele te igualar.
Encontra feliz e feliz despede,
Um bom momento não se mede.
Da Lei Tríplice lembre também,
Três vezes o mal, três vezes o bem.
Quando quer que o mal desponte,
Usa a estrela azul na fronte.
Cultiva no amor a sinceridade,
Para receber igual verdade.
Ou um resumo, se assim preferes estar:
faz o que tu queres,
Sem nenhum mal causar.
COMO PRONUNCIAR O NOME DE CADA SABBATH
Sabbath (sabá)
Nome das datas festivas na roda do ano.
Samhaim: "sôu-êin"
Yule: "iúle"
Imbolc: "imbôlc"
Ostara: "ostára"
Beltane: "beltêine"
Litha: "líta"
Lammas: "lâmas"
Mabon: "mêibon"
Qual a importância da celebração dos sabás?
- a sua conexão com a Natureza;
- a prática da religião;
- introspecção;
- auto- conhecimento;
- percepção do mundo à sua volta;
- celebrar a mudança das estações;
- vivência dos ciclos;
Dentre muitos outros fatores. São inúmeros.
BLESSED BE
A maioria dos wiccanos usa o cumprimento ritual “blessed be” com muito orgulho, assim que dá os primeiros passos nesta prática.
Com reverência e alegria, concede inúmeros “blessed be”, na felicidade de sentir-se parte de uma comunidade mágica em expansão.
Este uso indiscriminado é praticado por wiccanos recentes ou experientes, todos pensando estar distribuindo uma bênção corriqueira, um simples “abençoado(a) seja”.
Isto porque poucos sabem o significado e as implicações de tal saudação.
Originariamente, o “blessed be” é a forma contraída de um cumprimento ritual wiccano (gardneriano/alexandrino, principalmente, mas usado por todos os sub-grupos de wicca), usado com formalidade e intimidade, adaptado de uma prática celta mais antiga.
É também chamado de beijo quíntuplo (five-fold kiss).
O cumprimento é realizado entre o sacerdote e a sacerdotiza do coven, ou pelos membros do coven entre si, mas apenas entre homens e mulheres, pois é a saudação do feminino pelo masculino e vice-versa.
A sacerdotisa e o sacerdote ficam frente a frente.
O sacerdote ajoelha-se diante dela, e beija seus pés, dizendo:
-"Abençoados sejam (blessed be), teus pés, que te conduzem pelo caminho".
Depois, beija seus joelhos, dizendo:
-"Abençoados sejam teus joelhos, que se dobram diante do altar".
Depois, beija a região do útero dela, dizendo:
-"Abençoado seja teu ventre, que propaga a vida".
Depois, beija seus seios, dizendo:
-"Abençoados sejam teus seios, que nutrem a vida, formados em beleza".
Depois, beija seus lábios e diz:
-"Abençoados sejam teus lábios, que proferem os nomes sagrados".
Os dois se abraçam.
Então, a sacerdotisa ajoelha-se diante dele, beijando-o nos pés, joelhos, genitais, peito e lábios, dizendo:
-"Abençoados sejam teus pés, que te conduzem pelo caminho.
Abençoados sejam teus joelhos, que se dobram diante do altar.
Abençoado seja teu falo, que a tudo fertiliza.
Abençoado seja teu peito, formado em força.
Abençoados sejam teus lábios, que proferem os nomes sagrados" (conforme beija cada local).
Os dois se abraçam.
Portanto, ao cumprimentar outra pessoa com a forma “blessed be”, concede-se ao outro exatamente um beijo quíntuplo.
Ele não deve ser oferecido a qualquer um, mas usado criteriosamente e parcimoniosamente.
É representante de confiança, intimidade e reconhecimento sagrado.
CAIRNS
Em tempos primitivos, através do mundo, povos erguiam montes ou pilhas de pedras. Estes eram por vezes criados para assinalar a passagem de viajantes, ou para comemorar algum evento histórico, mas normalmente esses Cairns (montes de pedras) tinham significado ritual.
Segundo o pensamento mágico, os cairns eram locais de poder. Concentravam as energias das pedras utilizadas em sua construção. Os cairns têm suas raízes na Terra, mas erguem-se em direção ao céu, simbolizando o elo entre o mundo físico e o espiritual.
Durante círculos ao ar livre, um pequeno cairn, composto por não mais de nove ou onze pedras, pode ser formado em cada ponto do Círculo de Pedras. Pode-se fazê-lo antes da criação do próprio círculo.
Da próxima vez que estiver em local silvestre, isolado, com uma grande variedades de pedras, limpe um ponto entre elas e sente-se. Visualize um desejo mágico. Enquanto visualiza, apanhe uma pedra próxima. Sinta a energia que pulsa em seu interior - o poder da Terra, o poder da Natureza. Coloque-a no solo limpo. apanhe outra ainda visualizando seu desejo, e coloque-a próxima à primeira.
Ainda visualizando, continue a acrescentar pedras, formando uma pilha. Vá adicionando pedras até senti-las vibrando e pulsando diante de você. Coloque a última pedra em cima do cairn com um firme propósito ritual - afirme para si mesmo, para o cairn e para a terra que, com este ato mágico final, você está manifestando seu desejo.
Coloque suas mãos dos dois lados da pilha. Dê a ela sua energia por meio de sua visualização. Cuide dela, alimente-a com força e veja seu desejo se realizando.
Deixe então o cairn a sós para que trabalhe.
O ANIMAL DE PODER OU ANIMAL GUARDIÃO
Algumas vezes, quando olhamos para uma pessoa, essa pessoa nos lembra um animal, quer seja pelas suas características físicas ou pelo seu temperamento, não é?
Quem ainda não se deparou com a expressão:
-“Despertei o animal que existia dentro de mim”?
Isso porque, todos nós temos um animal que em espírito, permanece junto de nós nos passando energia e boas vibrações. É o nosso animal de poder ou animal guardião.
Os antigos consideravam o seu animal de Poder como “AQUILO” que lhes dava força e vitalidade, e que este animal, o espírito dele, estava sempre nos rondando, nos protegendo, sempre por perto, sem se afastar muito.
Mas, que às vezes, ele se afasta demais, entretido com alguma coisa, ou por muito tempo, e que quando isso acontece, a pessoa se sente desanimada.
Eles acreditavam que esse espírito era como a alma, como a anima da pessoa, por isso a gente fica "desanimado", sem alma ou sem anima, e que era necessário trazê-lo de volta, para que a pessoa se restabelecesse, ou do contrário poderia até ficar doente.
E a maneira como faziam, era "dançando" o animal de Poder;
Isso significa fazer os movimentos e os sons que o seu Animal de Poder faz e emite.
Ou seja, que a pessoa que estava "des-animada", imitava o comportamento de seu animal e isso fazia com que ele retornasse, devolvendo-lhe a vitalidade e a saúde.
Se você está desanimado(a) e já sabe qual é o seu animal de poder, experimente trazê-lo de volta através da imitação e verá o quanto esta afirmação é verdadeira; não se sinta ridícula(o), ou boba(o), pois é uma interessante experiência e de grande valor na bruxaria.
Você também pode fazê-lo antes de fazer um trabalho espiritual, ou quando for enfrentar uma situação difícil, no mundo físico, na qual vai precisar de força ou valor.
Certamente ele vai acompanhá-lo, e ajudá-lo da melhor forma que você precisar.
Também, ele pode ensinar muito sobre você mesma(o) e seus hábitos, gostos, preferências, etc., assim como dar-lhe muitas vantagens na vida.
O Animal de Poder não é necessariamente um animal feroz, mas nunca será um animal doméstico; por exemplo conheço uma moça, que o animal dela é uma Sereia.
É perfeitamente lógico para ela, pois realmente a melhor defesa dela é o charme e a doçura que ela espalha, e que "encanta" a todos, deixando os inimigos dela imobilizados, e sem ação.
E não pensem que ela é fútil, ou muito levada, ao contrário, é uma pessoa muito centrada, com uma grande dose de responsabilidade, pelas suas ações e pelas coisas em torno dela.
O sonho dela é encontrar o parceiro certo, e viver com ele, feliz o resto da vida, crescendo e aprendendo juntos.
Conheço um bruxo, escorpiano, que o animal dele é um tiranossauro Rex, o que lhe cabe como uma luva; pois quando fica brabo, é esse animal exato que se expressa nele.
Estou certa de que quando ele aprender a dosar essa força, terá se tornado um guerreiro imbatível.
Poderia continuar a falar de outros exemplos, mas se ainda não sabe qual é o seu, o melhor é você procurar saber, e deliciar-se com as coisas que ele vai lhe explicar sobre sua alimentação, seu jeito de andar, a música que gosta, se gosta de andar e estar só, ou se prefere a companhia de muitas pessoas, como os lobos que andam em matilhas, e dai por diante.
Seu animal de poder, a partir do momento em que seja despertado, será seu protetor e ajudante infalível.
DESCOBRINDO O SEU ANIMAL DE PODER
Uma das primeiras coisas a que devemos estar atentos quando queremos descobrir nosso Animal de Poder, é ter a certeza de que é ELE que nos encontra, e não o contrário.
Ele chegará a nós no momento certo, em que estejamos preparados, e principalmente, quando realmente precisarmos de sua ajuda.
Ele aparecerá através de sonhos, imagens, idéias, símbolos, e aparições constantes que se mostrarão mais do que simples coincidências, até que fique perto de nós de uma maneira tão natural que fará parte do nosso cotidiano.
As sociedades antigas estudaram o mundo natural, observando a Natureza, para tentar entender o super natural. Precisamos voltar a nos reconectar com o mundo que nos cerca, em todos seus reinos, para entender seus sinais, e como aplicá-los como estratégia de vida.
Um Animal de Poder é aquele cuja energia você se sente associado durante toda sua vida. Descobrindo seu animal, observando, estudando seu arquétipo, você poderá utilizar suas qualidades e características quando necessitar.
Quando você consegue identificar e reconhecer seu animal, (seja aquele que o guia durante toda sua vida, ou os aliados, que nos ajudam em determinados momentos e dificuldades), começa a desenvolver uma visão diferente de si mesmo, recebendo um novo tipo de inspiração.
Quanto mais entender seu Totem, mais entenderá a si mesmo.
Como diz Jamie Sams, uma das maiores conhecedoras desse tipo de trabalho com nossos aliados :
"Nossos companheiros animais exibem padrões de comportamento capazes de transmitir mensagens ocultas a qualquer pessoa atenta o bastante para captar suas lições de vida."
O começo para a descoberta de nosso Animal de Poder:
- Saber que estamos nos comunicando com o arquétipo do animal. Ou seja, quando falamos de um Urso, ele é o símbolo de todos os ursos que já viveram, vivem ou viverão. Ou seja, não se trata de um animal individual em particular, mas da energia ancestral que está presente em todos os indivíduos daquela raça.
- Cada animal tem um espírito poderoso. Cada um tem seu talento. O estudo de seus talentos
nos revelará o tipo de cura e poder que ajudará no desenvolvimento de nossa própria vida.
- Normalmente, os animais de poder são selvagens, e não domesticados. Pessoas podem ter cachorros ou gatos como totem, porém estes poderes se manifestarão de uma forma mais suave. Devem então procurar relacionar o cachorro com qualquer outro da família canina, como o lobo ou o coiote. O mesmo ocorre com os gatos, relacionados com a família felina.
- Saber sempre que o animal escolhe a pessoa, e não ao contrário. Não adianta "forçar" um relacionamento por ser um animal que sempre admiramos. Não existirá harmonia e o resultado será frustrante.
Nenhum animal é melhor ou pior do que o outro. É muito melhor usarmos a energia do Rato de forma consciente e poderosa, do que não saber ser efetivo com a energia da Águia, por exemplo.
- É preciso saber desenvolver um relacionamento com seu Animal de Poder. Comunicar-se com profundo respeito. Aprender o ponto de vista dele. É necessário acreditar e entender suas limitações, assim como ele reconhecerá as suas. Isso leva tempo, paciência e prática.
- Honre seus animais, para que seu poder de cura se realize em seu cotidiano. Quanto maior significado ele tiver na sua vida, mais poderoso ele será.
Traga-o para mais perto de você:
· Coloque fotos deles perto, em seus locais preferidos de estar.
· Desenhe suas formas e cores.
· Leia e aprenda o máximo possível sobre eles.
· Vá colecionando símbolos, fetiches, esculturas, objetos que se relacionarem com eles.
· Doe seu tempo ou materialmente algo para ajudar uma organização que ajude a vida selvagem.
· Dançar o seu totem é uma ligação poderosa. Aprenda pela mímica seu comportamento. Os sons que faz. Imite sua maneira de voar, andar ou rastejar. Veja a você mesmo como se fosse seu Animal de Poder, usando suas qualidades de maneira apropriada em sua vida. Olhe pelos olhos deles cada situação difícil que aconteça com você.
· Procure no Yoga, Tai-Chi, Bio Dança ou qualquer outra modalidade de expressão que lhe agrade, formas de postura de determinado animal.
· Você pode chamar os animais para ajudar em determinada época de sua vida; para algum acontecimento, ou até para uma semana ou dia determinado.
· Depois que tiver aprendido a trabalhar com a cura do seu próprio Animal de Poder, ficará mais fácil se conectar com outros do reino animal. Você não está limitado somente a um animal. Outros poderão lhe ensinar ou adicionar algo importante para sua vida, que o seu não pode, por não possuir este tipo de energia.
Existem inúmeras formas para se conectar de maneira sagrada com os animais. É um longo, criativo e maravilhoso caminho. Mas, principalmente, descubra a SUA maneira, o SEU jeito, o SEU tempo, os SEUS símbolos. E descubra tudo isso sem medo, sem reservas. A confiança neles e em você é a primeira pedra na conquista desta construção.
RITUAL PARA DESCOBRIR O ANIMAL DE PODER
Existem inúmeras formas de efetuar um ritual para descobrir o seu animal de poder.
Particularmente, acho que essa é uma maneira bem simplificada, tanto para os bruxos solitários como para aqueles os que são membros de um coven
Em uma noite de lua cheia, tome um banho de ervas, de sua preferência e sal grosso, coloque uma roupa limpa e confortável, dirija-se a um local tranqüilo, se possível ao ar livre. Acenda uma pequena fogueira, que deverá ser extinta ao final do ritual, tomando os devidos cuidados. Faça um círculo mágico com pedras previamente escolhidas, sente-se de pernas cruzadas no centro do círculo e de frente para a fogueira que deverá estar fora do círculo. Acenda uma vela branca à sua esquerda e um incenso à sua direita. Tenha à mão um maço de ervas secas de sua preferência, tipo: arruda, alecrim, benjoim, alfazema, etc.
Jogando um punhado de ervas na fogueira, faça a seguinte invocação:
-"Que o Grande Espírito esteja comigo hoje e sempre.
Eu (diga seu nome), seu (sua) filho (a), peço permissão para iniciar este ritual.
Espíritos ancestrais, acendam as chamas dos irmãos animais, para que iluminem meu caminho."
Jogue mais um punhado de ervas na fogueira e diga:
-"Ancestrais, antigos aliados, aqueles que trazem a memória do tempo, ouçam meu pedido, sintam minha intenção e estejam comigo.
Nas patas do cavalo, nos olhos da coruja, nas asas da águia, nas garras da onça, no bico do gavião, que se acenda em minha alma a força do meu animal guardião."
Jogue mais um punhado de ervas na fogueira e diga:
-"Ancestrais, antigos aliados, aqueles que trazem a memória do tempo, ouçam meu pedido, sintam minha intenção e estejam comigo.
Nas patas do cavalo, nos olhos da coruja, nas asas da águia, nas garras da onça, no bico do gavião, que se acenda em minha alma a força do meu animal guardião."
Jogue outro punhado de ervas na fogueira. E diga:
-"Que meu animal guardião se apresente agora, que eu possa senti-lo e a ele me religar."
Respire profundamente e deixe a sua mente vagar em busca do animal. Com os olhos fechados, deixe que seu animal se apresente.
É possível que vente nesse momento ou ocorra algum fenômeno atmosférico, não se assuste. Sinta seu corpo, sinta seus pés, sinta as patas do animal fundindo-se aos seus pés e mãos.
Sinta suas pernas, braços e tronco.
Sinta todas as partes de um animal se fundindo ao seu corpo.
Procure se identificar com o animal.
A essa altura você já saberá qual é este animal, então sinta a cabeça do animal fundindo-se à sua cabeça. Agora você é o animal, comece a sentir-se como o animal, não tema pois estará protegido no círculo mágico.
Sua mente poderá assumir o animal e explorar o território sob a identidade do animal.
Se for um pássaro, poderá voar, se for um peixe
experimentará a sensação de nadar, se for um felino sentirá seu poder e assim por diante. Concentre-se no animal e experimente o seu poder, seja o animal, viva o animal.
Este ritual poderá durar horas ou minutos, dependerá exclusivamente de você.
Quando quiser finalizar o ritual, agradeça ao Grande Espírito e as entidades presentes, por esta experiência, bata palma três vezes, dizendo:
-"Este ritual está encerrado".
Apague a fogueira, desfaça o círculo.
Caso não consiga despertar seu animal, no primeiro ritual, não desista e faça a seguinte oração:
-"Espíritos antigos, meus ancestrais, em nome do Grande Espírito, ouçam minha oração, revelem-me em sonho meu animal guardião."E repita o ritual na próxima Lua Cheia.
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